CANOAS
í
ra
ataí
Carlos Teixeira, Marcus Kruter e A. M. Waldock para estudar e comparar alternativas de travessia do lago. O resultado desse
Ilha das Flores
e and
Ilha Grande dos Marinheiros
Saco da Alemoa
Navegantes
Ilha do Pavão
Na veg ante s
C
Osório
Gr
Jac
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o DAER criou a comissão coordenada pelos engenheiros João
G Rio
ado
disputa, que envolvia autoridades destacadas do meio rodoviário,
o
cu
Três Rios
Ri
Ja
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cos de que se tem notícia na história da cidade. Para apaziguar a
v
bou se transformando em um dos mais animados debates técni-
trabalho foi apresentado e debatido na Sociedade de Engenharia e toda a argumentação técnica foi publicada nos boletins do DAER.
Ilha do Chico Inglês
Saco de Santa Cruz
A população acompanhava a discussão por meio dos extensos artigos e transcrições publicados nos jornais da cidade.
Ilha da Pintada
Ponta do Gasômetro
PORTO ALEGRE
Ponte ou túnel
B
Uma das primeiras alternativas estudadas foi a modernização do sistema de barcas, substituindo-as por balsas maiores e mais adequadas a esse tipo de travessia. A ambição do Plano Lago Guaíba
Rodoviário Nacional, entretanto, priorizou a travessia a seco. No dizer de Waelter Haetinger, “a ligação do norte com o sul, através
Travessia de barcas
de Porto Alegre, é, em última análise, um problema de travessia
Vila Assunção
GUAÍBA Pelotas
de cidade, por rodovias-tronco do Plano Rodoviário Nacional”6, pautando as discussões acirradas que precederam a decisão de
A
construir o sistema de pontes através do delta do Jacuí.
::8
A necessidade de vencer o Guaíba, descartada a hipótese de modernização do sistema de barcas, passou a ser estudada a
deslocamento de tropas e da proximidade da Base Aérea. Contra
partir de três alternativas, conhecidas como A, ao sul da capital, B,
o túnel no Gasômetro, lembrou de aspectos psicológicos e da
partindo do centro da cidade, e C, saindo da Zona Norte. Qualquer
incidência de acidentes que a imprensa internacional vinha noti-
uma delas deveria levar em conta a navegação fluvial, deixando
ciando a respeito do uso de túneis.
livre um vão com 40 metros de altura para permitir o trânsito
O engenheiro-arquiteto Edyrceu Fontoura, do DAER, defensor
de embarcações. Aspectos importantes como o custo de cada
da opção pelo norte, fez um estudo do desenvolvimento urba-
uma das alternativas e a questão do trânsito de passagem eram
no de Porto Alegre, analisando a evolução das vias públicas. O
comparados. Mas também eram levantadas outras preocupações,
precioso trabalho7 mostra mapas detalhados, com sobreposição
como a do engenheiro Waelter Haetinger, que, em sua defesa pela
de transparências e fartura de dados históricos e numéricos,
opção norte, usa até mesmo o argumento militar da facilidade do
demonstrando sensibilidade urbanística. Faz comparações com
6
7
Ibidem.
Edyrceu Fontoura. “Aspecto urbano na travessia do Guaíba”. DAER, 1954.
43 A Ponte do Guaíba