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A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE DE TÁXI EM CLICKS

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DE SUCESSO NA EUROPA PARA O BRASIL, APLICATIVO PODE SER REFERÊNCIA ENTRE OSPROFISSIONAIS QUE BUSCAM UMATENDIMENTO PERSONALIZADO NA CONDUÇÃO DE PASSAGEIROS EM VEÍCULOS PARTICULARES

GAMES CONQUISTAM VERSÕES CINEMATOGRÁFICAS. O MERCADO EDITORIAL TAMBÉM APOSTA NESSE BOOM EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

QUEM É JANE HERMAN? REVISTA

Descubra que é essa autora estreante no Brasil

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SELLER#7


SELLER#7 Ano2/2012

By Jorge Silva


CONTO 64 O TÁXI DO FUTURO 84 ENSAIOS 104 SAÚDE 154

QUEM É JANE HERMAN 124 GAMES EM FILMES 164




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CONTO

UMA SEGUNDA CHANCE Deixaria dois bilhetes, um para os filhos e outro para a mãe, aos amigos já planejara a despedida, seria sem choro, sem cerimônias e no melhor estilo... Quando deixou o consultório seu corpo ainda estava tremulo, não pelo tempo, pois fazia quase quarenta graus à sombra, o Rio parecia uma caldeira e a praia estava cheia. Sentou no banco em frente ao posto quinze e observava o mar azul, as pessoas brincando e felizes, levantou e foi para o quiosque, pediu uma água de coco, observou o homem pegar o coco, abrir um sorriso e levantar o facão. - Não! Disse rapidamente. Assustando o homem que ficou olhando para ele. - Mudei de ideia! - disse afrouxando a gravata. - Uma cerveja. Pediu. Tomou como se fosse o liquido mágico e maravilhoso que descia gelado e aprazível pela garganta que a muito gritava no escritório cobrando prazos, no trânsito cobrando pressa das murrinhas a sua frente e coisas e tal. Quando terminou a terceira garrafa ainda tinha sol, as pessoas ainda tinham pique para continuar, e ele... Isso não teria mais. - Dois dias! - dissera o médico. Foi à única coisa que ele conseguiu entender perfeitamente, ante a enxurrada de informações. Voltou para casa, o dia já terminando. A mulher chegava da praia, brincando com a filha, ambas sorriam, era a alegria estampada no rosto. Reparou na felicidade da mulher, a tempo não a via tão radiante, viva. E sentiu pena de si mesmo. Como contar a ela a verdade ou deveria mentir? Estragaria aquela felicidade que a muito não via? Optou ficar com a segunda opção. Sofreria menos ele pensou, inventaria uma historia qualquer, uma que ela ficasse com raiva dele, assim a perda seria menor sofreria menos analisou ele nos seus últimos instantes de vida. Depois seria tudo explicado. Disse que tinha uma amante que a deixaria e coisa e tal. - Quando? – lhe perguntou. - Amanha mesmo! -disse mentindo mais para si. Sentiu um nó na garganta. Pensou em desistir, de lhe dizer que mentia que estava morrendo, que só teria mais um dia e meio de vida. Mas manteve firme. Passou no quarto da filha que dormia agarrada ao ursinho. Afagou-a e foi para o quarto. Encontrou a porta fechada. Passaria sua ultima noite de vida sozinha, foi para a sala, pegou papel e caneta e decidiu escrever dois bilhetes, um para sua mãe contando tudo, pedindo perdão por não a ver mais vezes e outra para a mulher, dizendo que seguisse a vida, pois ela era curta e que encontrasse um cara legal. Afinal... Vida que segue. Pensou nos amigos, como reagiriam. - Era um cara bacana diria uns. Um sacana! Outros poderiam dizer. Mas ficou firme. Pensou nas vezes que foi firme, fiel ante as tentações do escritório, das mulheres que não pegou. E pensou na mulher, amiga e companheira, devia contar a ela, mas e daí? Adiantaria alguma coisa? Alguma coisa iria mudar? Ela ficaria triste e chorosa, achou melhor continuar firme.

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Passou um filme na sua frente, o casamento, as viagens o nascimento da filha, os passeios. Adormeceu vendo os CDs de recordações da família. Acordou as seis, dormira como uma pedra. - Não vai trabalhar hoje? Disse a mulher lhe cutucando suas costelas doloridas. Pensou em voltar novamente atrás. – Firme homem! Pensou e então partiu. Apresentou sua demissão, despediu se dos amigos que não entendiam nada. - Mas que loucura é essa cara? Tá louco? - Diziam uns. O que se passa? - Isso é coisa de mulher... -Deve ter fugido com outro. - Dizia outro. - Cara ele deve ter ganhado na loteria. Arriscou outro. Começou por dentro a ficar apertado. Saiu e sentou-se no mesmo banco, despedia-se da vida. Olhou o mar azul e ficou observando as pessoas. De longe viu a mulher e filha. Pensou em ir até elas. Dar o ultima abraço. Olhou o relógio, a hora não passava, se o doutor estivesse certo dali a três horas estaria morto. - Não sentira nada! Teria dito ele. Será mais fácil. Olhou a mulher e encaminhou ate ela. Um homem encaminhava ate onde estavam. Parou e lhe ofereceu algo. Ela estava alegre olhando a filha que brincava na areia. Seu rosto estava brilhando, as mãos do homem tocou as suas, ele estancou na areia quente. Viu quando o homem a pegou pela nuca e a beijou. O mundo parou. Sentiu que morreria ali mesmo, não chegaria às dezoito horas. Seu corpo ficou quente. Deve ser o sangue, algo dentro dele se sacudia e o impelia a ir ate eles, mataria aquele homem. Viu quando ele se afastou ela arrumando os cabelos os pés rodando na areia quente, olhando quando o homem bronzeado se afastava. Ela estava vivendo a vida. Ele partiria dali a algumas horas, sossega homem pensou. Mais desolado ainda foi para casa. Parou no bar e ligou a TV. Encheu um copo e ficou aguardando a hora afinal. Sentou se no sofá e olhou o relógio, e lá estava o tempo, passara 5 minutos desde que sentara, mas parecia uma eternidade. O relógio marca: 17h59min faltava apenas um minuto para que ele finalmente sucumbisse e tudo seria diferente a partir dali. Fechou os olhos e tudo apagou. Acordaria no dia seguinte, vivo com uma tremenda ressaca, e descobriria que a vida lhe dera outra chance. Não morreria naquele dia, não ainda, mas de certo alguma coisa mudaria.

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Gola n o i Dyn


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TECNO

TÁXI DO FUTURO

NO RIO DE JANEIRO Só parece ficção. É bem real. 5 da Seller:

J o r g e S i l v a

A

ndar de carro em capitais do porte de um Rio de Janeiro pode ficar mais fácil para quem depende desse tipo de locomoção diária. O melhor, a possibilidade de burlar engarrafamentos e não esbarrar em maus motoristas. Imagina quando se precisa de um bom condutor de táxi. Agora, no Brasil, um aplicativo é a promessa de boas direções. Lançado na Grécia, e com uma carreira bem-sucedida por lá, o Taxibeat chega para revolucionar o conceito de fretamento de veículos, estreitando o relacionamento entre motoristas e passageiros. A Seller entrevistou o gerente de Marketing Duffy Sardo, da Taxibeat. Na entrevista, ele aponta por que disponibilizar esse serviço em território brasileiro, com disponibilidade inicial no Rio de Janeiro. Revista Seller: A proposta Taxibeat é muito interessante do ponto de vista da praticidade para clientes que buscam eficiência no serviço de táxis. O Brasil seria o ponto de partida para a expansão da Taxibeat para os países que compõem a América Latina? Duffy Sardo: A América Latina está repleta de grandes mercados de táxi, mas o Brasil é o maior deles. Além disso, o brasileiro é extremamente receptivo a novas tecnologias e o uso de smarphones cresce a cada mês. O cenário não poderia ser melhor para aqui ser o nosso ponto de partida. A Taxibeat é uma marca global e temos planos de expandir para outros mercados em breve. RS: A sede da Taxibeat, no Brasil, fica em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Por que a escolha da cidade-sede das Olimpíadas 2016 para iniciar os serviços a taxistas? DS: O Rio é uma cidade internacional com grandes empresas de serviço. Porém, a indústria de táxi precisa passar por uma transformação. Como passageiro, você não tem o poder de escolher o taxista que lhe prestará o serviço. Os taxistas, por sua vez, possuem pouca ou nenhuma reputação e não precisam se preocupar muito com fidelidade. Isto acaba afetando diretamente a qualidade e confiança

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e atuito ad r g é o ownlo icativ O apl er feito o d , tas nes pode r tpho aga uma a m s ap para taxist or passaO . s do blet xa p na ta o através e u q pe id atend o r i e g eat. Taxib

Site Ta

xibeat

do serviço e gera uma série de reclamações por parte dos usuários de táxi. Com os grandes eventos se aproximando, existe uma forte cobrança na indústria de táxi para que o serviço evolua a um nível de primeira classe. E nós fazemos parte dessa evolução.

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dução

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et

RS: A empresa pretende atingir outros nichos de mercado, por exemplo, agregar publicidade ao aplicativo e produção de conteúdo? DS: Estamos focados somente em atuar neste novo mercado para taxistas e passageiros. Não temos nenhum plano de entrar em outras áreas. Este mercado já é muito fragmentado e possui um grande potencial de consolidação. Este é o nosso foco. RS: Qual foi a proporção em investimentos para que o aplicativo Taxibeat fizesse parte da realidade do brasileiro? DS: Como todo projeto de tecnologia deste porte, o investimento foi substancial. Mas o mais importante é que após um longo período testando, aperfeiçoando e operando este modelo de sucesso na Europa, estamos hoje pelo menos 2 anos a frente dos nossos principais concorrentes no Brasil. E este é o real valor da nossa organização.

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ENSAIOS

LADO A 10


LADO B rge Silva Fotos: Jo uaí 2012 g a It Expo J Itaguaí, R

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LETRAS

AUTORAJH J o r g e S i l v a

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ascida no Rio de Janeiro, especializada em produção literária na internet, território por onde a autora conquistou muitos fãs, o público leitor pode conferir nas páginas de seu primeiro romance “Entre a Nobreza e o Crime”, lançado recentemente, o talento dessa carioca da gema.

Para quem ainda desconhece a criatividade dessa fabricante de sonhos através do mundo mágico das letras, com altas doses de realidade, pois sua literatura veio para ficar e encantar amantes dos livros, que parecem filmes de tão bem-estruturados, vale muito conferir os capítulos de Jane Herman.

Jorge Silva – Quuando lhe despertou o interesse em publicar um livro que, de acordo com a sinopse, vai ao encontro do recém-boom da literatura de entretenimento por alguns autores brasileiros da nova geração? J.H - O interesse de publicar um livro ainda estou procurando! (risos). Mas desde muito cedo tive o ímpeto de escrever, embora não houvesse dentro de mim o mesmo ímpeto para que as pessoas lessem o que eu escrevia. Com as redes sociais, pela primeira vez tive “leitores”, leitores tão virtuais quanto a autora - embora o esforço que ela fizesse para escrever, lidar com a falta de tempo e cobranças do mundo offline, fosse bem “real”. J. S - No Brasil, tornar-se autor de sucesso e viver da própria arte é um luxo. Realidade muito diferente de outros países, como nos Estados Unidos, onde o mercado editorial tem outra dinâmica com autores representados até por agentes literários. Qual foi a sua estratégia para ter o seu livro publicado? J.H - A estratégia foi a completa falta de estratégia. Faço apenas ideia dos problemas da publicação em nosso país, contudo posso dizer que conheço as realidades do “durante a publicação” e do “após a publicação”, que são inúmeras! Postei uma história em capítulos na internet, e, em um belo dia, a diretora executiva da Editora Lio me passou um e-mail perguntando se eu gostaria de publicar. Vi a mensagem com dez dias de atraso e demorei a acreditar!

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J.S - Como está o termômetro das vendas de Entre a Nobreza e o Crime? Pode-se dizer que ele tem grandes chances de entrar para a lista de Best Sellers? J.H - Seria mais fácil de entrar na lista de Best Sellers se Jane Herman fosse a Bruna Surfistinha (risos). Mas já deu para começar a juntar dinheiro para a compra da minha ilha no Oceano Pacífico... J.S - A produção literária contemporânea tem acompanhado as estruturas de narrativas cinematográficas e televisivas. É o caso de usar ‘Primeira Temporada’ ao invés de Volume 1’ para definir uma série de livros, estrutura muito comum em séries de TV. Entre a Nobreza e o Crime segue a mesma técnica de uma série de televisão. Isso partiu de Jane Herman ou foi indicação da editora? J.H - Eu confesso que, na versão virtual, Entre a Nobreza e o Crime foi dividido entre Livro I e Livro II, não em Temporadas. A editora enxergou o uso de Temporadas como mais contemporâneo, por isso mais comercial. Porém, de todo o coração, para mim ainda é Livro I e Livro II! J.S- Alguma técnica de produção literária em especial ou a inspiração é quem manda no processo criativo? Inspiração é para poetas, na minha opinião. Porque inspiração depende de calma, serenidade e certa introspecção. Romancista tem é transpiração! É minha transpiração quem coordena meu processo criativo, não técnicas ou aspirações de terceiros. J.S- Algum novo projeto? A continuação de Entre e a Nobreza e o Crime? J.H- O Livro II de Entre a Nobreza e o Crime. Ou Segunda Temporada, não é?

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SAÚDE

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A IMPORTÂNCIA DO DESJEJUM PARA MANUTENÇÃO DO PESO R e g i n a M o u r a

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m artigo publicado na revista de nutrição relacionou o consumo do desjejum (café da manhã) com o baixo risco de sobrepeso e obesidade.

Esta refeição é umas das 3 principais do dia. a recomendação brasileira é que ele atinja em média 25% do vet (valor energético total) consumido durante o dia, período em que muitas pessoas a omitem por vários fatores (alegam falta de tempo, moram sozinhos ou têm hábitos de alimentação diferentes do resto da família). isto desencadeia o aumento do consumo de alimentos calóricos e pequenos lanches ao longo do dia, fazendo com que se consuma mais do que a necessidade diária que é, em média, de 2000 kcal. Observou-se também neste estudo que os adolescentes do sexo feminino são os que mais deixam de fazer este tipo de refeição. elas acreditam que irão reduzir o peso omitindo o desjejum. Pela sua importância e vantagens do seu consumo regular, o café da manhã poderia ser responsável pelo consumo das porções diárias recomendadas de alguns grupos alimentares como os cereais, frutas, leite e derivados, tornado a alimentação mais saudável. EXEMPLO DE CAFÉ DA MANHÃ SAUDÁVEL 1 COPO(200ML) DE LEITE 1 COPO DE SUCO DA FRUTA OU 1 FRUTA COM 2 COLHERES DE SOPA DE AVEIA 2 FATIAS DE PÃO DE FORMA INTEGRAL COM 1 FATIA DE PEITO DE PERU Fonte: Revista de Nutrição; Rev. Nutr. vol.23 no.5 Campinas Sept./Oct. 2010.

Regina Moura, nutricionista (CRN: 10100450) Prescrição de Dietas Personalizadas; consultoria para Empresas; elaboração do Manual de Boas Práticas e Pop’s; treinamento para Funcionários; ministra Palestras Contatos: (21) 9758-5531/ 8781-8977 E-mail: reginaamoura@yahoo.com.br “NUTRICIONISTA - PROFISSIONAL O QUAL PROMOVE, MANTÉM E RECUPERA A SAÚDE ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO E GARANTE A SEGURANÇA ALIMENTAR”

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POPCULT

SUCESSO EM GAMES, AGORA NA TELA DOS CINEMAS N eed For Speed, série de games de corrida da Eletronic Arts, conquista o cinema. A empreitada cinematográfica fica a cargo da Dreamworks, famosa por emplacar sucessos como Shrek e Madagascar.

Outra grande estrela dos consoles é o Assassin´s Creed, franquia bem-sucedida também em livros no Brasil. Os três livros (adaptação da série) já ultrapassaram a marca de 500 mil exemplares vendidos. No cinema, o famoso personagem da Ubisoft entra em cena pelas lentes da produtora Sony Pictures. Lançamentos previstos para 2014.

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Tá sem tempo pra se divertir? Acesse o blog do Jorge Silva Lá você pode curtir: Literatura, Jornalismo e... Aí depende da sua autoestima

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