Catálogo de maio de 2010

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Plafond do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

No início de 1906, Visconti vem ao Brasil submeter à aprovação do prefeito os esquissos (esboços) das decorações do Theatro Municipal. Os trabalhos contratados ao artista pela Comissão Construtora do Theatro se referiam ao pano de boca, à decoração do plafond (teto sobre a plateia) e ao friso sobre o proscênio (decoração acima da boca de cena), além de dois triângulos menores no teto, próximo ao palco. O contrato firmado pelo artista com a Comissão obrigou Visconti a hipotecar um imóvel de seu irmão, Afonso Visconti, situado na Rua Visconde de Itaúna nº 2, no Rio de Janeiro. O não cumprimento dos prazos ou a desistência da encomenda por parte do pintor resultaria na execução da hipoteca. Eliseu Visconti não foi o único pintor convidado para decorar o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Outros notáveis artistas da época, Rodolpho Amoedo e Henrique Bernardelli, contribuíram com seu talento para a beleza do nosso maior teatro. Rodolpho Amoedo executou, em 1916, oito pinturas nas rotundas externas do prédio, reproduzindo cenas de dança de diversos países. Já Henrique Bernardelli, executou, em 1908, as pinturas dos tetos das duas rotundas do foyer, representando apoteoses à música e à poesia. Mas certamente “é Visconti a estrela mais brilhante na constelação de pintores que enriqueceram com suas obras o interior do Theatro Municipal”. (Pedro Xexéo. Theatro Municipal – 90 anos, 1999)

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