Catálogo de maio de 2010

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1977 – RJ: Sai o primeiro número da revista Arte/Hoje, publicada com o selo da Rio Gráfica Editora. Tendo como editores Milton Coelho e Wilson Coutinho (adjunto), são publicados 30 números, o último deles em dezembro de 1979. Fartamente ilustrada, a cores, a revista se caracteriza pelo tom jornalístico dado às matérias – entrevistas, reportagens e depoimentos sobre arte brasileira e internacional – cobrindo o circuito de museus, galerias, exposições, coleções, salões, bienais e ateliês. 1977 – RJ: Por iniciativa de Lourival Fontes, então diretor do Departamento de Turismo da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi criado, em 1935, o Salão Carioca de Belas-Artes, com diversos prêmios em dinheiro para as seções de pintura (paisagens cariocas, história da cidade, costumes e tipos cariocas) e escultura. Foi realizado na VIII Feira de Amostras do Rio de Janeiro. Não passou da primeira edição. Em 1977, promovido novamente pela Prefeitura do Rio de Janeiro, é realizado, na Funarte, o I Salão Carioca, acolhendo inicialmente apenas desenhos e gravuras. A partir de 1983 sua realização ficou sob a responsabilidade do Rio-Arte, tendo como coordenadora Lilia Kuperman. Realizou-se sucessivamente no Palácio da Cultura (MEC), Arquivo Municipal, no mezanino da Estação Carioca do Metrô, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e no Museu de Arte Moderna. Abre-se pela primeira vez, em 1993, para artistas de todo o Brasil. Em 1994, os prêmios foram substituídos por pró-labores de igual valor. O XI Salão Carioca (1987) optou por um tema único, no caso “Uma bandeira para a constituinte”. Um júri integrado por Waltércio Caldas, Lygia Pape, Adriano de Aquino, Geraldo Edson de Andrade e Rubem Breitman selecionou 46 trabalhos, premiando Brígida Baltar, Maurício Bentes e Marly Bolin, concedendo menções honrosas a Frida Baranek e menção especial a Gerardo Vilaseca. A maior parte dos trabalhos selecionados correspondeu a uma tentativa de redesenhar a bandeira brasileira, buscando-se nova síntese com a eliminação ou acréscimo de novos elementos visuais ou simbólicos. Partiu-se também para o trocadilho visual ou verbal, com a introdução de textos de crítica ao desgoverno, à crise econômica, aos próprios constituintes. Em alguns casos a bandeira foi transformada em faixa de protesto ou panfleto, fragmen-

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MESTRE VITALINO 1909 – 1963

Caçador com seu Cão que Arrasta o Teiú escultura em barro cozido policromado, ass. na base (década de 1940) 17 x 25,5 x 8 cm

tou-se, foi rasgada, ganhou uma dimensão fúnebre. O trabalho vencedor, de Brígida Baltar, medindo 45 x 230 cm, estava ocupado por uma única palavra, inventada, é claro: “Inconstitucionaulyssessesmamente”. A Mostra Rio de Arte Contemporânea, realizada no Museu de Arte Moderna, em 2002, substituiu o Salão Carioca que deixou de existir. Constituiu-se de três segmentos, cada um com catálogo exclusivo: 1 – Artistas selecionados, 2 – Violência e Paixão, com curadoria de

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