Jornal jun2018

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Ceará em Brasília Jornal Casa do Ceará

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

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Ano XXIX - Ed. 312 de Junho de 2018

Fotos: Ozeti Vasconcelos

Casa do Ceará mantém a grandeza e a beleza de sua Festa Junina, com 55 anos de história. Leia mais na pág. 10

Apresentação de Miguel Santos e banda

Cleuza Mariano, Albery Mariano, Antônia Guimarães, Osmar Alves de Melo e Sra. Ivete de Melo e Maria Dolores.

Leia nesta edição

Sra. Rosa Holanda, Aldermir Holanda, José Samapaio de Lacerda e Sra. Andreia Caruso.

Tarciso Viriato no Espaço Cult PaulOOctavio Construí minha que tanto podem vir de carreira artística em experiências remotas da Brasília,entre as suas infância, quanto da his“asas” e eixos, “tetória ou da observação do sourinhas” e retornos, dia a dia. esplanadas e monuFazer arte para mim mentos, participando é cumprir um ritual perdessa grande aventura manente de exercício do moderna que é a capensamento. É natural pital do Brasil. A sua como a respiração. Travocação cosmopolita balho sempre com a inme levou a conhetenção de retratar a odiscer pessoas, lugares seia do homem na terra, distantes e culturas prisioneiro do futuro e milenares. da felicidade, a percorrer Nesta caminhada, a cor e o desenho têm sido pro- labirintos do bem e do belo, buscando a construção de tagonistas constantes no meu trabalho, construindo relações sociais regadas pela paz e pelo amor. formas emanadas do meu vocabulário imaginário, Tarciso Viriato, Artista Plástico

Campanha do Agasalho 2018 Casa do Ceará vai ao encontro dos necessitados de Brasília. Leia mais na pág. 20

Fotos: Hermínio Ozeti Vasconcelos Fotos: Oliveira

Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Av. Beira Mar, pág. 3 Jornal Correio da Semana, de Sobral, fez 100 anos e ganhou homenagem, pág. 4 PF do CE já é comandanda pela primeira vez por uma mulher, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 Anúncio do Uniceub, pág. 5 Leituras I - artigo de Fernando Milfont, pág. 6 Entidades sugerem formas de preservação do bioma da caatinga, pág. 6 Chuvas deste ano no Ceará ficaram em torno da média, diz Funceme. População teme racionamento, Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, pág. 7 Pobreza/CE: 24,8 mil saem da pobreza; maior redução do País, pág. 7 Leituras III - artigo de Gonzaga Mota, pág. 8 Pesquisa propõe transportar águas do PI para o CE, pág. 8 Casa do Ceará recebe fraldas para os idosos da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel, pág. 9 Dossiê - Os militares cearenses do Exercito, na ativa e na reserva, pág. 9 Anúncio do III Encontro dos Conterrâneos e Amigos do Iguatu, pág. 10 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras V - artigo de Sanzio de Azevedo pág. 12 TCU caça o Tesouro da República 712 peças sumiram do Alvorada, do Planalto e da Granja do Torto com Lula e Dilma, pág. 12 Medalha Clóvis Bevilácqua entregue pelo TJ/CE, pág. 12 Leituras VI - artigo de Dimas Macedo, pág. 13 O cordel do Barretão - Luiz Carlos Barreto, o Barretão, faz 90 anos, o cearense que venceu como fotógrafo e cineasta, pág. 13 Leituras VII - artigo de Macário Batista, pág. 14 Agronomia - O centenário da Escola que ajudou a fundar a UFC, pág. 14 Leituras VIII - artigo de Edmilson Caminha, pág. 15 Prefeitura assina contrato da Nova Beira Mar com Banco de Desenvolvimento da América Latina, pág. 16 Osmar Alves de Melo lança “O sono dos Justos”, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Momentos Marcantes do comendador Francisco Albery Mariano, pág. 17 Página da Mulher artigo de Regina Stella, pág. 18 Ceará pode ganhar 12 novos municípios, pág. 18 Escritores Cearenses na 34ª Feira do Livro de Brasília com apoio da Academia Taguatinense, pág. 18 Leituras IX - Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Os Cearenses na Cozinha de Brasília, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Apresentação da Quadrilha Formiga da Roça

Antônia Guimarães, Kátia Sheila, Albery Mariano e Sra. Cleuza Mariano e o neto.

Publico dançando ao som do Trio Siridó.

Marizete Ferreira, Cleuza mariano, Dona Lídia (Maria Bonita), Geraldo Camilo (Lampião), Aldemir Holanda e Albery Mariano.

Sr. Assis, Maria Djanira, Vicente Magalhães, Vicente Landim e familiares.

Antônia Guimarães com os idosos moradores da Pousada, Sr Geraldo e Lídia que fizeram o papel de “Lampião e Maria Bonita”

Livro sobre vida e obra do Governador Parsifal Barroso (1959-1963) foi lançado em Fortaleza. Leia mais na pág. 5


Edi t o r i a l

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As chuvas se foram e deixaram saudades. Choveu onde devia e não devia. Cresceu a expectativa de um inverno vigoroso, mas tal não aconteceu. Na região central, a coisa está braba. Os grandes açudes estão em situação difícil, inclusive Castanhão, Orós, Banabuiú e Araras. Façam suas apostas: vai dar para chegarmos a 2019? Muitos dizem que não e clamam que aqui chegue a dessalinização. A solução do São Francisco parece distante e está cercada de incertezas, pois Sobradinho está com pouca água e a pressão por água, ainda que apenas para o consumo humano, parece difícil e cara. Nenhum estado pensou no acontecerá quando o São Francisco chegar. Ou sejam eles deverão arcar os custos e ninguém informou quanto será e de onde sairá o dinheiro. Será uma solução tão difícil quanto a fazer a água correr no sertão. Infelizmente, o que já se gastou com a transferência da água do São Francisco daria para construir três a quatro usinas de dessalinização, com tecnologia espanhola (fraca) e israelense (forte). Muitos governos, partidos, políticos, empreiteiras, empresários, em Brasília e no Nordeste, ganharam muito dinheiro. Inácio de Almeida Diretor. Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Acaraú), 2º vice; José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza), Administração e Finanças; José Aldemir Holanda (Baixio) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) Maria Djanira Gonçalves Brito (Aurora), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Campos Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casdoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br

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Espaço Luciano Barreira Carta de uma mãe portuguesa

Escrevo estas poucas linhas para saberes que estou viva. Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receber esta carta é porque chegou. Mas se não chegar peço que tu me avises que envio outra carta. Teu pai leu no jornais que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso decidimos nos mudar para mais longe. Sobre o casaco que tu querias, teu tio disse que seria muito caro enviar pelo correio por causa dos botões de metal que pesam muito. Por isso arranquei-os todos e coloquei em um dos bolsos. Assim quando o casaco chegar aí, basta que tu pregues os botões novamente Outro dia houve uma explosão no botijão de gás aqui na cozinha. Teu pai e eu fomos jogados para o ar; saímos pela janela e fomos parar na rua, mas quanta emoção, meu filho, já que há muitos anos eu e seu pai não saímos juntos, Tua irmã Maria vai ser mãe, Mas como ainda não sabemos se será menino o u menina, não se se tu serás tio ou tia. Se encontrares a dona Rosinha, diga-lhe que mando lembranças. Mas se não encontrares, não precisas dizer nada. Um beijo da tua mãe. PS: eu ia enviar-lhe os 300 euros que me pediste, mas quando me lembrei, já havia fechado o envelope. Desculpe, a mamãe.

A dúvida do gafanhoto

O gafanhoto virou-se para o mestre e perguntou:

- Mestre, quando saberei que já sou um homem? O mestre vira-se para o gafanhoto e responde: - Gafanhoto, quando colocares a mão entre as pernas e sentires dois ovos já grandes, você já será um homem. Mas cuidado! Se colocares a mão entre as pernas e sentires quatro ovos não pense que és um super-homem. Você está é sendo enrabado, gafanhoto!

No Circo

O apresentador do circo anuncia Agora a mulher mais bonita e corajosa do mundo vai deitar na jaula e o leão vai lambe-la todinha. E assim o leão lambeu. O apresentador pergunta para a plateia: - Tem alguém aí com coragem para fazer o mesmo? E o Joãozinho lá do fundo grita: - Eu tenho, mas tira o leão daí.

Orelha de vaca

Um velho de 86 anos casou-se com uma moça linda de 25 anos. No meio da festa de casamento ele perguntou pro compadre dele: E aí, compadre, o que você está achando eu com essa idade casado com uma mulher linda e jovem como essa: O compadre respondeu: Uai compadre, você é igualzinho a orelha de vaca. O velho surpreso perguntou : - Orelha de vaca? O compadre respondeu: É orelha de vaca, perto do chifre e longe do priquito...

Conversando com o Leitor

+ Recebemos o Binóculo, de Fortaleza, edição 194, de fevereiro, com artigos de Dias da Silva Batista de Lima, Dimas Macedo, todos da República de Aurora, Francilda Costa, Januário Bezerra Jacob Fortes, poesias de Francisco Carvalho, Linhares Filho (outro da República de Aurora), Jesus Alves Gelmirez Fontes, “in memoriam”, Vianney Mesquita e Francisco Alves de Alencar ; Cordel e Repente de Benedito B. de Souza e Trovas Daqui e dali. + Recebemos o Jornal do GEEC - Grupo de estudos do Cangaço do Ceará, edição de abril de 2018, com artigos de Ângelo Osmiro Barreto que preside o Grupo, José Sanino Bassetti Aderbal Nogueira, Archimedes Marques, Luiz Ruben F. de A. Rolim, Wagner Ramos, Melquiades Pinto Paiva, Cristina Couto, Edilson Cláudio de Oliveira, Carlos Eduardo Gomes, Benedito Vasconcelos Mendes, Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho, João de Sousa Lima e Paulo Gastão. + Recebemos do sr. “Glauber Romcy” glauber. romcy2020@gmail.com - casadoceara@casadoceara.org. br. Data: 29-05-2018 18:03 - Assunto: Desrespeito - Jornal Ceará em Brasília - Ano XXIX- Edição 310 - abril de 2018 - Na página 19 - 40 tipos de orgasmos femininos O jornal foi fundado no ano de 1963 por dois grandes cearenses - Chrisanto Moreira da Rocha e Álvaro Lins Cavalcante. Jamais eles aceitaram desrespeito nas páginas do periódico, que tem hoje à sua frente Osmar Alves de Melo (presidente) Enquanto ele se preocupa com sandices dessa natureza, deixa de publicar notícias da maior importância sobre a terrinha. Eles lá em Brasília, parece estarem em outro mundo. Eu até que tinha certa consideração ao Inácio de Almeida, Wilson Ibiapina, dentre outros. NR. Em nome

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dos “dentre outros”, informamos ao sr. Romcy não houve desrespeito a ninguém, pois a Casa do Ceará respeita e dignifica os cearenses. Descartamos a censura como forma de manifestação, nesta época de diversidade e inclusão. + O nosso site www.casadoceara.org.br chegou aos 352.610 acessos. Muito bom, mas poderia ser melhor. + Registramos 4.227 usuários, 3.818 novos e 5.373 sessões. + Fomos visitados em 15 países: Brasil, Estados Unidos, Suíça, China, Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unido, Guiana Francesa, Holanda Peru, Portugal e Togo. Tem cearense em todo canto do mundo. + No Brasil, fomos visitados em 98 cidades, inclusive Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Águas Lindas de Goiás, Luziânia, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Juazeiro do Norte, Curitiba, Anápolis, Formosa, Recife, Porto Velho, Crato, Santo Antônio do Descoberto, Vitória, Campina Grande, Cuiabá, João Pessoa, Iguatu, Maranguape, Tianguá, Rio Branco, Maceió, Sobral, Juiz de Fora, Unaí, Belém, Florianópolis, Caucaia, Santo André, Russas, Feira de Santana, Itabuna e Jequié + A novidade para nós e a forte presença do Entorno e pela primeira de várias cidades do Ceará que custaram a nos descobrir, pelo que agradecemos aos brasilienses do Entorno e aos cearenses do interior do Ceará. Fortaleza sempre esteve presente. + O nosso site brasilia50anosdeceara.com.br chegou a 135.363 visitantes e tornou-se o site no. 314.391 mais visitado do Brasil. O Google saudou a Casa do Ceará pelo feito. + O nosso site casadoceara50anos.com.br chegou aos 15.018 visitas.

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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Um Novo Projeto de Brasil

A Universidade Federal do Ceará promoveu a Semana Nacional Universitária, com debates políticas, novas tecnologias, desigualdade social e até o tema da moda: segurança pública. O mote geral foi “Um novo projeto de Brasil”, reunindo nomes como o de Ladislau Dowbor, consultor da ONU e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura; e Lira Neto, jornalista e escritor. A programação é gratuita e constará de nove painéis temáticos, a serem realizados no auditório da reitoria da UFC. Entre debatedores de painéis: o cientista político Jawdat Abu-El-Haj, o geógrafo José Borzachiello e o ex-presidente do BNB, Roberto Smith. O evento disparou críticas ao cenário atual do País, até porque na era Temer, não saído verbas para as universidades. Grupo português deve investir mais de R$ 100 milhões no CE O grupo hoteleiro português Vila Galé pretende investir mais de R$ 100 milhões no Litoral Oeste do Ceará, para construir um resort de luxo na Praia do Preá. A informação foi confirmada pelo presidente da rede, Jorge Rebelo de Almeida, que está no Ceará desde o fim de semana, pois, no último sábado, realizou a reabertura, após uma completa reforma, da barraca localizada em frente ao hotel que possui na Praia do Futuro. Com um investimento de R$ 2 milhões, foi reinaugurada a Vila Galé Café, um moderno e aconchegante espaço para atender a turistas e moradores de Fortaleza. Na manhã de ontem, o empresário português seguiu, junto com o titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), Arialdo Pinho, para a região de Jericoacoara, situada a cerca de 12 quilômetros da Praia do Preá, onde observou alguns terrenos à beira mar que estão à venda. Uma das áreas, com cerca de 100 mil metros quadrados (m²) já está com as negociações bastante adiantadas, mas ainda faltam alguns detalhes para que o negócio seja fechado. O empreendimento será semelhante ao que a rede possui na Praia do Cumbuco, com cerca de 350 apartamentos, além de restaurantes, bares e ampla área de lazer. Finna é a líder do Nordeste O grupo M. Dias Branco, líder nacional do mercado e massas e biscoitos, está celebrando uma vitória. Sua farinha de trigo de marca Finna acaba de ascender ao primeiro lugar no mercado consumidor da região Nordeste. De acordo com pesquisa da Nielsen, a Farinha de trigo Finna tem 28,5% de participação no mercado nordestino. A segunda colocada tem 18,7% e a terceira, 13,3%. O grupo M. Dias Branco tem sede aqui em Fortaleza.

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Fausto Nilo O arquiteto e compositor cearense Fausto Nilo deu a palestra “1968: o que fizemos de nós” no auditório da Biblioteca Central do Campus do Pici (BCCP), da Universidade Federal do Ceará. Fausto Nilo é natural de Quixeramobim (CE). Aos 11 anos veio para Fortaleza, onde se graduou em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará, em 1970. Ainda no ambiente universitário iniciou suas atividades de letrista. A partir de 1972 suas letras passaram a ser registradas fonograficamente, e hoje possui mais de 400 canções, parte delas interpretadas por grandes nomes da música brasileira, como Moraes Moreira, Dominguinhos, Ney Matogrosso, Fagner, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, entre outros. Junto ao trabalho de compositor manteve sua atividade de arquiteto, com interesse em planos diretores de urbanismo e espaços de uso público, como escolas, praças e equipamentos culturais.

Concurso ara a PF O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, confirmou, em Fortaleza, que no próximo mês será lançado o edital de concurso público para a Corporação. Ao todo, com 500 vagas para policiais federais. Galloro esteve em Fortaleza no ato de posse de Vanessa Gonçalves como titular da Superintendência da PF no Estado. Ainda sobre o concurso, serão ofertadas 180 vagas para agente, 150 para delegado, 80 para escrivão, 60 para perito e 30 para papiloscopista. Todos os cargos exigirão diploma de curso superior. O último concurso da Polícia Federal foi organizado pelo Cebraspe, em 2014. Serão aplicadas provas objetivas e discursivas, além de exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica e curso de formação profissional, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, entre outras avaliações. No Ceará metade da água do NE O superintendente de Operações e de Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), engenheiro Joaquim Gondim Filho, disse ao blog que os açudes públicos existentes no Nordeste têm capacidade para acumular 38 bilhões de metros cúbicos de água. E revelou que os açudes do Estado do Ceará, sozinhos, têm capacidade para armazenar 18 bilhões de metros cúbicos. Gondim elogiou o Governo do Estado, que implementou uma política correta de gestão dos recursos hídricos que é hoje modelo para todo o País, mas voltou a advertir que, diante da crescente dificuldade de água no mundo todo, o Ceará e seu Governo devem acelerar o projeto de instalação de usinas de dessalinização da água do mar.

Mansueto Almeida em Fortaleza O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, atendendo a um convite do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE), esteve em Fortaleza, quando falou sobre o tema “Desafio do ajuste fiscal no Brasil: diagnósticos e caminhos”. O economista Raimundo Padilha, com mais de dez anos de experiência no mercado financeiro, e o ex-presidente do BNB e professor titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marcos Holanda, foram os debatedores. O presidente do Ibef Ceará, Raul dos Santos, destaca que o evento quer, em primeiro lugar, prestigiar “um cearense que vem fazendo um belo trabalho, sendo uma pessoa bastante qualificada”. Eunício emplaca mais um O advogado Aloísio Carvalho é o novo diretor financeiro e de Crédito do Banco do Nordeste. Ocupa a vaga que era do presidente Romildo Rolim. O cargo a ser ocupado por Aloísio estava sendo acumulado pelo diretor de Administração, Cláudio Freire. Aloísio é um nome ligado ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), também responsável pela indicação de Romildo. Já foi secretário-adjunto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com o aval do então do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Também já foi o superintendente federal da Pesca no Ceará. Com Eliomar de Lima Atendimento na Casa Recebemos a sra. Cláudia Castro, em 24 de maio de 2018: “A minha história e trajetória com o Drº Bruno já se estende há uns 15 anos, eu tinha um problema de sangramento nas gengivas que me incomodava, mas eu não tinha noção do que seria, na época cheguei a ir em vários dentistas e todos só me passavam um creme dental específico, até que então tive conhecimento da Casa do Ceará, marquei e tive a grande sorte de ser um dentista profissional no qual me passou segurança e descobriu a doença grave a qual eu tinha: periodontia avançada. Foi com ele que só por volta dos 30 anos aprendi a escovar e salvar meus dentes. Há todos que me pedem indicação de dentista, é no Drº Bruno que confio e indico para toda minha família e amigos, inclusive já vários desses também pacientes dele; pois tenho certeza que estarão em ótimas mãos. Enquanto ele estiver exercendo sua profissão serei sua paciente e amiga. Meu único lamento é não ter tido um dentista como ele desde o início da minha doença que hoje graças a ele, tenho uma ótima saúde bucal com o controle constante. Parabéns por esse profissional que ama o que faz, meu eterno dentista Drº Bruno!” Grato d. Claudia.

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Jornal Correio da Semana, de Sobral, fez 100 anos e ganhou homenagem da AL/CE

Em solenidade realizada nem 14.05 na Assembleia dades puramente pastorais e passou a atuar como um Legislativa, para celebrar o centenário do jornal Correio órgão formativo e informativo. “O Correio da Semana da Semana, de Sobral, o deputado Ferreira Aragão (PDT) leva notícias e reportagens atualizadas para uma muldestacou a importância histórica do momento. tidão de leitores, além de artigos importantes sobre os “Precisamos enaltecer e reconhecer um jornal que mais variados temas, operando sempre de acordo com tem 100 anos de idade, pois é uma marca histórica e os pressupostos e a linha editorial traçados por seu um acontecimento altamente importante, que merecia fundador”, pontuou. ser reverenciado por este Poder Legislativo”, assinalou Para o colaborador do jornal João Batista Nery, a lono parlamentar, propositor gevidade da publicação meda homenagem. rece ser respeitada, por conta Em nome dos homenade todas as controvérsias que geados, o diretor Lucas a sociedade enfrentou nesses do Nascimento lembrou últimos 100 anos. que o Correio da Semana Durante o evento, foram é o jornal mais antigo em homenageados, com a encirculação no Ceará e o trega de certificados alusivos segundo do Nordeste. Ele à data, o diretor do Correio exaltou ainda a figura de da Semana, Padre Lucas José Tupinambá da Frota, do Nascimento Moreira; o criador do jornal, em 1918, vigário geral da Diocese de para ser o órgão oficial de Sobral, Monsenhor Gonçalo divulgação do bispado de de Pinho Gomes; o bispo Sobral. diocesano de Sobral, Dom Sessão solene para celebrar o centenário do jornal “Com sua mente briJosé Luiz Gomes de VasCorreio da Semana Foto: Paulo Rocha lhante e visão futurista, concelos, além de colaboraDom José idealizou um jornal que servisse não apenas dores, colunistas, editores, revisores, diagramadores, para contar a história eclesiástica de nossa diocese, mas gazeteiros, publicitários, assessores, repórteres e extambém para retratar ações e potenciais valorosos de -diretores da publicação. nossa gente e resguardar a cultura em uma oficina sempre Estiveram presentes ainda à solenidade a vice-prefeita viva de riqueza de expressões alinhadas aos anseios de de Sobral, Cristiane Coelho; o prefeito de Cariré, Elmo uma coletividade”, salientou o diretor. Roberto Belchior Aguiar; o secretário de DesenvolLucas do Nascimento também apontou que, com o vimento Econômico de Sobral, Inácio Ribeiro, entre passar do tempo, o jornal superou os limites das ativi- outras autoridades.

PF do CE já é comandanda pela primeira vez por uma mulher A delegada Vanessa Gonçalves Leite de Souza será empossada em 22.05, no cargo de Superintendente Regional da Polícia Federal no Ceará. A função era ocupada pelo delegado Delano Cerqueira Bunn, que assumiu a Diretoria de Gestão de Pessoal da Polícia Federal em Brasília. A solenidade de posse será no Auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará, situado na Avenida Borges de Melo, nº 820, Bairro de Fátima e contará com presença do diretor-geral da PF, Rogério Galloro, e do governador Camilo santana (PT). Perfil Vanessa Gonçalves Leite de Souza, natural do Rio de Janeiro, tem 38 anos, é graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ingressou na Polícia Federal no ano de 2003. De 2009 a 2011, foi Oficial de Ligação da Polícia Federal na Organização Internacional de Polícia Criminal – OIPC/INTERPOL, com sede em Lyon/França. Voltou ao Brasil e de 2012 a 2015 assumiu os seguintes cargos em Brasília: Coordenadora de Recursos Humanos Substituta, Chefe da Divisão de Administração de Recursos Humanos – DRH/CRH/DGP, Chefe do Grupo especial de rastreamento e capturas, Chefe da Divisão de Recursos Humanos, instrutora da Academia Nacional de Polícia.

Há 46 anos

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Livro sobre vida e obra do Governador Parsifal Barroso (1959-1963) foi lançado em Fortaleza A narrativa da trajetória de um Narrativa cearense extremamente relevante no Parsifal foi deputado estadual, campo político e intelectual chega, deputado federal, senador, goverfinalmente, às mãos dos leitores bra- nador e esteve à frente do Ministésileiros. Se antes a historiografia cea- rio do Trabalho, da Indústria e do rense tinha uma lacuna em relação ao Comércio, na gestão de Juscelino registro da carreira de Parsifal Barroso, Kubitschek. Esta trajetória é narraagora, esta memória está devidamente da de modo “meio heterodoxo” no escrita. Lançada em 05.06, na Livraria livro, conforme Luís-Sérgio, mas Cultura, pelo Instituto Myra Eliane, a sem deixar de contemplar “toda a obra intitulada “Parsifal, um intelectual história”. na política” resgata, em mais de 400 “A narrativa começa com Parsifal páginas, a memória do percurso de vida ministro de Juscelino Kubitschek. Aí, do político que, dentre outros feitos, eu tento detalhar ao máximo como foi não abriu mão do magistério. O livro, o processo de indicação dele, o que escrito pelo jornalista e historiador Luís ele fez no Ministério, inclusive que Sérgio Santos~. ele ajudou na construção de Brasília A biografia, segundo o autor, nasceu e depois, eu volto para a origem dele, de uma inquietação frente a esta “falta seguido pelas influências, a importânde registro oficial” sobre Parsifal. On- cia de Hermínio Barroso, pai dele, tem, no lançamento do livro o jornalista na formação e falo sobre a obra de relatou o percurParsifal, como so de produção, o livro O Ceque durou cerca arense”, explide três anos. O ca. evento contou A pesquicom a presensa teve como ça dos filhos base acervo do biografado, do jornal O Régis Barroso e Estado - cujo Siglinda Barroso Parsifal foi e do neto Igor proprietário O autor do livro, jornalista e historiador Luís-Sérgio Santos, ao lado dos filhos Queiroz Barro- do biografado, Roberto Barroso e Siglinda Barroso, e do neto Igor Queiroz d u r a n t e u m Barroso, presidente do Instituto Myra Eliane ( Foto: Kid Júnior ) so, presidente do período-, o Instituto Myra Eliane e diretor ins- DOC do Curso de História da UFC, titucional do Grupo Edson Queiroz. o Instituto do Ceará e a Biblioteca Na ocasião, o jornalista Egídio Serpa Nacional. Além disso, ressalta o aumediou um bate-papo com o autor do tor, o depoimento dos familiares foi livro e o neto do biografado. relevante para entender e descrever “Nós, da família, fomos procurados a atuação de Parsifal. pelo Luís-Sérgio, professor da Univer60 anos sidade Federal do Ceará, que nos havia A obra faz parte das comemodito que estava trabalhando em uma rações do aniversário de 60 anos pesquisa para concluir uma biografia da eleição do biografado para o sobre Parsifal Barroso e resolvi ajudar, executivo estadual. publicar e financiar. E conhecer a vida Para o autor, o Governo de Parde Parsifal Barroso foi algo de grande sifal (1959-1963) é um traço na importância para minha própria vida”, historiografia do Ceará. “Normalexplica Igor Queiroz Barroso e acres- mente se pula do governo Sarasate centa que o livro foi uma oportunidade para o governo Virgílio Távora e para debruçar-se sobre a trajetória do isso me chamou a atenção. Foram avô, que faleceu quando ele tinha 14 três anos de pesquisa intensa. Dei anos. “Ele não fugia do debate. Mas minha contribuição preenchendo sempre através dos argumentos, dos esse vazio e resgatando a incrível e fatos e dos dados. Nunca através da precoce história de Parsifal”, afirma violência”, ressalta Igor Queiroz. Luiz Sergio. Em vários episódios narrados na O livro ‘Parsifal – Um Intelecbiografia, enfatiza ele, essa capacidade tual na Política’ destaca o percurso de diálogo e potencial para agregar da vida de um dos maiores polítiinclusive opositores políticos, fica cos na história do país, tanto sua evidente. “Quando em 1977 ele saiu vida profissional quanto pessoal e do último pleito dele para ir trabalhar intelectual. Antes de governar o no Tribunal de Contas, ele, por mais de Ceará, foi o ministro mais jovem duas horas, recebeu agradecimentos na do então presidente, Juscelino Câmara Federal”, conta Igor Queiroz. Kubitschek.

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A Revolução Russa – 100 Anos

Fernando Milfont (*) Há 100 anos, Lenin (47 anos), vindo da Suíça, onde estivera exilado por 12 anos, desembarcava na Estação Finlândia, em Petrogrado (São Petersburgo), depois de uma viagem de trem de oito dias, durante a qual estruturava a tese de que a revolução deveria ser violenta, dirigida por um grupo de vanguarda, com base na tese de Karl Marx de que a luta de classe era o motor da História. Foi um abalo na História, que teria muito a contar. No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada, dependente da agricultura, com cerca de 80% da produção concentrada no campo. Faltavam alimentos, o emprego era escasso, o caos dominava. Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria, enquanto o czar Nicolau II governava de forma absolutista. Em 9 de janeiro de 1905, ele manda reprimir com extrema violência manifestações populares, no que ficou conhecido como Domingo Sangrento. O exército fuzila milhares de manifestantes, inclusive os marinheiros do encouraçado Potemkin. Para agravar, Nicolau II leva o país a entrar na guerra mundial, cujos gastos excessivos fizeram aumentar a insatisfação popular. As greves dos trabalhadores urbanos e rurais espalharam-se por todo o país. O mundo estava mergulhado na guerra, quando ocorreu a rápida derrocada de um dos impérios mais antigos da Europa: a Dinastia dos Romanov, que governava a Rússia há mais de 300 anos. O Czar Nicolau II (o verdadeiro Deus na Terra) foi morto com toda a sua família. Instaurava-se o caos no país, onde havia fome e miséria entre a população. Kerensky, (Menchevique – minoria) assume como governo provisório. Logo seguiu-se outra revolução, em 25 de outubro de 1917, que transformaria o mundo, dividindo-o irremediavelmente em duas partes antagônicas. Ocorria a primeira utopia socialista dos tempos modernos. Milhões de pessoas, em dezenas de países, passaram a ser governadas pelos comunistas, até que, setenta anos depois, com a retirada de alguns tijolos do Muro de Berlim, o poderoso sistema implodia, pressionado por suas próprias condições sociais e políticas. O fato estarreceu mais uma vez todo o mundo, ao ter a surpreendente revelação de que o mito socialista chegara ao fim. O começo: A guerra entre a Rússia e o Japão, em 1904, o primeiro grande conflito do século XX, pôs à mostra a fragilidade do Império, que foi derrotado por uma potência emergente. Um ano depois, ocorre violenta repressão a uma marcha pacífica, que se transformou numa insurreição. Em 1914, as contradições políticas, econômicas e sociais, sucessivas derrotas, seguidas de grandes baixas, causaram fome e descontentamentos, levando o país à beira de um colapso, que culminaria com a derrubada da monarquia. Os bolcheviques (maioria) assumem o poder quando Lenin retorna do exílio com 29 companheiros banidos do país, para ser o líder de um Revolução que seria a verdadeira transformação política e social em todo o mundo. Após anos de violenta guerra, com milhões de mortos, os bolcheviques vencem e criam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A Revolução Russa, a despeito das sucessivas crises, dos milhões de assassinatos ao tempo da ditadura Stalin, é tida como o acontecimento sócio-político mais importante do século XX, tanto em termos do que realizou no Império, transformando, em poucas décadas, um país atrasado, de camponeses analfabetos, na segunda potência industrial e militar do mundo, embora o preço a pagar tenha sido cruel, no período marcado pelo projeto que pregava a implantação de um socialismo marxista, que se projetou mundo afora, transformando algumas nações, que se deixaram dominar pelas lideranças comunistas, rejeitadas pelas democracia ocidentais. e pelos regimes nazifascistas. A despeito do que foi feito, muito deixou de realizar. A liberação do processo alienante decorrente do modo de produção capitalista, levaria a classe trabalhadora ao paraíso, criaria um mundo de liberdade, igualdade e plena realização dos potencialidades humanas. Essas ideias perduraram por 70 anos, sendo adotadas por várias nações, entre as quais China, Coreia do Norte e Cuba. (*)Fernando Milfont (milfont90@gmail.com) é jornalista, membro da ACCLARJ.

Junho/18

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Leituras PropostaI

Entidades sugerem formas de preservação do bioma da caatinga

Entidades ambientais e Poder Público debateram, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia, ações de preservação do bioma da caatinga. O debate ocorreu em comemoração ao Dia Estadual da Caatinga, celebrado em 28 de abril. A deputada Dra. Silvana (PMDB), presidente da Comissão e requerente da audiência pública, ressaltou a importância de debater a preservação do bioma. “Hoje é um dia de cobranças e sugestões”, disse a deputada. A parlamentar destacou ainda que a caatinga é um dos biomas mais ameaçados pela exploração predatória. O secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema), Artur Bruno, apresentou as ações desenvolvidas pela Pasta para proteger a caatinga. Segundo ele, a Secretaria está investindo na preservação e na convivência com o bioma, por meio de incentivo à plantação de espécies nativas e do programa de florestamento e reflorestamento do Ceará. “Vamos começar a experiência na nascente do rio Pacoti, que está extremamente poluído. Há um desmatamento grande a partir da sua nascente até as matas ciliares”, afirmou o secretário. Artur Bruno citou ainda a necessidade de criar novas unidades de conservação no Ceará, além de preservar as já existentes. Representando a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (Ciea), Cláudia Maria Bezerra apresentou carta da entidade para reforçar a importância da luta em defesa da caatinga. O documento também reforça a importância da aprovação da PEC 504/2010, que propõe a transformação dos biomas da caatinga e do cerrado em patrimônio nacional. O coordenador de Educação Ambiental da Associação Caatinga, Sandino Moreira, informou que a entidade atua há 18 anos pela conservação do bioma. Ele destacou que a caatinga ainda é um bioma desconhecido. “Esse bioma, essa

floresta branca, tem a característica da renovação e merece ser reconhecida como patrimônio nacional. Esse reconhecimento não implica em nenhuma medida restritiva, mas será simbólico e vai legitimar as ações em prol do bioma”, ressaltou Sandino. A supervisora do Núcleo de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Margarete Carvalho, informou que a caatinga está localizada dentro das áreas suscetíveis à desertificação (ASD). “Todo manejo inadequado da caatinga leva à desertificação. É um processo que merece atenção especial das instituições públicas, pois é grave e está se expandindo”, alertou. Ainda segundo Margarete, as ASDs correspondem a uma área de 70.600 km², equivalente às áreas dos estados do Rio Grande do Norte e Sergipe. No Ceará, mais de 11% do território sofre degradação. Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Antônio Rodrigues Amorim destacou que atualmente há práticas agrícolas que vêm dado respostas importantes no correto manejo do solo. “Mesmo com boas leis, se não tiver consciência do homem, a destruição pode ser favorecida”. Também participaram da audiência o coordenador da II Conferência da Caatinga, Francisco Bezerra; o coordenador do Núcleo de Meio Ambiente (Numa) da FIEC, Renato Aragão; a editora do caderno Estado Verde (jornal O Estado), Tarcília Rêgo; a promotora de Justiça Jacqueline Faustino, do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace) do Ministério Público do Ceará; José Antônio dos Santos, representando a federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Ceará (Fetraece), e Kurtis Bastos, representando o Ibama.

Chuvas deste ano no Ceará ficaram em torno da média, diz Funceme. População teme racionamento A avaliação das precipitações da quadra chuvosa – fevereiro a maio – do Ceará em 2018 aponta que as chuvas no Estado ficaram na categoria em torno da média para o período, a qual corresponde ao intervalo 505,6 a 695,8 milímetros. Com uma média para este quadrimestre de 2018 ficando 581,4 mm (-3,2%), o mês mais chuvoso foi abril, com 211,1 milímetros (+12,3%), seguido de fevereiro com 6187,9 mm (+58,4%) e março, 120,8 mm (-40,6%). Maio, que tem a menor normal climatológica mensal da quadra chuvosa, registrou 61,5 milímetros (-32,1%). As informações foram divulgadas pela Funceme. Durante o período de fevereiro a maio, o Litoral Norte foi a macrorregião mais beneficiada com as precipitações: 885,3 mm, o que representa um desvio positivo de 13,8%. Considerando os observados, logo depois vem o Litoral de Fortaleza com 780,9 mm (-2%); o Maciço de Baturité, com 705,7 mm (+3%); Ibiapaba, que registrou 680,2 (+1,2%); e

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o Cariri, com 669,3 mm (+8,6%). As menores médias da quadra chuvosa aconteceram no Litoral do Pecém, que registrou 633,8 mm (-6,3%); a macrorregião Jaguaribana, com 603,8 mm (+4,1%); e, por fim, o Sertão Central e Inhamuns, com 463,7 mm (-6,7%). Comparação com anos anteriores Com um desvio percentual de -3,2%, durante os meses de fevereiro a maio, o Ceará, em 2018, apresentou o melhor cenário desde 2011, quando registrou 659 milímetros (+9,7%) para o mesmo período. Nos últimos 10 anos, os períodos de fevereiro a maio menos chuvosos correspondem a 2012 (-49,6%), 2010 (-49,7%) e 2013 (-39,3%). É importante salientar que o Estado enfrentou quadras chuvosas abaixo da média de 2012 a 2016. Em 2017, as chuvas ficaram na categoria em torno da média, assim como em 2018, porém, este ano registrou-se observado um pouco maior

Ceará em Brasília

Foto: Dário Gabriel.

Leituras I


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Histórias de cearenses

Por Wilson Ibiapina (*) Um dos cozinheiros pioneiros de Brasília, o cearense Raimundo Nonato Cavalcante Vasconcelos, aos 62 anos, nascido na fazenda Jaibaras, perto de sobral, morreu em 23.05. O velório de um dos criadores do Ki-Filé reuniu amigos e frequentadores do restaurante. Raimundo puxou a cachorrinha e trouxe seus irmãos para Brasília: Anastácio, o Cavalcante, José Almir, Bartolomeu, Agapito, e Messias. Antes de ter seu próprio negócio, Raimundo chegou a trabalhar como servente de pedreiro numa obra da 413 Norte, e em um restaurante de comida italiana com o irmão, Anastácio Cavalcante Vasconcelos que depois foi apelidado de Somoza, alusão ao ditador da Nicargua. Os dois irmãos trabalharam na cozinha do restaurante Romanina, que ficava na 303 Sul e pertencia a dona Nanci, tia da jornalista Célia De Nadai, que me disse lembrar, como se fosse hoje, da torta de frango que ele fazia. O “Chicken pie era o prato preferido do dr. Ulisses Guimarães, um dos ilustres frequentadores da casa. Quando inauguraram o restaurante deles, na Asa Norte, na 405, o LKi-filé, frequentado por estudantes da UnB, professores, jornalistas, servidores púbicos, políticos e boêmios, sobralenses cearenses, brasiliense e gente dos quatro cantos o país, ficaram famosos pelos pratos que o Raimundo preparava. Chamavam muito a atenção dos clientes os temperos e os pratos regionais como a feijoada carioca, o carneiro cearense, a rabada e dobradinha paulista. O carro chefe continua sendo o saboroso filé-mignon que vem à cavalo e deu nome à casa: KiFilé. Hoje, o restaurante é comandado pelo Roberto, filho de Anastácio, que trabalha com primos e colaboradores. Raimundo pouco antes de morrer, contou-me a viagem sentimental que fizera à Serra da Ibiapaba, no Ceará. Percorreu o mesmo trajeto que fez em 1958 com os pais e os irmãos. Fugindo da seca braba que açoitou o Ceará naquele ano, foram parar num sitio, em Ibiapina. O proprietário recebeu os Cavalcante com todas as honras, como se fossem velhos amigos. Não faltou água limpa, comida e rede cheirosa e limpa para acariciar o corpo nas noites frias da Serra Grande. Raimundo ainda teve tempo de agradecer a hospitalidade tão generosa que salvou sua família da fome e da sede. O escritor tcheco Franz Kafka dizia que a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Raimundo deixou a mulher a cearense Maria de Fátima Silva Vasconcelos, com quem teve dois filhos Andrea e Eduardo, que concluiu os estudos e está no Ki-file, com o primo Roberto, Andreia lhe deu dois netos: André e Andressa.

Uma caixa de chocolate para o professor

Muita gente não acredita mais na solidariedade desinteressada, como antigamente. As pessoas querem sempre algo em troca do menor favor. Mas esses egoístas ainda não dominam o mundo. Ainda existem gestos humanitários que separam o ser humano dos irracionais. Um outro exemplo de solidariedade, também, vem do Ceará. Alunos da Escola de Ensino Profissionalizante Balbina Viana Arrais, na cidade de Brejo Santo, são protagonistas de um ato que emocionou a cidade. Ao descobrir que o professor de artes, Bruno Rafael, de 28 anos, estava passando necessidade financeira, resolveram ajudar. O professor que é pernambucano, estava há dois meses sem receber e já se preparava pra ir embora para o Crato. Seus alunos rifaram uma caixa de chocolate e conseguiram R$ 400,00. O dinheiro foi entregue na sala de aula, o professor chorou de emoção diante do gesto bonito. Feia mesmo é a falta de vergonha, dos administradores que humilham o professor que trabalha sem receber. A solidariedade dos jovens adolescentes não deixa de ser um vexame para quem não cumpre suas obrigações. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista, cronista, diretor do Sistema Verdes Mares em Brasília, pioneiro da Rede Globo em Brasília

Ceará em Brasília

CE: 24,8 mil saem da pobreza; maior redução do País No Nordeste, o Estado foi o único que apresentou saída de pessoas da situação extrema

O estado do Ceará de extrema pobreza. No tinha, em 2017, 730.794 Nordeste, o Estado fica pessoas vivendo em atrás de Pernambuco situação de extrema (816,2 mil); Maranhão pobreza, número que (888,1 mil) e Bahia, representa uma redução com 1,52 milhão. No de 24.887 - ou 3,57% resto do País, Minas em relação ao ano de Gerais (782,4 mil) e 2016, quando 755.681 São Paulo, com 1,05 faziam parte dessa esmilhão, conseguem ter tatística. A queda foi a um número maior de maior do País em termos pessoas vivendo com absolutos e a quinta renda domiciliar per mais expressiva entre as capita de até R$ 85. unidades da federação, Região considerando os dados Entre os anos de 2016 É considerada situação de extrema pobreza a das famílias que vivem relativos. No Nordeste, e 2017, fora o Ceará, com rendimento domiciliar per capita menor ou igual a R$ 85 o Ceará foi o único estatodos os estados nordesdo no qual o número de habitantes tinos apresentaram crescimento em extrema pobreza decresceu. da população em situação de Os indicadores de extrema extrema pobreza. Levando em pobreza foram calculados e divulconta os percentuais, os princigados ontem (22) pelo Instituto de pais avanços foram observados Pesquisa e Estratégia Econômica no Piauí (36,36%), seguido por do Ceará (Ipece) com base em Bahia (31,58%) e pelo estado de dados da Pesquisa Nacional por Sergipe (28,38%). Também foram Amostra de Domicílios Contínua expressivos os crescimentos no Anual. Rio Grande do Norte (20,63%) e A análise compara a redução em Pernambuco (19,18%). da extrema pobreza nos estados Análise segundo os parâmetros do PrograO trabalho, elaborado pelos ma Bolsa Família, considerando analistas de Políticas Públicas como pessoas nessa situação as Jimmy Lima de Oliveira e Cleyque tinham rendimento domiciliar ber Nascimento Medeiros e por per capita menor ou igual a R$ 85. Dércio Nonato Chaves de Assis, Considerando apenas o perassessor Técnico, todos do Ipece, centual, as principais reduções na destaca que o Ceará, diante dos população em situação de extrema resultados, demonstra “maior pobreza ocorreram na região Noraltivez em superar os efeitos te. Em Rondônia, houve queda de adversos do mau desempenho da 13,64% no número de habitantes economia brasileira nos últimos locais vivendo com renda domicianos”. Ainda conforme os autoliar per capita de R$ 85 ou abaixo res, entre as razões que põem o disso. Outras retrações expressiCeará em destaque estão o convas foram observadas no Amapá trole fiscal e a organização das (-10,77%); Tocantins (-6,82%) e contas públicas. Santa Catarina, na região Sul, com Concentração de renda queda de 6,67%. Em seguida, apaCom a sexta maior população rece o Ceará com a quinta maior em situação de extrema pobreza redução do País. do País, o Ceará apresenta ainda Os estados com os maiores elevada taxa de desigualdade. crescimentos da população em De acordo com dados da Pnad extrema pobreza estão localizadivulgada em abril deste ano, o dos no Centro-Oeste. No Distrito estado do Ceará tem o sétimo Federal, houve avanço de 56,25%. maior índice de Gini - que mede No Mato Grosso do Sul, o crescia concentração de renda - do País mento chegou a 53,33%. O Paraná (0,560). Quanto mais próximo detém a terceira maior alta, com de um, maior é a concentração. 43,75%. Ainda conforme a pesquisa, 1% Apesar da saída de 24.887 pesda população cearense concentra soas da situação de extrema pobreza, o Ceará ainda é o os maiores rendimentos do Estado, com média mensal sexto maior do País em população vivendo em situação chegando a R$ 19.935 em 2017.

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fo( Foto: José Leomar )

Leituras II

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Carta ao leitor(a)

Gonzaga Mota (*) Amigas e amigos. Segundo o professor Albert Fishlow, conhecedor profundo da problemática dos países emergentes, “investir na educação é a forma mais eficiente para se conseguir uma melhor e mais justa distribuição de renda”. A pessoa com maior nível de escolaridade tem melhor possibilidade de acesso ao mercado de trabalho em constante evolução, característica desta era da globalização. Concordamos com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de ser um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações entendam, que a educação não constitui um gasto, mas um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para além das divergências partidárias das forças políticas que momentaneamente ocupam os papéis de governo e oposição. Com a expansão de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. Este é um processo irreversível. Através do caminho da educação, encontramos o verdadeiro desenvolvimento humano abrangendo a solidariedade, a liberdade e a igualdade de oportunidades. Como disse Paulo Freire: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Sd

Carta ao leitor II Amigas e amigos. Gostaria de apresentar-lhes, dentro de uma visão histórica, um resumido perfil do Padre Cícero Romão Batista. Cearense do Cariri, religioso por convicção e sentimento, como também político em razão de fatores circunstanciais, nunca abandonou os princípios básicos da justiça social, da oração e do trabalho, sempre na defesa dos mais humildes. Não há dúvida, “Padim Ciço” tornou-se santo pela vontade popular e foi responsável pela expansão da fé católica não só no Nordeste do Brasil, mas no restante do País e com reflexos em outros. Provavelmente, por sua vida não ter sido analisada, com a merecida ênfase, tomando-se por base aspectos teológicos e filosóficos, fez do ilustre patriarca uma figura polêmica, quando na verdade deveria ser uma unanimidade. Padre Cícero, a rigor, seguiu o pensamento de Santo Tomás de Aquino, tendo por ponto fundamental a doutrina escolástica, buscando a harmonia entre o racionalismo aristotélico e a tradição do cristianismo. Ademais, Padre Cícero também se inspirou na filosofia metafísica cristã de Santo Agostinho. Este tomou por base a doutrina de Platão, caracterizada por ideologias eternas e transcendentes, importantes para a consolidação do comportamento moral e da organização política. Sem dúvida, pode-se dizer que Padre Cícero foi um discípulo de Santo Tomás de Aquino e de Santo Agostinho. Lamentavelmente, muitos não entenderam e não comentaram. Como católico praticante, acredito ser necessária uma análise mais profunda das atitudes e do pensamento de Cícero, à luz das doutrinas básicas da Igreja, envolvendo diretrizes filosóficas e teológicas. Saudações. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza), Professor Aposentado da UFC

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Pesquisa propõe transportar águas do PI para o CE Estudo da UFC aponta a viabilidade de captação, por tubo subaquáticos, de recursos do Rio Parnaíba para Fortaleza. O cenário é conhecido no Ceará: necessidade de equacionar a demanda por água e as alternativas de abastecimento diante da escassez hídrica. O que fazer? Transportar águas de um rio de grande vazão para abastecer áreas urbanas, é uma das respostas. Mas, a proposta, que já é conhecida e usada, foi incrementada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A ideia defendida pelo grupo, é que essa transposição ocorra por meio de tubulação subaquática, movida por energia eólica. A projeção do grupo é que assim as águas do Rio Parnaíba, no Piauí, podem viajar 400 km e garantir o abastecimento de Fortaleza. A ideia é que água potável da foz do Rio Parnaíba seja captada e conduzida para Fortaleza por um duto abaixo do nível do mar, seguindo a rota do litoral. Uma das diferenças dessa ideia para as chamadas aduções terrestres, já conhecidas - transposição do Rio São Francisco e a do Açude Castanhão -, além do caminho percorrido pela água, é que a energia para transportar o recurso seria fornecida por turbinas eólicas no mar, explica um dos pesquisadores, professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFC, Daniel Albiero. Segundo o professor, essa forma de transporte, evitaria um dos grandes gargalos das aduções terrestres: a evaporação. Outro diferencial, explica ele, é o custo para a operação do transporte das águas. “No transporte de água, você não tem sempre a gravidade ajudando. Tem que ter as estações de bombeamento que chega a dar 60% do custo operacional de um sistema de transporte de água”, reforça. Na adução subaquática, conforme a pesquisa apresentada pelos professores, não haveria nenhum custo energético, pois a energia necessária para impulsionar o fluxo das águas seria gerada pelo vento. “Usaria a energia do vento em alto mar. Seria adequada para transportar essa água, pois o sistema estará no mesmo nível”. A estimativa é que a energia necessária para vencer a resistência da tubulação seria oriunda de uma pequena estação eólica afastada da costa, localizada entre os municípios de Parnaíba (PI) e Camocim (CE). A viabilidade da proposta foi avaliada e divulgada em um artigo científico em na revista internacional Water, este ano. O estudo aponta um custo estimado de US$ 250 milhões para a projeto. A tubulação subaquática, segundo Daniel,

seria instalada a uma distância de 2 a 3 km mar adentro. Com uma profundidade de 20 a 25 metros, com escoras fincadas no fundo do mar. “Para localizar os tubos submarinos, escolhemos um caminho que otimizasse o consumo de materiais e, ao mesmo tempo, possibilitasse a conformação adequada do litoral entre a foz do rio e o ponto de entrega na metrópole”, argumentam os pesquisadores. Escolha Daniel explica ainda que três fatores influenciaram a escolha do Rio Parnaíba nessa proposta de alternativa de abastecimento: a vazão média do rio, que é de 763 m³/s, suficiente para suprir as necessidades da capital cearense, a qualidade da água - própria para consumo e a proximidade do rio com Fortaleza. “O Rio Parnaíba já é utilizado para abastecimento. Pode até ter algumas partes poluídas, mas na foz ele não é”, reforça o pesquisador. O professor defende que esse tipo de adutora, embora seja novidade no Brasil, não é “fora do comum” e já conta com experiências bem sucedidas em outras partes do mundo. No artigo, os pesquisadores dizem que recentemente, “a construção de um oleoduto submarino de 80 km de profundidade, de 8.000 metros de profundidade no Mediterrâneo, para transferir água da Turquia, para a estação de bombeamento de Güzelyali, no norte de Chipre, tornou as capturas subaquáticas uma opção realista para o consumo transfronteiriço”. Além da transposição de para Fortaleza, a pesquisa analisou a viabilidade de adução subaquáticas do Rio Huanghe para a cidade de Dalian, na China, e do Rio Nilo, no Egito, para Tel Aviv/Gaza, em Israel e na Palestina. Contudo, o professor ressalta que no território latino-americano essa proposição é inovadora “No Brasil não existe nada parecido com isso. De trazer água do mar movimentado por energias, essa ideia de adução subaquáticas movidas por eólicas”. Questionado se após a divulgação da pesquisa, houve algum contato com representante do poder público para sugestão do projeto no Ceará, Daniel informou que não. Desde abril deste ano, o Decreto 9.335/2018, estabeleceu que a bacia hidrográfica do Rio Parnaíba - que possui áreas do Piauí, Maranhão e Ceará - passou a contar com um comitê de bacia. O colegiado tem, dentre as funções, estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados. por Thatiany Nascimento - Repórter Diário do Nordeste

O Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, o Diretor de Obras, Carlos Euler e a Superintendente Antônia Guimarães, receberam no último dia 07/06/2018 José Arimatea Soares, Alvanira Sousa de oliveira, Osmar Alves de Melo, Antônia Rita Rodrigues e Antônia Guimarães na sede da entidade, os representantes da empresa Consciente Contabilidade, Senhor José Arimatea Soares, Alvanira Oli-

veira e Antônia Rita Rodrigues que realizaram uma bela doação de fraldas geriátricas arrecadadas durante a realização de uma palestra sobre liderança, promovida pela Entrega das fraldas na empresa Pousada Crysantho Moreira da Rocha Consciente. As fraldas serão utilizadas no abrigo de idosos da entidade.

Casa do Ceará recebe fraldas para os idosos da Pousada Crysantho Moreira da Rocha

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Ceará em Brasília

Fotos de Sue Hellen

Leituras III


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Leituras IV

A presença do Ceará e dos cearenses no Acre

Por JB, Serra e Gurgel (*) A Avenida Ceará, em Rio Branco, é uma das homenagens dos acreanos aos cearenses que tiveram participação efetiva no povoamento e na criação do Estado do Acre. Na Avenida, o monumento Jangadas, de Sérvulo Esmeraldo, (Crato) que mede seis metros, feita em aço SAC-50 (cuja principal característica é ser resistente à ferrugem), Formado por três triângulos, como velas, Jangadas faz alusão a um dos principais ícones da cearense; Numa placa em frente à escultura está escrito: “Quando os nordestinos empreendiam a longa jornada do sertão até a mais distante floresta da Amazônia, velas ao mar eram o último aceno da terra natal para gerações de cearenses”. Estima-se que na seca de 1877-1879 e em outras secas cerca de 53 mil nordestinos, especialmente do Ceará e Rio Grande do Norte, desembarcaram no Acre, indo parar nos seringais. Nos de 1940/1945 outras horas foram levadas para a produção do “ouro branco”, o látex da borracha. Mais de 30 mil pereceram em combate, vítimas da miséria, endemias e exploração que encontraram. Depois de muita luta, os sobreviventes foram resgatados como “soldados da borracha” e agraciados com uma pensão igualmente miserável de seringueiros. Alguns cearenses e descendentes se destacaram no Acre. Embarcado no vapor Apihy, Neutel Maia subiu o rio Acre, entre 1881 e 1882, a procura de terras livres para se tornar seringalista, Em 28.12.1882, nem na Wikipedia se sabe de sua naturalidade, fundou a seringal Volta da Empresa e em seguida a Casa Nemaia & Cia com olho no seringal, na borracha, e outro no comércio de gado com a Bolívia. Cabra sabido. Vendeu terrenos de seu seringal para outros comerciantes. A vila cresceu. Em 1889, estourou a Revolução Acreana. Neutel

se colocou contra a insurreição e a favor dos bolivianos com os quais negociava. Foi preso pelo espanhol Luis Galvez Rodrigues de Arias, o famoso “Imperador do Acre”. e abertamente hostilizado por Gentil Norberto, preposto de Plácido de Castro, o libertador do Acre. Com a assinatura do Tratado de Petrópolis e da criação do Território Federal do Acre, em 07 09.1904, o povoado da Volta da Empresa foi elevado à condição de Villa Rio Branco e passou a abrigar a sede do Departamento do Alto Acre. Neutel ficou na história como o fundador da maior e mais importante cidade do Acre. Outro cearense que se destacou foi Antônio de Sousa Braga, de Itapipoca, seringalista e político e segundo presidente do Estado Independente do Acre, de 1 a 30.1900. Assumiu após um golpe de estado que depôs Gálvez, ficou apenas um mês na presidência e diante das dificuldades encontradas, Braga não conseguiu equilibrar governador e chamou Gálvez para reassumir o cargo em 30.01.1900 Um cearense que fez história no Acre foi Manoel Fontenele de Castro de Viçosa, Aos 20 anos, fugindo da seca, embarcou num navio à lenha e aportou no Rio Envira, em Feijó, De lá mudou-se para Rio Branco onde sentou praça como soldado da Polícia Militar do Território Federal. Galgou sucessivos postos na corporação até chegar ao comando da PM por merecimento, Foi ainda Delegado de Obras, Delegado de Polícia, Chefe de Polícia, Secretário Geral do Governo, Prefeito de Rio Branco. Além disso governou o Território Federal, interinamente, por cinco vezes, até ser nomeado governador titular pelo Presidente Juscelino Kubitschek. Fontenele foi um dos construtores do Acre. Com seus soldados ergueu prédios, abriu estradas, construiu pistas de pouso - quase todas as do Acre, fez portos, mas, principalmente, projetou-se como um dos chefes políticos mais acatados e ouvidos. Empalmou a luta pela autonomia do Território. Desportista, tornou-se dirigente do Rio Branco Futebol Clube, que presidiu. José Augusto de Araújo nasceu em Cruzeiro do Sul, em

03.07. 1930. Filho de Nair Correia de Araújo e do cearense Raimundo Augusto de Araújo – o Dim. Seu pai foi secretário da prefeitura de Cruzeiro do Sul, tendo, algumas vezes, assumido interinamente o cargo de Prefeito. Posteriormente, foi o 1º prefeito de Feijó, com a incumbência de organizar essa vila que passara à categoria de município, para onde teve que se transferir,.José se elegeu deputado federal e depois foi o 1º do Governador do Acre, eleito pelo PTB. Em 1964, foi apeado do poder pelo regime militar.. Outro filho de cearense, com brilhante trajetoria, é Marina Silva nascida pelas mãos de sua avó que era parteira, na localidade de Breu Velho, a 70 km de Rio Branco, em 08.02.1958, registrada com o nome de Maria Osmarina Silva de Souza, sendo filha do seringueiro cearense Pedro Augusto da Silva e da dona de casa Maria Augusta da Silva. É uma vencedora. Chegou a senadora, Ministra de Estado e candidata a Presidência da República. Não há relatos de violências e arbitrariedades cometidas contra os cearenses que foram para o Acre, tangidos pela secas. Se houve, estão ocultas. Migrantes para os diversos cantos do Brasil – especialmente Acre, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro – os cearenses sofreram muitas discriminações e sempre foram vítimas de humilhações. Ninguém nos pediu perdão pelas atrocidades cometidas ao longo dos séculos XIX e XX. Proponho inclusive que a Prefeitura de Fortaleza e o governo do Ceará construam na nova Beira Mar um monumento ao Cearense Desconhecido, sem rosto, mas com coração e alma de valente. Peço a Fausto Nilo e a Nelson Serra Neves oferecer o projeto. Mas nem tudo foi fácil. O Povo, de 17.01.1929, publicou a odisseia da viagem de uma “carga” de 147 cearenses para o Acre, onde 97 lá chegaram, com a fuga de 50 em diferentes portos denunciando maus tratos e privações, se sentiram escravizados. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor serraegurgel@gmail.com

Dossiê

Os militares cearenses do Exercito, na ativa e na reserva

Oficiais Generais da Ativa Cearenses

1. General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Iguatu): Comandante Militar do Norte (Belém) 2. General de Divisão Ubiratan Poty (Fortaleza): Gabinete do Comandante do Exército (Brasília) 3. General de Divisão Elias Rodrigues Martins Filho (Fortaleza): Comandante das Forças das Nações Unidas (Congo) 4. General de Divisão Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (Fortaleza): 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (Brasília) 5. General de Divisão Antônio César Alves Rocha (Fortaleza): Diretor de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (Brasília) 6. General de Divisão Anísio David de Oliveira Júnior (Fortaleza): Comandante da 8ª Região Militar (Belém) 7. General de Brigada Francisco Carlos Machado Silva (Fortaleza): Adido à Escola Superior de Guerra (Rio de Janeiro) 8. General de Brigada Eugênio Pacelli Vieira Mota (Fortaleza): Comandante da 23ª Brigada de infantaria de Selva (Marabá) 9. General de Brigada Carlos André Alcântara Leite (Fortaleza): Comandante da 4ª Brigada de Infantaria Leve (Juiz de Fora) 10. General de Brigada Cristiano Pinto Sampaio (Fortale-

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za): Comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva (Tefé) 11. General de Brigada Francisco Humberto Montenegro Júnior (Fortaleza): Secretário Geral do Exército (Brasília) 12. General de Brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira (Fortaleza): Comandante da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada (Natal)

Oficiais Generais da Reserva Cearenses

1. Generais-de-Exército (4 estrelas) Gen Ex Tácito Theophilo Gaspar de Oliveira (Fortaleza) Gen Ex Francisco Arnulpho Pamplona de Paula Pessoa (Sobral) Gen Ex Licínio Nunes De Miranda (Quixadá) 2. Generais-de-Divisão (3 estrelas) Gen Div Francisco Batista Torres de Melo (Fortaleza) Gen Div Odacyr Barreto Silva (Fortaleza) Gen Div Júlio Lima Verde Campos de Oliveira (Fortaleza) Gen Div Marcelo Flávio Oliveira Aguiar (Cariré) Gen Div Carlos César Araújo Lima (Fortaleza) Gen Div José Luiz Jaborandy Junior (Fortaleza) Gen Div José Luiz Jaborandy Rodrigues (Fortaleza) Gen Div Antônio Maxwell de Oliveira Eufrásio (Fortaleza) 3.Generais-de-Brigada (2 estrelas) Gen Bda Manoel Theophilo Gaspar de Oliveira Neto

(Fortaleza) Gen Bda Lúciano Salgado Campos (Fortaleza) Gen Bda José Evandro Sombra (Russas) Gen Bda João Crisóstomo Souza (Tamboril) Gen Bda Ary Silvio Tomaz Nunes (Fortaleza) Gen Bda Edson de Sá Rocha (Fortaleza) Gen Bda Antônio Florêncio da Silva (Icó) Gen Bda Paulo Studart Filho (Fortaleza) Gen Bda Roberto Pinheiro Klein (Fortaleza) Gen Bda Manoel Theophilo Gaspar de Oliveira (Fortaleza) Gen Bda José Wellington Castro Ferreira Gomes (Sobral) Gen Bda Sergio Tavares Carneiro (Fortaleza) Gen Bda Antônio de Pádua Barbosa Da Silva (Fortaleza) Gen Bda Eliéser Girão Monteiro Filho (Fortaleza) Gen Bda José Julio Dias Barreto (Fortaleza) Gen Bda Francisco Mamede de Brito Filho (Fortaleza) GenBda Eng. Nilton Pessoa Cavalcanti (IRACEMA) NE. Ressalte-se que temos como filhos de cearenses os generais: na ativa GalDiv Freire Gomes (Pirassununga) na reserva GalEx Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira (Rio de Janeiro) GalBda Med Francisco José Trindade Távora (Rio de Janeiro).

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Casa do Ceará mantém grandeza e a beleza de sua Festa Junina com 55 anos de história. Pontos altos, Quadrilha Formiga na Roça e Trio Siridó.

Apresentação da Quadrilha Formiga da Roça

Leila Barros, Paula Belmonte, Felipe Belmonte, Antônia Guimarães, Ivete de Melo e Osmar Alves de Melo.

Foi uma das melhores festas juninas já promovidas pela Casa do Ceará em Brasília. A realizada no ultimo dia 16, pela presença de quase duas mil pessoas, pela música nordestina, xote, forró. xaxado, maracatu e baião, pelo serviço, pelo atendimento, pela farta quantidade de mesas e cadeiras para os participantes, pelas comidas típicas e bebidas do Ceará e do Nordeste, pela apresentação da quadrilha Formiga na Roça, pela apresentação vibrante do Trio Siridó e Miguel Santos, que há 50 anos toca a música nordestina com entusiasmo, pelo funcionamento aberto do Bazar com artigos cedidos pela Receita Federal, pela segurança, limpeza, o clima frio de Brasília. Foi mais um evento nota dez da Casa do Ceará que há 55 anos trás cultura das festas juninas do Ceará e do Nordeste para Brasília. Tudo organizado nos mínimos detalhes pela Diretoria da Casa do Ceará, com apoios fortes, especialmente dos meios de comunicação de Brasília, como os jornais Correio Braziliense

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Público presente

e Jornal de Brasília, TV Globo, Rádio Atividade, apoio do comendador Albery Mariano, (Santana do Acaraú) e Estenio Campelo (Crateús) e Elson Cascão, entidades como a AQQBDF, presidida por Agapito Vasconcelos, (Sobral) e AFA (Aurora) presidida por Manoel Macedo, Lojas KSA de Carlos Aguiar, Fercon, Cacau Show, Café Três Corações, Ematec, Gráfica São Judas Tadeu, Master Cópias Copiadora, MGM Comunicação Visual, a empresa Só Reparos, de Miguel Soares e Francisco Hubner Carneiro, ambos de Sobral. A execução da Festa Junina foi conduzida pela Superintendente da Casa, srta. Antônia Lúcia Guimarães (Riachinho/MG), com sua equipe. Presentes, pela diretoria da Casa, o presidente e sra. Osmar Alves de Melo (Iguatu), com filhas, netos e irmãos, os diretores Vicente Magalhães (Aurora), Fran-

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Apresentação do Trio Siridó

cisco Machado (Pedra Branca) e sra. José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza) e sra. JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Sra. e José Aldemir Holanda (Baixio) e Sra. e Djanira Gonçalves (Aurora) com sua filha e familiares. Também estiveram presentes o comendador o Superintendente da Receita Federal José Oleskovicz e sra. Abery Mariano (Santana do Acaraú), do Conselho Consultivo da Casa, e sra. Jornalistas Wilson Ibiapina (Ibiapina) sra. e filhos, Francisco Inácio de Almeida (Baturité) e sra; Lideres de Aurora, Vicente Landim de Macedo com Assis Filho, líderes de Sobral Antônio Carlos Aguiar, Ladir Aguiar e Agapito Vasconcelos, arquiteto Carlos Limaverde (Fortaleza) e sra. líderes de Acopiara, Sebastião Gurgel Holanda e Sra. e José Alencar Filho, a campeã brasileira da seleção de vôlei e ex-secretária de Esportes do DF Leila Barros, (filha de cearenses) a empresária Paula Belmonte e as diretoras da Rádio Atividade Flávia Velloso e Antˆ0nia Zilda.

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Barbosa de Freitas, seguidor de Castro Alves Sânzio de Azevedo (*) Dimas Macedo, conhecido como poeta, crítico, historia-dor e jurista, é também editor, e foi assim que ele publicou a segunda edição de Poesias, de Barbosa de Freitas (1860-1883), em 2004, e pediu-me para fazer a introdução. Quando da primeira edição do livro, em 1892, Adolfo Caminha, que poria no seu romance A Normalista um bêbado a dizer que Freitas tinha “versos magistrais, dignos de V. Hugo”, no jornal O Diário de 15 de junho daquele ano, escreveu uma nota na qual elogiava a homenagem ao poeta, mas salientava que ele “não era um poeta de fina têmpera, isento de defeitos e conhecedor de todos os segredos da moderna poesia”, lembrando a sua pouca idade. O poeta morrera com 23 anos de idade, vítima de tuberculose. Os próprios organizadores do livro, seus amigos, dizem: “Suas produções, a maior parte inspiração de momento, confessamos, são incorretas”. E J. W. Ribeiro Ramos, em conferência de 1944, informa que não poucas composições, “recitadas entre vapores alcoólicos, salvaram-se do esquecimento porque eram gravadas pelos seus admiradores no próprio mármore das mesas em que bebiam ou no punho das camisas, de onde depois trasladavam para o papel”. Ainda bem que, no romance de Caminha, o personagem admirador do poeta diz dele a primeira estrofe de “Êxtase”, poema escrito em 1876, quando Freitas contava apenas 16 anos de idade: “Quando às horas silentes da noite, / Doce flauta descanta no ar, / Quando as vagas soluçam baixinho / Sobre a praia que alveja ao luar!...” Há poemas que são improvisos e que creio o poeta iria refuga-los ou corrigi-los. É o caso de “Colônia Cristina”, em que se pode detectar um erro de gramática: “As águias nascem pequenas, Mas, quando crescem-lhe as penas, / Sabem bem alto subir.” Seguidor de Castro Alves, teve, como o poeta baiano, vários de seus poemas musicados e cantados nas serenatas. Como o citado “Êxtase” e “Amanhecer” (que muitas vezes ouvi minha Mãe cantar). Quero encerrar este texto sobre o poeta transcrevendo-lhe uma estrofe do poema “Aos Meus 22 Anos”, composição irregular, com bons e maus momentos. Mas reproduzirei aquela em que, a meu ver, Barbosa de Freitas atingiu o ápice de sua arte: “Tenho nojo do esquife, odeio as nênias; / Causa-me tédio o sino que retumba, / Maldigo o seco crepitar dos círios, / Prostra-me a ideia da sombria tumba. / Tenho nojo do esquife, odeio as nênias”! Esse o poeta que dá nome a uma das ruas da Aldeota, em Fortaleza. (*) Sânzio de Azevedo (Fortaleza) Doutor em Letras pela UFRJ; membro da Academia Cearense de Letras

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Caça ao Patrimônio da Presidência da República

TCU caça o Tesouro da República. 712 peças sumiram do Alvorada, do Planalto e da Granja do Torto com Lula e Dilma

O Palácio do Planalto abriu investigação para identificar o paradeiro de 712 itens registrados no acervo da Presidência da República que teriam desaparecido durante os governos dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As buscas foram determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, a partir de uma lista de presentes recebidos pelos dois em eventos oficiais durante seus mandatos. Quando deixam o Planalto, ex-presidentes só podem levar itens de natureza estritamente pessoal e não objetos entregues em função do cargo que ocuparam. Depois de um longo processo de catalogação de milhares de objetos que integram o patrimônio presidencial, o Planalto abriu o procedimento no dia 7 deste mês para ir a campo localizar as peças que estariam em poder dos ex-presidentes. A comissão decidiu começar as diligências pelos locais onde foram guardados os bens pessoais do ex-presidente Lula a partir de sua saída do Palácio do Planalto, em 31 de dezembro de 2010. Além dos artigos relacionados ao petista, o Planalto vai utilizar um avião da Força Aérea Brasileira para resgatar 144 artigos ligados a Dilma Rousseff que já foram separados pelos assessores da ex-presidente. Um grupo de servidores do Planalto vem vasculhando centenas de caixas guardadas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo com os bens pessoais de Lula para localizar cerca de 568 objetos desaparecidos. Desse total, os servidores já encontraram 390 peças que serão reintegradas ao patrimônio presidencial. Entre esses itens, estão três peças - uma delas um vaso chinês - que integram o acervo do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Segundo assessores do Planalto, depois de identificadas, as peças já teriam sido devolvidas ao museu. Fazem parte dessa lista de bens a serem reincorporados ao patrimônio público ‘documentos bibliográficos e museológicos recebidos pelos presidentes da República em cerimônias de troca de presentes com chefes de Estado’, tanto no Brasil quanto no exterior.

Até faixa presidencial desapareceu

Em 2016, quando o presidente Michel Temer assumiu o governo, assessores foram destacados para fazer um amplo levantamento nos bens da Presidência. O resultado da varredura tornou se objeto de julgamento do TCU, que determinou as buscas das peças desaparecidas. Entre 4,5 mil itens do patrimônio da Presidência de paradeiro desconhecido, o levantamento apontava para o sumiço até de uma faixa presidencial. Localizada dias depois, a faixa estava sem o broche de ouro e diamante que fazia parte da peça. Após o Palácio ter anunciado a abertura de uma investigação, a joia apareceu sob um dos armários do Planalto. A lista de objetos desaparecidos também inclui obras de arte, utensí-

lios domésticos, peças de decoração, material de escritório e computadores. Em março de 2016, a Lava-Jato localizou um cofre numa agência bancária em São Paulo no qual o ex-presidente Lula guardava presentes recebidos durante os oito anos de Presidência. Dentro da sala estavam guardados 186 itens, entre moedas e joias. O cofre está no nome da ex-primeiradama Marisa Letícia e no de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do casal. Segundo o relato de funcionários do banco aos policiais federais, as peças chegaram ao local em 23 de janeiro de 2011. Entre as peças armazenadas no cofre, estão moedas de ouro com símbolos do Vaticano, uma imagem de santa trabalhada em prata e pedras preciosas, um crucifixo de madeira, um camelo de ouro e uma adaga dourada com empunhadura de marfim cravejada de rubis. Na ocasião, o Instituto Lula informou que, quando Lula deixou governo, ‘a Presidência da República catalogou todos os objetos de seu acervo e providenciou a mudança para São Paulo’. Segundo a entidade, ‘todos os objetos listados (no Banco do Brasil) estão guardados, preservados e intocados.’ A lei determina que os presentes trocados entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União. Entre os objetos extraviados, há computadores, equipamentos de segurança, peças da coleção de prataria palaciana, tapetes persas, porcelana chinesa, pinturas de artistas brasileiros. Apenas no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, foi constatado o sumiço de 391 objetos. Já na Granja do Torto, uma espécie de casa de campo que fica à disposição dos presidentes, foram mais 114 bens. O prejuízo estimado chegaria a R$ 5,8 milhões. ‘Há clara negligência da Secretaria de Administração da Presidência da República na guarda dos bens patrimoniais’, diz o relatório elaborado pelo TCU.

(Foto: Kid Júnior)

Leituras V

Formulário tenta padronizar entregas

Para comprovar as irregularidades apontadas na auditoria, o TCU procurou nos órgãos de controle de patrimônio e nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores os registros de viagens oficiais dos presidentes ao exterior e de visitas de líderes mundiais ao Brasil. Com base em fotos e relatórios diplomáticos constataram se várias ocasiões em que os presentes recebidos por Lula e Dilma foram incorporados aos seus bens pessoais. Em função do episódio, os ministros do tribunal determinaram que o gabinete presidencial, o cerimonial do Planalto e o cerimonial do Ministério das Relações Exteriores passassem a utilizar um formulário para registrar todos os ‘presentes’ recebidos pelos presidentes em eventos oficiais. A Casa Civil também foi instada pelo tribunal a promover estudos ‘para aperfeiçoar a legislação que regulamenta os acervos documentais privados dos presidentes da República’.

Medalha Clovis Beviláqua do TJCE O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) concedeu a Medalha do Mérito Judiciário Clóvis Beviláqua para o governador Camilo Santana, a irmã Maria da Conceição Dias Albuquerque, o historiador Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez) e o servidor da Justiça estadual José Ferreira dos Santos. A entrega da honraria ocorreu em 11.05, durante solenidade conduzida pelo presidente do Tribunal, desembargador Gladyson Pontes, na presença de amigos e parentes dos homenageados. Também compareceram à solenidade a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela; o presidente do Senado Federal,

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Eunício de Oliveira; o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios; a defensora pública geral do Estado, Mariana Lobo; o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edilberto Carlos Pontes Lima; o procurador-geral do Estado do Ceará, Juvêncio Vasconcelos Viana; o secretário-chefe da Casa Civil, Nelson Martins; o secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Artur Bruno; o secretário da Fazenda, Mauro Filho; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE), Marcelo Mota, o comandante da 10ª Região Militar, general Cunha Mattos; os deputados estaduais Evandro Leitão e Elmano Freiras, entre outros.

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Leituras VI

Lembranças de Mário Pontes

Dimas Macedo (*) Conheci Mário Pontes em 1983, “numa expressiva reunião de intelectuais”, no Lunas Bar, Rio de Janeiro, tal como registrei no meu livro Leitura e Conjuntura (Fortaleza: Edições Secult, 1984). Na época, eu já o admirava como um dos meus escritores preferidos. Lembro-me, perfeitamente, dos fervores daquela agitação, e que eu sentei ao seu lado para ouvir o elogio que ele fazia à produção de Luís-Sérgio Santos, meu editor no suplemento de cultura do Diário do Nordeste e que ali se achava presente. Minha primeira viagem ao Rio de Janeiro, naquele ano de 1983, se fazia pelas mãos de Roberto Pontes e a acolhida generosa de Pedro Lyra e de Normanda, em cujo apartamento nos instalamos para conferir a I Bienal Internacional do Livro, representantes que éramos, Roberto Pontes, Luís-Sérgio e eu, da Associação Profissional dos Escritores do Ceará. Visitando, na oportunidade, a Editora Antares, fomos presenteados com o livro Celebrações do Outro (1983), de Ana Miranda, e com o romance O Coração é um Caçador Solitário, de Carson McCullers, sobre o qual Mário Pontes tinha escrito uma resenha elogiosa. Editor do suplemento literário do Jornal do Brasil, e antigo jornalista em Fortaleza, onde publicou o seu primeiro livro (Brevidade, 1966) e ajudou a cozinhar a edição de vários jornais, Mário Pontes já era, na época em que o conheci, o autor de Milagre na Salina (Rio: Ed. Brasília, 1977) e dos ensaios sobre literatura de cordel reunidos em Doce Como o Diabo (Rio: Codecri, 1979). Entre os livros de Mário, destacam-se o romance Ninguém Ama os Náufragos (Rio: Nova Fronteira, 1981), a novela Chora Violão (1985) e os contos de Andante Com Morte (Rio: Bertrand Brasil, 1999), não esquecendo, aqui, a sua dimensão de tradutor e o fato de que incluí o seu nome no meu livro Crítica Imperfeita (Fortaleza: Imprensa Universitária, 2001), entre os escritores que ilustraram o Ceará para além das suas fronteiras. Em outubro de 2003, vinte anos após o nosso encontro no Rio de Janeiro, percebi que Mário Pontes continuava muito próximo de mim. Preparando-me, então, para viajar a São Luís, o poeta Natalício Barroso pediu-me que levasse comigo o novo livro de Mário, Um Homem Chamado Noel (Fortaleza: Funcet, 2003), com a sugestão de que eu escrevesse as minhas impressões de leitura. Recolhido nos moinhos de vento da Praia do Calhau, em São Luís do Maranhão, eu comecei a pensar, seriamente, no que é glória de ser escritor, fui lendo preguiçosamente os contos do Mário e não fazendo nenhuma anotação. Limitando-me a ouvir uma voz, a de Lucas, que me encantou desde o primeiro texto do livro, com suas estórias e as suas insinuações. Em cada uma das narrativas do volume, percebi a voz onisciente de Lucas, e traços da personalidade do autor, ora como testemunha, ora como narrador, mas no geral e fundamentalmente, como estrutura polifônica da escritura literária de Mário. Nos contos reunidos em Um Homem Chamado Noel, segundo o seu editor, “o leitor encontrará algumas figuras curiosas, como o patético ancião que fez de seu velho automóvel um jardim suspenso e festeja o 7 de Setembro percorrendo a cidade no lombo de um pangaré, empunhando uma bandeira que desafia todas as leis da heráldica; a mascote de um time de futebol com quem o destino foi particularmente impiedoso; o soturno Noel, que vive de glórias irrecuperáveis”. Nesse precioso livro de Mário, de alguma maneira, encontro o fechamento de uma certa intenção literária que o autor semeou em Milagre na Salina, pois que em ambos se guardam um fio condutor das narrativas e uma mesma unidade morfológica, elementos que se projetam, às vezes, na sua estrutura estilística e na sua densidade semântica. Claro que se trata de um livro de contos, sem nenhuma dúvida. Contos com a melhor técnica da história curta. Um Homem Chamado Noel, contudo, pode ser lido também como um romance. O romance de Lucas, possivelmente um alterego do autor, que se reparte entre os muitos apelos da memória e os Fios de Ariadne da escritura literária. (*) Dimas Macedo

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O cordel do Barretão

Luiz Carlos Barreto, o Barretao, faz 90 anos, o cearense que venceu como fotografo e cineasta.

Junto com a esposa, Lucy, Barretão lidera há mais de cinco décadas o maior clã de produtores nacionais. Titã da produção cinematográfica nacional, Luiz Carlos Barreto, o Barretão, recebe o repórter com um “tudo bem?”, ao qual ele mesmo responde, no seu proverbial riso maroto: “Não, nada bem”. Já instalado no sofá, completa o prelúdio: — Como dizia Tom Jobim: o Brasil não é para principiantes. De principiante, o homem que completa 90 anos hoje não tem nada. Está mais para príncipe, numa camisa branca marroquina com bordados, que depois trocará por uma escura xadrez, a pedido do fotógrafo. Junto com a esposa, Lucy, lidera há mais de cinco décadas o maior clã de produtores da paróquia nacional. Viabilizou o Cinema Novo, insuflou a Embrafilme, influenciou políticas públicas, foi o lobista da renúncia fiscal. Nas telas, dos mais de 50 longas, produziu o que é a maior bilheteria antes da Retomada (“Dona Flor”) e emplacou duas indicações ao Oscar. Da mesa de centro do salão de seu apartamento no Parque Guinle, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, ele apanha um livro sobre o conterrâneo cearense Cego Aderaldo, que classifica de “Pelé dos cantadores do cordel”. É a deixa para enredar a própria saga. O cordel do Barretão. Quando nasceu, de dez crianças, sete não chegavam aos 10 anos. Aos 3, viu o pai acenar da boleia de um pau de arara. Levava operários do Ceará à Bahia. — Foi a última vez que o vi. A Lucy diz que foi minha salvação: livrei-me da imagem do pai muito cedo. Por isso não reconheço autoridade. A Sedução de Glauber Aos 10, soube que o irmão mais velho, que partira no mesmo caminhão, estava preso em Santa Catarina por motivos políticos. Corria a ditadura Vargas. Uma semana depois, o irmão apareceu morto. — Eu nunca soube que ele era comunista. Aos 17, ele mesmo ingressava na política. Os estudos, no Liceu, interrompera no terceiro ano. Mas era bom aluno de português, e quando deu por si estava revisando provas que saíam do linotipo do jornal “O Democrata”, do Partido Comunista Brasileiro. — Logo me transformaram em repórter, e entrei para o partido. Quando ele foi posto na ilegalidade em 1947, vim para o Rio. Queria trabalhar na “Tribuna Popular”. Um amigo aconselhou: “Vá fazer outra coisa, que a barra aqui vai pesar”. A barra estava mais leve nos Diários Associados, que promoviam um concurso para a revista “Cigarra”. A reportagem que lhe valeu a admissão foi sobre o Beco das Garrafas — não o endereço mítico de Copacabana, berço vindouro da bossa nova, mas um canto na Praça da República, apinhado de lojas de garrafas. Veio a Copa de 1950, e a revista “O Cruzeiro”, carro-chefe do império de Assis Chateaubriand, o chamou pra reforçar a equipe. Barreto, que chegou a ser juvenil do Flamengo, cobriria quatro mundiais, de 1950 a 1962. Na Copa de 1966, desistiu. — Fui a uma coletiva em que João Havelange disse que haviam selecionado 22 mulheres para acompanhar os jogadores nos dias de folga, como planificação da vida sexual da equipe. Virei para o Armando Nogueira e disse: “Vou embora, isso não vai dar certo”.

Mas voltemos à linha do cordel. 1950. Antes de estrear como repórter, Barreto ouviu outro conselho: não bastava escrever, era preciso fotografar. — Com a câmera na mão eu teria mais chances, seria enviado em missões internacionais. Foi o que conduziu meu olhar para o cinema. Uma 16 milímetros pintou no pedaço. Na hora do almoço, subia o Morro do Livramento para exercitar pequenos ensaios documentais. Em 1954, já era correspondente d’ “O Cruzeiro” em Paris. Sacou a carteira de imprensa e meteu-se nos estúdios. — Era a entressafra da geração de ouro do Jean Renoir à nouvelle vague. Medíocre. Mas aprendi tudo sobre a parte técnica. A faísca definitiva do cinema só se acenderia em 1960. — Fui fazer uma matéria na Bahia sobre uma das “dez mais elegantes”. Pela primeira vez, tinha uma baiana na lista. Disseram que eu precisava conhecer um garoto que fazia cinema, um gênio. Era Glauber Rocha, rodando “Barravento” na praia de Buraquinho. Fascinado, clicou várias tomadas. — Depois Glauber me puxou, caminhamos quilômetros. Nesse papo, ele me seduziu de vez. Quando o baiano veio ao Rio montar o filme, Barreto morava num endereço colonial em Botafogo, e o hospedou numa casinha no fundo do quintal. Foi ali que começou o núcleo do Cinema Novo. Ali, Glauber o convenceu a assinar o roteiro de “O assalto ao trem pagador” (1962) junto com Roberto Farias. E a fotografia de “Vidas secas” (1963), de Nelson Pereira dos Santos. — Ele me disse: “Tem que acabar com essa fotografìa alienada, fica imitando Hollywood, você é um homem do Nordeste”... e eu respondi: “Só se fotografar com minha Leica sem flash, sem luz artificial, sem filtro. Cinema não é isso”. Cinema era isso, sim. As imagens de Barreto em “Vidas secas” e em “Terra em transe” (1967), de Glauber, seriam marcos na linguagem do Cinema Novo. Mas é nesse ponto que o cordel dá uma virada: por suas mãos não passariam mais câmeras. No nascedouro, o artista se convertia. — Com “O assalto ao trem pagador” já foi assim. Na hora do financiamento, eu disse que um amigo, o Otto Lara Resende, conhecia um banqueiro que apreciava nossa aventura. Era José Luiz de Magalhães Lins, do Banco Nacional. Na instituição havia um departamento só para esse tipo de empréstimo, que Barreto chama de “papagaios culturais”. No balcão, o gerente proseava Hemingway de cor antes de sacar o dinheiro. — Foi essa tecnologia financeira que sustentou o Cinema Novo. Depois, o (então governador Carlos) Lacerda criou um prêmio para filmes cariocas, que era justamente para cobrir os papagaios! No Círculo do Poder Barreto apaixonou-se pela reação em cadeia. Não era só o dinheiro. Mas exercer, com criatividade, o máximo possível de autonomia. O que leva, fatalmente, às altas esferas. Se na esteira do jornalismo viu reis, rainhas, papas e estrelas, a linha de produção arrastou-o para os círculos do poder. — Para botar na tela os filmes que queríamos era preciso conviver com o inimigo, conquistá-lo sem violência, usando-o para combatê-lo. O Globo, Por Arnaldo Bloch 20/05/2018

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Leituras VII

Por Macário Batista (*) Alunos arrecadam R$ 400 para ajudar professor com salário atrasado Romper barreiras da sala de aula, muitas vezes é necessário para o bom relacionamento do aluno com o professor. E foi isso que os alunos da Escola de Ensino Profissionalizante (EEP) Balbina Viana Arrais, localizada na cidade de Brejo Santo, fizeram. O portal Tribuna do Ceará viu o drama de perto.-Após tomar conhecimento das dificuldades que o professor de artes, Bruno Rafael, de 28 anos, estava passando, a turma de primeiro ano de Edificações resolveu fazer uma rifa para pagar o salário, que está atrasado há mais de dois meses. Bruno se surpreendeu com a ação e ficou bastante emocionado. “No começo eu achei que era somente uma dinâmica para pedir desculpas. Eles são a turma que eu mais dou aula, então é a turma que eu mais tenho aproximação. Quando eu vi aquilo pensei que era uma forma de pedir desculpas, porque eles dão muito trabalho”, comenta. Bruno é professor substituto e, desde que leciona na escola, há cerca de dois meses, não recebe o salário. Ele, que é natural de Pernambuco, mas mora na cidade de Crato, estava passando por dificuldades e pensou em desistir. “Quando eu vi que não tinha caído o dinheiro, fui conversar com a escola para parar de dar aula. Eu não tinha como continuar na escola sem ter como me sustentar”. O professor comenta que contou com a ajuda da escola e do diretor. Para reunir o dinheiro, os estudantes fizeram a rifa de uma caixa de chocolate e conseguiram arrecadar cerca de R$ 400. “É um laço que se constrói. Não é somente aquele sentimento de dar aula e ir embora, que não tem como você construir o sentimento de um laço de amizade”. Bruno achou que isso nunca fosse acontecer em sua vida e ficou emocionado na surpresa. A frase: “Quem está devendo os salários do Bruno? A Prefeitura,o Estado,a União?” Perguntas de um observador da cena. Tudo é relativo De 26 a 29 de maio, Sobral comemorou 100 anos da Teoria da Relatividade. Foi assim; Seu Einstein estava doidim pra confirmar um teorema que armou de forma a provar que a luz tem peso e até faz curva. Sabia que ia haver um grande sumiço do sol e onde melhor se veria isso seria em Sobral, no Ceará. E despachou pra cidade uma ruma de técnicos, engenheiros, cientistas com um mundaréu de equipamentos pra fotografar o bendito eclípse. Isso foi num dia 29 de maio. O tal do E é igual a mc2 até hoje bomba na rede, quer dizer, na foto. Aí o museu do eclípse de Sobral vai virar o point. Fuxicos da Beira Mar Sem um ponto fixo para a troca de fofocas em Fortaleza, as manhãs de caminhadas na av. Beira Mar têm sido os momentos de fuxicos e leriados que circularão no dia. Ontem Nem bem eram cinco da manhã e já circulava a informação de que um candidato, no Ceará, estaria alugando carros grandes para a campanha de outubro. Só à vista Com cerca de 200, já alugados, o zum zum zum era de que apesar do intermediário ser gente do bem, o “titular” não é tanto daí que aluguel só pagando antecipadamente. (*) Macário Batista (Sobral), jornalista, colunista, bloqueio, multimídia.

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Escola de Agronomia do Ceará

O centenário da Escola que ajudou a fundar a UFC

Criada em março de 1918, a Escola de Agronomia do Ceará já formou mais de 5 mil profissionais e foi pioneira na pesquisa de ponta e no processo de internacionalização da UFC. Foram inúmeros os traumas e perdas causados pela seca de 1915, que até hoje segue no imaginário do povo cearense pelo cenário de desolação que desenhou no sertão. Foi naquela época que, em busca de soluções, um grupo de profissionais liberais resolveu criar a Escola de Agronomia do Ceará, que décadas depois seria uma das fundadoras da UFC. No dia 30 de março, completa-se um século da criação do curso, que já formou mais de 5 mil agrônomos e foi pioneiro não somente na pesquisa como no processo de internacionalização da UFC. “A Escola de Agronomia nasceu um pouco pela seca e um pouco pela importância que as ciências agrárias tinham na economia brasileira”, acrescenta o Prof. Roberto Cláudio Frota Bezerra. Formado em Agronomia pela UFC, ele foi, entre 1995 e 2003, reitor da Universidade. A princípio, a Escola era uma instituição privada gerida por uma sociedade mantenedora e cofinanciada pelo Executivo estadual. As aulas teóricas e vivências de laboratório inicialmente eram realizadas em instalações provisórias na sede do Liceu do Ceará. Já as atividades práticas aconteciam em um sítio no bairro Alagadiço, hoje São Gerardo, terreno que a Secretaria da Agricultura do Estado posteriormente doou para compor o Campus do Pici. Foi em 1935 que a Escola passou do âmbito privado para o público, integrando-se à estrutura do Governo do Ceará, até ser finalmente federalizada em 1950, quando passou para o domínio da União. “A Escola de Agronomia deu grande contribuição à Universidade, justamente porque ela era bem equipada. Foi uma das principais instituições que ajudaram a criar a UFC”, destaca o Prof. Francisco Melo, presidente da Comissão do Centenário da Escola de Agronomia, que está preparando uma série de eventos para comemorar a data. O professor reforça que foi da Agronomia que surgiu, na década de 1970, o atual Centro de Ciências Agrárias (CCA). Ele destaca que o próprio Campus do Pici leva o nome de Prisco Bezerra, professor da Escola de Agronomia por 47 anos. Evolução Segundo a diretora do CCA, Profª Sônia Pinheiro de Oliveira, ocorreram mudanças importantes no perfil do profissional egresso do curso. Para a gestora, a escola tem assumido sua vocação de formar recursos humanos para atuar no meio rural, em segmentos como os de produção agrícola, tecnologia para o campo, melhoramento genético e adaptação de animais e plantas à realidade do semiárido. “Durante muito tempo, os agrônomos eram formados para o serviço público. Hoje, o mercado está mais amplo e aberto para atuação no empreendedorismo, na educação, nas políticas públicas sociais e na pesquisa em alimentos e maquinaria”, aponta a Profª Sônia. O Curso de Agronomia, hoje, passa por um momento de redesenho. Para o Prof. Roberto Cláudio, a meta deverá ser se conectar ainda mais à realidade do Ceará. “A Universidade precisa do Estado, e o Estado precisa muito da Universidade. O desafio é, portanto, criar um envolvimento mais forte entre ambos para a resolução dos problemas locais.” • MARCO FUKUDA E SÉRGIO DE SOUSA PESQUISA PIONEIRISMO EM PESQUISAS E EM PARCERIAS INTERNACIONAIS CCA EM NÚMEROS 6 cursos de graduação e 9 programas de pós-graduação

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72 patentes depositadas até 2017 70 projetos de extensão ativos (2016) 42 grupos de pesquisa ativos 2.587 mestres e 419 doutores formados até 2017 Programação do centenário Para a programação do centenário, a ser iniciada em abril, estão previstas inauguração de um marco comemorativo no Campus do Pici e sessões solenes de homenagem no Conselho Universitário da UFC (Consuni), na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara Municipal de Fortaleza. No segundo semestre, será lançado o livro sobre os 100 anos da Escola de Agronomia, com capítulos sobre ensino, pesquisa, extensão, movimento estudantil e interlocução com o setor produtivo. A Escola de Agronomia traz em sua história um papel de pioneirismo na pesquisa no Ceará. Já como parte da estrutura da UFC, o Curso de Agronomia avançou neste segmento, tornando-se um marco do processo de internacionalização da Universidade. As primeiras pesquisas da Escola tratavam das plantas xerófitas, espécies vegetais nativas da caatinga, e da busca por alternativas para a política agrícola e a questão da seca. Já em 1963, no âmbito da UFC, o Curso de Agronomia iniciou o Programa de Educação Agrícola, convênio internacional com a Universidade do Arizona (EUA) que levou professores para realizar mestrado e doutorado na universidade norte-americana e trouxe professores de lá para fortalecer o ensino e a pesquisa por aqui. De acordo com o Prof. Roberto Cláudio, esse convênio deu forte guinada nos estudos em agronomia. “Se a Universidade tinha 100 mestres e doutores no início da década de 1970, 80% eram da agronomia”, conta. Essa posição de destaque se mantém ainda hoje, com o Centro de Ciências Agrárias (CCA) ocupando a posição de líder na UFC em número de patentes. Desde 2013, quando foi depositada a primeira patente do centro (antes, elas eram individuais, dos próprios pesquisadores), até o período atual, já são 72 ao todo. Essa interação criativa com instituições de ensino estrangeiras se mantém forte e crescente, como garante a diretora do CCA, Sônia Pinheiro. “Hoje, temos convênio com universidades da Espanha, Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido.” Além desses convênios, os 25 professores bolsistas de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científ co e Tecnológico (CNPq) e os 42 grupos de pesquisa ativos no CCA reforçam a posição de destaque do centro na área de pesquisa acadêmica em toda a Universidade. Projetos de extensão aproximam formação da realidade do campo No processo de modernização tecnológica do campo que vinha sendo adotado desde os anos 1970, a formação dos alunos da Agronomia era prioritariamente destinada ao agronegócio, com cultivo de monoculturas de exportação. A criação de projetos de extensão no Centro de Ciências Agrárias, entretanto, ajudou a ampliar os horizontes de formação dos alunos e os aproximou das necessidades do homem do campo. O centro tem cerca de 70 projetos de extensão ativos (dados de 2016), que promovem essa lida cotidiana com a terra e o contato com produtores e comunidades rurais. Entre eles, está o programa Residência Agrária, que surgiu em 2004, após negociações com entidades como a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil. O programa busca atender trabalhadores da agricultura familiar, com produção destinada a abastecer o mercado interno. Sua criação foi uma iniciativa do então Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que reuniu 18 universidades brasileiras para tratar de metodologias de educação no campo, soberania e segurança alimentar, agroecologia etc. Jornal da UFC março de 2018, Agronomia

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Leituras VIII O Diário de Pedro Edmílson Caminha (*) A uma espécie de memorialismo, como gênero literário, pode-se dar o nome, à falta de outro melhor, de “memórias jornalísticas”. São testemunhos de profissionais da imprensa sobre matérias que escreveram, famosos que entrevistaram, aventuras que viveram. É o caso, por exemplo, de “Minha razão de viver” (1987), de Samuel Wainer; “Conversa com a memória” (2002), de Villas-Bôas Corrêa; “O gosto da guerra” (2005), de José Hamilton Ribeiro; “Às margens do Sena” (2007), de Reali Jr, e “Confesso que perdi” (2017), de Juca Kfouri. Livros que merecem atenção, pela riqueza humana e pela boa qualidade do texto, como, agora, o “Diário da Falsa Cruz de Caravaca” (2018), de Pedro Rogério Moreira. Filho de escritor, sobrinho de editor e livreiro, não admiram, em Pedro, a vocação para o jornalismo, o talento com que, correspondente da Globo na Amazônia, tornou-se um dos mais brilhantes repórteres da televisão brasileira. Com o volume, o autor, lê-se na apresentação, retoma o que escrevera em quatro agendas da marca Pombo e em notas do que chama “avulsos”, fontes de dois livros anteriores, “Hidrografia sentimental” (1998) e “O almanaque do Pedrim” (2000). Como alguns grandes colegas, que passam do jornalismo à literatura bem realizada, o memorialista atravessa a fronteira para consagrar-se também na ficção, o que já fizera antes, em “Bela noite para voar” (2005), e “‘Amor a Roma’, amor em Roma” (2013). No “Diário”, ele próprio, e o cinegrafista que o acompanha, convertem-se nas personagens do Correspondente e do Parceiro, com o que se põe o escritor à vontade no reino da criação literária, mas sempre com maestria, de sorte que mesmo o leitor mais atento não distingue, muitas vezes, figuras e episódios verdadeiros de outros imaginados, no incerto limite entre realidade e fantasia. São poucos, na interseção do jornalismo com a literatura brasileira, os bons exemplos dessa prosa híbrida, como “Bao chi, bao chi” (2002), romance do jornalista Luís Edgar de Andrade sobre o que viveu como correspondente de guerra no Vietnã. Ficcionista competente, Pedro Rogério inclui, nas lembranças de viagens e nas aventuras do repórter, um conto perfeito, entre as páginas 99 e 103. O homem feio, Herculano, a velha de Mocaju e Zé Gavião nos dizem do caipora, da piraíba e da cobra-grande, em uma narrativa primorosa que enriqueceria qualquer boa seleta de histórias amazônicas. O saber inventar e escrever deve-se, no autor, a dom inato, mas também à leitura de mestres que toma como exemplo e modelo, dois em especial, a quem presta afetuosa homenagem: Mário Palmério, o romancista de “Vila dos Confins” e “Chapadão do Bugre”, e Otto Lara Resende, o contista de “O lado humano”, o cronista de “Bom dia para nascer”. Com o primeiro, navegou pelas águas da Amazônia a bordo do “Fray Gaspar de Carvajal”, em conversas tão longas quanto os rios que parecem não acabar. Repórter que continua a ser, o memorialista pergunta: que fim levou “O crime perfeito ‒ confissões de Athanásio”, que Palmério escrevia? E “O Morro das Sete Voltas”, a que faz menção o resumo biográfico da Academia Brasileira de Letras: é outro inédito, ou o mesmo romance? Do amigo Otto Lara Resende, a sábia lição que se lê em uma das epígrafes: “Pedro, escreva tudo. Anote. Ande sempre com o seu ‘cahier d’écrivain’, como recomendava o Guimarães Rosa. Conte as suas histórias antes que a memória vá esbatendo os traços.” Conselho felizmente seguido, para a fortuna dos que lemos o “Diário da Falsa Cruz de Caravaca”. Livro com que Pedro Rogério Moreira se consagra, uma vez mais, entre os jornalistas que honram a imprensa e engrandecem a nossa literatura. (*) Edmílson Caminha

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Cearenses preparam lançamento de dois foguetes Ainda que a engenharia espacial seja uma realidade equipe do GDAe passou a divulgar em eventos universidistante em Fortaleza, o Grupo de Desenvolvimento tários o programa. O fato de no início não terem um local Aeroespacial (GDAe) nasceu com o intuito de estudar para se reunir dificultou para colocar as ideias em andaa ciência e construir foguetes. A ideia surgiu em 2015, mento. Eles ganharam um espaço físico somente este ano, e quando alguns alunos da Universidade Federal do Ceará colocaram literalmente a mão na massa para transformar o (UFC) criaram um grupo para discutir o assunto. Em 2017, lugar em “lar do projeto”. Parte da reforma foi resultado de sob a orientação do professor e físico por formação Claus um crowdfunding. No entanto, mesmo com pouco tempo Wehmann, virou projeto de extensão. Com 22 integrantes, de vida, já participaram de eventos como a Competição todos estudantes de cursos de engenharia da instituição, Brasileira Universitária de Foguetes (COBRUF). o GDAe funciona dentro de uma casa feita de plástico, “Apesar de participarmos de eventos, a proposta que localizada no campus do Pici, e que anteriormente abri- eu faço ao grupo é o desenvolvimento da tecnologia em gava outro projeto. si. O GDAe não é uma equipe de competição e, sim, orga“Tudo começou no 2º semestre de 2015. Eu e uns nizada para disseminar o conhecimento da área espacial. amigos estávamos conversando porque nos interessava É para ser também uma semente para o desenvolvimento essa área de engenharia espacial, na área aqui na Universidade”, só que não tinha nada na UFC pontua Claus. sobre o assunto, nenhum núcleo Projetos do GDAE de estudo. O grupo surgiu para Ao longo desses meses de traestudar foguetes. Foi quando balho, o grupo desenvolveu dois descobrimos que precisávamos projetos. Um deles é o Thunder, chamar um professor, para ser um foguete mais simples que usa nosso orientador, e indicaram o um motor de propulsão sólida. professor Claus. Ele até já tinha O outro é chamado de Projeto um grupo, que era menor, que já Hermes, um foguete híbrido estava fazendo alguns projetos capaz de atingir 5.000 metros nessa área. Nós pedimos para de altitude, e tido como projeto ele abrir o grupo para todas as principal da equipe no momento. Integrantes do GDAe em frente à casa de plástico que funcioengenharias. Nem tinha um nome Com o projeto do foguete na como oficina do projeto de extensão. FOTO: Divulgação ainda, depois que surgiu a ideia em mãos, eles também pensam do nome Grupo de Desenvolem uma missão. A Missão Dravimento Aeroespacial”, explica gão do Mar foi pensada para o Renan Capistrano, ex-integrante foguete Hermes. “Geralmente do grupo. as pessoas criam uma missão Do ponto de vista do orienrelacionada ao objetivo desse tador, a ideia desde o início era foguete. E a nossa missão é fomentar essa área de pesquisa, basicamente lançar um foguete já que ela não existe formalmente que use tecnologia híbrida, atinja na Universidade. “E ainda aproum apogeu de 5 quilômetros e veitar algumas características seja lançado do Centro de Landa nossa região. Nós temos uma çamento da Barreira do Inferno. base de lançamento em Natal, por Acho que a gente não vai levar Oficina do grupo. Boa parte das coisas que eles têm foram exemplo, que tá, de certa forma, nenhuma carga paga dentro do compradas à base de rifa ou de doação. FOTO: Saulo Roberto um pouco ociosa, e também apafoguete. A missão se resume a receu bastante estudante intereslançar o foguete mesmo, porsado no assunto. Da minha parte, que, em termos universitários, o grupo começou porque eu tive já é um feito muito grande”. A algumas experiências na minha ideia é que a Missão seja finaliformação, principalmente na área zada, com o lançamento, ainda espacial, com algumas equipes da em 2018, segundo o relato de Universidade Técnica de MuniEmanuel. que (Alemanha). Eu conheci uma Já o foguete Thunder utiliza equipe lá basicamente formada nitrato de potássio e açúcar como por estudantes que desenvolvia combustível. A ideia do grupo é foguetes e achei interessante que ele seja lançado entre maio trazer a mesma proposta pra cá”. e junho, em uma área isolada da As mulheres ainda são minoria no GDAe. “No Brasil a gente não tem um Fazenda Experimental Vale do FOTO: Saulo Roberto programa espacial bem desenvolCuru, da UFC, em Pentecoste. vido. Desde que eu me dedico a essa área, percebo que Para que o lançamento aconteça, o grupo precisa de uma existe uma necessidade do nosso País de desenvolver essa autorização da Força Aérea Brasileira (FAB). ciência. O GDAe não visa só estudar foguetes, mas discutir “Nesse primeiro lançamento testaremos os pequenos tudo que está por trás disso. Acredito que quando o grupo sistemas, como o de recuperação e o de controle de altitude. foi criado, o intuito era estudar e desenvolver nosso próprio Na segunda fase, ele vai ser aprimorado, e colocaremos método, utilizando o que já existe, de teorias a livros, pra uma carga útil, que é um experimento de outro professor gente fazer algo brasileiro que seja relacionado à área da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Depois de espacial”, comenta ainda Emanuel Santos, estudante de testados, esses sistemas serão colocados no Hermes. O engenharia mecânica. Thunder funciona como uma validação”, reforça Claus. Quando oficialmente se tornou projeto de extensão, a Fonte: Diário do Nordeste

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Prefeitura assina contrato da Nova Beira-Mar com o Banco de Desenvolvimento da América Latina O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), assinou em 04.06, em Brasília, o contrato entre o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e a Prefeitura para a liberação de US$ 83,25 milhões, cerca de R$ 300 milhões, para as obras e ações do Programa Fortaleza Cidade com Futuro. O contrato teve o aval do presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB). Participaram também do ato de assinatura o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o diretor-representante do CAF no Brasil, Jaime Holguín, e a Procuradoria da Fazenda Nacional, Ana Lúcia Gatto. De acordo com Roberto Cláudio, o município aguardava a liberação do recurso há cinco anos. “Esse financiamento teve o apoio importante do presidente do Senado, que aprovou a matéria com muita rapidez na Casa e com isso já vamos poder começar as intervenções agora no mês de julho”, disse o prefeito. Para Eunício, o valor disponível vai auxiliar em mudanças consideráveis na infraestrutura urbana da cidade e na valorização do turismo. “O prefeito buscou a todo momento, junto ao nosso mandato, agilizar esse processo

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para liberação do valor solicitado e é com muita alegria que hoje formalizamos esse termo.” Programa Entre as obras do Programa Cidade com Futuro, que receberá essa verba, estão a requalificação urbana da Avenida Beira Mar, com a internalização de cabos elétricos, telefônicos e de televisão, a revitalização de corredores turísticos e a consolidação de corredores gastronômicos na região da Varjota. Ainda, serão implementados programas de capacitação profissional para a indústria do turismo voltados para geração de emprego e renda. Também serão realizadas ações de despoluição e combate à erosão de parte da Orla, na região da Beira-Mar, por meio de um aterro hidráulico. Outro componente do Programa atende às necessidades de geração de emprego e renda e promove empreendimentos em Titanzinho e Serviluz por meio de capacitações para o empreendedorismo. Está prevista também a implantação de um sistema de microfinanças e o desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais em Turismo. (Foto – Divulgação)

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Osmar Alves de Melo lança “O sono dos Justos”. O procurador Osmar Alves de Melo (Iguatu), presidente da Casa do Ceará. Autor de diversos livros no campo jurídico, acaba de ingressar na ficção com o livro “O Sono dos Justos”, com prefácio do amigo Mauro Benevides. Antes, em 2005, publicara “Inconfidências”, acolhido pelo conterrâneo Luiz Manzolilo da seguinte forma: “Cearense de Iguatu Osmar Alves de Melo é político e destacado advogado em fase de extinção, pois só entende a política como atividade voltada para o interesse público e não admite o tráfico de influencia nas lideres forenses, entendendo-o como contrário à ética da profissão”. Osmar integrou o quadro dos notáveis fundadores do PMDB, ao lado de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Seixas Dórias, Wilson Martins, Lúciano Coutiho, Pedro Gondim e Mangabeira Unger”. No prefácio de “O Sono dos Justos”, Mauro Benevides, da Academia Cearense de Letras e da Academia Cearense de Administração, exalta os méritos intelectuais e jurídicos de Osmar Alves de Melo.

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Momentos Marcantes na vida do Comendador Albery Mariano

P Esprojeto eci s ais

Comendador Dr. Albery Mariano, em 2013, lançou o “Livro Coletanea” 1° Edição

Hoje, dia 15 de julho de 2014, concluí o “Livro Coletânea”, (Publicações de Jornais dos anos 2013 e 2014) onde, sempre, faço parte integrante do noticiário de eventos sociais e culturais. Nada mais justo, é dizer, que as publicações dos jornais da Casa do Ceará em Brasília, são imprescindíveis veículo de comunicação, que muito ajudam na divulgação de meus escritores literários. Faço questão de agradecer ao nosso prestativo Presidente dessa abnegada Casa, Dr. Osmar Alves de Melo, meu colega causídico, grande incentivador das Obras Jurídicas Sociais e históricas da nossa terra e de nossa Brasília-DF. Não posso esquecer a nossa prestativa amiga, Antônia Lúcia Guimarães, Superintendente da Casa do Ceará, bem como, dos eminentes Editores, JB Serra e Gurgel, Wilson Ibiapina, conterrâneos de valores imensuráveis. Sem esses admiráveis profissionais da Imprensa, jamais, nós nordestinos, seríamos exaltados. As divulgações justas e criteriosas de meus poemas, trazem contentamento aos conterrâneos distantes. Portanto, aqui fica minha eterna gratidão a todos que trabalham, se dedicam e lutam com garra, como profissionais e beneméritos da estimada Casa do Ceará em Brasília-DF. Índice dos Jornais 1 – Biografia do Casal: “Uma vida de luta, sucessos e poesias” Comendador Dr. Albery Mariano e Dama Comendadora Profª Cleuza Luíza Mariano – 05.09.2013. 2 – 1° Encontro dos Escritores Cearenses em Brasília – 21.09.2012. 3 – Um belo momento para a Cultura Caldas-novense – 22.12.2012. Jornal Boas Novas 4 – Denilson Vieira apoiado pelos padrinhos – 01.01.2013. 5 – Mulheres homenageadas – “Troféu Mulher/2013” – 01-03.2013. 6 – Grande benemérito. “Um Cearense generoso, simples e temente a Deus” – 01.05.2013. 7 – “Patrimônio Cultura de Caldas Novas – GO”. O Comendador Dr. Albery Mariano, se destaca entre os Pioneiros de Brasília – 01.06.2013. 8 – “Os Destaques de 2013, em Caldas Novas – GO”. O casal e paraninfo do Evento. Comendador Magal, por ajudar a Academia de Letras e Arte – Caldas Novas – 01.08.2013. 9 – “ Um ano de muitas conquistas e premiações” – Em viagens ao lado de sua esposa, Dr. Albery, retorna a sua terra Natal- 01.01.2014. 10 – “Solenidade Histórica e Cultural” – Entrega de Honrarias, pela ABRASCI – Artes, História e Literatura, homenageia Personalidade GO – 06.06.2014. Jornal É + Noticias & Classificados e Diário CN Notícias – Caldas Novas – GO. 11 – “Troféu Melhores do Ano 2012” – Casal Paraninfo do Evento: Dr. Albery Mariano e Profª Cleuza Mariano – 01.02.2013. 12- “Gente Que Faz” – em reconhecimento ao Dr. Albery Mariano, ex – Presidente da ALACAN, 11.02.2013. 13 – “Gente Que Faz – A mulher é sempre Anjo da Guarda do esposo. Cleuza Luíza Mariano, é Gente Que Faz – 13.02.2013. 14 – “Abraço do Dia” – Aniversário de Poeta Dr. Poeta Dr. Albery Mariano – 18.02.2013. 15 – Poema “Amor Maduro” – Parabéns pelos 45 anos de feliz matrimônio de casal, com Missa de Ação de Graças – 01.03-2013. 16 – “Abraço do Dia” – Aniversário da Escritora, profª

Ceará em Brasília

Cleuza Luíza Mariano – 25.03.2013. 17 – “Troféu Mulher 2013” – Restaurante Árabe de Goiânia – 29.03.2013. 18 – “Comendador Parabeniza Secretaria de Transportes” – Com Café da manhã, para os servidores – 02.04.2013. 19 – “Uma Lição de Vida” – Dr. Albery e Cleuza Mariano – 17.05.2013. 20 – “Uma Lição de Vida” – Poema: “Esposa Mãe” – 21.05.2013. 21 – Academia Caldasnovense de Letras, terá sede própria – 10.07.2013. 22 – Dr. Albery recebe Homenagens – 06.09.2013. 23 – “Troféu Melhores do Ano 2013” – Casal Destaque Cultural – 09.10.2103. 24 – “Grandes Homenageados” – Dr. Albery e Cleuza Mariano – 01.11.2013. 25 – “Comendador Dr. Albery, viaja a sua terra natal ao lado da sua esposa – 20.11.2013. 26 – Em viagem ao lado da sua esposa, Dr Albery retorna a sua terra natal – 20.12.2013. 27 – Comendador Dr. Albery, viaja a sua terra natal ao lado de sua esposa – 31.01.2014. 28 – Dr. Albery, entrega “Troféu Mulher 2014” – Goiânia – GO 10.04.2014. 29 – Comendador Dr. Albery Mariano, homenageia Prefeito, Vereador e a Deputada Magna Mofatto 27.07.2014. 30 – “Jovem Sonhador” - Uma Vida de Luta e Sucesso e Poesia – 16.07.2014. Jornal Ceará em Brasília - DF 31 – Dr. Albery Mariano e Cleuza Luíza Mariano, se destacam na comunidade Cearense de Brasília e de Caldas

Novas – GO 01.04.2013. 32 – Momentos marcantes da vida do prof. Albery Mariano “Entrevista” – 01-05-2013. 33 – Projetos especiais - “O Pioneiro lutador” – Titulo de Sócio Benemérito da Casa do Ceará – 01.06.2013. 34 – Dr. Albery Mariano é Personalidade dos Livros; “100 anos de Caldas Novas” – “50 anos de Ceará em Brasília” – Poema “JK & Adirson” – 01.07.2013. 35 – 39° Encontro dos Pioneiros de Brasília – Comendador Dr. Albery Mariano, recebeu o “Diploma e insígnia da ordem Grã-Cruz de Pioneiro” – 01.08.2013. 36 – Poemas: “Caucaia – CE”, Casa Grande de Caucaia” e “Litoral do Ceará” – 01.08.2013. 37 – Os 150 Cearenses do livro “50 anos da Casa do Ceará” – 01.10.2013. 38 – Biografia do Comendador Dr. Albery Mariano – 15.10.2013. 39 - Casal homenageado: Comendador Dr. Albery Mariana e Dama Comendadora, Profª Cleuza Luíza Mariano – 01.11.2013. 40 – Poema: “Amor Maduro” – Destaques – Revistas – Certificados – Diplomas e Comendas – Personalidades dos livros – Troféus e Doações – 01.12.2013. 41 – Livro: “Deixe Cair o Manto da Sua Vida” – Poemas: “O manto do Amor Sincero e Virtuoso” e o “Manto de Um Homem Apaixonado – 01.01.2014. 42 – Apoio do Dr. Albery Mariano (Santana do Acaraú), para a Festa Junina da Casa do Ceará – 02.02.2014. 43 – Poemas: “O Manto da Inspiração” e “O Manto da Boneca” – 01.03.5014. 44 – Poemas: “O Manto da Formosura” - O Manto da Vida Laboriosa” e “Caucaia – CE” – 01.04.2014. 45 – Biografia Simplificado do Comendador Dr. Albery Mariano – 01.05.2014. Jornal Folha Patense – Patos de Minas – MG 46 – SC 2012 Personalidades em Destaques – Biografia da Profª Cleuza Luíza Mariano – 01.09.2012. 47 – “SC Destaques 2013” Dr. Albery Mariano e Profª Cleuza Luíza Mariano – 15.03.2014. Jornal Gazeta – Goiânia/GO 48 – ABRASCI – Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura, Homenageia Personalidades através de seu Conselheiro, Comendador Dr. Albery Mariano – 10.06.2014. 49 – Escritor de Caldas Novas, Comendador Dr. Albery Mariano, divulgou 50 Livros da II Bienal do Livro em Brasília – DF. Quatro exemplares. 50 – Escritora Cleuza Luíza, anuncia criação do Novo Museu – Acervo Cultural do Dr. Albery Mariano – 18.07.2014. Jornal Diário da Manhã – Goiânia – GO 51 – “Noite Memorável” – Especial para o Diário da Manhã. Conselheiro da ABRASCI. Dr. Albery Mariano, presta Homenagem as Autoridades Goianas – 18.05.2014. 52 – “Acróstico da ABACH” – Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. O Comendador Dr. Albery Mariano presenteou a ABACH, com o banner, ilustrado com o Brasão da Academia e este belo Poema. Para o esplendor desta singular Obra, concluo com a extração do texto da Santa Bíblia, a qual, sou seu fiel leitor afetuoso. Salmo 111 – Louvor a Deus “Como são maravilhosas as coisas que ele faz”... há gloria e grandeza e a sua fidelidade é eterna. Ele é fiel e justo em tudo que faz, todos os seus mandamentos merecem confiança. Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus. O Senhor. Que o Senhor, seja louvado para sempre! ” Dedico, ao leitor amigo, mais esta modesta e obsequiosa Obra Jornalística e Literária.

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O telefonema

Regina Stella (*) Madrugada. Era pouco mais de três horas quando o telefone tocou. Dei um pulo, saltei da cama e segurei o fone, na expectativa do som que ouviria, indagando a mim mesma quem seria, tão escuro ainda! O coração bateu descompassado e minha voz saiu espremida, contida, assustada, no controle de evitar um grito, um alô do tamanho do mundo. - Alô – falei, quase em sussurro, com medo de que um tom mais alto acordasse o mal. Num segundo, e um sequência de imagens sucedeu, gente querida passando, fisionomias amigas seguindo. Uma após outra, no desejo de avançar no tempo e por antecipação descobrir na voz, no som, no timbre, a resposta chegando, pesada, carregada, terrível. De onde viria a notícia? Me perguntei, quase em pânico. Do Norte, do Sul? Do Mar ou do Planalto? Em tantos paralelos se prende o coração... - Sou eu – respondeu-me, em tom estremunhado, como que justificando a hora tardia. E a identificação veio em seguida, desnecessária! A velha amizade, tantos anos, tornara inconfundível a voz. Uma troca de bons momentos, a presença em fatos decisivos, e a conversa descontraída, amena em dias comuns, tornaram fortes os laços e firme o entendimento. - O que há com você? – Indaguei disfarçando a ansiedade e o medo. O que aconteceu? - Não se assuste. É que... Parou, embargada a voz, enquanto eu gelada, aguardava o que tinha a dizer. - É que, parece tolice telefonar-lhe a estas horas, mas amedronta-me o silêncio, o ar parado, uma angústia, a sensação de que apenas eu existo no mundo! Não consigo dormir! Antes de ligar para você, disquei propositadamente números que nem conheço, apenas para ouvir uma voz e me dizer que o mundo é cheio de gente! Mas a inquietação é tanta que precisei falar com você. Quase enlouqueço! Não encontrando resposta e nem sentido para a vida, procuro você, uma palavra amiga para ouvir. - Ora, não seja por isso. Então, vamos conversar. Eu estava tentando aparentar uma calma que eu não tinha. Amigo é para todas as horas, manhã ou madrugada, e toda hora é hora para ouvir você. Mas, aconteceu algo? Perguntei em Pânico. - Precisava haver alguma coisa mais do que já há? De que é feita esta minha vida? E no desfilar de fatos, de historias, de situações que eu tão bem conhecia, percebi um desespero. Falta de diálogo. Uma palavra. Alguém. Por quem lutasse e dividisse. E combatesse e se exasperasse. E também discordasse. Precisava de alguém. Por quem enchesse as horas e o seu tempo, e que se esgotasse o dia sem que tivesse feito a metade do que pretendia. Só não queria voltar para encontrar vazias aquelas quatro paredes, opressivas, sufocantes para uma alma só. Sem um jornal jogado no sofá. Sem um chinelo emborcado no chão. Um brinquedo, uma bola. A presença no ar de alguém ressonando. A falta da vida. - O que representa agora o dinheiro que junto à minha posição de importância? Que faço dessas coisas? Para quem os meus planos, os meus projetos? O que programei se foi de água a baixo! Plantei e não colhi! Ninguém! Era uma triste e dolorosa constatação que fazia em plena madrugada. Deixei que falasse, desabafasse o coração, esquecesse o meu sono, já que perdera o seu. Descontaria depois durante o dia, na noite seguinte. Falou, recordou, lembrou, repetiu velhas histórias. Desenrolou o fio de uma meada que parecia não ter fim. Falou ate cansar, sem se preocupar, sem medir conveniências, sem escolher palavras. Sem reservas. Sem nada a guardar. Era uma catarse. Como se jogasse fora algo que estivesse incomodando, ferindo, machucando. Até que, chegando à exaustão, parou! - já disse tudo pra você! Chega! Desculpe o susto, e o tempo. E o sono que lhe tirei. Mas eu precisava de você. Até amanhã. Boa noite. Desligou, pela janela eu via o dia chegar. Na mensagem da vida que me mandava a alvorada, eu me certifiquei de que acabara de falar com a própria solidão. (*) Regina Stella, Jornalista e escritora

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Ceará pode ganhar 12 novos municípios Suspensa há 22 anos, a criação de novos municípios poderá voltar a ser permitida. O projeto de lei complementar (PLP) 137/15, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), deve ser votado hoje no Plenário da Câmara dos Deputados. No Ceará, conforme Luiz Carlos Mourão Maia, presidente da Comissão de Criação de Novos Municípios, Estudo de Limites e Divisas Territoriais da Assembleia Legislativa do Ceará, cerca de 12 distritos atendem aos requisitos estabelecidos pelo projeto e, caso a lei seja aprovada e sancionada, poderão iniciar o processo emancipatório. Entre os distritos, estão a Jurema, em Caucaia, a Pajuçara, em Maracanaú, e o Pecém, em São Gonçalo do Amarante. No País, estima-se a criação de cerca de 200 novos municípios, segundo o deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE), que é favorável à matéria — que precisa do apoio de um mínimo de 257 deputados. Conforme o PLP, além das novas cidades, distritos poderão ter suas áreas desmembradas de uma cidade e ser incorporadas a outra. Poderá ainda haver fusão entre municípios. A legislação, diz Mourão, resolveria problemas nos limites de outros 28 cidades cearenses, que poderiam repassar áreas de um município a outro. Para o deputado, as dimensões continentais do País levam à necessidade de uma legislação capaz de criar novos municípios. O parlamentar acredita que pode haver resistência na Câmara, “de setores mais liberais”, que veem na criação de novas cidades ônus aos cofres públicos — o que levou ao veto da então presidente Dilma Roussef a projeto de lei de texto semelhante. “Para isso, criamos procedimentos que questionam o tamanho da população, o número de equipamentos públicos e a capacidade de autonomia econômica”, aponta. Um número mínimo de habitantes (que no Nordeste é de 12 mil), a aprovação de estudos de viabilidade econômico-financeira, político-administrativa e socioambiental e urbana, e um plebiscito local, além da aprovação na Assembleia Legislativa são alguns dos passos a que os distritos devem se submeter para pleitear emancipação. O rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por um número maior de cidades leva à redução da receita por município, a nível estadual. “Mas, no somatório da receita do novo município com a da cidade-mãe pode haver ganhos locais”, opina José Irineu de Carvalho, economista e consultor técnico econômico da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece). O economista defende estudos caso a caso, mas acredita que a criação de 12 novas cidades não impactaria muito as receitas das prefeituras no Ceará. Luiz Carlos Mourão Maia baseia-se no Projeto Atlas e Divisas Municipais Georreferenciadas, estudo que revisa território dos 184 municípios cearenses, para determinar distritos que poderão se tornar municípios. Como ainda haverá critérios estaduais, ele se absteve de relacionar todos os 12. (O POVO – Repórter Domitila Andrade

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Escritores cearenses na 34ª Feira do Livro de Brasília com apoio da Academia Taguatinense

Antônio Carlos Aguiar, Osmar Aves de Melo, Mauro Benevides e Gustavo Dourado, no stand da Academia de Letras de Taguatinga, que acolheu a Casa do Ceará, na 34a Feira do Livro de Brasília.

Presidente de Honra da AQQB, Carlos Aguiar, Superintende da Fecomércio/DF, João Vicente Feijão, Presidente Osmar Alves de Melo, Presidente da Academia Taguatinguense de Letras, Gustavo Dourado, Presidente da AQQB, Agapito Vasconcelos e Diretor de Comunicação da AQQB, Luís Roberto.

O presidente da Academia Taguatinense de Letras, Gustavo Dourado (Irecê/BA), abriu o stand da Academia para que escritores cearenses, residentes em Brasília, pudessem oferecer seus livros aos participantes da XXXIV Feira Internacional do Livro de Brasília, realizada no Pátio Brasil. Participaram os escritores: Adirson Vasconcelos (Santana do Acaraú), Antônio Carlos Aguiar, (Sobral), Geraldo Ananias (Santana do Acaraú), JB Serra e Gurgel (Acopiara), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Maria Félix Fontele (Gurupi/TO) filha de cearense, Osmar Alves de Melo (Iguatu), Pedro Jorge de Castro (Aurora),Regina Stela Studart (Fortaleza), Samuel Magalhães (Aurora), Vicente Landim de Macedo (Aurora). No stand da Academia desde o dia da abertura da Feira, estiveram expostos os livros. Nos dias 14 e 15 de junho, Academia programou tarde-noite de autógrafos e convidou a comunidade cearense a ver as obras dos autores residentes e m Brasília e que dispuseram a comparecer. No dia 14, falaram Gustavo Dourado, dando os votos de boas vindas, Osmar Alves de Melo, pela Casa do Ceará, e Mauro Benevides, saudando os escritores cearenses. Foram servidos: Cajuina, de Pacajus, queijo de Tauá e rapadura de Barbalha, tapiocas de queijo e carne do sol. O evento foi coordenado pelo diretor de Educação e Cultura da Casa, Vicente Magalhães (Aurora) e pela Superintendente da Casa, Antônia Lúcia Guimarães. Em Brasília, residem outros autores cearenses como os poetas Estênio Campelo (Crateús), Francisco Albery Mariano) (Santana do Acaraú), João Bosco Bezerra Bonfim, (Novo Oriente) Luis Martins da Silva (Nova Russas) e Jarbas Júnior, (Fortaleza), escritores Edmilson Caminha (Fortaleza), Francisco Inácio de Almeida (Baturité), J. Alcides (Caririaçu), João Vicente Feijão (Sobral), José Maria Leitão (Fortaleza), José Peixoto Júnior (Crato) e Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama).

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Fotos de Patricia da Silva

Página da Mulher


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Leituras IX

Culinária

Explicação

Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia). Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772-520 Tel(61) 3274-7805.. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 337988763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antônio Prado (Hidrolandia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 - Asa Sul 70257-180- 3442 1169 - Chefe de Cozinha: Maitre Wellington (Ipu), Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino(Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e José Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Marinho(Ipu) SCLS109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Marinho(f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral EilsonStudart (Fortaleza) Diretores: Beto Pinheiro (Fortaleza), Daniel Sherrabe e Hegel Barreira (Fortaleza) Gerentes Fábio Pereira de Sousa( Viçosa)-CE e Raimundo Auzivan Pinheiro (Milhã) - SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque - 70200-002 Tel3224 5585 Brasília Shopping Endereço: Setor Comercial Norte Q 5 Bloco A Brasília shopping Lojas 2w, 3w, 4w - Asa Norte, Brasília - DF, 70297-400 Telefone:(61) 3038-1818 Coco Bambu Águas Claras Localizado em: DF Century Plaza Endereço: Rua Copaíba, 1 - Águas Claras, Brasília - DF, 72010110 - Telefone:(61) 3262-0559 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú), Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), barmen: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antônio Melo (Independência) Antônio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) casa 15 Vila Planalto Tel 3032 1062 - 70804-270 Feitiço Mineiro Garçons: Robero Rodrigues Araújo (Tamboril), Paulo César Lima da Silva (Tamboril). Antônio Fernandes Neto (Tamboril). João Batista (Ubajara), Edson Lima (Ubajara) e Leonardo Biano, filha de mãe cearense. SHCN CL Qda. 306 Bloco B Lojas 03,45 e 41 3272-3032 / 3347 5751 / 99983 4852 Forneria Parole Maitre Antônio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte) ;garçon: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaioloSinobilinoBezerra Neto (Tauá) QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) Maitre:Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) cozinheiro: João Moura Rodrigues (Itarema)- SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras)

O Humor Negro e o Branco Humor Não há problema algum quando 13 cai numa sexta-feira, a merda mesmo é quando cai na urna.

Uma frase De Nelson Rodrigues: Dos ignorantes eu só quero vaias”... Uma das sentenças do Nelson: “A Unanimidade é burra”.

A vida como ela é Uma explicação da filósofa que acabou com Marilena Chauy: “Quanto mais batem no Lula mais ele apanha” Dilma Roussseff

Assédio, Na 5ª feira Lula virou pra Gleisi e falou: companheira vou ser preso, quebra meu galho. E comeu Na 6ª. feira, Lula virou para Manoela e falou: companheira vou ser preso, quebra meu galho. E comeu, No sábado, Lula olhou para Dilma e falou: companheira, acho que vou me entregar...

Perereca Como dizia meu finado avô, para saber se o cara é macho basta mostrar uma perereca pra ele..

No Ceará Já vi pobre rico E rico sem ter dinheiro Já vi doido ter juízo E cego contar dinheiro Mas digo e não me atrapalho Nunca vi tanto trabalho Pra pender um cachaceiro

As vias de São Paulo As 4 vias que correspondem aos times paulistas Imigrantes – Palmeiras Anchieta – Santos Marginal - Corinthians Rodoanel – São Paulo

Ameaça Lula continuar ameaçando recorrer ao Procon Disse que comprou seis ministros e só recebeu 5

Contando tempo Alguém sabe informar se o tempo no Face book e no Whatsapp conta para aposentadoria?

Luis Gustavo Mãe, tô toda roxa... O que aconteceu minha filha? O Luis Gustavo me bateu... O Luis Gustavo? Eu pensei que ele estava viajando.

Ceará em Brasília

Os Cearenses nas Cozinhas de Brasília

Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo, Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e AntonoAlcimario (Pereiro, churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) - SCES Trecho. 02 conj. 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, RaimundoCavalcante (Sobral). GerenteEduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiro: Francisco Ferrreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçon: Zé Vanildo (Sobral). Especialidade: Picanha na chapa; Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada - Q-04 Conjunto J Lote 60 PlanaltinaDF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) - 33897000 Libanus Proprietário Narciso Marinho (Ipu) - SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 - Endereço: Vitrinni Shopping - Rua 14 Norte, 135 - Águas Claras, Brasília - DF, 71910-000 Telefone: (61) 3382-0444 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 - Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Garçonete Maria Pereira (Beberibe) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman João Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J ite, Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) - Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 Planaltina - 73.300-000; Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Raimundo Viana (Crateús), José Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras). Caixa: Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste - Jorge Mesquita (Santa Quitéria) - 409 Norte, Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF - 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Restaurante Nordestino Dono: Francisco Valdenir Machado Elias(Independência) ; Gerente Thiago Machado (f.cearense) cozinheiro. João Batista Souza Sampaio (Sobral) - 3ª. Avenida Área Espcial S/N <Mercado do Núcleo Bandeirante boxes 13/15/17 71710-350 98147 0585 3021 4577 Santana Dono: Adonias Santana (Independencia) Manuel Messias Lima da Silva (Ipu) cozinheiro; Marco de Oliveira (Nova Russas) cozinheiro - CNA 03 Lote 08 Lojas 01 e 02 Taguatinga Norte – 72110 035 Tel 3563 4674 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul Tel 3264 7005 - Chefe de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao ladodo Posto de Polícia) 3567 8217

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Campanha do Agasalho 2018 Casa do Ceará vai ao encontro dos necessitados de Brasília

Concentração dos voluntários na Casa do Ceará na saída para a entrega dos agasalhos

Fotos de Suellen Mendes

Diretor Administrativo Financeiro, José Sampaio de Lacerda Júnior e a Superintendente Antônia Lúcia Guimarães entregando agasalhos.

Fila dos beneficiários

Diretor de Educação e Cultura, Vicente Nunes Magalhães entregando agasalho

Uma equipe da Casa do Ceará, liderada pelo seu Presidente Osmar Alves de Melo, pelos diretores José Sampaio de Lacerda Júnior, Vicente Magalhães e Maria Djanira Gonçalves, pela Superintendente Antônia Guimarães e pela Assistente Social Ivete Simonette, juntamente com uma equipe da igreja evangélica Navegando com Jesus, liderada pelo Pastor Carlos Salles, foram até o Hospital de Base no último dia 26 de maio, para distribuição de agasalhos e comida com os moradores de rua daquela região. Foram distribuídos cerca de 100 agasalhos e 100 refeições.

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Diretora de Promoção Social, Maria Djanira Gonçalves, Presidente, Osmar Alves de Melo, Superintendente Antônia Lúcia Guimarães, Diretor, José Sampaio de Lacerda Júnior, Pastor Salles e Diretor Vicente Nunes Magalhães.

Diretor Administrativo-Financeiro José Lacerda Júnior e o Presidente da Casa, Osmar Alves de Melo fazendo a entrega do 1º agasalho.

Distribuição do jantar

Distribuição de agasalhos

Os agasalhos distribuídos foram arrecadados pela Casa do Ceará e pelo Centro de Integração do Ser-Budhata, localizado em Águas Claras. A comida foi oferecida pela igreja Navegando com Jesus, que há 8 anos distribui refeições, a cada 15 dias na frente do Hospital de Base. Para Osmar Alves de Melo, Presidente da Casa do Ceará, a Campanha do Agasalho é uma ação social muito importante da instituição e tem como objetivo aquecer as pessoas mais necessitadas durante o inverno e ressaltou o compromisso da Casa em realizar a campanha no próximo ano.

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A Campanha do Agasalho 2018 contou com o apoio da Associação dos Filhos e Amigos de Aurora e da família do Presidente da Casa, Osmar Alves de Melo, sua esposa Ivete Magalhães Alves de Melo e de sua filha Adriana Magalhães. Participaram do evento os funcionários da Casa, Rayanne Alves, Sue Hellen, Aurea Luíza, Maria Darcimar, Cláudio França, Patrícia Belém, Raquel Caetano, Raí Dias, Maria Aparecida e os voluntários Marisa Pedrosa e Michele.

Ceará em Brasília

2/5/18 12:09 PM


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