Leilao de novembro de 2010

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1971 e 1972 pela seção carioca do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Em 1995, a convite do Instituto Goethe, refez, com artistas brasileiros e alemães, a expedição que o barão Langsdorff realizou ao interior do Brasil (1822-1829), cuja mostra correspondente foi apresentada em São Paulo, Brasília, Berlim e Leningrado. Participou ainda de outros eventos ou projetos inovadores, como os Domingos da Criação, Rio de Janeiro (1971); “Artecidade”, São Paulo (1997) e “Fronteiras”, 1998. Influenciado inicialmente, como seus colegas de geração, pela nova figuração europeia e pela pop art norte-americana, buscou ao mesmo tempo impregnar seus trabalhos de um conteúdo crítico e expressar o que Hélio Oiticica em texto de 1978 definiu como uma face Brasil: Vergara quer construir em bloco uma instância: o instante Brasil – a face – mesmo que para isso tenha que se apegar aos restos [...] absorvendo tudo, deixando de lado certos pudores esteticistas. Nisso reside sua coerência: ir ao final, sem sobras. A partir dos anos 80 seu interesse se desloca para a pesquisa e o aprofundamento de questões especificamente pictóricas, o que se mantém, mesmo quando se desloca da tela para o espaço real ou quando emprega o pigmento puro, o decalque e outras técnicas. Pesquisas que no dizer de Paulo Sérgio Duarte, em texto de 1990, se orientam em duas direções diametralmente opostas, de um lado, o elogio da transparência na comemoração do fato plástico, de outro, uma expressividade impregnada a partir da própria matéria que na sua opacidade sombria apresenta um drama. Figurou nas bienais de São Paulo (1963, 1967, 1969 e 1984); Bahia (1966); Paris e Medellín (1969); Veneza (1988); Salão da Jovem Pintura, Paris (1965); Salão Nacional de Arte Moderna (1965/1970); Salão de Abril, Rio de Janeiro (1966); Salão Municipal de Belo Horizonte (1967); nas mostras “Opinião 65” e “Opinião 66”; “Propostas”, São Paulo (1965); “Vanguarda brasileira”, Belo Horizonte (1966); “Nova objetividade brasileira, Rio de Janeiro (1967); Resumo JB, Rio de Janeiro (1968 e 1970); “O artista brasileiro e a iconografia de massa”, Rio de Janeiro (1968); Panorama da Arte Atual Brasileira, São Paulo (1970); “Quasi cinema”, Brera, Itália (1980); “Do moderno ao contemporâneo”, Rio de Janeiro (1981) e “Retrato e autorretrato da arte brasileira”, São Paulo (1984), com obras da coleção Gilberto Chateaubriand; “Homenagem a Mário Pedrosa”, Rio de Janeiro (1982); “Diversidade latino-americana”, Paris (1992); “Terra incógnita”, Rio de Janeiro (1998); “Poética da cor”, Rio de Janeiro (1998); “Brasil 500 anos”, Rio de Janeiro, e “Arte erótica, São Paulo, ambas em 2000. Realizou mostras individuais no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1966); Paço Imperial, Rio de Janeiro (1990); Palácio das Artes, Belo Horizonte (1991); Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1992); Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1995); Museu de Arte de São Paulo (1997); Pinacoteca do Estado, São Paulo (1998); na Petite Galerie, Rio de Janeiro (1967 e 1969); e nas galerias Art Art, São Paulo (1968); Luiz Buarque de Hollanda, Rio de Janeiro (1973); Global, São Paulo (1978); Mônica Filgueiras, São Paulo (1981); Thomas Cohn, Rio de Janeairo (1983 e 1988); Raquel Arnaud, São Paulo (1983, 1984, 1987, 1989 e 1994); Francis van Hoof, Antuérpia (1993); Debret, Paris (1995); Paulo Fernandes, Rio de Janeiro (1995); GB-Arte, Rio de Janeiro (1998) e Nara Roesler, São Paulo (2001). Bibliografia: Hélio Oiticica. Carlos Vergara (Rio de Janeiro: Funarte, 1978). Ronaldo Brito. Carlos Vergara, cat. exp. (Rio de Janeiro: Thomas Cohn, 1983). Paulo Sérgio Duarte. Anos 60 – transformações da arte no Brasil (Rio de Janeiro: Campos Gerais, 1998). Luiz Camilo Osório. Conversa com Carlos Vergara, cat. exp. (São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1998). Filmografia: Antônio Carlos Fontoura. Ver ouvir (Rio de Janeiro, 1967).

vIANNA, ARMANDO rio de JAneiro, 1897 – 1992 Pintor, desenhista e aquarelista, iniciou sua formação artística em 1919 com Eurico Alves e Stefano Cavalaro no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e com Rodolfo Amoêdo e Rodolfo Chambelland como aluno livre da antiga Escola Nacional de Belas-Artes. Começou a trabalhar em 1909 na oficina de pintura do pai, pintando placas comerciais, charretes e carrocinhas de leite. Em 1923 recebeu o título de membro da Sociedade Propagadora das Belas-Artes, conferido pelo Liceu de Artes e Ofícios. Fez sua primeira individual em 1927, no Rio de Janeiro, na Galeria Jorge, e no mesmo ano embarcou com a esposa e a filha, em viagem por Lisboa, Porto, Madri e Paris, onde instala residência e ateliê em Montparnasse, matriculando-se como aluno livre na Académie de La Grand Chaumiére. De volta ao Brasil, venceu, em 1931, o concurso público para a decoração do Salão de Honra do Quartel da Polícia Militar, onde executou dois painéis. Dois anos depois, venceu concurso para executar a decoração do Salão Nobre do Palácio do Catete (hoje Museu da República) e em 1940 fez os vitrais para o teto do Salão Nobre do Palácio da Guerra. Entre 1918 e 1933, participou diversas vezes da Exposição Geral de Belas-Artes, Rio de Janeiro, conquistando uma menção honrosa, uma medalha de bronze, duas de prata, duas de ouro e, em 1926, o prêmio de viagem ao exterior; do Salão da Sociedade de Belas-Artes de Lisboa, 1928 (medalha de ouro); do Salão Carioca, 1937, do Salão Paulista de Belas-Artes, 1937, 1938 (1º prêmio Prefeitura de São Paulo), 1939, 1940, 1942, 1945, 1947, 1948, 1949, 1951, 1952, 1953; do Salão do Instituto de Belas-Artes do Rio Grande do Sul, 1939, 1940; do Salão Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, 1941, recebendo o prêmio de viagem ao país; do Salão Preto e Branco, 1954, recebendo a medalha de ouro, e do Salão Nacional de Arte Moderna, 1967, 1969, 1975. Fez individuais no Porto, Portugal, em Curitiba e no Rio de Janeiro. Bibliografia: Walmir Ayala, Dicionário de pintores brasileiros. 2ª ed. rev. Curitiba: UFPR, 1997; José Roberto Teixeira Leite, Dicionário

crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro, Artlivre, 1988; Roberto Pontual, Dicionário das artes plásticas no Brasil, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1969; Enciclopédia Itaú Cultural de artes visuais, www.itaucultural.org.br. (*)

vIDAL, EMERIC ESSEx londreS, inglAterrA, 1791 – BrigHton, inglAterrA, 1861 Tendo ingressado na Marinha Real Inglesa em 1806, prestou serviços, como oficial, no Atlântico Sul entre 1808 e 1837, o que lhe permitiu conhecer Salvador, na Bahia, e Rio de Janeiro em 1816 e 1836, respectivamente. Nas duas oportunidades registrou em aquarelas aspectos da paisagem natural e humana das duas cidades. Figurou na exposição “Memória da Independência: 1808-1825”, realizada no Museu Nacional de Belas-Artes, com quatro obras. Gilberto Ferrez, em seu livro Pioneiros da cultura do café na era da Independência (1978), reproduz obras de Essex Vidal, assim como Raymundo de Castro Maya, no livro do qual foi editor, A muito leal e heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1965). Suas aquarelas integram o acervo do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a coleção Sérgio Fadel. Bibliografia: Paulo Berger. Pinturas & pintores – Rio Antigo, Coleção Sérgio Fadel (1990).

vIK MuNIz (vICENTE JOSé DE OLIvEIRA MuNIz) São PAulo, 1961 Fotógrafo, desenhista, pintor e gravador. Cursa publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Em 1983, passa a viver e trabalhar em Nova York. Realiza, desde 1988, séries de trabalhos nas quais investiga, principalmente, temas relativos à memória, à percepção e à representação de imagens do mundo das artes e dos meios de comunicação. Faz uso de técnicas diversas e emprega nas obras, com freqüência, materiais inusitados como açúcar, chocolate líquido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo e poeira. Em 1988, realiza a série de desenhos The Best of Life, na qual reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana Life. Convidado a expor os desenhos, o artista fotografa-os e dá às fotografias um tratamento de impressão em periódico, simulando um caráter de realidade às imagens originárias de sua memória. Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens. Nas séries seguintes, que recebem, em geral, o nome do material utilizado - Imagens de Arame, Imagens de Terra, Imagens de Chocolate, Crianças de Açúcar etc. -, passa a empregar os elementos para recriar figuras referentes tanto ao universo da história da arte como do cotidiano. Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são o produto final do trabalho. Sua obra também se estende para outras experiências artísticas como a earthwork e as questões envolvidas no registro dessas criações.

vILLARES, DéCIO RODRIguES rio de JAneiro, rJ, 1851 – 1931 Pintor e escultor, ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes em 1868. Em 1872, viajou para a Europa, estudando com Pedro Américo em Florença e Alexandre Cabanel em Paris. Positivista convicto, foi o autor das modificações introduzidas no desenho da bandeira brasileira – constelação do Cruzeiro do Sul e o lema positivista Ordem e Progresso. Apesar disso, na polêmica de 1888 entre modernos e positivistas sobre a reforma do ensino de arte, tomou o partido dos primeiros, frequentando o Ateliê Livre instalado na Praça Tiradentes. Realizou inúmeros monumentos públicos no Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras, entre eles os de Benjamim Constant no Campo de Santana, e o busto do Marechal Deodoro. Atuou igualmente como caricaturista. Acerca de sua pintura, escreveu Quirino Campofiorito: “Pintor de incontido sentimento poético, sua obra é toda acentuada de uma delicadeza tanto no cromatismo suave como no desenho gracioso, que o filiam a certa pintura francesa. Destacam-se seus retratos femininos, para os quais o mais das vezes posou sua própria esposa”. Obras de Décio Villares foram incluídas nas mostras retrospectivas da pintura e da escultura no Brasil realizadas pelo Museu Nacional de Belas-Artes, em 1948 e 1950, e em Um século de Pintura Brasileira, 1952, na mesma instituição. Bibliografia: José Maria dos Reis Júnior, História da pintura no Brasil, Leia, São Paulo, 1944; Herman Lima, História da caricatura no Brasil, José Olympio, Rio de Janeiro, 1963; Quirino Campofiorito, História da pintura brasileira no século XIX, Pinakotheke, Rio de Janeiro, 1983.

vISCONTI CAvALLEIRO, yvONNE PAriS, frAnçA, 1901 – rio de JAneiro, rJ, 1965 Eliseu Visconti casou-se, na França, com Marie Louise Lacombe, pintora e aquarelista, com várias incursões e prêmios em salões de arte brasileiros. Numa de suas telas, Visconti mostra Marie Louise num jardim público de Parisaolado de um carrinho de bebê – a filha Yvonne, que iria se casar com Henrique Cavalleiro, também pintor e seu assistente na Escola Nacional de Belas-Artes. Yvonne e Henrique auxiliaram Visconti na realização do pano de boca do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na decoração do edifício do antigo Conselho Municipal, hoje Câmara dos Vereadores, Yvonne é figurada como um dos anjos que glorificam Pereira Passos e Oswaldo Cruz. Dos filhos do casal, Eliseu Visconti Neto é cineasta, tendo realizado dois curtas-metragens sobre o avô, e Leonardo é designer gráfico, retomando assim o filão aberto por Visconti na

mostra de 1901. Incontáveis vezes Visconti tomou sua esposa, seus filhos e netos como modelos, pintando-os e repintando-os em todos os momentos e idades, e também a si próprio em frequentes autorretratos. Eis por que Herman Lima se refere a Visconti como “um pintor sem história e sem modelos além da crônica e do círculo da família”. Equilíbrio, ternura e uma vida “maravilhosamente harmoniosa” serão as marcas de Visconti, pintor e obra, já concluíra Gonzaga Duque em 1901. Como era previsível, Yvonne Cavalleiro iniciou seus estudos de arte com o pai, em casa, e a seguir frequentou o curso de artes decorativas criado também por Visconti em 1934. Estudou ainda gravura com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas-Artes, e pintura com André Lhote em Paris. Yvonne participou regularmente do Salão Nacional de Belas-Artes, no qual foi premiada com medalha de prata em pintura e medalha de ouro em artes decorativas. Figurou ainda no Salão Nacional de Arte Moderna em 1957 e em 1964 e no Salão da Associação de Artistas Brasileiros em 1964.

vISCONTI, ELISEu SAlerno, itáliA, 1866 – rio de JAneiro, rJ, 1944 Iniciou seus estudos de arte em 1883, no Liceu de Artes e Ofícios, matriculando-se, dois anos depois, na Academia Imperial de Belas-Artes, recebendo orientação de Vítor Meirelles e Rodolfo Amoedo. Na célebre polêmica entre modernos e positivistas que antecedeu à criação da Escola Nacional de Belas-Artes, em 1890, ficou com os primeiros, tendo sido um dos fundadores do Ateliê Livre, em 1888. Bolsista da Academia Imperial, instalou-se em Paris em 1893, frequentando a Escola de Belas-Artes, em seguida a École Guérin, onde teve como professor Eugéne Grasset, um dos integrantes franceses do movimento art nouveau. Regressou ao Brasil em 1900, realizando no ano seguinte sua primeira individual, na qual incluiu também trabalhos de “artes decorativas aplicadas à industria”, tais como selos, ex-libris, cerâmicas e luminárias, o que faz dele um pioneiro do design no Brasil. Ensinou no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas-Artes, onde, em 1934, fundou o curso de artes decorativas, que funcionou inicialmente na Escola Politécnica. Também realizou pinturas de grande porte para o Theatro Municipal (pano de boca e teto) e para o Conselho Municipal, hoje Câmara de Vereadores. Em sua pintura, evoluiu de uma fase inicial simbolista, influenciada pelos pré-rafaelitas, para um neoimpressionismo menos científico que o de Seurat e Signac e, finalmente, para um impressionismo luminoso. Sua mulher, a francesa Marie-Louise, era aquarelista. Sua filha, Yvonne, também pintora, casou com Henrique Cavalheiro, aluno e depois assistente de Eliseu Visconti na Enba. Dos netos, filhos de Yvonne, um é cineasta, outro, designer e artista gráfico. Todos com frequência foram tomados como modelos para suas pinturas e ele próprio se autorretratou várias vezes. Tendo o circulo familiar e de amigos como referência, a vida/obra de Visconti se caracterizou, no dizer de Flávio Motta, por essa busca de “mediações entre situações extremas”, mediações entre o desenho e a cor, figura e paisagem, entre o inconformismo político do país e o acolhimento do Imperador, entre Rio de Janeiro e Paris, entre cidade e a serra (Teresópolis), entre arte e indústria. Sua pintura representaria, para a unanimidade da crítica brasileira, o auge do impressionismo em nosso país, e este, por sua vez, se insere em uma continuidade sensível da arte brasileira, que excluiria mesmo um momento de ruptura como o modernismo de 1922. Participou do Salão de Paris (1894 e 1899); das Exposições Gerais de Belas-Artes, Rio de Janeiro (1921 e 1923); da mostra de arte brasileira no Instituto Carnegie, Pittsburg, Estados Unidos (1933); e da II Bienal de São Paulo, com sala especial. Seus trabalhos foram expostos individualmente na Galeria Jorge, Rio de Janeiro (1925); no Museu Nacional de Belas-Artes (1944 e 1967); na Galeria Global, São Paulo (1977); e no Solar Grandjean de Montigny, Rio de Janeiro (1982). Recebeu medalha de prata na Exposição Internacional de Paris (1900) e medalha de ouro na Exposição Internacional de Saint-Louis, Estados Unidos (1904). A parte mais significativa de sua obra se encontra no Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, e na Pinacoteca do Estado, São Paulo. Bibliografia: Frederico Barata. Eliseu Visconti e seu tempo (Rio de Janeiro: Zélio Valverde, 1944). Flávio Motta. “Visconti e o início do século XX”. Em Roberto Pontual. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969). Frederico Morais. “Eliseu Visconti e a crítica de arte no Brasil”. Em Aspectos da arte brasileira. (Rio de Janeiro: Agir-Funarte, 1980). Irma Arestizabal (org.). Eliseu Visconti e a arte decorativa, cat. exp. (Rio de Janeiro: Solar Grandjean de Montigny, 1982).

vITTI BuJu Não foi possível reunir dados biográficos sobre o artista.

WALDOMIRO DE DEuS itAJiBá, BA, 1944 Depois de um briga com o pai, homem violento e alcoólatra, abandonou a família e, viajando de carona, chegou a Nanuque, norte de Minas, onde permaneceu cerca de dois anos, trabalhando como engraxate e padeiro. Mudou-se em seguida para São Paulo e fixou residência em Osasco, ali desenvolvendo diversas atividades, como as de ajudante de pedreiro, copeiro e finalmente jardineiro na residência de um italiano, em cuja garagem encontrou guaches, pincéis e cartolina. Tinha então 17 anos, e varava as noites pintando, de memória, cenas da vida sertaneja. Nova mudança,

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