Edição 77 novembro/dezembro 2013

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ABCZ - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU

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foto: Rúbio Marra

pecuária no brasil

Luiz Claudio Paranhos| presidente da ABCZ

Buscando excelência em gestão

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este último mês de novembro tivemos a satisfação de ter renovado aqui na ABCZ as certificações ISO 9001 e ISO 14001. São certificações que comprovam e reconhecem o trabalho sério e competente dos nossos colaboradores em busca da evolução contínua na melhoria da qualidade dos serviços que prestamos à pecuária nacional. ISO é um sistema internacional de certificação, cujas normas foram criadas com o objetivo de melhorar a relação comercial entre os países e estabelecer padrões de qualidade. O ISO 9001 estabelece um modelo focado na gestão da qualidade. O programa de gestão implantado ao longo dos últimos anos na ABCZ criou condições para a melhoria contínua do atendimento aos associados e do próprio processo de governança, com maior transparência, igualdade, prestação de contas e foco em resultados. O ISO 14001 é a norma internacional que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). O objetivo é padronizar normas que busquem o equilíbrio entre a manutenção das atividades e a redução do impacto ambiental em operações rotineiras, incluindo as feiras e exposições que ocorrem no Parque Fernando Costa. Somos a primeira associação de pecuária com este tipo de certificação, o que muito nos orgulha e nos motiva a superar rotinas complexas e normas rigorosas. Não é tarefa fácil, e é preciso reconhecer o grande esforço por parte de todos que vestem a camisa da nossa associação. Também estamos desenvolvendo um trabalho bastante promissor na área financeira, buscando melhorar a gestão dos nossos recursos e dos nossos custos. Através de um esforço coletivo envolvendo diversas áreas da casa, finalizamos o orçamento anual de receitas e despesas para 2014. Pela primeira vez a ABCZ trabalhará com uma previsão orçamentária prévia em todos os seus setores e atividades. Esperamos que esta ferramenta possa melhorar o nosso planejamento e com isso otimizar recursos e reduzir despesas.

Existe uma preocupação grande na casa em não onerar o Registro Genealógico. Nos últimos dez anos não houve aumento real neste item, apenas correção monetária. Se compararmos com a arroba do boi, o salário mínimo ou mesmo o IGPM (bastante utilizado em correções), o Registro Genealógico foi o que menos subiu neste período. Ele tem sido reajustado apenas pelo IGP-DI, e nestes dois anos seu preço se manteve congelado, sem correção, e esperamos continuar desta forma, repassando apenas a correção da inflação. Por último gostaria de destacar o projeto de Gestão de Pessoas. Baseado em pesquisa de clima organizacional realizada nos últimos meses com a participação de 315 colaboradores (91% do total) e provocada por demanda levantada em reuniões internas com nossos técnicos, esta ação vem mostrando resultados bastante interessantes. O principal foco tem como objetivo melhorar o nosso conhecimento interno, nossas relações interpessoais. O projeto compreende processos que identificam as competências e propõem novas formas de relacionamento e engajamento. Isso é um pouco das rotinas da ABCZ, complexas mas necessárias quando se busca eficiência, ainda mais no nosso caso, que é o de uma associação que representa mais de 20 mil produtores. Aproveitando a última edição de 2013 desejo um Feliz Natal a todos e que em 2014 possamos debater mais sobre gestão de qualidade. Boa leitura!

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Editorial

Órgão oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu

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campo está mais tecnológico e mais eficiente, como os números do setor comprovam. Vamos fechar o ano com mais de US$ 6 bilhões de receita em exportações de carne e com uma curva ascendente no preço do leite pago ao produtor. Deixando os números de lado, permanecem no cenário do agronegócio velhos entraves que, como a própria palavra já diz, impedem o setor de ir ainda mais longe. Logística, meio ambiente, conflitos agrários, educação, alto custo de produção... e tantos outros itens que poderiam entrar nessa lista. Como em 2014 teremos mais uma vez a oportunidade de decidir quem nos representará nas esferas federal e estadual, é o momento de analisarmos de forma mais completa a realidade do homem do campo. Recebi recentemente um e-mail do produtor Ronald Guimarães, que atua como tesoureiro do Sindicato Rural de Iguatama, em Minas Gerais, relatando a luta da cooperativa local para levar conhecimento e técnica aos cooperados. “Hoje, tudo mudou. O município conta com uma modesta assistência da EMATER, com um só funcionário que mora em outra cidade”, lamenta Ronald Guimarães. A partir desta edição de novembro/dezembro, a revista ABCZ trará informações sobre os temas mais críticos para o agronegócio. Vamos começar pelo polêmico Código Florestal. Entrevistamos a advogada Samanta Pineda, que atuou fortemente em conjunto com a Frente Parlamentar da Agropecuária pela aprovação de uma legislação sem distorções. Se por um lado o Brasil ainda tem muito o que melhorar para garantir maior tranquilidade para o homem do campo trabalhar, muitos pecuaristas seguem firmes no propósito de desenvolver uma pecuária de qualidade. Um exemplo vem de Tombos (MG). O criador Telso Cherigati enviou fotos do sistema de fornecimento de água para os animais que implantou na Fazenda Sete Voltas. “Às vezes, até existe abundância de água de boa qualidade, mas completamente mal localizada, obrigando os animais a percorrerem grandes distâncias o que, inevitavelmente, tem um preço a ser pago com prejuízo na produtividade. Com bebedouros em locais de maior frequência do gado em todos os pastos manejados, o rebanho está consumindo água de ótima qualidade, tendo como vantagem o aumento dos índices produtivos e reprodutivos”, explica Telso. É como disse o produtor Ronald Guimarães: se o Brasil é grande na agropecuária com uma pequena assistência, imagine se fosse bem assistido! Espero que gostem desta edição. Um Natal e Ano-Novo de paz e fartura.

Larissa Vieira | editora

Conselho Editorial

Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira, Gabriel Prata Rezende, Mário de Almeida Franco Júnior, Silvio de Castro Cunha Júnior, Frederico Cunha Mendes, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, Rivaldo Machado Borges Júnior, Luiz Antonio Josahkian, Agrimedes Albino Onório, Juan Lebron e Jovelino Carvalho Mineiro Editor e Jornalista responsável: Larissa Vieira Repórteres: Laura Pimenta e Márcia Benevenuto Redação: (34) 3319 3826 • larissarvieira@netsite.com.br Revisão: Sandra Regina Rosa dos Santos Departamento Comercial: (34) 3336-8888 Miriam Borges (34) 9972-0808 - miriamabcz@mundorural.org Jasminor Neto (34) 9108-1217 - revista.abcz@mundorural.org Walkíria Souza (35) 9133-0808- walkiriaas@mundorural.org Assinaturas: (34) 3319-3984 • assinatura@abcz.org.br Projeto gráfico: Dgraus Design • contato@dgraus.com.br Diagramação: Cassiano Tosta, Gil Mendes, Issao Ogassawara Jr. e Vanessa Sueishi Produção gráfica: Rodrigo Koury Impressão - CTP: Gráfica Bandeirantes Tiragem: 9.000 exemplares Capa: Nativa Propaganda

Diretoria da ABCZ (2013-2016) Presidente: Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira 1º Vice-pres.: Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges 2º Vice-pres.: Gabriel Prata Rezende 3º Vice-pres.: Jovelino Carvalho Mineiro Filho Diretores

Adáldio José de Castilho Filho, Antônio José Prata Carvalho, Antônio Pitangui de Salvo, Celso de Barros Correia Filho, Frederico Cunha Mendes, José de Castro Rodrigues Netto, Leda Garcia de Souza, Mário de Almeida Franco Júnior, Rivaldo Machado Borges Júnior, Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha, Ronan Eustaquio da Silva, Silvio de Castro Cunha Júnior e Vilemondes Garcia Andrade Filho

Assessorias Jurídica: Gilberto Martins Vasconcelos Relações Públicas: Keite Adriana da Silva Conselheiros Consultivos: Acre: Francisco Salles Ribeiro Valle Filho, José Tavares do Couto Neto e Rafael Cunha Mendes; Alagoas: Álvaro Jose do Monte Vasconcelos, Celso Pontes de Miranda Filho e Marcos Ramos Costa; Bahia: Manoel Messias de Sousa Oliveira, Maurício Bahia Odebrecht e Miguel Pinto de Santana Filho; Ceará: Fábio Pinheiro Cardoso, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima e Valêncio Pereira de Carvalho; Distrito Federal: Gil Pereira , José Mário Miranda Abdo e Sílvio Queiroz Pinheiro; Espírito Santo: Marcos Corteletti, Nabih Amin El Aouar e Victor Paulo Silva Miranda; Goiás: Clenon de Barros Loyola Filho, Leo Machado Ferreira e Leonardo Martins Normanha; Maranhão: Nelson José Nagem Frota, Ruy Dias de Souza e Antônio José Dourado de Oliveira; Mato Grosso: Carlos Alberto de Oliveira Guimarães, Francisco Olavo Pugliesi de Castro e Luiz Antônio Felippe; Mato Grosso Do Sul: Angelo Mário de Souza Prata Tibery, Arthemio Olegário de Souza e York da Silva Correa; Minas Gerais: Fabiano França Mendonça Silva, José Murilo Procópio de Carvalho e Ricardo Antônio Vicintin; Pará: Carlos Lerner Gonçalves e Luiz Guilherme Soares Rodrigues; Paraíba: José Gomes de Moura, Paulo Roberto de Miranda Leite e Pompeu Gouveia Borba; Paraná: Célio Arantes Heim, Gustavo Garcia Cid e Sérgio Ricardo Pulzatto; Pernambuco: Carlos Fernando Falcão Pontual, Manassés de Melo Rodrigues e Marcelo Alvarez de Lucas Simon; Piauí: Ibaneis Rocha Barros Júnior, José de Ribamar Monteiro Silva e Lourival Sales Parente; Rio De Janeiro: Aprígio Lopes Xavier, Jorge Sayed Picciani e Rodrigo Martins Bragança; Rio Grande Do Norte: Camillo Collier Neto, Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo Filho e Orlando Cláudio Gadelha Simas Procópio; Rio Grande Do Sul: Inácio Simão Paz Martins, José Adalmir Ribeiro do Amaral e Pedro Monteiro Lopes; Rondônia: Alaor José de Carvalho, Luiz Jorge Campos Reuter e Marco Túlio Costa Teodoro; São Paulo: Adir do Carmo Leonel, José Luiz Niemeyer dos Santos e Pedro Augusto Ribeiro Novis; Sergipe: Djenal Tavares Queiroz Neto, Paulo Pereira Carrera Escariz, Sérgio Santana de Menezes; Tocantins: Aloísio Borges Júnior, Eduardo Gomes e Epaminondas de Andrade.

Conselheiros Fiscais: Efetivos: José Fernando Borges Bento, Delcides Barbosa Borges, Jesus Avelino Da Silva, Luiz Henrique Borges Fernandes e Rogério Dos Santos Silva. Suplentes: Aluísio Garcia Borges, Antônio Augusto Musa de Barros, Fábio Melo Borges, Frederico Martins Moreno e Torres Lincoln Prata Cunha Filho.

Superintendências Geral: Agrimedes Albino Onório. Adm-financeira: José Valtoírio Mio. Marketing: Juan Lebron. Técnica: Luiz Antonio Josahkian. Informática: Eduardo Luiz Milani. Téc­ni­ca-adjunta de Melho­ra­men­to Genético: Carlos Hen­rique Cavallari Machado. Técnica-adjunta de Genea­lo­gia: Gleida Marques. Coordenador do Departamento de Jurados das Raças Zebuínas: Mário Márcio de Souza da Costa Moura. Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ

Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 • Bloco 1 • Cx. Postal 6001 • CEP.: 38022-330 Uberaba (MG) • Tel.: (34) 3319 3900 • Fax: (34) 3319 3838

www.abcz.org.br

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índice

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10 - Entrevista

22 - Mercado

Samanta Pineda

Pecuária moderna e produtiva

Pecuária no Brasil Editorial Direto de Brasília Registro Zebu Além da Fronteira Vitrine do Zebu Automação otimiza rotina da fazenda

Matéria de capa

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36 - Nutrição Comida turbinada

Chuva de oportunidades Suplementação nas águas Campo Aberto Expoinel Mineira será em fevereiro Grandes Campeões Avaliação visual: ferramenta importante na seleção

Vitrine tecnológica da pecuária Novidades do setor de máquinas e implementos serão apresentados durante a ExpoZebu Dinâmica 2014

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Cadastramento de receptoras já pode ser feito

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Esclarecimento sobre a cobrança para emissão de RIL 93 PMGZ LEITE altera Relatório Individual de Lactação (RIL) 93 Feriados e Recessos 94 Tabela PMGZ 100 Na trilha do PMGZ

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MATÉRIA DE CAPA

ExpoZebu 80 anos, a celebração do zebu

102 - Receptoras

113 - Minha Receita Tira de picanha de zebu com dois molhos

PNAT alcança todas as metas ABCZ mantém certificações ISO A hora e a vez dos zootecnistas Você na revista ABCZ Novos associados Saúde

Especial Raças Zebuínas - Tabapuã Um olhar sobre o zebuíno brasileiro Esculpido em carrara Caminhar sem pressa O gado pela ciência

especial raças

72 - Exposições

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entreVista

Advogada ambientalista Samanta Pineda elogia a amplitude da nova lei, critica distorções praticadas nos estados e acredita que ainda este ano o sistema para inclusão de dados será lançado Marcia Benevenuto | Foto: divulgação 10

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transição amarrada pela falta do CAR

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amanta Pineda, profissional especializada em direito ambiental, teve forte atuação técnica junto à Frente Parlamentar da Agropecuária e dominou debates que influenciaram a elaboração da lei que instituiu o novo Código Florestal Brasileiro. O histórico de infância fez o interesse pelos temas relacionados ao campo ser despertado ainda nos primeiros períodos do curso de direito. No passado, a advogada deixava o salão de manicure da mãe em Curitiba, para se divertir nos períodos de férias escolares trabalhando junto com os tios, que viviam da agricultura familiar no interior do Paraná. Hoje ela é uma das profissionais mais reconhecidas e demandadas pelo setor agropecuário, para explicar em detalhes a nova lei e as mudanças que podem impactar diretamente as atividades produtivas desenvolvidas em mais de 5 milhões de propriedades rurais. ABCZ: Estamos em qual ponto para a regulamentação da lei? Samanta Pineda: Nós estamos num momento bem específico de transição. A nova lei existe e se sobrepõe ao código anterior, aquele que trazia, por exemplo, as regras de não somar APP (Área de Preservação Permanente) com reserva, de exigir averbação de reserva legal e de só permitir compensação de reserva legal dentro da mesma micro bacia. A lei anterior foi revogada pela 12.651, que está vigente desde maio do ano passado e recebeu complementações em outubro. ABCZ: Mas, na prática, a vida do produtor não mudou. Mesmo querendo arrumar a papelada da terra, a maioria continua em situação irregular. O quê está faltando? SP: Falta a publicação de um ato oficial por parte da ministra do Meio Ambiente para que o CAR esteja na praça. O direito que o produtor tem de se adequar as novas regras está tolhido por uma omissão do poder público em lançar o sistema, que é a ferramenta principal para viabilizar a regularização.

MATÉRIA DE CAPA

Código Florestal Brasileiro

O cerne do problema é a finalização do sistema para implantação do CAR, que é o Cadastro Ambiental Rural. Nós temos no Brasil 5,2 milhões de propriedades rurais e todas elas vão ter que fazer o cadastro. O CAR é declaratório, assim como o imposto de renda, e se o sistema não for muito bem feito com formulários fechados e certinhos, não vai haver condição de recepção desses dados e ainda pode dar margem para a inclusão de declarações com erro. Além de consistente, o sistema tem que ser ágil e de fácil compreensão porque o produtor rural, em sua maioria, vem de uma classe mais simples, em que pouca gente se arrisca a usar um computador, e uma minoria tem um técnico para ajudar. O Ministério do Meio Ambiente também está fazendo convênios com diversos órgãos como a EMATER, EMBRAPA, universidades, sindicatos, associações, para que eles ajudem o produtor a fazer sua regularização. ABCZ: Nossos representantes estão mobilizados para cobrar uma solução? SP: No início de novembro a Frente Parlamentar da Agropecuária, encaminhou um documento oficial dizendo o que gostaríamos que estivesse previsto nesse decreto de regulamentação. Entre outros itens, queremos ter de forma clara, por exemplo, a previsão de que os TACs já assinados vão ter que ser adequados à nova lei e a extinção da figura da averbação. Mesmo sem o CAR implantado, é inadmissível que os cartórios continuem exigindo averbação. Naquela conversa, 11 novembro - dezembro | 2013

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que eu citei, dos representantes da Frente Parlamentar Agropecuária com a ministra, ela disse que até o final do ano o sistema vai ser lançado. Só a partir disso é que as coisas vão rodar. ABCZ: Essa dificuldade técnica em produzir um sistema capaz de abranger todos os itens da lei, reforça a ideia de que o Código Florestal Brasileiro é inédito no mundo? SP: E é. O Brasil é o único país que tem definidos 11 locais tidos como APP, com delimitações específicas em margens de rios, topo de morro, encostas, nascentes. Enfim, não existe outro país no mundo que proteja essas áreas com tanto critério. Outro exemplo é o das áreas de uso restrito, as que têm inclinações entre 25 e 45 graus, as áreas de pantanal e as áreas alagáveis, entre outras modalidades, nas quais para liberar o uso é preciso uma série de estudos e recomendação técnica. Por último, o instrumento que define a reserva legal no Brasil não tem precedentes em nenhum outro país. O nosso CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural), por exemplo, já foi copiado várias vezes. Não existe um cadastro ambiental rural no mundo como o nosso, com tantas variáveis e especificações a ponto de contemplar uma identidade ambiental para cada propriedade rural do território nacional. ABCZ: A senhora acha que o CAR nacional sai até o final do ano? SP: Eu acredito que sim. Há muitos ajustes para fazer, mas a parte pesada está pronta e por isso acho que sai agora em dezembro. ABCZ – Nos estados que tinham cadastros próprios qual prevalece? SP- Para os estados que já têm o seu CAR, como o

Mato Grosso, o Pará e o Rio Grande do Sul, a lei não pode ser mais branda e nem mais restritiva. Ela só pode falar sobre questões que a lei federal não abrange. Então, o que os estados estão fazendo é legislar peculiaridades. A lei federal não fala, por exemplo, de irrigação. Em Minas estão definindo as regras para uso do sistema com técnica de reservação de água para as veredas, método que é ambientalmente correto. Então, está havendo um movimento no país de aprimoramento das leis ambientais estaduais, que estavam todas desencontradas e obsoletas. ABCZ: Os produtores, nesse momento de indefinição, correm risco de ser multados por falta desses documentos? SP: Por desmatamento ilegal em APP e reserva legal é proibida a multa desde a publicação em maio, e isso está escrito expressamente na lei. Mas tem acontecido em desmatamentos anteriores porque a lei deixou um buraco sobre infrações. O Ministério Público está entrando com ações civis públicas contra quem não tem reserva legal, e infelizmente o papel institucional de proteger a sociedade exigindo o cumprimento das leis é questionável. ABCZ: Há muita polêmica em São Paulo, onde está o nó do confronto paulista? SP: Na Procuradoria Geral do Estado. Eles causaram toda a polêmica ao interpretar alguns artigos do Código, de uma maneira muito torta. O texto diz que a reserva legal desmatada no passado, em acordo com as regras vigentes, não precisa ser recomposta. Então, teoricamente, dentro de uma propriedade que foi aberta na década de 30, pelo pessoal do café, e que depois foi disponibilizada para cana-de-açúcar ou outras culturas, não existe a obrigação da reserva

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legal, porque o primeiro código é de 1934. Se o desmatamento, na época, era legal não tem porque fazer o proprietário da terra recuperar agora. Ele não cometeu nenhum ilícito, mas a PGE diz que esse artigo só se aplica em local onde o índice mudou, como na Amazônia, que era 50% e virou 80%. Não é isso o que o legislador quis dizer. Outro exemplo, a lei federal diz: “em caso de fogo, o produtor só pode ser multado se comprovado nexo de causalidade entre a ação ou omissão do produtor e o fogo”, ou seja, se o órgão fiscalizador não provar essa conexão não pode multar. Em São Paulo vigora o seguinte: “independente de culpa, a multa sempre existiu”. ABCZ: Mas a partir do momento em que estiver regulamentada a lei federal, como ficam esses códigos estaduais? Qual vai prevalecer? SP: Se a regulamentação sanar todas as dúvidas levantadas pela PGE, você consegue resolver a maior parte dos problemas de São Paulo. Agora, há pontos em que foram tão dentro de uma interpretação subjetiva que não tem como o decreto resolver. Nesse tipo de situação, só se o estado criar uma lei específica. ABCZ: Em sua palestra, no Fórum Zebu de Ponta a Ponta, aqui em Uberaba, no primeiro semestre, choveram perguntas sobre os termos de ajustamento de conduta. Quem assinou como deve proceder? SP: O TAC é acessório de lei. O nome dele diz, é um Termo de Ajustamento da Conduta ilegal a uma lei vigente. Se a lei não está vigente, o termo não pode existir.

Se existe uma nova lei, ele precisa ser adequado. A lei de Minas diz que o TAC, o termo de compromisso ou similar, assinados, tanto com órgãos ambientais quanto com o Ministério Público. Terão que ser readequados. No federal isso não está escrito. Então, quem assinou TAC de acordo com a lei anterior e está fora de Minas, vai ter que brigar um pouquinho. ABCZ: E sobre a exigência de averbação em cartório? SP: Não é mais obrigação. Está dito lá que o CAR vai se sobrepor. O preenchimento do cadastro desobriga a averbação. E se alguém quiser averbar, essa averbação é gratuita. ABCZ: Quais as recomendações aos produtores rurais, pecuaristas agora? SP: A primeira é conhecer seus passivos, saber o que você tem de errado ambientalmente e entender as regras para poder usar todos os benefícios que a lei garante, e não perder nenhum por desconhecimento. A segunda é fazer o diagnóstico para entender os passivos e definir a melhor forma de regularização, e ir com calma. Deixe tudo pronto, mas pode ir devagar. O proprietário rural pode esperar o sistema rodar primeiro. A partir do lançamento vai ter um ano para fazer o CAR. Agora, para quem está na Mata Atlântica e vai compensar reserva legal, é bom comprar logo pois o preço vai subir. Metade do Brasil é Mata Atlântica, e este é o único bioma onde há déficit de áreas. Quem souber do seu passivo primeiro deve conseguir um negócio mais justo. 13 novembro - dezembro | 2013

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Levantamento

Trabalho Escravo

O assessor da Diretoria da ABCZ em Brasília, Geraldo Melo Filho, está elaborando um levantamento de todas as questões ligadas à pecuária em tramitação no Congresso Nacional. Com esse levantamento poderá ser feita uma priorização dos temas já propostos, além da elaboração de proposições específicas que não estejam previstas nos projetos já em tramitação.

Várias iniciativas de projetos de lei e emendas constitucionais estão em tramitação no Congresso e envolvem esse tema. O risco é quanto à definição difusa acerca do que é “trabalho escravo”. Esse conceito em múltiplos instrumentos legais (administrativos ou penais) tem interpretação diferente. Havendo essa indefinição, as novas leis em discussão podem fazer que, por meras inconformidades trabalhistas, um empregador seja enquadrado no crime de trabalho escravo.

Representação em Brasília

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om o intuito de se posicionar de forma mais efetiva diante dos principais assuntos de interesse da pecuária, a ABCZ conta agora com uma representação em Brasília (DF). O economista e criador de guzerá, Geraldo Melo Filho, será o profissional responsável pelo trabalho. O intuito é viabilizar, junto ao governo federal e a entidades sediadas na capital do país, projetos que beneficiem o setor. Entre as prioridades da ABCZ nesse trabalho de articulação política em Brasília, estão: redução dos custos de produção, abertura de novos mercados, revisão de protocolos sanitários para exportação de genética bovina, fim da concentração da agroindústria, sanidade animal, estímulo à pesquisa, inclusão e ampliação das linhas de crédito voltadas para adoção de animais geneticamente superiores, etc. Para os assuntos de abrangência geral do setor primário (por exemplo, aqueles relacionados com as áreas ambiental, fundiária e tributária), será feito um trabalho em conjunto com as entidades do setor, adotando o posicionamento da instituição que representa o segmento.

Emendas parlamentares Emendas parlamentares, apresentadas por deputados federais e senadores até o dia 29 de novembro, poderão viabilizar recursos para a realização de projetos a favor da pecuária brasileira, promovidos pela ABCZ nas áreas de qualificação e treinamento rural, melhoramento genético, modernização tecnológica e a realização de eventos, como a ExpoZebu 80 Anos. Durante a passagem pela capital federal nos dias 26 e 27 de novembro, o presidente da ABCZ foi recebido por diversos parlamentares que demonstraram grande entusiasmo pelos projetos apresentados pela entidade. A destinação das emendas foi articulada pelos deputados Abelardo Lupion e Bernardo Santana, em conjunto com mais de 30 parlamentares de mais de 10 partidos, dentre eles, os deputados Marcos Montes, Aelton Freitas e Narcio Rodrigues. Uma vez apresentadas pelos parlamentares, as emendas ainda têm que ser avaliadas e liberadas pelos respectivos ministérios junto aos quais os projetos serão apresentados.

foto: Rúbio Marra

foto: Zzn Peres

direto de brasília

Frente Parlamentar

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ABCZ passou a participar efetivamente das reuniões da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). São reuniões semanais com as entidades do agronegócio e parlamentares ligados ao setor. Nessas reuniões são fechadas as pautas e posicionamentos da Bancada Ruralista, discutidos os assuntos de interesse do setor e novos temas de interesse da pecuária. O primeiro encontro da FPA que contou com a presença do presidente da ABCZ Luiz Claudio Paranhos foi no dia 26 de novembro.

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Congresso Capixaba

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presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, teve agenda repleta de atividades durante o V Congresso Capixaba de Pecuária Bovina que aconteceu no período de 06 a 08/11, em Vila Velha/ES. O evento promovido pela Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN) contou com mostra científica, minicursos e vários painéis de conteúdo técnico e educativo elaborados em torno do tema “O Agronegócio no Século XXI”, que atraíram mais de 600 conferencistas. Na ocasião, Luiz Claudio Paranhos recebeu homenagem da Nelore Capixaba e proferiu a palestra “Os zebuínos no melhoramento genético da pecuária nacional”. Durante a passagem por Vitória, o presidente da ABCZ visitou o Escritório Técnico Regional da ABCZ na cidade.

Conselho atuante A partir do mês de novembro, as reuniões gerais da Diretoria da ABCZ passaram a contar com a participação de conselheiros da entidade. A ideia é que os conselheiros, que representam a ABCZ em nível estadual, possam acompanhar as decisões e colaborar mais presencialmente com os projetos desenvolvidos pela entidade. A reunião do dia 12 de novembro contou com a presença e colaboração de dois conselheiros: Fabiano França Mendonça Silva (MG) e York da Silva Corrêa (MS). A cada reunião, pelo menos um conselheiro da ABCZ será convidado a participar.

O presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, recebeu no dia 09 de outubro a visita do pesquisador responsável pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP), Sérgio de Zen. Entre os assuntos tratados durante a visita, está a possibilidade da ABCZ gerar dados sobre a pecuária que auxiliem os criadores na tomada de decisões. Os superintendentes da ABCZ Agrimedes Albino e Juan Lebron e o consultor Cristiano Botelho também participaram do encontro.

1ª Oeste Genética

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ABCZ marcou presença em Barreiras/BA, durante a 1ª Oeste Genética realizada no período de 15 a 17 de novembro. O evento foi realizado no Parque de Exposição Engenheiro Geraldo Rocha e contou em sua programação com uma Feira de Touros do Pró-Genética, com oferta de touros zebuínos registrados, financiados pelo Branco do Brasil e Banco do Nordeste. O Presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, esteve no evento acompanhado do gerente de Fomento da ABCZ, Lauro Fraga Almeida, e dos técnicos de campo Luiz Fernando Salim e Rubenildo Rodrigues. Além da feira do Pró-Genética, também foram realizadas palestras sobre o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). foto: divulgação

foto: divulgação

Reunião com CEPEA

foto: divulgação

registro

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Perdas

pecuária esteve de luto durante o mês de novembro em razão do falecimento de duas referências entre os criadores das raças zebuínas. No dia 04 de novembro, faleceu a criadora de sindi, Altair Maria Pedrosa Castilho, mãe do diretor da ABCZ Adaldio José de Castilho Filho. D. Altair conduzia a propriedade Fazendinha, em Novo Horizonte/SP. Na ExpoZebu 2013, D. Altair conquistou alguns campeonatos, terminando a disputa como terceira melhor expositora e criadora. Já no dia 17 de novembro faleceu o pecuarista João Cariello de Moraes Filho, titular da Fazenda e Haras Bomfim, de Porangaba/SP. João Cariello dedicou mais de 40 anos de sua vida ao desenvolvimento da pecuária nacional, através da seleção da raça nelore mocha.

Pesquisa de satisfação Já está disponível no site da ABCZ a nova edição da Pesquisa de Satisfação dos Criadores, que avaliará a qualidade dos produtos e serviços e a representatividade da associação em nível nacional. A pesquisa pode ser respondida pelos criadores e associados através do site das Comunicações Eletrônicas (www.abczstat.com.br/comunic/). Assim como nos anos anteriores, a Pesquisa de Satisfação dos Criadores verificará o grau de satisfação com o serviço, além de apresentar os pontos que precisam ser melhorados pela entidade no próximo ano. A pesquisa poderá ser respondida pela internet até o dia 31 de janeiro de 2014.

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Bruno Garcia Tomáz - Assessor de Relações Internacionais da ABCZ

Comercialização internacional Há mais de 100 anos, os pioneiros do Brasil que foram à Índia em busca de alguns exemplares do gado zebuíno, que revolucionou a nossa pecuária, enfrentaram imensas dificuldades. Com os novos meios de comunicação, aqui mesmo do Brasil conseguimos contato com criadores do mundo todo, e a genética de diversos reprodutores pode ser exportada de uma só vez em um pequeno volume, dentro de um só botijão. Mas o avanço também trouxe a burocracia, que permeia todas as etapas de uma comercialização internacional de produtos biológicos.

Revisão de protocolos Todos os cuidados são justificados na medida em que esses produtos biológicos podem ter consequências devastadoras quando chegam a um ambiente em que são estranhos. Novas enfermidades, por exemplo, podem ser transportadas para um território em que inexistem, e, assim, causar um grande transtorno, de custosa resolução. Assim, o comércio internacional de animais vivos e genética (sêmen e embriões) é regido por protocolos sanitários. Esses documentos especificam todos os cuidados que deverão ser tomados pelo fornecedor de um país, a fim de exportar seus produtos biológicos ao comprador.

Novos mercados Em 2013 um intenso trabalho vem sendo realizado, em uma parceria entre a ABCZ, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial e a Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões, no sentido de promover revisões de protocolos já vigentes, tornando os mesmos mais favoráveis a exportadores brasileiros, a partir principalmente da eliminação de exigências já consideradas desnecessárias, e que trazem grande custo ao exportador. Vários estudos foram realizados acerca de protocolos específicos e as solicitações foram enviadas ao MAPA em conjunto. A expectativa é que as modificações sejam atendidas em breve. foto: divulgação

Zebu além da fronteira

Como funciona Os protocolos sanitários são sempre específicos para um determinado produto e entre determinados países, normalmente dois. Alguns podem ser assinados para blocos econômicos, como o Mercosul. Desta maneira, por exemplo, para que uma central brasileira exporte sêmen para um determinado país, é necessário que esteja em vigência um Protocolo Sanitário para Exportação de Sêmen Bovino do Brasil para este país, e que todas as regras que ele especifica sejam cumpridas. Eles também são sempre recíprocos, ou seja, este mesmo país terá que cumprir exatamente as mesmas regras, caso queira exportar material para o Brasil. A ABCZ reconhece a importância desses documentos normatizadores, na medida em que considera de extrema importância que se mantenha um controle efetivo da sanidade de nosso rebanho nacional, não o deixando ser afetado por eventuais importações descuidadas. O mesmo, claro, é válido para os rebanhos estrangeiros, na medida em que objetivamos um zebu produtivo e saudável em nível mundial.

Atuação da ABCZ Uma das frentes de atuação do Departamento de Relações Internacionais da ABCZ (DRI) é o fomento da abertura de novos protocolos sanitários, para que possamos conquistar cada vez mais mercados para nossa genética zebuína e, consequentemente, para os criadores associados. Mas isso é feito sempre com grande cuidado, para que nosso rebanho continue protegido de fatores externos que podem ser prejudiciais. A ABCZ está em constante contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, buscando informações atualizadas sobre as negociações em processo, assim como informando ao órgão quais seriam as exigências favoráveis aos criadores brasileiros, para garantir que os novos mercados abertos sejam acessíveis aos nossos produtores.

Projeato Brazilian Cattle em 2014 O DRI também é responsável pela gestão do Projeto Brazilian Cattle, desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos. Além de auxiliar seus associados no entendimento e efetivação das exigências postuladas pelos protocolos sanitários, o Brazilian Cattle faz um trabalho especialmente focado na promoção de nossa genética e de nossas tecnologias através do mundo tropical. Em 2014, acontecerá a 80ª edição da ExpoZebu e o Brazilian Cattle desenvolverá atividades de promoção das raças zebuínas. Para os criadores que querem internacionalizar sua genética, é o momento ideal para aderir ao projeto e ter sua marca, desde já, divulgada pelo mundo. Contato com o DRI: comunicacao@braziliancattle.com. br, ou pelo telefone (34) 3319-3963.

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VITRINE DO ZEBU

Lavadoras

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A JactoClean desenvolve equipamentos que podem contribuir para as exigências sanitárias de criadouros, propriedades rurais, entre outros. O destaque da empresa para o segmento bovino são as lavadoras de alta e média pressão. Fabricadas no Brasil e com certificação e selo de identificação de conformidade de segurança do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), essas máquinas possuem os processos de fabricação utilizados nas bombas da Jacto Agrícola.

Linhagem EVA Numa iniciativa do deputado estadual Fred Costa (PEN), o saudoso selecionador de gir Evaristo Soares de Paula será homenageado em Sessão Solene, no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia 20 de fevereiro de 2014, às 20h, em comemoração ao seu Centenário de Nascimento. Evaristo construiu a linhagem EVA, uma das mais sólidas e respeitadas da raça gir.

foto: divulgação

Parceria As empresas Cenatte e Semex firmaram parceria para ampliar a oferta de serviços de transferência de embriões, fertilização in vitro e de soluções genéticas avançadas. “Estamos entusiasmados com a nossa parceria com Cenatte”, diz Paul Larmer, CEO Semex. “Nós sabemos que estamos vivendo em um mercado global e estamos olhando para além das nossas fronteiras, a fim de fornecer soluções genéticas. O Cenatte será integrado à nossa tecnologia de fertilização in vitro canadense através da Boviteq, fortalecendo ainda mais nossa linha de produtos, oferecendo as tecnologias mais avançadas e soluções genéticas para nossos clientes brasileiros”.

Novo presidente A Merial Saúde Animal no Brasil tem novo Diretor Presidente. Leonardo Miethke assume o cargo interinamente até nomeação definitiva do sucessor, que deve ocorrer em 2014. Leonardo iniciou a carreira na Merial em 1996 e exercia o cargo de Diretor Financeiro da Merial Lapac, braço da multinacional para negócios na América Latina e Pacífico. Tem 39 anos, é casado e formado em Economia pela Unicamp.

A CRV Lagoa lançou seu novo aplicativo para dispositivos que operam com o Android. A plataforma, que pode ser baixada gratuitamente, contém informações de todos os reprodutores e também os catálogos e revistas publicados pela Central. Para fazer o download, basta acessar o Google Play no celular ou tablet e digitar “CRV Lagoa” na busca. Em seguida, é só instalar o aplicativo e todas as informações serão disponibilizadas no aparelho. É possível acessar informações detalhadas sobre todos os reprodutores dos segmentos de Corte e Leite que integram a bateria da Central, divididos por raça, inclusive com a opção de busca dos touros.

foto: divulgação

Aplicativos

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gestão

Investimentos em novas tecnologias são apenas os primeiros passos para agregar valor à agropecuária Rhudy Crysthian | Foto: Rubio Marra 22

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Pecuária moderna e produtiva: o caminho mais curto para a lucratividade

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estão, conhecimento sobre o que se está trabalhando e uso da tecnologia adequada. A receita parece simples, mas requer muito emprenho para agregar valor à agropecuária e até mesmo melhorar a competitividade do produto, da marca ou da propriedade. Esses ingredientes compõem uma lista de outros fatores que, juntos, proporcionam uma maior segurança e uma melhor competitividade. Imaginando essa receita, o produtor poderia pensar em uma empresa multinacional ou alguma outra corporação de grande porte. Mas partindo do pressuposto de que a propriedade deve ser gerida como uma empresa, esses conceitos se aplicam também ao campo. É muito comum a visão de que a produção agropecuária não agrega valor. Mas o engenheiro agrônomo, Carlos Pedretti Fernandes, explica que produtos que possuem identidades vinculadas a qualidades reconhecidas pelos consumidores têm maior valor agregado. “A identidade ou marca pode agregar mais valor do que o trabalho de produção. Produtos que embutem tecnologia, resultado de pesquisa e desenvolvimento, agregam o valor da propriedade intelectual. É assim para qualquer tipo de produto”, informa. O produtor deve fazer uso de todas as ferramentas disponíveis, como: padronização dos processos produtivos, investimento em marketing, padronização de carcaças conforme o mercado comprador, quantidade e fluxo de venda ao longo do ano, certificação das propriedades e organização dos produtores, visando aumentar o poder de barganha e a representação internacional da cadeia da carne bovina. Vale lembrar que hoje, salvo raras exceções, não é atribuída nenhuma compensação monetária em função de fatores físicos (qualidade da carcaça, qualidade do couro, idade). Mas o especialista acredita que essa deficiência pode ser encarada como uma oportu-

nidade de mercado para os produtores que pretendem agregar valor a sua produção.

Nichos Identificar novos mercados ou tendências de consume se tornou hoje o grande desafio da cadeia produtiva da carne bovina e, especialmente, dos pecuaristas, que necessitam agregar valor ao seu produto de venda. Para o especialista, determinar quais são esses mercados é o primeiro passo para traçar quais ações serão adotadas. Ações nesse sentido podem e devem ser tanto de cunho individual como coletivo. Essas são ações, em geral, focadas da porteira para fora, contudo, o pecuarista pode obter resultado semelhante trabalhando com foco na propriedade. “Isso porque existe um diferencial considerável no valor pago por animal em função da categoria do rebanho, sexo e finalidade de uso”, defende Carlos. Isso é possível individualmente em cada propriedade e adotando estratégias específicas e pertinentes ao sistema de produção no qual a propriedade está inserida. Foi o que fez o produtor de Juara, interior do Mato Grosso, Roberto de Freitas. Cansado de fechar o mês no vermelho e vendo seu lucro se esvaecer, ele começou a pensar em formas de dar continuidade ao negocio e encerrar a onda de prejuízos. Foi aí que o produtor decidiu comercializar tourinhos. Ele continua vendendo os animais para frigorífico normalmente, como sempre fez, mas resolveu produzir tourinhos para os produtores da região. “Consegui uma nova fonte de renda, sem me desviar da minha atividade principal. Uma completa a outra”, comemora o produtor que já está analisando novas alternativas de agregar ainda mais valor em sua produção.

Novos mercados Identificar outros nichos de mercado é um bom começo para quem pretende agregar valor à produção. O boi orgânico é uma alternativa para a pecuária. A criação de boi orgânico é baseada na pecuária que é desenvolvida na maior parte do território nacional, com destaque para o Centro-Oeste brasileiro onde o uso de insumos e produtos químicos é, tradicionalmente, pequeno na criação de gado. A produção de boi orgânico é semelhante à criação convencional feita a pasto. No entanto, exige certificações. A novidade, ainda pouco difundida no Brasil, já atrai o interesse de grandes redes de supermercado e chamou a atenção também do cooperado no Paraná, Geraldo de Paula. Ele afirma que com a novidade, a propriedade ganhou em eficiência. “Diversificamos a nossa produção 23 novembro - dezembro | 2013

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sem aumentar as áreas de pecuária”, garante. Com um plantel de 600 animais, o produtor destaca que a produção do boi orgânico requer, em linhas gerais, manter o atual sistema de produção, porém certificado. Ele lembra que preservação ambiental é extremamente importante e faz parte das exigências para que a propriedade seja certificada.

Verticalização da produção O pecuarista moderno tem mudado o seu foco para buscar mais eficiência. Segundo o diretor de economia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Vilson Vaz de Araujo, o criador tem que olhar para o investimento com os olhos do agricultor, ou seja, procurando enxergar todas as fases do sistema de produção. Ele afirma que o uso de tecnologia é muito importante, mas existem outros fatores que contribuem para o crescimento da pecuária. Para ele, a melhor maneira de agregar valor na pe-

cuária é focar na gestão da propriedade. “A agregação de valor na pecuária passa necessariamente pelo fortalecimento da organização dos produtores, de modo que possam reivindicar e, mais importante que isso, serem ouvidos quanto à melhor remuneração pelo seu produto”, disse Vilson.

Integração A veterinária Maria de Fátima explica que a integração lavoura-pecuária pode ser uma boa alternativa para agregar valor à produção de carne. Segundo ela, a idéia é acabar com o efeito sanfona do boi, além de reduzir o tempo de abate dos animais.

PRINCIPAIS MANEIRAS DE AGREGAR VALOR À PRODUÇÃO Integração lavoura-pecuária-floresta Comercialização de tourinhos registrados Comercialização do rebanho por características físicas como: couro, carcaça, bezerros, etc. Padronização dos processos produtivos Investimento em marketing Padronização de carcaças conforme o mercado comprador Quantidade e fluxo de venda ao longo do ano Certificação das propriedades e organização dos produtores 24

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gestão

Automação otimiza rotina da fazenda

Professora Daniela Rocha Almeida | Ilustração: Jamilton

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constante utilização das novas tecnologias, em especial dos sistemas de informação, nas mais diversas áreas da economia, torna-se, aos poucos, um elemento tão importante na sociedade quanto o trabalho humano. A revolução científica que as novas tecnologias da

informação proporcionam na contemporaneidade, reflete em todo o sistema produtivo. Diante de um processo de formação e a expressiva redução nos custos de informatização, o setor primário brasileiro mostra-se aberto à revolu-

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ção da informação, da mesma maneira que há anos ocorreu no setor industrial e de serviços. Com o surgimento e a evolução da internet, as empresas passaram a se beneficiar do acesso a ferramentas e banco de dados que facilitam o processo de tomada de decisão, surgindo como meio de encurtar caminhos, reduzir custos aos usuários domésticos e às empresas, ampliando as possibilidades de lucratividade sustentável. Para as organizações, o meio eletrônico é uma importante evolução que reduz custos, aproxima clientes e aumenta a competitividade entre as organizações que estão inseridas neste meio, fazendo com que outras busquem formas de participar desse ambiente. A Automação de Escritórios é um conceito que envolve o uso de equipamentos de informática e softwares para criar, coletar, armazenar, manipular e retransmitir digitalmente informações necessárias para a realização de tarefas e cumprimento de objetivos e metas em um escritório, na indústria, na fazenda. A utilização dos recursos da tecnologia nas tarefas diárias de um escritório ou setor rural colabora: • Reduzindo tempo e esforços na produção, processamento, distribuição, armazenamento e recuperação de informações. • Fornecendo informações mais rápidas (maior precisão, qualidade no apoio às decisões). • Aprimorando a qualidade, precisão, velocidade e clareza das comunicações organizacionais. • Reduzindo significativamente a utilização do papel e atividades de manuseio, arquivamento físico, cópias. • Permitindo uma sensível extensão do controle gerencial. • Melhorando a qualidade de vida do profissional nas suas atividades de escritório. • Diminuindo custos e aumentando a flexibilidade empresarial.

Nesse contexto, a qualificação do profissional de Secretário Executivo, por meio de estudos ligados a Organização e Automação de Escritórios e Novas Tecnologias, faz com que ele tenha papel de destaque na atuação profissional nos escritórios rurais, pois é ele que atua na diversificação de metodologias no âmbito informativo facilitado pelos avanços tecnológicos ora oferecidos, seja por meio da utilização e indicação de editores de texto, planilhas eletrônicas, editores de apresentação, Internet, sistemas de gerenciamento de banco de dados. Um bom sistema de gestão, não é aquele que apenas gera a informação, mas aquele que permite gerar também informações de produtividade, com eficiência e eficácia, para o alcance da qualidade. O produtor rural não deve se apegar apenas à informação financeira, pois esta será o resultado do seu sistema de gestão. O produtor deve ter indicadores de mercado para saber se o seu produto está adequado. Deve ter informações de eficácia e produtividade dos seus ativos, para maximizar a utilização deles, além de ter um programa de aprendizado para os colaboradores, ensinando-os a ser mais eficientes e eficazes em suas tarefas. A tecnologia nesta área não para de crescer. Na pecuária, observa-se o aparecimento de novos produtos e máquinas a todo o momento, porém o diferencial competitivo está na análise estratégica do mercado e na estratégia sábia de aproveitamento das oportunidades que nela aparecem constantemente. É nesse sentido que a análise estratégica do profissional de Secretariado Executivo, atrelada aos conhecimentos da Organização e Automação de Escritórios, oportuniza ao pecuarista apoio na obtenção, armazenamento e recuperação das informações, focando nas necessidades do pecuarista e nas atividades desenvolvidas na propriedade. A utilização de diversas tecnologias para auxílio no processamento de dados, de textos, correio eletrônico, teleconferência, torna-se um elemento indispensável para o sucesso do escritório rural, pois a tecnologia funciona melhor quando ela organiza a maneira como o trabalho é realizado, quando o trabalho é feito com eficácia, não apenas com eficiência. Por isso, torna-se evidente a necessidade de se aliar a Ciência, a Tecnologia e a Técnica em prol de produção sustentável e lucratividade.

Daniela Rocha Almeida Professora do curso de Secretariado Executivo Bilíngue da FAZU 27 novembro - dezembro | 2013

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sanidade

Chuva de

oportunidades

Nova condição sanitária dos estados do Nordeste e do Norte do Pará anima criadores de zebu da região, que já começam a vislumbrar possibilidades à produção e ao comércio de produtos pecuários locais Laura Pimenta | Foto: Maurício Farias

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Brasil pode dar um importante passo rumo à erradicação da febre aftosa nos próximos meses. Reconhecidas recentemente pelo Governo Federal como regiões livre de aftosa com vacinação, em nível nacional, sete estados do Nordeste - Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí - e o norte do Pará aguardam agora o parecer da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Apesar da situação indefinida em nível internacional, essa nova condição sanitária já representa um avanço. Afinal, com a inclusão destes estados na condição de livres de aftosa com vacinação, mais de 205 milhões de cabeças, ou seja, aproximadamente 99% do rebanho nacional de bovinos e bubalinos estão em zonas livres da doença. “Quando esses estados forem certificados pela OIE, 78% do território nacional será reconhecido interna-

cionalmente como livre de febre aftosa, diminuindo as restrições de trânsito interno e possibilitando a abertura de vários mercados ainda inacessíveis para os produtos dessa zona”, informou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade. O processo até aqui foi longo e teve início com a avaliação das condições técnicas e estruturais dos serviços veterinários estaduais, por meio de auditorias e supervisões. Além disso, mais de 1,9 mil propriedades foram monitoradas e 68 mil animais, selecionados aleatoriamente, passaram por várias inspeções clínicas e colheitas sorológicas, conforme critérios

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técnicos reconhecidos internacionalmente, que comprovam a ausência de circulação do vírus da febre aftosa na área, que culmina no reconhecimento nacional de zona livre, com vacinação, por meio de ato do MAPA. “No dia 11 de outubro de 2013, foi encaminhado um relatório sobre essa região à OIE, aonde será discutido o pleito brasileiro com um grupo de especialistas em saúde animal. Se o grupo julgar o relatório favorável, este será submetido à apreciação do comitê científico da entidade. O próximo passo, caso o comitê aprove o pleito, será consultar os 178 países membros, que têm um prazo de 60 dias para se manifestar sobre o pleito. Se, após esse período, todos eventuais questionamentos forem respondidos a contento pelo Brasil e nossas considerações forem convincentes – e nós acreditamos que elas são - em maio de 2014, quando se reunirá a Assembleia Geral dos Delegados da OIE, será dado o reconhecimento internacional da área que envolve sete estados nordestinos e o norte do Pará como livre da doença, com vacinação”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.

Perspectivas Com a possibilidade de alteração do status internacional e com um rebanho bovino superior a 22 milhões de cabeças, estes sete estados do Nordeste e o norte do Pará começam agora a ser apontados como a “galinha dos ovos de ouro” no que diz respeito à venda de animais vivos para o exterior. “O Nordeste tende a se equiparar e até ultrapassar o Pará em relação à venda de animais em pé. Hoje, 90% das exportações de animais vivos saem daquele estado da região Norte, sendo alguns do próprio Estado e outros de localidades nordestinas. Já existem mercados abertos para esse tipo de comercialização, tanto de animais para abate imediato quanto para engorda e reprodução. Por exemplo,

foto: divulgação

Criador de nelore Fábio Pinheiro

a Venezuela, o Egito, o Líbano e a Turquia. Uma das vantagens da região é a possibilidade de embarques por via marítima para esses países. Devido à proximidade da região com a Europa, a economia com frete será muito maior”, explica o representante do MAPA. Segundo Guilherme Marques, o Ministério tem condições de aprovar um local para embarque, pois já há legislação que determina as diretrizes a serem cumpridas para autorização desse tipo de estabelecimento. “Os animais ficam em situação de quarentena em estabelecimentos quarentenários. Nestes, será feita uma bateria de exames conforme a exigência do importador. Após o período de quarentena, será permitido o embarque. Sendo a zona reconhecida internacionalmente como livre de aftosa a partir de maio de 2014, só será necessário existir empresários interessados e ter oferta de matéria-prima. É preciso lembrar que serão necessárias políticas públicas para fomentar a produção e o Ministério da Agricultura, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, buscará mercados externos para os nossos pecuaristas”, conclui. Antes desestimulados, sobretudo com as restrições de trânsito animal para o restante do país, os criadores do Nordeste começam a se animar com as possibilidades. “Nas nossas reuniões e nas exposições agropecuárias, comentávamos que o Ceará estava ilhado. Nossos animais não podiam sair para os estados vizinhos e nem os criadores desses estados traziam seus animais para as nossas exposições porque se os mesmos não fossem comercializados não poderiam retornar à sua origem. Especialmente na nossa região, que é o Cariri Cearense localizado ao sul do estado e fazendo fronteira com Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí precisávamos que essas fronteiras fossem abertas e que somente poderia ocorrer com a mudança de status da febre aftosa. A mudança de status, para livre de febre aftosa, com vacinação, sem a menor sombra de dúvida, trará melhorias no mercado. As restrições impostas ao Ceará durante esse longo período promoveu uma enorme retração no mercado, tanto por não podermos comercializar animais para outros es29 novembro - dezembro | 2013

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Dados do rebanho de bovinos e bubalinos desses estados UF Total de Bovinos Total de Bubalinos Total do Rebanho Alagoas 1.296.489 960 1.297.449 Ceará 2.614.517 1.875 2.616.392 Maranhão 7.427.087 81.313 7.534.814 Pará* 4.453.501 450.615 4.904.116 Paraíba 1.364.699 2.174 1.366.873 Pernambuco 2.004.766 10.023 2.014.789 Piauí 1.716.662 532 1.717.194 Rio Grande do Norte 1.189.362 2.570 1.191.932 Total geral 22.067.083 550.062 22.643.559 * Região norte do estado. Fonte: MAPA

tados, como pela inibição de maiores investimentos por parte dos novos criadores”, comenta o criador de nelore e membro do Conselho Consultivo da ABCZ, Fábio Pinheiro Cardoso, da Fazenda Massapê, localizada no município de Porteiras/CE. A seca que atingiu os estados do Nordeste em 2013, considerada a pior dos últimos 40 anos, é também impedimento para que os primeiros reflexos da alteração de status nacional sejam sentidos pelos criadores. “No entanto, acredito que tão logo se restabeleça a normalidade do período chuvoso, o estado do Ceará deverá sentir os efeitos benéficos do novo status sanitário. Os criadores, especialmente os que fazem a pecuária seletiva, vislumbram uma enorme possibilidade de crescimento da pecuária com a expansão de mercados (para outros estados), com a possibilidade de participação em feiras e exposições para mostrar e divulgar o desenvolvimento da nossa seleção. No entanto, não se pode considerar esse novo fato como um fator isolado, continuamos a afirmar que outras ações são urgentes e necessárias”, conclui Fábio. Em Pernambuco, a situação é parecida. “Como perspectiva, é um fato importantíssimo, podendo deixar a nossa reconhecida genética à disposição do resto do Brasil, disputando de igual para igual este mercado em crescimento. Quanto à íntima relação comercial entre criadores do sul do Pará, Tocantins e Goiás com o Nordeste que foi interrompida pela sanção do status, esperamos voltar a ter a mesma intensidade. Note-se que estávamos sendo penalizados por um fato burocrático, visto em Pernambuco não termos registro de animais tocados pela aftosa nestes últimos 20 anos. Mas apesar de anunciada a mudança de status, pelo fato da OIE não ter referendado a portaria nacional, não sentimos a real importância deste fato. O deslocamento de animais, por exemplo, daqui para a ExpoZebu 2014 ainda

será necessário quarentena e a carga ser lacrada até o destino, não mudando em nada o procedimento vigente”, afirma o criador de guzerá e conselheiro da ABCZ, Carlos Fernando Falcão Pontual.

Combate à febre aftosa As iniciativas brasileiras de combate à aftosa vêm sendo implementadas de forma organizada desde a década de 1960. Em 1992, o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença. A primeira zona livre foi conquistada em 1998. A execução do programa é compartilhada entre o Governo Federal, Governos Estaduais e setor privado. Em recente discurso, o ministro da Agricultura ressaltou que além de buscar o reconhecimento internacional desses estados, o Mapa também vai intensificar os trabalhos e conta com o empenho dos Governos Estaduais e da iniciativa privada para que os estados do Amapá, Roraima e a parte que falta do Amazonas também consigam alcançar o reconhecimento da zona livre de febre aftosa. “Auxiliar esses estados é fundamental para que consigamos cumprir a nossa meta de um Brasil 100% livre de febre aftosa, certificado pela OIE até 2015”, disse o ministro Antônio Andrade.

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nutriÇão

Estudos apontam que este tipo de manejo nutricional aumenta o ganho de peso, encurta o ciclo de produção e melhora índices reprodutivos Larissa Vieira | Maurício Farias 32

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Suplementação nas águas

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foto: João Costa Jr.

sal mineral não anda mais sozinho no cocho. Ele vem ganhando a companhia de suplementos proteico-energéticos, uma mistura considerada importante para quem produz boi de ciclo curto. “Muitos produtores ainda têm a ilusão de que não há motivo para suplementar os animais no período das águas, mas, quando aproveitamos essa pastagem de boa qualidade nutricional e boa disponibilidade, podemos reduzir o ciclo de produção a pasto”, atesta o médico veterinário Mauricio Hinostroza. Experimentos feitos na Embrapa Gado de Corte apontaram aumento do ganho de peso diário e melhor condição corporal das fêmeas aptas a serem usadas na estação de monta de outono. “No verão de 2012/2013 foram avaliadas 78 novilhas nelore com peso vivo de 250 kg e aproximadamente 18 meses de idade, distribuídas em 8 piquetes de braquiária Marandu. Em quatro destes piquetes, as novilhas receberam suplementação proteico-energética a aproximadamente 0,2% do peso vivo (aproximadamente 550 g/animal por dia), enquanto que nos outros quatros piquetes foi oferecido apenas sal mineral”, explica Rodrigo da Costa Gomes, pesquisador da Embrapa Gado de Corte e zootecnista com pós-doutorado em nutrição de bovinos de corte. A suplementação proteico-energética oferecida por 72 dias aumentou o ganho de peso diário dos animais em 230 g/dia, quando comparada ao sal mineral. Segundo Gomes, esta pode ser uma boa alternativa para

Pesquisador da Embrapa Gado de Corte Rodrigo da Costa Gomes

a terminação de novilhas ao final das águas, ou até mesmo para chegarem com melhor condição corporal em uma estação de monta de outono, melhorando os índices reprodutivos. O pesquisador alerta, porém, que é importante definir qual o objetivo do criatório com a suplementação e fazer as contas para decidir se vale a pena ou não reforçar a parte nutricional do gado no período das águas. Uma novilha que tem 280 kg neste período talvez não consiga, somente com pasto e sal, atingir em maio o peso ideal para abate. A suplementação elevaria o ganho médio diário em 200g, permitindo chegar aos 350 kg mais facilmente. “Se o preço da arroba na época do abate compensar os custos com suplemento, esse reforço na nutrição compensa”, informa Gomes. Outro exemplo de seu uso com bom retorno econômico é em fêmeas selecionadas para a estação de monta de outono (março/maio), realizada em determinadas regiões do país. A suplementação nas águas ajuda a atingir o peso ideal para o acasalamento, resultando também em melhores índices de prenhez. “O que precisa ser mais bem compreendido pelo pecuarista é a relação entre o custo e o benefício econômico da tecnologia. O emprego da suplementação na pecuária permite alavancar a produtividade zootécnica dos rebanhos. Na fase de cria, o ganho econômico que a suplementação alimentar dos bovinos pode trazer ao produtor rural é da ordem de 1 para 4, isto é, para cada R$ 1,00 investido em suplementação, tem-se um retorno econômico de R$ 4,00. Por esta razão é que a suplementação alimentar na fase de cria é tida hoje como uma prática de manejo obrigatória para todos os produtores rurais que almejam aumentar os lucro da sua atividade. Além do mais, este é o caminho para aumentar a produtividade da pecuária de corte e torná-la mais competitiva frente às outras atividades agropecuárias”, assegura o zootecnista Marcos Baruselli. Vale lembrar que o tipo de pastagem da fazenda pode interferir no resultado final. Aqueles com alto valor nutritivo, como Mombaça, Tanzânia e capim elefante, o ganho com a suplementação será menor que em pastos de braquiária brizantha. Outro estudo sobre suplementação a pasto conduzido pela Embrapa Gado de Corte começou em julho de 2013 e avaliará as estratégias voltadas para a produção de novilho precoce. Estão em avaliação 103 animais da raça nelore e de 10 tipos diferentes de cruzamentos (three-cross). O estudo concentrará nas estratégias para atingir peso e acabamento de carcaça com uma alimentação a base de pasto, aditivos melhoradores de desempenho e outros suplementos. O primeiro abate (bovinos com dois anos de idade) está programado para setembro de 2014, com avaliação de car33 novembro - dezembro | 2013

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NOvAs teCNOlOGiAs NO COChO A toxidade dos compostos também é um dos compostos orgânicos que merece maior cuidado na administração. É preciso fazer uma adaptação antes para evitar a intoxicação. “Uma das tecnologias que aplicamos são os Carbo-Amino-Fosfoquelatos, compostos mais biodisponíveis e menos tóxicos ao organismo animal, capazes de promover maiores respostas zootécnicas quando comparados com as fontes tradicionais de minerais”, diz Marcos Baruselli, coordenador de confinamento e bovino de corte da DSM | Tortuga. Outra preocupação da indústria de nutrição é aumentar a palatabilidade de certos ingredientes, considerados de bom desempenho do ponto de vista nutricional, porém pouco palatáveis. No caso dos rebanhos que estão em regiões de água salobra (com maior concentração de sal), há produtos com palatabilizantes para estimular o consumo do suplemento. “O animal que consome água salobra costuma perder a vontade de consumir sal mineral. Apesar de conter uma quantidade maior de sal, esse tipo de água não contém todos os minerais necessários para o bom desenvolvimento do animal. Desenvolvemos uma linha com menor teor de sódio, com um palatabilizante e com uma quantidade maior de minerais que outras linhas”, destaca Julliano Percinoto Pompei, coordenador do Departamento Técnico de Nutrição Animal da Matsuda. A empresa conta com 116 produtos voltados para a nutrição animal a pasto.

foto: Maurício Farias

Quando o assunto é suplementação, as opções são inúmeras e variam conforme a categoria do animal, tipo de manejo (pasto, semiconfinamento ou confinamento) e até mesmo conforme a região que o rebanho está. A indústria de nutrição tem investido em novas tecnologias para potencializar os ganhos e compensar o investimento do produtor. “Os óleos vegetais presentes nas fórmulas permitem obter um produto totalmente impermeável à chuva e ao vento. Portanto, não há perdas. Os animais consomem todo o conteúdo da embalagem e, como consequência, todo o investimento é aproveitado”, explica Mauricio Hinostroza, gerente comercial da MUB Brasil. A empresa conta com uma linha verde que foi desenvolvida para suplementar os animais durante o período das águas, quando há pastagem de boa qualidade nutricional disponível. Os produtos foram desenvolvidos para permitir um consumo controlado. “Esse mecanismo de absorção gradativo é extremamente interessante para a fisiologia do animal. Quando é fornecida uma quantidade limitada de suplemento, os animais consomem uma quantidade que deveria ser ingerida ao longo do dia de uma única vez e grande parte dos nutrientes passa direto pelo trato intestinal sem ser absorvido. Com a tecnologia que utilizamos, o consumo acontece em quantidades reduzidas e em uma frequência maior, acompanhando os movimentos do rúmen do animal; assim, os nutrientes presentes nos suplementos são melhor metabolizados e absorvidos”, explica Hinostroza.

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caça, de gordura e da maciez da carne. As análises da raça nelore estão sob a coordenação do pesquisador Rodrigo Gomes. Já a diferença de desempenho e de acabamento de carcaça entre os diferentes cruzamentos serão avaliados pelo pesquisador Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes, especialista da área de melhoramento animal. O projeto terá duração de oito anos, com safra nova a cada ano.

Forma correta Apenas 50% do rebanho brasileiro é mineralizado, sendo 30% da forma correta, segundo o médico veterinário Julliano Percinoto Pompei. Para garantir que o investimento em nutrição animal tenha bom retorno econômico e melhore o desempenho dos bovinos, é preciso seguir algumas dicas. “Antes o animal era mantido com pasto, sal e água, mas permanecia no pasto por muito mais tempo, elevando o custo de produção Hoje, as tecnologias aplicadas aos produtos permitem a redução do tempo de abate, mas a suplementação precisa ser feita de forma estratégica para não acarretar prejuízos”, explica Pompei. O importante é procurar assistência técnica para definir a quantidade que será fornecida ao rebanho e qual o tipo de suplementação.

ALGUMAS ESTRATÉGIAS SÃO:

Suplementar de acordo com a categoria • Cria – suplementação mineral • Recria - suplementação mineral enriquecida • Terminação – suplementação energética Tipo de cocho • Para que os animais não fiquem competindo pelo sal mineral, é preciso que o cocho tenha uma medida linear de cinco centímetros por animal. Suplementação proteica, a medida é de 15 centímetros por animal. • Instalar o cocho mais próximo das aguadas. • Prefira locais com boa drenagem, para evitar a formação de poças de água. • Cubra os cochos para evitar perdas do produto. Horário de fornecimento • Início da tarde, por ser um período que os animais evitam pastejar. Quantidade Siga as orientações contidas na embalagem do produto. VANTAGENS DA SUPLEMENTAÇÃO NAS ÁGUAS • Promove maiores e melhores respostas zootécnicas, como aumento do ganho de peso e da eficiência alimentar dos bovinos; • Mantém a saúde e o equilíbrio homeostático dos bovinos em boas condições. Isto é, mantém o equilíbrio de todas as funções fisiológicas do organismo animal em condições ideais de funcionalidade; • Reduz o ciclo de produção, ou seja, produz boi de ciclo curto, gerando maior giro de capital para o produtor rural; • Aumenta a quantidade de arrobas produzidas por unidade de área, e, consequentemente, aumenta a entrada de capital; • Promove maiores lucros aos produtores rurais. Fonte: DSM | Tortuga

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NUTRIção

Comida

turbinada

O

Experimento aponta que uso de aditivo na suplementação aumenta a fertilidade e eleva o peso à desmama Larissa Vieira | Foto: Maurício Farias

mês chegou ao fim e é hora de verificar se o período foi de bons negócios ou não. Fechar essa conta no azul não tem sido tarefa fácil para os pecuaristas. Os custos de produção no Brasil subiram 100% entre 2005 e 2012, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP. Para compensar essa escalada veloz das despesas, resta ao produtor investir em tecnologias para aumentar a produtividade do rebanho. Um experimento conduzido pelo médico veterinário e coordenador de Pós-graduação e Assistência Técnica da Rehagro, Diego Palucci, apontou um aumento de fertilidade e melhor escore corporal das vacas que receberam suplementação mineral com aditivo melhorador de desempenho. Foi utilizada a virginiamicina a pasto (2000 mg/ Kg), da Phibro, no sal com ureia fornecido para um lote de 220 vacas nelore prenhas no período seco. Já na estação de monta, na fase das chuvas, foi fornecido sal mineral com 90 de fósforo e virginiamicina. Outro lote de 220 vacas recebeu apenas sal com uréia na seca, e sal mineral com 90 de fósforo no período as águas. O experimento foi iniciado em agosto de 2012 e concluído em maio de 2013. “Tivemos um aumento de fertilidade por volta de 5%”, assegura Palucci. A taxa de prenhez ficou em 87,44% no grupo que recebeu o aditivo, contra 82,88% das su-

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plementadas apenas com sal. “Esse aumento equivale a 5 bezerros a mais a cada 100 vacas/ano, ou seja, um ganho de R$3.300,00 para o produtor”, explica Stefan Mihailov, diretor presidente da Phibro Animal Health no Brasil. Outro resultado alcançado foi a maior concentração de partos no início da estação de monta. Com isso, a expectativa é de que mais bezerros nasçam no início da estação de parição e, consequentemente, terão melhor peso à desmama. Os estudos mostraram que bezerros do início de estação de monta têm por volta de 30 kg a mais do que os do final do período. Os bezerros das vacas suplementadas com aditivo tiveram peso à desmama de 192 kg, 12 quilos a mais que os produtos das vacas suplementadas apenas com sal. Usando a mesma proporção de 100 vacas/ ano, o ganho com a venda dos 5 bezerros na fase de desmama é de R$4.200,00. O ganho de peso é maior nessa fase porque vacas mais saudáveis produzem colostro de melhor qualidade, contribuindo para que o bezerro obtenha maior peso à desmama. Segundo Mihailov, o uso do aditivo representa um custo de R$1.800,00 a cada 100 vacas. A boa nutrição das fêmeas na fase de gestação também está correlacionada com a futura qualidade da carcaça dos seus produtos. “A formação da fibra muscular ocorre entre o 2º e 7º mês de gestação. Se a vaca está bem alimentada, o feto desenvolve melhor a musculatura, e terá fibras mais fortes. Quando o animal atingir a fase de recria, conseguirá obter maior ganho de peso, e com qualidade”, esclarece Mihailov, que ainda credita ao aditivo a antecipação da prenhez, levando ao encurtamento da estação de monta e reduzindo o custo de produção nessa fase. O experimento entrará em seu segundo ano. Além de verificar a consequência da maior concentração de partos no início da estação de parição, será feita avaliação hormonal das fêmeas.

Em teste Estudos disponíveis pelo departamento técnico da Phibro estimam um incremento médio diário de 120g de peso vivo, considerando seca e águas, variando entre 50 gramas na seca e 150 gramas, em boas pastagens. Outros estudos com o aditivo estão em andamento em instituições de pesquisa, como a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) e a Embrapa. Na APTA-Colina/SP, foi feito um experimento para avaliar a dosagem ideal para ser utilizada em animais em pastagens na fase de recria. As doses verificadas foram de até 75 mg de virginiamicina /100 kg de peso vivo (PV). Segundo resultados divulgados pelos pesquisadores da APTA João Alexandrino Alves Neto, Gustavo Rezende Siqueira e Flávio Dutra de Resende, o máximo de ganho em peso foi encontrado na dose de 47 mg/100 kg PV, com aumento de ganho de 0,110 kg/dia.

Como funciona o aditivo Quando o animal consome capim e suplementos, as bactérias presentes no rúmen utilizam esses alimentos para se multiplicarem. As bactérias gram positivas competem pelo alimento sem gerar benefícios aos bovinos e as gram negativas são consideradas excelentes para o desenvolvimento orgânico dos bovinos e reduzem a produção de metano. A virginiamicina é uma molécula capaz de melhorar a absorção dos nutrientes no rúmen, devido ao fato de eliminar as bactérias geradoras de desperdício. O animal aproveita melhor o alimento, recebe maior aporte de energia e ganha mais peso. O aditivo é ofertado por meio de suplementos minerais.

Taxa de prenhez X Estação de monta Estação de monta (dias)

VM

113

82,88

100

55,85

70

27,47

40

10,80

CON

87,44

69,50 47,53

38,30 8,52 4,90

10 0

20

40

60

80

100

Taxa de prenhez (%) Fonte: Phibro Animal Health Corporation

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foto: Rúbio Marra

CAMPO ABERTO

Adilson de Paula Almeida Aguiar | consultor da CONSUPEC e professor da FAZU

Efeito residual

A

de corretivos e adubos

lém do efeito direto e benéfico na produção e na qualidade da forragem e, consequentemente, na produção animal, o emprego de corretivos e adubos acabam por aumentar a disponibilidade de nutrientes no sistema. As raízes e outras partes das plantas não ingeridas pelos animais tem seu desenvolvimento estimulado pela adição dos nutrientes, e podem contribuir para o retorno de nutrientes na forma de resíduos vegetais. A produção de forragem durante o processo de recuperação da fertilidade do solo em pastagens degradadas cresce ao longo dos anos, mesmo quando utilizadas as mesmas doses de nutrientes nas adubações. Acredita-se que esses incrementos na produção de forragem venham a aumentar até a estabilização do processo de recuperação e a consequente perenização da pastagem. O aumento de produção de forragem está ligado aos incrementos em outras estruturas da planta, tais como na coroa (a base da planta) e nas raízes. Resultados como estes demonstram a efetiva recuperação da planta e do potencial produtivo da pastagem recuperada, possibilitando respostas cada vez mais eficientes às boas práticas de manejo da pastagem e do incremento da fertilidade do solo. Efeito residual de fertilizantes contendo fósforo (P): em pastagens de B. decumbens, o efeito residual de P foi mais significativo para as maiores doses de superfosfato triplo aplicadas ao solo, sendo quase nulo no sexto ano de avaliação para a menor dose de 50 kg/ha de P2O5 em um experimento em que os tratamentos foram 0,0; 50; 100 e 200 kg/ha de P2O5. De maneira geral, o valor residual de fertilizantes fosfatados solúveis em água (superfosfatos simples e triplo, MAP e DAP), em relação ao efeito imediato no ano de aplicação, é de 60%, 45%, 35%, 15% e 5%, respectivamente, após um, dois, três, quatro e cinco anos de aplicação do fertilizante ao solo. A adubação corretiva de P deve ser considerada como investimento e amortizada no período de cinco anos, nas proporções de 40%, 25%, 20%, 10% e 5%, respectivamente.

Efeito residual de fertilizantes contendo nitrogênio (N): uma análise mais adequada da eficiência de uso do N nas adubações para a produção animal precisa considerar o efeito residual da adubação nitrogenada. Em uma pastagem de capim-colonião estabelecida há 11 anos na região de Araçatuba (SP) avaliou-se o efeito da aplicação ou não de fertilizante nitrogenado aplicado durante oito anos consecutivos. Depois de a pastagem receber 200 kg/ha/ano de N, por cinco anos consecutivos, o efeito residual foi avaliado por mais quatro anos. No primeiro ano depois da interrupção da adubação nitrogenada, não houve redução na resposta percentual em relação ao tratamento controle, sem N, mas no quarto ano, a resposta observada em relação à média dos oito anos em que se praticou a adubação, foi reduzida em aproximadamente cinco vezes. Os autores estabeleceram que a resposta ao N residual estava ao redor de 2/3 daquela obtida no ano anterior e que, dessa forma, seriam necessários cerca de oito anos após a supressão da adubação para a resposta ao N residual se situar a apenas 5% acima do tratamento testemunha. Estudos com capim-napier adubado com níveis de N de 50; 100 e 150 kg/ha/ ano ou consorciado com uma mistura de leguminosas forrageiras foram conduzidos em Nova Odessa, SP, por vários anos. Seis anos após a última adubação com N, um grupo de pesquisadores levantou a

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foto: Rubio Marra

disponibilidade de forragem, o seu teor de proteína bruta (PB), e a ocorrência de plantas invasoras, e concluíram que: a disponibilidade de forragem e o teor de PB na forragem foram diretamente proporcionais aos níveis de N aplicados anteriormente, demonstrando que aquele nutriente foi ciclado durante o período de seis anos sem adubação. A quantidade de N das adubações pode ser reduzida ao longo dos anos numa taxa de 10 a 15% ao ano até o ponto de equilíbrio entre entrada, imobilização, mineralização, perdas e retirada de N. Isso parece ocorrer após o sétimo ano. Nos primeiros dois anos a dose de N deve alcançar 100 kg/ha/ ciclo de pastejo na estação chuvosa, enquanto que após o sétimo ano pode ser reduzido para 30 a 40 kg/ha de N/ciclo de pastejo, para uma mesma meta de taxa de lotação.

Efeito residual de programas de correção e adubação de solo da pastagem: Aguiar e Riobueno (2006) avaliaram o efeito residual da adubação, no período de primavera/verão, sobre os parâmetros, ganho de peso diário de animais nelore e a taxa de lotação de pastagens dos capins Mombaça e Tanzânia manejadas intensivamente na fazenda escola da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba) (TAB. 1). Os resultados apresentados na TAB. 1 mostraram efeito residual no primeiro ano sem adubação, já que não ocor-

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TABELA 1 Ganho de peso de animais zebuínos durante a primavera e verão em pastagem de Panicum maximum cv. Mombaça e Tanzânia-1, adubados e não adubados Tratamento GMD¹ (kg/dia) TL (UA/ha)2 Mombaça não adubado 0,61a 6,3a Mombaça adubado 0,63a 6,1a Tanzânia não adubado 0,75a 6,5a Tanzânia adubado 0,74a 6,2a Média 0,68 6,7 cv (%) 4,16 3,9 ¹GMD: ganho médio diário; 2TL (UA/ha): taxa de lotação em unidade animal/hectare Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Fonte: AGUIAR; RIOBUENO, 2006.

reu diferença significativa para nenhum dos parâmetros avaliados. Este resultado se deveu ao efeito residual dos corretivos e adubos aplicados durante sete anos na mesma área, onde os níveis de adubação foram de 380 kg/ha de N, 63 kg/ha de P2O5; 185 kg/ha de K2O e 53 kg/ha de S, calculados para alcançar uma taxa de lotação de 7 UA/ha na primavera/verão e 2 UA/ha no outono/inverno. Outro exemplo aqui apresentado é de uma fazenda comercial localizada no Mato Grosso do Sul. A propriedade em questão vem intensificando a produção de carne bovina através da adoção de tecnologias de processos e de insumos, tais como a irrigação da pastagem e a correção e adubação intensiva do solo. Na TAB. 2 encontram-se as

TABELA 2 Doses de corretivos e adubos para a produção de forragem para alcançar a meta de alimentar 6,5 UA/ha em uma pastagem irrigada na FAZENDA A. 2000 2011 Insumo kg/ha kg/UA kg/ha kg/UA Calcário 1.300 200 970 149 N 630 97 319 49 P2O5 120 18,5 74 11,4 K2O 348 55,3 20,4 3,13 S 75 11,5 6,6 1,0 B 0,6 0,09 0,91 0,14 Cu 0,6 0,09 0,13 0,02 Zn 0,5 0,076 Fonte: AGUIAR; CONTATTO, 2012.

quantidades de corretivos e adubos recomendadas no primeiro ano de intensificação, em 2000, e para o ano 2011, para uma produção de forragem suficiente para suportar 6,50 UA/ha/ano. Observa-se redução significativa, principalmente para os nutrientes N (de 49%), K (94%) e S (91%), mas também para o P, com redução de 38%. Era de se esperar algum questionamento quanto à fertilidade do solo desta área, ou seja, se não houve redução da mesma à medida que se reduziu os níveis de aplicação de nutrientes na adubação. Entretanto, os resultados das análises feitas em 2000 e 2011, revelam aumentos significativos nas determinações, principalmente para MO (+ 60,9%), K (25%), Ca (19%), CTC (13%), Cu (616%) e Zn (159%). Por outro lado, se a fertilidade do solo não foi reduzida com a diminuição nos níveis de adubação era então prudente o questionamento se a produtividade não fora reduzida. Entretanto, os dados coletados na propriedade revelam que em 10 anos aquela pastagem produziu 600 @/ha ou uma média de 60 @/ha/ano, com aumentos progressivos ano a ano. O conhecimento sobre o efeito residual de corretivos e de fertilizantes, é importante para os técnicos e os produtores tomarem decisões nos anos em que a relação de troca entre preços das fontes de corretivos e de fertilizantes, e o preço do produto animal (carne ou leite), se tornam desfavoráveis, como em 2007 (antes da crise econômica de 2008), quando os preços de ureia, fosfato monoamônio (MAP) e cloreto de potássio (KCL) estiveram, respectivamente, em torno de 50%, 100% e 60% mais altos que os praticados em 2012/2013. Naquele ano, alguns produtores que vinham aplicando fertilizantes em suas pastagens há alguns anos tiveram a oportunidade de interromper as adubações, ou de pelo menos reduzir as doses aplicadas, sem redução na produtividade e na receita da atividade.

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Especial Raças Zebuínas

Tabapuã

Um olhar sobre o zebuíno brasileiro Esculpido em Carrara Caminhar sem pressa

foto: JAdir Bison

ESPECIAL RAÇAS

O gado pela ciência

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ESPECIAL RAÇAS - TABAPUÃ

Um olhar sobre o

zebuíno brasileiro

ESPECIAL RAÇAS

Márcia Benevenuto | Foto: Jadir Bison

A

raça tabapuã, formada a partir de cruzamentos de zebuínos com o gado mocho nacional, é uma das mais recentes no studbook da ABCZ. O relatório de estatísticas do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, que abriga os históricos de quase 200 mil animais, incorpora a cada ano uma média de 18 mil documentos novos, e a maioria dentro da categoria PO. Ao contrário de estagnação, o índice evolutivo do rebanho, perto do linear, demonstra estabilidade e não chega a preocupar os representantes da ABCT (Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã), entidade promocional da raça. “Nós temos 110 sócios inscritos que estão longe de representar a realidade da seleção nacional. Temos informações de que mais de 600 criatórios registram animais na ABCZ e, além da ABCT, há quase uma dezena de grupos regionais que desenvolvem trabalhos setorizados. O aspecto positivo desse quadro é a constatação da versatilidade do gado que o torna adequado a

atender as necessidades dos pecuaristas nas muitas regiões de criação do Brasil. Temos rebanhos tabapuã do Rio Grande do Sul até o Nordeste, nos estados onde predomina a vegetação de Cerrado, na região amazônica e no Sudeste, e sempre com desempenho econômico favorável. A procura pela genética tabapuã, principalmente de touros para cobrir a vacada nelore e F1, por parte do pecuarista comercial é grande. O trabalho dentro da porteira em cada fazenda funciona muito bem, mas manter a raça na vitrine também é importante. Participamos do Brazilian Cattle para divulgar o tabapuã no exterior, lutamos para manter a média de 200 animais na pista da ExpoZebu e a qualidade dos lotes nos 3 leilões oficiais

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A disseminação da raça tabapuã por todo o território nacional seria uma ideia impossível ou um projeto improvável se o T-0 tivesse surgido em qualquer outra gleba que não aquela que pertencia à estirpe do visionário Charles Arthur Edwin Ortenblad. O bezerro de cruzamento zebuíno indefinido e de perfeito caráter mocho chamou a atenção dos pioneiros, em um tempo quando a ordem econômica mandava que os olhares empreendedores focassem a cafeicultura, e foi inspirador de novos projetos. O primeiro reprodutor foi marcado e controlado na virada da década de 40. A reprodução programada para o T-0 envolveu 100 matrizes aspadas de conformação similares

ESPECIAL RAÇAS

O poder de ocupação do tabapuã

às do raçador. A história conta que o rebanho original da Fazenda Água Milagrosa apresentou méritos para ser considerado puro, depois de quase 40 anos de seleção. Como os primeiros registros oficiais dos animais foram de responsabilidade dos Ortenblad, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento seguiu a tradição internacional e nominou a nova raça, a primeira zebuína genuinamente nacional, pelo local de origem, o município paulista de Tabapuã. A fazenda Água Milagrosa, herdada por Alberto Ortenblad, foi vendida para Fábio Zucchi Rodas em 2005, sob a condição de o empresário dar continuidade ao projeto de pecuária seletiva. E assim aconteceu. O rebanho foi um dos primeiros a integrar o CDP da ABCZ, o PMGZ e sempre participou de provas de ganho em peso promovidas pela entidade e institutos de pesquisa. A fazenda que mantém 1.500 matrizes e alia a seleção de pista com os números do melhoramento genético sempre foi referência. Entre a coleção de prêmios, títulos de desempenho e a liderança do ranking da ABCT com o touro Viúvo há 8 anos, o ex-técnico da ABCZ, Paulo Henrique Julião de Camargo, gerente pecuário da Água Milagrosa há 23 anos, gosta mesmo é de destacar os resultados da genética na produção. “O tabapuã responde à pressão de seleção. O gado é precoce, muito fértil e excelente para ganho de peso. Na fazenda do Mato Grosso do Sul fazemos cruzamento industrial e os machos desmamam com média de 308 quilos. A gente precisa acelerar o processo e fazer o boi virar um frango. Eram cinco anos para abater, agora, menos de dois. É por isso que o tabapuã tem espaço em qualquer projeto pecuário. Eu acho que o doutor Alberto e o Seu Fábio ficariam satisfeitos de ver a seriedade com que a raça é tratada e eu tenho orgulho dessa história. Sinto-me um técnico que conduz a seleção brasileira para a vitória”, diz.

foto: divulgação

da mostra”, explica o diretor de Marketing da ABCT, Fabiano Churchill César. A aceitação do mercado é o que sustenta igualmente os criatórios fluminenses vinculados à TABARIO, como explica o presidente Wilson Roberto Gonçalves Rodrigues: “Temos 15 sócios que, somados, representam um volume de 2 mil matrizes. Nosso trabalho consiste em divulgar a raça nas maiores exposições do Rio de Janeiro e garantir a participação de indivíduos com o mesmo nível em mostras agropecuárias de pequenos municípios. A intenção é estimular a comercialização de reprodutores para cobrir vacas de corte, aneloradas ou mestiças, e fêmeas para fazendas localizadas no estado e na região da Zona da Mata Mineira, onde o gado precisa manter o desempenho na produção de leite. Este ano participamos de quatro exposições que não são ranqueadas e nossas expectativas para 2014 são as melhores possíveis. Três novos criadores do nosso grupo vão participar pela primeira vez de exposições no Rio de Janeiro, e alguns já têm até encomendas. O sucesso da genética tabapuã multiplicada dentro dos critérios orientados pela ABCZ é irreversível.”

O three cross da Água Milagrosa, “quase um frango”

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ESPECIAL RAÇAS - tabapuã

ESPECIAL RAÇAS

Esculpido

em Carrara

Na mesma época que nasceu o tabapuã no interior paulista, um rebanho de nome diferente com cara, fenótipo e carcaça igual já era desenvolvido e difundido no Planalto Central Márcia Benevenuto | Foto: divulgação ABCZ

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ários pesquisadores, publicações em geral e apontamentos oficiais que fazem referência ao desenvolvimento da pecuária no país, indicam a existência de rebanhos de um tipo zebuíno mocho no Brasil Central desde o final do século XIX. O gado diferente e cheio de qualidades propagadas por quem os criava, estava particularmente difundido na região de Planaltina, Goiás Velho, lugar que hoje pertence ao Distrito Federal. Um grupo em especial, o de Salviano Monteiro Guimarães e seus descendentes, preservou e melhorou o patrimônio genético e transmitiu a história em detalhes através das gerações. A atual guardiã das informações da família é a matriarca Maria José Rodrigues da Cunha Guimarães. No dia 21 de outubro, a criadora se despediu do marido Emanuel de Cam-

pos Guimarães, um dos netos de Salviano, depois de 53 anos de convivência. Seu Nelinho foi um dos criadores que marcou o período considerado divisor de águas da raça tabapuã. Mesmo fragilizada pela perda recente, Dona Maria José atendeu a reportagem de ABCZ. “Juntos experimentamos os melhores momentos que um casal de criadores de zebu pode almejar. Lembrar as nossas conquistas e falar dos desafios que ainda temos com a raça é uma forma também de honrar e homenagear a memória do Nelinho”, declara Maria José. A criadora conta que Salviano, um ho-

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Cinquenta anos depois Por volta de 1910, o grupo de animais mochos foi segregado para formar a seleção que fundamentou o plantel da Fa-

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foto: divulgação

mem arrojado e empreendedor, criou um sistema complexo para mover o agronegócio da época com produção, processamento, transporte e comercialização. A logística dependia de animais de tração. Por praticidade ou gosto, e também pela carcaça poderosa, desde antes da virada do século XX, novilhas e machos mochos, geralmente de cor amarelada ou baia, eram reservados. Foi só em 1906 que entraram nos lotes de fêmeas curraleiras três touros importados da Índia. A percepção das vantagens do cruzamento do zebu com a vacada sertaneja veio em pouco tempo, o de uma única geração.

Casal Guimarães no auge das pistas

zenda Onda Verde. Na virada dos anos 60, Nelinho e o pai Dãozinho conheceram os rebanhos de São Paulo, identificaram as semelhanças entre os animais e compraram 14 reprodutores da Fazenda Água Milagrosa. O rebanho, então oficialmente na raça tabapuã, evoluiu e conquistou uma coleção de prêmios de pista que inclui 10 Grandes Campeonatos da Raça e 8 títulos de Melhor Criador da ExpoZebu, e segue disseminando material genético pelo portfólio da indústria de sêmen ou pela venda de animais melhoradores.

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ESPECIAL RAçAS - TAbAPUã

Maria José Rodrigues da Cunha Guimarães, que já administrava as unidades da Onda Verde há mais de vinte anos vai seguir no comando da equipe. O sistema de reprodução, conta com 4 mil cabeças PO. A pressão de seleção é forte e todo animal que não responde em fenótipo, temperamento e eficiência vira descarte. A produção anual é vendida diretamente na Fazenda para uma extensa e antiga carteira de clientes que podem escolher animais de 5 linhagens distintas. O reconhecimento da Onda Verde, dona Maria José compartilha com a família, os funcioná-

rios da Fazenda e a raça tabapuã. “Neste momento decidimos manter o foco do trabalho na produção de touros que vão efetivamente fazer a diferença no negócio pecuário. O Nelinho foi um grande criador e companheiro. Seguiremos seus passos, buscando selecionar cada vez melhor o plantel da Onda Verde, pois além da saudade, ele nos deixou ensinamentos”, finaliza.

O LEGADO DE NELINHO

“Na fazenda, Seu Nelinho via o animal em harmonia com o verde, com os céus, com as matas, exibindo alma singular, pacífica, sorridente. Por isso, todos os dias passeava pelos campos, reservando-se para o diálogo e aprendizado com o gado. Seu tripé de seleção não é segredo: Harmonia, Zoologia e Zootecnia, e pode ser vislumbrado por qualquer um. Sempre divertido, sempre empolgado com o gado, com a existência, não negava informações e ideias: assim era Seu Nelinho ao lado da melhor escudeira que o mundo poderia lhe dar, Dona Maria José. Uma dupla que transmitia um mundo de informações por meio de seu trabalho e de seus animais vistosos. A atenção, a observação, o zelo, a quase-adoração, tudo isso estava além de uma simples criação de gado, era uma ligação com as divindades da pecuária. Era bom compreender tudo isso e ainda ser brindado, sempre, com um pão-de-queijo que só Da. Maria José sabe fazer.” Rinaldo dos Santos, historiador “Seu Nelinho não marcou somente a raça tabapuã, ao imprimir nela um modelo moderno, que com sua grande experiência prática, sendo um grande produtor de bois para abate, acreditava. Esse modelo, de um animal mediano, de grande profundidade, musculoso e sexualidade definida, foi reconhecido e premiado nas pistas de todo o Brasil, incluindo lógicamente Uberaba. Seu Nelinho marcou também a Expozebu, em todas as edições que participou, com sua simpatia, sensibilidade e seu grande e forte abraço. Sentiremos saudades.” Carlos Henrique Cavallari Machado, superint. adj. Melhoramento Genético da ABCZ

foto: Miguel Furtado

foto: Maurício Farias

ESPECIAL RAÇAS

“Em novembro de 1990, ao assumir um posto de trabalho na filiada da ABCZ em Brasília, conheci um grande homem. Aos poucos as afinidades e os gostos comuns foram transformando uma relação profissional amistosa entre um criador e um técnico de registro genealógico em algo muito especial. Como criador era obstinado, persistente e acima de tudo competente. Como amigo verdadeiro Nelinho me passou, em cada momento em que estive na presença dele, sentimentos de paz, de serenidade e de admiração pelo caráter íntegro, pela honestidade, pela transparência e pela sabedoria.” Marcelo Toledo, técnico ABCZ, DF

foto: Rúbio Marra

Foi o coração do criador Emanuel de Campos Guimarães que parou dois meses antes de completar 72 anos. Seu Nelinho influenciou a história da raça tabapuã e a da vida de muitas pessoas com as quais conviveu. A despedida foi em Brasília, DF, no dia 22 de outubro passado, mas a memória dos amigos está recheada de lembranças que seguem vivas nos relatos e depoimentos que são homenagens ao legado do selecionador.

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Caminhar sem pressa

A inclinação da curva de crescimento da raça tabapuã é pequena, mas ascendente e contínua

A

movimentação na indústria de sêmen é um termômetro da realidade econômica da raça. Rafael Jorge de Oliveira, gerente de produtos da central Alta Genetics, acredita na contribuição do tabapuã na bovinocultura em geral. “A raça tabapuã vem se tornando cada vez mais importante, não só em vendas na empresa, mas também na pecuária nacional. A comercialização de sêmen da raça vem crescendo ano a ano, e isso está vinculado aos bons resultados que os animais apresentam no campo. A raça tabapuã é muito produtiva, os machos apresentam carcaça funcional, com ótimo ganho de peso e as fêmeas têm alta habilidade materna. Além dessas qualidades, a raça é de ótimo temperamento e adaptabilidade. Os maiores mercados hoje estão nos estados de Goiás, Pará, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul; no exterior, as maiores demandas pelo sê-

men estão no Paraguai e na Bolívia”, explica Rafael. No Centro de Performance da CRV Lagoa, 12 reprodutores tabapuã se destacaram na edição 2013 e o campeão foi um animal oriundo do plantel capixaba. “O Heringer 278 será ofertado em leilão e depois segue direto para coleta. A cada edição a expectativa por esse remate aumenta e os Venda de Sêmen (doses)

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foto: Jadir Bison

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Controle e o registro definitivo

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ANO 2008 2009 2010 2011 2012

FÊMEAS 14.871 14.802 16.585 15.845 16.157

MACHOS 9.305 9.140 10.526 10.682 10.221

TOTAL 24.176 23.942 27.111 26.527 26.378

números da raça também. Os animais tabapuã são procurados por apresentar elevada adaptabilidade com características econômicas interessantes e por isso o maior volume das vendas é destinado ao cruzamento industrial, principalmente nas fêmeas F1”, avalia o gerente Corte Zebu, Ricardo Abreu. Outro indicador importante é o do circuito de leilões de touros. “De acordo com dados da Central Leilões, uma das empresas que mais vende reprodutores em todo o Brasil, o tabapuã vem superando projeções. Comparando 2012 e 2013, podemos dizer que dobrou o número de leilões da raça. Os remates registraram um aumento de 38% no valor bruto de venda e de 83% no volume de animais comercializados. As comercializações acompanham a demanda porque a raça sustenta um crescimento exponencial, graças ao seu potencial e a sua versatilidade”, avalia o diretor Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã, Marcio Gregg. O maior rebanho da raça tabapuã pertence aos criatórios do estado de Goiás e é de lá também que vem o maior volume de comunicações para o registro de animais dentro do SRGRZ da ABCZ. Mais uma vez, a tabela que reúne

o controle e o registro definitivo apresenta uma expansão bem fundamentada. Os criadores de Goiás são bastante atuantes e não economizam esforços para promover a raça de diferentes formas. As ações são desenvolvidas por grupos diversos e com objetivos específicos, mas no balanço final todos terminam por trabalhar pelo bem comum, ao disseminar informações e desenvolver projetos setorizados. O estudante Paulo Afonso Praxedes Chaves, de 20 anos, é um dos 170 universitários de 8 entidades de ensino que participaram das palestras e aulas práticas promovidas por um dos núcleos goianos. “Na faculdade a gente não tem uma matéria mais detalhada sobre as variáveis do processo de avaliação genética. Eu acho que aprender a interpretar uma régua de DEPs, e usar os números, vai ser uma vantagem na hora de procurar uma colocação profissional. Meu pai é criador tradicional no estado e eu estou na pecuária desde criança, mas me surpreendi com o nível dos eventos e o interesse dos colegas”, disse. O criador Wagner Miranda diz que o objetivo dos 10 integrantes deste núcleo liderado por ele é atrair o meio acadêmico e transferir conhecimento sobre a importância dos critérios orientados pela ABCZ na seleção morfológica dos animais e as vantagens econômicas do trabalho de avaliação genética. “O PMGZ é o programa de melhoramento que todos utilizamos. Nós priorizamos conceitos de seleção com base em eficiência a campo e tentamos ficar longe de condições em que o desenvolvimento dos animais sofre interferência de artificialismos. É este modelo de criação que procuramos mostrar ao maior número possível de universitários, pecuaristas e técnicos. Este ano, os criadores participaram da ExpoGenética, GoiásGenética, ExpoCerrado, ExpoGoiás e Expoag. Entre este público está o futuro comprador do nosso gado e o futuro formador de opinião”, explica Miranda.

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O gado

pela ciência

Da Morada da Prata para a universidade. Tabapuã é uma das raças zebuínas mais pesquisadas na atualidade

O

tabapuã é uma das raças mais pesquisadas no Brasil e, desde o ano de 2010, quando a selecionadora Maria Helena Dumont Adams doou lotes de novilhas da cabeceira do premiado plantel da Fazenda Morada da Prata para importantes instituições nacionais de ensino de zootecnia e medicina veterinária, os procedimentos científicos tiveram um “up grade”. Uma universidade que se destaca na atenção dada ao patrimônio que recebeu e na produção científica é a UFLA (Universidade Federal de Lavras). O responsável pelo Departamento de Zootecnia da escola mineira, professor Tarcísio de Moraes Gonçalves, relaciona os trabalhos mais recentes que foram produzidos a partir da parceria UFLA, FAPEMIG e ABCT. Os trabalhos congregam estudos para monografias de graduação,

dissertações de mestrado e teses de doutorado e todos foram apresentados à comunidade científica em congressos e simpósios. • Eficiência alimentar, características de carcaça e qualidade de animais zebuínos confinados; • Desempenho e características de carcaça em bovinos da raça tabapuã terminados em confinamento; • Desempenho da raça Tabapuã em provas de ganho de peso oficializadas pela ABCZ; • Qualidade da carne ao longo da maturação em bovinos da raça tabapuã terminados em confinamento; • Coloração da pelagem em bovinos da raça tabapuã e concentração hormonal; • Homeopatia e as concentrações hormonais em bovinos da raça tabapuã terminados em confinamento; • Mensurações biométricas e rendimento de cortes cárneos de bovinos das raças nelore e tabapuã terminados em confinamento; • Relação entre morfometria de genitália externa e contagem folicular antral em vacas tabapuã, juntamente

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Márcia Benevenuto | Foto: Jadir Bison

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destaque entre as raças mais frequentemente submetidas a testes de performance e provas de ganho em peso, além de gerar um grande volume de dados ao sistema do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ). “Quando falamos no Controle de Desenvolvimento Ponderal (CDP), temos 124 rebanhos ativos no sistema que somaram quase 50.000 pesagens somente em 2012. No mesmo período foram realizadas 52 provas de ganho em peso no Brasil, com 1.511 animais. Destaco, entre as características que diferenciam o tabapuã, o alto grau de heterose e a transmissão superior a 90% do caráter mocho em cruzamentos. O rendimento é outro fator de força da raça, que dá carcaças de alta qualidade chegando a mais de 54% de aproveitamento”, termina Gregg.

ESPECIAL RAÇAS

com outro trabalho que correlaciona também a concentração plasmática de antígeno Anti-Muulleriano sobre a fertilidade de fêmeas tabapuã; • Qualidade de carcaça e carne e redução da poluição ambiental visando a sustentabilidade de produção de bovinos de corte; • Predição de desempenho com uso de sistema de exigências nutricionais e características de carcaça de touros zebuínos. “Todos os animais utilizados nas experimentações do Departamento de Zootecnia são oriundos desse lote de novilhas tabapuã que veio da Fazenda Morada da Prata. Nós priorizamos pesquisas que tenham relação com questões de relevância econômica e que também possam impactar a atividade pecuária do país. Atualmente estamos desenvolvendo trabalhos nas áreas de pastagem, reprodução, temperamento e comportamento animal”, conta o professor Tarcísio. O diretor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã (ABCT), o selecionador Márcio Gregg, afirma que o zebuíno protagonista de pesquisas é igualmente

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Novidades do setor de máquinas e implementos serão apresentados durante a ExpoZebu Dinâmica 2014 Larissa Vieira | Foto: Rubio Marra

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Vitrine tecnológica da pecuária

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mercado de máquinas agrícolas terá um Natal bem mais gordo este ano. Somente de janeiro a outubro, as vendas internas de máquinas agrícolas foram maiores que as de todo o ano de 2012. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), nesses dez meses foram vendidas 71,2 mil máquinas, 21,7% acima das 58,5 mil do ano passado. Já consolidado na agricultura, muitas empresas do setor agora focam em um nicho de mercado ainda pouco explorado: a pecuária. “Os pecuaristas estão partindo para um manejo mais intensivo, o que vem impulsionando a venda de tratores e implementos”, explica André Rocato, diretor comercial da LS Tractor. A empresa, com sede na Coreia, tem um faturamento anual de R$30 bilhões de dólares e escolheu o Brasil para montar sua primeira fábrica fora da Ásia. A unidade, localizada em Guaruva (SC), está em funcionamento desde agosto de 2013, com estimativa de produção anual de 5 mil tratores, e deve abastecer toda a América Latina. Em 2014, a LS Tractor pretende ampliar os investimentos no setor pecuário. Uma das ações será a participação na ExpoZebu Dinâmica como patrocinador máster do evento. A empresa apresentará sua linha de tratores, que poderá ser financiada no local. A ExpoZebu Dinâmica ocorrerá entre os dias 7 e 9 de maio de 2014, na Estância Orestes Prata Tibery Júnior, em Uberaba (MG), e fará parte da programação da ExpoZebu 80 Anos. No local, haverá demonstração de diversas tecnologias voltadas para o setor pecuário. Serão realizadas ainda demonstrações das mais 69 novembro - dezembro | 2013

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Já consolidado na agricultura, muitas empresas do setor agora focam em um nicho de mercado ainda pouco

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explorado: a pecuária modernas máquinas e implementos agrícolas disponíveis no mercado para facilitar o trabalho do produtor rural (ensiladeiras, tratores, vagão forrageiro, etc.). A ABCZ está reservando uma área de 6 hectares para montagem de estandes de empresas e uma área superior a 50 hectares para demonstração em tempo real do funcionamento de máquinas e equipamentos. A expectativa é de que participem do evento também empresas do setor de veículos, insumos, equipamentos, serviços e tecnologia, infraestrutura. Para o gerente comercial da empresa Nogueira Edson José Miquilini, a expectativa é de boas vendas na ExpoZebu Dinâmica. “Vamos levar uma grande linha de produtos e destacaremos os vagões misturadores, que são nosso grande lançamento para 2014. Cerca de 80% de nossa linha são destinadas ao setor pecuário. Temos as tradicionais ensiladeiras e desintegradores estacionários destinados aos pequenos produtores. Nossas colhedoras de forragens tracionadas em seus vários tamanhos e plataformas atendem as demandas de culturas e alimentações, por região. Também disponibilizamos os vagões forrageiros em tamanhos diversos e os novos lançamentos de Mixer”, informa Miquilini. Outras empresas e marcas de equipamentos também confirmaram participação no evento em 2014, como Jumil, Menta, Coopercitrus e Dow AgroSciences. “A ideia é apresentar aos criadores e produtores rurais que visitam a ExpoZebu como o mercado brasileiro tem evoluído em termos de tecnologia aplicada à produção rural. Hoje, o Brasil é referência em tecnologia agropecuária. A ExpoZebu Dinâmica será uma vitrine onde a ABCZ pretende divulgar e fomentar o uso destas tecnologias, de modo a ampliar a produção e a lucratividade do criador de zebu, levando em consideração a sustentabilidade da propriedade rural e do meio ambiente”, explica o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos.

Novas tecnologias e pesquisa A ExpoZebu Dinâmica terá exposição das principais novidades na área de forrageiras e demais cultivares, através de um campo agrostológico com 26 variedades (braquiária, panicum, etc.) desenvolvidas pela Embrapa. O sistema de ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta) também será apresentado durante a ExpoZebu Dinâmica. Mais de três mil mudas de espécies florestais, como mogno, acácia, teca, eucalipto e nim (planta originária da Índia), foram plantadas na área onde será feita a demonstração. “O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, mani-

festou grande interesse em incluir a ExpoZebu Dinâmica no calendário de eventos oficiais da empresa. Há um grande interesse em fazer demonstrações sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, soluções tecnológicas para pequenos e médios produtores, bem como dar maior visibilidade ao Programa ABC, do Governo Federal”, informa João Gilberto Bento, coordenador do projeto ExpoZebu Dinâmica. O Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas, Elmiro Nascimento, firmou parceria com a ABCZ para que o Governo de Minas tenha um estande no evento, onde estarão presentes os principais órgãos de apoio rural do estado, como EMATER, EPAMIG, IMA, etc. A Epamig já se prontificou a apresentar os principais produtos do estado tanto na área vegetal, como na área animal. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões, também anunciou apoio à entidade na realização da ExpoZebu Dinâmica. A FAEMG divulgará o evento junto aos produtores rurais e pretende organizar um encontro dos sindicatos rurais durante a feira. O Senar desenvolverá ações durante o evento. O local também sediará um confinamento de animais para avaliação de diversas características importantes no processo de produção de carne. A Estância Orestes Prata Tibery Júnior conta com completa infraestrutura para receber os visitantes, inclusive com área de estacionamento. A ExpoZebu Dinâmica é uma realização da ABCZ e da empresa Araiby, com apoio da FAZU, CNA, Prefeitura de Uberaba, FAEMG, MAPA, MDA, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Polo de Excelência em Genética Bovina, Embrapa, EMATER/MG, Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Cer-

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tar o projeto da ExpoZebu Dinâmica, ocorrido na ExpoZebu, contou com a participação de aproximadamente 50 marcas do setor e de aproximadamente 1.500 pessoas. A expectativa da ABCZ é que a ExpoZebu Dinâmica se consolide como uma grande mostra de tecnologias voltadas aos produtores rurais.

PARCERIA COM A dOW AGROsCIENCEs

A ABCZ e a Dow AgroSciences, empresa do segmento de pastagens e herbicidas, firmaram parceria para o desenvolvimento e a disseminação de inovações em melhoramento da genética bovina e de tecnologia de pastagens. A partir da parceria com a Dow AgroSciences, a ABCZ difundirá a seus associados conhecimentos sobre a recuperação e o aumento da produtividade das pastagens. O acordo prevê que tecnologias poderão ser multiplicadas entre os produtores ligados ao Pró-Genética e ao PMGZ. A cooperação prevê ainda a criação de cursos técnicos, direcionados aos profissionais de campo da Dow AgroSciences e da ABCZ, na Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba). Ao longo de 2014, estão programadas pesquisas e demonstrações técnicas para soluções na área de pastagens na Estância Orestes Prata Tibery Júnior e a promoção de pelo menos 30 Dias de Campo em todo o Brasil. “A associação com a ABCZ é uma forma de reforçar o compromisso Dow, ao lado dessa grande instituição, em proporcionar conhecimentos em tecnologia de produção a pasto para os pecuaristas”, na avaliação de Roberto Risolia, gerente de Sustentabilidade em Pastagem da Dow AgroSciences. “A melhoria de qualidade das pastagens é um dos pilares do trabalho da ABCZ em prol do aumento de produtividade da pecuária brasileira. Esta parceria com a Dow, empresa reconhecida globalmente por sua atuação no segmento, reforça esse compromisso e certamente gerará importantes resultados para a cadeia produtiva da carne e do leite”, assinala Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ. A parceria terá duração inicial de três anos.

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trim, da Copervale e Coopercitrus, Núcleo dos Sindicatos do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba e Epamig. A ExpoZebu Dinâmica terá entrada gratuita. Em 2013, o Dia de Campo para apresen-

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exposições

ABCZ prepara grande festa para comemorar as oito décadas da exposição que mais contribuiu para a história da pecuária nacional Laura Pimenta | Foto: Rubio Marra

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ExpoZebu a celebração do zebu

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ela pista de julgamento mais famosa do Brasil, já se consagraram matrizes e reprodutores que serviram de referência para a seleção das raças zebuínas em todo o Brasil. No palanque oficial, discursos “polêmicos” alertaram representantes políticos sobre as carências da pecuária nacional em diversas épocas. Nos pavilhões, muitos negócios foram fechados por mascates e criadores e, assim, a genética apresentada em Uberaba pôde ser disseminada aos mais distantes rincões deste país. Acordos técnicos e comerciais foram iniciados por autoridades estrangeiras durante a exposição. Discussões pioneiras, como a sustentabilidade na pecuária, foram registradas dentro do espaço das tradicionais grades que circundam o Parque Fernando Costa. Enfim, cada canto deste tão famoso parque de exposição e até mesmo da cidade mineira de Uberaba respira um pouco da história da ExpoZebu (Exposição Internacional das Raças Zebuínas), promovida pela ABCZ. E em 2014, ano em que a ExpoZebu comemora a data histórica de 80 anos de realização ininterrupta, a ABCZ quer deixar registrado na memória dos criadores de zebu e dos visitantes que passarem pelo Parque Fernando Costa a importância deste evento para a evolução das raças zebuínas no Brasil. Os visitantes da ExpoZebu poderão reviver a história dos 80 anos da exposição

em todos os pontos do Parque Fernando Costa, que contará com ilhas temáticas, com fotos dos grandes campeões de cada raça, informações históricas, dados comerciais, entre outros destaques. “Vamos fazer uma grande festa que relembre e homenageie os criadores e as famílias que ajudaram a construir a história da nossa pecuária. Várias ações estão sendo planejadas nas áreas técnica, comercial e cultural. Entre elas, destacamos os julgamentos e leilões tradicionais, cada vez mais disputados e fortes, e a ExpoZebu Dinâmica que, durante três dias, contará com diversas demonstrações práticas de implementos e tecnologias aplicadas à pecuária. Como a comemoração dos 80 anos é uma data bastante expressiva, teremos um presidente de honra da ExpoZebu em 2014: o selecionador Jonas Barcellos, que por tantos anos se dedicou à vice-presidência da ABCZ e que para nossa satisfação já aceitou o convite”, informa o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. A ABCZ também prepara o lançamento de um livro comemorativo, escrito pelo professor Hugo Prata, que apresentará um pouco da história dos visionários e pioneiros que contribuíram para firmar o zebu como a principal espécie bovina do Brasil. E no dia 10 de maio, uma grande festa de encerramento está sendo preparada pela ABCZ para reunir os criadores de todas as raças zebuínas na pista de julgamento. “A ideia é que as atividades de julgamento sejam encerradas no dia 10 de maio, de forma que o final da ExpoZebu seja um momento de celebração e confraternização dos criadores”, conclui o presidente da ABCZ. O Grupo Marfrig já confirmou que continuará sendo um dos parceiros oficiais da ExpoZebu. Outro gigante do Agronegócio, a empresa Dow AgroSciences, estreia neste ano como parceira da exposição e promete desenvolver várias ações em conjunto com a ABCZ na orientação dos criadores quanto à melhoria da produtividade pecuária, através da recuperação das pastagens. 73 novembro - dezembro | 2013

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Linha do tempo A ExpoZebu já foi palco de grandes histórias. Acompanhe nesta linha do tempo a evolução da exposição nas últimas décadas! (Fonte: Museu Virtual da ABCZ - www.abczstat.com.br/SalaVirtual)

1934 A Exposição Agro Pecuária e Industrial de 1934 aconteceu entre 15 de junho e 15 de julho, no pátio da Santa Casa de Misericórdia, em Uberaba. Por sugestão do técnico Vitor Leivas, deu-se no julgamento atenção primeira às características dos animais das raças gir, guzerá e indubrasil como produtores de carne. Isto foi uma novidade, pois até então a preocupação era puramente racial. Essa foi a última exposição promovida pela Municipalidade. Durante o evento, no dia 19 de junho, foi fundada a Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), que passou a promover a feira já no ano seguinte.

1935

No dia 2 de junho de 1935, teve início em Uberaba a primeira exposição de zebuínos organizada pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM). Com duração de um mês, a 1ª Exposição Agropecuária e Industrial do Triângulo Mineiro foi realizada em estrutura montada na Rua São Sebastião, nos fundos da sede da SRTM. Na época, cada expositor construía o seu pavilhão.

1941

A 7ª Exposição Agropecuária foi marcada pela inauguração do Parque Fernando Costa, que recebeu esse nome em homenagem ao Ministro da Agricultura que o viabilizou. Nesse evento, passaram por Uberaba diversas autoridades, como o ministro homenageado, o Presidente da República Getúlio Vargas; e o Interventor do Governo Federal em Minas Gerais, Benedito Valadares.

1950 A Exposição Agropecuária de Uberaba, promovida pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), chegou à sua 16ª edição. O grande destaque desta edição foi a inauguração dos leilões. Pela primeira vez, foi realizado um remate durante uma exposição dentro do Parque Fernando Costa.

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1970

Doze bancos participaram da feira com estandes, facilitando acesso a crédito. Durante a exposição foram negociados 4,5 milhões de cruzeiros. Além disso, foram realizados 130 contratos de cobertura de matrizes, que giraram em torno de 800 cruzeiros cada um.

1989

Uma curiosidade desta edição foi a inserção da logomarca (caranguejo) da ABCZ e do desenho de um boi zebu nos bilhetes da loteria federal. Além do bilhete personalizado, o sorteio aconteceu no dia 6 de maio de 1989, no Parque Fernando Costa.

1996

2008

O ano de 1996 marcou definitivamente a entrada da ABCZ no mundo virtual. A partir dessa ExpoZebu, foi lançado o site oficial da entidade: www.abcz.org.br.

Esta exposição marcou o início de uma era de discussões sobre a sustentabilidade na Pecuária, reafirmou o compromisso da ABCZ com a preservação do meio ambiente.

Alterações no Regulamento da ExpoZebu 2014 Raça BRAHMAN Requer a participação do bezerro e da bezerra nos grandes campeonatos. Julgamento das categorias Progênie de Mãe e de Pai será feito antes da realização das demais categorias já estabelecidas, como acontece com as raças nelore, nelore mocho e guzerá.

Raça GIR LEITEIRO Somente serão consideradas, para efeito de julgamento em pista, lactações com no mínimo 04 (quatro) controles leiteiros oficiais, as quais somente serão consideradas como produção, a aferição real para idade adulta nos machos, e nas fêmeas, a aferição ajustada para a idade adulta, em até 305 dias de lactação. O campeonato “Matriz Modelo” será dividido em 03 (três) subcategorias, conforme a produtividade: 1 - MATRIZ PRODUÇÃO VITALÍCIA BRONZE: Matrizes que atingiram a produção vitalícia igual ou superior a 20.000 kg de leite real em controle leiteiro oficial. 2 - MATRIZ PRODUÇÃO VITALÍCIA PRATA: Matrizes que atingiram produção vitalícia igual ou superior a 30.000 kg de leite real em controle oficial. 3 - MATRIZ PRODUÇÃO VITALÍCIA OURO: Matrizes que atingiram produção vitalícia igual ou superior a 40.000 kg de leite real em controle oficial. Ficam criadas essas subcategorias também para as raças guzerá leiteiro, sindi e indubrasil, adequando-se somente as produções vitalícias referentes a cada raça. 75 novembro - dezembro | 2013

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Alterações no Regulamento da ExpoZebu 2014 Raça GUZERÁ Será exigido para todas as fêmeas da raça guzerá, nos casos em que for exigida parição ou prenhez, que estejam obrigatoriamente com sua cria ao pé, cuja idade esteja compreendida entre 0 (zero) até 8 (oito) meses e zero dia.

Raça NELORE e NELORE MOCHA Foi criada a categoria de julgamento PROGÊNIE JOVEM DE MÃE – grupo constituído de 2 (dois) ou mais filhos, não gêmeos, produtos de TE ou FIV, com idades entre 8 (oito) meses e 0 (zero) dia e 18 (dezoito) meses e 0 (zero) dia, pertencentes ao mesmo expositor, filhos da mesma matriz, de sexo diferente quando filhos do mesmo pai, de mesmo sexo quando filhos de pais diferentes. Haverá um conjunto campeão e um conjunto reservado campeão, e assim por diante até o 12º (décimo segundo) lugar. Criada a categoria de julgamento PROGÊNIE JOVEM DE PAI – grupo constituído por 4 (quatro) ou mais filhos, podendo ser produtos de TE ou FIV, não gêmeos, tendo pelo menos um animal de sexo diferente, com idade de 8 (oito) meses e 0 (zero) dia, pertencentes ao mesmo expositor, filhos do mesmo reprodutor em pelo menos 02 (duas) matrizes diferentes. Terão as mesmas condições do Campeonato Progênie Jovem de Mãe em pontuações, exigências e classificação. As Progênies Jovens de Pai e de Mãe, junto com as Progênies de Pai e Mãe, serão julgadas antes do início dos trabalhos de julgamento das demais categorias. O animal que participar de uma Progênie de Pai (ou Mãe) não poderá participar de um conjunto Progênie Jovem de Pai (ou Mãe), na mesma exposição e vice-versa. Todos os animais participantes dessas Progênies deverão, posterior e obrigatoriamente, ser julgados individualmente em suas respectivas categorias. A não participação do animal no julgamento de sua categoria anulará a pontuação conquistada pelos conjuntos Progênie ou Progênie Jovem do qual o mesmo foi membro. Para todas as raças zebuínas, o número máximo de animais, ou de conjuntos, por categoria, deverá ser de 20 (vinte) quando o número de inscrições for igual ou menor que 700 (setecentos) animais. Quando o número de inscrições for maior que 700 (setecentos) animais, o número máximo de animais, ou de conjuntos, deverá ser de 15 (quinze).

Calendário base dia/mês 22.01 4ª feira 05.03 4ª feira 11.04 6ª feira 18.04 6ª feira 21.04 2ª feira 28.04 2ª feira 29.04 3ª feira 30.04 4ª feira 01.05 5ª feira 02.05 6ª feira 03.05 sábado 04.05 domingo 06.05 3ª feira 10.05 sábado 11.05 domingo

ocorrência Início das inscrições Início da Inscrição Concurso Leiteiro Encerramento das inscrições Último dia para substituição de animais Entrada de animais procedentes de mais de 700 km Recepção, identificação e mensuração dos animais Recepção, identificação e mensuração dos animais Recepção, identificação e mensuração dos animais Recepção, identificação e mensuração dos animais Pesagem dos animais Inauguração da ExpoZebu – Início do Concurso Leiteiro Pré-classificação nelore Julgamento das raças Encerramento do Concurso Leiteiro Encerramento dos trabalhos de julgamento, entrega dos prêmios aos Grandes Campeonatos Saída dos animais, a partir das 04h

Julgamentos dia/mês 04.05 05.05 06.05 07.05 08.05 09.05 10.05

domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira sábado

Das 08:00 às 12:00 horas

Das 14:00 às 18:00 horas

Nelore/Indubrasil/ Tabapuã/Guzerá Nelore/Tabapuã/Guzerá/Guzerá Leiteiro Nelore/Tabapuã/Guzerá/Guzerá Leiteiro Brahman/Nelore/Guzerá/Sindi/Guzerá Leiteiro Brahman/Nelore/Gir Leiteiro/Sindi/Nelore Mocho Brahman/Nelore/Gir Leiteiro/Sindi/nelore Mocho nelore/brahman/belore mocho

Indubrasil/Tabapuã/Pré-classificação nelore/Gir Leiteiro Indubrasil/Gir (dupla aptidão)/Gir Leiteiro/Pré-classificação nelore Gir (dupla aptidão)/Gir Leiteiro/Tabapuã/Pré-classificação nelore Gir (dupla aptidão)/Gir Leiteiro/Guzerá/Pré-classificação nelore/brahman Gir (dupla aptidão)/Gir Leiteiro/Pré-classificação nelore/brahman Cangaian/Pré-classificação nelore/brahman

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exposições

Expoinel Mineira

será montada para repetir sucesso Márcia Benevenuto | Foto: Jadir Bison

A

Expoinel Minas organizada pela Nelore Minas é o evento que vai inaugurar o calendário da raça em 2014 e das grandes mostras de raças zebuínas no Parque Fernando Costa, em Uberaba, MG. A tradição da exposição, que será realizada no período de 2 a 9 de fevereiro, é a de ser palco para apresentação dos novos times de pista dos plantéis que disputam o ranking regional e o nacional da ACNB, e por isso é aguardada entre os criadores com grande expectativa. A diretoria da Associação Mineira dos Criadores de Nelore estabelece como meta, para receber as inscrições dos animais no julgamento de morfologia, o mesmo volume registrado na Expoinel Nacional, que é realizada sempre no mês de setembro e este ano conseguiu colocar na pista 921 animais de 118 expositores. Loy Rocha, o gestor executivo da Nelore Minas e coordenador da equipe organizadora da “Mineira”, como é conhecida popularmente a exposição, diz que as grandes oportunidades criadas pela exposição para o segmento da pecuária seletiva estão mesmo relacionadas a formação e afinação dos times de

pista dos criatórios. “A Expoinel Minas, por ser a primeira grande exposição do Ranking Nacional e do ano, cumpre o papel de ser uma mostra balizadora, na medida em que os criadores trazem aqueles que consideram ser seus melhores animais para o primeiro desafio e confronto com os concorrentes. Nessa hora, muita peça pode mudar no tabuleiro do jogo porque só depois de três ou quatro meses nas baias, com um manejo apurado e recebendo uma dieta adequada, é que o gado apresentará o melhor de sua morfologia e estará literalmente na ponta dos cascos”, explica o gestor. Completos ou ainda em escalação, os times de pista do nelore na Mineira atraem atenção de muita gente e de muito investidor. Além de observar a sinalização de rumos da seleção genética, os visitan-

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tes da Expoinel Minas acompanham e disputam os animais ofertados nos remates do calendário comercial da mostra. Até o final de novembro estavam confirmados os quatro remates tradicionais da exposição. “Creio que o quadro desenhado de possibilidades contribui determinantemente para a liquidez e a permanente valorização de animais de genética selecionada da raça nelore, pois a aquisição de uma rês, na maioria das vezes, significa que o criador que a comprou tem expectativas de melhorá-la sempre mais e, claro, obter vitórias em pistas e descendentes à altura, ou melhores. As vitórias, ou as boas colocações obtidas pelos animais nas pistas, são indicadores, mas apenas indicadores, de que o processo de seleção genética de um determinado criador foi acertado. O que vai determinar sucesso, mesmo, é um conjunto de fatores, entre alimentação e manejo adequados, condições sanitárias dos criatórios, etc. É muito comum vermos determinados animais que, na simples troca de criatório, com mudanças de manejo, se transformam de água para vinho”, avalia Loy Rocha.

Leilão Minas de Ouro Data: 07 de Fevereiro (sexta-feira - 20h) Local: Tatersal Rubico Carvalho Promotores: Fazenda Baluarte/ Nelore Integral/ Fazenda do Sabiá/ Nelore Colorado/ Nelore Mafra

IV Exclusive Data: 23 de Fevereiro (sábado - 13h) Local: Churrascaria Cupim Grill Promotores: Rima Agropec. e Cristal Agropec.

Leilão Nova Trindade Elite e Convidados Data: 08 de Fevereiro (sábado – 20h) Local: Tattersal Rubico Carvalho Promotor: Fazenda Nova Trindade

11º Leilão Matrizes Integral Data: 09 de Fevereiro (domingo – 13h) Local: Casa Ouro Fino – Pque Fernando Costa Promotor: Nelore Integral

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Exposições

Grandes Campeões Exposição Cidade (UF) 3ª Faese 42ª Expo Paranavai Expoinel MT - 2013 50ª Expassos Expoinel ES - 2013 39ª Exporã Feria Agropecuária Internacional Expo Araxá 2013 25ª Expofar 53ª Expolondrina 53ª Expolondrina Expobahia - 2013 36ª Exposição de Carpina 36ª Exposição de Carpina 36ª Exposição de Carpina 6ª Expo Bilac 75ª Expogrande 75ª Expogrande 20ª Ranqueada do Nelore de João Pinheiro Expo Agrop de Para de Minas 2013 Agropecruz 2013 Agropecruz 2013 Agropecruz 2013 44ª Expo Agrop IND e Com de Itapetininga 44ª Expo Agrop IND e Com de Itapetininga 10ª Expojardim 58º Expo Agrop de Anápolis 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 79ª Expozebu 49ª Expoagro XXVI Exporriso 68ª Expo Agrop de Goiânia 68ª Expo Agrop de Goiânia 68ª Expo Agrop de Goiânia 68ª Expo Agrop de Goiânia

Aracajú - SE Paranavaí - PR Cuiabá - MT Passos - MG Aracruz - ES Ponta Porã - MS

Período

24/02/13 01/03/13 08/03/13 11/03/13 14/03/13 16/03/13 Santo Domingo - Republica Dominicana/EX 20/03/13 Araxá -MG 02/04/13 Fartura - SP 02/04/13 Londrina - PR 04/04/13 Londrina - PR 04/04/13 Salvador - BA 09/04/13 Carpina - PE 10/04/13 Carpina - PE 10/04/13 Carpina - PE 10/04/13 Bilac - SP 11/04/13 Campo Grande - MS 11/04/13 Campo Grande - MS 11/04/13 João Pinheiro - MG 13/04/13 Pará de Minas - MG 15/04/13 Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX 16/04/13 Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX 16/04/13 Santa Cruz de La Sierra - Bolívia - EX 16/04/13 Itapetininga - SP 19/04/13 Itapetininga - SP 19/04/13 Jardim - MS 20/04/13 Anápolis - GO 22/04/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Uberaba - MG 03/05/13 Dourados - MS 09/05/13 Sorriso - MT 10/05/13 Goiânia - GO 11/05/13 Goiânia - GO 11/05/13 Goiânia - GO 11/05/13 Goiânia - GO 11/05/13

03/03/13 10/03/13 15/03/13 18/03/13 17/03/13 24/03/13 26/03/13 11/04/13 07/04/13 14/04/13 14/04/13 14/04/13 14/04/13 14/04/13 14/04/13 14/04/13 21/04/13 21/04/13 21/04/13 20/04/13 21/04/13 21/04/13 21/04/13 28/04/13 28/04/13 28/04/13 06/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 10/05/13 19/05/13 13/05/13 26/05/13 26/05/13 26/05/13 26/05/13

Raça Grande Campeão GUZ NEL NEL GIL NEL NEL GIL GIL NEL BRA NEL NEL NEL GIL SINDI NEL NEL GIL NEL GIL NEL NEM GIL NEL GUZ NEL NEL NEL NEM BRA GIL TAB GUZ GUL IND SINDI GIR NEL NEL TAB NEM GIL NEL

Barão FIV da Cappa Universo FIV Mra Voleybol FIV da FC Jaleco F. Mutum Heringer Valente FIV Jumbo BR Don Alexis de Brasuca FIV Elbano FIV Jacurutu Donoto135 FIV do Kalunga CBC MR Chaco 546 Espartago FIV FNT Duke7 do Colibri Equador TE Gspa Titan de OG Brilhante Preludio do JAL Jumbo Darin FIV CAL Feitor FIV St.Cruz Milan TE da Sadonana Gumaro FIV de El Trebol Benjamin Capiguara Filip FIV Esterlina Espartago FIV FNT Luxuoso Sta Celina Obalaue FIV YC Feitor FIV St.Cruz Elkro FIV FNT Natalino da Car Ganesh da Canaã Expoente TE Bras. Mandela FIV Uzi Jato da Capital Cabo FIV JF Ingresso Lins Raio FIV da Estiva Gabao BI Mirthes FIV do Mura Voleybol FIV da FC Cipoal CCC Onix da Car Deputado do Marcão Rima FIV Ermitão 2

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Conheça os animais das raças zebuínas que conquistaram o título de grandes campeões das exposições homologadas pela ABCZ RG (campeão)

FIV

a

FHCV31 MRA 6272 GCFC A9962 MUT 1520 FHGN1975 NTP 119 2084/10 RMM 273 KLGA1803 XAKO 546 FNT1463 LMN 647 GSPA 44 OGM 475 LFAB 8 JAX 2666 NTP 119 CAL 9535 GPO 3670 SDNA 47 TER 3911 CAP 1712 ESTG 052 FNT 1463 OAC 609 YORK 1778 GPO 3670 FNT 1443 SJD 827 BCAN 1954 RRP 5666 UZI 156 CPTL 375 JFT 3102 WJAD 122 AJCA 1222 DOBI 748 MURA6600 GCFCA9962 GREG 1041 SJD 908 MTAC 54 RIMA 5312

Grande Campeã Bagda SM Laure do Kalunga Olana FIV da Macuco Inercia FIV F. Mutum Garuda 1 FIV M.Verde Juma 1 TE da Mafra Mabg 205 Napolitano TE Audi I FIV Kubera Laure do Kalunga Mandy da Canaã Rima FIV Ellara Kanilla FIV da Farofa Niklaura da EGR Panela Aspirina P Paola do JAL Jazira 2 TE da Mafra Flama Parahy Kayla TE Mafra Edesia FIV Albos Sofia Capiguara Gothy FIV Sausalito Engenhiera de CG Campecina 5te Bionatus Helena Jayla TE da Mafra Hadija IDM Rima FIV Ellara Kirshana XV FIV ER D Mandy da Canaã Fecula TE F. Mutum Mufla FIV de Tabapuã Ganda S Taiga TE Taboquinha Donzela do Cassu Atenas FIV AJCF Favorita Dobi Bonatta FIV da 42 Chiara FIV HVP Mufla FIV de Tabapuã Porcina da Fspedro Lara FIV Leitegir Rima FIV Ellara

RG (campeã) Jurados SSMA710 KLGA 1776 CTFT 4623 MUT 1350 ISPU3370 CAMT 2455 236/9 ACFG 1571 KLGA1776 BCAN 1744 RIMA5273 RDG 2088 EPD 1218 FRS 519 POP 1512 JAX 2564 CAMT 2675 PHY 214 CAMT 3059 SJTG 58 CAP 1690 SAUS 9355 GRAY 767 BIO 1400 CLFG 852 CAMT 2755 IDM 421 RIMA 5273 ELF 2087 BCAN 1744 MUT 753 GTRT 2551 CNS 8265 TABO 2512 RMC 257 AJCF 20 DOBI 525 CLR4591 HVP242 GTRT 2551 PUJ 199 LRPO 99 RIMA 5273

Paulo Cesar Guedes Miranda Raphael Zooler Fábio Miziara, Thiago José Trevisi Novaes, Antônio Louza do Nascimento José Jacinto Júnior Marcelo Mauro Souza da Costa Moura Rodrigo Ruschel Lopes Cançado Tatiane Almeida Drummond Tetzner Lucyana Malossi de Queiroz Carlos Aparecido Fernandes Pavan Ireno Cassemiro da Costa Gilmar Siqueira de Miranda, Carlos Alberto Marino Filho, Ademir Jovanini Augusto Rodrigo Ruschel Lopes Cançado Marcel de Araújo Lopes Marcel de Araújo Lopes Marcel de Araújo Lopes Carlos Aparecido Fernandes Pavan Horacio Alves Ferreira Neto Nivio Bispo do Nascimento Arnaldo Manuel S. M. Borges Jesus Lopes Júnior Ireno Cassemiro da Costa, José Ferreira Pankowski, João Augusto de Faria Ireno Cassemiro da Costa, José Ferreira Pankowski, João Augusto de Faria Lilian Mara Borges Jacinto Antônio Carlos de Souza, Otavio B. O. Vilas Boas, José Augusto da Silva Barros Carlos Alberto Marino Filho Carlos Eduardo Nassif Murilo Miranda de Melo Russel Rocha Paiva, André Luís Lourenço Borges, Lourenço de Almeida Botelho Carlos Henrique Vergueiro Bailoni Willian Koury Filho, Fabiano Rodrigues da Cunha Araújo, João Augusto de Faria Lucyana Malossi de Queiroz, Adriano Vaz de Lima, Euclides Prata Santos Netto Rodrigo R. Lopes Cançado, Clester Andrade Fontes, João Eudes Lafetá Queiroz Murilo Miranda de Melo, Célio Arantes Heim, José Ferreira Pankowski Roberto Winkler Roberto Vilhena Vieira Marcelo Ricardo de Toledo Ivo Ferreira Leite Marcelo Ricardo de Toledo Carlos Eduardo Nassif, Carlos Alberto Marino Filho, Ademir Jovanini Augusto Filho Rubenildo Claudio B. Rodrigues, Haroldo H. Velasco, Marco A. Oliveira Leonardo Figueiredo Netto André Rabelo Fernandes Gilmar Siqueira de Miranda, Izarico Camilo Neto, Antonio Louza do Nascimento 81 novembro - dezembro | 2013

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Exposição Cidade (UF) 41ª Expoingá Agrotins - 2013 70ª Expo Agrop e IND de Curvelo 70ª Expo Agrop e IND de Curvelo 70ª Expo Agrop e IND de Curvelo 13ª Intercalu Expo Itapetinga - 2013 Feria Agropecuária Internacional Expo Fernandópolis Expoagro Franca - 2013 Expocam - 2013 27ª Expoalta 34ª Expo Jequié 37ª Expoagro de São Luiz de Montes Belos Fenamilho 23ª Expo Agrop IND e Com de Nanuque 33ª Exposanta 33ª Exposanta 31ª Exposição Agropec. e Industrial de Tupaciguara XXV Expoara XXV Expoara 32ª Expojanaúba 41ª Expo Agrop de Gurupi 4ª Exposição Agropec. de Bela Vista de Goiás Expo Agropecuaria de Mococa - 2013 Expopec 2013 52ª Superagro 52ª Superagro 52ª Superagro 39ª Expomorrinhos XI Enel XI Enel 47ª Fapi Ourinhos 47ª Fapi Ourinhos XVIII Expobrasil XIX Expo Agrop de Santa Helena de Goias 45ª Expomara 29ª Exponop Fexposiv Fexposiv Fexposiv Fexposiv 12ª Expoagro Poconé 19ª Feicorte 19ª Feicorte 19ª Feicorte 19ª Feicorte 19ª Feicorte

Maringá - PR Palmas - TO Curvelo - MG Curvelo - MG Curvelo - MG Uberlândia-MG Itapetinga - BA Sincelejo (Tolu-Sucre) - Colômbia/EX Fernandópolis - SP Franca - SP Camapuã - MS Alta Floresta - MT Jequié/BA São Luís de Montes Belos - GO Patos de Minas - MG Nanuque - MG Santa Vitória - MG Santa Vitória - MG Tupaciguara-GO Araguaína - TO Araguaína - TO Janaúba - MG Gurupi - TO Bela Vista de Goiás - GO Mococa - SP Ituiutaba - MG Belo Horizonte - MG Belo Horizonte - MG Belo Horizonte - MG Morrinhos - GO Parnamirim - RN Parnamirim - RN Ourinhos - SP Ourinhos - SP Paraíso do Tocantins - TO Santa Helena de Goiás - GO Maracaju - MS Sinop - MT San Ignácio de Velasco - Bolívia - EX San Ignácio de Velasco - Bolívia - EX San Ignácio de Velasco - Bolívia - EX San Ignácio de Velasco - Bolívia - EX Poconé - MT São Paulo - SP São Paulo - SP São Paulo - SP São Paulo - SP São Paulo - SP

Período 11/05/13 11/05/13 13/05/13 13/05/13 13/05/13 13/05/13 14/05/13 16/05/13 17/05/13 17/05/13 18/05/13 20/05/13 20/05/13 25/05/13 27/05/13 29/05/13 29/05/13 29/05/13 29/05/13 30/05/13 30/05/13 30/05/13 31/05/13 01/06/13 01/06/13 02/06/13 04/06/13 04/06/13 04/06/13 05/06/13 05/06/13 05/06/13 06/06/13 06/06/13 07/06/13 07/06/13 08/06/13 08/06/13 13/06/13 13/06/13 13/06/13 13/06/13 17/06/13 17/06/13 17/06/13 17/06/13 17/06/13 17/06/13

19/05/13 12/05/13 20/05/13 20/05/13 20/05/13 18/05/13 19/05/13 20/05/13 22/05/13 19/05/13 26/05/13 26/05/13 24/05/13 02/06/13 02/06/13 02/06/13 02/06/13 02/06/13 02/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 09/06/13 08/06/13 08/06/13 16/06/13 16/06/13 16/06/13 16/06/13 16/06/13 16/06/13 30/06/13 30/06/13 30/06/13 30/06/13 23/06/13 21/06/13 21/06/13 21/06/13 21/06/13 21/06/13

Raça Grande Campeão NEL NEL GUZ GIL NEL GIL NEL GIL NEL GIL NEL NEL GIL NEL NEL NEL GIL NEL NEL NEL TAB NEL NEL GIL GIL GIL GIL GUZ NEL GIL GUZ GIL NEL GUZ NEL NEL NEL NEL GIL BRA NEM NEL NEL BRA TAB NEL NEM GUZ

Attoll FIV Bacaray Liza FIV Grande Lago Fidodido Já Caleb TE do Egb Gardel FIV da Sabiá Kacio FIV Sabedoria Gold do Lap Aguas Prietas Massi Jax3 TE Port Guri FIV Kenyo Fireball FIV YC Cambaru VIII FIV da MV Valentino Belleus Mohave TE da HP Asteoide FIV Ara Heringer Valente FIV Help FIV F. Mutum Boian FIV Angico Tiba FIV da Unimar Phaltan FIV da Sapezal Dubai FIV Cabo Verde Rima FIV Ermitão 2 Quiron da Sapezal Anjo TE Transol Ca Gladiador Help FIV F. Mutum Eufotico Villefort Gesso FIV Tir Marduk Poty VR Ciclone FIV da Ubre Cedro de Reilloc Hotagan TE M.Verde Jax3 TE Port Ciumento FIV da El Giza Phaltan FIV da Sapezal Itau IDM Impacto FIV Raca Pura Aliko FIV da FC Filip FIV Esterlina Randy de El Palmar Benjamin Capigura Faustino FIV de El Trebol Aliko FIV da FC Mr Lince 1000 Cipoal CCC Gardel FIV da Sabiá Natalino da Car Gesso FIV Tir

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RG (campeão)

MRC5127 FLG909 JAR 6437 EGB 57 SAB B4955 JWLJ 221 LAP 996 DABP 4771 KOK 236 YORK1799 GCMV4864 BJA 566 HSGP3967 ARA1681 FHGN 1975 MUT 1113 UNFF 855 UNIR 6176 HIP4346 JCVB 28 RIMA5312 HIP4489 TSOL 28 KCA 1581 MUT 1113 IVAR 1903 TIR 883 VRPY 585 UBRE 78 CCF 722 ISPG 69 DABP 4771 DREL97 HIP4346 IDM1298 VIA 535 GCFCA9784 ESTG 052 CEPB 211 CAP 1712 TER 3677 GCFCA9784 LINC1000 GREG 1041 SAB B4955 SJD 827 TIR883

Grande Campeã

RG (campeã) Jurados Belissima FIV do HVP HVP69 Otavio Batista O. Vilas Boas, Daniel Botelho Ulhoa, Ademir Jovanini Augusto Filho FIV Grande Lago FLG1154 Rafael Mazão Ghizzoni Ganda S CNS 8265 Rodrigo Coutinho Madruga Edesia FIV Albos SJTG 58 Lilian Mara Borges Jacinto Agra FIV Sabiá SAB B3775 Murilo M. de Melo, Carlos Alberto Marino Filho, Thiago Montalvão Veloso Rabelo Amada Ourofino OURG 32 José Jacinto Júnior Zacha FIV Ag Vale GVAL 249 Paulo Cesar Guedes Miranda J.D.J. Ramona TE Tatiane Almeida Drummond Tetzner Isma TE Port DABP 3971 João Augusto Faria, Luis Renato Tiveron, Jandovi Prandi Júnior Flor AXT 183 Alan Marcolini Canpidelli Griselda FIV da 3r RUCA2171 Paulo Henrique Nunes Rondão Rinha FIV da Saranda DEAT71 Alexandre Miranda Mello El Hage Haldia FIV de Brasilia RRP 6472 Marcelo Miranda Almeida Ferreira Guita TE da HP HSGP3958 Rodrigo Ruschel Lopes Cancado Dajji FIV Mata Velha MATAB969 José Ferreira Pankowski, Thiago José Trevisi Novaes, Cristiano Cardoso Hueb Heringer Olaia FIV FHGN 2260 Paulo Cesar Guedes Miranda Haicai FIV de Bras. RRP 6445 José Jacinto Júnior Kampala TE Mafra CAMT 2903 José Jacinto Júnior Tacobina FIV da Unimar UNIR 6110 Pedro Luiz Bastos Araújo Barbara I FIV Jacuricy MPRF693 Murilo Miranda de Melo Ofensiva de Tabapuã GTRT 2872 Murilo Miranda de Melo Mogiana I FIV JFLP22 José D. de Macedo Borges, Daniel B. Ulhoa, Ademir Jovanini Augusto Filho Ivia FIV Vf Jatoba CIAP1704 Izarico Camilo Neto Irlanda FIV Silvania EFC 1080 Alysson Ricardo Magalhães Sampaio Ph Baby PHPO 387 Andre Rabelo Fernandes Estampa FIV da Salgado RSAL 35 José Otávio Lemos Anusha FIV Hra HRAG 1 Lucyana Malossi Queiroz Ganda S CNS 8265 Carlos Alberto de Souza Celestino, William K. Filho, João Marcos C. M. Borges Bromelia TE Bar LILL 1549 Guilherme Queiroz Fabri Maab Japona Jaguar MABG 113 Manuela Pires Monteiro da Gama Balada de Reilloc CCF 706 Rodrigo Coutinho Madruga Estilosa FIV da Boisa FF FFAL 49 Rodrigo Coutinho Madruga Isma TE Port DABP 3971 Thiago Montalvão Veloso Rabelo Helena CLFG852 Gustavo Padua Queiroz Miziara Meiga FIV da Rfa RFA2191 Rodolffo Emilio Fontana Assis Imprensa IDM IDM830 Carlos Alberto Marino Filho Herudittha FIV VMCN 440 Guilherme Queiroz Fabri Rinha FIV da Saranda DEAT71 Celio Arantes Heim, João Eduardo F. Assumpção, José Augusto da Silva Barros Engenhiera de CG GRAY 767 José Jacinto Júnior Germana FIV de El Trebol TREB 114 José Jacinto Júnior Brandy FIV Del Tordo ROA 482 José Jacinto Júnior Granada TE Dausalito SAUS 8109 José Jacinto Júnior Chiara FIV HVP HVP242 Fabio Eduardo Ferreira Miss Iamb 68 IAMB68 Eduarda G. Azevedo Oiana FIV de Tabapuã GTRT 2989 Gustavo Moralles Brito Bravesh FIV Agro JB MFC 2400 João Marcos C. M. Borges, José Augusto da S. Barros, Ademir J. Augusto Filho Polonia FIV ER da Fsn ELF 2557 João Marcos Cruvinel Machado Borges E.Guarana do RG EFT261 Luiz Martins Bonilha Neto 83 novembro - dezembro | 2013

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GENÉTICA

Avaliação visual: ferramenta importante na seleção Herdabilidades, correlações genéticas e fenotípicas entre avaliações visuais e características de produção em animais da raça nelore avaliados em testes de desempenho a pasto no Brasil Paulo Ricardo Martins Lima | Foto: Carlos Lopes

A

seleção para gado de corte no Brasil é geralmente baseada no peso e no perímetro escrotal, mas estudos têm indicado a avaliação visual para características morfológicas em bovinos de corte, a fim de identificar os indivíduos que possuem boas características funcionais (Faria et al. 2008). Muit embora estas avaliações de tipo visam refletir as características musculares, esqueléticas e de desempenho dos animais, tem-se visto que algumas delas são indicadores úteis da rentabilidade global em vacas de corte (McHugh et al. 2012). O sistema de classificação linear EP-

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ria nacional, utilizou-se como fonte de dados as provas de ganho de peso a pasto da raça nelore, pois fundamentam como principal alimento o pasto. As informações sobre pesos e escores visuais (EPMURAS) foram obtidas, entre 2004 e 2010, em 21.032 touros da raça nelore provenientes de criações distribuídas por todo o Brasil, que eram participantes das provas de desempenho a pasto (PGPs) do Programa de Melhoramento Genético de Zebu – PMGZ, administrado pela ABCZ. As provas tiveram o mesmo manejo e sistema de alimentação para se avaliar o ganho de peso, peso final e tipo. Cada prova teve pelo menos 20 animais filhos de três touros para formar um grupo de contemporâneos. No total, foram avaliados filhos de 1.805 touros, cada touro com pelo menos quatro filhos em no mínimo duas provas, de um total de 488 PGPs, com média de 117 filhos por pai, com variação entre 30 e 352. Após a pesagem final, cada animal foi submetido a uma inspeção visual no sistema de avaliação EPMURAS, sendo que E, P, M e U em valores de 1 a 6, e R, A e S de 1 a 4. Como definido pelo sistema de avaliação, o umbigo pequeno e curto recebeu valor 1, variando até o valor 6 para grande e pendular. O peso ao nascer (PN), peso inicial (PI) (ou peso ao sobreano no caso destas provas), peso final (PF), e taxa de crescimento (TC) é igual a (PF-PI) / número de dias na prova. Idades no início e no final da prova foram usadas para calcular o peso corrigido aos 550 dias PC550 = ((PF – PI) x 550 + PN) / (idade no final – idade no início). O índice final da prova (IPGP) foi calculado da seguinte forma: IPGP = (0,4 x TC) + (0,4 x PC550) + (0,2 x (E + P + M + U + R + A + S)) MURAS, desenvolvido por Koury Filho et al. (2003), está se tornando mais amplamente utilizado em programas de seleção genética no Brasil, como a produção de gado está se tornando mais preocupada com a qualidade da carne, as características de carcaça, bem como com as questões de bem-estar animal (Ferraz e Felício, 2010). É sabido que existe pouca informação disponível sobre as estimativas de herdabilidade (h2) para características lineares e suas correlações com características de crescimento, sendo este o ponto que levou à realização de uma investigação entre estas relações expressas pelos bovinos. Buscando refletir o retrato da pecuá-

Resultados obtidos Foram observados nas características de produção, correlações genéticas e fenotípicas positivas entre si, de moderada a alta (Tabela 1), como esperado, Malhado et al, (2002) e Santos et al (2005) encontraram altas correlações entre os pesos aos 205 e 550 dias de idade (próximo a este trabalho). Estes resultados mostram que os pesos intermediários têm alta correlação com pesagens subsequentes, indicando que os animais podem ser selecionados mais precocemente. Entre os escores visuais E, P e M foram observadas correlações fenotípicas altas e positivas, aproximadamente 0,65 para E com P e M, e maior entre P e M 0,74 (Tabela 1). De acordo com Koury Filho et al, (2010), a seleção por um dos 87 novembro - dezembro | 2013

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Tabela 1 Correlações fenotípicas (acima da diagonal) e genéticas (abaixo da diagonal) entre as características de produção e escores visuais de animais da raça nelore provindos de provas de ganho de peso a pasto usando grupo de contemporâneo como fixo TC PC550 PI PF E P M U R A S IPGP TC -- 0,77 0,33 0,76 0,29 0,29 0,31 0,08 0,18 0,12 0,26 0,77 PC550 0,25 -- 0,70 0,97 0,42 0,36 0,39 0,14 0,20 0,12 0,34 0,99 PI 0,27 0,67 -- 0,77 0,44 0,34 0,36 0,17 0,17 0,09 0,31 0,71 PF 0,13 0,64 0,96 -- 0,49 0,43 0,45 0,16 0,23 0,14 0,37 0,97 E 0,61 0,41 0,40 0,39 -- 0,65 0,65 0,19 0,29 0,13 0,36 0,47 P 0,90 0,83 0,59 0,81 0,93 -- 0,74 0,20 0,30 0,16 0,40 0,41 M 0,66 0,91 0,73 0,90 0,80 0,98 -- 0,19 0,33 0,18 0,41 0,44 U 0,44 0,32 0,28 0,34 0,72 0,89 0,65 -- 0,13 0,05 0,16 0,15 R 0,70 0,17 0,18 0,18 0,87 0,53 0,88 0,90 -- 0,31 0,46 0,23 A 0,18 0,54 0,59 0,55 0,54 0,27 0,27 0,73 0,87 -- 0,34 0,14 S 0,97 0,87 0,79 0,89 0,90 0,97 0,94 0,72 0,91 0,93 -- 0,37 IPGP 0,54 0,65 0,91 0,64 0,73 0,89 0,66 0,91 0,24 0,83 0,64 -TC: taxa de crescimento; PC550: peso calculado aos 550 dias; PI: peso inicial dentro da prova; PF: peso final dentro da prova; E: estrutura corporal; P: precocidade; M: musculatura; U: umbigo; R: padrão racial; A: aprumos; S: características sexuais; IPGP: índice geral da prova.

escores visuais provavelmente implicará em respostas correlacionadas positivas em todos os demais, nas mesmas ou de diferentes idades. Araújo et al (2010) verificaram que estes escores descrevem o potencial do animal para a produção de carne como um todo, uma vez que estão diretamente relacionados com o peso corporal do animal. Sugeriram que a característica na qual for mais facilmente medida, com alta herdabilidade e menos influenciada pelo avaliador, seria recomendada como um critério de seleção. Como todas as correlações genéticas entre escores visuais e pesos foram positivas (Tabela 1) é válido o emprego destas características, visto que traria ganhos adicionais em programas de melhoramento animal que já estão sendo selecionados para ganho de peso. Relatado em pesquisa, temos que as correlações entre os escores e os pesos-padrão devem ser consideradas com atenção, pois a seleção exclusivamente para peso pode levar ao surgimento de biótipos economicamente inviáveis (Koury Filho et al., 2010). O presente estudo demonstra que a utilização de tais características, como critério de seleção, torna-se viável se o pecuarista obtiver animais que estão em desenvolvimento precoce e estruturalmente adequados para um bom rendimento em carne. As estimativas de herdabilidade obtidas para as características de produção, como taxa de crescimento (TC), peso inicial (PI), peso final (PF), peso aos 550 dias (PC550) e o índice geral da prova (IPGP), foram de moderada a

alta (Tabela 2), variando 0,26-0,53. Estes resultados indicam que a seleção para essas características pode apresentar ganho genético razoável. E, P e M apresentaram baixa a moderada herdabilidade (0,19, 0,25 e 0,20, respectivamente), semelhante aos resultados encontrados por Pedrosa et al, (2010) e Araújo et al, (2010), que obtiveram uma herdabilidade de 0,23 e 0,16, respectivamente, para C, 0,19 e 0,17 para P e 0,22 e 0,16 para M. Estes resultados indicam que ganhos genéticos com o uso dessas características em programas de seleção R, A, S apresentaram baixa herdabilidade, 0,05-0,15, mostrando uma baixa resposta seletiva. Herdabilidade do umbigo (U) foi de 0,36, o que é mais elevado do que o observado por Koury Filho et al, (2003) e Bignardi et al, (2011). Estes estudos foram realizados em ambiente normal de criação e em propriedades pecuárias e não em condições controladas para um teste de desempenho científico, indicando que a seleção de umbigo pode trazer resultados satisfatórios.

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Tabela 2 Herdabilidades entre as características de produção e escores visuais de animais da raça nelore provindos de provas de ganho de peso a pasto oficializadas Variáveis Herdabilidade TC 0,26 PI 0,53 PF 0,50 PC550 0,46 E 0,19 P 0,25 M 0,20 U 0,36 R 0,15 A 0,05 S 0,13 IPGP 0,21 TC: taxa de crescimento; PI: peso inicial dentro da prova; PF: peso final dentro da prova; PC550: peso calculado aos 550 dias; E: estrutura corporal; P: precocidade; M: musculatura; U: umbigo; R: padrão racial; A: aprumos; S: características sexuais; IPGP: índice geral da prova.

Resultados favoráveis Herdabilidade e correlações genéticas indicaram que o uso de escores visuais, juntamente com características produtivas, pode alcançar melhores resultados na seleção de bovinos de corte da raça nelore a pasto. Em particular, a seleção para a estrutura, precocidade e musculatura deve trazer resultados favoráveis em termos de biótipo animal mais procurado atualmente.

Paulo Ricardo Martins Lima Mestre em Produção Animal pela Universidade de Brasília – UnB Samuel Rezende Paiva EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia Jaime Araujo Cobuci Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS José Braccini NetoDepartamento de Zootecnia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Carlos Henrique Cavallari Machado Superintendente de Melhoramento Genético – ABCZ Concepta McManus Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília – UnB; Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS

Referência Bibliográfica: Araújo, R,O,, Rorato, P,R,N,, Weber, T,, Everling, D,M,, Lopes, J,S,, Dornelles, M,A,, 2010, Genetic parameters and phenotypic and genetic trends for weight at weaning and visual scores during this phase estimated for Angus-Nelore crossbred young bulls, Revista Brasileira de Zootecnia, 39, 2398–2408, Bignardi, A,B,, Gordo, D,G,M,, Albuquerque, L,G,, Sesana, J,C,, 2011, Parâmetros genéticos de escore visual do umbigo em bovinos da raça Nelore, Arquivo Brasileira de Medicina Veterinária e Zootecnia, 63, 941–947, Faria, C,U,, Magnabosco, C,U,, Albuquerque, L,G,, Los Reyes, A,, Bezerra, L,A,F,, Lôbo, R,B,, 2008, Estimativas de correlações genéticas entre escores visuais e características de crescimento em bovinos da raça nelore utilizando modelos bayesianos linearlimiar, Ciência Animal Brasileira, 9, 327–340, Ferraz, J,B,S,, Felício, P,E,, 2010, Production systems–an example from Brazil, Meat Science, 84, 238–243, Ferraz e Felício 2010 Koury Filho, W,, Jubileu, J,S,, Eler, J,P,, Ferraz, J,B,S,, Pereira, E,, Cardoso, E,P,, 2003, Parâmetros genéticos para escore de umbigo e características de produção em bovinos da raça Nelore, Arquivo Brasileira de Medicina Veterinária e Zootecnia, 55,594-598, Koury Filho, W,, Albuquerque, L,G,, Forni, S,, Silva, J,Á,, Yokoo, M,J,, Alencar, M,M,, 2010, Estimativas de parâmetros genéticos para os escores visuais e suas associações com peso corporal em bovinos de corte, Revista Brasileira de Zootecnia, 39,1015-1022, Malhado, C,H,M,, Souza, J,C,, Silva, L,O,C,, Ferraz Filho, P,B,, 2002, Correlações genéticas, fenotípicas e de ambiente entre os pesos de várias idades em bovinos da raça Guzerá no estado de São Paulo, Archives of Veterinary Science, 7,71-75, McHugh, N,, Evans, R,D,, Fahey, A,G,, Berry, D,P,, 2012, Animal muscularity and size are genetically correlated with animal liveweight and price, Livestock Science, 144,11–19, Pedrosa, V,B,, Eler, J,P,, Ferraz, J,B,S,, Silva, J,Á,, Ribeiro, S,, Pinto, L,F,B,, 2010, Parâmetros genéticos do peso adulto e características de desenvolvimento ponderal na raça Nelore, Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 11,104-113, Santos, P,F,, Malhado, C,H,M,M,, Carneiro, P,L,S,, Martins Filho, R,, Azevêdo, D,M,M,R,, Cunha, E,E,, Souza, J,C,, Ferraz Filho, P,B,, 2005, Correlação genética, fenotípica e ambiental em características de crescimento de ovinos da raça Nelore variedade mocha, Archives of Veterinary Science, 10,55-60, 89 novembro - dezembro | 2013

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comUnicADo ABcZ

Esclarecimento CObRANÇAS SObRE EMISSÃO DE RELATÓRIO INDIVIDUAL DE LACTAÇÃO A ABCZ–Associação Brasileira dos Criadores de Zebu vem a público esclarecer a seus associados sobre o retorno da cobrança de Lactações Encerradas como também o contrato para aceitação desse procedimento, que se encontra disponível em nosso site, conforme divulgado em carta datada do dia 22 de outubro de 2013. Ao longo dos últimos anos, a ABCZ tem investido na melhoria contínua dos serviços prestados aos associados e criadores de zebu, de forma a ampliar o oferecimento de produtos e de serviços que agreguem valor na seleção das raças zebuínas, sem, contudo, onerá-los com aumentos reais no valor do Registro Genealógico. A partir deste processo de melhoria contínua, a ABCZ, através do PMGZ Leite, passou a oferecer a seus associados uma série de ferramentas que, além de auxiliar no processo de melhoramento genético, são importantes fontes de valores para o criador. Dentre os serviços prestados pela ABCZ aos criadores/selecionadores participantes do PMGZ Leite estão: - o Relatório de Desempenho do Rebanho (lactações em andamento); - o Relatório Individual de Lactação (RIL), que permite identificação completa da matriz, indicação da produção leiteira em até 305 dias e em até 365 dias, identificação do produto que deu origem àquela lactação, informações sobre o parto e idade da matriz, genealogia com informações de produção e PTA, demonstrativo mensal de produção leiteira, informações de lactações anteriores, classificação da matriz quanto a produção e produtividade e apresentação da curva da lactação e produção acumulativa de forma gráfica; - Acesso irrestrito ao Sumário de touros das raças gir e guzerá – impresso e web; - Acesso à avaliação genética de touros, matrizes e produtos – com consulta via web de: PTA para leite, PTA para gordura, PTA para pico de lactação (touros), PTA para persistência da lactação (touros), tendência genética de forma gráfica - rebanho, raça e rebanho x raça com consulta via web e, em breve, a consulta de acasalamento dirigido via web. Para oferecer esta ampla gama de serviços ao criador, tornou-se necessário uma série de investimentos financeiros em contratação de pessoal especializado, melhoria da estrutura física, Tecnologia da Informação, bem como a ampliação de eventos promocionais, como treinamentos e dias de campo, para gerar maior informação sobre as ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ que irão auxiliar os criadores no processo de seleção. Para que a ABCZ possa continuar investindo na ampliação e melhoria de todos estes serviços prestados, e tendo em vista a necessidade de cobertura dos déficits crescentes gerados na área do PMGZ Leite, a Diretoria da ABCZ deliberou pelo retorno da cobrança de Lactações Encerradas, no valor de R$ 80,00. Lembramos que a lactação encerrada é um dado inicial que, após processado, gera um amplo conjunto de informações para o criador e o mercado, agregando valor aos animais destinados à venda e principalmente maior consistência na seleção e acasalamentos, otimizando e aumentando a produtividade do rebanho. O comprador desta genética também ganha pois, de posse destas informações, é possível acompanhar o Controle Leiteiro nas propriedades participantes - web, adquirir animais e material genético com maior segurança (animais testados e provados), maior segurança ao investir em animais superiores e indiscutível aumento na produção de seu rebanho leiteiro. A ABCZ reconhece o inestimável valor da seleção realizada pelos criadores participantes do PMGZ Leite e, justamente por reconhecer a importância deste trabalho para o processo seletivo das raças zebuínas com aptidão leiteira, tem o dever de manter um serviço de qualidade e de alta relevância para os criadores e para o país, inclusive empreendendo esforços para conseguir o apoio de empresas parceiras que ajudem a viabilizar serviços, como o Controle Leiteiro. Com a preocupação de minimizar custos nos animais de primeira cria, e aumentar a base de dados que dará origem às Avaliações Genéticas (através da captação de informações reais, portanto não seletivas), a ABCZ decidiu que retomará a cobrança da lactação encerrada no caso destes animais (primeira cria), apenas para aqueles cuja lactação seja superior a 4.500 quilos de leite em 305 dias. A Diretoria da ABCZ espera contar com o apoio dos criadores participantes do PMGZ Leite a esta decisão, indispensável para cobrir parcela dos elevados custos gerados por este programa tão importante e, juntamente com o Departamento Técnico da entidade, está à disposição para o esclarecimento de qualquer dúvida. 92

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tecnoLoGiA DA informAÇÃo

PMGZ LEITE

altera Relatório Individual de Lactação (RIL)

A

s novas regras no sistema de emissão do Relatório Individual de Lactação (RIL) entraram em vigor no dia 1º de novembro de 2013. Foram incluídas algumas alterações no documento oficial. As principais mudanças são: • Alteração no gráfico de produção nos controles conforme imagem abaixo. Produção Acumulada

1500 1200

1275.75

900

970.9

600 300 0

Total de Controle

687.4

843.5 735.15

702

700

715.4

622.8

627.2

260.69

487.2 207.56

11 39 74 103 130 155 200 228 266 290 318 346 361 No gráfico, a linha representa a produção aferida no dia do controle. A coluna indica a produção no período.

50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

• Remoção da produção ajustada à idade adulta, sendo substituída pelo valor da “Vida Produtiva”.

O cálculo é Vida Produtiva =

∑ Produção Total Real* Idade em dias na última secagem * produção total até 365 dias

• Inclusão da coluna “Local da Ordenha”, que é o código do criatório onde foi realizado o controle.

Lembrando que para emitir o documento de animais com lactação encerrada, a partir de 01-11-2013 o criador deve aceitar o “contrato de adesão”, permitindo a cobrança que está disponível no site das comunicações eletrônicas. Para mais detalhes, entre em contato com o PMGZ Leite pelo site http://www.pmgz.com.br ou pelo telefone (34) 3319-3995. FERIADOS E RECESSOS DE 2014 janeiro junho 01 a 21 Férias Coletivas 19 (quinta) Corpus Christi Março Agosto 02 (domingo) Aniversário de Uberaba (feriado em Uberaba) 15 (sexta) Nª. Sra. da Abadia (Feriado em Uberaba) 03 (segunda) Recesso Carnaval (Dia do Comerciário) Setembro 04 (terça) Carnaval 07 (domingo) Independência do Brasil 05 (quarta) Cinzas (recesso até 13h00) Outubro Abril 12 (domingo) Nª. Sra. Aparecida 17 (quinta) Semana Santa (recesso) Novembro 18 (sexta) Paixão de Cristo (feriado) 02 (domingo) Finados 21 (segunda) Tiradentes (feriado) 15 (sábado) Proclamação da República Maio 20 (quinta) Dia da Consciência Negra (*) 01 (quinta) Dia do Trabalhador (feriado) Dezembro 30 (sexta) Recesso da Expozebu (só em Uberaba) 19 (sexta) - Encerramento das atividades (Férias coletivas) (*) Somente em algumas cidades

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informe técnico

Novos integrantes

do PMGZ

Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ CRIADOR

FAZENDA

Antônio Alves C. Júnior/Cond. Indiana Bruno Patriota Medeiros Lagoa dos Patos Camillo Collier Neto e Out.Cond. Vale Feliz Caroata Agronegócios S/A Lagoa do Cavalo Fábio Roque Barancelli São Pedro Hamilton Spenciere Boqueirão Humberto Cesar de Almeida E Haras Mucambe João Dinarte Patriota Olho D´Água José Gilmar de Carvalho Lopes Jaguarana José Maria Miranda Berra Boi José Olavo Ribeiro C. Machado São Francisco José Osmar Denipoti São José José Vasconcellos e Silva /Outro Berra Boi Luis Flavio Vilela de Mesquita Santa Apolonia Mateus Ferraz Souza Colorado Paulo Roberto Brasileiro Miranda Berra Boi Pedro Lecio Galletti União Perola Cristina Pedro Ottoni de Camargo Júnior Yoshihiro Hakamada Diamante Verde Agropec. S. J. B. LTDA São João Batista Agropec. N. Sra. Da Medalha Milagrosa N. Sra. Do Pantanal André Alci De Castilhos Sítio Moirão Assoc. Bras. Criad. De Gir Leiteiro Experimental Abcgil Carlos Gonçalves Cruz Aroeira Cesar Henrique Bastos Khoury São Geraldo Geraldo Rosendo De Castro Júnior Da Onça Helio Rodrigues S. Júnior Out/Cond 1 Gir Vmax Ivan Pereira Ribeiro Dos Machados João Gomides De Sousa - Espolio Sítio Indiano José Eduardo Jorge Barbosa Santo Antônio José Gabriel Souza Machado Independência José Milton De Souza São Lucas Luiz Humberto Di Martino Borges Baronesa Marcelo De Sousa Ribeiro Malícia Marcelo Kelner C. Pinheiro Mp Maria Aparecida Moraes Monteiro Pouso Da Garça Maria Victoria Bolivar Gomes Santa Rita

MUNICÍPIO - UF

RAÇA

Novo Brasil - GO Ielmo Marinho - RN Macaíba - RN Gravata - PE Espigão D´Oeste - RO Palmeiras de Goiás - GO Massaranduba - PB Vera Cruz - RN Ceara-Mirim - RN Gloria do Goita - PE Figueirão - PR Verissimo - MG Gloria do Goita - PE Verissimo - MG Bom Jesus do Tocantins - TO Gloria do Goita - Pe Cidelandia - MA Chapadão do sul - MS Itaquirai - MS Acorizal - MT Jangada - MT Caxias Do Sul - RS Uberaba - MG Felixlândia - MG Pote - MG Abaeté - MG Sanclerlandia - GO Uberlândia - MG Uberlândia - MG Ituverava - SP Rio Das Flores - RJ Franca - SP Uberaba - MG Bambui - MG Araci - BA Itaúna - MG Curvelo - MG

Tabapuã Nelore Guzerá Sindi Nelore Nelore Guzerá Guzerá/Nelore

PROVA ZOOTÉTCNICA

CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal CDP - Controle Des. Ponderal Brahman/Nelore/Sindi CDP - Controle Des. Ponderal Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gim CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Gir CL - Controle Leiteiro Guzerá CL - Controle Leiteiro

94

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CRIADOR

FAZENDA

MUNICÍPIO - UF

RAÇA

PROVA ZOOTÉTCNICA

Renato Naves De Oliveira Richard Wagner A. Freitas Santos Rubens Assis Freitas Samuel Mota De Souza Reis Suemar Alves De Borba

Agrolano Sítio Das Lages Congo Boa Esperança Estância Morro Alto

Uberlândia - MG Datas - MG Itaruma - GO Raul Soares - MG Sanclerlandia - GO

Gir Guzerá Gir Gir Gir

CL - Controle Leiteiro CL - Controle Leiteiro CL - Controle Leiteiro CL - Controle Leiteiro CL - Controle Leiteiro

CEP – CERTIFICADO ESPECIAL DE PRODUÇÃO É um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, este certificado alia a superioridade genética do animal ao seu biotipo. O Certificado Especial de Produção é baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ. A cada safra são verificados nos arquivos gerais da ABCZ os zebuínos (machos e fêmeas) que apresentam os melhores IQG (Índice de Qualificação Genética). Além de apresentar uma superioridade genética, eles devem apresentar um tipo adequado à produção já que o intuito do CEP é identificar e disponibilizar reprodutores com DEP´s elevadas. Para o CEP categoria nacional há 4 selos: • CEP PLATINA: animais que estão entre os 1% melhores IQG • CEP OURO: animais estão entre os 1% a 2% melhores IQG • CEP PRATA: animais que estão entre os 2% a 5% melhores IQG • CEP BRONZE: animais que estão entre os 5% a 8% melhores IQG cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Celina Barbosa Strang SEDE Tradição Paulo Renato Boscolo SEDE Cachoeira SEDE Santa Monica Paulo Renato Boscolo Flávio Erbas de Aquino CGB Acuri Integral Pecuaria Ltda. SEDE Santa Rosa Rosita Cordova Machado CGB Estância Santa Fé Júlio Inácio Corrêa CGR São Marcos do Riacho Fundo José Joaquim da Silva Filho MAC Vale Verde Paulo Celso R. Garcia Bernardes CGB Castelo Jairo Machado Carneiro Filho SEDE Vera Cruz Valcir Gallo JPR Serra Alta Promedh Produtos Med. Hosp. Ltda ACZP São José João Roberto Franceschi GYN Água Santa José São José PMW Santa Helena Edgar Hatiro Fujita JPR São Lourenço Valdenilson Cordeiro Mendes JPR Peça Rara Agropecuária Emp. Agrop. Antônio Balbino C. Ltda PMW Santo Antônio Wilson Quintella SEDE Santa Maria da Figueira Noslen Bonfim Junyor CGB 7 Irmãos João Antônio Gabriel BAU Santa Maria Custodio Forzza Agric e Pec Ltda VIX Amarelos Carlos Olyntho Junqueira Franco SEDE Mandy Agropec. J. S. da Bom Jesus Ltda SEDE Santo Antônio B. Vista Dalton Dias Heringer VIX Paraíso José Maria dos Anjos ACZP Amaral

NELORE

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

1 1 2 1 5 Claudionor Aguiar Teixeira - - 2 2 4 Aurélio Carlos Vilela Soares 1 1 3 4 9 Aurélio Carlos Vilela Soares - - - 1 1 Cristovam B. de Oliveira 1 1 1 4 7 Carlos Eduardo Nassif - - - 1 1 Cristovam B. de Oliveira - 1 - - 1 Claudio Roberto F. Madruga Jr. - 1 - - 1 Frederico Cansanção Acioli 1 - 3 - 4 Luis Gustavo Kraemer Wenzel - - 1 - 1 Divino Humberto Guimarães 1 - 1 1 3 Leonardo Cruvinel Borges 1 1 4 - 6 Daniel Botelho Ulhoa - - 1 - 1 Marcelo Monteiro Garcia 2 - 4 4 10 José Ribeiro Martins Neto - - 1 - 1 Guilherme Henrique Pereira 5 2 4 2 13 Leonardo Cruvinel Borges 3 1 5 5 14 Luiz Nelson Q. Strang - - 2 2 4 Cristiano Perroni - - - 1 1 Pablo Fabricio B. Pinto - 1 - 1 2 Frederico da Silva Guimarães - - 3 3 6 Roberto Winkler 2 3 8 5 18 Leonardo Machado Borges 2 1 10 1 14 Divino Humberto Guimarães - - 4 - 4 Roberto Winkler - - - 1 1 Marcelo Ricardo de Toledo 95 novembro - dezembro | 2013

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nelore mocha

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Paulo Renato Boscolo SEDE Santa Monica

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

-

-

1

2

3

brahman

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Rodrigo Simonato Soares VIX São José Wilson Lemos de Moraes Júnior SEDE Nova Pousada Osório Adriano Filho SEDE Mundango Luiz de Moraes Barros filho BAU Santa Clara

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

1 - 1 - 2 Roberto Winkler - - 4 2 6 Leonardo Machado Borges - 1 3 1 5 José Eduardo A. Brito Anjos - - - 1 1 José Eduardo F. Assumpção

guzerá

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Ana Claudia Mendes Souza SEDE Santa Cecilia

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

-

-

1

-

1

Virgílio Batista de A. Camargos

tabapuã

cep 2013 - criadores que já tiveram animais avaliados e certificados criador etr fazenda Gercino Coser Agropec. S/A VIX Kaylua Bruno Henry Gregg RIO Rodeio Gaucho Maria Cecília Junqueira Germano SEDE Chapadão Kaylua Gercino Coser Agropec. S/A VIX Paulo C. R. Ortenblad e Irma-Cond SEDE São José das Palmeiras Jaime Bueno Aguiar GYN Lagoa Alegre

Aurélio Carlos Vilela Soares

número de cep’s recebidos platina ouro prata bronze total técnico avaliador

- - - 1 1 Roberto Winkler 1 1 2 - 4 Marcelo Costa Leite - 1 4 3 8 Lauro Fraga Almeida - - 1 - 1 Roberto Winkler - - 2 - 2 Thinouco Francisco Sobrinho - - 1 - 1 Leonardo Figueiredo Netto

Prova de ganho em peso Por sua fácil execução e eficiência técnica, seja ela realizada a pasto ou confinada, a PGP - Prova de Ganho em Peso, é uma das provas zootécnicas que mais cresce dentro do PMGZ. Conheça as PGP’s que encerraram e as que iniciaram em 2012 - 2013:

provas iniciadas

confinadas

PGP

Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL

929ª 932ª 935ª

16º Quilombo 8º Morro Alto II 3º Nelore Beka

Indaiatuba Uberlândia Santo Antônio da Platina

1 1 1

52 13 18

NEL PO BRA PO NEL PO

04 / 10 / 13 28 / 10 / 13 24 / 10 / 13

21 / 03 / 14 14 / 04 / 14 10 / 04 / 14

96

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provas em andamento

confinadas

PGP

910ª 911ª 913ª 914ª 915ª 916ª 917ª 918ª 919ª 920ª 921ª 922ª 923ª 924ª 925ª 926ª 927ª 928ª 930ª 931ª 933ª 934ª

56º Água Milagrosa Tabapuã - SP 57º Água Milagrosa Tabapuã - SP 7º EMBRAPA/AGCZ Goiânia - GO 8º EMBRAPA/AGCZ Goiânia - GO 64º Córrego St. Cecilia Uchôa - SP 65º Córrego St. Cecilia Uchôa - SP 66º Córrego St. Cecilia Uchôa - SP 19º Paturi Uchôa - SP 15º Quilombo Indaiatuba 58º Água Milagrosa Tabapuã - SP 48º Arrossensal Nortelândia 12º Braúna II Funilândia 1ª Fazenda Bom Viver Salto - SP 2ª Fazenda Bom Viver Salto - SP 20º Paturi Uchôa - SP 9º Santa Maria Redenção 67º Córrego da Sta. Cecília Uchôa - SP 68º Córrego da Sta. Cecília Uchôa - SP 1º Nelore Beka Santo Antônio da Platina 2º Nelore Beka Santo Antônio da Platina 22º São Luiz Barra do Garças 23º São Luiz Barra do Garças

Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL 1 1 25 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

provas encerradas

55 47 64 21 33 32 32 39 82 35 60 18 24 25 32 10 19 20 18 10 29 20

TAB PO TAB PO NEL PO TAB PO TAB PO TAB PO TAB PO TAB PO NEL PO TAB PO NEL PO BRA PO NEL-PO NEL-PO TAB PO NEL PO TAB PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO

04 / 06 / 13 04 / 06 / 13 11 / 06 / 13 11 / 06 / 13 17 / 06 / 13 17 / 06 / 13 17 / 06 / 13 26 / 06 / 13 12 / 07 / 13 09 / 08 / 13 28 / 06 / 13 23 / 07 / 13 10 / 09 / 13 10 / 09 / 13 21 / 08 / 13 02 / 09 / 13 12 / 08 / 13 12 / 08 / 13 06 / 08 / 13 06 / 08 / 13 23 / 07 / 13 05 / 08 / 13

19 / 11 / 13 19 / 11 / 13 26 / 11 / 13 26 / 11 / 13 02 / 12 / 13 02 / 12 / 13 02 / 12 / 13 11 / 12 / 13 27 / 12 / 13 24 / 01 / 14 13 / 12 / 13 07 / 01 / 14 25 / 02 / 14 25 / 02 / 14 05 / 02 / 14 17 / 02 / 14 27 / 01 / 14 27 / 01 / 14 21 / 01 / 14 21 / 01 / 13 07 / 01 / 14 20 / 01 / 14

confinadas

PGP

Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL

909ª 912ª

18º Paturi 1º AGT

Uchôa - SP Goiânia - GO

1 18

provas iniciadas

27 50

TAB PO TAB PO

01 / 05 / 13 30 / 04 / 13

16 / 10 / 13 15 / 10 / 13

pasto

PGP

Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL

1207ª 1208ª 1209ª 1211ª 1212ª 1213ª 1214ª 1215ª 1216ª

16º Fazenda Natal 1º Gairova 2º Gairova 68º Cabo Verde 69º Cabo Verde 70º Cabo Verde 71º Cabo Verde 28º Querença 15º Api

Caiuá Juara Juara Curionópolis Curionópolis Curionópolis Curionópolis Inhaúma Catu

1 1 1 1 1 1 1 1 1

51 52 28 110 41 26 108 20 35

NEL PO NEL PO NEL LA TAB PO TAB PO NEL PO TAB PO BRA PO NEL PO

01 / 10 / 13 01 / 10 / 13 01 / 10 / 13 03 / 10 / 13 03 / 10 / 13 03 / 10 / 13 03 / 10 / 13 17 / 10 / 13 15 / 10 / 13

22 / 07 / 14 22 / 07 / 14 22 / 07 / 14 24 / 07 / 14 24 / 07 / 14 24 / 07 / 14 24 / 07 / 14 07 / 08 / 14 05 / 08 / 14 97

novembro - dezembro | 2013

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provas em andamento

PGP

pasto Local nº de criadores nº de animais raça entrada finaL

1106ª 7º Chapadão Guarda Mor - MG 1141ª 66º Kangayan Cuiabá - MT 1142ª 67º Kangayan Cuiabá - MT 1111ª 13º Genipapo Várzea da Palma - MG Várzea da Palma - MG 1108ª 12º Genipapo Caarapó 1107Aª 7º Primavera São Desidério 1110ª 1º Faz. Barra Catu - BA 1109ª 12º Api 1132ª 2º Brahman MPX Loanda Campina Verde 1114ª 22º Angico 1128ª 63º Cabo Verde Curinópolis - PA 1129ª 64º Cabo Verde Curinópolis - PA 1130ª 65º Cabo Verde Curinópolis - PA Curinópolis - PA 1131ª 66º Cabo Verde 1126ª 9º Asa Agropecuaria Itapetininga 1127ª 10º Asa Agropecuaria Itapetininga Caiuá - SP 1112ª 14º Natal São Félix do Xingu 1153ª 17º Nossa Sra. da Guia 1134ª 83º Mundo Novo Uberaba - MG 1135ª 84º Mundo Novo Uberaba - MG 1136ª 85º Mundo Novo Uberaba - MG Uberaba - MG 1137ª 86º Mundo Novo Pereira Barreto - SP 1115ª 5º Di Genio 1146ª 3º Faz. Do Arrojo Esmeraldas - MG 1116ª 1º Pioneira Barrolândia - TO 1117ª 24º Raama Serv.Assessoria Caseara - TO 1118ª 25º Raama Serv.Assessoria Caseara - TO 1120ª 13º Api Catu - BA 1121ª 14º Api Catu - BA 1122ª 16º EMBRAPA/AGCZ Goiânia - GO 1158ª 7º Carolina Cariri 1183ª 26º Copacabana Xambrê 1119ª 13º Boticão Barretos - SP Nova Fátima - PR 1147ª 13º Faz. Da Hora 1123ª 32º Nossa Sra. das Graças Linhares - ES 1124ª 29º Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1125ª 30º Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1157ª 68º Kangayan Cuiabá 1167ª 4º Castanhal Rondolândia 1173ª 5º Castanhal Rondolândia 1133ª 8º Chapadão Guarda Mor - MG 1140ª 1º Nelore Rossi e Convid. Brasília 1182ª 3º Fazenda Ipiranga Loanda Anhembi - SP 1145ª 13º Boa Vista 1143ª 23º Angico Campina Verde

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 6 9 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1

47 39 40 74 53 19 31 66 27 29 96 98 105 25 106 29 42 61 38 39 38 41 79 23 35 72 69 50 49 99 72 97 27 109 40 21 21 39 39 111 43 35 19 50 28

TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO GUZ PO NEL PO BRA PO NEL PO TAB PO TAB PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO TAB PO

12 / 02 / 13 19 / 02 / 13 19 / 02 / 13 27 / 02 / 13 28 / 02 / 13 19 / 03 / 13 26 / 03 / 13 05 / 04 / 13 25 / 04 / 13 30 / 04 / 13 03 / 05 / 13 03 / 05 / 13 03 / 05 / 13 03 / 05 / 13 05 / 05 / 13 05 / 05 / 13 14 / 05 / 13 24 / 05 / 13 29 / 05 / 13 30 / 05 / 13 30 / 05 / 13 30 / 05 / 13 31 / 05 / 13 31 / 05 / 13 08 / 06 / 13 11 / 06 / 13 11 / 06 / 13 12 / 06 / 13 12 / 06 / 13 12 / 06 / 13 13 / 06 / 13 16 / 06 / 13 NEL MOCHA 13 / 06 / 13 NEL PO 18 / 06 / 13 NEL PO 18 / 06 / 13 TAB PO 18 / 06 / 13 TAB PO 18 / 06 / 13 NEL PO 20 / 06 / 13 NEL PO 25 / 06 / 13 NEL PO 25 / 06 / 13 TAB PO 25 / 06 / 13 NEL PO 01 / 07 / 13 BRA PO 04 / 07 / 13 NEL PO 08 / 07 / 13 NEL PO 09 / 07 / 13

03 / 12 / 13 10 / 12 / 13 10 / 12 / 13 18 / 12 / 13 19 / 12 / 13 07 / 01 / 14 14 / 01 / 14 24 / 01 / 14 13 / 02 / 14 18 / 02 / 14 21 / 02 / 14 21 / 02 / 14 21 / 02 / 14 21 / 02 / 14 23 / 02 / 14 23 / 02 / 14 04 / 03 / 14 14 / 03 / 14 19 / 03 / 14 20 / 03 / 14 20 / 03 / 14 20 / 03 / 14 21 / 03 / 14 21 / 03 / 14 29 / 03 / 14 01 / 04 / 14 01 / 04 / 14 02 / 04 / 14 02 / 04 / 14 02 / 04 / 14 03 / 04 / 14 06 / 04 / 14 03 / 04 / 14 08 / 04 / 14 08 / 04 / 14 08 / 04 / 14 08 / 04 / 14 10 / 04 / 14 15 / 04 / 14 15 / 04 / 14 15 / 04 / 14 21 / 04 / 14 24 / 04 / 14 28 / 04 / 14 29 / 04 / 14

98

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provas em andamento

PGP

pasto Local

1144ª 24º Angico Campina Verde 1178ª 18º Porto do Campo Lambari D’Oeste - MT 1154ª 24º Querença Inhaúma - MG 1151ª 37º Roncador Barra do Garça São Desidério 1168ª 1º Barra II São Desidério 1186ª 2º Barra II São José da Safira 1148ª 1º Al Safira 1149ª 13º Agropastoril do Araguaia Santana do Araguaia - PA 1150ª 14º Agropastoril do Araguaia Santana do Araguaia - PA Caiuá - SP 1151A 15º Fazenda Natal 1160ª 26º Raama Caseara - TO 1161ª 27º Raama Caseara - TO 1155ª 22º Santa Lídia Santo Antônio do Aracanguá Mucuri 1159ª 1º Nelore Lemgruber 1162ª 15º Kaylua Vitória 1163ª 20º Primavera Caarapó Prata 1156ª 2º Virgínia Inhaúma - MG 1172ª 26º Querença 1176ª 27º Querença Inhaúma - MG 1177ª 28º Querença Inhaúma - MG 1164ª 5º Japaranduba Água Preta Três Marias 1166ª 1º Araras Cuiabá 1171ª 69º Kangayan 1175ª 2º Gigantes do Vale Pontes de Lacerda 1170ª 3º É o amor Araguapaz 1192ª 87º Mundo Novo Uberaba - MG 1193ª 88º Mundo Novo Uberaba - MG 1194ª 89º Mundo Novo Uberaba - MG 1195ª 90º Mundo Novo Uberaba - MG 1196ª 8º Morro Alto Uberlândia - MG 1197ª 9º Morro Alto Uberlândia - MG 1187ª 33º Nossa Sra. das Graças Linhares - ES 1190ª 4º Dinorá Nova Fátima - PR 1188ª 16º Santo Antônio Barreiras João Pinheiro 1189ª 1º Santo Antônio 1202ª 17º Oeste da Bahia Barreiras 1174ª 70º Kangayan Cuiabá 1199ª 18º Nossa Senhora da Guia São Félix do Xingu 1200ª 19º Nossa Senhora da Guia São Félix do Xingu 1201ª 20º Nossa Senhora da Guia São Félix do Xingu 1198ª 2º Pioneira Barrolândia - TO 1203ª 8º Carolina Cariri São José da Safira 1204ª 2º Al Safira 1205ª 1º Santa Fé Santana do Araguaia - PA Santana do Araguaia - PA 1206ª 2º Santa Fé

nº de criadores nº de animais 1 1 1 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 7 7 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 7 1 1 1 1

23 63 56 89 41 42 24 91 71 60 49 48 41 27 58 81 27 25 24 36 112 51 52 23 42 34 38 38 33 25 30 33 79 125 87 91 50 41 61 59 42 73 20 79 63

raça

entrada

finaL

NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO GUZ PO GUZ PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO TAB PO NEL PO NEL PO GUZ PO NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA

09 / 07 / 13 09 / 07 / 13 11 / 07 / 13 12 / 07 / 13 16 / 07 / 13 16 / 07 / 13 16 / 07 / 13 18 / 07 / 13 18 / 07 / 13 23 / 07 / 13 23 / 07 / 13 23 / 07 / 13 24 / 07 / 13 30 / 07 / 13 31 / 07 / 13 31 / 07 / 13 01 / 08 / 13 01 / 08 / 13 01 / 08 / 13 01 / 08 / 13 02 / 08 / 13 02 / 08 / 13 05 / 08 / 13 08 / 08 / 13 12 / 08 / 13 14 / 08 / 13 14 / 08 / 13 14 / 08 / 13 14 / 08 / 13 19 / 08 / 13 19 / 08 / 13 27 / 08 / 13 27 / 08 / 13 27 / 08 / 13 28 / 08 / 13 28 / 08 / 13 29 / 08 / 13 31 / 08 / 13 31 / 08 / 13 31 / 08 / 13 07 / 09 / 13 12 / 09 / 13 24 / 09 / 13 26 / 09 / 13 26 / 09 / 13

29 / 04 / 14 29 / 04 / 14 01 / 05 / 14 02 / 05 / 14 06 / 05 / 14 06 / 05 / 14 06 / 05 / 14 08 / 05 / 14 08 / 05 / 14 13 / 05 / 14 13 / 05 / 14 13 / 05 / 13 14 / 05 / 13 20 / 05 / 14 21 / 05 / 14 21 / 05 / 14 22 / 05 / 14 22 / 05 / 14 22 / 05 / 14 22 / 05 / 14 23 / 05 / 14 23 / 05 / 14 26 / 05 / 14 29 / 05 / 14 02 / 06 / 14 04 / 06 / 14 04 / 06 / 14 04 / 06 / 14 04 / 06 / 14 09 / 06 / 14 09 / 06 / 14 17 / 06 / 14 17 / 06 / 14 17 / 06 / 14 18 / 06 / 14 18 / 06 / 14 19 / 06 / 14 21 / 06 / 14 21 / 06 / 14 21 / 06 / 14 28 / 06 / 14 03 / 07 / 14 15 / 07 / 14 17 / 07 / 14 17 / 07 / 14 99

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Festa do Boi Dois recordes de produção leiteira também foram registrados durante o Torneio Leiteiro da 51ª Festa do Boi 2013, tradicional feira do estado do Rio Grande do Norte, realizada pelo Governo do Estado e pela Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), em Parnamirim/RN, no mês de outubro. Com 41 a participação de fêmeas das raças guzerá, gir e sindi, o destaque ficou por conta das altas produções das matrizes sindi. Na categoria fêmea jovem, a vaca DONABELA, do criador Alexandre Maciel Oberlaender, de Monte Alegre/RN, alcançou produção total de 69,99kg de leite e média de 23,33kg de leite. Na categoria vaca jovem, a vaca FADA WM, do criador Woden Coutinho Madruga, de Lagoa de Velhos/RN, apresentou produção total de 63,67kg de leite e média de 21,22kg de leite.

foto: divulgação

Workshops Três workshops do PMGZ foram realizados pela ABCZ durante o mês de outubro. O primeiro, promovido em Fortaleza/CE, contou com a participação de oito participantes. Já no Rio de Janeiro/RJ, o encontro foi acompanhado por 22 criadores interessados em aprofundar o conhecimento sobre melhoramento genético. Durante os workshops foram abordados aspectos teóricos sobre o programa e também questões relacionadas às avaliações genéticas. Posteriormente, os criadores foram atendidos individualmente pelos técnicos de campo da ABCZ, que apresentaram as ferramentas oferecidas pelo programa, como as tendências genéticas e acasalamentos. Em Goiás, o Workshop do PMGZ Leite foi promovido durante a 50ª Expo-Goiânia e teve como foco o melhoramento genético das raças zebuínas leiteiras. Entre os temas apresentados, esteve a importância do Controle Leiteiro.

Agrocampo O técnico de campo da ABCZ em Londrina, Endre Flaiban, ministrou a palestra “A contribuição do Zebu para a pecuária brasileira via PMGZ”, no dia 21 de novembro. A palestra foi acompanhada por 25 criadores e foi realizada na sede da Sociedade Rural de Maringá.

foto: divulgação

na trilha do pmgz

Interláctea

A participação das raças zebuínas na 1ª Interláctea, promovida em Avaré/SP, durante o mês de novembro, foi bastante expressiva, em especial para a raça sindi, que bateu dois novos recordes para a raça durante o Concurso Leiteiro. Na categoria vaca adulta, a campeã Paz FIV da Estiva produziu 97,87 kg/leite com média de 32,62 kg/ leite. Com essa produção, o recorde de 95,83 kg/leite registrado na Megaleite 2013, em julho deste ano, foi superado. Entre as fêmeas jovens também houve novo recorde. Com 70,30 kg/ leite produzidos e média de 23,43 kg/ leite, Ursulina da Estiva foi a vencedora da categoria. O concurso leiteiro foi coordenado pelo PMGZ Leite.

fotos: divulgação

Dias de Campo

O PMGZ também marcou presença em três dias de campo promovidos no mês de outubro. O primeiro deles foi realizado na Fazenda Recanto, em Viçosa/AL, e destacou o melhoramento genético da raça nelore. O superintendente Técnico da ABCZ Luiz Antonio Josahkian ministrou palestra para cerca de 250 criadores dos estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco. Em Tocantins, o Dia de Campo Rancho Santiago, promovido em Gurupi/TO, contou com a participação de 80 criadores e estudantes da região. O superintendente técnico Adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, aproveitou o grande número de criadores presentes para apresentar as vantagens do PMGZ. Também foram apresentadas palestras sobre pastagens e melhoramento genético. Já em Santa Teresa/ES, 80 criadores participaram do Dia de Campo do PMGZ Leite, promovido na Fazenda Estância Paraíso. Foram realizadas duas palestras: “Pastagens e suplementação de rebanhos leiteiros” e “Melhoramento Genético do Zebu Leiteiro”. Parte dos dias de campo realizados pela ABCZ tem sido viabilizados graças a parceria entre a entidade e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Outro grande Dia de Campo com a presença do PMGZ foi realizado na Fazenda Canoas, em Curvelo, no mês de novembro. Mais de 180 pessoas acompanharam as palestras sobre “Manejo de Pastagens e Mineralização”, “PMGZ” e “Programa de Seleção da Raça Guzerá da fazenda”. Em seguida, foi realizada apresentação dos animais guzerá participantes do programa. O evento contou também com uma feira de touros do Pró-Genética. 100

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abcz

PNAT

alcança todas as metas Marcia Benevenuto | Foto: Rúbio Marra

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maior parte dos touros que foram eleitos no PNAT 2013 e conduzidos para as centrais de coleta, foi capaz de congelar sêmen ainda nos meses de setembro e outubro. O desempenho favorável dentro da indústria possibilitou à ABCZ dar prosseguimento ao cronograma proposto e agendar o início da etapa de distribuição do material genético aos rebanhos colaboradores, em um espaço de tempo reduzido e ainda dentro da estação de monta do mesmo ano. A base de dados do PMGZ, de onde foram garimpados os melhores tourinhos da geração 2013, era de 117.584 animais avaliados. Os candidatos que efetivamente foram exibidos em Uberaba passaram pelo crivo de quase 300 técnicos, criadores e representantes de centrais. Entraram no PNAT 2013, 16 reprodutores jovens. Estão com material genético disponível animais da raça nelore (10), tabapuã (2), brahman (3) e guzerá (1). Quase todos já preencheram os requisitos do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e obtiveram licença para a produção de sêmen ser ofertada ao mercado e distribuída no Programa. Hoje a ABCZ conta com 139 rebanhos colaboradores em 17 estados brasileiros, de todas as regiões do país. Os destinos

das 600 doses de cada animal são criatórios do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Paraíba, Ceará, Maranhão, Pará, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O processo para a utilização das palhetas do PNAT é abrangente e democrático. Os proprietários dos rebanhos colaboradores manifestam o interesse de trabalhar com a produção de pelo menos três touros elencados na edição. “Os animais foram eleitos no mês de agosto e em um prazo menor ao de 90 dias já tinham sêmen disponibilizado ao mercado pelas centrais ABS Pecplan, Alta Genétics, CRI Genética, Maya Genética e Semex. A informação comprova a eficiência do Programa que tem a capacidade de executar, em um espaço de tempo muito curto, todos os procedimentos necessários para que a genética desses touros, que são novos e inéditos, seja testada. Com certeza, no final do próximo ciclo teremos as primeiras progênies para começar a avaliar o desempenho desses reprodutores jovens”, explica o gerente de Fomento da ABCZ, Lauro Fraga Almeida. Veja no site da ABCZ (www.abcz.org.br), no espaço destinado ao PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), a lista completa e o portfólio dos Touros Jovens do PNAT. O regulamento e a lista geral dos animais pré-selecionados para o PNAT 2014 também estão disponíveis na área das Comunicações Eletrônicas. O total de touros aptos a participar do Programa apresenta os nomes e as avaliações de 10.042 animais. Além das raças que participam desde a estréia do processo seletivo, esta edição tem a novidade da inclusão de reprodutores das raças sindi e indubrasil. 101 novembro - dezembro | 2013

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ABCZ

O criador deve realizar o cadastramento das fêmeas no site das Comunicações Eletrônicas da ABCZ Larissa Vieira | Fotos: divulgação Raças que deverão utilizar os novos procedimentos

Brahman Cangaian Indubrasil

Nelore

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Cadastramento de receptoras já pode ser feito

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partir de 2014, apenas receptoras cadastradas na ABCZ poderão ser utilizadas nos processos de FIV e TE. A determinação vale tanto para fêmeas zebuínas quanto para cruzadas ou taurinas. Veja como vai funcionar o novo processo:

1º de janeiro de 2014 A partir deste dia, todas as receptoras utilizadas nos procedimentos de TE e FIV deverão estar cadastradas no sistema da ABCZ, sejam elas zebuínas ou não.

Tipos de receptoras recomendados pela ABCZ • Fêmeas PO, portadoras de RGN ou de RGD, de qualquer raça zebuína; • Fêmeas LA, com RGD de fundação, ou com RGN nesta categoria, de qualquer raça zebuína; • Fêmeas da categoria CCG, que tenham 100% (cem por cento) de genética zebuína; • Fêmeas com 100% de genética zebuína, de uma mesma raça ou de raças diferentes, presumidas pelo fenótipo, cadastradas até dezembro de 2015 no sistema da ABCZ, e que poderão ser utilizadas até o final de sua vida útil. A identificação física poderá ser realizada pelo próprio criador, central de biotecnologia de embriões ou outros partícipes do processo, desde que atendidas as condições determinadas pelo sistema desenvolvido e disponibilizado pelo SR-

GRZ. O mesmo sistema de identificação física valerá para as receptoras não zebuínas.

Cadastramento das receptoras O criador acessa o site das Comunicações Eletrônicas ou Sistema de Biotecnologias, através do site da ABCZ (www. abcz.org.br), e solicita uma cota para cadastro de receptoras. Esta cota refere-se ao volume de matrizes solicitado e os números de identificação serão controlados pela ABCZ, de forma a serem únicos no país. Ao solicitar a cota, o sistema gera um boleto para pagamento do cadasto das receptoras. Após o pagamento do boleto, a cota solicitada estará automaticamente disponível no site da ABCZ, juntamente com uma planilha de campo, que auxiliará o criador no momento de marcar os animais. O número indicado no sistema da ABCZ será o número que o criador utilizará para marcar a receptora. Em seguida, no site da ABCZ, o criador fará o cadastramento especificando as características de cada receptora (composição racial, idade aproximada, número particular do animal). Somente após este cadastro é que as receptoras poderão ser utilizadas na comunicação de processos de FIV e TE no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas.

Custo do cadastro das receptoras Para as receptoras com 100% de genética zebuína, presumida pelo fenótipo, o valor é correspondente a um RGD de fêmea LA em vigor, com desconto de 75% (R$16,05*). Para as receptoras não zebuínas, o valor, até 31 de dezembro de 2015, será correspondente a um RGD de fêmea LA em vigor (R$64,21*). A partir de 1º de janeiro de 2016, o valor do cadastro das matrizes não zebuínas passará a ser o de três vezes os emolumentos correspondentes a um Registro Genealógico Definitivo de matriz LA (Livro Aberto) em vigor (R$192,63*).

Errata Na edição 76, setembro/outubro de 2013, da revista ABCZ, o comunicado “ABCZ continua incentivando uso de receptoras zebuínas” informou de forma incorreta que o sindi está entre as raças que tiveram a recomendação do Conselho Deliberativo Técnico para o uso de receptoras zebuínas nos procedimentos de FIV e TE. Apenas as raças brahman, cangaian, indubrasil e nelore integram a nova proposta do Conselho sobre a recomendação citada acima. 103 novembro - dezembro | 2013

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ABCZ

foto: Maurício Farias

ABCZ

mantém certificações ISO

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rimeira associação de pecuária do Brasil a receber as duas certificações ISO, a ABCZ teve seu sistema de gestão aprovado novamente por auditoria externa realizada, em novembro, pela credenciadora ABS Quality Evaluations Inc, dos Estados Unidos. A associação detém desde 2011 as certificações das Normas ISO 9001 e 14001, referentes à gestão de qualidade dos serviços prestados e de sustentabilidade ambiental. “Os auditores externos ficaram entusiasmados com nosso sistema de gestão, parabenizaram a equipe pela melhoria contínua e pelos projetos sustentáveis realizados nas exposições, como a Expozebu. Esse resultado reflete o comprometimento de todos os funcionários com a melhoria dos serviços prestados aos 20 mil associados”, ressalta o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. A conquista da Norma ISO 9001 decorre dos vários investimentos da entidade na qualidade do atendimento aos seus 20 mil associados. “O programa de gestão cria condições para a melhoria contínua do atendimento aos associados e do próprio processo de governança, com maior transparência, igualdade, prestação de contas e foco em resultados”, explica Paranhos. Esse processo é continuamente aprimorado. A ABCZ utiliza atualmente um completo SGI (Sistema de Gestão Integrada), que proporciona aumento da produtividade, aumento da satisfação dos associados e melhoria na relação com o meio ambiente, entre outros indicadores. Paralelamente, a entidade realiza auditorias internas periódicas e auditorias externas anuais. Além disso, o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, realizado pela ABCZ em todo o território nacional, é periodicamente auditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Programa de Gestão da ABCZ O Programa compreende: Gestão de pessoas: qualificação (programa de educação continuada), remuneração e benefícios (plano de cargos e salários); Gestão de processos: tecnologia da informação, comunicações eletrônicas, padronização, rapidez, eficiência e confiabilidade; Sustentabilidade: eventos, participação em discussões e orientações aos criadores; pecuária comercial: expansão do Pró-Genética, programa de melhoria de pastagens; Comunicação: divulgação de assuntos de interesse da pecuária e dos associados na revista, mídias sociais, eventos e promoção internacional; Governança: ouvidoria (reuniões com criadores nos diferentes estados), conselhos atuantes (Deliberativo Técnico, Consultivo, Fiscal), auditorias independentes (fiscal, contábil, qualidade e sustentabilidade), trabalho conjunto com associações promocionais e demais entidades do setor, avaliações constantes (indicadores de qualidade e produtividade online), estrutura profissionalizada (pessoal técnico e administrativo), apoio de consultorias e instituições de primeira linha – IBM, Price, Fundação Dom Cabral, USP/Fundace, Markestrat.

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FAZU

A hora e a vez

dos zootecnistas Profissionais formados pela FAZU comentam aquecimento do mercado de trabalho na área e apontam oportunidades não só no setor público, como também no setor privado Laura Pimenta | Foto: divulgação

O

crescimento da demanda mundial por alimentos e a necessidade de utilização de práticas produtivas mais sustentáveis são dois importantes aspectos que têm feito com que o mercado de trabalho para os zootecnistas vivencie uma fase de plena expansão no Brasil. Com competência para atuar nos mais diversificados ramos da produção animal, os zootecnistas começam a conquistar novos espaços não só no setor público como também no setor privado. Formado pela FAZU em 2008, o zootecnista Rodolfo Pedro Victor encontrou possibilidades de atuar no setor público. Em 2010 foi contratado para ser extensionista de um projeto de assistência técnica a produtores de leite no município de Frutal/MG. O bom desempenho fez com que a partir de 2012 passasse a atuar como Secretário de Agricultura e Pecuária no mesmo município. “Os conhecimentos técnicos adquiridos no curso de Zootecnia são

de extrema importância para atuar como Secretário, uma vez que conheço melhor a realidade do produtor rural e, com isso, tenho possibilidade de desenvolver políticas públicas que melhor atendam a eles, bem como direcionar recursos a serviços e projetos que tragam melhores benefícios e resultados para os produtores rurais”, comenta Rodolfo. Para ele, os cargos para zootecnistas no setor público vêm aumentando, mas há ainda muito espaço para ser conquistado, como, por exemplo, nas empresas de extensão rural. “O zootecnista é mais demandado em empresas governamentais de assistência técnica e extensão rural, em secretarias municipais e estaduais de agricultura e pecuária e em órgãos

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ambientais. Pode ser demandado também em instituições governamentais de pesquisa e de ensino, ou seja, há um amplo mercado no setor. Para atuar no setor público, o zootecnista deve se preparar bem, prestar um bom concurso e estar sempre atento às legislações vigentes do setor como um todo e principalmente nas legislações na área da produção animal”, afirma o secretário. A Fiscal Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Márcia Tereza Vieira Scarpati, formada pela FAZU em 1992, também atua no serviço público, desde 2002. Segundo ela, as oportunidades para os zootecnias no setor têm crescido, porém, não na proporção desejada. “O Brasil é um país em que a sua balança comercial depende em grande parte do Agronegócio e o zootecnista é um dos responsáveis pelo equilíbrio dessa balança. Além disso, o mundo, a cada dia, precisa mais e mais de alimentos de origem animal, com boa qualidade e preço acessível e o Brasil é um grande responsável por essa produção. Assim, nos últimos anos, novas vagas no setor público foram criadas, mas temos lutado para que este número seja ainda maior”, diz. A dica de Márcia para quem deseja ingressar neste mercado é ter muito preparo e dedicação. “Para ser admitido num cargo público é necessário se submeter a um concurso, cujo edital informa os conteúdos que serão cobrados nas provas. Como a concorrência é grande, convém que o preparo tenha início muito antes da publicação do edital, com base no conteúdo estabelecido em concursos anteriores. Fatos de relevância no Agronegócio costumam ser abordados nas provas, e por isso convém estar sempre atualizado sobre acontecimentos no Brasil e no mundo”, ressalta ela. Já o zootecnista formado pela FAZU em 1991, Fernando César Nunes Saltão, aponta boas oportunidades de trabalho

no setor privado. Atuando na gestão de Confinamentos do Grupo JBS, Fernando Saltão revela as possibilidades para zootecnistas, por exemplo, num mercado que até bem pouco tempo não existia: o de grandes confinamentos. Os cargos vão desde supervisão até gerência. “Com a necessidade de intensificação da pecuária, para que continue sendo uma atividade competitiva e um bom negócio para quem a pratica, abriu-se um campo enorme para profissionais preparados. Todo profissional de sucesso tem de ser obstinado em conseguir resultados em seu trabalho. É necessário ter habilidade em lidar com pessoas e formar times. Afinal, não conseguimos fazer nada sozinhos”, diz Fernando, que responde pela gestão de sete confinamentos, com possibilidades de expansão para 8 unidades em 2014. Além da área de confinamento, outros setores da indústria frigorífica apresentam alta demanda por zootecnias, como por exemplo a Garantia da Qualidade. “Neste time, há zootecnistas atuando nas áreas de bem-estar animal e controle de resíduos. A pecuária de corte é um campo vasto, principalmente porque vai ter que sair do “extrativismo” e partir para uma remuneração mais atraente. Mesmo que existam regiões onde, por exemplo, o aumento de lotação seja mais difícil, há possibilidades enormes com ganhos com genética e nutrição”, resume Saltão.

Zootecnia noturno Após pesquisas de mercado que apontaram a necessidade de ampliação da formação deste profissional, a FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba) passou a oferecer a partir do Vestibular de Novembro deste ano o curso de Zootecnia no período noturno, especialmente para atender a demanda de profissionais que já atuam no mercado e que não tinham oportunidade de cursar uma graduação no período diurno. Com a realização do curso no período noturno, a FAZU pretende oferecer o mesmo nível de qualidade de ensino, através de uma grade horária que conjugue atividades práticas e teóricas, com o suporte especializado do corpo docente da instituição. O curso de Zootecnia da FAZU conta ainda com a chancela da ABCZ e é tradicional referência na formação de profissionais nos mais diversos segmentos de produção animal, em especial, na Zebuinocultura. O curso de Zootecnia noturno terá duração de quatro anos e meio e as aulas práticas a campo serão promovidas aos sábados. Os associados da ABCZ têm 30% de desconto na mensalidade do curso de Zootecnia da FAZU. 109 novembro - dezembro | 2013

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vocÊ na rEvista abcz quer ver sua foto na revista aBcz? envie Para aBczuBeraBa@GmaiL.com

Fazenda Boa Esperança , no município de Itapirapuã (GO)

na ula Roberta, Luan Flávia Rezende, Pa ndes Me a yn Ma e fra Ma Coroa racial (fo

to enviada po

Fazenda Nino

- Panamá Rey los Santos

Equipe do Rancho WJB: Murilo, Bruna, Rainilde e Woimer, na Expolages

Zootecnista Fabr ício Teixeira da Ro cha comprova a docil idade da raça br ahman

r Carlos Lope

s)

Gabriel de Carvalho Alv es na fazenda do vovô Temistocles, em Campos Belos (GO)

la Bissaro Júlia e Gabrie As pequenas a Laje, nd ze Fa na de Carvalho Freitas (BA) em Teixeira de

nilo e Leonardo briela, Douglas, Da Walter, Gustavo, Ga ândia (MG) erl Ub em , lho Ve na fazenda Retiro

ue de Queiroz, George Henriq inas (MG) de Patos de M

Técnico em Fomento do Pró-Genética Carlos Matheus, criador de tab apuã Walter Zucareli e o criador de nelore Clá udio Eduardo Pupim

Nelore d a Estânci São Luís a de Monte PH, em s Belos (G O)

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novos associados ASSOCIADO

CIDADE número ASSOCIADO

Fernando Caetano Abrahão

Uberaba-MG nº 20381

Frederico H. Walker de Medeiros do Nascimento

Goiânia-GO nº 20382

Maria Ida Steinmüller

Fabio Henrique Andrade Simone

Colíder-MT nº 20383

Luis Gonzaga Alves da Cunha

Flávio Brandão Vilela

Maceió-AL nº 20384

Joseph Rafaat Toumani

Francisco de Assis Marques Fernandes Frederico Pinto Ferreira Coelho Neto João Pedro Leite Crestani Jonny Heycler da Cunha Souza

Senhor do Bonfim- BA nº 20385 São Paulo-SP nº 20386 Lagoa Vermelha-RS nº 20387 Água Clara-MS nº 20388

João Gualberto Gonçalves

Sete Lagoas-MG nº 20389

José Dilson Dias da Costa

Jaborandi-BA nº 20390

José Carlos Tavares do Couto João Hermeto Neto Leonel Moaci Madeira Campos Luciano Donizetti Pereira Luiz Henrique Vargas

Campo Grande-MS nº 20391 Santana do Acaraú-CE nº 20392 Parnamirim-PE nº 20393

Ponta Porã-MS nº 20444

Osvane Aparecido Ramos

Campo Grande-MS nº 20445

Valéria Maria Bottino Vizzotto Stéfani

São Bernardo do Campo-SP nº 20446

Diomedes Pícoli

Vitória-ES nº 20447

Mauro Rogério Maranhão Pinto

São Luis-MA nº 20448

Sebastião Pereira da Silva e Outro Condomínio

Guararapes-SP nº 20449

Alíria Pereira Cruz

Montes Claros-MG nº 20450

Alexandre Barbosa Meirelles Carlos Alberto de Paiva Pellicer Cristóvão Flores Silva

Itaperuna-RJ

nº 1794

Monte Santo de Minas-MG

nº 1795

Vitória da Conquista-BA

nº 1796 nº 1797

Cuiabá-MT nº 20395

Carlos Eduardo Doria da Silva Chaves

Fronteira-MG

nº 1798

Rio de Janeiro-RJ

nº 1799

Narandiba-SP nº 20397 Januária-MG nº 20398 São José do Rio Preto-SP nº 20399 São Paulo-SP nº 20400

Luiz Fernando Froimtchuk Marcondes Alves de Almeida

Santa Maria da Vitória - BA nº 20452

Gilberto Batistella

Maringá - PR nº 20453

Giovanni Teixeira Gonçalves

Belo Horizonte-MG nº 20401

André de Oliveira Martins

Rubens Lobato de Lima

Belo Horizonte-MG nº 20402

RPD Carnes Ltda

Votuporanga-SP nº 20403

Santa Rita do Araguaia - GO nº 20451

Bruno Cordeiro Cardoso

Renato Assunção de Oliveira Ricardo Cecolin Galvão de França

Valença do Piauí-PI nº 20443

Santa Rita Durão-MG

Orácio Moreira da Silva

Priscila Olímpio Reis

Campina Grande-PB nº 20442

Jean Roberto Correa da Costa Júnior

Porto Firme-MG nº 20396

Pedro Paulo Cardoso de Oliveira

Taquaritinga-SP nº 20441

Uberaba-MG nº 20394

Nidson Rodrigues Maia Ovídio de Aguiar Lisboa Neto

CIDADE número

Carlos Alberto Damasceno

Governador Valadares - MG nº 20454 Belo Horizonte - MG nº 20455 Navirai - MS nº 20456

Vicente Manoel Vargas

Presidente Médice - RO nº 20457

Ricardo Vilela Rocha

Perolândia-GO nº 20404

Ronaldo Athayde Cunha Peixoto

Salto da Divisa - MG nº 20458

Sueli Goulart Andreazzi

Araçatuba-SP nº 20405

Eluis Rezende Garcia

Campo Grande - MS nº 20459 Campo Grande - MS nº 20460

Tesouro Vivo Agrosilvopastoril Ltda

Belo Horizonte-MG nº 20406

Natanael Ribeiro Cintra

Teotônio Paula Duarte

Campina Verde-MG nº 20407

Leonardo Zanotelli dos Santos

Vilmar de Castro Braga

Belo Horizonte-MG nº 20408

Marcelo Arantes Machado Filho

Wagner Martins

Taguatinga-DF nº 20409

Odilon Vieira de Melo Neto

Walter Machado Júnior

Serro-MG nº 20410

Ildo Ferreira

Willian Araujo Vasconcelos

Natal-RN nº 20411

Hyago Alves Viana

Wanira Sócrates de Bastos e Outro Condomínio Ivan Lorenzato

Goiânia-GO nº 20412 Campinas-SP nº 20413

Jornandes Soares de Almeida

Juína-MT nº 20414

Flávio Nayron Bruno da Costa

Duque de Caxias-RJ nº 20415

Ralime Amim Morais Mattar Elton Aurélio Dieguez Nogueira Fábio de Sampaio Doria Filho Luiz Fernando Miranda de Sá e Benevides Marco Aurélio Vulpa

Passa Tempo-MG nº 20416 Belo Horizonte-MG nº 20417 São Paulo-SP nº 20418 São José dos Campos-SP nº 20419 Goiânia-GO nº 20420

Coreaú - CE nº 20466 Passos - MG nº 20467

José Esmeraldo de Freitas

Adriano Marcos Barbosa Ferreira Luciano Simões de Castro Barbosa

Egon Valter Tschope Gisele Pereira Borges Giovana Cristina dos Santos André Luis Marinho João Antônio Soares Bessa Costa Carlos Ribeiro Neto

Quedas do Iguaçu-PR nº 20430 Belterra-PA nº 20431 Uberlândia-MG nº 20432 Piracicaba-SP nº 20433 Brasília-DF nº 20434 Uberaba-MG nº 20435 Jequie-BA nº 20436

Salvador - BA nº 20479

Ari Pessanha Monteiro

Campos dos Goytacazes nº 20481

João Duarte

Alfenas - MG nº 20482

Antônio Carlos Salvatierra

São José do Rio Preto - SP nº 20483

Álvaro Furtado de Andrade e Outros Condomínio

Arcos - MG nº 20485

Jatobá - Agricultura e Pecuária S/A

Itaquirai - MS nº 20486

Agropecuária Ilha Funda Ltda

Belo Horizonte - MG nº 20487

Dirceu Pinto Fiuza Júnior

Dores do Indaiá - MG nº 20488

Joaquim Carlos Carneiro Siqueira e Outros Condomínio André Lucas Valadares

Fábio das Graças Oliveira Braga

Belo Horizonte-MG nº 20438

Vanderley Antônio Parreira

Campo Grande-MS nº 20440

Salvador - BA nº 20478 Presidente Prudente - SP nº 20480

Alessandro Silva

Roberto Knorr

Campo Grande - MS nº 20477

Carlos Roberto Felipe

Valentim Gentil-SP nº 20437 Ji-Paraná-RO nº 20439

Sinop - MT nº 20475 Cuiabá - MT nº 20476

Claudio Medeiros Netto Ribeiro

Ademilson Luiz Mendes Novelli Airton José da Silva

Presidente Prudente - SP nº 20474

Wilsen Antônio Martinelli

Rio Claro-SP nº 20424

Leandro Francisco Pomagerski

Nova Bandeirantes - MT nº 20473

Valdecir Marin Junior

Uberaba-MG nº 20423

Brasília-DF nº 20429

Niterói - RJ nº 20472

Rafael Maldonado Puglieri

Fábio Pavão/ Valéria Pavão Condomínio

Araçatuba-SP nº 20427

Santarém - PA nº 20471

Paulo Cezar Ceotto

Luis Flávio Vilela de Mesquita

Luiz Gustavo de Faria

Cuiaba - MT nº 20470

Lúcio Vicente Castiglioni

Claudis Brolio

Ana Carvalho Peres

Goiânia - GO nº 20469

Leonista Netto Nunes Barroso

Rio Verde-GO nº 20422

Uberaba-MG nº 20426

Vitória - ES nº 20468

Leandro Ferreira Borges

Pedro Cláudio de Azevedo

Mariana Cardoso dos Santos Abate

Jataí - GO nº 20464 Coribe - BA nº 20465

José Luiz Soares

Rondonópolis-MT nº 20421

Uberlândia-MG nº 20425

Fortaleza - CE nº 20463

José Antônio Gonçalves Ferreira

Juscelino Antônio Dourado

Paulo Sérgio de Sousa

Gama - DF nº 20461 Goiânia - GO nº 20462

Edvando Lima da Costa Ivan Vilela de Moraes

Tambaú - SP nº 20489 Unaí - MG nº 20490

Cruzeiro do Oeste - PR nº 20491 Novo Planalto - GO nº 20492 Aracati - CE nº 20493 Primavera do Leste - MT nº 20494

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foto: divulgação

saÚdE

Wilson Rondó Jr. | cardiologista e autor do livro “Sinal verde para a carne vermelha”

Já pensou em utilizar ossos na hora de cozinhar?

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ão! Essa não é uma receita da Cuca ou qualquer outra bruxa das histórias. Essa é uma receita de saúde e que vai te ajudar a mantê-la em dia. Pode acreditar, pois o assunto é bem sério. Quando você cozinha utilizando ossos, ou então, o caldo de carne feito em casa, está melhorando e muito a qualidade nutricional dos alimentos. Na verdade, você está criando uma sopa rica em minerais. Os ossos das carnes, vistos com certo desprezo, são tecidos vivos, apesar da estrutura inerte, que contêm uma capacidade nutricional riquíssima. Anote essa dica: cozinhe os ossos em fogo baixo por um dia inteiro! Fazendo isso você terá um dos alimentos mais nutritivos e curativos que existe. Você pode usá-lo para sopas, guisados e até mesmo tomá-lo. A “pele” que se forma no topo é a melhor parte, contendo nutrientes valiosos, juntamente com gorduras saudáveis. Por isso, conserve essa pele no caldo. Veja o que mais há de bom: 1 - Medula óssea: é um superalimento, que os nossos ancestrais valorizavam muito. É gorduroso com um pouco de proteína e cheio de minerais. 2 - Colágeno e gelatina: muitas gelatinas comerciais provem de colágeno de animais, portanto, você pode conseguir isso em casa. Gelatina é benéfica para pacientes com úlcera e reduz dor articular em atletas. 3 - Glicina: é um aminoácido não essencial que melhora a qualidade do sono e tem importante ação antioxidante. 4 - Prolina: outro aminoácido não essencial encontrado

nos ossos e que melhoram a visão. É importante precursor da formação de colágeno. 5 - Ácido hialurônico: importante no rejuvenescimento da pele e melhora a condição das articulações. 6 - Sulfato de condroitina: usado para a melhora de osteoartrite, agindo na redução da progressão desse problema. 7 - Cálcio: importante fonte natural de cálcio, especialmente para quem não consome leite e vegetais em quantidade suficiente. 8 - Fósforo: há boa quantidade nos ossos. Aage especialmente tamponando a acidez no sangue. 9 - Magnésio: os ossos são uma excelente fonte de suplementação do magnésio, uma vez que a alimentação moderna está carente desse mineral. 10 - Enxofre, potássio e sódio: são minerais que precisamos em pequenas quantidades, mas que são importantes para a saúde. Melhoram a função articular. Lembre-se que a melhor forma de se extrair todas essas vantagens dos ossos é cozinhando com eles, ou usá-lo na forma de caldo. Esse caldo pode ser guardado e usado rotineiramente no preparo dos alimentos!

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MINHA RECEITA

Chef Allan Vila | autor do livro “O Zebu na Cozinha”

Tira de picanha de zebu com dois molhos

Ingredientes

Molho com pimenta 1 colher (sopa) de alho picado 2 colheres (sopa) de salsa picada o 1 colher (café) de pimenta-do-rein em flocos elha verm 1 colher (chá) de pimenta a oliv de te azei 4 colheres (sopa) de 4 colheres (sopa) de vinagre Suco de 1 limão

Modo de fazer

ure bem. Junte todos os ingredientes e mist ele pinc ou ento ham pan acom Use como la. tiráde s ante ha grel na e a carn

Ingredientes

Molho de shoyu 1 colher (chá) de gengibre ralado 1 xícara (chá) de molho shoyu ½ xícara (chá) de suco de limão da 1 colher (sopa) de cebolinha pica Modo de fazer ure bem. Junte todos os ingredientes e mist e. carn a do Sirva acompanhan

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