Aracaju Magazine 140

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Tanit Bezerra

de fato se repete. No trabalho, na festa de rua, no arraial improvisado, nos eventos privados ou públicos com o intuito de juntar multidão -, a palavra é uma só: festejar São João e São Pedro. Em Sergipe, a característica vem de forma especial. Assim como o ato de “queimar fogueira” em homenagem a São José já se antecipa em 19 de março de cada ano, fato que ocorre geralmente em residências cujos moradores se chamam José ou têm parentes com o mesmo nome, no São João e São Pedro essa tradição só tende a aumentar. Antes mesmo, não há de se esquecer que um outro santo, invocando igualmente a questão religiosa sob o pretexto de comemorar os festejos, também é chamado à participação: Santo Antônio, em 13 de junho,

tradicionalmente evidenciado por ser o “santo casamenteiro” e dos que possuem nome “Antônio”. Nesse particular, são acesas fogueiras e realizam-se procissões religiosas em cidades cujo padroeiro é Antônio - Itabaiana, por exemplo - ou em “forrós” com conotação pública e privada. Em verso e prosa, o consagrado “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, assim cantarolou mostrando o apego dos nordestinos aos santos e festejos juninos;

“No dia de Santo Antônio Já tem fogueira queimando O milho já está maduro Na palha vai se assando No São João e São Pedro A festa de maior brilho Porque pamonha e canjica completam a festa do milho”

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