Revista Educar Dezembro 2014 Edição 84

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Informação útil para todos!

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Edição 84 • Ano 8 • Dezembro 2014 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Fotopix • Impressão: Impressul


Editorial Para o ano todo

eDIÇÃO 84 • ANO 8 DEZEMBRO 2014

O ótimo texto da nossa querida colaboradora Auxiliadora Mesquita, publicado nas páginas 4 e 5, traz muito mais que resoluções para o próximo ano. É um alerta importante, acima de tudo.

EDITORA Cláudia S. Prates

O mundo vem mudando em velocidade espantosa. Tudo tem ficado mais simples e, ao mesmo tempo, complicado: vida mais tecnológica, regra pra qualquer coisa, limites cada vez mais evidentes. Detalhes que vão chegando e invadindo o ambiente - alguns que se voltam para o bem (oba!) e outros, infelizmente, para o mal.

ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas

Mas o que não pode mudar, nunquinha, é a atenção e o carinho que se deve dar aos filhos. Eles precisam ser a prioridade acima de qualquer outra coisa, merecem que estejamos atentos a cada um de seus passos. Devemos estar presentes, de corpo e alma, nos momentos bons e ruins - para rir junto, se divertir, brincar, apoiar, oferecer alento quando necessário. Fo

to

Cláudia Prates

educar@revistaeducar.com.br Revista Educar

bi n i & Pi c c ol i n i

Feliz Natal e excelente Ano Novo!

Bam

Que as resoluções de ano novo tenham muito mais a ver com vida em família, com o amor a ser compartilhado, e com o bem a ser espalhado.

CAPA

Moacir Valter Borba e Berenice A. Duarte Borba, acompanhados das filhas Maria Clara (6 anos) e Maria Luiza (1 ano e 7 meses), são os responsáveis pelo brilho da nossa capa de Natal. Maria Clara e Maria Luiza vestem figurino da coleção verão da Turma da Cuca (Rua Princesa Izabel, 365, Centro Joinville, 47 3433.9508). Fotos: Fotopix / www.loucosporfotos.com Rua Blumenau, 3040, Sto. Antônio, Joinville, (47) 3433.7078/ (47) 9714.5375. Curta a Fanpage da Fotopix: www.facebook.com/webfotopix.

JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia Fernanda Moura / Diana Demarchi André Rezende / Michelle Soares REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)

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Dvd e livros infantis

Bita e as brincadeiras

Livros O incrível menino devorador de livros Oliver Jeffers, Editora Salamandra

Foi meio por acaso que tudo começou, numa tarde em que Henrique andava bem distraído. Ele começou provando uma palavrinha, para ver o que acontecia. E logo se tornou um grande devorador de livros! Mas será que os livros existem para ser literalmente devorados?

Fotos Divulgação

Depois do sucesso do primeiro DVD, Bita e os Animais, o Mundo Bita chega com novidades para a criançada. O novo trabalho, Bita e as brincadeiras, aborda os momentos mais felizes da infância. Cada música traz uma brincadeira diferente, com riqueza de ritmos, letras, cores e movimentos. Bita e sua turminha apresentam este universo de educação e alegria para toda a família, sempre comemorando as novas descobertas. O DVD está à venda nas Americanas, Saraiva, Fnac e outras, e também no site: www.lojinhadobita.com.br.

Listas fabulosas

Eva Furnari, Editora Moderna

Neste divertidíssimo e lúdico livro, Eva Furnari nos presenteia com as hilárias listas do Clube das Listas, criadas por seus ilustres membros. Com elas, descobrimos que lavar roupa com suco de uva e encher a banheira com conta-gotas estão entre os piores jeitos de se realizar uma tarefa: ficamos nos indagando sobre as razões do sucesso de marketing dos negócios do tio do Xulinho (ponto de táxi Tartaruga, pet shop Cachorro Quente etc).

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Ano Novo


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Com a chegada do fim do ano, o balanço de como anda nossa vida é inevitável. E mesmo quem não se senta para fazer uma lista por escrito pode pensar em uma ou duas coisas que gostaria de mudar ou melhorar. As famosas resoluções de ano novo costumam vir com várias metas pessoais, e isso é ótimo – metas dão perspectiva para nossos dias e tornam mais suportáveis os percalços que podem surgir. Para 2015, que tal acrescentar à sua lista metas ligadas à vida em família e à de seus filhos? A ideia é simples e pode ter resultados muito poderosos. Para funcionar, especialistas recomendam que nossas metas sejam positivas (ao invés de dizer “Não vou fazer isso”, afirme “Farei isto”); realistas (alcançáveis dentro de um prazo limitado por você); e que sejam bem explicadinhas, com o passo a passo do que você vai fazer para alcançá-las. Para dar o primeiro passo sobre o que vocês, pai e mãe, gostariam de melhorar em 2015, vale primeiro lembrar de tudo aquilo que vocês fizeram que FUNCIONOU! Afinal, estabelecer essas metas não tem nada a ver com sentir-se um pai ou mãe incompetentes. Pelo contrário, para criar suas resoluções é preciso antes se lembrar de tudo que vocês fizeram certo. É importante também evitar todo tipo de comparação – famílias perfeitas simplesmente não existem. E, na verdade, desistir da ideia de perfeição é uma resolução importante para se ter uma vida melhor. Com amor vocês estão tentando, por meio de erros e acertos, criar um ser humano para o mundo. É tarefa para os fortes, não vamos nos esquecer disso! As resoluções em si vão depender do que vocês querem mudar e do que vem incomodando vocês como pai e mãe.

Muitos gritos na hora de resolver as coisas? Pense em como manter a calma e se comunicar de forma mais objetiva e direta. Ansiosos demais com a segurança ou o futuro das crianças? É hora de aprender a relaxar – se as precauções foram tomadas, é só deixar os pequenos se aventurarem na descoberta. Sempre fazendo tudo para seus filhos? Essa é difícil, mas tentar, errar e acertar por si mesmos é um aprendizado que eles agradecerão para o resto de suas vidas. Será que papai e mamãe não largam o telefone, o tablet ou o computador quando estão em casa? Tentem estabelecer limites para vocês mesmos – afinal, o que a criança mais aprecia é sua companhia e atenção. Vocês nem se lembram mais do que seja um cinema ou um jantar a dois, com direito a uma “esticada”? Pai e mãe que não deixam de ser marido e mulher costumam ter mais fôlego para enfrentar os problemas que a vida sempre traz. Olhando bem para o jeito como sua família funciona, vocês vão descobrir o que pode ser melhorado. E, aqui, vale ouvir os pequenos também. Afinal, eles são parte fundamental dessa história. E escutar mais e falar menos pode ser uma resolução de ano novo com resultados surpreendentes! No mais, aproveite a companhia de suas crianças e descubra novas formas de estar juntos. Essa é uma fase preciosa para os pais e para os pequenos. E não tem “replay”, seus filhos só serão crianças uma vez – aproveite 2015 e seja mais feliz com eles!

Auxiliadora Mesquita Pedagoga

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Separação

Quando um casal decide se separar, o bem estar dos filhos é um dos pontos mais delicados de lidar. O medo e a preocupação de machucá-los e a incerteza de como vão lidar com essa nova forma de viver e com os sentimentos que brotarão em seus corações deixam a separação com um peso ainda maior. Além disso, a dinâmica de educar depois da separação muda completamente. Se antes da separação era importante que os pais conversassem e entrassem num acordo para definir o rumo que pretendiam tomar em relação à educação dos filhos, após a separação esse entendimento será ainda mais importante. Isso porque o pai e a mãe vão, provavelmente, conviver e educar seus filhos em ambientes e em circunstâncias distintas.

Independentemente da situação do casal, casado ou separado, a criança precisa de estabilidade e firmeza para se sentir segura. É importante que ela entenda o que os pais esperam dela. Tanto a mãe quanto o pai desempenham um papel de referência muito significativo no seu desenvolvimento. Assim, se ela entende que as duas partes “falam a mesma língua” em relação a sua educação, vai se sentir mais calma e tranquila. Tentar separar a relação de marido e mulher da relação de pais e filhos é importante para que a criança não se sinta parte dos problemas do casal e consiga entender que o amor de pai e filho não mudou e nem vai mudar. Além do que, se o casal conseguir manter um relacionamento


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amigável, nem que seja só em relação aos filhos, vai ajudar a criança a passar pela separação de forma mais serena e menos sofrida. Após a separação, é necessário que os pais mostrem maturidade e dividam as responsabilidades da educação da criança. Deixar que somente um dos lados seja o educador pode criar na criança a sensação de que uma das partes, provavelmente a que está educando, está sendo injusta com ela. Também é bom lembrar que desautorizar o outro na frente do filho, ou mesmo falar mal do outro para o pequeno, só vai fazer com que ele sinta que está fazendo parte das brigas e discussões. Além disso, vai gerar incerteza na criança, pois não vai saber em qual dos lados acreditar. Tentar comprar muitos presentes para diminuir a dor da criança não vai lhe trazer felicidade. Coisas não vão curar sua tristeza - o que ela precisa é de atenção, educação e amor para que consiga, aos poucos, entender o que está acontecendo com sua família e também se situar nesse novo contexto. A separação é um processo difícil para toda a família, a criança sente, não há dúvidas, mas também não é o fim do mundo. Se os pais estiverem em comum acordo em

relação a sua educação e conseguirem dar apoio emocional, muito amor e carinho, a criança vai superar esse desafio. Por isso, é importante que os pais se entendam, deixem suas dificuldades, mágoas e ressentimentos de lado e mantenham um diálogo aberto para que o entendimento e a cooperação prevaleçam. Isso tudo pensando no bem estar e na felicidade das crianças. Assim, elas vão crescer mais felizes e mais seguras. Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br

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Variedades

Do forno

Brincar sozinho é bom demais! Bom demais para aprender a se superar, resolver problemas, usar a criatividade e conviver com si mesmo! É o que pensa Janet Lansbury, orientadora de aulas para pais e filhos e conselheira de uma ONG para o desenvolvimento de educadores infantis. Ela acredita que o hábito das novas gerações de pais de brincarem com seus filhos todo o tempo os impede de desenvolver habilidades e capacidades importantes. Janet não está sugerindo que os pais deixem de brincar com seus filhos. Mas ela acha que os pais precisam confiar que seus filhos, especialmente entre os 3 e 6 anos de idade, são capazes e ativos em exercer o seu próprio aprendizado. E esse aprendizado se dá quando a criança observa, manipula e tenta resolver problemas ou descobrir possibilidades. Suas dicas? Quanto mais fazemos para a criança – seja um desenho, guiar uma brincadeira ou amarrar sapatos – mais a estamos impedindo de aprender e descobrir que é capaz.

Essa ideia divertida e educativa pode ser a opção certa para uma deliciosa tarde quente de verão: pedras de gelo coloridas misturadas para ver no que vai dar! É só colocar água colorida nas cores primárias para gelar – faça várias de cada cor para a criança poder experimentar à vontade. Depois é só tirar do congelador, dispor em copos ou tigelas e esperar a cor que cada mistura vai revelar no final. A brincadeira mostra as diferentes cores que resultam da mistura de apenas 3 cores – ponto para a ciência. E o tempo para que o gelo derreta vai dar uma importante lição de paciência. Aproveite e deixe os pequenos se divertirem com as águas coloridas quando estiver tudo derretido.

learnplayimagine.com

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Por Auxiliadora Mesquita

Brincadeira geladinha



Escola

“Pois se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.” Pequeno Príncipe Como na história do Pequeno Príncipe, a Raposa precisou lutar com todas as suas armas para cativar o pequeno menino, que andava perdido e sem algo que desse sentido para sua vida. A Raposa então, muito esperta, percebeu que precisaria envolvê-lo, encantálo e mostrar o quanto eles poderiam ser importantes um para o outro. Assim são as crianças: precisam ser cativadas, maravilhadas, motivadas pela aprendizagem.

para adquirir e outra de obrigações a cumprir. Não lhes é mais dado tempo de ser criança, de cativar e ser cativada pela aprendizagem que a rodeia, que vai muito além de conteúdos disciplinares, programas curriculares e/ou propostas pedagógicas. O alimento para a aprendizagem é o envolvimento, logo, de nada adianta embutir conhecimentos na rotina das crianças, se para elas não fizer sentido aprendê-los.

Temos recebido inúmeras crianças nos consultórios de terapia infantil com queixa dos pais, que dizem: “Esse menino não gosta de estudar”, “Ele é tão preguiçoso”, “Não presta atenção em nada na escola, mas na hora de brincar, sabe tudo!”

Não dá para fazer um bolo sem ler a receita, separar os materiais, quebrar os ovos, misturar a farinha, colocar no forno e esperar o tempo de ficar pronto. A criança precisa fazer parte integral das aprendizagens.

Será que há algo errado com as crianças, ou ainda não sabemos como cativá-las para a aprendizagem? A aprendizagem é um processo interno e pessoal e, para que ela ocorra, são necessários alguns fatores. No entanto, o desejo pelo objeto de conhecimento é o maior gerador de possibilidades para o aprender. Segundo Piaget, a afetividade desempenha um papel essencial no desenvolvimento de novas aquisições cognitivas, para isso a criança precisa ter afinidade com o que aprende. Vivemos um momento no qual as crianças são inundadas de informações e vivem a base do “Checklist”: precisam ter uma lista de informações

Por isso, proporcione às crianças momentos lúdicos, criativos e que envolvam situações do dia a dia. Motiveas a pesquisar, vivenciar, explorar, torne o momento de aprender um lugar de grandes descobertas. Vamos criar? Podemos recorrer aos contos de Monteiro Lobato e pedir um pouquinho do pó de pirlimpimpim, aquele que transporta as crianças para outros lugares e as faz acreditar que tudo é possível e que aprender pode ser prazeroso, genial.

Michelle Costa Soares Psicopedagoga Clínica Especializanda em Neuropsicologia




Interação entre pais e filhos

Educar • Dezembro/2014

A mascotinha da Revista Educar

Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates

Espiritualidade Dezembro é mês de festas! Para muitos, o Natal é a data maior. Para outros, vale a confraternização e os votos de paz e bem. Renovamos nossas esperanças na humanidade e nesse pequeno mundinho flutuante em que vivemos. E desejamos a todos – TODOS! - saúde, prosperidade e realizações. Cada qual a seu modo, segundo sua religião ou pensamento, pode compartilhar desse sentimento tão poderoso e necessário. E é tão importante que as crianças comecem, desde cedo, a ter essa visão mais ampla, para além de si mesmas. Num mundo tão cheio de informações e transformações cada vez mais rápidas, é fundamental que nossos pequenos consigam descobrir como chegar mais perto de seus próprios corações. E, assim, chegar mais perto do coração dos outros e dos mistérios do universo. Como fazer isso? Para as famílias envolvidas em uma religião, é importante lembrar e exercitar os ensinamentos espirituais de sua fé. Rezar e orar em casa, ler um livro sagrado e participar de missas, cultos e atividades trazem sua criança para seu mundo espiritual. Para as famílias que não seguem uma religião específica, convidar a criança a perceber e agradecer as maravilhas presentes à nossa volta também é uma prática espiritual. Pedir força, perseverança e sabedoria também. A contemplação e o silêncio ajudam na comunhão com algo maior do que nós mesmos. E tudo isso pode ser praticado desde sempre – é só dar o exemplo! Afinal, para os pequenos isso pode ser tão simples quando admirar a perfeição de uma joaninha ou fazer um gesto de bondade. Dar boas vindas a mais um dia pela manhã e, à noitinha, dizer obrigado por todas as coisas boas que aconteceram são hábitos que fortalecem e permitem à criança escutar a si mesma e entender como nosso mundo é maravilhoso – e como nossa vida é o maior presente que ganhamos. Um Feliz Natal a todos!


Interação entre pais e filhos

Pipoca em... “Que mundo maravilhoso!”


Interação entre pais e filhos

Você sabia? •Você já parou para pensar sobre como nosso mundo é maravilhoso? Nosso planeta tem sol, água e ventos que fazem as plantas e os animais nascerem e crescerem. Nosso corpo acorda todo dia e consegue fazer um monte de coisas. E nosso pensamento é capaz de imaginar bonitezas e inventar o que nem existe ainda. Se você ficar quietinho, pode até sentir seu coração batendo e os pensamentos aparecendo na sua cabeça... •E você já parou para pensar em tudo que recebemos de presente todos os dias da nossa vida? A mamãe e

Achei pra você Para quem segue uma religião, é possível encontrar muitos títulos específicos para crianças em lojas de artigos espirituais. Sua igreja poderá indicar os livros mais adequados e que traduzem os valores e ideias de sua religião para os pequenos. Para as famílias que optaram por não seguir uma religião específica, uma boa sugestão são os livros “Noites Iluminadas” e “Noites encantadas”, da Editora Publifolha. Os dois livros reúnem histórias para contar antes de dormir e vêm recheados de contos sobre paz, compaixão, altruísmo. Também oferecem dicas para conversar com as crianças sobre cada história, além de exercícios de meditação, alongamento e visualização positiva para os pequeninos.

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o papai fazem carinho e cuidam de você. O padeiro faz um pãozinho gostoso pra gente comer. A vaquinha dá o leite. E o brinquedo de que a gente mais gosta foi feito por muita gente que trabalhou para ele ficar assim, bonito e divertido. •Às vezes, acontecem coisas que não são tão boas – podemos ficar doentes, ou tristes, ou com raiva. E algumas pessoas insistem em brigar. Mas tenha certeza de uma coisa: o mundo está sempre melhorando. E você pode ser melhor também. Você pode ajudar as pessoas, agradecer as coisas boas da sua vida e cuidar com carinho de tudo que está junto de você. Isso faz o mundo todo ficar mais bonito. E você, mais feliz e contente. Experimente!



Interação entre pais e filhos

ABC das religiões Religião é o conjunto de crenças, ensinamentos, explicações e regras que uma pessoa segue porque acredita que aqueles ensinamentos foram revelados por um Deus (ou vários deuses). Existem muitas religiões no mundo. Cinco religiões são as que têm mais seguidores no mundo inteiro: o Budismo, o Cristianismo, o Hinduísmo, o Islamismo e o Judaísmo. Quer conhecer um pouquinho delas?

B de Budismo

Essa religião surgiu quando um príncipe chamado Siddartha Gautama passou vários dias pensando sobre o mundo e depois contou para outras pessoas o que descobriu. Quem segue a religião budista acredita que não devemos nos apegar às coisas. E que o melhor é viver com respeito ao próximo e à natureza . Os budistas também precisam meditar, que é ficar bem quieto, só prestando atenção.

C de Cristianismo

O Cristianismo se chama assim pois quem segue essa religião acredita que Jesus Cristo é o filho de Deus e é o nosso salvador. Para os cristãos, o espírito de cada pessoa vive para sempre. Os cristãos seguem os ensinamentos de um livro sagrado chamado Bíblia. No Cristianismo existem muitas igrejas diferentes: a Igreja Católica, a Batista, a Adventista,a Igreja Universal, Assembléia de Deus e muitas outras.

H de Hinduísmo

O Hinduísmo é uma religião que nasceu na Índia. Seus seguidores acreditam que existem vários deuses tomando conta do Universo, da Terra e das pessoas. Quem segue o hinduísmo estuda e pratica os ensinamentos dos “Quatro Livros Sagrados de Vedas”. O hinduísmo tem várias festas dedicadas aos diferentes Deuses.

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I de Islamismo

Os seguidores do Islamismo acreditam que existe um único Deus, chamado Allah. Os ensinamentos de Allah foram recebidos por Maomé, um homem que escreveu esses ensinamentos num livro sagrado chamado Alcorão. Quem segue essa religião deve respeitar as pessoas e rezar várias vezes por dia, sempre olhando em direção a uma cidade sagrada chamada Meca.

J de Judaísmo

Os praticantes do judaísmo acreditam que Deus criou o universo e sempre toma conta dele. Também acreditam que um dia virá ao nosso mundo um enviado de Deus, o “Messias”, que será o salvador do mundo. Os praticantes do judaísmo seguem os ensinamentos de um livro sagrado chamado Torá. No Brasil, existem outras religiões que também são praticadas por muitas pessoas, como o Espiritismo e o Candomblé.


Variedades

Filtro solar do jeito certo

Por Auxiliadora Mesquita

Com o alto verão chegando, a alegria da criançada é brincar ao ar livre. Mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia fez uma pesquisa recente e alerta: 1/3 dos pais não passa o filtro solar corretamente nos pequenos. Confira as dicas: −Passe o filtro solar nas crianças meia hora antes de expô-las ao sol. Reaplique ao chegar sob o sol e toda vez que a criança se molhar ou suar muito. −Não economize na quantidade: é preciso passar o filtro generosamente. −Dê atenção ao corpo todo, incluindo orelhas, pés, mãos, pescoço e nuca. A área logo abaixo das roupas de banho também devem ser cobertas com o filtro – nas brincadeiras elas podem sair do lugar. −Uma boa ideia é passar filtros físicos, que além de diminuírem as chances de alergia, ficam mais “visíveis” e podem ser mais facilmente observados se estão cobrindo mesmo o corpo da criança. −Sombra, óculos escuros e roupinhas adequadas também ajudam na proteção.

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Do forno

Educar • Dezembro/2014

Uma princesa Disney com Síndrome de Down? A sugestão partiu de Keston Ott-Dahl, uma californiana mãe de uma linda menina com Síndrome de Down. Mãe orgulhosa, Keston teve a ideia de fazer uma petição online para enviar à Disney pedindo personagens nos quais sua filha pudesse se reconhecer. Fã dos filmes de animação da Disney, Keston lembra que as crianças deficientes ainda são as maiores vítimas de bullying. E afirma que os filmes poderiam ser uma ótima chance para ajudar a mudar esse quadro.

Restaurante do sossego

acolhida.com.br

Um restaurante australiano inovou e conquistou clientes com uma nova opção de serviço: babás para tomarem conta dos pequenos enquanto o casal aproveita a refeição. O Sydney’s Roosevelt Bar and Diner transformou suas noites de quarta numa alternativa para quem quer um jantar romântico ou com amigos, mas não tem nem a vovó nem uma babysitter por perto. A opção tem um custo: por 20 dólares australianos, suas crianças ficam com uma babá numa sala especial, entretidos com atividades de arte e artesanato e uma boa refeição também. O dono do restaurante, pai de gêmeos de 4 anos de idade, afirma que a experiência é boa para todos: outros clientes que vem ao restaurante podem não estar interessados nas gracinhas das crianças. E ele acha que, para as crianças, um jantar de adultos é com certeza uma chatice.

Boa pedida para grandes e pequenos, o projeto Acolhida na Colônia propõe um turismo diferente: agricultores familiares abrem suas casas no interior de Santa Catarina para quem quer conhecer o dia a dia, a história e os saberes do nosso homem do campo. Criada em 1999, o Acolhida na Colônia tem diversas opções para quem quer descobrir a vida na fazenda. Hospedagens simples e aconchegantes oferecem conversa ao pé do fogo, fartura na mesa e passeios no campo. Aproveite que algumas das opções são especialmente amigas da criança! www.acolhida.com.br

Foto: Richard Dobson / Fonte: News Limited

Passeio acolhedor por nossa Santa Catarina


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O melhor da educação bilíngue

Educação Infantil


Inventare

O Natal está chegando, e todo mundo está preparando seu lar para a chegada do bom velhinho, principalmente se a sua casa está cheia de crianças empolgadíssimas com cada pequena luz que pisca animada em algum canto da sala ou do jardim.

Para brincar e enfeitar!

Este ano, criamos aqui em casa uma decoração diferente e muito gostosa de preparar em família: enfeites natalinos para colar em vidro. Gostou da ideia? Então vamos ao passo a passo! Desenhe em um papel uma bola de Natal, um floco de neve e um pinheirinho, depois coloque um plástico transparente sobre o papel, cole com fita adesiva para fixar e peça à sua criança para desenhar com cola colorida sobre os desenhos. Depois que a cola secar, ela vai se destacar facilmente do plástico e então o enfeite estará prontinho para ser colado em qualquer vidro da sua casa. Por aqui, os floquinhos de neve tomaram conta da porta da sala, ficou lindo de ver!

Fotos Diana Demarchi

Se você também está com a casa cheia de pequenos olhinhos que brilham com toda a magia do Natal, faça esse trabalho, garanto que a diversão vale a pena, sem falar das lembranças que vão ficar para sempre!

Diana Demarchi gosta da casa com cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela escreve no blog www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e perrengues da maternidade.


Eventos e cinema

Educar • Dezembro/2014 21

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© 2014 Discovery Communications, LLC. Discovery Kids, DOKI e os logotipos correspondentes são marcas da Discovery Communications, LLC. Todos os direitos reservados.

F ot o A n g e l o S

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Agenda Iguatemi

DECORAÇÃO DE NATAL Fotos Divulgação

VENHA SE DIVERTIR COM O DOKI E SUA TURMA . TRAGA SEU FILHO PARA APROVEITAR AS OFICINAS INFANTIS, ENTREGAR A CARTINHA PARA O PAPAI NOEL E MUITO MAIS.

8/11 A 4/1 LOCAL: PRAÇA DE EVENTOS

Os pinguins de Madagascar

No Shopping Iguatemi Florianópolis, os pequenos podem se divertir com brincadeiras interativas, conhecer o Papai Noel e ainda participar de uma oficina de cartinhas para o bom velhinho. Na Praça de Eventos, o cenário lúdico ganha força com a presença do personagem Doki, em uma parceria exclusiva com a Discovery Kids. As crianças brincam no gira-gira, martelo de força e ainda escolhem um dos jogos interativos disponíveis. Um painel na Praça de Alimentação permite que as famílias compartilhem fotos nas redes sociais. As oficinas de cartinhas para o Papai Noel acontecem até o dia 24 de dezembro, das 12h às 20h, no Piso L2. Ao lado do trono do Papai Noel, que vai atender das 14h às 20h, há uma caixinha de Correio onde os pequenos podem deixar suas cartas. O Domingo é dia de teatro vai até o fim de dezembro, sempre às 11h30, com entrada gratuita.

Vivendo no zoológico do Central Park como uma tropa de elite, os pinguins Capitão, Kowalski, Rico e Recruta, que apareceram pela primeira vez na franquia Madagascar (2005), vão precisar juntar forças com uma agência de espionagem, a Vento do Norte, para impedir que o vilão Dr. Otavius Brine consiga dominar o mundo. Previsão de estreia: 15 de janeiro de 2015

Operação Big Hero Na cidade high-tech de San Fransokyo, o prodígio da robótica Hiro Hamada vê a paz local ser ameaçada por forças poderosas e, acompanhado pelo robô Baymax, se une a um time de combatentes inexperientes determinado a enfrentar os inimigos e salvar o paraíso futurista da destruição. Previsão de estreia: 25 de dezembro


Publieditorial

Boomwhackers Uma nova febre no cenário musical Aprender, fazer música de uma forma divertida, descontraída e movimentada é a proposta do curso de Boomwhackers.

A divertida apresentação dos alunos e professores da Arte Maior

Os Boomwhackers são tubos melódicos percussivos. Sensação do momento em todas as partes do mundo, começou a ser difundido no Brasil por Uirá Kuhlmann e chegou a Joinville pela escola de música Arte Maior. Feito de um fino PVC de alto acabamento e com certa flexibilidade, cada tubo tem uma cor diferente e corresponde a uma nota da escala musical. Os boomwhackers podem ser percutidos de diversas maneiras: batendo no chão, no corpo, um com o outro, na palma da mão, na parede ou com baquetas. São utilizados tanto em atividades musicais nas quais são trabalhadas propostas melódicas e harmônicas, como também no estudo da teoria musical e no desenvolvimento da percepção rítmica e auditiva.

Fotos Arte Maior

Os boomwhackers oferecem um aprendizado musical de forma divertida e atrativa, estimulando a coordenação rítmica, motora, a concentração, memorização, sensibilidade, entre outros benefícios. A partir de 2015 a Arte Maior oferecerá oficinas na escola e para grupos fechados. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (47) 3028-8814 e falar com a diretora pedagógica Kátia Siqueira.



Criatividade

O mundo infinito da imaginação E então uma caixa de papelão vira carro de corrida! E a tampa da panela, um volante... O graveto largado no chão vira uma poderosa varinha de condão; e a toalha de mesa, uma capa de herói! Ah, a fantasia... O que seria da infância sem ela?


Educar • Dezembro/2014 25

Ela vai chegando de mansinho... Dando as caras e cores por volta dos dois anos. Vai ganhando força e complexidade, e por volta dos quatro anos, é a grande rainha das brincadeiras. Tudo gira em volta dela! Os pequenos cantam, dão vozes aos brinquedos e inventam um mundo inteiro enquanto brincam. Fantasiar tem um papel fundamental no desenvolvimento dos miúdos. É usando a imaginação que os pequenos experimentamse em situações diversas e elaboram estratégias para lidar com elas. Essas vivências vão construir os alicerces das habilidades de resposta e solução de problemas na vida adulta. E ainda que a brincadeira pareça – para nós adultos – nada realista, ainda assim, ela provê ferramentas e ajuda a dar suporte para que a criança vá elaborando maneiras de lidar com os desafios cotidianos na medida em que se desenvolve. No início, a fantasia tem quase um status de realidade. Uma criança de quatro anos pode relatar, com toda a convicção do mundo, e riqueza de detalhes, sua batalha fenomenal com um dragão de sete cabeças ou até lançar-se – munida de uma super-capa, é claro – de uma janela acreditando que irá voar. Aí, cabe a nós, adultos, respeitar a fantasia na medida da segurança e integridade física. Ouça com atenção – e não duvide, por favor – dessa batalha inglória com os dragões, mas forneça alguns dados de realidade no voo frustrado. Ajude a criança a avaliar o tamanho que a fantasia pode ter em cada fase da vida. Ao perceber que há um risco envolvido, questione e contribua para que a brincadeira não perca a graça e nem acabe no pronto-socorro... Um comentário do tipo: “escute, filhote, quem sabe esse superherói não prefere pular do sofá ao invés da janela para não ter problemas com a capa...” Se ficar difícil e a criança não atender, não hesite e imponha um pouco de realidade... Afinal, mais vale um herói frustrado que um braço quebrado! Também não vale confundir a fantasia com as mentirinhas que começam a aparecer depois dos três anos, usualmente para escapar das obrigações – ou pequenas encrencas... “Sim, Mamãe, já escovei os dentes”, “Não fui eu que quebrei!”, “A

Mãe dele disse que podia” e outros pequenos clássicos não podem passar por fantasias. Mentiras ou omissões devem ser tratadas como tais, e os pequenos loroteiros devem ser confrontados com a realidade sempre que necessário! À medida que vai crescendo, a criança vai se deparando com desafios e exigências cada vez maiores da vida cotidiana. Frente a eles, vai aplicando aquilo que “descobriu” em suas vivências imaginárias e assim, a fantasia vai perdendo espaço para o real, até quase desaparecer... Por isso, deixe que seu pequeno matador de dragões dê asas à imaginação! E sabe o que mais? Você pode - e deve – contribuir! Você pode ser um excelente auxiliar de fantasia provendo as ferramentas auxiliares. Mantenha, em casa, um arsenal de brinquedos que não brinquem sozinhos como: caixas, gravetos, tampas de panela, maletas, bolsas e roupas velhas, cabo de vassoura, potes e recipientes, toquinhos de madeira e afins... E fuja – a passos largos – de tudo aquilo que brinca sozinho: eletrônicos, brinquedos sonoros e cheios de luzes e botões. Os primeiros são alongadores das asas da fantasia; enquanto os últimos trabalham como tesouras. E se puder – sempre que puder – pegue uma carona, vai?! Entregue-se à brincadeira e partilhe com seu filho a fantasia. Essa é a maneira mais eficiente (e deliciosa) de fazer-se presente. E, além do mais, pode trazer à tona o grande matador de dragões que você já foi um dia e nem se lembra mais... À postos? Bárbara Farias Maglia

Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com



Para refletir

Educar • Dezembro/2014 27

Onde vive a esperança Dizem que o oxigênio mais puro do mundo exala quando do encontro entre a chuva fria de verão com a terra castigada pelo sol. Não foram necessários muitos pingos para levantar, naquele abafado fim de tarde, o cheiro acalentador de terra molhada. Correndo por entre becos, viu de longe a carroça do bananeiro Narciso estacionar em frente ao seu portão. O bananeiro era alto, era magro, era talhado como esfinge do Egito, fumava palha e carregava um chapéu velho e esfarrapado nas pontas cujas lanças lhe escondiam os olhos. Não era certo que Narciso sempre parava em sua casa mais para vender bananas que para tomar o cafezinho fresco. Era notável, porém, todo o carinho que o bananeiro distribuía por lá, sempre que aparecia. “E aí, velho Narciso? Como está hoje?”. “Vendendo menos que queria e mais do que mereço”, era a resposta padrão. Por anos a fio ouvia-se o ranger das molas da velha charrete junto com um grunhido qualquer que terminasse com a palavra banana, tipo: “vendo banana, tenho banana, olha a banana, bananaaaa”. Era a senha para a criançada da casa 35 correr para ouvir os “causos” do Seu Narciso. “Olha que esses dias me apareceu uma marvada de uma raposa, que comeu umas galinhas”. Focando nos olhos fundos se podia perceber bondade comprovando que aquele era, verdadeiramente e apesar de toda a pobreza aparente, toda fragilidade corpórea, um ser humano diferente, superior. - Narciso, hoje não tenho dinheiro, passa amanhã. - “Má que isso Dona, deixo as bananas prá ajudá na cria dos meninos”. A bondade, perspicácia, eloquência, perseverança, nada ficara tão mais marcado para as crianças que os

olhos fundos do velho bananeiro. Chovesse, ventasse, fizesse um sol dos desertos, contrariando a leitura que se fazia de seu corpo, lá na esquina sempre apontava a velha charrete coberta por folhas de bananeira verde esperança. Na verdade não se percebe, pois não é mesmo para isso, mas, a vida se assemelha a uma viagem longa de trem, pessoas entram, pessoas passam por você, pessoas sentam ao seu lado, pessoas interagem com você, e, abruptamente, alguns saltam do trem. Você ama e é amado também, mas, no fim da viagem, o certo é que todos os passageiros, inclusive você, deixarão seu lugar no vagão. Não se lembrava mais por quantos anos deixara de ver o “passageiro” Narciso. Mas, naquela tarde quente de verão atenuado pela artificialidade do ar condicionado, sua filha insistiu para tirar uma foto com o Papai Noel e quando se arqueou para deixar a menina no chão, cruzou seus olhos com outros pares tão fundos e sinceros como os de Narciso. Era mais do que uma coincidência fisionômica, era como se Narciso vivesse, agora, dentro daquele Papai Noel. Dizem que o sorriso mais puro e sincero sempre estará estampando o rosto de uma criança. Não há mesmo que se discordar, mas, dizem, também, que a esperança será a última a perecer. Bobagem! A verdadeira esperança sempre estará viva, puxada por uma velha charrete e habitando os olhos fundos de um homem bom qualquer. André Rezende Administrador de Empresas, Auditor da Secretaria de Estado da Fazenda e pai do Arthur e Lucas


Escolhas

Mamãe, Papai:

o que eu vou ser quando crescer? Por Auxiliadora Mesquita Pedagoga

Essa pergunta dificilmente sai da boca das crianças. Preocupar-se quanto à futura profissão não costuma fazer parte do dia a dia das crianças. Há exceções à regra, e algumas vezes conhecemos crianças que naturalmente se inclinam para uma área de atividade ainda muito cedo. Mas, para a maioria, esse dilema só irá aparecer na adolescência. E, então, qual seria o papel dos pais quanto ao futuro profissional de seus filhos?


Educar • Dezembro/2014 29

Meu filho é... será? Todo pai e mãe têm fantasias e desejos em relação aos filhos. E isso desde quando ainda estão apenas na imaginação de cada um! Mas os filhos nascidos são reais, cada um com seu jeitinho. E pai e mãe têm que aprender não só que jeito é esse, mas que esse jeito é único - um outro ser! Há casos em que uma tendência específica se mostra de maneira muito clara desde cedo. E nada impede que os pais incentivem seus filhos a desenvolverem um talento ou gosto. Mas é importante tomar cuidado para não tornar a criança “escrava” dessa inclinação natural. Especialmente quando envolve um dom artístico ou valorizado socialmente – esporte ou matemática, por exemplo – e é normal que os pais se projetem naquele pequeno talento. Afinal, é “obra” deles também! Mas é preciso manter o equilíbrio. Em outras palavras: fornecer à criança, na medida do possível, a oportunidade de desenvolver esse talento ou capacidade é uma ótima pedida. Mas diminuir de algum modo sua “vida de criança” ou impedi-la de querer outras coisas seria um ato bastante prejudicial e até mesmo violento. A história está cheia de relatos assim. E, às vezes, confundimos sucesso social com qualidade de vida, pois o aparente sucesso se dá às custas de muito sofrimento e frustração para o filho ou a filha. Desconsiderar aquele ser ali – com desejos, vontades e objetivos próprios – pode parecer a atitude certa para quem sabe “o que é melhor” para alguém. Mas o que é melhor para praticamente todo mundo é ser escutado! Ao escutar – de verdade – nossos filhos, podemos ir descobrindo se o rumo que suas vidas estão tomando é mesmo do agrado deles ou estão apenas tentando satisfazer nossos desejos.

Tudo que eu posso ser! A maioria das crianças imagina seu futuro profissional de maneira fantasiosa e baseada em ideias e impressões que vão pinçando daqui e dali. Não é raro que num ano queiram ser motoristas de caminhão, no ano seguinte, mágicos e, dois anos depois, cirurgiões ou policiais. Bailarinas, astronautas e super-heróis podem facilmente entrar nessa lista também! A criança, mesmo as maiores, vão registrando e elaborando o que veem os outros fazendo – mamãe, papai, outros parentes, na televisão, na rua, nos lugares que frequentam e visitam. Dessa mistura toda, vão imaginando como é ser isso ou aquilo. Tudo isso será questionado mais tarde, quando chegar a hora de começar a tomar decisões. E essa hora chega na adolescência. Uma decisão importante em que o adolescente se vê à frente de muitas opções. Nessa hora, como em muitas outras na vida de um adulto, se impõe a mais difícil das decisões: a quem quero agradar? Melhor que seja a si mesmo, pois essa é a relação mais duradoura e importante de nossas vidas! Pais inteligentes se esforçarão para serem presentes e ativos, escutando, questionando para ajudar na reflexão, orientando e mostrando. E apoiando a decisão tomada. Afinal, o que a gente é quando cresce é basicamente “gente crescida”: capaz de avaliar as informações e tomar decisões. E, principalmente, de viver bem com elas.



Envie foto(s) de sua crianรงa para nossacara@revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais.

Bruna e Nicole

Layla

Miguel

Camila e Eduardo

Samuel

Arthur

Manuela

Rafaela

Carol

Galer NOSSA CiaARA



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