REVISTA SAÚDE BAURU - EDIÇÃO 14 - 02/03/2019

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Índice

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Avanços nas técnicas de aplicação e evolução de preenchedores, toxinas botulínicas e bioestimuladores de colágeno faciais e corporais. Dra. Jane Lucy Corradi

Revista Saúde Edição 9 | MarçoEdição . 20119 0 || Mês Ribeirão . 2017 Preto.SP | C.E

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Alimentação saudável e saúde para seus olhos Dra. Daniela Monteiro de Barros Dr. Fernando Heimbeck

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A importância da Avaliação Neuropsicológica para o diagnóstico Edna Oliveira Aguiar

Helicobacter pylori: uma bactéria comum, vivendo em um local incomum – nosso estômago! Dr. Rafael Kahwage

32

Diagnóstico e Tratamento da Gota Dr. Carlos Eduardo Cury

16

Tosse aguda: é sempre necessário uso de antibiótico?

Sistema Nervoso Dr. Flávio Macheroni

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Referência em Saúde Estética

37

Referência em Estética Avançada

Dra. Natasha Serigatto

40

Dr. Paulo Jaziel Pittelli

20

É possível (e não perigoso) criar uma criança vegana? Dr. Renato Zorzo Dr. Thiago Santos Hirose

Cuidando dos olhos durante o verão. Dr. Marcelo Caram R. Fernandes

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26

Nutrição e Metabolismo Dr. Luiz Antonio Vilela de Lima Filho

Prevenção: chave para a juventude Dra. Vanessa Mello Tonolli

46

36

O uso do laser é sinônimo de alta tecnologia na Otorrinolaringologia Dr. Cassiano Ricardo Dantas Moreti

84

48

Odontopediatria Erupção dos Dentes Decíduos: Cronologia, manifestações locais e sistêmicas.

É preciso tratar a causa da dor, e nem sempre ela está onde dói. Dr. Giuliano G. Martins

78 32

necessário remover?

24

74 30

Dentes Inclusos: Sempre é

Dra. Elisa Mattias Sartori

22

22 56

Daniel Baldim

Dra. Ivete Ap. de Mattias Sartori

Reganho de peso pós bariátrica

50 16

Dr. Luis Renato Alves

18

48 10

Principais Doenças do

14

832

12

Dr. Enzo Melchior Junior

10

Falando sobre tatuagens

Profª. Drª. Vivian de Agostino Biella

50

Ronco e Apneia Fantasmas que amedrontam Dr. Matheus Sgarbi Vergaças

44

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Expediente

Revista Saúde Edição 9 | Março . 2019 | Ribeirão Preto.SP

REVISTA TRIMESTRAL Março/2019 | ANO 03 | Nº 09 | Ribeirão Preto/SP Editora Lopes e Rampani Ltda - CNPJ 07.986.256/0001-69 Franquia de Ribeirão Preto: KR7 Magazine Ltda - CNPJ 09.346.831/0001-94 ESCRITÓRIOS

CAPA RIBEIRÃO PRETO Dores nas costas, quadril e joelos? Não trate a dor! Fotografia:

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Lucas Neves - 17 99135-1065

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CAPA BARRETOS Neurocirurgia: Principais doenças do sistema nervoso Fotografia: Lucas Neves - 17 99135-1065

CAPA BAURU Fotografia:

Lucas Neves - 17 99135-1065

DIREÇÃO GERAL

Marcelo Adriano Lopes da Silva

Renato Renovato Diretor da Franquia

Ueslei Dias Rampani

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Avanços nas técnicas de aplicação e evolução de preenchedores, toxinas botulínicas e bioestimuladores de colágeno faciais e corporais.

DRA. JANE LUCY CORRADI DERMATOLOGIA CRM/SP 60.349 | RQE: 57863

A dermatologista Dra. Jane Lucy Corradi, com experiência há mais de vinte anos em aplicação de preenchedores cutâneos e toxina botulínica, com cursos de aperfeiçoamento de excelência nacionais e internacionais, conferiu as novidades da mais recente edição, da qual participou do Master Injector Academy (MIA). Estudos recentes sobre o envelhecimento e suas alterações anatômicas no decorrer da idade concomitante, à uma melhor compreensão de nossas características genético-raciais, sexuais, cronológicas e estilo de vida inerentes, levaram ao aperfeiçoamento das técnicas de aplicação e surgimento de novos produtos injetáveis. Assim, é possível atingirmos melhores resultados na abordagem de alterações inestéticas e rejuvenescimento cutâneo com a finalidade de conseguirmos uma aparência mais natural, suave e harmoniosa. Hoje, os preenchedores cutâneos podem ter várias finalidades como: sustentação, definição de contorno facial e corporal, volumização, efeito lifting, efeito ‘’top model look’’, correções de sulcos leves, moderados e profundos e abordagem labial (contorno, volume, efeito “gloss”, liplush technique). 8

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Além das técnicas de aplicação conhecidas, como o MD Codes, temos a recente técnica Delta Lifting, as quais nos proporcionam maior segurança, durabilidade, eficiência e melhor custo-benefício para o paciente. Aliado aos procedimentos cutâneos e à crescente evolução das técnicas de aplicação da toxina botulínica, os bioestimuladores de colágeno estão ocupando um significante espaço no que se diz respeito à melhora da textura, firmeza e elasticidade, levando à melhora do contorno e flacidez da pele. Entre os produtos com esta capacidade de bioestimulação de colágeno, temos o Ácido Poliláctico (Sculptra), a Hidroxiapatita de Cálcio (Radiesse) e a Carboximetilcelulose Aquosa associada à Policaprolactona (Ellansé) Além da face, pescoço e colo, podem ser tratados as mãos, braços, coxas, abdome e nádegas. O resultado é conquistado com a compreensão da anatomia e estilo de vida de cada paciente, com a execução do procedimento por um profissional médico qualificado, especializado, com produtos de excelência comprovada e técnicas adequadas, respeitando as características individuais de cada paciente.



Alimentação saudável e saúde para seus olhos

Alguns nutrientes presentes na dieta são essenciais para a saúde dos olhos e para prevenir doenças e problemas de visão como olho seco, glaucoma e degeneração macular.

Esses nutrientes podem ser encontrados em alimentos como cenoura, abóbora, mamão, peixes de água salgada, castanhas, ômega 3, e nas vitaminas, A, B, C, D e E, e devem ser consumidos diariamente como fonte de saúde para os olhos, como também ajudam na prevenção de doenças sistêmicas que podem afetar a visão, como o diabetes e a pressão alta, informam os oftalmologistas Dr. Fernando Heimbeck (CRM:104.673), e a Dra. Daniela Monteiro de Barros (CRM: 109.939). Os alimentos ricos em luteína e zeaxantina também são ótimos antioxidantes, e por isso ajudam na prevenção da progressão de doenças degenerativas como o glaucoma e a DMRI (degeneração macular relacionada a idade). Uma dieta balanceada é composta por uma variedade de proteínas, laticínios, frutas e legumes. Tente comer um arco-íris durante o dia, incorporando vários alimentos saudáveis com diferentes cores, sugere a oftalmologista especialista em glaucoma Dra. Daniela Monteiro. 1- A cenoura e seus benefícios: A cenoura e outros alimentos alaranjados, como mamão e abóbora, são ricos em 10

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vitamina A e betacaroteno (betacaroteno que é responsável pela cor laranja nesses alimentos), nutrientes que funcionam como importantes antioxidantes essenciais para a retina dos olhos e saúde da pele. A vitamina A desempenha um papel essencial na visão, ela é componente de uma proteína chamada rodopsina, que ajuda a retina a absorver a luz. A deficiência de vitamina A pode causar a chamada cegueira noturna, que é a diminuição da visão em locais com menor intensidade de luz, especialmente durante a noite. 2- Peixes: Os peixes de água salgada, como salmão, atum, sardinha, truta, cavalinha, anchovas e arenque são importantes fontes ricas de ácidos graxos e ômega-3. Estas são as denominadas gorduras “saudáveis”. Os ácidos graxos e ômega-3 podem contribuir para o desenvolvimento visual e para a saúde da retina, camada encontrada na parte posterior dos olhos. Eles também podem ajudar a prevenir o olho seco. Além disso, o ômega-3 melhora a circulação sanguínea, aumentando a quantidade de oxigênio e nutrientes enviados para os olhos. Desta forma, considere incorporar peixes em seu plano de


refeições- pelo menos 2-3 vezes na semana. Ao comprar salmão, escolha uma versão capturada em vez de um salmão criado em cativeiro. Isso porque o salmão criado em cativeiro tem mais gordura saturada e menos ômega-3 do que o salmão selvagem. 3- Os Ovos e sua importância para os olhos: Os ovos são uma excelente fonte de luteína e zeaxantina, o que pode reduzir o risco de perda de visão relacionada à idade. Os ovos também são boas fontes de vitaminas C e E e zinco. 4- Os vegetais verdes: A couve e os vegetais verdes, como brócolis e espinafre, são ricos em luteína e zeaxantina, e contêm também ácido fólico, mineral importante na prevenção de anemias, aumentando a quantidade de oxigênio recebido pelas células dos olhos. Luteína e zeaxantina não produzidas pelo nosso organismo, por isso a sugestão é incorporá-las em sua dieta. Uma porção de 100 gramas de couve, que é cerca de 1 ½ xícaras, contém 11,4 mg de luteína e é recomendável que você ingira 10 mg por dia. Outros vegetais ricos em luteína são pimentas vermelhas e espinafre. 5- Amêndoas, Nozes e Sementes: Amêndoas, nozes e sementes, geralmente são boas para a saúde dos olhos. As amêndoas e nozes contêm vitamina E. Essa vitamina protege contra moléculas instáveis que atingem o tecido saudável. Consumir quantidades regulares de vitamina E pode

ajudar a prevenir a degeneração macular relacionada à idade, bem como a catarata. As sementes com alto teor de ômega-3 incluem: sementes de chia e sementes de linhaça. 6- Frutas Cítricas: Laranjas e outras frutas cítricas contêm vitamina C, que é fundamental para a saúde dos olhos. A vitamina C, encontrada principalmente em frutas e legumes frescos, contribui para vasos sanguíneos saudáveis em seus olhos. Ele pode combater o desenvolvimento de catarata e, em combinação com outras vitaminas e nutrientes, a degeneração macular relacionada à idade e atua no metabolismo da córnea ajudando na cicatrização do epitélio corneano. 7- Legumes, Feijão, ervilhas e lentilhas: São boas fontes de bioflavonóides e zinco e podem ajudar a proteger a retina e diminuir o risco de desenvolver degeneração macular e catarata. Como conclusão, os oftalmologistas Dr. Fernando Heimbeck e a Dra. Daniela Monteiro de Barros enfatizam a importância de uma dieta saudável e equilibrada no controle do estresse oxidativo, associado a avaliações oftalmológicas periódicas, condutas indispensáveis na prevenção de doenças oculares. Por isso a importância de um acompanhamento periódico com um especialista, lembrando que a prevenção é sempre a melhor escolha para uma vida com qualidade e para a saúde de seus olhos.

DRA. DANIELA MONTEIRO DE BARROS OFTALMOLOGIA CRM/SP 109.939 | RQE: 50141 • Médica do Departamento de Plástica Ocular e Glaucoma do D’Olhos Hospital Dia - São José do Rio Preto; • Diretora Clínica do Instituto de Oftalmologia Avançada - INOVA; • Fellowship em Glaucoma pelo Wills Eye Hospital, Filadélfia, Estados Unidos; • Título de Especialista Pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO.

DR. FERNANDO HEIMBECK A couve e os vegetais verdes, como brócolis e espinafre, são ricos em luteína e zeaxantina, e contêm também ácido fólico, mineral importante na prevenção de anemias, aumentando a quantidade de oxigênio recebido pelas células dos olhos.

OFTALMOLOGIA CRM/SP104.673 | RQE: 35438 • Médico do Departamento de Córnea e Cirurgia Refrativa do D’Olhos Hospital Dia - São José do Rio Preto; • Diretor Técnico do Instituto de Oftalmologia Avançada - INOVA; • Fellowship em Córnea e Cirurgia Refrativa pelo Wills Eye Hospital, Filadélfia, Estados Unidos; • Título de Especialista Pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO.

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A importância da Avaliação Neuropsicológica para o diagnóstico

EDNA OLIVEIRA AGUIAR CRP 06/70209 PSICÓLOGA • Graduação em Psicologia na Universidade do Sagrado Coração; • Pós-Graduação em Terapia Cognitiva TCC pelo instituto de Terapia ITC São Paulo; • Pós-Graduação LATO SENSO em Educação Especial - Autismo e Síndrome de Down - Faculdade Internacional de Curitiba; • Especialização em Psicopedagogia; • Pós-Graduada em Neuropsicologia - Centro Sul Brasileiro de Pesquisa Extensão; • Aplicadora da Metodologia ABA.

A avaliação Neuropsicológica tem a

Normalmente solicitada por um médico,

finalidade de fornecer subsídios para o

a avaliação pode ser utilizada em várias si-

diagnóstico de doenças que influenciam no

tuações e em indivíduos de qualquer idade,

funcionamento cognitivo, além de colabo-

desde bebês a partir de 12 meses para in-

rar para identificar transtornos mentais e

vestigação de déficits no desenvolvimento

avaliar o nível cognitivo de indivíduos que

neurobiológico, até pessoas na terceira

serão submetidos à cirurgias.

idade com suspeita de deterioração das ca-

A avaliação consiste de testes psicomé-

pacidades mentais. Por ser flexível a cada

tricos específicos para a faixa etária do su-

caso clínico particular, é adequada para

jeito, que mensuram o nível de coeficiente

exploração das capacidades cognitivas de

intelectual, atenção e concentração, estado

pacientes com danos ou lesões cerebrais.

emocional, nível de ansiedade e depressão

Também utilizada como complemento de

e aspectos relacionados à personalidade.

exames de neuroimagem, trazem informa-

Como instrumento indispensável para

ções de suma importância que podem pas-

o diagnóstico de transtornos relacionados

sar despercebidas em outras metodologias

ao aprendizado, é a partir da avaliação neu-

de exames.

ropsicológica que a escola e a família rece-

Assim sendo, a avaliação Neuropsicológi-

bem orientações em relação à conduta a ser

ca é um valioso instrumento para diagnóstico

adotada para minimizar as dificuldades da

de TDAH, Transtorno de Espectro Austista,

criança e a mesma possa ter a mesma opor-

Esquizofrenia, Alzheimer e outras comumen-

tunidade de aprendizado que os demais.

te associadas as habilidades cognitivas.

Edna O. Aquiar Pisicóloga

CRP: 06/70209

14 3010-3142 14 99798-4843 centrodeavaliacao.reab@hotmail.com

Rua Manoel Bento Cruz, 18-85 Higienópolis - Bauru/SP

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Diagnóstico e Tratamento da Gota

DR. CARLOS EDUARDO CURY CRM/SP 15.889 - RQE 6402 REUMATOLOGISTA • Membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia; • Membro da Sociedade Paulista de Reumatologia; • Membro da Liga Internacional de Combate ao Reumatismo; • Membro da Liga Panamericana de Reumatologia; • Membro da Academia Brasileira de Reumatologia; • Ex-Professor da Faculdade de Medicina de Botucatu; • Conferencista em Eventos de Reumatologia com várias Publicações a Nível Nacional e Internacional.

A Gota é uma das mais de cem diferentes doenças reumatológicas. É uma das enfermidades mais antigas e conhecidas. Os primeiros casos do que atualmente chamamos de Gota foram descritos há mais de 2500 anos pelos egípcios. Nomes famosos da história sofreram desta doença, como Alexandre O Grande, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Isac Newton, Benjamin Franklin, Napoleão Bonaparte e Charles Darwin entre outras personalidades. Apesar de uma enfermidade antiga, a Gota tem sido esquecida por médicos e pacientes que não dão muito importância a ela. Atualmente existem meios de diagnósticos e opções de tratamento eficazes. Definição e Fatores de Risco: A Gota é uma doença causada pelo excesso de ácido úrico no organismo. Os níveis elevados de ácido úrico podem levar à formação e precipitação de cristais de ácido úrico nas juntas (articulações), em tecidos próximos a eles, na pele e nos rins. A crise aguda de Gota, se caracteriza por dor intensa, com inchaço, calor e vermelhidão nas juntas acometidas. Os depósitos de ácido úrico podem levar à formação de tumorações (chamadas Tofos ), que ocorrem abaixo da pele. O aparecimento de cálculos renais também é muito frequente, podendo a longo prazo levar a consequências graves para o lado de função renal. A Gota pode se tornar crônica causando deformidades e limitação das articulações, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes. Os homens são mais afetados do que as mulheres, com o início dos sintomas por volta dos 30 ou 40 anos. As mulheres também podem ter a doença, principalmente após a menopausa. A Gota vai tormando-se mais comum a realidade, à medida que a idade vem. Fatores de Risco: 1. Ácido úrico elevado é o principal fator. 2. O fator genético (hereditariedade) 3. Dieta rica em alimentos proteicos 4. Medicamentos como os diuréticos (Furosemida e Hidroclorotiazida) e Ácido Acetilsalicílico em doses baixos, que devem ser prescritos sua supervisão médica. Fatores Desencadeantes de Uma Crise de Gota Quem tem Gota há muito tempo tem muita noção dos agentes desencadeantes das crises agudas. São eles: 1. Consumo abusivo de alimentos ricos em ácido úrico (como carnes vermelhas, miúdos,

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frutos do mar) ou alimentos gordurosos; 2. Ingestão de bebidas alcoólicas, em especial a cerveja; 3. Traumatismo das articulações; 4. Pós-operatórios; 5. Medicamentos para baixar os níveis e ácido úrico sem os devidos cuidados, que devem ser evitados durante a crise. Diagnóstico: O diagnóstico é baseado na clínica e em exames laboratoriais. Clinicamente, observamos inflamação nas juntas, preferencialmente os pés, com início agudo da dor, que em 24 horas alcança sua intensidade máxima, vindo acompanhada de inchaço calor e vermelhidão no local. Causa muito incômodo e até o toque do lençol sobre a pele da região afetada é sensível Em geral, a crise dura de 7 a 10 dias. A recorrência de novas crises é comum, principalmente se o caso não for bem conduzido por um profissional habilitado. Com o decorrer do tempo as crises são mais constantes e se o tratamento não for adequado podemos ter cronificação da doença. Exames complementares podem ajudar o médico a confirmar o diagnóstico. São eles: • Exame de sangue, mostrando elevação do ácido úrico; • Radiografias das juntas afetadas; • Ultrassonografia. Doenças Concomitantes Hipertensão Arterial, aumento do colesterol e Triglicérides, Diabetes e Nefropatia crônica são enfermidades que podem acompanhar os pacientes de Gota. Tratamento: Temos o tratamento de crise aguda, que é feito com antinflamatórios não hormonais e, às vezes, tem que se lançar mão dos corticoides. A Colchicina, uma droga milenar é fundamental no controle de crise. Passando a crise, vem o mais importante, que é o tratamento do distúrbio metabólico que gera excesso de ácido úrico. Utilizamos o Alopurinol quando há excesso de produção do ácido úrico e Benzobromarona quando os rins excretam pouco ácido úrico. Durante a crise, não utilizamos Alopurinol e nem Benzobromarona Algumas outras drogas estão sendo testada e em alguns países já se usam as chamadas drogas Biológicas. É fundamental o monitoramento periódico pelo médico e o acerto das dosagens, com rigoroso controle das funções hepática e renal.



Tosse aguda: é sempre necessário uso de antibiótico? Tosse aguda é um sintoma muito comum que leva frequentemente o paciente a procurar o médico. Define-se como tosse aguda, aquela iniciada em um período inferior a quatro semanas.

DR. LUIS RENATO ALVES PNEUMOLOGISTA CRM/SP 122.744 | RQE 35330 • Doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP; • Especialista em Pneumologia pela SBPT; • Membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

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A primeira coisa a ser explicada aqui é que tosse constitui um sintoma e não uma doença em si. Quando se tem tosse, ela é secundária a algum processo que está acometendo e causando esse sintoma e que deve, evidentemente, ser avaliado para que o tratamento seja eficaz e correto. Quando falamos em tosse aguda, esse sintoma pode estar associado a diversas condições clínicas tais como rinite alérgica, faringite aguda irritativa, viral ou bacteriana, amigdalite viral ou bacteriana, laringotraqueítes virais ou bacterianas, crise de asma/bronquite aguda, pneumonia viral ou bacteriana. Além disso, outras condições clínicas não respiratórias como problemas cardiológicos, gástricos e até uso de medicamentos podem levar ao sintoma de tosse, com evolução aguda. Olhando para as principais causas, nota-se que existem causas não infecciosas e mesmo entre as infecciosas, existem aquelas que são causadas por vírus e outros microorganismos. Logo, a resposta à questão colocada no título é NÃO! Nem sempre o antibiótico deve ser usado e seu uso indiscriminado e inadequado pode causar problemas. Os antibióticos são as drogas de escolha e devem sempre fazer parte do tratamento de infecções causadas unicamente por bactérias como pneumonias, sinusites e outras infecções de vias aéreas de origem bacteriana. São medicamentos importantíssimos para o tratamento de bactérias causadoras de doenças respiratórias, mas não devem ser utilizados quando a etiologia for viral, alérgica ou de outra causa, levando à tosse aguda. Infelizmente, o que temos visto

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na prática clínica é o uso abusivo de antibióticos feitos de maneira desnecessária, especialmente por pacientes que se auto medicam sem orientações. Essa prática não somente é ineficaz, mas também pode ser prejudicial uma vez que as medicações podem levar até a efeitos adversos graves. É de fundamental importância para o médico, através do exame clínico e de exames complementares, como Raio X de tórax, Raio X de seios da face, exames laboratoriais, quando indicados, que se possa definir a etiologia da tosse aguda e a trate da maneira adequada. Repito, antibióticos são drogas muito importantes, mas jamais devem ser utilizados inadvertidamente, sem orientação médica de um especialista na área. A automedicação com antibióticos jamais deve ser feita.



Reganho de peso pós bariátrica

DR. PAULO JAZIEL PITTELLI

A cirurgia bariátrica é um método seguro e eficaz para o tratamento da obesidade, mas engana-se quem acredita que a cirurgia isoladamente resolve o problema. O tratamento definitivo deve envolver mudanças de hábitos e de atitudes e o entendimento de que, após o procedimento cirúrgico, ainda há um longo caminho pela frente.

CRM/SP 91837 CIRURGIA GERAL - RQE 23060 CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE 23061

Hoje eu quero chamar a atenção para um problema que pode acontecer com os pacientes que se submetem a uma cirurgia bariátrica e que independe da técnica escolhida, o temido REGANHO DE PESO, recidiva da obesidade.

Conceitos Com o tratamento cirúrgico é esperada a redução de pelo menos 50% do excesso de peso. Um pequeno ganho de peso (entre 5% e 10%) após os primeiros dois anos é considerado normal e acontece em até metade dos pacientes, mas deve ocorrer de forma lenta e sem repercussões clínicas. Quando o paciente volta a ganhar peso e ultrapassa aqueles 50%, temos o reganho de peso. Também consideramos anormal ganhar peso no primeiro ano e quando as doenças que já estavam controladas, como por exemplo a hipertensão, o diabetes, a apneia do sono ou a esteatose voltam a dar problema.

Lua-de-mel Este é o nome do período que compreende os primeiros 18 meses após a realização da ci-

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rurgia bariátrica. Tem esse nome porque é uma fase em que a imensa maioria dos pacientes está muito satisfeita com o procedimento cirúrgico. Há uma perda de peso importante neste período (na verdade quase todo o peso que o paciente vai perder com a cirurgia acontece aqui), há uma enorme satisfação com a questão da imagem do paciente, que passa a receber elogios, fica de bem com o espelho e com o seu guarda roupas, está mais disposto a fazer exercícios, a sair de casa e também costuma seguir à risca as recomendações dietéticas.

Por que o reganho de peso acontece? Depois do período de lua-de-mel começa uma nova etapa do tratamento, quando o peso se estabiliza e é comum que o paciente se sinta mais confortável para não seguir tão à risca as orientações. É aí que mora o perigo! São diversos os motivos do reganho de peso: distúrbios metabólicos, psicológicos, perda do foco no tratamento, abandono da equipe multidisciplinar ou quando o paciente adquire hábitos incompatíveis com o emagrecimento a longo prazo.


o segredo do sucesso está em fazer o acompanhamento com profissionais capacitados, de forma regular e responsável, pelo resto da vida.

O que fazer? Se você fez uma cirurgia bariátrica e está apresentando reganho de peso, retome imediatamente o segmento com a equipe multi-disciplinar (cirurgião bariátrico, endocrinologista, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e profissionais de educação física). Existe a possibilidade de um novo procedimento cirúrgico em alguns casos (o sleeve pode ser convertido no bypass ou se for o caso podemos retirar a banda gástrica e a realizarmos o bypass, por exemplo). Há também a possibilidade de se tentar o plasma de argônio, que diminui o calibre da anastomose nos casos de bypass e as cirurgias endoscópicas, ainda com resultados limitados como tratamento exclusivo para a obesidade, mas aparentemente uma alternativa promissora no reganho de peso. Atenção para o meu conselho: Faça tudo o que puder para não apresentar reganho de peso, porque o resultado do tratamento é pouquíssimo efetivo na maioria dos casos!

Por toda a vida Insisto sempre na questão de que o maior problema com a cirurgia bariátrica é que muitos pacientes deixam de fazer o acompanhamento multidisciplinar com o passar do tempo. Param de fazer exercícios e de tomar as vitaminas (que é importante no caso das cirurgias disabsortivas) e passam a se portar como se não tivessem sido operados. É evidente que falo aqui apenas de uma parcela dos pacientes, mas é incrível como isso realmente acontece e acredite, vejo alguns pacientes assumindo esta postura, mesmo antes do primeiro ano de cirurgia. Aproveito para dizer que o segredo do sucesso não está em adquirir pacotes caros para acompanhamento multidisciplinar apenas nos primeiros seis meses de cirurgia, mas em fazer o acompanhamento com profissionais capacitados, de forma regular e responsável, pelo resto da vida.

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É possível (e não perigoso) criar uma criança vegana?

DR. RENATO ZORZO CRM/SP: 98962 NUTROLOGIA RQE: 69308 PEDIATRIA RQE: 69307 • Nutrólogo e Pediatra com Área de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Professor da Universidade Federal de São Carlos; • Título de Especialista em Nutrologia; • Título de Especialista em Pediatria; • Título de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Mestre pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP); • Vice-Presidente da Regional Ribeirão Pretana da Sociedade de Pediatria de São Paulo; • Membro Ativo do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Você se preocupa com a qualidade da sua alimentação? E com a do seu filho? A busca por um melhor estilo de vida vem crescendo nos últimos anos e o interesse por práticas nutricionais mais saudáveis acompanham esta tendência. O veganismo é uma opção de vida que se baseia nesta filosofia. Segundo o site da Sociedade Vegetariana Brasileira (em www.svb.org.br), “A filosofia do veganismo (não consumo de qualquer produto que gere exploração e/ou sofrimento animal) adota o vegetarianismo estrito no âmbito da alimentação. Por isso, costuma-se também chamar de “vegano” aquele que não consome nenhum alimento de origem animal (carnes, ovos, laticínios, etc.)”. Sendo o veganismo mais um conceito de filosofia do que alimentar, não é incomum vermos famílias inteiras adotantes desta prática. Aí, surge a pergunta: Será que a dieta vegana é suficiente para o crescimento adequado de uma criança? Para compreender esta questão, precisamos responder a duas outras perguntas: 1. Quais nutrientes estão presentes nos alimentos de origem animal e que faltam nos vegetais? 2. Qual é o impacto da carência desses nutrientes no crescimento e desenvolvimento?

DR. THIAGO SANTOS HIROSE PEDIATRIA CRM/SP 126047 | CRM/MG 69449 |RQE 39736 • Médico Pediatra (registro 39736-SP e 36515-MG) e Endocrinologista Pediátrico (registro 39736-1-SP e 36516-MG); • Educador em Diabetes pela ADJ Diabetes Brasil/Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)/Federação Internacional de Diabetes (IDF) Região das Américas do Sul, Central e Caribe (SACA); • Pós-Graduação em Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine; • Membro do Departamento de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

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Muito bem. Vamos por partes. O conceito da importância do desenvolvimento nos primeiros 1.000 dias (período que equivale à vida intra-uterina mais os dois primeiros anos de vida) nos alerta para a importância de uma boa nutrição nesta etapa, e da magnitude dos riscos que carências nutricionais nesta idade conferem para a saúde da vida inteira. Sofia Garcia Whiteman Barranha, médica pediatra e pesquisadora da Universidade do Porto (Portugal), pesquisou sobre o impacto da alimentação vegetariana na criança. Sua dissertação mostrou alguns pontos interessantes. Primeiro, vamos falar do ferro, que é um micronutriente que exerce diversas funções metabólicas. A principal fonte alimentar de ferro é a carne vermelha, que tem

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cerca de 3mg de ferro por 100g de porção. O espinafre, por exemplo, tem a mesma quantidade, porém a absorção do ferro de origem vegetal (a chamada biodisponibilidade) é muito mais baixa, o que significa que devemos ingerir uma quantidade muito maior de vegetal do que de carne para que a mesma quantidade de ferro seja absorvida. Outro nutriente importante é a vitamina B12, encontrada quase que exclusivamente em fontes animais, e importante para o desenvolvimento neurológico na infância. Este nutriente é produzido pelas bactérias que vivem no estômago dos ruminantes e transferida para a carne, a qual consumimos. Vegetais praticamente não contêm vitamina B12. A soja é um alimento muito usado como fonte proteica nas dietas vegetarianas, exercendo muito bem esse papel. Entretanto, os fitatos da soja dificultam a absorção de metais como zinco, ferro e magnésio. O zinco é um nutriente cuja fonte principal também é a carne, embora leguminosas e alguns cereais funcionem como fonte deste nutriente. O magnésico, assim como o cálcio, tem como principal fonte o leite e seus derivados. Bebidas leitosas preparadas com fontes vegetais como amêndoa por exemplo, não têm a mesma quantidade desses elementos. Os ácidos graxos da série ômega-3, nutrientes de extrema importância para a formação do cérebro e desenvolvimento da imunidade, são provenientes de peixes e também de algas unicelulares muito específicas, não disponíveis para consumo. Todos esses nutrientes são fundamentais para os primeiros anos de vida. Alguns deles, como zinco, cálcio e proteínas, podem ser consumidos em quantidade adequada através de fontes vegetais. Entretanto, é muito difícil atingir o consumo adequado de outros como ferro, ômega-3, vitamina B12 e vitamina D, e tais carências podem representar um risco potencial para o desenvolvimento. Portanto, crianças que são criadas com dieta vegetariana estrita necessitam necessariamente de ser suplementadas com esses nutrientes. Além disso, é interessante efetuar dosagens sanguíneas dessas substâncias pelo menos semestralmente.



Cuidando dos olhos durante o verão. Durante o verão e as férias é comum ocorrer grande mudança na rotina da população. Novas atividades, mais sol, piscina, prática esportiva e mudança alimentar são apenas alguns exemplos. No entanto, essa nova realidade pode estar associada a alguns riscos ou prejuízos, inclusive relacionados à visão. DR. MARCELO CARAM R. FERNANDES OFTALMOLOGISTA CRM/SP 144404 | RQE 49090 • Membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia; • Médico Assistente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

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Uma alteração importante é a maior exposição solar, por isso não devemos nos esquecer de nos protegermos das radiações. O principal alvo e mais comumente lembrado é nossa pele, mas também os olhos devem receber atenção especial. As radiações solares podem estar associadas a diversas doenças, entre elas Degenerações retinianas, Catarata mais precoce, Tumores de superfície ocular, entre outras. Assim, o uso de óculos escuros deixa de ser somente um acessório de moda para ter um papel de prevenção de patologias. Também devemos nos lembrar que nessa época do ano o uso de piscinas aumenta significativamente. Isso pode gerar agressões aos olhos, seja pela exposição excessiva a cloro e outros agentes químicos, ou pelo risco de contrair infecções. Estas podem ser desde leves, como conjuntivites ou ressecamento da superfície ocular, ou

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podem ser mais severas como úlceras de córnea, particularmente entre usuários de lentes de contato. Nessa estação aumenta também a frequência de atividades ao ar livre e práticas esportivas, consequentemente há maior probabilidade de lesões traumáticas. Podem ocorrer desde traumas leves que causam apenas desconforto e dor, traumas mais graves com perfurações, ou alterações secundárias perigosas, como descolamentos de retina ou uveítes. Somado a esses fatores, há ainda o fato de aumentar muito a automedicação por parte dos pacientes. Negligenciar lesões ou sintomas, associado ao fato de muitas vezes eles ocorrerem em viagens e em situações nas quais o acesso a atendimento médico está mais difícil, podem resultar em atrasos ao diagnóstico e início do tratamento. Todos esses cenários podem contribuir para maior gravidade dos quadros e potencializar possíveis sequelas. Dessa forma, é importante lembrar que mesmo em situações de relaxamento e lazer, devemos manter a atenção com a saúde ocular e assim evitar patologias ou sequelas que podem prejudicar o desempenho visual por toda a vida.



Especial CAPA

É preciso tratar a causa da dor, e nem sempre ela está onde dói. Clínica especializada em tratamento fisioterapêutico é destaque no interior de São Paulo. Um dos segredos para ter uma vida longa e saudável é aprender a desvendar a linguagem do corpo. Muitas vezes, quando está em desequilíbrio, ele mesmo se encarrega de dar o alerta que pode vir, por exemplo, em forma de dores agudas na cabeça. Sintomas como esse, quando chegam sem avisar e teimam em se repetir, podem indicar que algo não vai bem.

Nós precisamos entender que a dor é um aviso do nosso corpo que algo está errado. É como se fosse uma luz que acende no painel de um carro apontando um defeito. Se você ignora este sinal, o problema pode agravar e se tornar irreversível. Um profissional experiente e capacitado jamais tratará a sua dor. Ele buscará entender o porquê você tem a dor, qual a causa desta dor, quais as regiões do corpo estão fracas ou com déficit de flexibilidade e mobilidade e assim montará um programa específico para o seu caso e eliminar de forma eficaz a causa da dor. Uma das recomendações dos especialistas no assunto é a de que o paciente jamais tome medicamentos sem orientação médica, mesmo em situações de crise. Ainda que ele se sinta bem após 4 ou 5 dias de dor, é importante que ele visite um fisioterapeuta e faça um programa de tratamento voltado para a funcionalidade normal do seu corpo e para o seu fortalecimento. As pesquisas são categóricas: após os primeiros sintomas de dores nas costas, os músculos que protegem a coluna vertebral começam a ficar fracos e atrofiados. 24

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Especial CAPA É importante também deixar claro que o repouso e os medicamentos não devolvem a funcionalidade e nem fortalecem os músculos que ficaram fracos com a doença. Isso significa que, mesmo se você tenha tomado medicamentos e a sua dor tenha diminuído, você pode ter uma nova crise ainda mais forte, se não se tratar! Para solucionar esse transtorno, todo tratamento deve ser planejado a partir de uma boa anamnese, onde costumamos levantar a história do paciente. Informações sobre o período da primeira crise, local da dor, gravidade da dor (utilizamos uma escala de 0 a 10), tratamentos já realizados, tipo de atividade física realizada, momentos e situações em que a dor agrava e diminui outras queixas e doenças. Todas estas informações nos ajudam a entender melhor como tudo começou e assim montar um programa de tratamento específico para cada paciente. Não tratamos a patologia, tratamos o paciente e por isso uma avaliação é fundamental! É muito comum os pacientes chegarem ao nosso Instituto ONE Fisioterapia & Recovery e nos contar todos os tratamentos que já realizaram e não obtiveram resultado. Com todas estas perguntas feitas na avaliação inicial, é possível identificar rapidamente que este paciente até então não recebeu um tratamento adequado, pois os profissionais estavam muito mais preocupados em acabar com a dor e não em tratar sua causa. No Instituto ONE Fisioterapia & Recovery, realizamos tratamentos de patologias que acometem todas as regiões do corpo: Coluna vertebral, Ombros, Quadril, Joelhos, Tornozelos, enfim, lesões ortopédicas e esportivas e por isso contamos com diversos equipamentos para cada tipo de patologia. No caso das patologias de coluna, contamos com mesas de Flexo-Descompressão, Mesas de Tração Eletrônica e Estabilizer. Para as patologias de Joelho e Quadril, realizamos uma avaliação Cinemática 2D que nos ajuda a entender melhor os padrões de movimento de cada um.

Importante ressaltar que utilizamos uma Avaliação Funcional, a qual tem duração de 2 horas e nos permite identificar diversos tipos de alterações nestas articulações, seja falta de força, Mobilidade ou flexibilidade e com isso montarmos tratamentos preventivos também! Para identificar a dor é necessária uma avaliação específica de cada caso e sempre examinando o corpo como um todo. Conforme dito anteriormente, a sua causa pode estar em um local diferente e distante do local da dor. É comum encontrarmos falta de mobilidade de tornozelo e falta de estabilidade de Joelhos e estas alterações acabam gerando sobrecarga e dores na Lombar. Neste caso, então, o tratamento vai ser direcionado para os membros inferiores e não para a coluna. Existem diversas opções de tratamentos não invasivos que devemos priorizar antes da cirurgia. A cirurgia é uma das opções de tratamento das lesões ortopédicas, porém esse procedimento deve ser sempre discutido com o paciente, Fisioterapeutas e Médicos. Na maioria dos casos, ela deve ser considerada a ultima opção de tratamento. Outra informação relevante é que, segundo um estudo feito com 200.000 pacientes ,identificou-se que Pacientes submetidos à cirurgia de coluna (discectomia - minimamente invasiva) tiveram 3x mais chances de necessitar de uma nova cirurgia (artrodese - fixação das vértebras) no futuro. Além disso, estudos mostram que, nos casos de hérnia de disco, a reabsorção espontânea do disco acontece em 66,6% dos casos e mostrou ainda que 90% dos casos ocorre a absorção desta hérnia em até 6 meses quando utilizado um tratamento conservador, Fisioterapia Especializada. Em síntese, o que muitos não têm conhecimento é se apenas a fisioterapia pode resolver o problema. A resposta é SIM, a Fisioterapia pode, na maioria dos casos, eliminar a causa das suas dores, mas a atividade física é fundamental para poder manter o corpo fortalecido e assim evitar o retorno das dores.

Por isso, um trabalho em conjunto (Médico, Fisioterapeuta e Educador Físico) é essencial para o processo de tratamento da dor e é indicado para todas as faixas etárias.

DR. GIULIANO G. MARTINS FISIOTERAPIA - CREFITO: 46.609-F

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Nutrição e Metabolismo Todos os dias recebo em meu consultório pessoas que procuram emagrecimento, ganho de massa muscular, saúde no geral.

DR. LUIZ ANTONIO VILELA DE LIMA FILHO MÉDICO NUTRÓLOGO CRM/SP 111.062 | RQE 126549

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Elas entendem o valor de uma boa dieta

ção é mais sensível aqui, menos ali. São mui-

e dos benefícios do exercício físico regu-

tas variáveis. E cabe ao Médico Nutrólogo

lar. Elas entendem o poder da disciplina,

interpretar cada caso e adaptar metaboli-

da perseverança. Porém, de forma muito

camente seu paciente nesse processo.

triste, não conseguem obter o objetivo e

Entendido isso, há inúmeras estraté-

voltam aos velhos hábitos, já arraigados e

gias para os mais de sete bilhões que so-

diariamente cultivados pelo ambiente.

mos. E algo inegavelmente em comum:

Como resolver esse problema? Nada

o objetivo deve ser o equilíbrio nutro-

simples. É necessária uma reprogramação

-metabólico, o que protege o indivíduo

metabólica e isso não acontece no curto

de grandes oscilações na dinâmica das

prazo esperado por quase todos nós. Essa

massas corporais. A Nutrologia vai bem

reprogramação vem do conceito - que mui-

além da prática simplista da contagem de

tos esquecem - de que o alimento, além de

calorias e horários. Ela atua na interação

fonte energética, também é um sinaliza-

energética e metabólica do binômio ali-

dor metabólico extremamente potente. A

mento-corpo, levando em conta as inú-

resposta hormonal à ingesta de qualquer

meras possibilidades de abordagem.

alimento é, invariavelmente, bastante sig-

É obvio que deve haver foco e compro-

nificativa. Isso interfere no bem-estar geral

metimento. tanto do médico, quanto do

e na perpetuação do comportamento ali-

paciente. Desde que entendendo que o

mentar errôneo.

grande objetivo é garantir um vetor me-

Antes da comida, vem quem come. E

tabólico correto e protegido. Toda mu-

quem come? Cada um de nós responde de

dança gera desconforto. E só vale a pena

forma sui generis a cada grupo alimentar.

o desafio se o esforço for feito na direção

Daí a dificuldade de se entender a causa

correta. Os resultados, definitivamente,

pela qual o vizinho não engorda. A sinaliza-

impressionam.

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Falando sobre tatuagens A arte de tatuar é muito antiga e é uma forma de adorno ou escarificação permanente do corpo. As formas mais precoces datam de 12 mil AC, quando as tribos da idade da pedra friccionavam cinzas em cortes cutâneos como uma maneira de mostrar luto.

DR. ENZO MELCHIOR JUNIOR DERMATOLOGISTA CRM/SP 20218 | RQE 59077 • Médico Dermatologista pela Clínica Dermatológica do Hospital Civil de Estrasburgo França; • Especializado em Cirurgia Dermatológica e Doenças Autoimunes.

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A evidência arqueológica em cavernas situadas na Europa sugere que a forma mais moderna de punção de tatuagem pode ter sido praticada já em 8 mil A.C. embora tenham sido encontrados vestígios de tatuagem nas múmias egípcias, datando de 4 mil A.C. Textos antigos em todo o mundo descrevem a tatuagem, e as proibições contra a tatuagem podem ser encontradas nos livros da Bíblia: Levitico e Deuterômio, no velho Testamento. As culturas européias, a princípio, tiveram renovado interesse na arte da tatuagem durante os séculos XVIII e XIX, após o retorno de uma série de expedições à Polinésia, onde a tatuagem era pratica comum. A palavra tatuagem é derivada do termo taitiano tautau que significa “o resultado da punção”. O desenvolvimento do moderno aparelho elétrico para tatuar pode ser rastreado do final de 1.800 e início de 1.900. Atualmente, as modernas pistolas para tatuar são bastante semelhantes a esses primeiros modelos. A extensão do desenho a ser feito na pele depende do tamanho, número e distribuição das agulhas, que se projetam de um tubo oco na ponta do aparelho. As agulhas na ponta da pistola de tatuagem são imersas em um pequeno cálice descartável contendo tinta e, então, aplicadas à pele (a técnica americana) ou a tinta é aplicada sobre a superfície a ser tatuada e trabalhada na pele com as agulhas da pistola de tatuagem (método europeu) Tenho observado em meu consultório uma procura crescente de pessoas interessadas em remover suas tatuagens. As tatuagens podem ser classificadas em três grupos básicos: traumáticas, amador e profissional. Ocorrem tatuagem traumáticas quando corpos estranhos, pigmentados, como sujeira ou pedrinhas são introduzidas durante o curso de laceração, abrasão ou explosão. As tatuagens amadoras são produzidas pela perfuração repetida com uma agulha, que é imersa em tinta (geralmente nanquim). As tatuagens amadoras são, na maioria das vezes aplicadas durante a adolescência. Elas podem ser aplicadas por várias razões, compreendendo tédio ou frustração e talvez como um sinal de comportamento agressivo ou delinquente. Muitos pacientes com tatuagem amadoras em geral, ficam envergonhadas com sua presença e podem procurar escondê-las sob a roupa ou cobri-los com tatuagens profissionais mais escuras.

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As tatuagens médicas são essencialmente tatuagens amadoras estilizadas pelo profissional da área médica. A tinta nanquim é aplicada com uma agulha esterilizada para fazer marcas permanentes em pacientes que se submetem a radioterapia, são utilizadas para delinear portais de radiação. As tatuagens profissionais decorativas são aquelas aplicadas com pistola profissional de tatuagem. Podem ser de uma só cor ou multicolorida. As tintas usadas em tatuagem profissionais abrangem vários corantes organometálicos, assim como alguns pigmentos orgânicos. As agulhas da pistola de tatuagem inserem a tinta na profundidade de 1 a 2 mm, que corresponde à derma papilas e reticular. A maioria das complicações resultantes das tatuagens pode se subdividir em cinco grandes categorias: infecções, reações alérgicas aos pigmentos de tatuagem, reações de foto sensibilidades, fenômeno de koebner e miscelânea. Quando profissionais utilizam técnicas adequadas de assepsia, o risco de infecção é baixo. A remoção de tatuagem é talvez tão antiga quanto ao seu surgimento. Os métodos antigos empregavam mais agentes físicos e químicos para ferir a pele, incluindo a aplicação de calor e fortes ácidos. A excisão cirúrgica ainda pode ser considerada um método aceitável na remoção de tatuagem pequenas e o resultado final pode ser uma cicatriz. Nas tatuagens o alvo a ser removido é a partícula de tinta da derme. Várias teorias foram propostas para descrever como elas são classificadas ou removidas pelo laser de rubi. O primeiro mecanismo de ação envolve a fragmentação dessas partículas em pedaços bem menores a partir da absorção abrupta da luz do laser. Também pode haver efeito fotoacústico que agem como uma onda de choque para a quebra das partículas. Os fragmentos resultantes são então removidos por fagocitose. Finalizando deve-se afirmar que a remoção de uma tatuagem não se remove em apenas uma sessão. Outros ficam desapontados ao saberem que uma simples e pequena tatuagem amador pode levar mais para ser removida, considerando três a cinco sessões de tratamento com intervalo médio de oito semanas.


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Helicobacter pylori: uma bactéria comum, vivendo em um local incomum – nosso estômago! Sempre quando o assunto é bactérias, surgem também algumas dúvidas sobre o que realmente estamos falando, ou seja, como bactérias conseguem viver em nosso organismo, se realmente são ou não nocivas à nossa saúde. Confira um pouco mais sobre a H. pylori

DR. RAFAEL KAHWAGE CRM/SP:147.256 RQE: 65.286 GASTROENTEROLOGISTA • Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará, no período de 2002 a 2008; • Residência médica em clínica geral pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no período de 2009 a 2011; • Residência médica em gastroenterologia e hepatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade São Paulo (HCFMRPUSP), no período de 2011 a 2013; • Título de Especialista em Gastroenterologista pela Federação Brasileira de Gastroenterologista (FBG); • Médico gastroenterologista e endoscopista do Grupo São Lucas e Ribeirânia; • Médico gastroclínico do Hospital Estadual Américo Brasiliense (HEAB), no período de 2013 a 2015; • Membro associado à Rome Foundation. Membro associado à Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN); • Médico assistente da clínica médica da Unidade Básica de Saúde Vila Lobato, ligado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), no período de 2015 a 2018; • Pós-graduação em andamento. Doutorado em Clínica Médica pela Divisão de Gastroenterologia do HCFMRP-USP. Linha de pesquisa geral: Motilidade do trato gastrointestinal (Específica: Motilidade esofágica); • Experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica, Gastroenterologia, Hepatologia, Endoscopia Digestiva, Motilidade Digestiva e Manometria Esofágica.

1) O que é a Helicobacter pylori? A Helicobacter pylori ou H. pylori é uma bactéria que habita um dos locais mais inóspitos do nosso organismo, o estômago. Ele contém ácido que serve para a digestão dos alimentos e para defesa contra os micro-organismos. 2) Como ela consegue viver no estômago? A bactéria consegue viver no estômago graças a alguns mecanismos bioquímicos que a protege do ácido. 3) É comum a infecção por esta bactéria? Ela provoca uma das infecções mais comuns no organismo humano. A taxa de infecção, no nosso país, é de até 80% da população antes dos 50 anos. 4) Como adquirimos essa infecção? Adquirimos provavelmente durante a infância, talvez pela transmissão de pessoa a pessoa, de forma oral-oral, fecal-oral. Ainda, tem relação com a condição socioeconômica e de saneamento do local que a pessoa habita. 5) Todas as bactérias são prejudiciais à saúde? Há bactérias com comportamento mais indolente, sem causar prejuízos ao hospedeiro humano, passando a conviver no ambiente gástrico sem provocar grandes problemas de saúde (em sua maioria estas são as mais frequentes). Outras, apresentam comportamento mais “agressivo” capaz de causar grandes alterações nas células do estômago, levando a diversos problemas no estômago. 6) Quais as doenças no estômago às quais a H. pylori é responsável? A H.pylori pode levar à gastrite crônica (inflamação prolongada do estômago), úlcera no estômago e intestino, e, mais raramente, a câncer e linfoma do estômago. Em algumas pessoas o linfoma gástrico tem uma alta taxa de cura após a eliminação da bactéria com o uso de medicamentos. 7) Quais os sintomas posso apresentar? A infecção pela bactéria, na maioria das vezes, não leva a sintomas. Contudo, quando

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presentes, os sintomas variam desde dor no estômago, enjoos, vômitos, sensação de estômago cheio, redução do apetite, entre outros. 8) Como podemos detectar a Helicobacter pylori? Podemos detectar a bactéria através de endoscopia digestiva com biópsia, teste respiratório, testes sanguíneos e cultivo para crescimento em laboratório especializado. 9) Tenho que tomar medicamentos para eliminar a bactéria? Não tratamos a bactéria em todos os casos, irá depender da avaliação médica (e indicação do médico) e, em conjunto, com o paciente - algumas indicações são: dispepsia funcional ou, mais conhecidamente, “gastrite nervosa”; úlceras do estômago e duodeno; uso prolongado de anti-inflamatórios; anemia sem causa aparente; púrpura trombocitopenia idiopática; linfoma MALT do estômago; pacientes com história em familiar de primeiro grau (pais e filhos) de câncer no estômago. 10) Como é realizado o tratamento? O tratamento é com antibióticos e antiácidos por um curto período de tempo. 11) Depois de tratar, posso adquirir novamente a bactéria? Na grande maioria das vezes, a reinfecção (relacionado a capacidade de ‘’pegar’’ a bactéria de novo) após o tratamento é rara, ou seja, uma vez corretamente tratado, o paciente estará livre da infecção.



Especial Capa

Principais Doenças do Sistema Nervoso

AVC - Acidente Vascular Cerebral O Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte no Brasil e a principal causa de incapacidade em adultos, é uma doença que ocorre quando há impedimento do sangue chegar em determinada região do cérebro (AVC Isquêmico), ou quando um vaso cerebral se rompe (AVC Hemorrágico), o que ocasiona diversos problemas cerebrais, que podem, inclusive, levar ao óbito. Os principais sintomas da patologia são dor de cabeça intensa, fraqueza de um lado do corpo, dificuldade para falar, perda da visão e crises convulsivas. TRATAMENTO: • O tratamento deve ser iniciado pelo médico já na ambulância a caminho do hospital, com remédios para estabilizar a pressão arterial e os batimentos cardíacos; e o uso do oxigênio para facilitar a respiração.

DR. FLÁVIO MACHERONI CRM/SP 146.514 NEUROCIRURGIÃO • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia - SBN; • Neurocirurgião Especialista pela Associação Médica Brasileira - AMB; • Neurocirurgião pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ.

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• Após o tratamento inicial, deve-se fazer identificação com exames de imagem e a partir disso, cirurgia, remédios, fisioterapia, terapia ocupacional, atividade física nutrição e fonoaudiologia são algum dos recursos que podem ser utilizados para minimizar os danos. PREVENÇÃO: • Exercite-se mantendo o peso saudável para a sua idade, altura, biotipo e evite acúmulo de excesso de gordura no corpo. • Não fume! O tabaco aumenta consideravelmente as chances de um AVC

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DOENÇA DE PARKINSON O Parkinson é um dos principais distúrbios que afetam o sistema neurológico na terceira idade, sendo caracterizado por prejudicar a coordenação motora devido aos tremores contínuos nos membros. Há uma substância química do cérebro chamada dopamina utilizada pelas células nervosas para ajudar a controlar os movimentos musculares. Quando há falta dessa substância, as células não conseguem passar a mensagem para os músculos ocasionando perda da função motora Os principais sintomas são tremores, lentidão dos movimentos e rigidez muscular, além de diminuição ou desaparecimento dos movimentos automáticos (como piscar) e dores musculares. TRATAMENTO: • O tratamento consiste no controle dos sintomas, não há cura para o Parkinson. Para isso, é recomendado o uso de medicamentos e, em alguns casos, cirurgias, como a implantação de eletrodos cerebrais. PREVENÇÃO: • O Parkinson é uma doença hereditária e não pode ser prevenida, mas pode ser retardada se houver uma prática de exercícios físicos e intelectuais contínuos, como a leitura de livros e jornais.


Especial Capa

TUMORES CEREBRAIS O crescimento anormal das células do cérebro pode ser caracterizado como um tumor benigno ou maligno (câncer). O tumor cresce e comprime partes do cérebro, causando diversas complicações à saúde das pessoas. Quando há o crescimento, a pressão dentro do cérebro aumenta o que pode levar ao bloqueio do fluxo do líquido cefalorraquidiano e causar dores na cabeça, visão turva, sonolência, convulsões, náuseas e até mesmo alterações no comportamento.

EPILEPSIA A epilepsia é caracterizada pela alteração temporária do cérebro. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que causam crises convulsivas. As pessoas que sofrem com este tipo de convulsão podem sentir medo repentino, desconforto no estômago, ver e ouvir de maneira diferente. Geralmente as crises epiléticas duram cerca de cinco minutos e, ao se recuperar, o paciente pode ter déficit de memória. Traumas sofridos na cabeça, uso excessivo de álcool ou drogas, tumores e outras doenças neurológicas são algumas das causas que levam o paciente a ter epilepsia. Há alguns exames que podem ajudar na identificação da doença, como eletroencefalograma (EEG) e exames de imagem. A avaliação do histórico do paciente também é muito importante. TRATAMENTO E PREVENÇÃO • A epilepsia pode ser controlada por meio de medicamentos e uma alimentação saudável. Em alguns casos, a cirurgia pode ser a solução. Para evitar as crises, recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada e evitar uma vida estressada demais.

Os tumores mais comuns do cérebro são as metástases, que são tumores malignos e tem origem em outra localização, chegam até ao cérebro pela corrente sanguínea. O segundo tipo mais comum são os gliomas, tumores das células da glia. O diagnóstico deve ser feito pelo neurocirurgião que avalia a história, os sintomas apresentados pelo paciente, além de fazer o exame neurológico, verificar os exames de imagem como ressonância magnética e tomografia. A partir da realização dos exames, são identificados o tamanho, a localização e o provável tipo do tumor. Após a confirmação do diagnóstico, a pessoa segue em acompanhamento com vários profissionais de saúde diferentes, como oncologistas, radioterapeutas, nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Dependendo da quantidade de tumor ressecada e se ele for maligno ou benigno, pode ser necessário complementar o tratamento com radioterapia e/ou quimioterapia. PREVENÇÃO: • Não existem causas ou fatores de risco relacionados ao aparecimento de tumores cerebrais, ou seja, a maioria não pode ser evitada. Porém, uma vida equilibrada com hábitos saudáveis contribui para uma menor chance de aparecimento das doenças no geral. rsaude.com.br | Março . 2019 | Revista Saúde

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Saiba como prevenir doenças neurodegenerativas na terceira idade

Quando se fala em velhice, muitas pessoas pensam em rugas, pijamas, cabelos brancos e aposentadoria. Mas não é essa a realidade. Os avanços da medicina, as mudanças de comportamento e até questões sociais e econômicas estão fazendo com que os idosos pareçam cada vez menos... idosos! Hoje muitos fazem questão de fazer exames preventivos, procuram tratamentos estéticos, viajam, estudam, trabalham porque gostam, navegam na internet e até namoram, cenário difícil de imaginar até algum tempo atrás. Isso tudo é ótimo, mas precisamos lembrar que, apesar de o corpo estar em dia, o cérebro também envelhece e precisa de cuidados especiais. Apesar de envelhecer junto com todo o organismo, as funções cognitivas do cérebro podem se manter preservadas ao longo do tempo. Existem muitos idosos com o raciocínio igual ou melhor do que o de um jovem. Mas qual a diferença entre o envelhecimento cerebral normal e o patológico? Esquecer a data do aniversário de alguém, não se lembrar de um compromisso ou onde deixou as chaves, não são sintomas patológicos. Isso é normal, são esquecimentos que ocorrem com pessoas de todas as idades e não envolvem uma doença neurodegenerativa. Já as doenças neurodegenerativas causam perda ampla das habilidades cognitivas, alterações motoras e comportamentais e perda de memória e da noção de tempo e existência, podendo levar à demência. Elas podem surgir devido à predisposição genética, AVC, traumatismo craniano ou tumor cerebral. Mas as que mais assustam são as doenças como Alzheimer e Parkinson, que comprometem não só a saúde e qualidade de vida do paciente, mas também de todos que estão à sua volta. No caso do Alzheimer, as células cerebrais começam a se degenerar e morrem. Um dos pri-

meiros sintomas é a perda da memória recente, depois começam os problemas com a fala, locomoção até que a pessoa precise de ajuda para atividades simples como alimentação e higiene. Já o mal de Parkinson é um dos distúrbios mais comuns da terceira idade. Ele prejudica a coordenação motora e provoca tremores pelo corpo. As duas doenças ainda não têm cura mas podem ser controladas com ajuda de medicamentos. Os fatores de risco para doenças neurodegenerativas são: hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia, depressão, estresse, consumo de cigarro, álcool e drogas. De acordo com a médica Mariana W. Engelbrecht (CRM/SP 163.031), que trabalha com foco em medicina preventiva, a lista de sinais e sintomas é vasta e varia de pessoa para pessoa, mas é preciso prestar atenção e procurar o médico caso o paciente apresente: desequilíbrio, tremores, alterações na fala, alterações cognitivas como dificuldade de atenção ou concentração, memória falha, alteração abrupta e sem causa aparente na bexiga ou intestino, espasmos, fraqueza muscular e fadiga excessiva. No caso do surgimento de um ou mais desses sintomas, devemos procurar o médico para avaliar a causa, que pode ter relação com alguma doença neurodegenerativa ou ainda um desequilíbrio hormonal. E o que fazer? A melhor forma de evitar este cenário é a prevenção, que pode evitar cerca de 90% das doenças próprias da velhice. Como? Através dos pilares da longevidade saudável: se alimentar bem, praticar atividade física regularmente, relaxar, ter atitudes positivas, realizar atividades sociais, dormir bem, manter o cérebro ativo com leituras e exercícios mentais (como palavrascruzadas). Tudo isso pode ajudar a prevenir a demência e retardar o envelhecimento cerebral. A alimentação também é uma grande aliada: é possível fazer uma suplementação com substâncias antioxidantes, gorduras poli-insaturadas, vitaminas, minerais e aminoácidos que podem atuar na redução dos radicais livres e dos efeitos negativos das reações de oxidação e equilibrar o organismo. Como você viu, é possível envelhecer com saúde física e mental. Basta se cuidar e aproveitar os benefícios que a maturidade e a experiência de vida trazem, adquirindo a sabedoria que só quem viveu muito e bem pode ter.

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tados impactantes e o FAST BODY DETOX® que foi lançada agora em nosso SPA - uma sessão de Ultra Performance Detox, que visa desintoxicação Rápida do corpo. (Importante ressaltar que esses dois métodos, o paciente só irá encontrar na clínica Vida Estética, por serem exclusivos), “É necessário agendar uma consulta para que ocorra uma avaliação prévia personalizada para cada paciente”. Principais preocupações das mulheres: “gordura localizada e celulite”. Principais preocupações dos homens: “os homens estão cada vez mais vaidosos. Procurando cada vez mais tratamentos estéticos para redução de gordura local abdominal”. Método Abdômen Lacrado: “procedimento exclusivo, com base na literatura científica, que envolve associações de diversas terapias para o tratamento da gordura localizada, tendo como base a criolipólise”. Sendo um tratamento de 8 semanas. Benefícios do método: “procedimento apresenta resultados rápidos e eficazes sem efeito Cinderela e Elimina até mesmo aquela gordura incapaz de ser combatida com dieta e exercícios físicos”.

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Ansiedade e estresse, os vilões da saúde

Hoje em dia quase todo mundo vive ansioso ou estressado, e parece ser impossível separar a vida moderna desses sentimentos. As responsabilidades do dia a dia, a pressão no trabalho, a rotina familiar e o excesso de obrigações geram, em nosso corpo, respostas como a ansiedade e o estresse. Mas como isso acontece? Quando experimentamos esses sentimentos, o organismo libera substâncias como a adrenalina e o cortisol para que possamos agir rápida e prontamente. Com isso, ocorre o aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, aumento do suor e da liberação de glicose na corrente sanguínea, entre outras reações. Além disso, a ansiedade e o estresse podem desencadear doenças do coração, enxaquecas, dores crônicas, doenças respiratórias, doenças gastrointestinais, distúrbios de comportamento, ataques de pânico, fobias e depressão. O diagnóstico pode ser feito por médicos, psicólogos e psiquiatras e o tratamento pode envolver o uso de medicamentos, terapia e mudanças no estilo de vida. A mudança do padrão da mentalidade negativa para um pensamento positivo é fundamental para manter a mente em equilíbrio.

Mas como fazer isso? Algumas práticas como ser otimista, aceitar o fato de que não podemos controlar tudo, escolher o que é prioridade e o que vai ter que esperar, mudar hábitos do dia a dia, como a prática de atividade física e ter uma alimentação adequada são um ótimo começo. Como a alimentação influencia nesse quadro? De acordo com a nutricionista Vivian Cognetti (CRN 46 435), a alimentação inadequada com excesso de açúcares, gorduras saturadas, sal e embutidos, tem um papel importante no surgimento ou na piora desses distúrbios psicológicos. “Por isso o ideal é ter uma alimentação adequada, na qual o organismo irá receber o aporte de vitaminas, minerais e aminoácidos que são indispensáveis para a realização das funções metabólicas do corpo”, explica ela. A nutricionista diz ainda que este profissional também poderá indicar uma suplementação alimentar com antioxidantes, probióticos e prebióticos, gorduras boas, fitoterápicos e nutracêuticos quem complementam a alimentação e auxiliam no equilíbrio fisiológico. Logo, em caso de ansiedade ou estresse, é preciso adequar seu estilo de vida e procurar um nutricionista para auxiliar na escolha da alimentação mais apropriada.

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Dentes Inclusos: Sempre é necessário remover? Os dentes inclusos ou semi-inclusos são considerados dentes que, após passar o período de erupção considerado normal, perDRA. IVETE AP. DE MATTIAS SARTORI CRO/SP 21076 CIRURGIÃ-DENTISTA • Formada pela UNESP Araçatuba; • Especialista em Dentística - UNESP Araçatuba; • Especialista em Periodontia - APCD Bauru; • Mestra e Doutora em Reabilitação Oral - USP Ribeirão Preto; • Professora dos cursos de Especialização em Implantodontia na PROFIS Bauru e FUNDECTO São Paulo; • Professora do Mestrado em Implantodontia no ILAPEO Curitiba; • Professora dos cursos de Aperfeiçoamento em Implantodontia na Clínica Mollaris Leiria (Portugal); • Consultora científica da empresa Neodent Curitiba.

manecem alojados dentro do osso ou recobertos pela gengiva. Isto pode acontecer por falta de espaço na arcada dentária, pela presença de dentes decíduos (dentes de “leite”), por um trauma anterior na região causando uma calcificação óssea, por má formação do germe dentário, pela presença de cistos que impedem a erupção do dente ou outros transtornos como neoplasias. Os terceiros molares (popularmente chamados dentes do “siso ou juízo”) inferiores são os dentes com maior incidência de inclusões, mas outros dentes também são acometidos. É comum algumas pessoas considerarem que não os possuem por não verem os mesmos na boca. No entanto, muitas vezes eles estão completamente inclusos e só são descobertos frente a alguma complicação. Quando estes dentes estão em fase de erupção ou quando não há espaço suficiente na arcada, pode ocorrer pericoronarite.

DRA. ELISA MATTIAS SARTORI

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Esta é uma reação inflamatória por colonização de bactérias. Os sinais e sintomas

CRO/SP 88324 CIRURGIÃ-DENTISTA

são dor aguda e espontânea, dificuldade

• Formada pela Universidade do Sagrado Coração; • Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Universidade do Sagrado Coração/CFO; • Mestra e Doutora em Odontologia com área de concentração em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial UNESP Araçatuba; • Pós-Doutorado em BiotecnologiaUniversity of Michigan (Ann Arbor, EUA); • Professora do curso de Odontologia na Universidade Brasil Campus Fernandópolis; • Coordenadora da Especialização em Implantodontia na Universidade Brasil Campus Fernandópolis; • Professora dos cursos de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor no IBEO São José do Rio Preto e NEOF Fernandópolis; • Consultora Neominds da empresa Neodent Curitiba.

mastigatória, edema, dificuldade em abrir e fechar a boca, inflamação da gengiva e, em alguns casos, febre. Outros transtornos que podem ocorrer são: cáries, reabsorção óssea ou no tecido dentário nos dentes vizinhos; havendo relatos de dores faciais e alopecia causados por sua presença, assim como tumores bucais, como cisto dentígero, ameloblastoma, entre outros. CRO/SP CL 17936, Rua Gustavo Maciel,19-52 - Bauru/SP 14 3206-3500, 99899-4846. ivetemsartori@gmail.com

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O tratamento indicado pode ser a extração do dente ou sua manutenção, removendo-se somente o tecido gengival que está cobrindo-o. Podemos também decidir pela manutenção do dente incluso com acompanhamento radiográfico a cada 2 anos. Importante salientar que sempre se faz necessária a avaliação clínica e radiográfica por um profissional para definir a melhor forma de tratamento. Na MS Odontologia esse serviço está disponível. Se existe alguma dúvida em relação à presença de algum dente incluso, não deixe de buscar ajuda profissional. Essa medida pode evitar sérias complicações futuras.





Prevenção: chave para a juventude Quais os cuidados que você precisa ter com sua pele nas diferentes idades Todo mundo concorda que `prevenir é melhor do que remediar`. Isso é verdadeiro para todos os aspectos da nossa vida, principalmente quando falamos de nossa saúde. Fazer exercícios físicos regularmente, se alimentar de forma saudável, não fumar, beber com moderação, são alguns exemplos de atitudes que prolongam nossos anos de vida. De fato, sabemos que há dois tipos de envelhecimento: o intrínseco, que é aquele determinado por aspectos genéticos, e o extrínseco, atribuído a aspectos ambientais, isto é, nosso estilo de vida.

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E ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o envelhecimento não é simplesmente o passar do tempo. Hoje entendemos esse processo como algo mais complexo, que envolve não apenas a idade cronológica, mas principalmente a idade biológica (modificações corporais e mentais orgânicas, como a diminuição da estatura, por exemplo, cerca de um centímetro por década), social (o papel que nos é atribuído dentro da sociedade) e psicológica (que se refere às habilidades adaptativas que possuímos para nos adequarmos às exigências do meio e também o senso subjetivo de idade). Certamente, você conhece alguém com mais de 60 anos - idade cronológica que define idoso pela Organização Mundial de Saúde - que aparenta ser muito mais novo, seja porque realiza diversas atividades (idade social), sabe conversar sobre diversos assuntos atuais (idade psicológica), ou simplesmente tem uma aparência mais jovem (idade biológica). Então, se você se considera mais jovem do que sua idade, você tem toda razão, já que a idade cronológica é apenas uma faceta do envelhecimento! Por causa de todas essas mudanças na forma como estamos vivendo, por que não começarmos já a prevenir o que podemos, de forma simples? Como dermatologista, fico muito animada ao perceber que há um aumento na procura de cuidados com a pele por pacientes cada vez mais jovens,

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que entendem ser mais fácil prevenir doenças como câncer de pele, ou aspectos do envelhecimento como rugas e flacidez, do que ter de tratá-los no futuro. Preparei abaixo um pequeno guia, bastante simples, para ajudar você a iniciar os cuidados com a pele, de acordo com a sua idade cronológica. Todas as idades: filtro solar é, sem dúvida, o ingrediente mais importante de todos na prevenção do fotoenvelhecimento. Este deve ser usado todos os dias, mesmo em tempo nublado ou chuvoso, pois a emissão de raios UV é diária e sua intensidade é constante ao longo do ano. Os raios UV são os principais indutores de alterações à nível da pele, conduzindo a produção de radicais livres de oxigênio e alterações morfológicas. Assim, a proteção solar ganha uma enorme importância na prevenção do envelhecimento cutâneo. Existem vários tipos de filtros solares inseridos nos cremes e loções fotoprotetoras, designadamente filtros físicos (refletem os raios UV), químicos (absorvem principalmente raios UVB) e biológicos (substâncias com atividade antioxidante que reduzem o estresse oxidativo provocado pela radiação). Cremes antienvelhecimento conseguem melhorar e atenuar os sinais do envelhecimento cutâneo, mas com a incapacidade de conseguirem reverter todos os sinais, simultaneamente, de alterações da pele. Já os tratamentos mais procurados são aqueles que


apresentam resultados em um curto espaço de tempo e de baixo risco. (Fragmento retirado do site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD, http://www.sbd.org.br/ dermatologia/pele/doencas-e-problemas/ envelhecimento/4/). Ao redor dos 30 anos: esta fase é principalmente de realce da beleza de cada paciente, apesar de que já podemos identificar algumas alterações extrínsecas, como manchas, principalmente devido à exposição solar e uso de anticoncepcionais. Nessa fase, pode ser indicada a aplicação do botox para suavizar e prevenir as rugas de expressão, principalmente entre os olhos e nas laterais dos olhos. Preenchimentos com ácido hialurônico para tratar olheira e `bigode chinês`, também são usuais nessa idade, além dos skinboosters que são um tipo de ácido hialurônico menos denso, para hidratação da pele, melhorando rugas finas. Os lasers, luz intensa pulsada e microagulhamento (atualmente chamado de Indução Percutânea de Colágeno - IPCA) são indicados para tratar manchas, fechar poros e estimular o colágeno da pele. Ao redor dos 40 anos: é quando se inicia a reabsorção óssea, deslizamento e redução dos coxins de gordura e afrouxamento dos ligamentos da face (que dão sustentação ao rosto), criando o “bigode chinês” e as “linhas de marionete”. Os lábios perdem um pouco a projeção, as rugas do terço superior da face ficam evidentes e há perda de firmeza da pele, juntamente com aumento das manchas. O botox é bastante indicado nesse momento, não só como prevenção, mas principalmente como tratamento, e os preenchedores são utilizados para repor essas perdas, de forma a harmonizar toda a face: tratar o “bigode chinês”, melhorar o aspecto dos lábios, amenizar as olheiras

e a sensação de que a face está derretendo - uma das queixas mais comuns entre as pacientes nessa faixa etária. Nesse momento, entra em cena um tratamento que vem ganhando cada vez mais adeptos, devido aos resultados naturais que proporciona: o chamado ácido poli-L-láctico. Essa substância é um bioestimulador de colágeno que permite uma abordagem mais global para rejuvenescimento da face, levando a efeitos duradouros de melhora dos contornos e da flacidez facial. Lasers, luz intensa pulsada e IPCA aumentam suas indicações. Ao redor dos 50 anos: há intensificação da reabsorção óssea e de gordura, aprofundamento das rugas de expressão e aumento da perda de firmeza da pele. Nessa fase, a associação dos diversos tratamentos é imprescindível para alcançarmos uma melhora substancial, de forma que botox, preenchimentos com ácido hialurônico e estímulo de colágeno com ácido poli-L-láctico, os skinboosters para rugas finas, peelings, lasers e luz intensa pulsada, todos têm um papel importante, de maior ou menor relevância, dependendo das características individuais de cada paciente. Ao redor dos 60 anos: todos os tratamentos citados aos 50 anos valem também aqui. Associado às alterações ósseas, de gordura, musculares e da pele, há as mudanças na dentição, que afetam o terço médio da face. Nesse momento, um tratamento multidisciplinar pode ser necessário, e contar com profissionais como dentista e cirurgião plástico. Por fim, o que sempre digo às pacientes que me procuram no consultório é “nunca é tarde para começar”. Para uma avaliação mais individual e de acordo com todos esses outros aspectos que conversamos, procure sempre seu dermatologista!

DRA. VANESSA MELLO TONOLLI DERMATOLOGISTA CRM/SP: 145.401 - RQE: 47620 • Dermatologista Formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; • Especialista em Cosmiatria pela Faculdade de Medicina do ABC FCMABC; • Preceptora da Residência Médica em Dermatologia do Instituto Lauro de Souza Lima - ILSL; • Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD.

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O uso do laser é sinônimo de alta tecnologia na Otorrinolaringologia O uso do laser na medicina já vem de algum tempo. Desde 1965 que já se usava os raios de laser nos EUA para diversos procedimentos médicos. A partir de 1971, o laser começou DR. CASSIANO RICARDO DANTAS MORETI OTORRINOLARINGOLOGIA CRM/SP 136.881 - RQE 49961 • Formação Médica pela Universidade Federal do Paraná em Curitiba; • Residência Médica na Santa Casa de São José do Rio Preto; • Especialização em Rinoplastia e Cirurgia Facial No Hospital Ipo.

a ser utilizado também na Otorrinolaringologia e no de 1975, o laser começou a ser utilizado no Brasil. Atualmente, um dos aparelhos

• De 50 a 60% a menos de dor

mais utilizados é o “Medilaser’, que é

no pós-operatório imediato.

responsável pela emissão de uma luz

• Ganho importante no tempo

infravermelha na forma de laser, que

cirúrgico.

tem alta potência e é utilizado em

• Diminuição estatística impor-

procedimentos minimamente invasi-

tante no risco de hemorragias

vos na área da otorrinolaringologia.

no pós-operatório imediato.

Além dos procedimentos serem

• Retorno das atividades coti-

minimamente invasivos, a facilidade

dianas e trabalho em menor

técnica e a diminuição do tempo ci-

tempo.

rúrgico são outros fatores benéficos do uso da laser pelo médico otorrino.

Vejam alguns dos procedimentos cirúrgicos mais realizados na Otorrinolaringologia com o uso do laser: • Amigdalectomia (Cirurgia das Amigdalas) • Uvalopalatofaringoplastia (Cirurgia do Sono) • Turbinectocmia (Cirurgia dos Cornetos Nasais) • Tumores de Boca e Laringe

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Principais vantagens do uso do laser:

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Odontopediatria Erupção dos Dentes Decíduos: Cronologia, manifestações locais e sistêmicas. A erupção dos primeiros dentes da criança é um evento localizado, controlado por fatores genéticos podendo ser influenciado por condições ambientais.

PROFª. DRª. VIVIAN DE AGOSTINO BIELLA CRO/SP 67048 CIRURGIÃ-DENTISTA • Graduação em Odontologia pela Universidade do Sagrado Coração (USC), Bauru/SP; • Especialista em Odontopediatria e Dentística Restauradora pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) – Universidade de São Paulo (USP), Bauru/SP; • Mestre em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP); • Doutora em Ciências da Reabilitação (Área de Concentração Fissuras Orofaciais e Anomalias Relacionadas) pelo HRAC-USP, Bauru/SP; • Professora Colaboradora das Disciplinas de Odontopediatria, Dentística Restauradora e Materiais Dentários da Universidade do Sagrado Coração (USC), Bauru/SP.

14 3021-5254 14 99696-9685 Araújo Leite, 38-24; Jardim Aeroporto. Bauru-SP

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Os primeiros dentes decíduos surgem na cavidade bucal entre 4 a 10 meses de vida, constituindo um período significativo na vida das crianças e dos pais. Mesmo sendo considerado um processo fisiológico, apresenta sinais e sintomas que podem alterar a qualidade de vida da criança, uma vez que a mesma passa por intensas mudanças comportamentais, emocionais, nutricionais entre outras, que podem manifestar-se em alterações sistêmicas significativas. Diversas alterações locais e sistêmicas têm sido associadas à erupção dos primeiros dentes, pois nessa fase a criança pode apresentar uma baixa na resistência e maior suscetibilidade às doenças e infecções, o que pode explicar uma coincidência entre o surgimento dos dentes e alguns sintomas gerais. Nesse processo os dentes “rasgam” a gengiva podendo provocar dor e desconfortos contribuindo para que a criança fique inquieta, irritada e com necessidade de levar as mãos ou outros objetos para a cavidade bucal. Alguns sintomas estão relacionados à erupção de dentes decíduos como febre, perturbações gastrointestinais, coriza nasal, salivação excessiva, irritabilidade, inapetência, apatia, sono agitado ou insônia, aumento da sucção digital, bruxismo e tosse. Ainda poderão surgir inflamações gengivais, hiperemia da mucosa, cistos de erupção e úlceras bucais, que podem ocorrer de forma isolada ou associada. Febres e diarreias leves nesse período podem estar associadas à contaminação das mãos e objetos levados constantemente à boca. Normalmente, todos esses sintomas são rápidos e logo desaparecem, portanto a calma e tranquilidade dos pais possibilitam que a criança ultrapasse esse período de maneira confortável e sem maiores problemas. Os primeiros dentes a aparecerem são os incisivos centrais inferiores, por volta dos 6 meses de vida, seguidos dos incisivos centrais superiores entre 7 e 8 meses. Seguindo a ordem, aparecem respectivamente os incisivos laterais inferiores e superiores aos 7 e 9 meses, primeiros molares inferiores e superiores aos 12 e 14 meses, os caninos inferiores e superiores aos 16 e 18 meses e por fim os segundos molares inferiores e superiores aos 20 e 24 meses. A cronologia de erupção é variável, sendo

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a antecipação ou um atraso de 6 meses em relação à média considerados normais. Antes mesmo da erupção dos primeiros dentes recomenda-se que seja feita uma visita ao consultório do Odontopediatra para orientações importantes que irão ajudar os pais a superarem esse período de forma tranquila e saudável. Orientações: massagear as gengivas da criança com dedeiras de silicone ou com gaze embebida em água filtrada, oferecer mordedores e/ou brinquedos macios e seguros que possam ser higienizados com água e sabão neutro, oferecer bebidas frescas e utilizar colheres resfriadas na hora das refeições. Pode-se indicar a colocação de mordedores na geladeira, desde que sejam específicos para esse fim, durante uns 5 minutos antes de oferecer para a criança, pois o frio ajuda no alívio da inflamação no local. O uso de medicações ou qualquer outro tipo de produto que são indicados para aplicação na mucosa do bebê não devem ser utilizados sem a orientação e prescrição do Odontopediatra ou médico que acompanhem a criança. Importante manter a criança bem alimentada e hidratada evitando assim que infecções oportunistas tragam complicações mais sérias. Ter em mente que este é um processo considerado normal e necessário para um completo e saudável desenvolvimento do bebê, devendo ser vivenciado de uma maneira leve e divertida por toda a família. Procure um Odontopediatra de sua confiança e viva os melhores momentos da vida com muita saúde e alegria!



Ronco e Apneia

Fantasmas que amedrontam Embora tenham suas diferenças, a apneia do sono e o ronco possuem uma forte relação. As duas doenças podem ser consideradas respiratórias e atingem, principalmente, pessoas com mais de 50 anos. Calcula-se que 30% dos roncadores sofram também com a apneia.

DR. MATHEUS SGARBI VERGAÇAS CRM/SP 135.092 • Médico formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva; • Residência em Otorrinolaringologia pela Santa Casa de São José do Rio Preto.

O ronco é três vezes mais comum em obesos e atinge uma em cada oito pessoas no país. Ele é causado por uma obstrução parcial das vias aéreas superiores e é devido à dificuldade do ar em passar pelas cavidades respiratórias que acontece aquele som incômodo e característico do ronco. Já a apneia, que também é um distúrbio do sono assim como o ronco, é causada pela interrupção da respiração devido ao fechamento da passagem do ar no nível da garganta. Esse fechamento pode durar vários segundos e até mesmo minutos, e a pessoa só volta a respirar quando um reflexo do organismo consegue reabrir a passagem do ar. Isso pode se repetir várias vezes em uma noite! Tipos e causas da apneia do sono Existem três tipos de apneia do sono: obstrutiva, central e mista, que é uma mistura das duas primeiras. Para compreender cada uma delas, é preciso ter certa noção de suas causas. Apneia obstrutiva do sono (AOS) A apneia obstrutiva do sono é o tipo mais comum de apneia, constituindo 84% dos diagnósticos. Na maioria dos casos de apneia obstrutiva do sono, o ar para de fluir para os pulmões, devido a uma obstrução na via respiratória superior, isto é, no nariz ou na garganta. A via respiratória superior pode ficar obstruída pelos seguintes motivos: • Os músculos relaxam durante o sono, obstruindo a passagem de ar*; • O peso do seu pescoço estreita as vias respiratórias; • Amígdalas inflamadas ou outros motivos temporários; • Razões estruturais, tais como a forma do nariz, do pescoço ou da mandíbula.

Apneia central do sono (ACS) As pessoas com ACS não costumam roncar, por isso, certas vezes, a doença passa despercebida. A apneia central do sono (ACS) é o tipo menos prevalente de apneia do sono, e pode ser causada por insuficiência cardíaca ou uma doença ou lesão que envolva o cérebro, tais como: • AVC; • Tumor cerebral; • Infecção viral no cérebro; • Doença respiratória crônica. Apneia mista do sono Esta é uma mistura da AOS (quando existe uma obstrução da via respiratória superior) com a ACS (quando não há esforço respiratório), e é o tipo menos comum de apneia do sono. Seu médico poderá ajudá-lo a entender mais sobre isso, se for o caso. Se você tiver alguma suspeita de que tem algum tipo de apneia do sono, consulte o seu médico. Sinais e sintomas • Ronco; • Respiração ofegante; • Sensação de sufocamento ao dormir; • Sono agitado; • Dificuldade de concentração; • Dor de cabeça matinal. Tratamento: É recomendada a perda de peso, evitar consumir bebidas alcoólicas, fazer exercícios físicos regularmente e parar de fumar para garantir melhor qualidade de vida de maneira geral, uma vez que esses são responsáveis pelo desenvolvimento de várias doenças crônicas.

*O estreitamento da via respiratória provoca uma vibração na garganta que gera o ruído do ronco.

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Revista Saúde | Março . 2019 | rsaude.com.br








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