Mesmo com temáticas conhecidas como o samba, nos defrontamos com gratas surpresas. Reencontrar a importância e elegância do samba rural paulista, pouco comentado desde Mario de Andrade, nos anos trinta, e Plínio Marcos, nos setenta. Observar as Velhas Guardas das Escolas de Samba buscar novos espaços para sua manifestação artística, uma vez expulsas das quadras, pela competição dos desfiles e dos novos gêneros musicais mais afeitos à promoção das mídias. Então, não importa se é do índio ou sobre os índios; se o museu é no Recreio dos Bandeirantes na cidade maravilhosa ou na sala de estar do apartamento em São Paulo; se a festa é pagã em homenagem a um Santo, o Antônio; se a arte é de produção coletiva ou individual na insanidade lúcida do Ranchinho; se as esculturas em um bloco de madeira são de animais ou de homens; se o samba é rural ou samba rock. Dando forma à tradição, múltiplos escultores são seus arquitetos. A RAIZ. da palco e voz para nossa arte popular.