manual de exercicios sobre o estigma ao vih

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Desafiar o Estigma ao VIH

Manual

Associação SERES Lisboa Maio, 2006 (revisto em 2011)


Este manual inspirou-se e adaptou alguns exercícios do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Academy for Education Development (AED) / ICRW, 2003; do livro “Similar to others, yet different in many ways”, NIGZ, 2003, o “Manual de Jogos Educativos” de Donna Brandes e Howard Phillips, Moraes Editores, 1977 e a tese de mestrado „Qualidade de Vida das Mulheres seropositivas: auto-estima, imagem corporal e relações sociais‟, Isabel Nunes, 2008. Realizado em Maio de 2006, foi readaptado em 2011. Tem por fonte os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVED), a situação em Portugal, 30 de Dezembro de 2010. Este manual foi realizado pela Associação SERES (con) viver com o VIH. A SERES é uma associação sem fins lucrativos, registada como IPSS (nº 2/2007) constituída em Abril de 2005, que tem por âmbito promover uma (con) vivência mais integrada com o VIH, das pessoas seropositivas e afectadas pelo VIH/SIDA, com mais enfoque nas mulheres. A sua missão: Melhorar e promover, holisticamente, a qualidade de vida de todos os seres seropositivos e afectados pelo VIH, sobretudo as mulheres e, erradicar o estigma e a ignorância em relação ao VIH/SIDA Com imagem adaptada de Pedro Ribeiro (a ele a nossa homenagem).

Maio de 2006 (revisto em 2011)


Indíce Siglas 4 Introdução 5 Objectivos, Métodos e Materiais 7 Os sentimentos 8 Avaliação 8 Módulo

A Módulo

B Módulo

C Módulo

D

Estigma

9 Exercícios A1 As nossas Experiências como Estigmatizadores e Estigmatizados A2 O que Significa Estigma 11 A3 Estereótipos 12 A4 Estereótipos e Contextos 13 A5 Formas, Efeitos e Causas 15 A6 Avaliar os Medos acerca do VIH e SIDA 16 A7 Mitos e Imagens 17 A8 Exclusão, Auto-Exclusão e Auto-Estima 18 A9 Modificar o Discurso 20

Género

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Exercícios B1 Ser Mulher, Ser Homem 22 B2 O que Significa Género 23 B3 A Mulher em Diferentes Contextos B4 A Culpa 25 B5 Moldar Atitudes 26

Preservativo

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Exercícios C1 Sobre Sexo 28 C2 Crenças 30 C3 Estigma relacionados com o Preservativo 31 C4 Factores de Risco e Factores Protectores de Risco

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Teste de Rastreio ao VIH 33 Exercícios D1 As nossas representações em relação ao teste D2 Fazer o Teste e Estigma associado 35 D3 Analisar e Agir 36 Teste de Diagnóstico 37 Grelha SWOT 38 Formulário de Feedback Contactos Úteis 40 Bibliografia 41

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Siglas ARV – antiretroviral (terapia utilizada no tratamento do VIH) TB – Tuberculose CAD – Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce CVED – Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmíssiveis Feedback – retorno Flipchart – quadro branco HSH – homens que têm sexo com homens IST’s – Infecções Sexualmente transmíssives (também utilizada a terminologia DST‟s – doenças sexualmente transmíssiveis) PLHA – People Living with HIV/AIDS (pessoas a viver com o VIH/SIDA) PVS - Pessoas com VIH/SIDA SIDA – Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida Transgender – transsexual VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana Workshops – grupos de trabalho

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Introdução A prevenção deve incidir, a montante, na sensibilização das populações para os riscos decorrentes de práticas sexuais não seguras e de ideias preconcebidas e preconceitos e, a jusante, na dedução e transmutação de padrões comportamentais que conduzem os indivíduos a desprezar o risco da infecção e padrões de comportamento enraizados no estigma. A prevenção, a par da educação, requer abordagens específicas, direccionadas para diferentes realidades sociais, culturais, religiosas, económicas e de acordo com as determinantes envolvidas no processo de transmissão, para que a mudança se efectue com sucesso. O VIH/SIDA não é apenas um problema de saúde é também um problema social, político, económico, reflectindo a necessidade de envolver e mobilizar o terceiro sector. A mobilização e implicação da sociedade civil é vital para a implementação de projectos de prevenção e para combater o estigma e a discriminação, nomeadamente na identificação de líderes juvenis, migrantes, mulheres, homens de diferentes áreas sociais e laborais e o seu envolvimento na temática, para a partilha de informação entre os seus pares como facilitadores/mediadores na erradicação do VIH, do estigma e da discriminação. Em Portugal encoraja-se a prática de sexo seguro como forma de prevenir a infecção do VIH e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST‟s). Mas o que se verifica é um menor investimento e menor financiamento para a prevenção e um decréscimo da consciencialização pública para o VIH/SIDA. Este decréscimo é acompanhado pelo aumento das taxas de infecções em VIH em categorias como os „heterossexuais‟ (60% dos casos), e em especial as mulheres (32,4% dos casos assintomáticos) com destaque das jovens com idades entre os 15-25 anos que apresentam uma prevalência de 0.2 (uma das mais elevadas da EU27 apenas equiparável á Estónia), acentuando as suas vulnerabilidades. “Nas mulheres esta vulnerabilidade é múltipla: biológica, epidemiológica, social, cultural, actitudinal e programática – resultante da inadequada atenção social e pública ao problema.” (José Peixoto Caldas & Gessolo, 2004) Sabe-se que a mera aquisição de conhecimentos não é suficiente – as pessoas estão inseridas num contexto mais global e são influenciadas por este. À heterogeneidade étnica, acumulam-se as normas sociais, os valores emocionais e significados individuais, o sentido de -5-


auto-eficácia, as competências comunicacionais e de negociação, implicando um trabalho de mudança de atitudes para uma prevenção mais eficaz. O desafio ao estigma e a consciencialização da discriminação tem como recurso exercícios de participação activa, a realizar em workshops/ sessões continuadas, pretendendo-se a compreensão do estigma e da sua origem com o objectivo de desenvolver estratégias de minimização/erradicação da discriminação. Este conjunto de exercícios é a base de trabalho para uma prevenção primária, específica, com participação activa e selectiva, dirigido a grupos de 8-10 pessoas com conhecimentos básicos sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Pretende-se, para além de consciencializar para as vulnerabilidades, promover uma acção contra o estigma associado ao VIH, incluindo outros temas sensíveis como o género, o preservativo e o teste de rastreio. Estes temas são objecto de estigma, preconceitos e, como tal, é essencial uma intervenção que permita olhar de outra forma para a mulher, para a utilização do preservativo, para a realização do teste de rastreio. Estes são também os tópicos fundamentais a trabalhar para eliminar medos e, consequentemente, criar atitudes mais positivas, mais conscientes e responsáveis. Consideram-se como destinatários os promotores de prevenção primária que possuam uma formação académica na área das ciências sociais e humanas e acumuladamente competências na àrea da SIDA e Certificado de Aptidão Profissional. Preferencialmente as sessões deverão ser ministradas por pessoas seropositivas com as competências referidas. Cada exercício apresenta os seus objectivos específicos, conteúdos, metodologia, recursos, actividades e duração dos mesmos. Para facilitar o discurso adoptou-se a terminologia internacional PLHA (People Living with HIV / AIDS – pessoas que vivem com o VIH/SIDA) para PVS (Pessoas que vivem com VIH/SIDA). Para melhorar este manual envie-nos a sua opinião e sugestões para: Associação SERES isabel@seres.org.pt

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Objectivos gerais Consciencializar para o estigma relacionado com o VIH, incluindo o género, preservativo e teste de rastreio. Promover acções contra o estigma e preconceito associados ao VIH. Promover uma atitude positiva face ao género, ao preservativo e ao teste de rastreio.

Métodos e Materiais Os exercícios baseiam-se em metodologias activas e participativas, considerando os seguintes métodos1 : Debate como método fundamental da actividade, a partir do qual os participantes reflectem sobre as suas próprias experiências, as partilham, analisam resultados e elaboram planos de acção. Apresentações usadas apenas para enquadrar as sessões ou explicar alguns factos sobre o VIH e SIDA (quando existirem dúvidas). Grupos pequenos de forma a maximizar a participação e facilitar a comunicação. Cardstorming é uma forma rápida de fomentar ideias envolvendo todo o grupo. Individualmente ou em pares escrevem-se os pontos de vista em cartões que posteriormente se colocam na parede, criando um rápido brainstorm de ideias. Quando terminado, os cartões são organizados em categorias para debate. Brainstorming rotativo criam-se vários grupos e cada grupo trabalha um tópico. Cada grupo escreve os seus dados sobre o tópico num flipchart e passados 2-3 minutos muda-se para um novo tópico. Os grupos contribuem, assim, com ideias para todos os tópicos. Histórias e estudos de caso a descrição em situação real. Stop-start drama é uma forma de drama combinada com debate. O drama inicia e depois pára para debate (para análise) e inicia novamente o drama. Role plays é uma opção às histórias. Dramatiza-se as histórias do módulo ou as próprias histórias. O drama ajuda a tornar tudo mais real. Treino de competências com feedback o workshop pode ser usado para praticar algumas habilidades/atitudes necessárias para mobilizar a acção contra o estigma, ao qual é dado o retorno. Escrita criativa criação de histórias através de questões orientadoras. 1

Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Os sentimentos Os exercícios implicam um trabalho com os sentimentos2 e as emoções; com as atitudes, crenças e as experiências sobre assuntos considerados, tradicionalmente, tabus como o sexo e o preservativo. Os exercícios são desenhados para que os participantes expressem os sentimentos que geram as atitudes. Como formador(a), é importante criar um ambiente acolhedor onde os medos e tabus possam ser debatidos e explorados abertamente, para isso é essencial: -

Manter a confidencialidade

-

Partilhar os próprios sentimentos

-

Não julgar e não esquecer que não existem sentimentos errados

-

Os sentimentos são uma ferramenta poderosa – devem ser usados em grupo em dramatizações e role-plays, para construir guiões, como exemplo para o futuro

Avaliação Tendo por referência a ferramenta de análise SWOT (Strengths, Weakness, Opportunities, Threats), a aplicar no final de cada acção (exercício ou módulo) e, que permite aferir, numa grelha, os pontos fracos e mais frágeis, assim como as oportunidades para melhorar tendo em atenção os riscos envolventes em cada exercício, partimos para uma avaliação transversal e contínua baseada no logical framework. A avaliação (auto e hetero) gere-se num processo contínuo, processual e holístico incluindo uma avaliação inicial, através da utilização de um teste de diagnóstico (para aferição de conhecimentos sobre VIH), a avaliação on-going que permite efectuar mudanças/ajustamentos ao longo do percurso (por ex.: adaptação do discurso mais ou menos elaborado; adição de módulo sobre o VIH, transmissão, prevenção, para o qual se pode utilizar a caixa de questões). No final, o formulário de feedback, fornece-nos os dados para uma melhoria constante.

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Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Estigma Este módulo incide sobre a consciencialização do estigma3: -

As diferentes formas de estigma

-

Todos estamos envolvidos neste problema

-

Todos fazemos parte do problema mesmo que de início não o reconheçamos

O módulo inicia com as experiências pessoais de estigmatizar e ser estigmatizado. A um nível pessoal e emocional apercebemo-nos como o estigma e os esterótipos podem afectar as pessoas. E continuamos para o que significa o estigma, quais as suas formas, quais os efeitos e causas. E todos nós estigmatizamos, quando: -

Julgamos / emitimos juízos de valor e, por exemplo, dizemos “ela/ele é promíscua/o” ou “ele/a merece”;

-

Nos separamos ou isolamos as/os seropositiva(o)s

As causas principais do estigma incluem: -

conhecimento insuficiente, crenças e medos;

-

julgamentos morais;

-

não reconhecer os sinais de estigma

As principais formas de estigma incluem: -

isolamento social e físico;

-

estereótipo e o estigma pela aparência;

-

auto-exclusão e exclusão por associação;

-

perda de poder;

Os efeitos do estigma incluem: -

despedimento do trabalho, expulsão da casa, da família, abandono da escola, etc.

3

-

angústia, ansiedade, perda de auto-estima,

-

depressão, suicídio.

Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Estigma

As nossas Experiências como Estigmatizadores e Estigmatizados Acção 1 Actividades4 Reflexão individual

Objectivos: -

Descrever as experiências pessoais relativas ao estigma Identificar os sentimentos associados ao estigmatizar e ser estigmatizado

As nossas experiências como estigmatizados

Pedir aos participantes para pensarem num momento da sua vida em que se sentiram isolados ou rejeitados por serem vistos de forma diferente dos outros, ou quando viram outras pessoas serem tratadas deste modo (podem ser exemplos não relacionados com o estigma ao VIH). Perguntar sobre o que aconteceu, como se sentiram, que impacto teve em cada um (a).

Partilhar em pares

Partilhar com alguém do grupo com quem se sintam confortáveis.

Duração

2-3 Horas

Material Papel e canetas

Relato

Convidar os participantes a partilhar as suas histórias com o grupo (apenas se se sentirem confortáveis a fazê-lo).

Stop-Start Drama

Convidar alguns dos relatores a dramatizarem as suas histórias em curtos role plays, permitindo visualizar os sentimentos envolvidos (a dor de ser rejeitado, isolado ou julgado). No final de cada cena perguntar aos „actores‟ como se sentiram ao serem estigmatizados.

Reflexão individual

As nossas experiências como estigmatizadores

Pedir aos participantes para pensarem num momento da sua vida em que isolaram ou rejeitaram outras pessoas por serem diferentes. Perguntar sobre o que aconteceu, como se sentiram, qual foi a atitude e o comportamento que tiveram, que impacto teve em cada um (a). Pedir para escreverem os seus pensamentos, sentimentos ou palavras associadas ao estigma.

Relato

Convidar os participantes a ler a sua lista em voz alta. Sublinhar os pontos de vista. Debater – quais os sentimentos associados ao estigma.

Síntese

Todos nós já nos sentimos ostracizados ou tratados como uma minoria em diferentes períodos da nossa vida. Não estamos sós – todos já experimentámos a exclusão social. 4 Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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O que significa Estigma

MÓDULO Acção 2

Estigma

Actividades5 Cardstrom

O que significa estigma

Objectivos: -

Definir o significado estigma e dar exemplos

Duração

30 minutos- 1 hora

Material Cartões e marcadores

de

Pedir aos participantes para escreverem em cartões o que significa estigma, dando exemplos ou definindo o conceito. Depois explicar o seu significado. Definições Estigmatizar é rotular alguém, é considerar essa pessoa como inferior devido a determinado atributo que possuem. O estigma está associado a: - Estereótipos (todos os membros de um grupo são descritos como tendo as mesmas características, frequentemente negativas). - Preconceito (julgamento estabelecido com base em generalizações e de estereótipos negativos em vez de incidir sobre factos reais ou sobre o comportamento particular de um indivíduo ou de um grupo). - Discriminação (privação de direitos sociais ou exclusão de actividades sociais por motivos que atendem ao preconceito).

Tipos de estigma

- Auto-estigma : auto exclusão, vergonha, culpa e/ou não gostar de si próprio/a – ao sentirem-se julgadas as pessoas tendem a isolar-se. - Estigma sentido – percepções ou sentimentos sentidos em relação aos outros (vítimas de estigma) - Discriminação

O estigma é um processo:

1. Apontar as diferenças – „é diferente de nós‟ 2. Atribuir as diferenças a comportamentos negativos – „está doente porque é promíscuo/a‟ 3. Separar o „nós‟ do „ele/as‟ – i.e. isolar, rejeitar 4. Perda de estatuto e discriminação – perda de respeito, isolamento

Dimensões importantes:

- Atinge sobretudo grupos estereotipados - Outras doenças relacionadas com o VIH/SIDA são também estigmatizantes (como por exemplo a tuberculose -TB) - O VIH desfigura logo o estigma muda de acordo com o estádio da doença. O estigma aumenta à medida que os sintomas da doença se tornam mais visíveis. - Destrói relações sociais 5

Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Estereótipos Acção 3

Estigma Actividades

O abrigo

Objectivos: -

Consciencializar estigma

Duração

1-2 horas

para

o

Dividir em grupos de três a quarto pessoas. Informa-se que na iminência de um ataque biológico, só existe lugar para seis pessoas no abrigo (com mantimentos, água e oxigénio apenas para a sobrevivência de seis pessoas). Portanto têm de expulsar os outros membros. Os candidatos são: um homossexual, um transgender (transexual), uma prostituta, uma grávida seropositiva, uma criança (menina) com síndrome de Down (com necessidades especiais), um homem armado, um homem com cadastro, um padre. Cada participante argumenta porque escolhe um determinado membro em detrimento de outro e porque expulsa outros membros. Não são possíveis suicídios nem assassínios. Marca-se um limite de tempo para a discussão. Variante Cada participante personifica um candidato ao abrigo e tem de argumentar e defender a sua entrada. Debate - Ficaram satisfeitos com o seu papel? - Que preconceitos ficaram latentes? - Existem linhas comuns entre os grupos?

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MÓDULO

Estigma

Estereótipos e Contextos Acção 4 Actividades Brainstroming Rotativo

Estereótipos

Objectivos: -

Identificar os efeitos do estigma em diferentes actores e diferentes contextos

Duração

2-3 horas

Preparação Colocar folhas de papel em diferentes paredes da sala com um grupo de PVS: mulheres, homens, crianças, prostitutas, camionistas, HSH, transsexuais; travesti; cigana Com um contexto – família, comunidade, escola, trabalho, igreja/comunidade religiosa, funeral, media

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Dividir o grupo para que cada sub-grupo fique com um tópico. O grupo personifica o estereótipo. Descreve as suas qualidades, e desenvolve ideias sobre como o estigma afecta o seu grupo nos diferentes contextos (efeitos como vergonha, isolamento, depressão, perda de emprego, abandono escolar, suicídio, etc.). Após 3 minutos trocar – e os grupos mudam-se para o próximo tópico, acrescentando ideias. Continuar até que todos os grupos tenham contribuído para todos os tópicos. Exemplos: PVSs – rejeição, secretismo, perda de privacidade, baixa auto-estima, culpados e julgados pelo seu comportamento passado (alegadamente imoral, promíscuo), culpa, vergonha, depressão, auto-exclusão. Mulheres: percebidas como vectores da doença, imagem feminina desvalorizada, baixa auto-estima, perda de poder económico, perda de suporte social. Homens: perda de emprego, sentimento de incapacidade, perda de masculinidade, associado a promiscuidade e homossexualidade, auto-exclusão. Crianças: estigmatizadas por associação. Crescem sem confiança e amor, sem esperança e sentido de futuro, depressão. Relato O grupo original apresenta os pontos principais do seu tópico clarificando alguns dados. Questão „Como é que o estigma ao VIH afecta a frequência de programas ou serviços de prevenção ou apoio? „ Explicar como o estigma bloqueia a prevenção e o tratamento: - o estigma desencoraja as pessoas de fazer o teste de rastreio, e de contar ao seu parceiro o seu estado de saúde - o estigma inibe as pessoas que suspeitam ser seropositivas de acederem a tratamentos ou de usar outros serviços

6 Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Grupos Tópico

Contextos

Dividir o grupo de acordo com os contextos escolhidos. Os grupos devem: - identificar as formas de estigma que ocorrem em cada contexto – escrever no flipchart - realizar um role play para explicitar como o estigma ocorre Relato Cada grupo apresenta o seu flipchart e role play. Para cada role play debater: - O que aconteceu e porquê? - Que atitudes forma tomadas? - Que factores influenciaram?

-

Processo Debater as seguintes questões: - Quais são as linhas comuns nos diferentes contextos? Quais as atitudes/sentimentos em todos os contextos em relação aos PVSs? - Quais os efeitos nas pessoas que foram estigmatizadas? - Quais as raízes do estigma e discriminação?

Variante

Histórias

Um grupo, formado por três ou mais pessoas, decide a escolha de um tema (relacionado com os contextos e estereótipos). E começa a desenvolver a história com as personagens escolhidas. Numa dada altura, substituem-se os membros por outros, para que estes continuem a história onde o outro grupo deixou. Deve haver continuidade da história, das personagens e do tema até os grupos terminarem. Debate Quais os pontos centrais das histórias? Que sentimentos estão inclusos nestas?

Variante

Metamorfose

Cada elemento escolhe uma personagem-estereótipo e desenvolve a sua história seguindo as questões orientadoras. (ver exercício na página 20) Debate.

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MÓDULO

Estigma

Formas, Efeitos e Causas Acção 5 Actividades7 Árvore de problemas

Objectivos: -

-

Identificar diferentes formas de estigma, e como o estigma afecta as pessoas Identificar as causas do estigma

Duração 2-3 horas

Formas, Efeitos e Causas

Os elementos do grupo escrevem, em cartões, as suas ideias, que são depois colocadas na parede formando uma árvore de problemas: mostrando as formas do estigma (tronco), efeitos (ramos) e causas (raízes). Card-storming Dividir o grupo em pares. Fornecer cartões e marcadores. Pedir aos pares para escreverem cada ideia num cartão e colocá-los no diagrama. Eliminar as repetições e agrupar os pontos comuns. Rever cada nível. Agrupar os pontos semelhantes e adicionar outros. Ajudar a ver os efeitos imediatos (isolamento) e os efeitos subjacentes (perda de emprego)

Questões

Material

Cartões, marcadores

- Quais os efeitos na família, na comunidade, no país?

- Frases mais comuns sobre os PVSs. - Quais as causas do estigma (moralidade, baixo conhecimento, medo, pobreza, fatalismo, media, género, políticas governamentais). Analisar cada causa, efectuando uma análise cada vez mais profunda (utilizar o método “E Porquê?”).

Efeitos ou Consequências – vergonha, negação, isolamento, solidão, perda de esperança, depressão, auto-exclusão, pena de si próprio, raiva, violência, passividade, separação, perda da família, do emprego, perda de oportunidades como bolsas, empréstimos bancários, abandono escolar, relutância em medicar-se. Formas – provocação, rotular, culpar, julgar, boato, discriminar, separar, perseguição, estigma por associação, estigma pela aparência. Causas – moralidade (ver as/os seropositivas/os como pecadoras/es, promíscuas/os, infiéis). Impureza, contágio, poluição (pessoa poluída). Ignorância (falta de conhecimento e concepções erradas, complexo de inferioridade ou superioridade). Género e pobreza (as mulheres e as pessoas com rendimentos reduzidos são mais estigmatizadas do que os homens e as pessoas com maiores rendimentos). Preconceito. Tendência a julgar os outros. 7 Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Estigma

Avaliar os Medos Acerca do VIH e SIDA Acção 6 Actividades8 Cardstorming

Objectivos: -

-

Ser capaz de articular os seus próprios medos sobre o VIH/SIDA Explicar como esses medos afectam as suas atitudes em relação aos PVSs

Duração

Medo do VIH/ SIDA?

Os elementos do grupo escrevem, em cartões, os seus três maiores receios/medos em relação ao VIH/ SIDA (um cartão, um medo). Colocar na parede e agrupar os pontos comuns. Medos: ser infectado. Morrer lentamente. Culpa, vergonha, discriminação. Tornar-se um/a desconhecido/a. Infectar os outros. Separação ou divórcio. Perda de esperança. Ser um peso para os familiares. Deixar os filhos órfãos. Ficar grávida e descobrir que é seropositiva. Ser seropositiva e descobrir que está grávida.

2-3 horas

Partilha em pares

Como o medo afecta a nossa atitude em relação às PVS Dividir o grupo em pares. Pedir ao grupo para discutir este tema.

Material

Cartões e marcadores

Medos

De beber do mesmo copo; de se sentar, no autocarro, ao lado de alguém muito magro e com ar de doente porque pode haver um acidente e essa pessoa pode estar infectada. Agradecer aos participantes por serem abertos em relação aos seus medos e à forma como eles afectam as PVS. Explicar que estes medos são naturais e que todos temos medos (têm como base o medo do contágio), mas estes medos são a causa maior do estigma. Por causa destes medos, instintivamente afastamos as PVS, e isso é estigma. O medo gera estigma. O medo impede-nos de sermos racionais e procurar a informação correcta; ou levar-nos a aceitar informação incorrecta (por exemplo: pensar que a PVS que está a cozinhar tem sangue nas mãos, e que esse sangue pode passar para a comida e as pessoas ao comer infectar-se-ão com VIH).

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Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Estigma

Mitos e Imagens Acção 7 Actividades9 Grupo de Trabalho

Objectivos: -

-

Identificar os rótulos utilizados e os efeitos que têm nas PVS Ter uma clara compreensão da realidade prática (de viver com o VIH)

Imagens

Dividir o grupo por temas – PHLA, prostitutas, sem abrigo, HSH/lésbica. Cada grupo escreve o que se diz sobre cada um dos temas.

-

-

Debate Se estas imagens sobre as PVS são comumente usadas, que consequências têm para as PVS? - Quais os efeitos destas imagens? Se os efeitos são negativos, o que se pode fazer para modificar estes efeitos?

Duração

Exemplos Efeitos

2-3 horas

Imagem

Material

Folhas e canetas Cartões e marcadores

Promíscuos. Pecadores. Descuidados

Julgados, culpados e condenados pela sociedade

Improdutivos. Incapazes.

Tratados como incapazes de contribuir.

Perigosos – podem infectar os outros

Isolamento e exclusão. Ostracismo.

Como modificar Contrapor que estamos „todos no mesmo barco‟, que todos nos colocamos em risco em algum momento da nossa vida Educar a sociedade de que as PVS podem contribuir e contribuem. Empowerment das PVS. Criar oportunidades para as PVS Educar as pessoas para a transmissão e prevenção do VIH. Consciencializar e responsabilizar.

Cardstorming

Mitos

Dividir o grupo em pares e fornecer cartões. Pedir aos pares para escreverem tudo o que ouviram sobre a vida das PVS – mitos, concepções erróneas, o que devem fazer e o que não devem. Agrupar os pontos comuns e rever a lista. Explorar os pensamentos subjacentes aos mitos, e os efeitos desses mitos nas PVS. Clarificar questões e incertezas. Testemunho Uma PVS responde às questões e mitos identificados 9 Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Exclusão, Auto-Exclusão e Auto-Estima

MÓDULO Acção 8

Estigma Actividades10

O que é que nos faz sentir felizes na vida?

Objectivos: -

-

Reconhecer a importância do bem-estar emocional das PVS Identificar formas de eliminar ou minimizar o estigma e ajudar as PVS a lidar com os efeitos do estigma

Duração

Individualmente cada um expressa o que o faz sentir bem (através de desenho, poema, texto).

-

Debate De que é que os PVS necessitam para se sentirem bem consigo próprios? - Qual é a interacção entre bem-estar emocional e físico? - O que é que impede as PVS de se sentirem bem?

De que é que as PVS necessitam para se sentirem bem consigo próprias? Necessitam de serem amadas; de cuidados; que as oiçam; que tenham as necessidades básicas asseguradas; de protecção legal; de serem consideradas produtivas. -

2 - 3 horas

Material Folhas e canetas

-

Qual é a interacção entre bem-estar emocional e físico? Mente sã em corpo são. É menos provável que adoeçam.

- O que é que impede as PVS de se sentirem bem? Estigma. Falta de atenção, isolamento, falta de apoio. Auto-exclusão – sentimento de culpa. Perda de amigos. Estigma dos vizinhos, família, colegas, amigos.

Role play + debate

Exclusão, Auto-Exclusão e Auto-Estima Em pares criar guiões sobre estigma.

Exemplo:

No dentista, refere que é portador de VIH. O dentista não o trata. E assim volta para casa com o dente cariado e com um sentimento de rejeição, frustração e impotência. Culpa-se, dizendo que é merecedor deste tratamento.

Debate

-

- O que aconteceu? Quem está a estigmatizar? Porquê? Que repercussões tem esta acção no estado emocional da PVS? - Quais são os indicadores de auto-exclusão?

O que aconteceu? Estigma do dentista, recusa de serviço. Efeitos no estado emocional? Sentimento de rejeição, frustração, impotência. Sem esperança. Culpa-se a si próprio/a. Perda de auto-estima. Indicador de Auto exclusão – Sente-se culpado/a, culpa-se da sua situação. Aceita que é merecedor/a da situação. Auto-isolamento. - 18 -


Debate Como apoiar a PVS a lidar com o estigma?

Encorajar os PVS a falar abertamente com a família e amigos significativos - Encorajar a obter aconselhamento ou a aderir a um grupo de apoio. Partilhar sentimentos de raiva e usá-la de uma forma positiva – campanhas de direitos humanos - Demonstrar aos estigmatizadores que estão errados Reconhecer que as PVS tem o direito de ter sexo, de casar, de ter filhos, de trabalhar, de ter amigos – e exigir os seus direitos

-

-

O estigma pode afectar a saúde emocional e induzir à auto-exclusão. Todos temos um papel importante na eliminação dos efeitos do estigma e de apoiar as PVS a lidar com os efeitos do estigma.

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Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Modificar o Discurso

MÓDULO Acção 9

Estigma Actividades11 Exercício da cadeira

Desafiar o estigma

Objectivos: -

Reconhecer discursos estigmatizantes Desenvolver argumentos que eliminem o estigma

Duração

1 –2 horas

Materiais

Convidar os participantes a sentarem-se à vez na “cadeira”. Aí a pessoa terá de improvisar discursos que desafiem as afirmações apresentadas (ver lista abaixo). Exemplos: Quem anda à chuva molha-se Não te sentes muito próximo de alguém com TB Tenho pena das crianças que são infectadas com o VIH Se apanhasse SIDA matava-me Ele tem tão bom aspecto de certeza que não tem SIDA Ele está infectado com VIH porque é homossexual Mereces ficar doente se te comportas mal Não quero que a minha filha ande na escola com crianças seropositivas Ela está tão magra deve ter SIDA Se tens SIDA é porque andaste a dormir com todos e mais algum

Afirmações estigmatizantes escritas em flipchart ou cartões

Estratégias para mudança de atitudes Que métodos funcionam melhor para eliminar o estigma. Debate.

As respostas mais poderosas são aquelas que fazem as pessoas parar para pensar, mais do que atacar e colocar o estigmatizador numa posição defensiva. Exemplos: - Apenas precisas de ter sexo com uma única pessoa para te infectares com VIH - A minha irmã teve TB e agora está bem - Podes estar no mesmo barco daqui a uns tempos por isso devias ser mais compreensivo em relação às PVS

11Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Género Género A definição de género é muito complexa, porque associa vários conceitos – sexo, identidade sexual, papéis, etc. As diferenças biológicas entre mulheres e homens são óbvias mas a par destas existem as diferenças sociais, de atitudes e comportamentos. As desigualdades, os preconceitos. As percepções individuais e sociais que geram comportamentos conectados com conceitos do que é próprio do feminino e do masculino. As mulheres encontram-se em maior risco de infecção. Este risco prende-se não só com aspectos biológicos mas também, com as desigualdades que afectam sobretudo as mulheres. Por outro lado as mulheres são mais vulneráveis à perda do emprego, de rendimentos e de aprendizagem devido à doença (ou para cuidar dos seus familiares doentes) e também à discriminação e estigma. A abordagem do género permite reconhecer e consciencializar para os diferentes interesses e responsabilidades associados ao masculino e ao feminino. Golombok e Fivush (1994)12 definem: Género – normas e expectativas partilhadas sobre as mulheres e os homens: ideias sobre o que são características e competências „tipicamente‟ femininas e masculinas, expectativas de como se devem comportar em diferentes situações. Estas normas e expectativas são aprendidas na família, amigos, pares, escola, trabalho, media, comunidade religiosa. E reflectem a influência dos diferentes papéis, estatutos sociais, poder político e económico das mulheres e homens, na sociedade. Identidade – é o conceito que cada um tem de si próprio como feminino e masculino. Apenas uma minoria, os transsexuais, não desenvolvem uma identidade de género igual à biológica. Para a maioria a identidade de género relaciona-se com o papel. Papéis – comportamentos e atitudes considerados apropriados para os homens e as mulheres em determinada cultura. Estereótipos – crenças sobre as características que os homens e as mulheres devem possuir, mas que frequentemente não se baseiam no comportamento real. 12adaptado

de “Similar to others, yet different in many ways”, 2003, Netherlands, NIGZ

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Ser Mulher, Ser Homem Género

Acção 1 Actividades Exercício do círculo

Objectivos: -

Identificar os estereótipos relacionados com o género Perceber os preconceitos associados ao género Consciencializar para as vulnerabilidades associadas aos género e VIH

Duração 2 - 3 horas

Material

Papel e canetas

Ser Mulher, Ser Homem

Separar o grupo de acordo com o género. O grupo das Mulheres é convidado a desenhar um círculo e ilustrar no seu interior como se identificam enquanto mulheres. E o grupo dos Homens descreve da mesma forma como se identificam como homens. Em outro círculo troca-se o tema – as Mulheres descrevem como são os homens, e o grupo dos Homens adjectiva as mulheres. Cada um apresenta o seu trabalho ao grupo. Notar as diferenças e semelhanças. Identificar estereótipos. Debate.

Metamorfose

Se eu fosse…

Individualmente, ou em grupo, seguir as questões de orientação para criar uma história de acordo com o género (os homens relatam uma história sobre uma mulher seropositiva; as mulheres sobre um homem seropositivo). Ou às histórias de mulheres/homens seropositiva/os associar um outro elemento – etnia; maternidade/paternidade; migrante; trabalho (prostituta/o, empresária/o; etc.. Exemplo: Uma mulher, casada há 10 anos, descobre que tem VIH… Se eu fosse… O quê? De onde seria Como seria O que sentiria Onde e como viveria O que esperava vir a ser O que recearia Como se relacionaria com a/o sua/seu parceira/o Como comunica com ela/e / o que lhe diria (ou não) / como diria Em quem (ou no que) confiaria Quem amaria Para onde desejaria ir Com quem quereria ir O que procuraria Com que futuro sonharia O que gostaria O que mudaria Enquanto um grupo relata o outro identifica preconceitos, vulnerabilidades. Debate.

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O que significa Género?

MÓDULO Acção 2

Género Actividades Mapa

Significado de género Objectivos: -

Reconhecer a diversidade e implicações de conceitos associados

Reflexão individual. Coloca-se a palavra género no centro do flipchart criando-se um mapa de significados encontrados. São dados os conceitos descritos no início do módulo B. Debate.

Duração

1 – 2 horas

Material Papel e canetas Flipchart

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A Mulher em Diferentes Contextos

MÓDULO Género

Acção 3 Actividades Grupos Tópico

Contextos

Objectivos: -

-

Identificar os efeitos do estigma em relação à mulher em diferentes contextos Reconhecer as vulnerabilidades decorrentes da diferença de género

Dividir o grupo de acordo com os contextos escolhidos. Os grupos devem: - identificar as formas de estigma em relação à mulher que ocorrem em cada contexto – escrever no flipchart - realizar um role play para explicitar como o estigma ocorre Relato Cada grupo apresenta o seu flipchart e role play. Para cada role play debater: - O que aconteceu e porquê? - Que atitudes foram tomadas? - Que factores influenciaram?

Duração

2-3 horas

Preparação

-

Processo Debater as seguintes questões: - Quais são as linhas comuns nos diferentes contextos? Quais as atitudes/sentimentos em todos os contextos em relação às mulheres? - Quais os efeitos nas pessoas que foram estigmatizadas? - Quais as raízes do estigma e discriminação da mulher?

Colocar folhas de papel em diferentes paredes da sala com um contexto – família, comunidade, escola, trabalho, igreja/comunidade religiosa, media, etc.

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A Culpa

MÓDULO Acção 4

Género

Actividades13 Continuum de Culpa

Quem é culpado?

Objectivos: -

Debater e explorar o estigma ao VIH em relação ao género Notar as percepções existentes sobre os comportamentos de risco em relação ao género

Cada participante fica com um cartão com um personagem. Pedir para que cada um descreva o seu personagem e colocar o cartão no continuum de culpa: - Quem é a personagem? O que é que ele/ela faz? - Onde colocar no continuum de culpa? (posicionando de acordo com a maior ou menor possibilidade dessa personagem transmitir o VIH à família)

-

Debate Porque é que os cartões estão colocados dessa forma? - O que torna alguém mais susceptível de ser culpado? - Como é que a culpa se liga ao género? - Quem é mais culpado os homens ou as mulheres?

Duração 1 – 2 horas

Preparação

Colocar um continuum de culpa numa parede – de culpado a inocente noutro extremo Personagens – mulher casada, proprietário de bar (Homem); proprietária de bar; motorista de camião; rapariga que sai todas as noites para estar com os amigos; comandante da marinha mercante, mãe solteira de 4 filhos. Nem todas as personagens estão definidas de acordo com o género, o que pode ser usado para desafiar assumpções.

13

Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Moldar Atitudes

MÓDULO Acção 5

Género

Estratégia de mudança de atitudes Objectivos: -

Desenvolver atitudes de mudança de comportamentos e atitudes em relação ao género

Explicar que este exercício serve para encontrar estratégias para mudança de atitudes em relação ao género: - Que atitudes têm em relação à mulher e ao homem? (Vitimizar, culpar, inferiorizar, superiorizar, etc.) - Que crenças estão por detrás destas atitudes? Qual a raiz dessa atitude? -

Que sentimentos estão inerentes?

Que estratégias para modificar estas atitudes?

Duração

1 – 2 horas

Escrever em flipchart as sugestões.

Material Papel, marcadores e canetas Flipchart

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MÓDULO

Preservativo

Preservativo Uma das formas de contágio que tem vindo a aumentar é pela via sexual entre a categoria „heterossexual‟. O preservativo é, actualmente, o único meio que, quando usado correctamente evita a transmissão do VIH. No entanto, este não é utilizado de forma consistente quer por adultos quer por adolescentes. De acordo com Pereira et al, 2001 cerca de dois terços dos adolescentes não utilizam o preservativo de forma correcta ou consistente, porque possuiam pouca informação para a modificação de atitudes e comportamentos o que se deve à intervenção de factores desenvolvimentais, cognitivos e psicossociais característicos da adolescência. A impulsividade, o pensamento mágico (“isto não me pode acontecer a mim”), a necessidade de agradar, a dificuldade em pensar a longo prazo e de ponderar as consequências de determinados comportamentos; a ambivalência relativamente ao seu próprio comportamento sexual. Como o VIH se transmite sexualmente está associado a „promiscuidade‟, „maus comportamentos‟. Este módulo pretende abordar temas como a sexualidade vs moralidade, e a forma como influencia o estigma.

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Sobre Sexo

MÓDULO Acção 1

Preservativo Actividades14 Cardstorm

As nossas representações de sexo

Objectivos: -

-

Falar abertamente sobre sexo e sentimentos sobre sexo e „pecado‟ Reconhecer que pensar que „sexo=pecado‟ é uma das causas de estigma

Colocar a palavra „SEXO‟ no centro do quadro. Pedir aos participantes para escrever os primeiros pensamentos que lhes surgem quando ouviram a palavra „sexo‟ e colocar no quadro em redor da palavra escrita. (ex.: amor, imoral, pecado, intimidade, proibido) Debate „O que é que isto nos diz sobre as pessoas? „ Grupo de Género

Duração 2-3 horas

Materiais Cartões, marcadores, fita-cola Flipchart ou quadro

Os motivos para a prática de sexo de acordo com o género

Dividir os grupos de acordo com o género. Pedir aos grupos para rapidamente pensarem em duas questões e colocar as respostas no flipchart. - Porque é que as mulheres praticam sexo? - Porque é que os homens praticam sexo? Colocar as respostas no flipchart (uma lista de mulheres e outra de homens ao lado uma da outra) e comparar os pontos de vista das mulheres e dos homens

-

Debate Existem algumas razões semelhantes, e outras muito diferentes. Que ilações podemos tirar sobre as atitudes em relação ao sexo? - Em que é que os homens são diferentes das mulheres? - As respostas manifestam ligações ao pecado?

Cardstorm em pares

Tipos de sexo – boas e más práticas

Distribuir cartões aos pares e pedir para que escrevam exemplos de boas e más práticas („bons‟ e „maus‟ comportamentos). Um exemplo por cartão. Colocar os cartões lado a lado de acordo com a classificação. Exemplos: Boas práticas, „bons‟ comportamentos – sexo com a esposa, sexo para procriação, sexo depois do casamento, sexo com o género oposto Más práticas, „maus‟ comportamentos – sexo com trabalhadoras/es do sexo, sexo por prazer, sexo com o mesmo género

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Apesar de estarmos conscientes destes julgamentos, muitos de nós ainda julgam o sexo „pecaminoso‟, o que gera comportamentos duplos – o que mostramos aos outros e que é aceitável, e o que escondemos porque consideramos não ser aceitável. O facto de não se falar abertamente de sexo pode gerar comportamentos de risco. Pode gerar também estigma. O estigma em relação às PVS deve – se muito ao facto de ficarem expostas, como se todo o comportamento sexual passado fosse vísivel.

14

Adaptado do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Crenças Acção 2

Preservativo Actividades Cardstorm

Crenças em relação ao preservativo

Objectivos: -

Descrever as crenças que promovem a não utilização do preservativo

Dividir o grupo em pares. Os pares pensam e escrevem as crenças em relação ao preservativo. Apresentam ao grupo as crenças encontradas e tentam explicar. - Qual é a raiz dessa crença? - Quais são os pensamentos ou razões por detrás dessa crença? Exemplos: o preservativo tira o prazer.

Duração

Cardstorm

1 – 2 horas

Factos em que não acreditamos

Materiais Cartões, marcadores, fita-cola Flipchart ou quadro

Dividir o grupo em pares e debater: O que já conhecem sobre a transmissão do VIH? - O que conhecem sobre o preservativo? - Que factos é que não acreditam e porquê? Quem é a vossa fonte de informação sobre VIH/SIDA? Têm confiança nessa fonte? -

-

Qualquer tipo de prática sexual não protegida – vaginal, anal ou oral – constitui um risco de transmissão do VIH (em diferentes graus de risco), quando praticada com pessoa infectada do mesmo sexo ou sexo oposto (a carga viral indetectável conjuntamente com o tratamento ARV reduziu em 96% esse risco). O sexo seguro permite optar por uma infinidade de práticas: massagens, carícias, beijos e masturbação, e desde que use o preservativo, o sexo oral e a penetração. O VIH encontra-se nos fluidos (esperma, secreções vaginais e sangue) - evite-os. Deve verificar a data de validade do preservativo, abrir o pacote com cuidado para não estragar o preservativo. O preservativo deve ser colocado quando o pénis está erecto, e o ar da ponta retirado, depois desenrolado até à base do pénis. Após a utilização, dê um nó na parte aberta e deite-o no lixo (não recicle). Use o preservativo apenas uma vez, do princípio ao fim da relação. Utilize apenas lubrificantes à base de água com preservativos de látex. Erotize o uso do preservativo. Existem no mercado uma diversidade de preservativos, com todos os feitios, para todos os gostos.

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MÓDULO

Preservativo

Estigma relacionado Com o Preservativo Acção 3

Actividades Experimentação

Estigma e preservativo

Objectivos: -

Compreender a carga estigmatizante do preservativo Pensar diferentes formas de eliminar este estigma

Dividir o grupo em pares. Pedir para colocarem o preservativo nos dedos do parceiro/a. - O que sentiram? (Desconfortáveis, confortáveis, embaraçados/as…) - Porque motivo o preservativo é estigmatizado?

Role playing

Explorar experiências

Duração 1 – 2 horas

Materiais

Preservativos, papel e canetas

Dividir o grupo em pares. Criação de guiões sobre situações reais experimentadas relativas ao uso do preservativo. Dramatização. Exemplos: um dos membros do casal desconfia estar infectado com uma IST; a mãe pede dinheiro emprestado à filha e quando esta tira a carteira deixa cair preservativos; um rapaz e uma rapariga decidem ter sexo pela primeira vez, ela traz os preservativos.

-

Debate - Como podemos eliminar o estigma associado ao preservativo? Como demonstrar a ideia de que os preservativos se relacionam com o ser responsável?

Os preservativos estão associados ao sexo e concomitantemente ao pecado e suposições sobre o comportamento das pessoas e por isso o estigma. É necessário mudar para que os preservativos se banalizem e sejam utilizados de uma forma consistente. Usar o preservativo é ser responsável.

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MÓDULO

Preservativo

Factores de Risco Factores Protectores Acção 4

Actividades15 Cardstorm

Factores de suporte e de resistência

Objectivos: -

-

Identificar os factores de risco e os protectores Definir algumas estratégias de protecção ou minimização de riscos Identificar os recursos existentes que podem ajudar a cumprir as estratégias

Duração

2-3 horas

Materiais Cartazes na parede com „factores protectores‟ e „factores de risco‟, marcadores

Explicar que o objectivo é identificar as forças a favor e contra uma determinada mudança de modo a encontrar formas de obter a desejada mudança. Dividir o grupo em pares para escreverem ideias sobre – factores protectores e factores de risco. Relato Cada pessoa selecciona um cartão e explica porque é que colocou esse factor debaixo do tópico. Exemplos Factores protectores: boa relação e coesão familiar; grupo de pares intreventivos na comunidade; apoio da comunidade e sistema social eficiente. A comunidade envolve-se na promoção do preservativo. Factores de risco: famílias desestruturadas e problemáticas; grupo de pares problemáticos; ausência de apoio comunitário e sistema social deficitário. Ideias moralistas da igreja;

-

Debate O que se pode fazer para construir factores protectores? - Como minimizar os factores negativos?

Seleccionar planos de acção Decidir que tipos de acções são realistas, incluindo recursos e tempo de execução.

O risco associa-se às vulnerabilidades (físicas, biológicas e psicológicas), factores de risco e a acontecimentos traumáticos. A ausência do risco deve-se a factores protectores (família, factores económicos), competências (auto-estima, capacidade de lidar com as frustrações), e resiliência (resolução de situações adversas de forma saudável). Estes factores estão incluídos em contextos mais vastos – a família, a escola e grupo de pares, o meio cultural/social/económico, o sistema comunitário. 15Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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MÓDULO

Teste ao VIH/SIDA

Teste ao VIH Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010 foram recebidas no CVED, notificações de 2.325 casos de infecção pelo VIH, estes dados não traduzem a realidade do país. Apenas estão representados os casos notificados, por outro lado, devido a uma série de factores, muitos indivíduos não efectuam o rastreio (implicando o tratamento já em estadio de SIDA). A categoria de transmissão “heterossexual”, regista 60% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA), a transmissão associada à toxicodependência apresenta o valor de 14,4% e os casos homo/bissexuais são 21,3% do total. Dos 39.347 casos de infecção VIH / SIDA notificados (casos acumulados) denota-se que a transmissão sexual (heterossexual) apresenta uma tendência evolutiva crescente (CVED, Dezembro de 2010). A resistência à adopção de práticas preventivas, essencialmente pela categoria „Heterossexual‟, foi conducente a um pesado tributo, agora e no futuro próximo. É premente desfazer crenças e estereótipos. É necessário consciencializar e responsabilizar, profissionais de saúde e utentes, para um teste que requer consentimento informado, apoio e aconselhamento adequado, e confidencialidade. Os testes são gratuitos e confidenciais podendo ser requeridos através do médico de família nos Centros de Saúde ou nos Centros de Aconselhamento e Detecção Precoce (CAD), sendo nestes últimos garantido o anonimato. Pretende-se com este módulo minimizar estas resistências e promover o teste ao VIH/SIDA como forma de protecção pessoal e de saúde pública.

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MÓDULO

Teste ao VIH

As nossas representações em relação ao Teste ao VIH Acção 1

Actividades Cardstorm

Objectivos: -

Descrever as crenças em relação ao teste de rastreio ao VIH

Duração

Crenças em relação ao teste ao VIH

Dividir o grupo em pares. Os pares pensam e escrevem as crenças em relação ao teste. Apresentam ao grupo as crenças encontradas e tentam explicar. - Qual é a raiz dessa crença? - Quais são os pensamentos ou razões por detrás dessa crença? Exemplos: se fizer o teste toda a minha vida vai mudar, e não quero.

1-2 horas

Materiais

Debate O que já sabem sobre o teste? - Que dúvidas têm?

Cartões, marcadores, fita-cola Flipchart ou quadro

A decisão de efectuar o teste não é simples, mas é necessária, porque se não há cura para o VIH existe tratamento. Este tratamento deve ser realizado o mais cedo possível, de modo a possibilitar uma vida normal futura. O teste é uma forma de prevenção, quer o seu resultado seja positivo quer negativo. O teste é gratuito, confidencial e anónimo quando realizado nos CAD‟s. Garanta que lhe é prestado o apoio e aconselhamento pré e após teste. Pode também requisitar, o teste, ao seu médico de família no Centro de Saúde ou médico privado.

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MÓDULO

Teste ao VIH

Fazer o Teste e Estigma associado Acção 2

Actividades Role playing

Estigma relacionado ao teste ao VIH

Objectivos: -

Compreender a carga estigmatizante do teste Pensar diferentes formas de eliminar este estigma

Dividir o grupo em pares. Criação de guiões sobre situações relativas à realização do teste. Dramatização. Exemplos: uma rapariga quer fazer o teste, mas tem receio de pedir ao médico que conhece a sua mãe.

Duração

1 –2 horas

Materiais Papel e canetas

-

Debate - Como podemos eliminar o estigma associado ao teste? Como demonstrar a ideia de que os testes relacionam-se com o ser responsável?

Variante

História O grupo coloca-se numa roda. O animador inícia a história, passando a vez ao seguinte e assim por diante até todos terem terminado. Exemplo: Uma rapariga, depois de uma situação de risco, sente necessidade de saber se ficou contaminada pelo VIH… Quais foram os factores de constrangimento? Que medos envolvidos? Debate.

Os testes estão associados ao VIH e portanto ao sexo e consequentemente a suposições sobre o comportamento das pessoas e por isso o estigma. O teste é uma forma de prevenção. É ser responsável por si e pelos/as seus/suas parceiros/as.

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MÓDULO

Teste ao VIH

Analisar e Agir Acção 3

Actividades16 Trabalho de grupo

Análise da situação

Dividir em pequenos grupos (3 elementos). Debater cada questão e relatar ao grupo. - Qual é a situação actual da comunidade em relação ao estigma? - Quais são as formas de estigma mais comuns? Objectivos: Qual a influência desses factores na realização do teste? - Compreender a situação, e -

causas do estigma Pensar em estratégias

Duração

2 - 3 horas

Materiais Papel e canetas

Secretismo e silêncio em redor do VIH e do sexo. Negação do SIDA como problema pessoal Níveis elevados de fatalismo, medo e falta de esperança. Impacto do desemprego no estigma ao VIH. As jovens mulheres estão mais propensas ao risco devido a coerção, pobreza, controlo limitado sobre a sexualidade; assim como as mulheres em determinados contextos de pretensa relação monogâmica

Acção

Planear uma acção - Que fazer para eliminar esse estigma? 1. Analisar a situação – onde estamos agora em relação ao estigma? 2. Visão – onde queremos estar no futuro? 3. Actividade – como chegar lá? Que actividades são necessárias para reduzir o estigma? 4. Prioridades – quando começar? Qual a acção mais importante? 5. Recursos – o que é necessário? Identificar recursos, competências. 6. Obstáculos – o que pode impedir? Planear estratégias para ultrapassar esses obstáculos. 7. Indicadores – como saber que estamos a ser bem sucedidas/os? 8. Acção – agir com tarefas específicas 9. Monitorização/avaliação – controlar o processo 10. Reestruturação – efectuar as mudanças necessárias 16Adaptado

do toolkit “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Setembro 2003, AED

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Teste de Diagnóstico 1. O que significa VIH? ______________________________________ __________________________________________________________ Para aferir os conhecimentos dos formandos

2. O que significa SIDA? _____________________________________ __________________________________________________________ 3. Ser portador de VIH e ter SIDA significa o mesmo? ______________ __________________________________________________________ 4. A transmissão da infecção deve-se a um comportamento de risco ou ao facto de pertencer a um grupo de risco? ____________________ __________________________________________________________ 5. Existe um período mais perigoso para a transmissão? Se sim, qual? __________________________________________________________ 6. Quais as vias de transmissão do VIH? ________________________ __________________________________________________________ 7. Como se pode prevenir a infecção pelo VIH? __________________ __________________________________________________________ 8. Actualmente há cura para o SIDA? __________________________ 9. Existem tratamentos para prolongar e/ou melhorar a vida das pessoas infectadas? ______________________________________ 10. O que são os CD4? ______________________________________ __________________________________________________________ 11. O que significa carga viral? _________________________________ __________________________________________________________ 12. Existe alguma profilaxia imediata após a exposição ao VIH? _______ __________________________________________________________

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Ferramenta de anรกlise SWOT Quadro SWOT A realizar individualmente

Pontos Fortes (Strentghs)

Pontos Fracos (Weakness)

Oportunidades de melhoria (Opportunities)

Riscos a considerar (Threats)

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Formulário de Feedback Avaliação 1.

Qual foi o exercício preferido? Porquê? __________________________________

______________________________________________________________________ 2.

Qual foi o exercício menos preferido? Porquê? _____________________________

______________________________________________________________________ 3.

Qual foi o exercício mais útil? Porquê? ___________________________________

______________________________________________________________________ 4.

Qual foi o exercício menos útil? Porquê? _________________________________

______________________________________________________________________ 5.

Descreva as mudanças que considera necessárias aos exercícios ____________ __________________________________________________________________

______________________________________________________________________ 6.

Que tópicos adicionaria? ______________________________________________

______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Assinale com uma cruz de acordo com a sua opinião 1 (baixo) – 6 (elevado): Duração dos exercícios: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Recursos/Meios (sala, materiais, etc.) : 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Qual a relação entre estigma e a não utilização do preservativo? 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Qual a relação entre estigma e a não realização do teste ao VIH? 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Qual a relação entre estigma e género? 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Grau de satisfação em relação ao workshop: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 Obrigada.

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Bibliografia BRANDES, Donna e PHILIPS, Howard (1977) “Manual de Jogos Educativos”, Moraes Editores CANAVARRO, Cristina. A adolescência, a mulher e a sida in AidsCongress.net “A Mulher e a Infecção pelo HIV/SIDA,” SIDAnet: Associação Lusófona Centro de Vigilância Epidemioológica de Doenças Transmíssiveis (30 de Dezembro 2010), Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Lisboa DIAS, Rosário et al (2004) O VIH e o Corpo da Mulher: A contaminação da Imagem Feminina in AidsCongress.net SIDAnet: Associação Lusófona KIDD, Ross e CLAY, Sue (2003) “Understanding and Challenging HIV Stigma”, Projecto CHANGE, USA, Academy for Education Development NUNES, Isabel (2008) „Qualidade de Vida das Mulheres Seropositivas ao VIH: autoestima, imagem corporal, relações sociais‟, Coimbra VERMEER, Veroon; WALTER, Juan (2003) “Similar to others, yet different in many ways”, Netherlands, NIGZ

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