Mobilização por Curitiba

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obilização CONFEDERAÇÃO DOS(AS) TRABALHADORES(AS) NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL

por Curitiba

Informativo do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) | março de 2017

31 de março, data de luta Foto: Manoel Ram ires

Paralisação de

50 minutos

Falta condições de trabalho para os servidores atenderem com qualidade a população


Servidores pedem apoio do povo por um serviço público de qualidade

N

o dia 31 de março, cada equipamento do serviço público de Curitiba vai paralisar por 50 minutos nos locais de trabalho.

Os motivos são vários. Mas o que mais pesa é a falta de condições para cumprirem o seu trabalho. Em unidades de saúde, por exemplo, faltam materiais e infraestrutura. Para os trabalhadores da educação, o atual prefeito, Rafael Greca, não cumpriu a aplicação do Plano de Carreira, aprovado ainda em 2014. Faltam servidores nos locais de trabalho, o que prejudica a qualidade do serviço público. Sem trabalhadores, novos equipamentos não podem ser inaugurados.

Greca só pensa no

ajuste fiscal

G

reca prefere primeiro esperar o chamado projeto do “ajuste fiscal” ser enviado à Câmara de Vereadores, para só depois aplicar as leis e cumprir o que é de direito dos servidores municipais. Ora, sabemos que “ajuste” significa limite de recursos normalmente para áreas que interessam ao povo. O Sismuc quer conversar com a população que, de todos os investimentos, o investimento no serviço público deve ser o prioritário. Afinal, são mais de 40 mil profissionais de diversas áreas que se dedicam a melhorar a qualidade de vida dos curitibanos.

Os motivos do protesto Os servidores municipais há muito tempo perderam a paciência. Entre os motivos do protesto do dia 31 de março, os trabalhadores elencam: O risco de reajuste salarial abaixo da inflação; O descumprimento das leis que regulamentam os Planos de Carreira (Lei 11000/2004, Lei 14580/2014 e a Lei 12083/2006); Prefeitura substitui a necessidade de mais servidores com terceirizações, o que encarece o custo; Alterações na previdência municipal (IPMC) que só sacrificam os trabalhadores.


Greca não respeita o serviço público! Foto: Manoel Ram ires

O

prefeito Rafael Greca disse nas redes sociais que os trabalhadores deveriam fazer greve como na Alemanha e outros países, onde os trabalhadores, em tese, trabalham dobrado. “Nós não temos condições de trabalhar dobrado. Já estamos trabalhando sem condições dignas, sem a mínima infraestrutura. E, por fim, nesses países as pessoas têm uma aposentadoria digna; tem os benefícios que nós não temos”, compara Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc. Desde o começo de 2017, Greca deixa os servidores esperando, não responde ofícios e não compareceu à primeira mesa de negociação no dia da greve de 15 de março de 2017.

27%

é quanto Greca quer descontar a mais do salário dos servidores do IPMC*

Greca tira dos servidores e da população para dar aos empresários Não é apenas a sua Previdência Social que corre riscos com a PEC 287, que simplesmente retira a aposentadoria por tempo de contribuição, no caso dos servidores públicos também correm o risco de retirada de recursos do Instituto de Previdência Social de Curitiba (IPMC), a partir da justificativa de endividamento da prefeitura. O último balanço oficial dava conta de saldo positivo de R$ 2 bilhões. Contudo, sem os aportes financeiros da Prefeitura, o caixa pode secar em 2021. Assim como o aliado Beto Richa, Rafael Greca começa a perseguir os servidores públicos enquanto recebe empresários que não tem compromisso com a população. Por que o prefeito não vai pra cima da dívida de R$ 5 bilhões? Porque escolheu governar para poucos.

CONFEDERAÇÃO DOS(AS) TRABALHADORES(AS) NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL

*A alíquota sobe de 11% para 14% em seis anos

CONFEDERAÇÃO DOS(AS) TRABALHADORES(AS) NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL

Campanha Salarial Unificada 2017


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