Revista Sempre Materna, edição 28

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Sempre Materna


Bem-Estar 10 Arte Materna

Ciência 14

Câncer de mama e a gravidez

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Genética 36

Menino ou menina?

Empório Mamãe 38 Supermãe

Saúde 16

Empório Papai 39

Entrevista 18

Amamentação 40

Fuja do desconforto Chega de polêmica

Você sabia? 22 Tira-dúvidas

Desenvolvimento 24

Amigo Imaginário

Capa 28

De mala e cuia

O lado paterno da força De mãe para filho

Manual do bebê 41 Bem cuidados

Guia de nomes 42 Escolha Certa

Proteção 44 Sujeira do bem

Rede D’Or São Luiz 34

Babyoteca 46

Empório Baby 35

Com você 50

Cuidado especial Pequeno Geek

Sempre Paterna

Boletim Médico

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Comportamento

06

Sua Gravidez

sumário

Supermix

Superação

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editorial

Tempos modernos, mas nem tanto...

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ebês deveriam vir com manual de instruções, um daqueles bem ilustrados que explicam cada pecinha, ensinam “macetes” e deixam o telefone da assistência técnica. As coisas seriam tão fáceis! Por outro lado, talvez não teria tanta graça assim... onde ficaria a emoção de descobrir o motivo de cada risada, de como conseguir cessar as lágrimas daquele ser tão pequeno e frágil... e a alegria de aprender a ser mãe? De fato, não há nada mais prazeroso! Mas é claro, uma ajudinha naquelas horas de dúvida sempre cai bem. É com essa motivação que chegamos à 28ª edição da Sempre Materna. Trazemos dicas valiosas, a começar pela matéria especial “De mala e cuia”, verdadeiro manual sobre passeios com bebês. Também abordamos um tema que merece atenção de toda a sociedade: o câncer de mama durante a gravidez. A boa notícia é que, com diagnóstico precoce, o bem-estar materno-infantil está garantido. Para isso, é extremamente importante fazer exames diagnósticos. Falando em cuidados com as mamães, você também pode conferir nossa matéria Fuja do desconforto sobre tendinite, sintoma comum decorrente dos movimentos repetitivos, e alguma dicas para evitá-la. Agora para os bebês, realizamos entrevista com a fonoaudióloga Flávia Ribeiro sobre o polêmico tema Chupetas e as reais consequências de seu uso. Quebrando tabus, a pauta sobre Amigos Imaginários mostra que a relação com companheiros invisíveis contribui com a formação da personalidade infantil. Na sessão Sempre Paterna, a reportagem traz o turbilhão de sentimentos vividos desde a descoberta até a chegada do bebê também pelos papais. Enfim, cada página dessa revista foi preparada com todo o carinho de quem é Sempre Materna, aproveite! Diretora Editorial Beijo, até a próxima. 4

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Edição 28 Portal: www.semprematerna.com.br DIRETORA RESPONSÁVEL Keila Cristiuma Robles keila@semprematerna.com.br REDAÇÃO Editora e Jornalista Responsável: Keila Cristiuma MTB: 25.452 Redação: Ariane Camilla, Laís Tarifa, Priscila Trevine e Stephane Sena. redacao@semprematerna.com.br Arte: Marina Aurelli, Talita Costa Belluzzo arte@semprematerna.com.br Revisão: Georgia Villa Fotos: Shutterstock, Istockphoto, SXC, Photl Ilustração: Fernando Arcon PUBLICIDADE Tel/Fax: (55 11) 3562-4082 publicidade@semprematerna.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTE Tel/Fax: (55 11) 3881-0002 Priscilla Marques contato@semprematerna.com.br PROPRIEDADES E DIREITOS A revista Sempre Materna é publicação da Unika Press Comunicação e Editora, com apoio do Hospital e Maternidade São Luiz. É proibida a reprodução de fotos e matérias sem aviso prévio e sem citação da fonte. DÚVIDAS, CRÍTICAS E SUGESTÕES contato@semprematerna.com.br Participe! DISTRIBUIÇÃO Hospital e Maternidade São Luiz, unidades Itaim, Morumbi e Anália Franco, consultórios médicos nas especialidades de ginecologia e obstetrícia e pediatria, clínicas de vacinação, clínicas de reprodução humana, clínicas de criobiologia, laboratórios de análises clínicas e lojas do segmento materno-infantil. APOIO:

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Toda vez que você aprende algo novo é um momento único pra mim.

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sua gravidez

Primeiro trimestre Beta hCG positivo: mudanças no organismo e alguns desconfortos

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ntes mesmo do atraso menstrual, a gestação já provoca algumas alterações hormonais e transformações no corpo da mulher. Nas primeiras semanas, inicia-se a formação do feto e, embora não exista volume na barriguinha, as mudanças estão a todo vapor. O primeiro trimestre, com duração de 12 semanas, é repleto de novidades e emoções. Os sinais primários da gravidez são provenientes das ações dos hormônios progesterona, estrogênio e prolactina. Essas variações são facilmente percebidas, principalmente na região das mamas: que ficam mais sensíveis, maiores e pesadas. Além do escurecimento da aréola que acontece devido ao aumento das células pigmentares nessa região. Outras reações também são facilmente percebidas como: aumento de ritmo cardíaco e respiratório, expansão uterina, que comprimi a bexiga e, por isso, aumenta a vontade de urinar e enjoos que podem ou não aparecer acompanhados de vômitos. Para quem pretende embarcar nesta maravilhosa viagem as próximas informações são imperdíveis:

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Progesterona: Estimula a formação da placenta e é responsável pela continuidade da gravidez.

Estrogênio: Impulsiona o crescimento da camada muscular do útero e prepara o corpo para o parto.

Prolactina: Prepara as mamas para lactação.

Náuseas e vômitos O obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, Eduardo Souza, conta que as náuseas e os vômitos são comuns, mas preocupantes quando frequentes e fortes, pois podem originar perda de peso, desidratação e até distúrbios metabólicos. “Quando isso acontece, é indício de hipemerese gravídica (vômitos em excesso), o aparecimento da patologia também pode ter ligação a fatores emocionais, como a necessidade de corresponder à expectativa da família em relação ao bebê”, explica. Para amenizar, o obstetra orienta fracionar a alimentação para não deixar períodos muito longos entre uma refeição e outra. A dica é: Opte por alimentos leves, preferencialmente frios ou gelados, além de hidratação constante. “Alguns medicamentos também podem ajudar, mas é imprescindível a indicação médica”, alerta Souza.

Cólica e sangramento Geralmente, as cólicas se manifestam no primeiro trimestre, mas são de fraca intensidade, semelhante as do período menstrual. Já o sangramento vaginal pode ser indicativo de aborto, por isso a futura mamãe não pode esperar para ir ao pronto-socorro.

Sono excessivo A hipersonia (sonolência) se manifesta nos primeiros meses de gravidez. Ela é influenciada pela produção de progesterona. Exercícios físicos e alimentação saudável aliviam o sintoma.

Curiosidade

Dor de cabeça Logo após a concepção, a produção de sangue aumenta e os vasos sanguíneos levam certo tempo para se adaptarem, o que causam as dores. O ideal é procurar o médico para que ele possa indicar um analgésico liberado para grávidas.

Salivação excessiva Para Dr. Eduardo a salivação excessiva é comum, mas assim como os demais sintomas citados, diminuem até o terceiro mês de gravidez. “Não há tratamento eficaz, apenas cuidados sutis que devem ser discutidos com o obstetra.

Em 2010, um estudo divulgado na revista Human Reproduction aponta que enjoos matinais no início da gestação têm lado positivo, pois reduzem a probabilidade de aborto. Mas, nem todas as gestações saudáveis precisam ter náuseas e vômitos. O artigo relata ainda que entre 50% e 90% de mulheres grávidas sofrem por náuseas no período matutino.

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comportamento

Ciúme... como lidar? A chegada do irmãozinho pode deixar o filho mais velho inseguro. Essa é a hora de mostrar que nos corações materno e paterno sempre cabe mais um

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magine a cena: a criança é paparicada por todos da família, é o centro das atenções, ganha todos os carinhos e mimos. De repente, surge um bebezinho que recebe a visita de todos os parentes, presentes, sorrisos e cuidados. Essa situação é mais comum do que se imagina e o ciúme é natural, por isso, cabe aos pais a missão de fazer com que essa experiência não seja traumática para o primogênito, mas sim um aprendizado. Conversa A psicóloga do Hospital e Maternidade São Luiz, Patrícia Bader, explica: “Para que a conversa seja proveitosa, é importante entender o nível de compreensão de cada fase do desenvolvimento infantil.” Entre 1 e 2 anos ainda não há entendimento sobre gravidez, nesse caso é importante que a família economize nos longos discursos e faça explicações condizentes com a idade: dizer que a barriga está crescendo e que um bebê virá em breve. Com 3 anos a criança já possui repertório verbal mais sofisticado, portanto, poderá compreen8

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der a explicação sobre a chegada da cegonha. Patrícia aconselha mostrar que ter companhia traz vantagens, como compartilhar brinquedos, brincadeiras, temores e alegrias. Dar bom exemplo também é fundamental. “A forma como os pais se relacionam com seus próprios irmãos ou amigos serve de modelo para o filho.” Participação Quanto mais a criança for inclusa nas mudanças decorrentes da gravidez, menos ela se sentirá ameaçada. Deixá-la ajudar na escolha do enxoval, permitir que veja o ultrassom e até mesmo conversar com a barriga é bom, mas é preciso tomar cuidado para evitar alterações de rotina muito radicais durante esse período, como: tirar fralda, chupeta, mudar o quarto. “Essas são mudanças ‘caras’ para o desenvolvimento psíquico. Durante um turbilhão de acontecimentos ninguém se sente seguro”, afirma a psicóloga. Quando o segundo filho vier ao mundo, é necessário ter cautela para não deixar o primeiro isolado. Mandá-lo para a casa dos avós, por exemplo,


é um erro comum e pode fazê-lo sentir-se rejeitado. A melhor maneira de agir é apresentar o irmãozinho assim que chegar em casa e, aos poucos, deixar que o mais velho ajude a cuidar do recém-nascido. Isso fará com que ele se sinta valorizado. Quando há resistência Se mesmo com a preparação o ciúme existir vale continuar os diálogos, apostar em brincadeiras e em jogos simbólicos, pois neles as crianças são capazes de criar situações hipotéticas. Aproveite a oportunidade para falar sobre o caçula. “A hostilidade também pode ficar voltada aos pais, principalmente à mãe. Às vezes observamos filhos superprotetores com o irmãozinho e bravos com os adultos. Que bom! Os adultos saberão lidar melhor com isso do que o bebê”, finaliza Patrícia.

Dividir para multiplicar Seu bebê tem dificuldades para compartilhar os brinquedos com o irmão mais novo? Não se desespere! Até os 6 anos é normal que isso aconteça. O ideal é que os pais estimulem o filho mais velho aos poucos. Brigar e castigar não adianta nesses casos, pois ainda não há maturidade suficiente para entender que dividir não significa perder. Bom incentivo é presentear os filhos com brinquedos que possibilitem a participação dos dois. Aos poucos eles perceberão como é bom se divertirem juntos e, logo, o apego excessivo vai desaparecer.

Superdica do pebezinho Fisher Price Vulcão Musical Divertido - Mattel Código 254-W9859 O bebê poderá colocar as seis bolas coloridas no centro, conforme ele bate na esfera giratória, ativa uma erupção que derruba as bolas pelos três apoios. Elas saem rolando da rampa pelos lados do brinquedo. As luzes coloridas e a música animada estimulam o pequeno jogador. Ótima opção para se divertir com irmão ou amiguinho! Idade Recomendada: A partir de 6 meses.

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bem-estar bem-estar

Arte materna As diferentes manifestações artísticas promovem bem-estar gestacional e aumentam o vínculo entre pais e bebê

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gravidez é fase de transformação física e psicológica, tempo de criar-se e recriar-se para acolher o pequeno que está por vir, cuidar de seu desenvolvimento e torná-lo capaz de interagir com o mundo que o aguarda da melhor maneira possível. O contato com a arte ao longo dessas 40 semanas de descobertas permite lidar melhor com as novidades da gestação, manter e elevar a autoestima, além de contribuir para o controle da ansiedade, das expectativas e dos medos comuns nesse período. A Arteterapia pode ser boa opção para as futuras mamães. A psicóloga e arteterapeuta Liliana Lopes diz que a “terapia artística” trabalha com a subjetividade e estimula o potencial criativo como fonte de aprendizagem acerca de si mesmo e de sua interação com o mundo. “Com ela você aprende a se comunicar mais com as pessoas, o que inclui a comunicação mãe-bebê.” Os encontros também podem contribuir de forma preventiva em casos de depressão pós-parto. Gestantes que sentem dificuldades de expressar sentimentos encontram maneiras criativas para desabafar. 10

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Foto: Gustavo Ferri

Durante as aulas as futuras mamães usam a dança como forma de lidar com as transforamções em curso

“Como

exemplo de atividade, o trabalho realizado com contos ajuda a falar de si por meio de personagens, estabelecer diálogo e contato com seus desejos infantis e maternos dando vazão aos sentimentos”, explica Liliana.

É importante possuir empatia com as técnicas e recursos utilizados, assim as produções acontecem espontaneamente e o potencial criativo dela é estimulado. Em trabalhos artesanais, por exemplo, é possível confeccionar objetos necessários nos cuidados com o bebê, como bordados, pintura em tecido e colagens. “Algumas pessoas apresentam desejo e habilidade para compor músicas, poesias, escrever livro ou diário com álbum de fotos”, comenta a arteterapeuta. Hoje em dia, também existem outras opções criativas para mulheres que desejam estimular o autoconhecimento e o vínculo com o filho. Música Estudos comprovam que, a partir da 21ª semana de gestação, o bebê consegue ouvir e distinguir os sons externos, sobretudo o materno. O interessante é que a percepção fica ainda maior quando a mãe canta. Isso mesmo! Essa é excelente forma de comunicação com a vida intrauterina. A musicoterapeuta Gisele Furusava conta que a música tem o poder de estreitar o relacionamento afetivo, o que se mantém na memória do recém-nascido. “Quando o filho chora muito, basta entoar as mesmas canções da gestação que ele reconhece o som e se acalma”. Para ajudar, existem aulas de musicalização com foco no desenvolvimento da criatividade materna a partir do uso de instrumentos musicais. Os

papais também podem participar. É um ótimo momento para quebrar a rotina corrida com os preparativos da chegada do bebê e aprender a se comunicar com o pequeno ainda na barriga. Dança Quem disse que as futuras mamães não podem dançar? Em São Paulo, a coreógrafa e bailarina Tatiana Tardioli criou o Dança Materna, projeto que visa potencializar a vivência consciente da gravidez e o amadurecimento da mulher que se prepara para ser protagonista do nascimento de seu filho. Informação e troca de ideias sobre tipos de parto, baseadas em literatura especializada, também fazem parte da programação. Durante as aulas, futuras mamães são convidadas a tocar na barriga e visualizar o filho sendo embalado pelo movimento delas enquanto dançam. A atividade também é ótima aliada da saúde física. “Dançar na gestação proporciona reestruturação corporal, ganho de alongamento e força, controle do peso, melhora na circulação sanguínea e respiração, maior percepção da gravidez, além de fortalecimento do vínculo afetivo e preparação para o parto”, conta Tatiana. Mas antes de iniciar as aulas, é preciso ter autorização médica. Benefícios para o bebê O contato com a arte ao longo da gestação tende a resultar em crianças calmas, comunicativas e mais próximas dos pais. “O processo de oferecer à mulher e ao casal a possibilidade de entrar em contato com seus sentimentos e reorganizar suas vidas, traz à tona novas representações de si mesmos, exerce função conciliadora e, de alguma maneira, favorece a interação pai-mãe-bebê”, lembra Liliana. www.semprematerna.com.br

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boletim boletim médico médico

Teste da linguinha A partir de estudo pioneiro, fonoaudióloga cria exame que pode prevenir casos de desmame precoce

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íngua presa é uma alteração comum e, muitas vezes, ignorada. Ela ocorre ainda na gestação quando uma pequena porção de tecido (frênulo lingual), que deveria desaparecer durante o desenvolvimento do bebê, permanece na parte inferior da língua e impede seus movimentos. Análise da Universidade de Cincinnati, nos EUA, constatou que cerca de 16% dos bebês com dificuldades de amamentação tinham a língua presa. Na cidade de Brotas, interior de São Paulo, a fonoaudióloga Roberta Martinelli avaliou 100 crianças e constatou que 15% delas possuem problemas no frênulo lingual. A partir da pesquisa, Roberta criou em 2012 o Teste da Linguinha. Ela explica que o exame é rápido e não dói. “O avaliador oferece o dedo para o pequeno sugar. Com isso é possível detectar a limitação do movimento da língua e evitar 12

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problemas.” Caso a restrição seja comprovada, a cirurgia é o mais indicado. O procedimento dura em torno de 5 minutos, o profissional utiliza apenas gel anestésico e tesoura. Para Flávia Ribeiro, fonoaudióloga do Hospital e Maternidade São Luiz, a identificação da alteração do frênulo lingual é muito importante na fase neonatal. “Quando o freio é curto pode dificultar a amamentação, por isso, os profissionais envolvidos nos cuidados neonatais devem estar cientes deste risco e solicitar avaliação”, explica a especialista. Em Brotas já existe uma lei municipal que institui a obrigatoriedade da realização gratuita do Teste da Linguinha. “A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia também se mobiliza junto aos políticos para que o exame seja instituído por meio de lei federal. Esperamos que, em breve, ele seja acessível a todos os bebês brasileiros”, finaliza Roberta, criadora do exame.


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Câncer de mama e a gravidez

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Diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para o bem-estar fetal

lém das diversas emoções decorrentes das alterações hormonais, a tão sonhada gestação pode vir acompanhada de um diagnóstico preocupante: o câncer de mama. Para o alívio das futuras mamães, a oncologista do Hospital e Maternidade São Luiz, Daniela Jafet Bevilacqua, informa que o tratamento pode ser iniciado ainda na gravidez e a cirurgia, usualmente, é o primeiro método considerado. A quimioterapia também pode ser feita, mas depende da idade gestacional. Já a radioterapia é contraindicada, pois os níveis elevados de radiação são prejudiciais ao feto. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais comum na mulher brasileira, perde apenas para o do colo uterino. A mesma ordem é respeitada em mulheres grávidas. Somente cerca de 10% dos tu14

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mores possuem correlação com herança genética, o restante são casos esporádicos. Quimioterapia O Inca define a quimioterapia como procedimento que utiliza compostos chamados quimioterápicos no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. A explicação parece assustadora. Mas, estudos recentes, publicados no periódico científico, Lancet, divulgaram que os fetos que são expostos a esse método na gestação têm desenvolvimento normal. A oncologista relata que para o tratamento adequado do câncer de mama, o mais importante é a correlação entre a exposição ao quimioterápico e a idade gestacional. “No primeiro trimestre, período de formação do feto, pode provocar aborto espontâneo ou má-formação fetal. O período ideal é o segundo e o terceiro trimestre, quando


Geralmente, após a quimioterapia, inicia-se a hormonioterapia, tratamento feito por meio de medicamentos com a função de inibir a atividade dos hormônios que influenciam o crescimento do tumor. não há mais risco de óbito e as atenções se voltam para o retardo no crescimento e baixo peso ao nascer”, esclarece.

tal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - www. redeblh.fiocruz.br - traz endereços e telefones dos locais disponíveis nos estados brasileiros.

Amamentação Em qualquer circunstância, o leite materno é alimento essencial para o bebê. É possível amamentar após a cirurgia de retirada total ou parcial da mama (mastectomia). “A mama que passou por intervenção cirúrgica ou processo quimioterápico não produz leite. Porém, a mamãe pode utilizar o seio preservado para o aleitamento”, explica a oncologista. Alternativa também é buscar leite de doadoras saudáveis. Em 2012, mais de 1,3 milhões de mulheres foram atendidas pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH). O por-

Posso engravidar de novo? Daniela recomenda respeitar o prazo do tratamento para engravidar novamente, sendo que esse período pode variar para cada caso. “Geralmente, após a quimioterapia inicia-se a hormonioterapia, tratamento feito por meio de medicamentos com a função de inibir a atividade dos hormônios que influenciam o crescimento do tumor.” A médica acrescenta ainda que alguns quimioterápicos causam atrofia folicular ovariana, ou seja, resultam em menopausa temporária ou definitiva. Isso depende ainda da idade da mulher.

Diagnóstico

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Ministério da Saúde recomenda que a mulher comece o teste de identificação de câncer de mama (mamografia) a partir dos 40 anos de idade. Mas Daniela faz um alerta: a ultrassonografia mamária e até mesmo a mamografia podem ser realizadas mais cedo e regularmente (ou sempre quando solicitado pelo médico), de acordo com o histórico familiar da patologia. O autoexame não é recomendação oficial, mas é incentivado por profissionais da saúde e em diversas campanhas por todo o país. “Infelizmente, esse processo permite reconhecimento mais tardio, pois quando o tumor é ‘palpável’ significa que há muitas células cancerígenas. Por isso, os exames de prevenção são fundamentais.”

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saúde

Fuja do desconforto Sintoma comum entre as mamães, a tendinite pode ser amenizada com medidas preventivas

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ira do berço, amamenta, segura, balança, dá banho... ação é o que não falta na rotina materna. A repetição desses movimentos, por mais simples que sejam, pode causar dores intensas em regiões como punho, antebraços, cotovelos, mãos e ombros, o que gera a famosa tendinite. Segundo a fisioterapeuta do Hospital e Maternidade São Luiz, Licia Sartori, a inflamação é bastante comum entre gestantes. “Geralmente, inicia-se no 3º trimestre e agrava-se no pós-parto devido aos cuidados com o bebê. Se houver diagnóstico e tratamento precoce, há possibilidade de cura. A base da ação terapêutica é o repouso da musculatura e a prática de exercícios de fortalecimento da região afetada.”O grande perigo é que, se não tratada, a lesão pode levar à incapacidade de movimentos. Como evitar Prezar pela boa postura e praticar atividade física são as melhores saídas. Durante a amamentação o posicionamento também contribui com a prevenção. Veja alguns exercícios que podem ser feitos antes e depois das mamadas: Antes: Comece escolhendo posição confortável. O ideal é estar sentada, com pés apoiados no chão e braços apoiados em uma almofada, para evitar sobrecarga. Deixe os ombros relaxados, inclusive durante o processo, para não sobrecarregar a coluna cervical.

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Depois: Relaxe os ombros e suba-os lentamente associando com a respiração. Depois solte junto com o ar ou tracione a cabeça para baixo mantendo por 10 segundos. Este movimento pode ser repetido três vezes ao dia. Faça movimentos para ativar o sistema linfático e o próprio retorno venoso. Aposte nos movimentos circulares com os pés, cinco vezes para o lado direito e depois para o esquerdo, além de movimenta- los para cima e para baixo. Sling A utilização da faixa de tecido para carregar o bebê ajuda a descansar a musculatura, mas o uso incorreto pode gerar sobrecarga nos ombros. Para não correr riscos, deve-se trocar os lados constantemente. “Igualmente indispensável é utilizar o sling de maneira adequada. Você deve ser capaz de ver a cabeça e o rostinho do bebê sem ter que abrir a faixa. Ele precisa respirar livremente, com o pescoço reto sem flexionar a coluna cervical”, recomenda Licia.

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entrevista entrevista

Ch e e ga d p olê ica m Para muitos, a chupeta é grande vilã, mas seu uso moderado não prejudica a saúde do bebê 18

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horo para lá, choro para cá... será que oferecer a chupeta é a melhor solução? Existe grande preocupação e diversos debates entre pesquisadores, pediatras e mães quanto ao uso desse acessório e suas consequências. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a sucção é reflexo desde o útero materno, importante para o crescimento e desenvolvimento psíquico. Mas, manter o hábito com o uso da chupeta pode causar prejuízos à saúde do filho. Um deles é a expiração demorada, que reduz a saturação do oxigênio e frequência respiratória. Por outro lado, estudo publicado recentemente na revista Pediatrics demostra que as crianças que usam chupeta quando estão dormindo têm risco reduzido de morte súbita. A American Academy of Pediatrics (AAP), responsável pela publicação, recomenda ainda que ela seja utilizada apenas durante o sono. A partir desse questionamento, a Sempre Materna conversou com a fonoaudióloga do Hospital e Maternidade São Luiz, Flávia Ribeiro, para esclarecer as diversas dúvidas sobre o polêmico assunto, confira: Sempre Materna – Chupeta é ou não benéfica? Flávia Ribeiro – A sucção é uma atividade relacionada ao prazer e saciedade, então, o bebê fica mais tranquilo quando está sugando a chupeta ou sendo amamentado. Mas, isso não significa que ela ofereça vantagens. Seu uso inadequado pode, inclusive, prejudicar a saúde do pequeno. Saber o porquê do choro do bebê não é tarefa fácil para os pais e se, ao usar o acessório

ele fica calmo, pode ser a salvação. Entretanto, é fundamental tentar saber o motivo do choro, que pode ser fome, fralda molhada, posição incômoda, frio, calor, entre outras possibilidades que devem ser investigadas antes de recorrer à chupeta. O uso contínuo e por tempo prolongado pode trazer problemas como alterações do crescimento facial da criança. S. M – Quais são os problemas que a chupeta ocasiona para a amamentação? F. R – Os estudos atuais mostram que a chupeta não é necessariamente a causa do desmame precoce, mas pode ser um sinal de que há dificuldade na amamentação. Portanto, o bebê chora mais e parece ter maior necessidade de sucção, com isso, a mamãe recorre novamente ao acessório para tentar acalmá-lo. É importante conversar com o médico e procurar ajuda a fim de garantir o aleitamento exclusivo para o filho nos primeiros 6 meses de vida. S. M – Quais complexidades e hábitos podem causar na criança? F. R – O uso inadequado e contínuo da chupeta pode atrapalhar na formação da face. A manutenção contínua na boca do bebê pode levar a projeção da maxila (arcada dentária superior) e dos dentes incisivos, criando uma alteração na mordida e consequentemente na posição da língua e dos músculos da bochecha. Alguns largam com a chegada do sono profundo ou mantém a sucção ainda mesmo dormindo. Essas alterações podem ser corrigidas com tratamento ortodôntico e fonoaudiológico, mas podem ser evitadas se a utilização do acessório for controlada. www.semprematerna.com.br

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O lado negativo está relacionado à atitude dos pais: quando ele chora, a família geralmente recorre à chupeta para acalmá-lo

S. M – Para higienizar é necessário fervê-la todo dia? F. R – Amplo quesito para a saúde e segurança é a limpeza da chupeta, uma vez que evita o acúmulo de bactérias e fungos que podem causar infecções. O pediatra pode orientá-la em relação à frequência e tipo de esterilização a serem seguidos, de acordo com a idade da criança. S. M – Qual momento ideal para abandonar a chupeta? F. R –Por volta dos 6 meses de idade o uso pode ser bem reduzido e ficar restrito somente para incentivar o sono, se necessário. Aos 3 meses o bebê começa a levar os dedinho à boca de forma mais intensa. Em seguida, surgem os primeiros dentinhos e ele já consegue levar os objetos à boca, mordendo-os e estimulando a mastigação. Assim, ele reduz a necessidade de sugar e de usar chupeta. Se o bebê fizer uso da chupeta o ideal é que não seja contínuo e sim restrito para que, até no máximo 1 ano, com o início da fala, dispense-a. S. M – O que a mamãe não pode fazer? F. R – Sob-hipótese alguma pendurar a chupeta na roupa ou prender em uma fralda. Com esses hábitos a criança passa a interpretar a peça como parte integrante do seu corpo e se habitua a usá-la com frequência, 20

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S. M – Qual modelo de chupeta é indicado para bebês? F. R – O bico ortodôntico é o aconselhado, pois mantém as estruturas orais equilibrada na sucção. O tamanho deve ser adequado à idade recomendada e o produto precisa ter aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para garantir a segurança.

de forma desnecessária. Além disso, o pano fica pesado, pressionando ainda mais as arcadas dentárias, prejudicando o desenvolvimento adequado da face. Não use o acessório sempre que ela chorar e tente acalmá-la com sua voz. Verifique, principalmente, se não é fisiológico, ou seja, fome ou a fralda suja. S. M – O que a mamãe pode fazer para inibir a vontade do bebê? F. R – O recomendado é guardar a chupeta, após ser higienizada, em caixa plástica na geladeira ou no armário. Conforme o filho cresce, tende a ficar mais tempo acordado e a explorar coisas novas, quando tudo é levado à boca. Esta é a fase oral e a chupeta pode inibir esse processo de exploração diversificada. S. M – O uso da chupeta prejudica a aquisição da fala? F. R – Não é fator determinante, mas traz dificuldades na articulação dos sons devido às alterações na arcada dentária, na língua e nas bochechas. O uso constante não permite a criança falar de forma adequada, já que ela está, na maior parte do tempo, com a chupeta na boca. Há crianças que para falar colocam a chupeta no canto da boca podendo criar deformidades ainda mais complexas na arcada dentária, além de dificultar a compreensão do que esta sendo dito.



você você sabia? sabia?

Tira-dúvidas A notícia de que a cegonha está a caminho deixa as futuras mamães curiosas, afinal, o que pode e o que não pode a mulher grávida?

É

fato: tudo que se lê ou vê parece ser restrito as gestantes. Por mais que gravidez não seja doença, é um período que requer cuidados especiais, pois cada semana gestacional esta relacionada a uma fase de desenvol-

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vimento do feto. Mas, é possível cuidar da beleza, alimentação, atividade física e ter vida social na gravidez. O obstetra do Hospital Brasil, Pedro Ferreira Awada esclarece a maioria dessas dúvidas com o que é e não é recomendado durante a gestação.


Alimentação • Condimentos: O uso de pimentas e especiarias em excesso acentua a azia e o malestar, sintomas normalmente já manifestados na gestação. • Frutas: São ótimas para a hidratação do organismo e estão liberadas, porém as polpudas como mamão, coco, pêssego e manga, são mais calóricas e ajudam para o aumento de peso. • Adoçante: Não existe comprovação científica de que o produto é contraindicado para gestantes, mas consulte o médico antes de comprá-lo, pois a sua composição química varia de acordo com o fabricante. • Comida crua: Carnes mal passadas e cruas oferecem risco de toxoplasmose, doença provocada por protozoários encontrados em fezes de animais. Opte por alimentos bem cozidos e grelhados. Bebidas: O consumo moderado de cafeína (refrigerantes, chás, cafés e chocolate) não oferece ameaças para o desenvolvimento do bebê. Bebidas alcoólicas como vinho ou cerveja só devem ser tomadas com muita cautela e apenas um “golinho”, desde que seu obstetra também libere. Lazer e esporte • Brinquedos radicais: Diversão proibida! Pode resultar em trauma no útero ou na coluna da gestante. • Cavalo: Cavalgar é prazeroso, mas é preciso considerar a probabilidade de desiquilíbrio e de queda, o que pode ser arriscado para quem está grávida. • Bicicleta: O médico deve ser consultado antes que futura mamãe comece a pedalar. Usar equipamentos de proteção é indispensável. • Academia: Praticar esportes e fazer exercícios físicos é permitido desde que a gestante receba orientação profissional e aval médico. • Banho de mar: O impacto das ondas é prejudicial para o ventre materno e os mergulhos também são perigosos. O “rasinho” está liberado, além de ser uma parte da praia agradável.

Saúde • Laxantes: O uso desse medicamento só deve ser feito sob prescrição médica, pois existem contraindicações. Fibras auxiliam a digestão. • Doar sangue: Durante a gravidez, o sangue da mamãe tem papel fundamental para o bemestar do bebê, por isso ele não deve ser doado. • Anestesia: Os anestésicos podem ser utilizados somente para tratamentos dentários. Para os procedimentos cirúrgicos apenas em casos emergenciais. Beleza e bem-estar • Acetona: O ideal é substituir esse produto pelo removedor de esmalte. A composição química é reduzida, ajuda a fortalecer as unhas e o cheiro é suave. • Pó descolorante: As substâncias contidas para clarear os pelos podem irritar a pele e provocar alergias. O mesmo acontece com os cremes depilatórios. • Drenagem linfática: Liberada somente depois do primeiro trimestre. Não tem papel tão efetivo, pois durante a gestação há excesso de retenção líquida. • Tintura de cabelo: Não utilizar no primeiro trimestre, pois o feto está em formação. Após essa fase, pintar o cabelo está liberado. Alisantes e relaxantes, nunca! Eles possuem substâncias tóxicas e irritantes. • Tatuagem: Devido à sensibilidade da pele na gravidez, o risco de infecção é mais evidente. Além da possível transmissão de hepatite B e C. • Hidratante para o corpo: Existem produtos específicos para gestantes que oferecem menos riscos de irritabilidade. Evite usar na região das mamas. • Sauna: A temperatura alta pode causar vasodilatação e, consequentemente, a redução da pressão sanguínea. • Animais de estimação: Os cães domesticados não oferecem perigo de transmissão de doenças. Já os gatos podem transmitir toxoplasmose, patologia causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos felinos. • Salto alto: Não é indicado por conta do peso da barriga, pode haver frouxidão nos ligamentos dos joelhos. A chance de queda e torção também deve ser considerada. www.semprematerna.com.br

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desenvolvimento desenvolvimento

Amigo imaginário

Essa relação é natural e saudável para o desenvolvimento infantil 24

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C

riança é sinônimo de diversão, brincadeira e também imaginação. Por volta de 2 anos de idade elas iniciam o contato com o mundo da fantasia através dos famosos “era uma vez...” e “faz de conta...”. A partir de 3 anos, uma criatura inexistente pode vir a fazer parte de novas aventuras: o amigo imaginário. Nessa fase já é possível diferenciar pessoas reais e inventadas, como personagens de contos de fadas ou histórias. De acordo com a coordenadora de Psicologia do Hospital e Maternidade São Luiz, Genilda Calvoso, os filhos reproduzem com essa figura as situações vivenciadas por eles mesmos: o que sente, vê ou escuta, tendo os pais, familiares, desenhos animados e outras referências, como modelo de certos comportamentos. Jean Piaget, teórico da educação e psicólogo suíço, em seus estudos sobre a inteligência, interpretou o tema amigos imaginários na infância como forma especial de jogo simbólico, ou seja, atividade que permite construir a realidade, simular e desempenhar papéis. Deste modo, o companheiro fantasioso estimula a criança a respeitar regras e a consola quando está triste. “O amigo imaginário é uma manifestação de criatividade e de prazer comunicativo da criança. Para Piaget, esse fenômeno não é atribuído à solidão”, explica a psicóloga. Genilda conta que essa fantasia é comum, principalmente, quando mudanças radicais acontecem na vida do filho, exemplo, quando um irmãozinho nasce. Outra situação pode ser a separação dos pais. “De tempos em tempos, elas compensam a realidade com a ajuda providencial do parceiro imaginário e, assim, combatem sentimentos de abandono, solidão, perda ou rejeição. A presença dessa fantasia ajuda na superação de problemas

O amigo imaginário é uma manifestação de criatividade e de prazer comunicativo da criança. Para Piaget, esse fenômeno não é atribuído à solidão como conflitos, que desaparecem rapidamente”, acrescenta a psicóloga. Quando a imaginação é usada ela é incentivada a avaliar a realidade. Além disso, o raciocínio, a memória e o vocabulário também são beneficiados. Sendo assim, mamãe, papai e vovó não precisam repudiar a presença do amigo imaginário. “Quando a criança fala com o papai ou a mamãe sobre o ‘amiguinho’, é preciso entrar na brincadeira, pois negar a existência pode magoá-la”, alerta. É possível, assim, desfrutar de um relacionamento de amor e apoio, e isso independe das circunstâncias externas. Como consequência, essas figuras idealizadas quase sempre desaparecem assim que a criança encontra amigos reais ou se adapta às novas situações. Brincadeira É fato que brincar é essencial para desenvolvimento saudável na infância, adolescência e vida adulta. Piaget relatou também que deixar as crianças se divertirem livremente faz com que elas assimilem e se adaptem à realidade. Outro especialista, Vygotsky, referiu que o brinquedo exerce forte influência na formação da personalidade infantil, pois ele está associado às necessidades durante a infância, mas alguns desejos são irrealizáveis, como ocupar o papel de sua mãe. “Diversos brinquedos possuem características dos seres humanos e isso permite que a criança reproduza situações que ainda não foram vivenciadas por ela”, diz a especialista. www.semprematerna.com.br

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publieditorial publieditorial

Hora da higiene! Toda mamãe quer ver o filho limpinho e protegido, para isso é preciso ficar atenta e trocar a fraldinha do bebê sempre que necessário. Essa tarefa é mais simples do que se imagina, basta ter paciência e carinho, coisas que não faltam no coração materno! Para não ficar na dúvida, confira o passo-a-passo da troca de fraldas:

Materiais necessários: - Fralda descartável Pom Pom: Top Confort, Noturna ou Protek Baby; - Lenço Umedecido Protek Baby; * Tenha por perto uma lixeira para descartar a fralda suja.

Prática:

1º 2º

Coloque o bebê deitado de barriga para cima em uma superfície plana e bem limpa. Abra a fralda suja. Ainda com a fralda suja embaixo do bebê, faça a higienização de acordo com o sexo dele:

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Menino

Retire o excesso de sujeira do genital do bebê, inclusive na parte de baixo. Por último, limpe bem o bumbum de cima para baixo. Fique atenta, pois podem ocorrer surpresas durante a troca, como o bebê esguichar o jato de xixi!

Menina

Utilizando os Lenços Umedecidos Protek Baby, retire o excesso de sujeira, limpe delicadamente a região genital com movimentos de cima para baixo.

3º 4º

Tire a fralda suja e coloque a limpa. Enxugue a parte genital com toalha bem delicadamente.

Dicas da Pom Pom: 1. Troque o bebê em local onde não haja corrente de ar; 2. Nunca deixe o bebê sozinho no trocador; 3. Para evitar ressecamento da pele, aplique creme antiassaduras; 4. Para facilitar a troca, mantenha o pequeno distraído com um brinquedinho.

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De mala e cuia Guia para garantir viagens e passeios tranquilos com o bebĂŞ

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F

Shoppings são permitidos depois dos 2 meses por, no máximo, 1 hora. Agasalhe bem o bebê por causa do ar-condicionado.

eriado, folga, férias... É sempre bom ter tempo para relaxar e curtir a família! Quem não gosta de ficar em casa, pode aproveitar a agenda livre para conhecer novos lugares. Independente do roteiro escolhido, uma coisa é certa: a programação deve priorizar a saúde e o bem-estar dos filhos, afinal, eles ainda são frágeis e, portanto, requerem cuidados redobrados. Para ajudar, nesta edição a Sempre Materna traz um guia com todas as dicas e orientações necessárias para que mamãe e papai tenham momentos inesquecíveis, sem contratempos. Autorização Sair com a criança por conta própria não é recomendável. Antes, é preciso consultar o médico para que ele indique o melhor momento. “Geralmente, os passeios são liberados entre 4 e 6 semanas após a vacinação contra tuberculose (BCG)”, explica o pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Marcelo Reibscheid. Destino Com o aval clínico, é hora de pensar para onde ir e se a intenção é passar o dia fora ou fazer uma viagem. As possibilidades são inúmeras, mas nem todos os roteiros são adequados para o público infantil, o ideal é escolher lugares abertos e com poucas pessoas. Confira algumas recomendações para destinos comuns entre as famílias:

•Parques: Sempre antes das 10h ou depois das 16h (risco de queimaduras solares) por, no máximo, 1 hora. Deixe o bebê com roupas leves se estiver calor, ou bem agasalhado em caso de frio. •Praias: : No mínimo depois de 6 meses, antes das 10h ou após as 16h por 30 minutos. Regra de ouro: hidratação é primordial. •Fazenda/Zoológico: Seguem as mesmas orientações dos parques, com a possibilidade de poder aproveitar as áreas cobertas para deixar a criança descansar. Bagagem Preparar a mala é uma das tarefas mais importantes e árduas. Muitas vezes há dúvidas sobre o que é realmente fundamental levar. O ideal é começar a pensar no assunto dias antes da viagem e preparar lista criteriosa com tudo o que a criança utiliza diariamente. Ao se lembrar de algo, guarde na bagagem e tire da relação. Para não errar, procure saber como é o clima do local a ser visitado. Se o destino for praias, é imprescindível ter fraldas de mar ou piscina. Já no campo ou na cidade, há oscilação da temperatura, logo, mesmo que esteja calor durante o dia não é exagero planejar agasalho para noites mais frescas.

Atenção! Protetores solares e repelentes são prejudiciais para bebês de até 6 meses. www.semprematerna.com.br

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Lista básica: Roupinhas •Bodies ou pagão •Calça •Calcinha/Cueca •Camisetas Shorts / Vestido •Casaco leve •Camisa manga longa •Conjunto de Moleton •Meias •Pijama Acessórios •Babador •Manta •Paninho de boca •Travesseiro •Chinelo •Sandália •Tênis Higiene •Creme antiassadura •Lencinhos umedecidos •Hidratante •Escova de dentes •Pasta de dentes •Sabonete •Shampoo / Condicionador •Hastes flexíveis •Algodão •Fraldas (nortuna e diurna) •Trocador portátil Emergência •Curativo •Antisséptico •Termômetro digital Brinquedos e passatempos • Boneca/Carrinho •A peça favorita do bebê •Livros

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“Normalmente não orientamos sair com medicações. Se a criança estiver com qualquer quadro de doença, deve ficar em casa, de repouso”, afirma Reibscheid. No entanto, como medida de prevenção, é bom conversar com o médico para que ele sugira remédios para febre, dores e enjoos. Hora do papá Até os 6 meses o leite materno deve ser o único alimento oferecido ao filho. Portanto, não há com o que se preocupar, basta respeitar os horários das mamadas praticados em casa. A regra também vale para os maiores, com o cuidado de preservar as papinhas e levá-las em locais refrigerados com gelos artificiais, para manter a qualidade e as propriedades nutricionais. “Faça pausas para descanso e hidratação e nunca ofereça fast-food ou comidas cuja procedência não é conhecida”, diz o pediatra Transporte Viagem de carro O uso de dispositivos de retenção para o transporte de crianças em veículos é obrigatório pela Resolução nº 277/2008 - conhecida por Lei da Cadeirinha - do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para cada faixa etária ou peso há necessidade de um assento diferenciado. A Ong Criança Segura indica os equipamentos necessários: •Bebê Conforto Desde o nascimento até 13 Kg ou conforme recomendação do fabricante (aproximadamente 1 ano de idade). Posição: Voltado para o vidro traseiro (de costas para o movimento), com inclinação sugerida de 45°. Nesta posição, a coluna cervical fica protegida de ferimentos, em caso de acidente.


Normalmente não orientamos sair com medicações. Se a criança estiver com qualquer quadro de doença, deve ficar em casa, de repouso •Cadeira de Segurança De 9 a 18 Kg (aproximadamente de 1 a 4 anos de idade). Posição: De frente para o movimento com cinto de 5 pontos, na vertical. Nunca coloque nada entre o bebê e a cadeira. •Assento de elevação ou “booster” De 18 até 36 Kg (aproximadamente de 4 a 10 anos de idade). Posição: No banco traseiro com cinto de três pontos. É essencial adquirir apenas produtos certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Dê preferência às lojas que ofereçam auxílio na instalação. Ônibus “Alimente o bebê 1 hora antes do início da viagem, para diminuir as chances de enjoo. Outra dica é descer em todas as paradas para fazer a troca de fraldas, amamentar e mudar o filho de posição” assegura o especialista. Avião Viagens aéreas são liberadas somente depois dos 3 meses de idade. “O único cuidado é fazer com que o bebê esteja mamando ou sugando algo no momento da subida e descida do avião, para não ter problemas de pressão nos ouvidos.” Voos noturnos são preferíveis, já que nesse período a criança está dormindo. Como cuidado nunca é demais, deixar o filhote com uma pulseirinha de identificação pode ser útil. Para evitar enjoos, mantenha a criança em posição ereta e, de preferência, olhando para a frente. Se ela tem histórico de passar mal em viagens, o pediatra poderá orientar o uso de alguma medicação.

Ofereça opções de atividade para a criança ao longo da viagem. Dê um brinquedinho, cante com ela e a distraia para que não queira sair do assento. Equipamentos opcionais Carrinho Em geral, todos os modelos são aptos a receber recém-nascidos e bebês. É importante que ele seja ventilado, com proteção solar e material leve e lavável. “Carrinhos tipo “guarda-chuva” são usados para crianças com mais de 6 meses”, recomenda Reibscheid. Sling É uma faixa de pano com argolas nas pontas para carregar o bebê sem precisar usar as mãos. Pode ser utilizado independente da idade. Reibscheid adverte que os modelos conhecidos como “cangurus” não são recomendados. “Eles podem propiciar lesões no quadril e na região de períneo do bebê.” Adaptação ao ambiente Para o bebê não estranhar as novidades do passeio, leve alguns de seus objetos favoritos, que remetam à segurança do lar, inclusive os brinquedos preferidos dele. Vale reforçar a necessidade de respeitar os horários de sono, banho e alimentação como acontece habitualmente. Com isso, em pouco tempo ele vai se acostumar e se divertir. Aproveite para curtir esse momento especial e não se esqueça de fotografar tudo. www.semprematerna.com.br

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Siga corretamente e tenha uma boa viagem!

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Busque referências com quem já foi para o lugar que você quer visitar. Vale consultar os inúmeros blogs de viagens com crianças.

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Faça pesquisa sobre o local a ser visitado: serviços, alimentação, transporte, clima, atividades.

Leve uma caixinha de costura para o caso de uma roupa descosturar ou perder o botão.

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Não perca a criança de vista. Se estiver cansada, para relaxe e depois continue a programação.

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Para evitar enjoos, mantenha a criança em posição ereta e, de preferência, olhando para a frente.

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Para evitar problemas, faça pulseira ou cartão de identificação para o seu filho, caso ele se perca.

Chegou e o bebê está cansado? Deixe-o dormir tranquilamente. Forçá-lo a sair prejudicará o passeio.

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Rede Rede D’or D’or São São Luiz Luiz

Cuidado especial Toque de carinho O vínculo afetivo entre a mamãe e o bebê é essencial durante a internação em uma UTI Neonatal. Por meio da amamentação e da proximidade, inclusive com o papai, o filho se sente mais seguro. O projeto Pele a Pele permite que essa relação seja construída, usando o estilo “canguru”, que estimula o contato direto. O aleitamento materno durante procedimentos hospitalares da UTI Neonatal, como coleta de sangue, também reduz possíveis desconfortos e ajuda para que o recém-nascido tenha alta o quanto antes. Boas-vindas A maternidade do Hospital Brasil, em Santo André, passou por adequações e foi reinaugurada com 24 leitos, berçário central e espaço exclusivo para visitantes. O diretor Luiz Della Negra, conta que, em média, 300 partos são realizados por mês na unidade. “Rapidez no atendimento e qualidade hoteleira são primordiais. Aumentar a proximidade de amigos e parentes com a mamãe e o novo membro é prioridade.” A reestruturação permite que ambos tenham acesso fácil e rápido a todos os exames neces-

Mimo

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Agora, amigos e familiares podem adquirir produtos para presentear os pais que aguardam a chegada da cegonha nas unidades Itaim ou Anália Franco do São Luiz. O vale-presente pode ser

sários antes e após o nascimento do bebê, como teste do pezinho e da orelhinha, hemogramas e exames cardiológicos.

obtido junto às consultoras que acompanham os pais durante a visita ao estabelecimento. Plano maternidade, curso preparatório e acomodação em suítes especiais são os produtos e serviços disponíveis. O curso preparatório precisa ser agendado por telefone e a reserva do quarto deve ser feita, no máximo, uma semana antes do parto.


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Se 茅 verdade que os nerds v茫o dominar o mundo, prepare seu filho. 2 4

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genética

Menino ou menina? Novo método é rápido e pode sanar essa dúvida ainda nas primeiras semanas

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A

pós a visita da cegonha, a maior expectativa da futura mamãe é saber se seu bebê é menino ou menina. Mas, só era possível ter essa resposta durante o exame de ultrassonografia morfológica, realizado após a 16º semana de gestação. Graças ao avanço da medicina, a ansiedade da gestante cai pela metade. Pesquisadores concluíram que há uma pequena concentração de DNA fetal, de origem placentária, circulando no sangue da mamãe e que esse é suficiente para identificar os cromossosmos X e Y (determinantes para identificar o sexo do bebê). É o chamado teste de sexagem fetal. Simples e não invasiva, a avaliação é feita por uma coleta de sangue materno realizada em laboratório. A precisão é de até 99% e pode ser realizada a partir da oitava semana de gravidez. A obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, Renata Ribeiro, explica a base de estudo do teste. “As mulheres possuem dois cromossomos se-

xuais iguais X, os homens têm um cromossomo X e outro Y. Portanto, se for identificado a presença do cromossomo Y é um menino, e sua ausência indica o sexo feminino”, conta a especialista. Renata diz ainda que futuramente o exame ajudará na identificação de patologias. “Mais pesquisas estão sendo realizadas, e acreditamos que num futuro próximo será possível que doenças cromossômicas - como síndrome de Down sejam identificadas no DNA fetal.” Gêmeos Se um já causa ansiedade, imagine dois ou mais. Para alívio das grávidas, o teste pode ser feito em gestação gemelar. “Quando o resultado é ausência do cromossomo Y, são do sexo feminino. Já a presença desse cromossomo indica que, no caso de duas placentas (dicoriônica) pelo menos, um dos bebês é menino; se for uma placenta indica que os dois serão meninos e gêmeos univitelinos”, esclarece a obstetra.


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Supermãe Trabalha fora, em casa, cuida do bebê, do marido e ainda tem tempo para ser nerd.

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O lado paterno da força Mais que papai, ele é super-herói.

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amamentação

De mãe para filho

É

Nem sempre o uso de remédios precisa anular o aleitamento

indiscutível o fato do leite materno ser fundamental para o desenvolvimento cognitivo e psicomotor da criança, isso sem citar os benefícios para a relação afetiva. Mesmo assim, há casos em que a amamentação é suspensa para que a mãe possa tomar algum tipo de medicamento. De acordo com a obstetra do Hospital e Maternidade Assunção, Beatriz Porto, só em casos graves em que são prescritas medicações fortes, como antidepressivos e quimioterápicos, se deve deixar de oferecer leite ao bebê. “Essas substâncias podem sedar o recém-nascido, isso causa um efeito maior do que causaria na mãe, já que o sistema digestivo dele ainda é imaturo”, explica. Por isso é importante que a lactante sempre converse com o especialista e não se automedique. O Ministério da Saúde (MS), com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), criou manual para orientar os médicos sobre os reais efeitos de cada remédio na amamentação, para que saibam fazer a prescrição certa e não haja prejuízos para a alimentação do bebê.

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Anticoncepcional Os medicamentos contraceptivos podem ser ingeridos no pós-parto, exceto os que são feitos com estrogênio. Esse hormônio inibe a ação da prolactina, responsável pela produção láctea. “A melhor opção de anticoncepcional são os feitos com progesterona isolada”, orienta Beatriz. Perigo Principais substâncias que diminuem a oferta de leite materno: •Bromocriptina (Parlodel) – Tratamento da doença de Parkinson. •Ciclofosfamida, doxorubicina e a maioria das drogas de quimioterapia para o câncer. •Ergotamina - Enxaqueca •Metotrexato - Artrite •Ciclosporina - Artrite, psoríase grave, anemia aplástica, doença de Crohn, doença renal, e póscirurgia de transplante de órgãos. Quando a ingestão desses remédios é inevitável, a melhor saída é suspender a amamentação e conversar com o pediatra sobre a alimentação do bebê. Buscar ajuda em bancos de leite materno pode ser boa saída. O importante é que mãe e filho continuem saudáveis.


manual do bebê

Bem cuidadas

As roupinhas do bebê são delicadas e merecem tratamento especial na hora de lavar, passar e guardar

A

chegada da cegonha muda completamente a rotina de casa. Agora, a mamãe terá peças delicadas para cuidar. O pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Ricardo Simões Morando, dá dicas de como cuidar das roupinhas do novo membro da família.

Hora da prática O processo de lavagem deve ser feito individualmente, ou seja, as roupas do filho precisam ser separadas das dos demais familiares. Lavar à mão é recomendado, mas caso a mamãe opte pela lavadora de roupas, os ciclos mais curtos são ideais.

Ida à maternidade É necessário lavar todas as peças antes de levá-las para a hora “h”. Quando não lavadas, elas acumulam poeira doméstica com ácaros e fungos. Antes de separá-las, todas as roupinhas precisam ser passadas com ferro à vapor em temperatura média ou alta (depende do tipo de peça), pois isso potencializa a limpeza e colabora para a eliminação de possíveis bactérias.

Enxágue No momento em que o sabão for retirado, a água pode ser intensa a fim de eliminar quaisquer resíduos que são irritantes para a pele do bebê.

Lavagem A mamãe deve optar pelo sabão neutro, preferencialmente de coco. O uso de amaciantes não é recomendado no primeiro ano de vida, pois a sua composição química pode irritar a pele do recémnascido e causar dermatite de contato (alergia). Veja outras recomendações do pediatra: - As roupas brancas e claras podem ser lavadas normalmente, porém é preciso evitar misturá-las com as peças coloridas; - Os lençóis do berço do bebê necessitam ser lavados semanalmente ou toda vez que “acidentes” acontecerem, como urina e regurgitação;

Manchas Se possível, lavar a peça assim que manchar utilizando o sabão neutro. O removedor só pode ser usado após o sexto mês de vida do bebê e, quando utilizado, não pode ter cloro. Enxaguar repetidas vezes é imprescindível.

Secagem A mamãe pode estender as roupas em local com incidência de sol ou sombra. Em dias úmidos, elas demoram mais tempo para secar.

Armazenamento Praticidade é tudo! Guardar as roupinhas do bebê em sacos plásticos ajuda a deixá-las prontas para uso e sem nenhuma poeirinha. A mamãe pode separá-las de acordo com o tipo de peça: bodies, calças, macacão e fraldas. www.semprematerna.com.br

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guia guia de de nomes nomes

Escolha D

Ainda não sabe como o bebê será chamado? Confira nossa lista de nomes com a letra “D” agoberto

Brilhante como o dia. Tem dom para ouvir os outros e dar bons conselhos. Cor: Amarelo.

Demétrio

Consagrado à deusa grega da agricultura, Demeter. Pessoa confiante e motivadora. Cores: Violeta e azul-claro.

Dalton

Dênis

Daniel

Diego

Danilo

Dionísio

Darley

Djalma

Davi

Douglas

Pessoa da cidade. É conhecido por seu forte espírito de liberdade. Cores: Verde. De origem bíblica, significa “O senhor é meu juiz”. É alguém generoso e imparcial. Cores: Vermelho e verde. O mesmo que Daniel. Cores: Vermelho e verde. Habitante da floresta. É sério e gosta de preservar sua individualidade. Cores: Vermelho e azul. Pessoa amada. É decidido e tem talento para poesia e pintura. Cores: Amarelo e violeta. 42

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Consagrado ao deus do vinho, Baco. É comunicativo e possui dotes artísticos. Cores: Violeta e turquesa. O conselheiro. É atencioso e muito apegado à família. É responsável e gosta de trabalhar. Cores: Azul e vermelho. O mesmo que Dênis. Cor: Turquesa e violeta Proteção. Sempre é lembrado por seu jeito alegre e autoconfiante. Cores: Branco e amarelo-ouro. Se interessa pela área de saúde, é prestativo e gosta de ajudar os amigos. Cor: Magenta.


certa D

afne

Árvore de onde vem o louro. Pessoa fiel que adora fazer novas amizades. Cores: Verde e rosa.

Denise

Consagrada a Dionísio, deus do vinho. É alegre, altruísta e tem grande senso de coletividade. Cores: Vermelho e azul

Daiane

Desirée

Dalila

Dilma

Daniela

Dirce

Débora

Dominique

Deise

Dulce

Divina. Tem intuição aguçada e grande facilidade de comunicação. Cor: Magenta. A grande noite. Indica meninas obstinadas com espírito empreendedor. Cores: Verde e rosa. Feminino de Daniel. Revela personalidade cativante e perspicaz. Cores: Vermelho e verde. Abelha. É geniosa e sentimental. Para ela, coração sempre vem antes da razão. Cores: Vermelho e verde. Olho do dia. Cautelosa, valoriza a característica de ouvir mais e falar menos. Cores: Violeta e turquesa.

Pessoa admirável. Suas principais características são o jeito afetuoso e o amor à liberdade. Cores: Verde e Violeta. Caminho do carneiro. Pessoa cuja fé e dom de convencimento são admiráveis. Cores: Verde e rosa. Nome derivado do grego Dirke, que significa pinha. É idealista e sensitiva. Cores: Azul e vermelho. De origem francesa, significa “menina do senhor”. Tem espírito confiante e empreendedor. Cor: Rosa Mulher doce e amável. Tem imaginação fértil e grande intelecto. Cores: Amarelo e violeta. www.semprematerna.com.br

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proteção proteção

Sujeira do bem Poucos sabem, mas o sistema imunológico do bebê é fortalecido no contato com a natureza e quando não há limpeza exagerada dos cômodos da casa

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ual mamãe não se assusta ao ver o filho com alguma sujeira no corpo? O espanto normalmente acontece, porque o bebê está limpinho a maior parte do tempo. Mas essa sujeirinha não é do “mau” como os pais imaginam. Ela faz parte da aquisição da imunidade da criança e deve ser encarada com naturalidade. Depois do contato com a sujidade, os anticorpos responsáveis pela produção das células de defesa no organismo combatem agentes como fungos e bactérias e proporcionam proteção para livrar o corpo desses atuantes. O coordenador de Pediatria do Hospital e Maternidade São Luiz, Cid Pinheiro, conta que, inicialmente, o sistema imunológico do bebê é imaturo e conquistado com anticorpos maternos, passados para o feto durante a gravidez. A partir do nascimento, sucede-se por meio da amamentação. Os anticorpos maduros são adquiridos até a criança completar 2 anos de vida. Brincar Com certeza, as mamães já devem ter escutado a frase “sujeira faz bem”. Além de se divertirem, as crianças aumentam o sistema imunológico ao ter contato com natureza, como areia e terra. O ar livre é ainda essencial para o desenvolvimento social e emocional, já que experimentam outras atividades. Limpeza do ambiente Cid esclarece que a higiene dos ambientes, como o quarto do bebê, deve ser feita normalmente, sem uso de bactericidas e produtos químicos. “Pano úmido pelo chão já é suficiente para retirar poeira. Não há necessidade que isso seja feito várias vezes por dia.” 44

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Febre

Um dos sinais mais evidentes de que o organismo encontrou algo desconhecido é a febre. Poucos acreditam, mas a temperatura alta é sinal de proteção. “Quando o corpo aquece há liberação de substâncias responsáveis por acelerar o metabolismo do corpo em processos inflamatórios, que melhoram a atuação das células de defesa do organismo contra fungos, bactérias e vírus”, explica Pinheiro, que completa: “A situação só é preocupante quando a temperatura corporal sobe muito rápido. Em situações como essa, é necessário que os pais procurem o pronto-socorro”, alerta.



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Supermix Para ler, ouvir, assistir e curtir com a família

Afinal de contas, que cegonha é essa?

Zé Bocão

Como viver em harmonia com o câncer

O livro fala sobre fertilização e mostra em quais situações ela é necessária. Como o embrião é formado e como vai parar na barriga da mãe são algumas das questões esclarecidas no texto. Autor: Selmo Geber Editora: Vieira e Lent Páginas: 40

Com a temática da alimentação na primeira infância, o personagem mostra como deixar a hora de comer mais divertida. Colorido e lavável, o livro vem com babador. Autor: Irles Carvalho Editora: Maco Páginas: 6

Prefaciado pelo Doutor Dráuzio Varella, a obra traz nova forma de combater a doença e um aprendizado fundamental para profissionais da saúde e pacientes. Autor: Celso Masumoto Editora: Cultrix Páginas: 117

CD’s Adriana Partimpim Tlês O sucesso Partimpim chega ao terceiro volume na língua da criançada. Tlês traz 11 faixas com arranjos lúdicos, incluindo versões de Chico Buarque, Jorge Ben Jor e Dorival Caymmi. Ano: 2012 Intérprete: Adriana Calcanhoto Distribuidora: SONY/BMG 46

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Cantigas e rimas Vol. 1 e 2 Os lançamentos da série MPBaby deixam de ser apenas instrumentais e ganham vozes. As capas apresentam nova identidade visual, com mais cor e personagens criados exclusivamente para a coleção. Ano: 2012 Intérprete: Aline Romeiro e Wlad Mattos Distribuidora: MCD


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Gangorra Emocional Como os futuros papais podem participar do turbilhão de sentimentos do período gestacional

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gravidez é um dos maiores momentos de transição na vida de uma mulher. É quando ela define novos papéis na vida e, além de ser filha, esposa e profissional, precisa se preparar para desempenhar o papel de mãe e cuidadora. Mesmo com tanta responsabilidade, a futura mamãe também terá que se adaptar com as mudanças que acontecem rapidamente. A primeira a se manifestar é a fisiológica como, fome, vômitos e excesso de sono. Logo em seguida as alterações no corpo ficam perceptíveis e, como consequência, abalam a autoestima da gestante. 48

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Com esse turbilhão de sentimentos e sensações as oscilações no humor são constantes. O especialista em inteligência emocional da Lotus Treinamento e fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional Rodrigo Fonseca, explica que nessa hora é importante que o papai esteja preparado e estruturado para ajudar. “A falta de apoio da família torna essa fase ainda mais delicada e pode trazer consequências importantes para o bebê.” Para apoiar os futuros papais, o especialista relacionou algumas dicas que já fizeram diferença para outros casais grávidos:


Converse: Atenção ao que a grávida fala. Ouça seus medos e inseguranças sem julgamentos e cobranças. Lembre-se de tranquilizar a mulher, mostrando que está ao seu lado e que ela poderá contar com você como marido, amigo e pai. Esteja presente: É importante acompanha-la nas consultas médicas, pois ela sente e percebe que não está sozinha. Além disso, o marido pode ajudar com a autoestima de sua mulher: faça surpresas, chegue mais cedo em casa com flores. Ligue ou mande mensagens durante o dia perguntando como está o dia dos “dois”. Deixe bilhetes no travesseiro para surpreendê-la com mensagens de amor e felicidade por aquela nova vida que ela está gerando. Seja paciente: Quando perceber que a grávida está passando por um momento de descontrole

emocional espere ela se acalmar e depois converse sobre o que aconteceu. Ajude-a perceber que aquelas emoções fazem parte do seu processo. Coloque o pé no chão: Quando surgirem os medos - que são naturais - converse com a futura mamãe sobre a veracidade de cada um deles e a probabilidade real de acontecerem. Ajude-a perceber que a maioria deles não são reais. Fique atento para não falar com tom de descaso. Apenas dê o real valor. Elogios: São imprescindíveis. Ajudam a aumentar a autoestima dela e diminuir a insegurança natural da gestação. Grand Finale! Experimente uma conversa em família. Isso mesmo, seu bebê já ouve, vê e sente tudo. Portanto, falem sobre coisas que vocês farão juntos, viagens, passeios e ressaltem as qualidades de cada integrante da família.

“Paiticipação” e “Paiciência”

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uando descobrimos que estávamos grávidos, não foi surpresa, pois nos programamos para ter um bebê. Porém, a felicidade da confirmação foi imensa. Sempre tive o sonho de ser pai desde a adolescência e a hora havia chegado. Apesar de toda a alegria que revestiu o momento, o medo veio junto e pensei: E agora? Não sabia o que teria que fazer durante as 40 semanas de gestação, e tão pouco sabia o que estava por vir: crises emocionais, angústias, baixa autoestima. Confesso que fiquei muito confuso e minha paciência estava no limite. Eu não a entendia, ela não se entendia.

Foi então que comecei a receber os boletins da Sempre Materna, na versão papai. Com as orientações o relacionamento ficou mais fácil, pois me informavam direitinho o que estava acontecendo naquela semana como mudanças hormonais, oscilações de humor ou aumento da fome. Passei a ser mais paciente, saí da academia que frequentava todos os dias e me tornei mais presente. Posso dizer que fiquei mais participativo, ou “paiticipativo”, como gostamos de dizer, o que foi essencial para curtir e vivenciar com minha mulher a dor e a delícia de gerar um novo ser, que hoje chamamos de Luiza. Rodrigo Bueno Pai de Luiza de 2 anos

Coluna do papai

Mande sua história, seu desabafo, seu modo de encarar a paternidade, ou seja, participe desse espaço Sempre Paterna.

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com com você você

Superação

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ncontrava-me no meu melhor momento como mulher: grávida. Já estávamos tentando há dois anos, mas sem sucesso, até que foi constatado que meu marido tinha varicocele, que impedia a concepção. Ele fez a cirurgia no Hospital São Luiz em Maio de 2011 e em julho recebemos a grande notícia: “vem aí um bebê!”. Justamente nessa ocasião, descobri o câncer de mama. Que sofrimento, quantas dúvidas, incertezas... estava com uma mistura de sentimentos entre a vida e a morte. Graças a Deus fui muito bem acolhida no Hospital AC Camargo, em São Paulo. Os profissionais sempre me trataram com tanto carinho que isso fez e faz total diferença para quem tem um diagnóstico tão sério como este, e principalmente, no estado em que me encontrava. Fiz a cirurgia de mastectomia radical da mama direita aos quatro meses de gestação, em novembro de 2011. A recuperação foi ótima. Dois meses depois, dei início às sessões de quimioterapia. Foram quatro sessões antes do parto. Mi-

nha preocupação era o bebê nascer prematuro e/ ou com baixo peso. Um mês antes do parto, ao final das quatro sessões, paralisei o tratamento para me preparar para o para o nascimento, pois assim, não haveria riscos. Maria Alice nasceu através de uma cesariana, com 37 semanas e quatro dias, 2.750kg, saudável, sem sequelas. Quinze dias após o parto, reiniciei as sessões de quimioterapia, agora com um medicamento que antes não podia ingerir por estar gestante. Foram mais 12 sessões depois que ela nasceu. Hoje, a pequena está com 10 meses, muito saudável, mesmo eu não podendo amamentá-la. Continuo meu tratamento com medicações especificas, mas com a certeza de que tudo já deu certo. Com esperança de que poderei ver minha filha crescer, pois já recebi o milagre da sua vinda ao mundo, mesmo depois de tanta adversidade. Denise Aguila Mãe de Maria Alice de 10 meses

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Errata edição 27: Antônia Martins Silva, da matéria Higiene do bebê, é enfermeira do Hospital e Maternidade Assunção; Julia Kimori, da matéria Saúde ocular, é neonatologista do Hospital e Maternidade Brasil.

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