Portugal em Destaque - Edição 4

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Entre o homem e o seu calçado.

Rua dos Pavilhões, nº3 - Cavalões 4760-443 V. N. Famalicão - PORTUGAL T.: +351 252 311 419/420 | F.: +351 252 311 421 www.dunebleue.com

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ÍNDICE

MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO PAG 8 MUNICÍPIO DEPÓVOA DE VARZIM PAG 8

MUNICÍPIO DE MATOSINHOS PAG 55

EDITORIAL EM CONTAGEM DECRESCENTE PARA O SUCESSO Chegar ao degrau do sucesso é importante mas ainda mais importante é o caminho que se faz até lá. Nesta edição, a revista Portugal em Destaque pretende retratar histórias de empresas que se destacam no mercado pelo seu dinamismo e criatividade, sem deixar de lado as suas poderosas armas estratégicas de inovação e empenho. É com especial orgulho que pretendemos levar até si boas notícias mas, acima de tudo, notícias que inspirem os portugueses a investir em projetos, a criar e renovar negócios, de forma a traduzirem-se em verdadeiros marcos no panorama nacional. Lá fora somos reconhecidos pela forma como nos “desenrascamos” nas mais diversas situações, mas o nosso reconhecimento vai muito além disso. Portugal abraça hoje excelentes profissionais na área da saúde, grandes cérebros na área empresarial, fantásticas mentes criativas no ramo do turismo, chefes de cozinha com estrelas Michelin e uma série de profissionais nas mais diversas áreas que fazem com que hoje Portugal seja uma marca de referência. Desta feita, exibimos nesta edição um conteúdo que pretende informar e inspirar os demais leitores e, mensalmente, destacar as valências que vamos descobrindo de Norte a Sul do país. A direção editorial Kathleen Araújo

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: KATHLEEN ARAÚJO (KATHLEENARAUJO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: ELISABETE TEIXEIRA, SÍLVIA PINTO CORREIA | JOANA PAIS, LILIANA CLARO | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@ PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DEP. COMERCIAL: JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, NÉLSON FARIA, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE NOVEMBRO ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.


HOSPITAIS SENHOR DO BONFIM

MAIOR UNIDADE HOSPITALAR PRIVADA EM PORTUGAL MANUEL AGONIA

A equipa da revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o empresário Manuel Agonia, o mentor do projeto dos Hospitais Senhor do Bonfim, em Vila do Conde, para ficar a saber mais sobre a estrutura deste empreendimento e os serviços prestados por esta unidade de saúde.

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Considerado o maior empreendimento feito em Portugal nas últimas duas décadas no setor privado, os Hospitais Senhor de Bonfim foram inaugurados a 2 de Dezembro de 2014 pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho mas, a primeira pedra já havia sido lançada a 22 de Maio de 2009. Atualmente, os Hospitais Senhor do Bonfim são o maior complexo hospitalar privado de Portugal e considerados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) um projeto de interesse nacional com o número 141 datado de 30/01/2008. Com 210 pessoas a trabalhar, neste momento, no Senhor do Bonfim o objetivo desta unidade é chegar aos 850 trabalhadores ao dispor dos seus utentes. O enfoque desta unidade hospitalar está na prestação de cuidados de saúde gerais em ambulatório e internamento privilegiando também as áreas da pediatria, geriatria, neurologia e psiquiatria. Manuel Agonia é o empresário, mentor e detentor, com 78 anos, que está por detrás deste projeto e no qual investiu cerca de 100 milhões de euros. De realçar que Manuel Agonia fundou a rede Clipóvoa há 28 anos (dois hospitais e três ambulatórios), mas acabaria por vender esta unidade, em 2006, à Espírito Santo Saúde. O objetivo? Erguer o Senhor do Bonfim, muito mais atual


em todas as vertentes hospitalares para corresponder às necessidades com a maior qualidade. O complexo hospitalar está implantado numa área de 13 hectares de terreno com três núcleos principais: Ambulatório e Internamento Central com 240 camas disponíveis, Urgência, Bloco Operatório com sete salas cirúrgicas e recobro com oito camas, Bloco de Partos, Unidade de Neonatologia, Clínica de Fertilização, Unidade de cuidados Intermédios e Intensivos, Laboratório de Análises Clínicas, Centro Neurológico e Centro Geriátrico. Com um serviço de atendimento permanente de 24 horas os Hospitais Senhor do Bonfim dispõem de um serviço único de Imagiologia com equipamentos de topo, duas ressonâncias – uma aberta de uma tesla e outra com gaiola de três tesla –, Mamografia digital de micro doses, duas salas com Tomografias Axial Computorizadas, Raio X de baixa radiação e Ecografias de Alta Gama. Estamos a falar de uma unidade hospitalar com um total de 549 camas que acolhe oito edifícios autónomos. As especialidades dos Hospitais Senhor do Bonfim passam, pela anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilo-facial, cirurgia plástica reconstrutiva, clínica geral, ginecologia, imagiologia, medicina interna, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, psicologia, psiquiatria, urologia, um serviço na área da Medicina física e de reabilitação, clinica dentária e serviço de check-up. Para além, do já referido hospital geral e do centro neurológico para patologias do foro mental, como Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia e bipolaridade, o complexo é composto, também, por uma unidade residencial, uma capela e um heliporto. Manuel Agonia pretende que a área de influência dos Hospitais Senhor do Bonfim se espalhe a todo o espaço europeu e que aos hospitais cheguem utentes de todo o mundo. Para tal, a proximidade ao aeroporto Sá Carneiro é um fator atrativo suplementar já que fica a 15 minutos de viagem desta unidade hospitalar.

HALL

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O centro neurológico tem três pisos, 193 camas e seis salas de consulta, por sua vez a unidade residencial conta com quatro pisos e 58 quartos duplos. Já a unidade de serviços de ambulatório, oferece serviços de consulta em praticamente todas as especialidades médicas, serviços médicos, pequena cirurgia e serviços de diagnóstico e tratamento. Está instalada no maior edifício do complexo, distribuída por cinco pisos, incluindo aparcamento e piso autónomo destinado aos serviços administrativos. Quem se dirigir a estes hospitais pode beneficiar dos acordos e convenções que o Senhor do Bonfim tem com os seguintes subsistemas: a ADSE, SAD/GNR, IASFA, SAD/PSP, SAMS Norte, SAMS SIB, SAMS QUADROS; Seguradoras: Médis, Medicare, Future Healthcare, RNA Medical, MSH International, Ocidental Seguros, BUPA e Allianz Global Assistance. Os hospitais Senhor do Bonfim beneficiam, igualmente, de acordos como: Serviços Sociais GNR, AOFA, ACP, Clinica dos Navegantes, Fairway, Liga dos Combatentes. Quando questionado pela equipa da revista Portugal em Destaque o porquê do nome Senhor do Bonfim dado à unidade hospital, Manuel Agonia respondeu-nos: “Porquê o nome Senhor do Bonfim? O que desejas para a tua vida? Tudo o que desejas após longa continuidade não é um bom fim?”. Mas, não foi só este o motivo para a escolha do nome. Manuel Agonia contou-nos que onde cresceu e foi criado, em Colheiro, Póvoa de Varzim, há uma capela chamada Senhor do Bonfim onde a sua mãe rezava para que os seus filhos tivessem um bom fim. Assim, em homenagem à sua mãe, “a Deus e à sua terra”, optou por este nome. “Desejo a todos um bom fim”, acrescentou. Com 78 anos e a trabalhar desde o 10 anos de idade, foi a primeira pessoa a fundar a iniciativa privada hospitalar, após o 25 de Abril em Portugal, considerando

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que o setor privado é uma mais-valia para a economia do País, pois gera impostos e lucros ao mesmo tempo que presta melhores serviços, “desde que em sã concorrência”. Para Manuel Agonia a saúde não é um bem geral e gratuito para todos e lamenta que assim não seja. “Basta analisar quanto gasta o Ministério da Saúde no orçamento – o qual poderia ser menos pesado na bolsa esquelética dos portugueses se a coragem de cidadania dos governantes se sobrepusesse aos hábitos malcheirosos da exploração pública. Basta analisar certas misericórdias isentas de impostos, a vender serviços de saúde lado a lado com Hospitais do Serviço Nacional de Saúde utilizando profissionais médicos que nos mesmos hospitais trabalham e nos quais atendem um a dois pacientes por dia e nessas ditas misericórdias atendem 15 a 20 numa tarde”, avança Manuel Agonia. A seu ver, Manuel Agonia considera que “seria interessante e bom para o erário público ver as contabilidades entregues nas repartições de finanças por estas misericórdias cujos serviços gratuitos à Nação se transforma em restaurantes, lares e etc, que todos nós pagamos com língua de palmo. Há de facto Misericórdias de grande qualidade social e com gente muito honesta dirigindo-as, mas torna-se urgente separar o trigo do joio”, acrescenta o detentor da unidade hospitalar. Também considera que o livre-trânsito de pessoas na Europa devia permitir que os cidadãos pudessem tratar-se em qualquer país europeu. “Assim o especifica a normativa comunitária”. E, adianta Manuel Agonia, numa altura em que o serviço nacional de saúde está fragilizado, foi expresso pelo Primeiro-ministro Doutor Pedro Passos Coelho, aquando da inauguração dos Hospitais Senhor do Bonfim:


Relembre-se que o sistema nacional de saúde é uma estrutura através do qual o Estado Português assegura o direito à saúde – promoção, prevenção e vigilância – a todos os cidadãos de Portugal e, para Agonia, “a iniciativa privada deve ser tratada com o respeito que lhe é devido e que Exmo. Senhor Primeiro Ministro deu exemplo”. A terminar, quanto à sobrelotação dos serviços de urgência, o elevado tempo de espera dos utentes, a falta de médicos “isto é notícia diária da comunicação social e deve-se em grande quota-parte às mil e umas vidinhas cujas riquezas monetárias são conhecidas nos locais onde assentam arraias, não é preciso nenhum óculo de longo alcance”, conclui Manuel Agonia.

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VILA NOVA DE FAMALICÃO TERRA DE ENCANTOS E OPORTUNIDADES Com o Foral de D. Sancho I em 1 de julho de 1205, Vila Nova de Famalicão nasceu para a história. Hoje, é uma cidade assumidamente declarada como um dos principais centros culturais, industriais e comerciais do país. Estrategicamente situada entre as cidades de Braga, Guimarães e Porto, Vila Nova de Famalicão tem-se tornado numa referência incontestável no Baixo Minho e no Vale do Ave. Servida por um cruzamento de auto-estradas , A3 (Porto-Vigo) e A7 (Guimarães-Póvoa de Varzim) e por um serviço de transportes ferroviários avançado, com ligações diretas a Braga, Guimarães, Porto, Vigo, Coimbra, Lisboa e Algarve, muita da força da sua indústria diversificada e dinâmica sócio-económica da cidade se deve à sua localização privilegiada. Com cerca de 140 mil habitantes, Vila Nova de Famalicão lidera um dos polos de desenvolvimento do Vale do Ave, cuja Associação de Municípios pertence, sendo uma terra de encantos e oportunidades, que atingiu um patamar de qualidade, com equipamentos e infraestruturas modernas. A comunidade famalicense tem-se afirmado ao longo dos anos com uma personalidade própria e bem definida devido à sua variada tradição cultural que remonta aos tempos pré-históricos e ao seu desenvolvimento como polo gerador de emprego. Terra do escritor Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão acolhe a sede das maiores e melhores empresas do país em vários setores da indústria, no têxtil, no vestuário, na construção, no setor alimentar, são alguns dos exemplos. O Parque da Devesa, inaugurado a 28 de setembro de 2012, possui uma extensa rede de caminhos pedonais, nos quais as famílias podem desfrutar de passeios ou andar de bicicleta bem como de grandes extensões de zonas verdes que permitem a realização de atividades ao ar livre e é um dos pontos mais atrativos da cidade. De enaltecer igualmente o dinamismo das suas associações desportivas, a variedade da oferta cultural que a cidade oferece, tendo como exemplo máximo a Casa das Artes, o seu turismo rural e religioso, as suas festas e romarias, a riqueza do seu artesanato e da gastronomia, que são um testemunho vivo de uma comunidade que constrói o futuro a cada momento e que tornam Vila Nova de Famalicão sem dúvida uma terra a conhecer.

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AMCO – SOLUÇÕES EMPRESARIAIS

DIFERENCIAÇÃO COMO BASE DE SUCESSO A ideia de não ser mais um no mercado é, e sempre foi, algo que o administrador Altino Osório considera crucial em qualquer tipo de negócio. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, contou as estratégias e os valores que definem a sua empresa AMCO – Soluções Empresariais, que por sua vez justificam a posição de vanguarda que ocupa no mercado nacional.

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EQUIPA AMCO

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ontribuir para o desenvolvimento do tecido empresarial português é a grande missão desta empresa, sediada em Vila Nova de Famalicão, que se empenha na procura e partilha de soluções que se adequam à dinâmica de cada um dos seus clientes. Assim, a prestação dos seus serviços incide sobre diferentes áreas: Gestão e análise Financeira, Mediação de Seguros e Crédito, Gestão de Recursos Humanos e Serviços na área de Contabilidade. Criada em 2007, pelo consultor financeiro e economista Altino Osório - licenciado em Ciências Empresariais - a empresa arrancou inicialmente apenas com a área financeira, fruto da vontade e conhecimentos de um grupo de profissionais com vasta experiência nas mais diversas áreas de atividade. Hoje em dia, a AMCO dedica-se essencialmente à área da Consultoria Financeira, composta pelo crédito automóvel, crédito pessoal e o crédito habitação, bem como, à área de Seguros, que contém os seguros de vida, seguros de automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais e familiares e seguros de investimentos. De acordo com Altino Osório, nesta área de negócio, as armas do seu êxito sempre estiveram patentes na procura de respostas personalizadas que ditassem serviços de qualidade e excelência. Detalhando um pouco a posição que a AMCO – Soluções Empresariais ocupa no mercado atual, o administrador adianta: “em termos financeiros somos líderes nacionais em dois bancos na concessão do crédito automóvel”, motivo pelo qual a empresa tem ditado um crescimento contínuo e bastante considerável. Ainda

neste universo, tome-se como exemplo, a solução do «CRÉDITO AUTO» que consiste num financiamento total ou parcial do preço de compra de um automóvel, a reembolsar num determinado prazo através de prestações mensais. Com o Crédito Auto, o cliente torna-se o proprietário do automóvel desde o primeiro momento, sendo também a solução ideal para a compra de uma viatura usada. Além disso, este tipo de financiamento possibilita que a viatura se torne propriedade do cliente desde o início do contrato sem dar qualquer valor de entrada inicial. Com efeito, importa realçar que o ano 2014 foi o que traduziu maior crescimento da AMCO – Soluções Empresariais, tendo a empresa registado um volume de negócios de 18 milhões e uma faturação perto de 1 milhão e 800 mil em serviços. Desta feita, a empresa encarrega-se de ser um parceiro fiel dos clientes do ramo empresarial no que diz respeito à gestão de tesouraria, às linhas de crédito e às soluções de investimento e financiamento. Principal linha condutora Sabendo que a solução de problemas só restaura a normalidade e as oportunidades significam explorar novos mercados, a AMCO – Soluções Empresariais, compromete-se a proporcionar as melhores oportunidades para que os seus clientes garantam êxito nos seus investimentos. Note-se que os clientes desta empresa famalicense vão desde particulares a empresas dos mais diversos setores de atividade, “no fundo a consultoria é essencial em todo o tipo de negócio, por-

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que se soubermos avaliar o cliente, identificando o problema e a sua necessidade, mais facilmente conseguimos vender a solução mais indicada, seja o seguro, seja o financiamento” explica Altino Osório. Por estas razões, o grande objetivo da AMCO é apoiar-se no profissionalismo para fidelizar os clientes, sendo que o seu crescimento progressivo e sustentado advém disso mesmo. Relativamente às características que diferenciam o método de trabalho, o nosso interlocutor assegura que o serviço da AMCO é particular e presencial, sendo que toda a atenção recai sobre cada cliente e é analisada caso a caso individualmente. Só deste modo, a equipa consegue resolver problemas através da consultoria, sem qualquer tipo de custo inerente. Atualmente com uma equipa de 10 colaboradores, composta por duas pessoas na administração e oito comerciais, o administrador garante que para se conquistar o sucesso é necessário muito empenho e dedicação. Por essa mesma razão, afirma que a sua equipa está preparada e assume desde logo uma postura de total disponibilização de conhecimentos. Assim sendo, de acordo com o nosso interlocutor, a experiência do dia-a-dia é a melhor formação para os seus colaboradores, aliado à ética e confiança que são para a AMCO valores fundamentais. A intervenção dos colaboradores é pautada por uma explicação prévia de todo o processo, onde o cliente é devidamente informado e para além disso, a responsabilidade pela execução é inteiramente assumida. Neste contexto, a realização de um diagnóstico prévio à execução, possibilita a colocação das expectativas a um nível adequado não só face ao trabalho a efetuar como aos resultados a obter. Seguros como complemento ao serviço Passado um ano após abrir a empresa, Altino Osório percebeu que podia explorar mais serviços que permitissem que o cliente tivesse uma oferta maior dentro da mesma empresa, então abriu a “porta” na área dos seguros. “Porque quem faz um financiamento precisa de um seguro para a casa, para o recheio, para o automóvel” justifica o administrador. E o mesmo acontece com as empresas, que precisam de seguros relacionados com o pessoal, multirriscos, entre outros. No entanto, revela que o seguro que continua a ser mais procurado é o de automóvel. O nosso interlocutor faz ainda questão de frisar que hoje em dia, as seguradoras, ao contrário dos bancos, são mais sólidas e garantem maior segurança, sendo nessa ótica que a AMCO – Soluções Empresariais consolida o seu mercado: “Temos parcerias com quatro seguradoras distintas, cada uma competitiva no seu nicho de negócio, que nos permitem responder a todas as necessidades inerentes a cada serviço que prestamos” revela. Sobre a área geográfica onde a AMCO – Soluções Empresariais opera, Altino Osório indica que o principal mercado vai desde o Minho até ao Douro, não deixando de operar também em todo o território nacional e Ilhas. Adotando sempre uma forma de gerir numa base de crescimento sustentável, o administrador esclarece que quando em 2010 e 2011 ocorreu uma recessão na economia, a AMCO, curiosamente, conseguiu crescer ainda mais. E o que esteve na essên-

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cia deste resultado anti-crise foi não só as avenças com a Banca, que fechou as soluções de crédito, mas especialmente o que fez maior diferença foi o serviço presencial e as soluções adequadas que garantiram maior confiança e segurança às pessoas. Em suma, segundo Altino Osório, “ter um percurso correto desde o início, que seja profissional e coerente, é a chave para angariar novos clientes e para manter os atuais”. Serviço personalizado Porque os clientes são a mais importante ferramenta de qualquer trabalho, é nas suas necessidades que a AMCO procura as respostas mais ajustadas, que induzam aos resultados mais eficientes e eficazes. O objetivo comum será sempre o incremento da capacidade competitiva dos seus parceiros aos mais variados níveis de intervenção. “Em todo o processo assumimos a garantia de confidencialidade e rigor em toda a intervenção realizada” clarifica o administrador. Sobre o que diferencia a AMCO das restantes empresas que operam no mercado nacional, Altino Osório assegura que sempre quis primar pela diferenciação, e para isso é necessário ter por base alguns aspetos cruciais: a motivação dos colaboradores, muito trabalho e dedicação. Bons ventos para o negócio Pode-se afirmar que este foi um ano bastante promissor para a empresa famalicense que, até à data, já registou um volume de negócios de 20 milhões. Na área comercial Altino Osório revela que é fundamental ter objetivos, “algo para atingir com um caminho bem delineado”. E reforça ainda que o segredo para o sucesso passa pela diferenciação “se os outros conseguem nós também conseguimos, é esta a nossa linha de pensamento que dita a nossa liderança”. Apesar de ter muito mercado a explorar, o administrador esclarece que neste momento a sua linha de orientação é investir de forma consolidada. Em modo de conclusão, Altino Osório revela que a intenção futura é simples: a empresa não tem limite de vida útil, como tal, fazer sempre o melhor, incrementar novos desafios e que os seus clientes atinjam o maior sucesso possível.

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DUNE BLEUE

“ENTRE O HOMEM E O SEU CALÇADO” Com 10 anos de existência, a Dune Bleue é uma empresa de referência na criação e desenvolvimento de peúgas. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o administrador Ricardo Faria que nos mostrou as instalações desta empresa, que se destaca pelo seu serviço ímpar de entregas.

“Sabiam que atendendo ao contexto europeu da UE27, Portugal é o 4º maior fabricante de meias?!”, surpreendeu-nos o administrador Ricardo Faria no início da nossa entrevista. A Dune Bleue acaba de completar 10 anos de existência e tem a sua atividade centrada na comercialização de meias para o mercado internacional, da sua marca e em private label. É na abordagem direta e personalizada ao cliente que consegue marcar a diferença e manter um crescimento sustentado, bem como através da sua capacidade logística. Os clientes têm as suas encomendas disponíveis em prazos muito curtos e prontas a ser colocadas nos pontos de venda. A Dune Bleue assume mesmo como missão manter a lealdade aos seus parceiros-clientes. A crescer com sustentabilidade e com vontade constante de inovar É em Vila Nova de Famalicão que encontramos as instalações da Dune Bleue, um empreendimento com cerca de 3 000 m2, dividido em 3 áreas distintas. A localização da empresa no cluster da região do Ave, permite-lhe a proximidade necessária aos fabricantes para o desenvolvimento do seu produto. Orienta a sua atividade de forma estratégica, desenvolvendo parcerias

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com os fornecedores que apostam em tecnologia de ponta. “Alguns deles estão presentes desde a criação da empresa…”, como fez questão de realçar. O portefólio de oferta dos seus produtos inclui onze famílias distintas que decorrem da identificação das necessidades dos clientes. De destacar o respeito pelos princípios de desenvolvimento e preservação ambiental sustentável. Estas remetem-nos em busca de mais qualidade, resistência, design e conforto. Acompanhando o conceito “homewear”, a Dune Bleue lançou uma nova linha de pantufas que garantem a comodidade nos diversos padrões climáticos. A Dune Bleue é constituída por uma equipa jovem, dinâmica e flexível. O profundo conhecimento de mercado é resultado da formação contínua que lhes é proporcionada. Esta empresa considera como uma mais-valia a formação dos seus colaboradores, uma vez que os mantém motivados e numa contínua valorização pessoal. Ricardo Faria reconhece que é na atualização e no desenvolvimento das competências dos seus colaboradores, que a Dune Bleue se torna uma empresa cada vez mais forte. Desde o início de 2015, que a empresa introduziu uma nova gama de produtos: uma linha de sleepwear. “Os clientes incentivavam-nos a isso, pois Portugal tem fama na roupa interior”, revela.


A diversificação da gama de produtos “A diversificação da gama de produtos é a grande prova da nossa solidez no mercado.” Neste momento, é possível adiantar que esta nova aposta já se traduz num peso significativo da faturação anual e assim sendo, estes resultados positivos trazem novos desafios para 2016. O investimento no centro logístico é um dos objetivos estratégicos da empresa. O crescimento da Dune Bleue sustenta-se no know-how e na qualidade dos serviços prestados aos seus clientes. “Com a diversidade de mercadoria em circulação na nossa base, teremos de apostar num novo sistema tecnológico, para a capacidade de resposta aos clientes ser ainda mais eficiente”, destaca Ricardo Faria. A prospeção de novos clientes nos mercados internacionais para o seu vasto leque de produtos é outro dos objetivos primordiais. “Já existe uma definição clara da futura incidência comercial. Vamos ancorar esta nova gama de artigos em países onde já trabalhamos com as peúgas, mas levando a novidade ao cliente”, esclarece. Um dos grandes desafios da Dune Bleue é alavancar decisivamente novas técnicas de Marketing, que para além de se traduzir num aumento de postos de trabalho, irá também refletir um conceito novo na força de vendas. “Maximizar o consumo e a satisfação do cliente, aproveitando as sinergias existentes, através de estudos prévios. Desta forma, reforçamos a nossa proatividade”, conclui Ricardo Faria.


HAASE+KÜHN PORTUGUESA AGULHAS TÊXTEIS

NA VANGUARDA DAS AGULHAS TÊXTEIS Sediada em Vila Nova de Famalicão, a Haase+Kühn é uma empresa que está a dar cartas na produção de agulhas têxteis. O atual diretor administrativo, Márcio da Costa, revelou à revista Portugal em Destaque o que está por detrás do sucesso desta empresa.

MÁRCIO DA COSTA

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A Haase+Kühn surgiu em Portugal no início dos anos 80, em plena fase de transição do Portugal pós 25 de abril, expectante às portas da Comunidade Europeia. Em Vila Nova de Famalicão, as pessoas procuravam novas oportunidades de um futuro melhor na indústria e nos serviços, tornando-se uma localidade aliciante para Chhristoph Haase estabelecer a Haase+Kühn. Apresentando-se ainda como uma localidade do interior e agrícola, a fixação em Vila Nova de Famalicão permitiu a esta empresa alemã pagar salários agrícolas, portanto mais baixos, quando comparados com outras zonas do país em vias de industrialização. É o diretor administrativo Márcio da Costa, que recentemente assumiu funções, que nos conta a história e desenvolvimento desta empresa que é já uma referência na indústria. É no topo de uma colina da freguesia de Calendário que podemos encontrar as instalações da Haase+Kühn. A opção por este local deveu-se à baixa humidade, quando comparadas com regiões de Vila Nova de Famalicão, parâmetro útil na produção de agulhas muito sensíveis ao processo de oxidação, e à satisfação da grande paixão do fundador, a aviação, pois deste alto podia lançar o seu planador sobre o vale. Com a morte de Christoph Haase, que faleceu num desastre aéreo, no ano 2000 a esposa e o filho venderam a sua cota da empresa aos outros dois sócios (Erich Bernd Haase e Rudolf Franz Kuhn). A partir desta data passou a ser dirigida por Rudolf Kuhn, assumindo o cargo de responsável, Carlos Pinheiro. Em 2006 surge a Kern-Liebers, uma empresa familiar alemã, já secular, cujo volume de negócios principal estava ligado à indústria automóvel, mas que tinha uma pequena divisão que produzia componentes para máquinas de costura. Viu em 2006 na aquisição da Haase+Kühn, que se encontrava numa situação algo frágil, uma oportunidade de se lançar igualmente na produção de agulhas para essas mesmas máquinas. Desde então e até ao início deste ano, a Kern-Liebers decidiu investir também nos países de leste. Este investimento a leste revelou-se frustrante devido aos problemas de qualidade, o que fez com que passassem a olhar para Portugal com outros olhos. Portugal, apesar de gerido à distância, sempre revelou um crescimento sustentado. Em sete anos duplicou a sua estrutura de funcionários e multiplicou o turnover por 2,5. “A qualidade é o grande destaque da nossa produção e é algo de que muito nos orgulhamos e que defendemos de forma acérrima”, afirma Márcio da Costa. Os processos de produção são ainda, na sua grande maioria, bastante antigos e tradicionais. Com funcionários já com 30 anos de serviço, a mão-de-obra desta empresa tornou-se altamente especializada e dedicada. “É raro encontrarmos nos dias de hoje, colaboradores tão focados e briosos como os que temos”, reforça o diretor administrativo. Até porque, como costuma dizer, “em Portugal mais depressa se encontram pessoas que saibam fazer automóveis do que pessoas que saibam fazer agulhas”. De momento, a Kern-Liebers está a introduzir novas tecnologias, mas que continuam a ser sustentadas por processos antigos e a toda à prova. A Haase+Kühn tem agora o desafio de crescer e se adaptar a essa nova realidade: o equilíbrio entre o passado e o futuro. “Foi esta qualidade que nos fez ganhar a corrida à mais barata mãode-obra de leste e que fez com que a casa mãe apostasse em nós para o crescimento no futuro”, reforça Márcio da Costa.


Em Setembro deste ano a estrutura começou a mudar. Com a contratação de Márcio da Costa como diretor administrativo pôs-se fim a um ciclo sucessivo de administradores alemães, que tinham apenas como preocupação conseguir resultados rápidos, mas pouco refletidos do ponto de vista estratégico. A Haase+Kühn apostou em alguém com quase 20 anos de indústria, alguém que já viveu o que de melhor e pior se faz tanto cá como no estrangeiro. Agora sob a gestão de Márcio da Costa, procura-se uma visão que de alguma forma homenageie o passado e abra os braços para o futuro. “Temos que transportar a organização num curto espaço de tempo, dos anos 80 para 2015”, diz mesmo Márcio da Costa. Este salto de 30 anos só vai ser possível com uma nova estrutura que se estabelecerá no início de 2016, conjugando os ensinamentos dos mais velhos e a formação dos mais novos. O objetivo é crescer de forma sustentada e estratégica, em constante mudança para estarem sempre na vanguarda da indústria e serem competitivos num mercado em constante evolução. “Ou se tem o produto que se procura ou bate-se a outra porta”, reforça o administrador. Pela primeira vez com uma gestão nacional, a Haase+Kühn está a pensar no longo prazo. “É minha vontade e da Kern-Liebers de criar e liderar um projeto de longo prazo que faça da Haase+Kühn uma referência industrial não só a nível nacional como também mundial”, deixa patente Márcio da Costa. A aposta é homenagear e aprender com os que trouxeram a Haase+Kühn até aos dia de hoje e abrir as portas aos mais novos que a transportarão pelos anos seguintes. O novo administrador tem consciência de que, as condições de trabalho urgem ser melhoradas e ampliadas, os processos revistos e implementados. “Há que reconhecer quem marca e faz a diferença. Há que potenciar e enorme valor humano de cada trabalhador”, destaca o administrador. A estratégia passa mesmo por atacar os desperdícios, implementar conceitos de fábrica visual e apostar na formação. Sabendo que num negócio deste tipo o peso da mão-de-obra é muito significativo, para Márcio da Costa cada pessoa tem que ser extremamente eficiente. A Kern-Liebers marca presença assídua nos maiores eventos têxteis mundiais e tem um departamento de vendas e de desenvolvimento sempre atento às tendências e demandas do mercado. Neste momento, o único limite é a capacidade de produção e de satisfação atempada das encomendas dos seus clientes. “A qualidade é-nos reconhecida. Falta-nos mais quantidade para satisfazer a procura do mercado”, acrescenta Márcio da Costa. Neste momento, a produção da Haase+Kühn é toda ela exportada, tendo como principais mercados a América Central e a China. A ideia passa por aumentar a capacidade de produção através da implementação de dois ou mais turnos de produção. Além disso, pretendem ainda aumentar o portefólio de produtos, bem como implementar modernos processos de produção e melhorar as condições de trabalho para todos os trabalhadores.

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REFERÊNCIA NACIONAL EM VESTUÁRIO DESPORTIVO Da empresa têxtil constituída em 1974 apenas o nome Sonicarla se manteve. Líder a nível nacional e internacional no setor do têxtil técnico, é hoje uma referência e um caso de sucesso incontestável.

SONICARLA

Na liderança da Sonicarla Europa desde 2011, Pedro Silva conseguiu em apenas quatro anos levar longe o nome da empresa por ser “um tanto ou quanto obstinado e inconformado”, como o próprio começa por explicar. A aposta do CEO e diretor-geral consistiu em pegar na antiga empresa, que estava vocacionada essencialmente para o Underwear, embora já com tecnologia Seamless, ou seja, sem costuras, e convertê-la para a produção de peças de vestuário técnico-funcionais, principalmente para as duas vertentes alvo que são o desportivo e o medicinal. “Neste momento estamos vocacionados para o desporto onde aquilo que pretendemos, sendo essa a nossa missão base, a de desenvolver produtos que correspondam às necessidades de um segmento tão exigente como é o da alta competição, onde as palavras-chave: performance, conforto e design são levadas ao extremo máximo pelos atletas”, refere Pedro Silva. “Fruto de todo o trabalho até à data é o notado crescimento a bom ritmo, o sermos reconhecidos no mercado, o sermos requisitados por conceituadas marcas de desporto , o sermos convidados a ser fornecedores oficiais de seleções nacionais, que em primeira mão posso informar o último recebido, este pela Seleção Cubana de Triathlon para equipar os seus atletas. Atualmente e dado os investimentos efetuados, apenas com a criteriosa e seletiva gestão dos recursos financeiros gerados pela atividade, detém uma capacidade produtiva de mais de dois milhões de unidades por ano, apostando constantemente na inovação, na funcionalidade, na qualidade e estética dos produtos pretendidos pelos seus parceiros. Com as várias áreas produtivas, tecelagem, termofixação, tinturaria, confeção e embalagem dentro de portas, Sonicarla Europa é indubitavelmente uma empresa vertical, permitindo assim uma maior versatilidade, uma maior capacidade de resposta e principalmente um maior e melhor controlo de todo o processo”, como o dirigente reafirma.

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PEDRO SILVA

“Temos que estar atualizados em vários domínios e para isso recorremos a várias parcerias, quer a montante junto dos fornecedores, no desenvolvimento de fibras, quer a jusante no desenvolvimento de parcerias com os clientes. Hoje, temos voz ativa na definição da coleção do cliente”. Afirmando-se como uma representativa empresa exportadora quer a nível local, quer nacional, vê o seu volume de negócios dirigido na sua maioria para o continente americano, logo seguido pelo europeu, cabendo a Portugal apenas uma fatia de aprox. 8%. “Queremos expandir a empresa sempre com a vontade de chegar mais alto e reafirmarmo-nos no patamar da liderança deste nicho de mercado a que sempre nos propusemos, ou seja, o têxtil técnico-funcional. Manter a determinação e motivação em criar produtos inovadores, a qualidade e a satisfação dos nossos parceiros são os nossos objetivos e para isso estamos constantemente a desafiar o “Status Quo”. O mercado está a tornar-se cada vez mais exigente e para isso a necessária procura de novas soluções, cujo trabalho em equipa é fundamental pois só assim conseguimos alcançar o sucesso. Manter os 142 postos de trabalho que temos de momento, é uma das minhas maiores preocupações”, declara Pedro Silva. Questionado sobre o futuro da Sonicarla Europa é perentório na resposta. “Sou comedidamente ambicioso ou um ambicioso moderado, como me ensinou o meu pai. No mínimo queremos continuar de uma forma sustentada no patamar de excelência em que nos encontramos, de forma humilde, sem nunca menosprezar a concorrência e evidenciando sempre aquilo em que nos diferenciamos. Diferenciação é a chave e é nisso que apostamos”, conclui.


CONCEITO INOVADOR EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS Com sede em Vila Nova de Famalicão, a Per Laser-Tratamentos Estéticos, surgiu em 2007 como uma empresa de prestação de serviços em depilação a laser em centros de estética e clínicas na zona norte e centro do país. Dedicação, rigor e empenho foram palavras de ordem e culminaram num resultado muito positivo, sendo atualmente considerada uma empresa de referência na área. PER LASER MARIA JOSÉ PINTO E GORETI OLIVEIRA Um novo começo “A Per Laser é uma empresa que cresceu rapidamente. Iniciámos o projeto com apenas duas pessoas, da parte da gerência, mas passado algum tempo tivemos necessidade de contratar novos colaboradores. A dada altura percebemos que gostaríamos de ter um espaço onde conseguíssemos mostrar o nosso trabalho em Famalicão e abrimos em 2012, a “Self Clinic”. Aliada a profissionais em várias áreas como: nutrição, podologia, acunpuntura, psicologia, cirurgia estética. Apesar da feroz concorrência nesta área, o nosso serviço centra-se na excelência, qualidade e procura de serviços inovadores, como por exemplo o mais recente tratamento com plasma enriquecido com factores de crescimento e testes de intolerância alimentar que têm tido bastante procura por parte do público em geral”, conta Maria José Pinto, administradora da clínica. “É difícil criar uma clínica como esta de raíz e nós conseguimos porque tínhamos bastante know how dos trabalhos que fazemos no terreno. Visitámos desde centros de estética, cabeleireiros até clinicas dentárias. Daí querermos ser um espaço diferente e com um produto final ao cliente honesto pois apesar de a estética ser um sonho, tentamos vender sonhos reais. É díficil, é uma luta e tentamos que esses sonhos sejam concretizados”, acrescenta a empresária. Inovação no aluguer de equipamentos especializados Com o natural crescimento da empresa verificaram que existia uma lacuna no mercado na falta de equipamentos a preços médios na área de estética e médica. Assim, surgiu a ideia de implementar o aluguer e venda de equipamentos tendo criado a i Temp.Lda permitindo o acesso mais facilitado a material de qualidade e a preços acessíveis. “Existia realmente essa falha no mercado. Tivemos bastante aceitação logo desde início e as pessoas gostaram da ideia porque neste setor a inovação é constante e assim não necessitam de ter o mesmo equipamento para toda a vida, equipamento esse que requer grandes investimentos”, conta, por sua vez, Goreti Oliveira, administradora da Per Laser. Futuro e inovação constante Sendo esta uma área em constante evolução, torna-se primordial estarem atentas às novidades que vão surgindo bem como apostar na formação porque na perspetiva das duas empresárias “no futuro a estética terá que ser mais exigente porque as nossas futuras clientes serão mais instruídas. É necessário os profissionais

saberem, por exemplo, o porquê de um cosmético ou tratamento ser eficaz, o que tem de diferente. Todos os nossos colaboradores são especializados numa determinada área e estão preparados para esta nova realidade”. Para terminar, Maria José Pinto acrescenta que em Portugal existe excesso de serviços a nível de estética mas que o país tem o conceito do estético e do higiénico bem definidos e era importante serem transmitidos além fronteiras, sendo a internacionalização algo que a fascina e que será equacionada futuramente.


ELEVAR O NOME DE PORTUGAL ALÉM-FRONTEIRAS Sediada em pleno coração da cidade de Vila Nova de Famalicão, a REMO, agrupando duas entidades presentes no mercado da Prestação de Serviços Industriais e no mercado do Trabalho Temporário, foi criada há 25 anos pelo seu sócio principal, José Pereira da Costa.

REMO

Your workforce partner

JOSÉ PEREIRA DA COSTA

A Remo oferece soluções de trabalho temporário, seleção e recrutramento e serviços industriais

OFISSIONAIS

o

ais ARC, em tubagens umínio) emiautomático)

Colocamos à disposição dos nossos clientes, em qualquer parte do mundo, pessoal qualificado com eficácia e rapidez

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nal e internacional desde 1990. Sedeada om o objectivo de fornecer às empresas alhadores. Inicialmente, os serviços da profissionais de soldadura, tubaria e mento da empresa actualmente oferece as e tecnológicas. Possuímos uma larga e profissionais competentes capazes de

Especializada na gestão de recursos humanos, a REMO é hoje uma empresa de referência, tendo participado em múltiplos projetos por todo o mundo. A experiência adquirida ao longo da vida, particularmente entre a década de 60 e 80 do século passado, como emigrante em França, proporcionou-lhe conhecimentos de novas formas de organização do trabalho, que conduziram e alicerçaram a fundação da REMO. Relembra que, no início da década de 80 do século XX, havia muito poucas empresas de recrutamento e selecção, constituídas por portugueses, a operar no mercado interno. A empresa foi ganhando músculo financeiro com a sua penetração nos ramos da indústria têxtil, dos plásticos e da borracha que, aliado ao conhecimento do mercado francês, catapultaram a empresa para este mercado, onde tem operado de forma ininterrupta. Fundamentalmente fruto de suas estreitas ligações a seus clientes franceses, tem levado o bom nome de Portugal, e da sua mãode-obra especializada, a todos os continentes, pela sua participação em estaleiros de construção de Refinarias, Petroquímicas, Plataformas para exploração petrolífera, Tanques LNG, Centrais Termo-eléctricas, Centrais Nucleares, Construção Naval, em países como, França, Bélgica, Holanda, Noruega, Estados Unidos, Angola, Argélia, Nigéria, Gabão, África do Sul, Rússia, Austrália, China e Brasil. Acrescenta que partiu para Angola, em pleno período de guerra civil, onde participou na criação da primeira escola de formação profissional nas especialidades da tubaria, caldeiraria e soldadura, mecânica e electricidade. Em Portugal, a REMO teve uma forte participação na Construção do Lote II do gasoduto nacional e na construção da Central de frio e calor da Expo 98. À pergunta dos eventuais apoios governamentais, afirma nunca ter recorrido a qualquer apoio. Know-how comprovado pelos 25 anos de atividade

www.remoett.com

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Dele não necessita. Sempre soube ganhar e poupar para que de forma atempada os seus compromissos se solvessem. Ao Estado só se pede que não atrapalhe, que alivie a carga às poucas empresas que geram rendimentos, pagando, por isso, os respetivos impostos e contribuições. Ao Estado pede-se cuidada atenção e legislação adequada para as empresas que operam no exterior, destacando trabalhadores que, pelo seu lado, contribuem, e muito, para a arrecadação de receita fiscal. Acrescenta que na base de dados da empresa há cerca de 30.000 profissionais inscritos para eventual colocação sobretudo no estrangeiro, pelo que importa que o Governo de Portugal tudo faça para que impere na Europa uma verdadeira harmonização fiscal, fazendo com que sejamos fiscalmente todos iguais no espaço da U.E. Perspectivas de Futuro O futuro é incerto, fruto da instabilidade reinante e dos constrangimentos fiscais, nomeadamente. Mas a REMO lutará sempre por prosseguir seu caminho, “remando em frente”, sem receio das fronteiras, com foco simultâneo nos seus objectivos comerciais e no dos seus colaboradores e respetivas famílias. O forte engajamento da REMO na construção da Central Nuclear de Flamanville, em França, proporcionou-lhe a formação de pessoal especializado que muita importância terá na construção previsível de duas centrais nucleares em Inglaterra e duas outras na China. A REMO jamais perderá de vista os projetos dos seus clientes, fazendo questão de ser um parceiro sempre presente onde quer que os seus serviços possam contribuir para a respetiva implementação.


Your workforce partner A Remo oferece soluções de trabalho temporário, seleção e recrutramento e serviços industriais

EXPERIÊNCIA

REDE DE PROFISSIONAIS

Petrolíferas Industrias Químicas Petroquímicas Construção naval Indústria alimentar Indústria de celulose e papel Indústria de cimento Indústria automóvel Siderurgias

Chefes de estaleiro Chefes de equipa Engenharia Preparadores Técnicos de HST Tubistas Soldadores, TIG mais ARC, em tubagens Soldadores TIG (alumínio) Soldadores MIG (semiautomático) Montadores Serralheiros qualificados Mecânicos de equipamentos Electricistas industriais

Colocamos à disposição dos nossos clientes, em qualquer parte do mundo, pessoal qualificado com eficácia e rapidez

A REMO é uma empresa de trabalho temporário em actividade nacional e internacional desde 1990. Sedeada na cidade de Famalicão no norte de Portugal, iniciou a sua atividade com o objectivo de fornecer às empresas serviços de selecção, recrutamento e cedência temporária de trabalhadores. Inicialmente, os serviços da REMO estavam maioritariamente relacionados com a oferta de profissionais de soldadura, tubaria e montagem e manutenção industrial, contudo, e fruto do rápido crescimento da empresa actualmente oferece uma vasta gama de profissionais nas áreas industriais, administrativas e tecnológicas. Possuímos uma larga experiência em projectos internacionais bem como uma vasta rede de profissionais competentes capazes de responder rapidamente às necessidades que os projectos imponham.

Know-how comprovado pelos 25 anos de atividade

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COM O SEU ANIMAL, DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO Nas mãos da Dra. Ana Oliveira desde 2012, a Animali’s Clínica Veterinária de Calendário pauta pelo profissionalismo, pela dedicação e pela simpatia. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com esta médica veterinária que criou este espaço a pensar no bem-estar animal.

ANIMALI’S CLÍNICA VETERINÁRIA DE CALENDÁRIO ANA OLIVEIRA Foi com a ideia de criar um espaço onde os animais pudessem ser tratados e cuidados com toda a qualidade técnica e científica que Ana Oliveira decidiu investir em 2012 na Clínica Animali’s. “Ser médica veterinária sempre foi um objetivo de vida, a clínica e a clínica de pequenos animais”, confessou esta médica veterinária. Em sociedade com uma familiar, Ana Oliveira assumiu os comandos da Animali’s, uma Clínica no mercado há mais de 16 anos, numa tentativa de oferecer um leque de serviços, em que a prioridade é o acompanhamento do animal desde o diagnóstico até ao tratamento. Tendo como missão prestar um bom serviço, a Animali’s está habilitada a receber o seu animal de acordo com as necessidades inerentes a cada um, 24 horas por dia. Formada pela Universidade de Évora, Ana Oliveira viveu uma das melhores experiências da sua vida profissional como estagiária num Hospital Veterinário Universitário no Recife (Brasil), um hospital público que só atendia animais de pessoas carenciadas. A prática que aqui ganhou deu-lhe bases para o que seguiria, esteve um ano a trabalhar no Alentejo e depois numa Clínica Veterinária em Braga até começar a Animali’s. Porque a saúde e o bem-estar dos animais são a prioridade nesta Clínica, a Animali’s presta todo o tipo de serviços e tratamentos desde a profilaxia, consultas, exames auxiliares, cirurgias, banhos e tosquias. Ao nível da profilaxia, falamos especificamente de vacinações, desparasitações externas e internas, bem como da identificação eletrónica através da colocação do microchip. No que toca as consultas podemos apontar, por exemplo, a dermatologia, gastroenterologia, estomatologia, ortopedia, cardiologia, urologia e neurologia. Na Animali’s realizam-se todo o tipo de cirurgias, como a cirurgia de tecidos moles, a ortopedia e a neurocirurgia. No que respeita a ortopedias trabalham em conjunto com colegas especializados nessa área. E como são uma ferramenta indispensável e fundamental no exercício médico veterinário de qualidade, nesta Clínica podem fazer-se também todo o tipo de exames auxiliares, desde as análises clínicas, às ecografias e aos exames radiológicos. E para garantir um melhor apoio, e porque nem sempre há condições para os donos se deslocarem com os seus animais, a Animali’s assegura um serviço de consulta ao domicílio que garante que o animal recebe o tratamento adequado no conforto da sua casa. Localizada na zona urbana de Vila Nova de Famalicão, e sabendo que as pessoas que os procuram querem que os seus animais sejam bem tratados e bem cuidados, esta Clínica dispõe de sala 24 | PORTUGAL EM DESTAQUE

de cirurgia, sala de raio-x, laboratório de análises clínicas, consultório, receção, zona para banhos e tosquias. Com a crescente preocupação pela saúde e bem-estar animal, a Dra. Ana Oliveira conta assim com uma boa equipa de profissionais. Como médica veterinária a tempo inteiro, Ana garante que simpatia e cuidado para com os animais não faltam ali. Apontando como um desafio do setor os poucos apoios do Estado no suporte dos custos, que muitas vezes são uma dificuldade para os proprietários dos animais, a aposta desta médica veterinária para a Animali’s prende-se com aumentar a equipa e evoluírem a nível dos serviços prestados.


“SATISFAZER OS CONDÓMINOS É A MINHA PRIORIDADE” A administração e gestão de condomínios é uma área que desempenha um papel fundamental nos dias que correm, mas que muitos desconhecem. Para perceber em que moldes se gere um condomínio, a revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Carlos Barroso, administrador com oito anos de experiência que detém neste momento um conjunto de 10 condomínios.

CBARROSO

É através das visitas regulares que o administrador diz manter uma relação de proximidade com cada condomínio, que lhe permite estar sempre a par dos problemas do edifício. Carlos Barroso começou por fazer uma gestão em 2007, apenas a título de condómino. Porém, mediante a visível satisfação dos moradores, decidiu continuar e ir mais longe. Foi então que, em 2009, estabeleceu a empresa com um espaço diferente, mais profissional, que pudesse dar resposta a todas as necessidades dos moradores. Com efeito, o administrador já levava consigo uma bagagem de experiência em termos de contabilidade e administração, no entanto, para adquirir mais conhecimentos na gestão de condomínios, sentiu necessidade de tirar uma formação na universidade. Hoje conta-nos que para além do bem-estar de cada condómino, o que interessa na administração de um condomínio é “que sejamos fiéis aos nossos princípios, rigorosos, transparentes e honestos acima de tudo” realça. De uma forma resumida, o nosso interlocutor explica que atualmente faz a gestão de 10 edifícios – situados em Joane e Ruivães concelho V.N.Famalicão - estando disponível 24horas por dia, para qualquer urgência, contando ainda com uma equipa competente e polivalente de cinco colaboradores que dão resposta quase imediata na resolução de avarias. De acordo com Carlos Barroso, a CBarroso - Administração e Gestão de Condomínios, presta todo o tipo de serviços inerentes às carências de um condomínio que incidem, essencialmente,

CARLOS BARROSO sobre limpeza, manutenção, e jardinagem. Presta também o serviço de apoio ao condómino, que consiste em fazer reparações ao domicílio de eletrodomésticos, estores, pichelaria e avarias eléctricas, tendo em conta que “o condómino pode contar com o nosso auxílio para tudo o que precisar” assegura o administrador.

Cultura de Condomínios Relativamente aos desafios encontrados neste setor, Carlos Barroso destaca que nesta área a maior dificuldade que salta à vista é a cultura e a mentalidade das pessoas. Nesta questão, salienta o facto de muitas pessoas ainda não saberem viver num condomínio, onde têm direitos, mas também devem cumprir com os seus deveres. Outro fator é o de muitas pessoas não saberem distinguir que só aquilo que é comum a todos é que faz parte da responsabilidade de quem ministra os condomínios. Na ótica do administrador esta «cultura de condomínios» passa por entender que os administradores também são dependentes de serviços externos, e que por vezes a demora de certos tipos de reparações não é exclusivamente da sua responsabilidade. Contudo, Carlos Barroso assegura ter dentro de portas uma equipa bastante qualificada na área da mecânica, eletricidade e construção civil que consegue responder e resolver os pedidos de forma quase imediata. Recentemente Carlos Barroso conseguiu angariar mais dois condomínios, aumentando assim para um total de 12. Estes últimos localizados no concelho de Guimarães, nas freguesias de Ronfe e Vermil. Para o ano que se avizinha, Carlos Barroso já tem projetos: “para além das novas e recentes instalações que dispomos neste momento, vamos também alargar o nosso leque de serviços, nomeadamente, implementar a área de seguros multirriscos habitação” adianta. Outra novidade da CBarroso – Administração e Gestão de Condomínios é a forte aposta na gestão das propriedades arrendadas, como por exemplo, gerir toda a burocracia dos imóveis de emigrantes “surgiu-me essa oportunidade e eu considero que seja uma mais-valia para quem está fora” conclui.

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A MELHOR FORMAÇÃO, AO MAIS BAIXO CUSTO Tendo como atividades principais a formação profissional e consultadoria na área dos transportes rodoviários, a Formação Saraiva é uma empresa que aposta na formação de qualidade. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o formador Miguel Doellinger que nos mostrou o trabalho que tem sido desenvolvido pela empresa. FORMAÇÃO SARAIVA A Formação Saraiva é uma empresa constituída em 2011, tendo como atividades principais a formação profissional e consultadoria na área dos transportes rodoviários. Os seus sócios gerentes têm cerca de 20 anos de experiência na área dos transportes rodoviários o que, pelas competências adquiridas, permite responder com segurança a todas as solicitações dos seus clientes. Foi pela mão de Valdemar Saraiva, sogro de Miguel Doellinger, que a Formação Saraiva ganhou vida. Valdemar Saraiva sempre esteve ligado à área dos transportes, possuindo um grande conhecimento do setor que decidiu aplicar à área formativa. Aliando-se à filha Sandra Saraiva, e esposa de Miguel Doellinger, Valdemar abre este Centro de Formação em Matosinhos, onde operou até 2013, e depois de um tempo de interregno, reabre em Vila Nova de Famalicão, agora com Miguel Doellinger no comando das operações. Depois de 23 anos de atividade na área de transportes, Miguel decidiu fazer um investimento na formação, e continuar a trabalhar na área de que gosta. Aberto desde janeiro deste ano, a Formação Saraiva destaca-se pela política de preços praticada, tendo como preocupação principal levar o preço justo. Como orientação estratégica, em parceria com uma entidade formadora externa, a Formação Saraiva promove várias ofertas formativas devidamente reconhecidas pelas entidades competentes. Certificado de aptidão do motorista (CAM), gestão dos tempos de condução e repouso dos motoristas (TACOGRAFOS), condução de empilhadores, transporte de mercadorias perigosas (ADR), transporte coletivo de crianças (TCC), são algumas dessas possibilidades. Este Centro de Formação de Pesados acredita na valorização dos Recursos Humanos, através da formação como forma de desenvolvimento de competências pessoais, técnicas e profissionais. Aposta numa formação de qualidade, prática e adequada às necessidades e so-

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MIGUEL DOELLINGER

licitações do mercado na área dos transportes. “Queremos formar pessoas, para corrigir maus procedimentos, dignificando sobretudo a profissão de motorista a prestarem serviços de qualidade”, adianta Miguel Doellinger. Neste sentido, são muito flexíveis no que toca a horários e ao local das próprias sessões de formação. Acrescenta-se ainda os serviços de consultoria que prestam, vocacionado para empresas de transporte rodoviário: conselheiros de segurança (ADR), gestão de sistemas qualidade ISO 9001, gestão de dados dos tacógrafos, gestão de sanções e assistência jurídica, gestão de documentação automóvel e condutores, bem como averiguação de acidentes de trabalho e rodoviários. Como instituição responsável, a Formação Saraiva tem feito algum trabalho denunciante e tem dado um grande contributo para responsabilizar os próprios condutores. Exemplo disso é a recente preocupação com o controlo dos tempos de condução e descanso dos motoristas, que os levou a adquirir dois equipamentos tacógrafo (analógico e digital) para exemplificações práticas e sobretudo esclarecer dúvidas pertinentes aos motoristas, e um sistema informático que lhes permite analisar todas os dados tacográficos e elaborar mapas mensais de anomalias, evitando assim contraordenações de valores avultados. O futuro da Formação Saraiva passa mesmo por continuar o trabalho que tem sido desenvolvido, apostando na atualização constante, e procurar fazer chegar essas informações aos clientes e à comunidade em geral. A longo prazo, Miguel Doellinger só pensa em crescimento, pretendendo fazer da Formação Saraiva uma referência no setor dos transportes, nomeadamente no apoio às empresas que realizam serviços de transporte, aos motoristas e às entidades competentes.


VILA DO CONDE E Pテ天OA DE VARZIM A VIDA ENTRE A TERRA E O MAR

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Em Vila do Conde, os 18 km de praias conjugam-se com a ruralidade das freguesias mais a interior, sendo visíveis legados da pré-história, como o Castro de S. Paio, ou a Cividade de Bagunte, exemplares de arquitetura do românico, como a igreja de Rio Mau, as casas e solares rurais e brasonados ou a tradição monástica de Junqueira, Azurara ou Vairão. Vila do Conde, cidade e concelho, é testemunho de uma imensa riqueza sob o ponto de vista patrimonial. Desde os mais remotos legados provenientes do período pré-histórico até à arquitetura contemporânea, as evidências materiais dessa vivência e dessa riqueza edificada estão constantemente a cruzar-se com quem circula pelas ruas deste concelho. A sua gastronomia reflete a sua situação geográfica em relação ao mar e à rica região agrícola. É particularmente apreciada a ‘petinga à moda das Caxinas’ e toda a variedade de peixes e mariscos, o cabrito assado, pratos de saborosa carne e o fresco e natural leite das casas agrícolas concelhias. As raízes da Póvoa de Varzim estão desde sempre ligadas ao mar e a uma enseada acolhedora para a faina da pesca. Ao longo do tempo Póvoa de Varzim assumiu-se, enfeitou-se, usou a talha dourada, os azulejos, o ferro forjado como ornamentos e progrediu, afirmando-se como um importante pólo urbano do norte de Portugal. Com uma frente atlântica de aproximadamente 13 km, a temperatura da água do mar é relativamente baixa, o areal é de uma textura única, a temperatura é amena e a costa é recortada formando enseadas acolhedoras e uma intensa vida marinha nos maciços rochosos perto da praia. A sua gastronomia reflete, por excelência, a combinação da pesca e da agricultura. Aproveitando o melhor das duas atividades e beneficiando da influência minhota, que tem a carne como elemento básico, por aqui se desenvolveu uma interessante fusão de sabores. Nos muitos e bons restaurantes da cidade pode-se saborear os pratos mais tradicionais como a ‘Pescada à Poveira’, a Caldeirada de Peixe’ e o ‘Arroz de Sardinhas’.

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A EXCELÊNCIA DESDE O BERÇO O Q.I. Colégio é um estabelecimento de ensino particular e cooperativo que oferece uma vasta gama de valências. A revista Portugal em Destaque foi conhecer mais de perto o trabalho que tem sido desenvolvido por esta instituição, que é já uma referência na Póvoa de Varzim. QI COLÉGIO O Q.I. Colégio é um estabelecimento de ensino particular e cooperativo que nasceu em 2002, como um pequeno projeto de acompanhamento de estudo e que, ao longo dos anos, foi crescendo e diversificando as suas valências. Propriedade de Ivo Araújo e Cristina Quintas, hoje o Q.I. Colégio é centro de estudos, jardim de infância e creche. A aposta no apoio personalizado, na aprendizagem cooperada e no desenvolvimento motor fazem o sucesso deste estabelecimento que acolhe já aproximadamente 150 crianças. Foi em 2001 que o projeto Q.I. se começou a formar, na altura, apenas como centro de estudos, tentando responder às solicitações da comunidade. Começou com acompanhamento de estudo ao 1º, 2º e 3º ciclos, ensino secundário e universitário, com vista à consolidação dos conteúdos escolares. Em 2012 o Q.I., dando resposta a várias solicitações, criou as valências de creche com berçário e jardim de infância, convertendo-se em Q.I. Colégio. Após alguns pedidos dos próprios pais, nasce então o novo projeto de creche e jardim de Infância, apostando na qualidade do ensino e em grupos de trabalho pequenos, como já vinha sendo lema da casa. Isto só foi conseguido com a aquisição de um novo espaço em 2008, mais amplo, totalmente equipado e com a construção de uma nova parte, com uma grande área exterior. Caricata é a caracterização realizada por alguns pais que, logo na primeira visita, se sentem em casa, realçando a área de espaço verde e ao ar livre, situada numa zona afastada da estrada e onde as crianças se divertem e crescem de forma saudável e segura. Outros realçam uma característica singular, o facto de ser possível ver de fora todas as salas e as atividades que estão a ser realizadas, como se as salas fossem “aquários”, como comentou uma mãe com o seu marido quando os visitou pela primeira vez. O intuito é que os pais consigam ver o que estão a fazer, a qualquer hora, e sintam que ali as suas crianças estão felizes e seguras. Paralelo ao novo projeto da creche e jardim de infância, o Q.I.

mantém o seu primeiro projeto de acompanhamento de estudos, desde o 1º ciclo até à universidade. Esta é uma casa que gosta de ver as crianças a crescer, tendo mesmo já crianças que, terminando o pré-escolar, se mantêm no Q.I. na valência de Centro de Estudos. Este não é só um local onde os pais deixam os filhos, é um local onde as crianças e jovens gostam de estar, quase como uma segunda casa. Neste sentido, o Q.I. Colégio foi crescendo à medida das necessidades, oferecendo também o serviço de transporte e de refeição almoço/lanche. Conscientes de que trabalham com pessoas para prepará-las para o futuro, sempre primaram pela qualidade, optando por trabalhar com grupos pequenos. Este estabelecimento de ensino está alicerçado num conceito diferenciador, baseado no ensino direcionado, com acompanhamento e atendimento personalizado, sempre em contacto com os pais e dando resposta às suas solicitações. O Q.I. é hoje uma pequena família, onde docentes, discentes e encarregados de educação trabalham em conjunto, mantendo uma relação baseada na preocupação, amizade e compreensão, com um intuito comum: o sucesso escolar e a formação adequada dos jovens.

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SORRISOS COM ARTE Sorrisos com Arte. É este o lema da Orto-M, uma clínica dentária espalhada pelo Norte do país que prima pela excelência. Aliando o conhecimento à prática, à alma e à paixão pela ortodontia, a Orto-M promete um tratamento de excelência a preços bastante acessíveis, garantindo um sorriso melhor a todos os que por lá passam.

ORTO-M

Fundada na Póvoa de Varzim, em 1995, com o nome Clínica Médica Dentária Margarida Marques, a clínica foi desde sempre direcionada para a estética dentária. Com a crescente procura de muitos pacientes de outras zonas e com a mesma direção técnica de Margarida Marques, a Orto-M respondeu às necessidades do mercado e alargou as suas instalações, primeiro ao Porto, 2002, e mais tarde a Canidelo - Vila Nova de Gaia, 2003. No final do ano de 2010, a Orto-M voltou a crescer, e assim surge a clínica Orto-M Póvoa Norte. Considerada uma PME Líder e PME Excelência 2014, a Orto-M pretende primar pela qualidade dos seus serviços e pelo atendimento personalizado. “É bom fazermos parte de um projeto com uma dimensão e uma projeção destas. E é motivante trabalharmos para algo que está a crescer e a fazer um trabalho de excelência”, afirmaram três das médicas dentistas, Maria Luís, Joana Lameiro e Filipa Alves da clínica de Canidelo, em conversa com a equipa da revista Portugal em Destaque. Mas não é apenas como PME Líder que a Orto-M se destaca. Esta clínica também conquistou a Certificação de Qualidade ISO 9001:2008 no âmbito de Prestação de Serviços de Medicina Dentária. Uma certificação de garantia de controlo de procedimentos internos a diferentes níveis de higiene, processos, e atendimento. Quando questionadas acerca da saúde oral dos portugueses, as doutoras afirmam que cada vez mais as pessoas se preocupam com a sua saúde e, principalmente, com a estética. “A boca dos portugueses está a melhorar, há um cuidado com a saúde oral que antes não existia. Têm hábitos melhores desde pequenos e são educados de maneira diferente para não terem ‘medo’ dos dentistas. Acho que primeiro o medo era transmitido pelos pais às crianças”, explicaram as médicas. Mas, adiantam que ainda existem casos de pacientes que não têm o hábito incutido de irem regularmente ao dentista. “Continuam a chegar até nós casos de pessoas com um grande descuido e muitos casos de pacientes que só vêm quando o dente dói. Nestes casos, as pessoas preferem tirar o dente do que fazer tratamento”, avançam as médicas cujo trabalho prioritário é implantologia e reabilitação oral. E é neste sentido que a Orto-M tem como filosofia reeducar e elucidar todos os seus pacientes para a importância de criarem hábitos de rotina de visita ao dentista para serem vistas e acompanhadas. “Acho 30 | PORTUGAL EM DESTAQUE

que o nosso trabalho neste sentido de educação está a dar frutos. Porém, ainda está muito enraizada a ideia de que é caro ir ao dentista. Mas há cada vez mais seguros, protocolos, cheques dentários que tornam os preços mais acessíveis a todos”, referem Maria Luís, Joana Lameiro e Filipa Alves. Assim, a Orto-M beneficia de seguros com a Multicare, Médis, Saúde Prime e Medicare, considerados uma mais-valia para os seus pacientes, bem como protocolos com o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNTQB), Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A trabalhar com grandes marcas como a Straumann, Voco, The dentalists Inibsa e Ormco, a clínica médico dentária Orto-M dispõe aos seus pacientes serviços de higiene oral, odontopediatria, dentisteria, ortondotia, prostodontia, implantologia, periodontologia, cirurgia oral e branqueamento com a garantia da melhor qualidade. Para a prestação destes serviços a clínica está dotada de uma tecnologia avançada e equipada com câmaras intraorais, ortopantomografo, raio-x portátil, tac oral, software de diagnóstico, software de controlo de esterilização, branqueamento e zoom whitespeed. “Temos as técnicas mais avançadas e material qualificado que nos permitem trabalhar com eficácia e qualidade. Trabalhamos com marcas muito boas e apostamos muito na qualidade dos serviços, das técnicas e do atendimento”, contam satisfeitas as médicas. Outra das grandes preocupações da ORTO-M é a higiene e esterilização do equipamento das suas clínicas. Para tal, têm uma sala de esterilização e procedimentos internos que garantem a conformidade com as normas de segurança a nível de esterilização, conforme o que é recomendado por vários organismos de prestígio nacional. Com cerca de 13 médicos distribuídos pelas quatro clínicas, a Orto-M aposta bastante no atendimento personalizado virado para o paciente para perceber bem quais são as suas necessidades. “Aqui criam-se laços com os nossos


pacientes, não tratamos só dos seus dentes”, avançam. Há nove anos em Canidelo, tiveram mesmo de mudar de instalações porque o espaço já estava a ficar demasiado pequeno para a quantidade de pacientes que tinham e para as suas necessidades. O espaço é composto por uma sala de recobro para os pacientes poderem estar à espera confortavelmente depois das cirurgias, uma sala de prótese, uma sala de espera, cinco gabinetes, sala de raio-x, sala de esterilização e um laboratório, numa área total de 400m2. A clínica Orto-M quer diferenciar-se no exercício da Ortodontia e para tal aposta na melhoria e reforço da qualidade dos seus serviços e instalações de forma a dar resposta aos seus objetivos de crescimento, bem como proporcionar o maior nível de satisfação a todos os seus pacientes. E apesar de algumas pessoas ainda não terem por hábito a ida regular a um dentista, muitas vezes por questões económicas, começa a verificar-se na clínica Orto-M uma procura crescente com preocupações estéticas e a fazerem grandes reabilitações dentárias. “Este setor vai mudar e as pessoas vão começar a recorrer mais aos dentistas, já vemos bastantes crianças e mesmo adultos a usarem cada vez mais aparelhos e a tratarem da sua boca. Temos muitos emigrantes que quando vêm de férias aproveitam para vir fazer os tratamentos à nossa clínica porque é um serviço de qualidade com preços mais

EQUIPA ORTO-M baixos do que lá fora”, adiantam as médicas. A Orto-M aposta fortemente na formação contínua do seu corpo clínico pelo que, todos os meses, organizam reuniões onde os médicos dentistas discutem casos, temas, avanços das tecnologias, expõem dúvidas e, especialmente, partilham experiências. Quanto ao futuro da clínica, a Orto-M não pensa, para já, abrir outra clínica. “Queremos manter a qualidade em que temos vindo a apostar nas clínicas que temos. Estamos sempre atentos às novas tecnologias e às nossas instalações para proporcionar maior conforto aos nossos pacientes. E para nós é importante a relação humana interna e ex-

terna, por isso apostamos bastante nesse aspeto”. Mas, em relação a novos projetos, a clínica tem já em cima da mesa uma proposta para avançarem com um projeto de turismo de saúde dentário, isto porque o elevado custo do tratamento dentário em alguns países da Europa e do mundo tem impulsionado o turismo dentário em Portugal. Trata-se de programas para captar turistas para as suas clínicas enquanto estes vêm em viagem conhecer a cidade, conciliando o lazer com o cuidado da saúde oral.

NOVAS INSTALAÇÕES Canidelo - V. N. Gaia

ACORDOS | PROTOCOLOS

ORTO-M Sede Rua 31 de Janeiro nº 82 R/c. 4490-533 Póvoa de Varzim Telf. 252 624 029 | orto-m@orto-m.com ORTO-M Póvoa de Varzim Norte Avenida do Mar nº 83. 4490-406 Póvoa de Varzim Telf. 252 645 536 | orto-m@orto-m.com ORTO-M Canidelo Rua Bélgica nº 2176. 4400-046 Vila Nova de Gaia Telf. 227 718 036 | canidelo@orto-m.com ORTO-M Porto Rua Pedro Olaio nº 18 R/c. 4150-009 Porto Telf. 226 174 850 | porto@orto-m.com

RECONHECIMENTOS

SERVIÇOS | HIGIENE ORAL | ODONTOPEDIATRIA | DENTISTERIA ESTÉTICA | ORTODONTIA | CORREÇÃO MAXILAR ORTODONTIA LINGUAL | ORTODONTIA SISTEMA DAMON | BRANQUEAMENTO DENTÁRIO | CIRURGIA ORAL PERIODONTOLOGIA | PRÓTESE FIXA | PRÓTESE REMOVÍVEL | IMPLANTOLOGIA | ATM | SORRISOS COM ARTE PORTUGAL EM DESTAQUE | 31


O MELHOR “CANTINHO” POVEIRO O Café Tertúlia é um verdadeiro ponto de encontro para amigos e conhecidos. Foi na Póvoa de Varzim que a revista Portugal em Destaque encontrou este café, um espaço onde a modernidade e a tradição se conjugam na perfeição.

CAFÉ TERTÚLIA A ALMA É QUE É O SEGREDO DO NEGÓCIO PORQUE É A ÚNICA COISA QUE NÃO É PLAGIÁVEL – HUGO LOPES, LURDES FERNANDES E ANTÓNIO ROBALO

Foi em maio de 2012 que Lurdes Fernandes desafiou os seus dois filhos a investirem num negócio próprio, em família, na área da restauração. Com alguns anos de experiência na área, tendo trabalhado num café de referência na Póvoa de Varzim, Lurdes Fernandes viu uma oportunidade para abrir um café quando no prédio onde moram uma loja ficou disponível para venda. Numa altura em que muitos negócios estavam a fechar face à crise económica, os filhos Hugo Lopes e António Robalo ficaram apreensivos com a proposta. Ademais, a ideia de “ser mais um café” não agradava ao filho mais velho Hugo Lopes. A estudar Arquitetura na altura, Hugo só ficou convencido quando a mãe lhe deu liberdade para conceber o projeto do café. Foi aí que decidiu fazer uma pausa nos estudos e agarrou o projeto, que se converteu na sua primeira obra de arquitetura, arrastando também o irmão mais novo, António Robalo, que dividia a sua vida entre a competição nos campeonatos nacionais de body board, chegando a representar a seleção nacional nesta modalidade, e os estudos, estando na altura a concluir o ensino secundário. Com a intenção de criar um espaço onde as pessoas se pudessem reunir e conversar, um ponto de encontro entre amigos e conhecidos, nasceu o Tertúlia. Depois da escolha difícil do nome, com a ajuda de amigos e família, Hugo trabalhou no conceito e no espaço em si. O propósito era ter peças decorativas tradicionais portuguesas que estão nas nossas memórias, e introduzi-las num ambiente mais moderno. Este café tem-se desenvolvido e crescido, moldado pelos próprios clientes que acabam por usu-

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fruir do espaço como se estivessem em casa. Tendo-se lançado apenas como um negócio de família, a crescente procura obrigou ao aumento da equipa, e hoje já são 10 as pessoas que emprega. A equipa do Tertúlia é uma verdadeira família, são pessoas que vestem a camisola e que gostam do que fazem. “Só desta forma apaixonada, nos nossos dias, é que é possível ir sobrevivendo”, adianta Lurdes Fernandes. Encontramos ali um espaço intemporal e intergeracional, um ponto de encontro para pessoas de todas as idades, que acabam por ter já o seu “cantinho” preferido. Atualmente, o Tertúlia tem serviço de café, snack e bar. Não podemos esquecer as francesinhas, os hambúrgueres, os pregos no pão, e outros petiscos tradicionais portugueses que ali são servidos. Sempre apostados na qualidade dos produtos que oferecem, no atendimento personalizado, e nos preços convidativos, é na forma como a equipa se entrega ao projeto que está o sucesso. Lurdes, Hugo e António, sempre presentes, são a alma deste café. E apesar de esta ser uma atividade que os priva muito da vida pessoal, os três estão inteiramente dedicados ao projeto e possuem o sonho de estender o serviço para outra cidade. “Isto é o nosso projeto, a nossa vida”, reforça Hugo, que impulsionado pelo hashtag #melhorcafedomundo# partilhado nas redes sociais por clientes/amigos gostava de ver o Tertúlia ser reconhecido como o melhor café do mundo.


SERVIÇO EDUCATIVO DE RIGOR E QUALIDADE O Grande Colégio da Póvoa nasce em 2001, fruto de uma análise atenta e da constatação da inexistência, na região, de uma estrutura educativa que oferecesse um serviço de qualidade e de continuidade desde a creche ao 12º ano de escolaridade. Em conversa com a revista Portugal em Destaque Rui Maia, diretor da escola, levanta o véu sobre como funciona uma infraestrutura com esta dimensão e complexidade.

GRANDE COLÉGIO PÓVOA DE VARZIM

O Grande Colégio da Póvoa de Varzim é um estabelecimento de ensino particular e cooperativo, integrado num Complexo Colegial do qual fazem parte mais dois estabelecimentos de ensino: o Colégio Jardim das Cores, situado em Vila do Conde, e o Colégio de Amorim na Póvoa de Varzim. A organização do Complexo Colegial visa estabelecer uma articulação sequencial e progressiva entre os diversos níveis e graus de escolaridade, fundamentalmente no que respeita aos currículos e percursos escolares. Com um quadro técnico constituído por 65 profissionais, 26 deles afetos à docência, no presente ano letivo, o Grande Colégio da Póvoa tem, aproximadamente, 370 alunos inscritos. Para além da Creche, do Jardim de Infância e do 1º Ciclo do Ensino Básico, o Grande Colégio dispõe, também, de uma a valência de A.T.L. Para Rui Maia, “a missão e os valores do Colégio projetam-se num futuro que queremos melhor para todos. Perspetivamo-nos como uma força geradora de competências que tornam o aluno no agente dinâmico da sua formação pessoal e social”, afirma. Devido à complexidade desta infraestrutura e para dar resposta às necessidades de todos os seus alunos, o Colégio dispõe de um serviço de transportes, de apoios educativos especializados no âmbito do Serviço de Psicologia e Orientação e da Terapia da Fala, catequese, saúde escolar, clubes de estudo, bem como um

RUI MAIA

leque diversificado de atividades extracurriculares. De extrêma importância para a formação dos seus alunos, as atividades extracurriculares disponibilizadas abrangem as mais diferentes áreas. A área Pedagógica com um programa de desenvolvimento mental para crianças que potencia a sua inteligência através do cálculo com o ábaco, a aritmética mental e jogos, o programa Aloha Mental Arithmetic. No desporto, o futebol, natação, judo, xadrez, ténis de Mesa, tai chi, yoga, esgrima. As atividades extracurriculares na área artística envolvem o teatro, guitarra clássica, piano, orquestra, ballet clássico, hip hop. Por fim, disponibilizam, ainda, na área cultural, aulas de mandarim e inglês extracurricular. “Em concreto, e em relação ao ensino particular, temos a preocupação constante de prestar um serviço educativo de rigor e qualidade, compatível com o esforço financeiro efetuado pelos pais pelo facto de terem os seus filhos num colégio privado”, avança Rui Maia. Por sua vez, do outro lado, a preocupação dos pais traduz-se na necessidade de os seus filhos usufruírem de um ensino de qualidade, prestado num ambiente seguro e, o Grande Colégio tem vindo a caminhar nesse sentido de corresponder às exigências justificadas dos pais. A formação é a pedra basilar da estrutura do ser humano, enquanto pessoa e cidadão. “É dessa preocupação didática e pedagógica e de uma dedicação a todos os nossos alunos que fazemos a nossa missão: ensinar a ser, ensinar a crescer e ensinar a viver. Com esta missão, centrada em todos os momentos, acreditamos que preparamos um futuro que marcará a diferença”, conclui o diretor.

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D’GOSTAR E VOLTAR POR MAIS D´Gostar - é este o criativo nome dado a um restaurante take-away de comida tipicamente tradicional e caseira, situado na Póvoa de Varzim. Em entrevista a Paulo Gomes, administrador do restaurante, a revista Portugal em Destaque foi conhecer as valências desta casa.

D´GOSTAR – TAKE-AWAY

D’GOSTAR TAKEAWAY TELEFONE: 252 691 366

E porque a diferenciação é algo fundamental na área da restauração, Paulo Gomes decidiu complementar o serviço de takeaway com um restaurante dedicado ao sushi – Sushiedi - e uma empresa de eventos e decoração, a D´Cor. Sobre a marca «D´Gostar» Qualidade, preço e atendimento personalizado - são os três fatores prioritários e decisivos quando falamos da D´Gostar. Há 3 anos e meio no mercado, este serviço de take-away conta já com seis espaços abertos e não vai ficar por aqui. Dispõe de pratos diários e sobremesas, e tem sempre disponível para os seus clientes pratos de panados, tripas à moda do Porto, lombo recheado, vitela assada e filetes de pescada. Após saborearem as refeições, os clientes podem ainda contar com um leque de sobremesas como mousse de chocolate, pudim, gelatina, bolo de chocolate, entre outras. Mas é essencialmente através de um serviço de comida saudável que o D´Gostar se quer destacar. Com uma cozinha tradicional saudável, os seus pratos vão do cozido ao grelhado, do peixe à

carne, assim como são servidos pratos vegetarianos. Em suma são cerca de 70 pratos diferentes que o D’Gostar serve semanalmente. De forma a acrescentar valor a este serviço de take-away surgiu a padaria/pastelaria Pão D´Arte. “Todos os D´Gostar que vamos criar daqui para a frente já vão ter incluídos no espaço a parte de padaria e pastelaria”, afirma o detentor do grupo, Paulo Gomes, acrescentando que o importante é marcar pela diferença. A equipa de colaboradores é constituída por 46 pessoas, que têm formação contínua, sendo também constantemente motivadas para que isso se reflita num atendimento único e personalizado. “Apostamos muito no atendimento, e nos nossos espaços dispomos de música, televisão e wifi para que os clientes estejam confortáveis enquanto esperam” salienta o gerente. Hoje em dia Paulo Gomes assegura que os clientes estão cada vez mais exigentes, pelo que não se importam de pagar a boa qualidade da comida aliada a um bom serviço e, naturalmente, a um bom atendimento. “Temos uma organização e um método de trabalho que nos permite ser eficazes”, destaca o nosso interlocutor.

SUSHIEDI Av. Mouzinho de Albuquerque, 22 Póvoa de Varzim TELEFONE: 252 029 339 34 | PORTUGAL EM DESTAQUE


Sushiedi: Sushi para todos os gostos Em 2014 nasce o Sushiedi afirmando-se desde logo como um espaço de referência de sushi na Póvoa de Varzim. No Sushiedi trabalha-se com o “peixe mais fresco” e os seus pratos são confecionados de forma a proporcionar e permitir aos seus clientes uma experiência única. Desta feita, torna-se um espaço ideal para quem pretende um almoço ou jantar com qualidade e requinte. “As pessoas estão atentas a tudo cá dentro. E tudo é pensado para oferecer um momento diferente aos nossos clientes, desde a escolha da música, passando pela intensidade da luz, entre muitos outros pormenores”, explica Paulo Gomes. Para complementar o jantar quem vai ao Sushiedi usufrui, ainda, de um serviço de bar e, também, às quintas-feiras, quem ali vai pode deliciar-se com o programa ‘Sushi e Gin’, cuja comida e bebida combinam e se adaptam perfeitamente. Esta casa destaca-se, igualmente, pelas suas sobremesas caseiras, diferentes sazonalmente e todas as semanas. Com um horário de funcionamento das 19h30 às 23h30 à segunda-feira e das 12h às 15h/19h30 às 23h30 de terça-feira a sábado, o Sushiedi quer desmistificar a ideia de que comer sushi é caro. “A adesão da população tem sido boa, não somos o único restaurante de sushi aqui na zona, mas somos os primeiros e únicos com este conceito tradicional de cozinha japonesa. Não servimos só sushi, mas sim um leque diversificado de comida japonesa, bife de lombo acompanhado com legumes em alternativa para pessoas que acompanham grupos e que não comem sushi, bem como sushi com peixe cozinhado”, avança o gerente.

que Paulo Gomes considera ajustar-se e complementar perfeitamente o que o grupo tem vindo a fazer. A D’cor define-se como sendo uma empresa jovem e dinâmica que assenta na criação, produção e organização de eventos como festas de aniversário, serviço de catering para empresas e para particulares nas suas próprias casas. Quanto à decoração, essa passa pela decoração de interiores, renovação de espaços comerciais, vitrinismo e decoração para o natal de casas particulares. O futuro A pensar já em novos projetos para o verão para as cidades da Póvoa de Varzim e Vila do Conde e numa cozinha de autor, Paulo Gomes avança que vão expandir, igualmente, a D´Gostar para Lousada e Guimarães e, numa fase posterior, para o Porto. “Queremos fazer crescer a marca D´Gostar para atingir um patamar bastante elevado” frisa Paulo Gomes. Assim, o futuro da D´Gostar passa essencialmente pelo franchising “Tudo será feito com parcerias e sócios locais para os sítios onde pretendemos ir” afirma o nosso interlocutor, e realça que “não vamos industrializar a nossa comida, não é esse o nosso caminho”. Com o lema “comidinha quentinha”, querem ser os segundos melhores na cozinha porque, de acordo com o proprietário, as primeiras melhores são as comidas das avós e das mães. “Se alguém chega e diz que o nosso arroz de cabidela está mesmo igual ao da avó, então ficamos satisfeitos e sabemos que conseguimos o que pretendíamos”, conclui Paulo Gomes.

D’COR D´Cor: Eventos e Decoração à sua medida Depois do take-away D´Gostar e do Sushiedi nasce o D´Cor vocacionado para a organização de eventos e decoração. Um serviço

TELEFONE: 916 760 983

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RIGOR E DEDICAÇÃO CULMINAM EM ANOS DE SUCESSO Abriu portas há apenas três anos, mas hoje é uma referência na restauração de Vila do Conde. O restaurante Os Eusébios nasceu da vontade de Arnaldo Eusébio e da sua família de criar um espaço familiar e acolhedor, com boa comida e onde as pessoas se sentissem a casa. A francesinha é a especialidade da casa, considerada uma das melhores da zona norte. ARNALDO EUSÉBIO E FAMÍLIA

RESTAURANTE OS EUSÉBIOS

Alargar horizontes Tudo começou há 30 anos quando Arnaldo Eusébio decide mudar-se para a Póvoa de Varzim para trabalhar na casa de um primo, a quem deve tudo o que sabe sobre a área, até ao ponto em que percebeu que era capaz de conseguir ter um negócio seu. Com apenas 17 anos, propõe ao pai deixar o seu emprego como carpinteiro naval num estaleiro da zona e abrirem em conjunto o café snack, O Eusébio, em 1985. A recetividade inicial foi muito boa, foram naturalmente evoluindo e atingiram rapidamente um sucesso considerável. Querendo adaptar-se a um mercado cada vez mais exigente e com o objetivo de ampliar o negócio, incentivado pelos filhos, decide abrir o seu próprio espaço mais dedicado para a vertente da restauração. Anteriormente toda a família emigrou para Andorra, Espanha, onde o empresário trabalhou na área da construção civil e com a experiência adquirida decidem eles próprios construir o restaurante, demorando apenas cerca de dois meses a sua conclusão. Empenho e dedicação foram as palavras de ordem. “Devo muito ao povo desta zona porque divulgaram o nosso restaurante e acreditaram em nós. Também os fornecedores foram uma parte importante devido à confiança que depositaram no nosso trabalho porque no início nada foi fácil”, começa por contar Arnaldo Eusébio. A sala que construíram começou a ser pequena e tiveram que ampliar as instalações. “Ao fim de semana temos filas com uma hora, uma hora e meia de espera e assim, sentindo a necessidade que há, vamos aumentando e adaptando ao que é necessário”, frisa. Francesinha, a especialidade da casa No Os Eusébios, a francesinha é o prato mais pedido tendo também alguns clientes que se deslocam ao restaurante de propósito devido ao peixe fresco grelhado, à sua posta, sendo que apenas trabalham com produtos frescos, mesmo nas francesinhas. “Costumo dizer que as nossas francesinhas são diferentes, porque 36 | PORTUGAL EM DESTAQUE


os nossos produtos são de qualidade e frescos, para além do nosso molho, segredo da casa. Os nossos clientes costumam dizer que o nosso molho é muito viciante, é diferente do molho das francesinhas que são servidas no Porto”, destaca Ana Luísa Eusébio, esposa do empresário acrescentando que, “para além disso, todos os pratos servidos no restaurante saem na hora ao mesmo tempo, em caso de ser um grupo e passam pela mão e aprovação do chefe, Arnaldo Eusébio”. Para isso, é preciso uma organização muito grande, gostar do que se faz e variar os pratos, como os próprios explicam. “Não fazemos diárias porque primamos pela qualidade, tendo sempre em vista a relação qualidade-preço”, conta. Apesar de servirem das melhores francesinhas da zona norte, admitem que são bastante curiosos e gostam de visitar outras casas e reconhecem quando são bem servidos e a refeição é realmente boa. No entanto, Arnaldo e Ana Luísa Eusébio reconhecem que o atendimento personalizado e cuidado é parte integrante e fundamental do sucesso de qualquer casa. “Aqui, quando o cliente vai pagar, a primeira coisa que perguntamos é se gostou e se estava tudo bem. Para nós uma crítica é sempre construtiva, apesar de na grande maioria das vezes os nossos clientes saírem sempre satisfeitos. Tentamos sempre ouvir e melhorar. Temos clientes que vêm cá desde que abrimos o nosso espaço. Vêm cá pessoas almoçar/jantar de muito longe como Braga ou Guimarães, etc. e que esperam o tempo que for preciso por uma mesa livre. Um

bom atendimento é fundamental para que as pessoas voltem”, contam. Com uma equipa de 11 funcionários, Arnaldo Eusébio ressalva a sorte de ter uma equipa fantástica que são para si como uma segunda família. “Na hora de trabalhar, não somos patrões, somos todos iguais, somos uma equipa e vamos todos correr para o mesmo lado. Eles não têm que agradar a nós mas sim aos clientes porque são eles que pagam os seus salários”, diz o nosso entrevistado. Futuro sustentado e de conquistas Expandir para o Porto é um dos grandes sonhos de Arnaldo Eusébio e esse é futuramente um dos objetivos a cumprir. Outro dos projetos passa por fazer algumas modificações no espaço que já possuem, nomeadamente aumentar o balcão e a cozinha. “Gostaria de ter mais espaços, a pensar nos meus filhos, o Porto é um sonho. Temos três filhos e se quiserem e gostarem, a ideia é que tomem conta do negócio e deem continuidade ao nosso trabalho. Os nossos filhos mais velhos já trabalham aqui no restaurante, a nossa filha mais nova, com apenas 14 anos, está a formar-se nesta área, tendo o bichinho pela cozinha como o pai. Este projeto é nosso e dos nossos filhos porque tomamos sempre decisões importantes juntos, em família e queremos que sejam eles a dar continuidade ao nosso trabalho”, conclui o empresário.

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UM ESPAÇO PLURIDISCIPLINAR DE CULTURA E DE TURISMO Foi na marginal do Rio Ave que a revista Portugal em Destaque foi encontrar o Erva Doce. Composto por duas áreas distintas, sendo elas a Guest House e a Tea House, o Erva Doce assume-se como um espaço pluridisciplinar de cultura e de turismo.

ERVA DOCE GUEST HOUSE

O Erva Doce é uma moderna unidade hoteleira e casa de chá, localizada na zona histórica de Vila do Conde, que nasceu de um projeto familiar. Foi em julho de 2013, depois de uma conversa com a proprietária do espaço à data, que o projeto começou a ganhar vida. Movido por um sonho antigo de abrir um espaço distinto, Filipe Ferreira envolveu a sobrinha (Susana Sousa), a irmã (Conceição Sousa) e o cunhado (José Sousa) no projeto. Em apenas dois meses delinearam o conceito, puseram mãos à obra e assenhoraram-se do espaço. Dois anos depois, o Erva Doce, nome que ficou da antiga proprietária e que decidiram manter por considerarem que se enquadrava no conceito por eles criado, é um projeto consolidado. Hoje são cinco as pessoas que todos os dias ali trabalham; aqui vai encontrar uma verdadeira família,

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que cuida deste espaço como se da sua própria casa se tratasse. Contabilista de profissão, Filipe Ferreira desde sempre que teve o desejo de abrir um negócio próprio deste tipo, o desejo de criar um espaço acolhedor e intimista numa zona histórica. Foi no Cais das Lavadeiras, com vista sobre o Rio Ave, que Filipe encontrou esta casa reconstruída e, com a ajuda da família, fez dela o Erva Doce. Foi nas suas viagens pelo mundo que Filipe procurou e encontrou inspiração para definir o ambiente romântico e poético que hoje são a imagem de marca deste espaço. Junto com a família, procurava algo que fosse “o mais português e natural possível”. E foi neste âmbito que surgiu esta unidade composta por duas áreas distintas, sendo elas a Guest House e a Tea House. O Erva Doce assume-se como um espaço pluridisciplinar de cul-


tura e de turismo, destacando-se a moderna casa de chá e loja, especializada em chás biológicos e pastelaria caseira. No Erva Doce vai poder encontrar uma grande variedade de chás, desde chás biológicos que são comprados numa horta, a chás que vêm diretamente de Inglaterra. No que toca à pastelaria, tudo é ali confecionado, sendo já característico o cheiro a bolo acabado de fazer mal se entra pela porta da entrada. Conscientes de que a novidade por vezes pode causar alguma estranheza e desconfiança, Filipe diz que “no início a nossa abordagem foi: experimente”. Há mesmo uma grande aposta na organização de pequenos eventos de divulgação e degustação de chás e compotas que podem ser encontrados no Erva Doce. Para além disso, todos os produtos ali comercializados também podem ser comprados pelos clientes. De realçar aqui a preocupação pelo comércio justo, assumindo-se como uma casa fair trade, servindo produtos fair trade. O Erva Doce Guest House proporciona quartos confortáveis, traçados para acomodar as necessidades de qualquer viajante. No primeiro e segundo andar, com vistas para o rio, encontramos quatro quartos, dois com varanda e dois com janelas respectivamente. Com vista interior e em ambos os andares encontramos um quarto triplo/beliche (três camas)/coletivo, que pode ser partilhado ou utilizado por famílias. Todos os quartos duplos possuem uma casa de banho privativa, enquanto os dormitórios/ colectivos têm cada quarto acesso a uma casa de banho partilhada. É nas feiras de moda, decoração e design que encontram inspiração para a decoração das instalações. Filipe Ferreira acres-

centa mesmo que as peças de decoração iniciais com que abriram a casa foram todas adquiridas numa feira de artesanato e passaram por um processo de reciclagem para lhe darem um toque de modernidade. De enfatizar a esplanada virada para o rio, ideal para ler um dos livros que também ali estão à disposição numa minibiblioteca livre. Os preços praticados são bastante convidativos, sendo que o pequeno-almoço está incluído na tarifa. Para mais opções de refeições, os hóspedes podem aventurar-se até ao centro da cidade, que tem vários restaurantes e bares. Aliás, a cidade recebeu muito bem este espaço, que veio trazer um outro encanto à marginal. Muito bem referenciado por todas as pessoas que por ali passam, tanto pela funcionalidade do serviço prestado, como pelo bom atendimento, apenas com dois anos de história, o Erva Doce já conseguiu fidelizar clientes, que não conseguem resistir a uma segunda visita. Grande percentagem dos ocupantes desta casa são turistas, mas é curioso ver que também pessoas do Porto, Maia e até da Povoa de Varzim vão até lá para apenas passar o fim-de-semana. Esta é uma casa que sabe e gosta de receber, onde há sempre uma história nova para partilhar, não sendo de estranhar a grande procura pelos peregrinos que fazem os Caminhos de Santiago de Compostela. Aqui descobrimos um espaço onde as pessoas se sentem em casa e reconfortadas. E é precisamente este o espírito deste projeto, todos funcionam em equipa e todos participaram, tirando partido das valências de cada um.

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LÍDER EM INOVAÇÃO E SOLUÇÕES PARA ELEVADORES Fundada em 1979, a GRUPNOR nasceu com a expansão do mercado habitacional e das obras públicas. A Diretora Financeira Ana Paula Fernandes expôs à revista Portugal em Destaque as políticas que têm feito crescer esta empresa. GRUPNOR - ELEVADORES DE PORTUGAL, LDA

Delineada, inicialmente, para atuar como empresa instaladora de elevadores, a GRUPNOR foi ganhando competência no negócio e passou a integrar o processo de fabrico e o processo de manutenção de elevadores. A atividade de manutenção de elevadores, que surgiu como um complemento da venda, é atualmente a área de negócio responsável pela maior absorção de recursos humanos e técnicos, que gera maior valor e também o negócio da empresa com maior potencial de crescimento. Esta empresa nascida em 1979 conta já com algumas obras de referência, como os Hospitais Senhor do Bonfim, Edifício Tagus Park, Edifício Vodafone Boavista, Hotel Zombo e Hotel Praia Shopping. Os produtos e as novas tecnologias A GRUPNOR oferece indistintamente elevadores standard ou à medida do espaço, do ambiente, da funcionalidade ou da utilidade que é esperada dos mesmos, sempre com elevados padrões de segurança e qualidade. Além de elevadores também instalam escadas e tapetes rolantes, pequenos e grandes monta-cargas, plataformas de carga, monta-autos, plataformas e cadeiras elevatórias de escada. Recentemente também tem apostado na Reabilitação Urbana. Ademais, a Dire-

tora Financeira, Ana Paula Fernandes, destaca que a GRUPNOR está atenta aos lançamentos e às novidades das tecnologias que vão aparecendo, assumindo-se como uma empresa tecnológico-dependente das tecnologias da informação e da comunicação. De momento está em curso um investimento em tecnologias da informação e da comunicação direcionado para a performance da mobilidade dos seus técnicos e para a eficiência dos seus serviços. O know-how e o segredo do sucesso Em 1996 a GRUPNOR deu início ao processo de exportação e atualmente vende e instala elevadores em vários pontos do mundo: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Reino Unido, Rússia e Brasil. Ana Paula Fernandes avança mesmo que este ano a exportação ultrapassará os 15% do volume de vendas da empresa, reforçando que alguns dos seus clientes longínquos fazem questão em manter os equipamentos sob a assistência direta dos seus serviços, apesar da distância. Por tudo isto, estão presentes fisicamente no mercado de Angola através da GRUPNOR Angola e no mercado de cabo Verde através da GRUPNOR Cabo Verde. Na GRUPNOR sempre houve a preocupação de crescer de forma sustentada,

GRUPNOR ELEVADORES DE PORTUGAL THINK QUALITY BUY GRUPNOR

A ENGENHARIA AO SERVIÇO DOS TRANSPORTES VERTICAIS

alicerçada na sua capacidade para gerar e criar valor, garante a Diretora Financeira. Em 2007 ampliaram as instalações e atualmente possuem uma infraestrutura com cerca de 4.500 m2. Estão localizados numa zona industrial, beneficiando da proximidade e do fácil acesso a boas vias rodoviárias, ferroviárias, aéreas e marítimas. Os objetivos e expetativas futuras Para a Diretora Financeira Ana Paula Fernandes, o futuro da GRUPNOR passa pela continuidade das políticas que os têm feito crescer: honestidade, ética profissional, transparência, competência, dedicação e capacidade técnica são os valores base desta organização. A empresa conta com uma equipa unida, dedicada, empenhada e muito capaz. São cerca de 90 os colaboradores a fazer com que a GRUPNOR seja cada vez melhor e mais competitiva. A curto-prazo, Ana Paula Fernandes espera que a empresa consiga desenvolver um elevador com preço ainda mais competitivo, indo ao encontro das expectativas de alguns clientes que assentam a sua escolha com base no preço. A médio e longo prazo a GRUPNOR perspectiva assegurar o crescimento do negócio principal de forma sustentável e diversificar a sua atividade para outras áreas de negócio.

PORTUGAL Delegações: Coimbra | Lisboa | Algarve Fábrica/Sede: Urb. Ind. Árvore Rua C – Lugar da Varziela 4480-621 Vila do Conde Tlf.: 252 615 279

REPRESENTAÇÕES Angola – Luanda Cabo Verde – Cidade da Praia www-grupnor.pt

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EXCELÊNCIA NA ENGENHARIA E NO MERGULHO PROFISSIONAL Criada em 2013 por um grupo de profissionais experientes que trabalham no ramo da intervenção submarina, a Ardentia Marine tornou-se, em pouco tempo, numa referência na área da engenharia e do mergulho profissional. Em Portugal, localizada na Póvoa de Varzim, a empresa foi fundada por José Prat, impulsionador deste projeto, com o auxílio de Pedro Silva e Francisco Nolasco, que nos dão a conhecer a chave do seu sucesso.

ARDENTIA MARINE

Primar pela segurança e qualificação dos seus mergulhadores é algo crucial nesta empresa de salvamento marítimo e mergulho profissional, que pertence ao grupo espanhol - com sede na Galiza - e que já se encontra, igualmente, no mercado Angolano. Acreditando que o melhor projeto é aquele que garante melhor segurança, uma das características diferenciadoras desta empresa é o facto de dirigir projetos tendo como suporte a experiência e criatividade, que permitem alcançar resultados a tempo e superar expectativas. Sendo o salvamento marítimo o ponto forte da Ardentia Marine, com equipamento disponível 24h por dia, a aposta na formação dos seus mergulhadores é uma realidade cada vez mais primordial. Neste sentido, os profissionais que integram a equipa contam com um programa de treino durante todo o ano que inclui trabalhos em saturação, corte e soldadura debaixo de água, reflutuamento de naufrágios, controlo de derrames de combustíveis, extração de combustível, assim como a localização de vítimas. Com cerca de 20 mergulhadores e 14 engenheiros, a empresa tem equipamentos e ‘kow-how’ para intervir de forma rápida e segura a grande profundidade. Deste modo, as equipas de inspeção são compostas por engenheiros e mergulhadores qualificados, realizando os relatórios mais confiáveis sobre o estado das estruturas e facultando serviços para manutenção e/ou reparação das mesmas.

GRUPO ARDENTIA MARINE PORTUGAL, ESPANHA E ANGOLA DA ESQ. PARA A DIREITA - FRANCISCO NOLASCO, JOSÉ CASSANGUIDI, JOÃO PEREIRA, JOSÉ PRAT E PEDRO SILVA

Adn da empresa A filosofia da Ardentia Marine prende-se, acima de tudo, à segurança, ao fator humano e ao respeito pelo meio ambiente. “Antes de retirarmos uma embarcação do mar, temos a preocupação de tirar primeiro todo o combustível, materiais poluentes e de fazer a descontaminação do navio. Já ganhamos alguns trabalhos pela forma como trabalhamos”, enfatiza Pedro Silva. Nesta ótica, o nosso interlocutor não deixa de salientar a excelência da equipa que compõe o robusto «barco» da Ardentia Marine, primando pela vasta e inovadora experiência no fornecimento de relatórios, peritagens e planos de salvamento para todo o tipo de acidente marítimo. Importa ainda referir que, hoje em dia, a empresa responsabiliza-se por todos os aspetos de salvamento marítimo que vai desde o resgate subaquático, embarcações afundadas e encalhadas, remoção de destroços, remoção de aeronaves, remoção de óleo, remoção de cargas até reparações de emergência, entre outros serviços. Relativamente à segurança, com cinco câmaras de descompressão hiperbárica, kit de oxigénio, fatos de água quente e entre outros, o diretor operacional realça que uma vida humana não tem preço. Completa ainda, que todos os mergulhadores da Ardentia Marine têm seguro, fazem exames médicos e têm registos de todos os mergulhos que realizam. Em relação ao futuro, a empresa vai continuar a investir em equipamentos de mergulho, de forma a que a empresa possa ter capacidade de dar resposta a todo o tipo de serviços solicitados. Outro objetivo delineado incide na contínua aposta em formações, pelo que o diretor operacional, Pedro Silva, adianta que pretende agora investir numa formação específica, tendo em conta a vertente da medicina hiperbárica (medicina responsável pelo estudo e implementação das normas técnicas e de segurança em ambientes sob pressão).

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“A NOSSA MAIOR PREOCUPAÇÃO É A AÇÃO SOCIAL” Desde a constituição da União de Freguesias de Touguinha e Touguinhó, em Vila do Conde, há dois anos, muitos foram os projetos desenvolvidos por Ilídio Gomes e o restante executivo, sendo que a sua principal preocupação é criar as condições necessárias para gerar cada vez mais e melhor qualidade de vida à população.

UNIÃO DE FREGUESIAS DE TOUGUINHA E TOUGUINHÓ

“O nosso enfoque é a ação social e temos que ter muito cuidado com os problemas que nos aparecem diariamente porque temos casos realmente dramáticos. Trabalhamos dia-a-dia no sentido de ver onde podemos ajudar, dentro das nossas capacidades, ou encaminhando certos casos para as entidades específicas em cada área”, começa por nos explicar Ilídio Gomes. Nesse sentido, a proximidade com a população, é na sua perspetiva, essencial nesse apoio bem como a junção de esforços por parte de entidades responsáveis, como a autarquia ou a paróquia da freguesia. “Todos os casos que nos aparecem, com menos ou mais gravidade, devem ser bem analisados para percebermos se as pessoas realmente precisam da nossa ajuda, apesar dessa leitura nem sempre ser fácil. Primeiro, acho que é importante mudar a mentalidade das pessoas porque não podemos criar iniciativas solidárias e a população não participar ou contribuir. Depois, é necessário que as pessoas saibam desfazer-se de certas coisas por outras de bem essencial”, aponta o autarca. No entanto, admite que o trabalho desenvolvido nesse seguimento tem sido positivo e têm cumprido todos os objetivos previemente estabelecidos. “As pessoas não podem falar de forma negativa. Todos os problemas que nos aparecem, tentamos resolver da melhor forma”, destaca. Apoio direcionado a crianças e idosos Na freguesia existe uma IPSS, que segundo ílidio Gomes, res-

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ILÍDIO GOMES ponde prontamente às necessidades das pessoas mais idosas da freguesia e possui ainda uma creche, salvaguardando de certa forma o trabalho de ação social da junta de freguesia. “Para além dessa IPSS temos duas escolas primárias na freguesia, uma em Touguinha e outra em Touguinhó e em termos de apoio, ajudamos no transporte das crianças e no que necessitarem. Lutamos muito para manter estas duas escolas cá e ajudamos com os apoios diretos que nos são dados”. Para além de estar alerta quanto às necessidades da população, Ilídio Gomes é perentório em afirmar que todo o trabalho que tem desenvolvido deve-se por “amor à camisola e não pelo dinheiro que se ganha por ser presidente de uma junta deste género”. “Só se apercebe do nosso trabalho e das nossas iniciativas quem precisa mas no geral, reconhecem o nosso trabalho”, remata. Obra e projetos de futuro Uma das grandes obras do autarca é a construção de um passeio, desde a saída de Touguinha até à saída de Vila do Conde que, para além de embelezar as freguesias, beneficia toda a população. “É um projeto antigo e já concluímos as obras. Será certamente uma mais valia, mesmo em termos de segurança, para quem gostar de passear até Vila do Conde. Na divulgação da nossa freguesia torna-se também muito importante porque é passagem dos peregrinos de Santiago, portanto quem visita Vila do Conde e quer retornar o caminho para Santiago, tem que passar por aqui”. Mas as grandes obra que Ilídio Gomes espera concluir nos próximos dois anos, é a ampliação do cemitério em Touguinha e a finalização da obra do saneamento básico e da água na freguesia, apesar de já terem sido feitos alguns melhoramentos. “O nosso objetivo é facilitar a vida às pessoas e que sintam o menos possível os problemas de agregação das freguesias. Queremos lutar contra a desigualdade nas acessibilidades entre freguesias e temos feito um bom trabalho nesse sentido. É uma questão de equilíbrio”, conclui.


PERSISTÊNCIA E TRABALHO ÁRDUO CULMINAM EM SUCESSO Iniciou atividade em 1994 com a construção do primeiro posto de abastecimento em Terroso, na Póvoa de Varzim. Hoje, a MJ Vendeiro conta com 18 postos e até final do ano está previsto ficar com 22 na região norte do país. Joaquim Vendeiro é o rosto da empresa que ganhou preferência dos seus clientes pelos serviços que presta e pelas marcas e produtos que representa, tornando-se uma referência no setor.

MJVENDEIRO

Vontade constante de inovar No ínicio, Joaquim Vendeiro admite que sentiu algumas dificuldades nomeadamente nas licenças necessárias e devido a nenhuma companhia querer explorar a sua marca. Essas companhias, como o próprio explica, estavam essencialmente direcionadas para os grandes centros e a zona de Terroso como era periférica, não teria muito interesse. Apesar disso, avançou sem esse suporte e no primeiro ano de vendas alcançou um enorme sucesso e praticamente todas as marcas queriam associar-se ao seu negócio. No ano seguinte o posto passa a ter marca ESSO e em 2005, o posto de Terroso passa a ter a imagem da BP. “O posto em Terroso nos 10 anos seguintes ao início da sua atividade, esteve sempre em obras, em constante construção. Sempre que fazíamos uma obra, os clientes correspondiam ao desafio. Em 2005, terminámos e este posto ganhou outra dimensão também em termos de serviços de lavagens, de loja, etc. Como aqui já tínhamos crescido o suficiente em termos de negócio em si, a MJ Vendeiro começou a adquirir novos postos, uns em propriedade sua, outros em concessão. Numa primeira fase, construir as equipas foi igualmente difícil porque estamos a lidar com pessoas e o objetivo era criar as condições para que se sentissem bem, que estivessem no setor onde se sentissem melhor. Ainda hoje assim é”, começa por contar o empresário referindo-se ao crescimento gradual da empresa e às principais dificuldades que enfrentou. Persistência é, assim, palavra de ordem no trabalho desenvolvido por Joaquim Vendeiro que nunca desistiu do que pretendia.

JOAQUIM VENDEIRO Marcas de referência associadas Hoje, a MJ Vendeiro opera com a BP e a Repsol, marcas de referência e de qualidade no mercado mas no entender do entrevistado, “os nossos clientes valorizam a nossa marca MJ Vendeiro”. Para além dos serviços de abastecimento de combustíveis, de lavagens automáticas ou manuais, aspiração self-service, mudança de óleo, entre outros serviços, a empresa trata também da distribuição de gás e combustível, gasóleo doméstico, agrícola e rodoviário, consoante a necessidade dos clientes, contando com cinco armazenagens em Terroso, Lousada, Lixa, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima. “Digamos que, em todos os postos, tentamos sempre que haja a possibilidade de desenvolver o máximo de serviços que prestamos aos nossos clientes. Mesmo nos postos com menor dimensão tentamos sempre que tenham esplanada, parte de café e bar. Nos restantes, temos todos os serviços ligados ao ramo automóvel, nomeadamente, a parte das lavagens e são estes serviços que nos distinguem”, enaltece. Perspetivas de futuro e de crescimento Com mais de 100 colaboradores nos seus 18 postos, 20 só no posto de Terroso, a MJ Vendeiro pretende continuar a crescer, de forma consolidada e sustentável. “Queremos acompanhar aquilo que já temos, sempre atualizados em termos de equipamentos e condições para que o cliente se sinta bem em qualquer local dos nossos postos”, conclui Joaquim Vendeiro.

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HÁ 20 ANOS A EQUIPAR AS COZINHAS DOS PORTUGUESES Com aproximadamente duas décadas de existência, a Craveiro Mobiliário, sediada na zona de industrial de Laúndos, Póvoa de Varzim, especialista em fabrico e comércio de mobiliário de cozinha, tem sido distinguida, pelo IAMPMEI desde 2010, com o estatuto PME Líder.

CRAVEIRO MOBILIÁRIO, LDA

A Craveiro Mobiliário surge pela mão do seu fundador, Paulo Craveiro, que desde cedo se dedicou a este ramo de negócio – fabrico e comércio de mobiliário de cozinha. A sua experiência no território nacional e o saber como chefe de produção de uma multinacional canadiana, deram-lhe o knowhow necessário para lançar a sua própria empresa, primeiro como empresário em nome individual e mais tarde como sociedade por quotas. Assim, em março de 1996, Paulo Craveiro juntamente com o seu irmão, José Craveiro, constituem a empresa Craveiro Mobiliário Lda. O início desta sociedade tinha como principal objetivo aproveitar e desenvolver o mercado existente, baseado numa produção com qualidade e preço, que fosse de encontro às necessidades e expectativas dos clientes. Foi com base nestes princípios que a empresa viu o seu volume de negócios aumentar em cerca de 500% durante a sua primeira década de existência. Nesse espaço de tempo, concretizaram-se ainda outros importantes objetivos, como a aquisição de instalações próprias na zona industrial da Póvoa de Varzim, máquinas, equipamentos de elevada tecnologia, investimento em tecnologia de informação, melhoria dos serviços de higiene, segurança e Medicina no trabalho. Foi promovida a preocupação com o meio ambiente, através da implementação de sistemas de separação e distribuição de lixos e resíduos, fez-se a admissão de pessoal qualifica-

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PAULO CRAVEIRO do, licenciamento industrial com alvarás de EOP e ICC e, ainda, aumento do capital social. Já na segunda década da sua existência, a Craveiro Mobiliário, abriu a sua primeira loja e criou a sua própria marca. Seguiram-se a abertura de novos pontos de venda, expansão das instalações, inauguração de um show-room na sua sede, renovação da frota e maquinaria, que se traduziram num aumento de vendas e início de um novo ciclo – a internacionalização, que se espelha em mais de 35% do seu volume da facturação. O atendimento individualizado e personalizado, associado às novas tecnologias informáticas e à diversidade de produtos existentes no mercado, fazem com que cada cozinha seja um produto específico e único para cada cliente. Na Craveiro Mobiliário, o orçamento é acompanhado de uma imagem em 3D, permitindo dessa forma ao cliente visualizar o aspecto final do espaço que idealizou. Neste momento, a Craveiro Mobiliário tem o seu produto colocado em todo o território continental e ilhas, bem como numa diversidade de países entre, os quais a França, Reino Unido, Suíça, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Senegal. O conceito da marca expandiu-se e tornou o seu produto mais abrangente. Hoje, com cerca de 50 colaboradores, a Craveiro Mobiliário Lda. idealiza, produz e instala não só cozinhas, como todo o tipo de mobiliário, desde móveis de banho, roupeiros e toda a variedade de móveis embutidos abrangendo ainda áreas múltiplas que vão desde a hotelaria, carpintaria, mobiliário para hospitais e todo o tipo de lojas e espaços públicos. Desde 2010 que tem sido distinguida pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, IAPMEI, com o estatuto PME Líder, pela qualidade do seu desempenho, por se assumir como motor da economia nacional e pela sua estratégia de crescimento e liderança competitiva. Crê-se que a aposta na qualidade e na diferenciação permitirá enfrentar os desafios que o mercado exige e o futuro passará, certamente, pela certificação.


“ISTO É UMA VOCAÇÃO, UMA DEDICAÇÃO” Sediada na Póvoa de Varzim, a Criatex é uma conceituada fábrica de bordados com 27 anos de existência. ‘Traga o seu desenho e nós fazemos o bordado’, já que fazem todo o tipo de bordados, desde o ponto normal eletrónico, passando pelo ponto alto, ponto espuma, ponto cadeia, aplicações, bordados cornely, até aos transferes.

CRIATEX FABRICAÇÃO DE BORDADOS JOSÉ CARDOSO

José Cardoso é o homem que está por detrás do nascimento da Criatex, em 1988. Trabalhava na área da farmacêutica quando se apercebeu do ‘boom’ que o mercado têxtil sofreu. Decidiu comprar a primeira máquina e instalou-a na garagem da sua casa começando, assim, a trabalhar no setor têxtil com dois funcionários que ainda hoje trabalham consigo na Criatex. A trabalhar com marcas como a Adidas e a Nike, as quais representavam 90 por cento da faturação da fábrica, a empresa evoluiu bem até meados de 2008. “A partir daqui estas marcas que trabalhavam muito em Portugal de um momento para o outro foram embora para se instalarem no mercado asiático onde a mão-de-obra era mais barata. O nosso setor têxtil começou a cair. Muitas empresas não aguentaram e fecharam”, explicou-nos José Cardoso. Evoluir com os tempos A estratégia de José Cardoso para a Criatex se manter até aos dias de hoje passou pela modernização dos seus equipamentos, tentar acompanhar o que o mercado exigia e procurava, mas, principalmente, garantir a satisfação dos seus clientes cativando-os com a qualidade e rapidez do seu trabalho. “A nossa melhor forma de divulgar e dar a conhecer a Criatex é o ‘passa a palavra’ dos nossos clientes por estarem satisfeitos com o nosso trabalho”. A aposta na formação dos seus colaboradores é outro dos princípios de José Cardoso. Na aquisição de novas máquinas é dada a devida formação a quem lá trabalha para que estes sejam capazes de manejar habilmente qualquer máquina.

Com uma equipa constituída por 24 pessoas, o forte da empresa é a exportação para a vizinha Espanha que representa quase a totalidade da produção da fábrica. A trabalhar das 6h da manhã de segunda-feira até às 14h de sábado, também são procurados por marcas que recorrem a eles para a reposição de coleções, bem como por entidades que procuram a técnica do bordado eletrónico para fazerem alguns trabalhos. Pontualmente fazem, ainda, trabalhos mais específicos com cristais através de técnicas de aplicação a quente ou a frio. Para continuarem a crescer, José Cardoso tem já em vista a aquisição de novas máquinas ligeiramente diferentes para aplicar um novo conceito de bordado. “Estou aqui para trabalhar. Por exemplo, não apareço na fábrica só de vez em quando. Estou sempre aqui para acompanhar e ajudar os meus colaboradores. Isto é uma vocação, uma dedicação. De outra forma já teríamos fechado as portas”, conta-nos o proprietário que considera que tudo é importante na fábrica para continuarem de portas abertas. “Na Criatex não é só o trabalho que fazemos o mais importante, mas também a minuciosidade do trabalho feito pelos nossos funcionários, a competência do nosso designer, a qualidade das nossas máquinas, as pessoas que aqui trabalham e, acima de tudo, estarmos sempre a modernizar e adaptarmo-nos às novas tecnologias e tendências”, acrescenta José Cardoso.

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AZURARA PARQUE AVENTURA

UM EMPREENDEDOR QUE INVESTE NA SUA TERRA Perto da cidade do Porto, Azurara é uma freguesia única no Concelho de Vila do Conde, com rio e mar como pano de fundo. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o empreendedor Joaquim Silva, que sempre se dedicou à sua terra. Natural de Azurara, Joaquim Silva é um autodidata, constantemente à procura de coisas novas, que sempre investiu na sua terra. Como empreendedor que é, viu em Azurara uma Terra com grande potencial turístico. Café Ponta de Sagres, Avending e Azurara Parque Aventura são três dos projetos a que Joaquim Silva se tem dedicado e tem investido nos últimos anos. Joaquim Silva é um homem que encara as dificuldades e tem vontade de fazer mais e melhor.

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Hotelaria, Restauração e Cafés Com alguma experiência no setor da hotelaria, em 1989 abriu um café em sociedade com avô Joaquim Oliveira, um primo e uma tia, na altura como sócio-minoritário. Depois de um interregno, em 1994 regressa, agora como sócio-gerente ao Café Ponta de Sagres. Joaquim Silva fez uma remodelação no estabelecimento, onde destaca o sistema de extração de ar de fumo de tabaco, o que era uma inovação na altura. Hoje, o mesmo está dotado com um sistema de extração e insuflação de ar para cumprir as regras de segurança, mas curiosamente não é permitido fumar dentro do estabelecimento. “O único local onde se pode fumar sem prejudicar terceiros é ao ar livre”, reitera Joaquim Silva. Em 1995 transferiu para o café a Agência da Santa Casa (sistema de registo de apostas mútuas), da qual já era agente numa papelaria que possuía, e em 1997 tornou-se agente Payshop. Não se dando por satisfeito, Joaquim Silva começou a visitar feiras de equipamentos para vendas. Depois de um trabalho de pesquisa inicial, e de fazer uma análise ao mercado, este empreendedor natural de Azurara deu início ao projeto da Avending. Hoje com uma equipa de cinco pessoas, a Avending é uma empresa que disponibiliza produtos alimentares através de máquinas de venda automática com capacidade para funcionarem 24 horas, prestando um serviço de qualidade facilmente acessível, cómodo e rápido. Máquinas de café e bebidas quentes, máquinas de sandes, snacks e bebidas frias, são os serviços oferecidos por esta empresa. Joaquim Silva conseguiu criar infraestruturas e solidificar um leque de clientes em zonas estratégicas. Os seus principais clientes estão em Vila do Conde e Póvoa de Varzim. A Avending tem os seus equipamentos presentes em empresas, escolas, centros de saúde e hospitais, estando presente em quase todas as esco-


JOAQUIM SILVA

PASSEIO EQUESTRE

las públicas do concelho. Aliou-se a empresas líder de mercado, fornecedores de confiança, que lhe garantem produtos de qualidade para uma melhor satisfação dos seus clientes. As novas tecnologias e os sistemas de software são também uma preocupação na Avending, trabalhando só com máquinas de uma empresa líder de mercado. Joaquim Silva já passou por todos os serviços da empresa, como vendedor, repositor e técnico (mecânico e programação). “Tenho responsabilidade e segurança na prestação de todos os meus serviços”, afirma Joaquim Silva. Oferecer serviços que se adaptem às necessidades dos clientes com excelente qualidade e a preços competitivos, é a missão desta empresa com 15 anos de experiência no mercado. Tendo como objetivo primário a consolidação da sua base de clientes, apostando sempre na qualidade do serviço prestado, Joaquim Silva aponta que a grande dificuldade para o crescimento da Avending é competir com as grandes empresas.

encaminhado à Câmara Municipal que o acarinhou de imediato, dando autorização para explorar o sítio, convertendo-se numa parceria público-privada. Este espaço é de livre acesso a qualquer pessoa, um espaço sempre limpo, que tem um parque de merendas com condições para um piquenique em família. Construído de raiz, a Cidade Radical, Lda procurou sempre respeitar o espaço natural onde se encontra o Parque. Hoje com seis anos de existência, o Azurara Parque Aventura é uma marca de sucesso que tem crescido de forma gradual e sustentada, um projeto com um caráter dinâmico. Aberto diariamente e nos meses de junho, julho, agosto e setembro; nos restantes meses do ano funciona para grupos e por marcação prévia. O Azurara Parque Aventura oferece um grande leque de atividades, tais como arvorismo, rappel, slide, escalada, paintball, canoagem, passeios pedestres, passeios a cavalo, tração à boia, surf e bodyboard, estas duas últimas em parceria com uma empresa local. Campos de férias, festas de aniversário para adultos e crianças, e despedidas de solteiro são outros serviços à disposição no Parque. Tendo como público-alvo as escolas, empresas e famílias, há a possibilidade de marcação para grupos para vários dias, com possibilidade de pernoitar. Aqui podemos encontrar uma equipa jovem, com formação, garantindo um correto funcionamento de todas as atividades. Tem vários protocolos com escolas, recebendo alunos para a realização de estágios. Joaquim faz acompanhamento dos estagiários, estando habilitado a dar formação na área. No futuro, Joaquim Silva pretende continuar a fazer crescer o projeto, especificamente investimentos na modernização, de forma a manter o espaço seguro e atrativo, criando novas atividades. Vindo de uma família de cinco irmãos, Joaquim Silva é um exemplo para toda a família pela sua destreza, persistência e fé. Joaquim não esquece a sua companheira Liseta Maia, que o tem acompanhado desde sempre. “Nada se constrói sozinho, ela está sempre a meu lado e tem-me acompanhado em todos estes investimentos. Bem como todas as pessoas que têm colaborado comigo em todos estes projetos.”, afirma. Joaquim Silva é um empreendedor aventureiro, sempre à procura de fazer mais pela sua terra.

Natureza, Desporto e Aventura Desde novo acostumado a divulgar o artesanato de Azurara, acompanhando os seus pais em feiras de artesanato, nunca mais parou de projetar a sua terra. Foi assim que ganhou gosto pelo turismo, a par do desporto e aventura que foram fazendo parte da sua vida. Depois de um percurso na tropa como atirador especializado, e habituado a andar em cordas e a brincar no meio dos barcos no Estaleiro de Construção Naval do avô na sua infância e juventude, foi no final dos anos 90 que começou a procurar experiências de aventura. Entre 2005 e 2008 Joaquim começou a frequentar vários parques de desporto aventura, levando amigos e familiares com ele, o que lhe permitiu fazer uma pesquisa de mercado enquanto amadurecia a ideia de um projeto ligado à área. Começou por procurar um terreno na sua terra, e conheceu várias pessoas ligadas ao desporto, uma das quais convidou em tom de desafio para criar o projeto. Formou-se então uma empresa de nome Cidade Radical, Lda. A escolha do local recaiu sobre a Quinta de Sant’Ana, pela proximidade ao rio e as atividades aquáticas, pela qualidade das árvores e beleza natural do local; um terreno público, debaixo da alçada da Câmara Municipal. Em 2008, o projeto foi apresentado à Junta de Freguesia. O Presidente da Junta à data viu logo potencial no projeto, sendo este

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“PRIMAMOS PELA RAPIDEZ NOS VÁRIOS SERVIÇOS QUE PRESTAMOS” Quem vai à Casa Fonseca, na Póvoa de Varzim, encontra um pouco de tudo. Desde materiais de construção, drogaria, material de pichelaria, material elétrico (chaves para carros e casas), eletrodomésticos, aluguer de equipamentos, distribuição de gás até à venda de carvão vegetal. Sérgio Fonseca é o sócio-gerente responsável pela abertura deste espaço, onde para além do comércio prestam, igualmente, serviços nos diferentes ramos de atividade. CASA FONSECA – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, COMÉRCIO E REPARAÇÃO

Há 17 anos na atividade a fazer pequenos serviços como picheleiro começou a trabalhar na garagem da casa dos sogros. Aos 22 anos abriu a sua primeira loja e em 2000 fez nascer a Casa Fonseca. Hoje tem já três casas abertas e cerca de 10 colaboradores. “Naquela altura havia bastante trabalho, fazia as pequenas reparações que os grandes empreiteiros não queriam fazer. As pessoas foram gostando do meu trabalho”, contou Sérgio Fonseca à equipa da revista Portugal em Destaque. Com cerca de 200 fornecedores prefere investir num stock com uma grande diversidade de produtos do que em grandes quantidades, pois considera que assim presta um melhor serviço aos seus clientes, isto porque quem vai à Casa Fonseca de certeza que irá encontrar o que procura. Uma das estratégias de Sérgio para o crescimento da Casa Fonseca é investir mediante o que tem. “Não gasto mais do que posso. Se só tenho capacidade para 10 não vou investir 20. Invisto conforme as minhas possibilidades. E só compro os produtos aos fornecedores em quantidades que sei que depois consigo escoar o stock”. O atendimento personalizado é uma das estratégias que tem contribuído para o crescimento da Casa Fonseca. “Cada pessoa é uma pessoa. Quando faço os trabalhos é como se fosse para mim e os meus clientes sabem disso, por isso confiam e entregam-me os trabalhos. As pessoas ficam sossegadas quando nos entregam os serviços”, explica Sérgio Fonseca. “A satisfação do cliente é a minha prioridade”.

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LILIANA FONSECA E SÉRGIO FONSECA

E é este tipo de atendimento, aliado à qualidade do serviço que prestam, que tem prestigiado o nome da Casa Fonseca no mercado. “Primamos pela rapidez nos vários serviços que prestamos. Tentamos ter sempre tudo o que o cliente vem à procura disponível, nem que seja uma unidade, para que os nossos clientes saibam que na nossa casa encontram o que procuram”, avança o proprietário. Quanto ao mercado neste setor de atividade, Sérgio considera que, devido à conjuntura económica do país, as pessoas cada vez mais procuram os seus serviços para reparações do que compram materiais novos. “Se antes as reparações representavam cerca de 1% do volume da nossa faturação agora subiram para 3%”, afirma Sérgio Fonseca. Adaptando-se sempre à procura do mercado e, com base num crescimento sustentado, a Casa Fonseca prima por cativar o cliente e fidelizá-lo. A trabalhar para um mercado de pequenas e médias empresas, Sérgio Fonseca explica à equipa da revista Portugal em Destaque que para já quer continuar assim, pois as grandes empresas são um mercado que exigem um investimento inicial bastante elevado. Para o futuro, Sérgio Fonseca pretende manter as casas que tem abertas, aumentar o volume de vendas e adquirir novos produtos para satisfazer as necessidades do mercado, visto considerar que este setor é um setor para crescer. E conclui, “quem se dedica ao que faz, seja que atividade for, cresce sempre”.


TRANSFORMAR ALUNOS EM AUTÊNTICOS ‘SABICHÕES’ Foi com grande força de vontade que Maria Teresa Arriscado, Maria Adelaide Gomes da Costa, José Paulo Arriscado e Alexandre Arriscado se uniram em torno de um projeto comum: criar o Centro de Estudos “O Sabichão” na Póvoa de Varzim.

O SABICHÃO JOSÉ ARRISCADO, MARIA TERESA ARRISCADO E MARIA COSTA Tendo como principal intuito colmatar uma lacuna que havia na cidade, nomeadamente a falta de centros de estudo para que os pais pudessem deixar as suas crianças, os quatro fundadores não perderam tempo e arrancaram em 2002 com um espaço que ditasse uma mais-valia para os pais, permitindo que estes fossem trabalhar tranquilamente com a garantia de que os filhos ficariam bem entregues. Deste modo, o centro dispôs, desde logo, de três valências essenciais: o ensino, o apoio na alimentação e o serviço de transporte. “Fomos crescendo sempre de forma sustentada, passo a passo, e conseguimos aumentar não só o espaço físico, como também os níveis de escolaridade” conta-nos Teresa Arriscado. Atualmente, o Sabichão reúne cerca de 100 alunos desde o 1ºano de escolaridade até ao 12ºano e dispõe de 10 docentes. As disciplinas vão desde português, inglês, francês, espanhol, matemática, físico-química, biologia, entre outras. “Decidimos apostar numa classe de docentes bastante alargada para dar resposta às solicitações dos pais dos alunos” justifica José Paulo Arriscado. Relativamente aos alunos de secundário o centro dispõe de aulas de explicações para todas as disciplinas. Já para o básico, há aulas de estudo acompanhado. Importante é que todos os alunos têm o apoio necessário na execução de trabalhos de casa, no estudo e na preparação para os exames.José Paulo Arriscado garante que, aliado à grande dedicação por cada aluno, também apostaram em docentes competentes e a tempo inteiro “porque só assim podem acompanhar e ensinar o aluno de forma eficaz”, conclui. Valores que fazem a diferença Desta forma, o Sabichão apresenta-se como um espaço onde

as crianças e adolescentes podem ficar nas horas livres, sem horários fixos. De acordo com José Paulo Arriscado, um dos aspetos que definem os profissionais deste Centro de Estudos é a total dedicação, “o nosso lema é ensinar até aprender, ou seja, não somos limitados pelo tempo, interessa-nos somente o aluno e os seus resultados” salienta, esclarecendo que a grande missão do Sabichão é proporcionar o melhor acompanhamento escolar para cada jovem. E Teresa Arriscado completa: “Quando eles entram na porta do Sabichão é para ter sucesso, e com o sucesso deles nós garantimos o nosso”. Prova disso é o facto de terem o número zero na tabela de reprovações e alguns alunos de 20 valores. Boas perspetivas para o futuro Para além do rigor e da exigência de ensino - que é imprescindível - os administradores não deixam de realçar que existe quase sempre uma relação de confiança e proximidade para com os alunos, que consideram um aspeto importante no percurso da sua formação. Para o futuro, uma das próximas aquisições do Sabichão será uma nova carrinha para fazer face às crescentes solicitações dos pais no que diz respeito ao serviço de transporte. Outro objetivo a curto prazo é alargar a área de ensino no campo das humanidades, com a implementação das disciplinas de história, geografia e economia. Em conclusão, Teresa Arriscado revela que o balanço do Sabichão é bastante positivo “temos crescido todos os anos desde a fundação do centro, e penso que temos tudo para continuar a crescer”, finaliza.

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Paços de Ferreira A CAPITAL DO MÓVEL Paços de Ferreira é considerado um dos municípios mais desenvolvidos e com melhor qualidade de vida do país, destacando-se dos concelhos vizinhos pelo elevado volume de exportações. Isto deve-se à instalação de grandes unidades fabris, entre muitos outros investimentos, efetuados neste território nos últimos anos e graças à criação de parques industriais que permitiram a implementação destas unidades. O concelho assume a designação de “capital do móvel”, dado o peso da indústria de mobiliário. Mais de metade da sua população ativa trabalha na indústria, nomeadamente na de mobiliário, estando também presentes os setores têxtil, de metalomecânica, alimentar, de serração de madeiras e transformação de granitos. A excelência das empresas de Paços de Ferreira e dos produtos que produzem é uma mais-valia que deve ser preservada e promovida. Deste modo, o município tem caminhado no sentido de que a marca ‘Capital do Móvel’, detida e registada a favor da Câmara Municipal, seja utilizada para internacionalizar o concelho. Quem chega a Paços de Ferreira fica rendido pela história inerente ao património material e imaterial que o concelho dispõe. Percorrer a Citânia de Sanfins ou o Mosteiro de Ferreira é fazer uma viagem no espaço e no tempo. Esta estação arqueológica espelha uma atmosfera subtil, sendo uma das estações mais significativas da cultura castreja do Noroeste Peninsular e da Proto-história europeia. Já o Mosteiro de Ferreira evoca uma força e robustez impressionantes. Classificado como Monumento Nacional, o Mosteiro de Ferreira é uma das joias do património românico das Terras de Sousa. Além deste itinerário geográfico, histórico, cultural e até mesmo afetivo, quem se dirige a este concelho pode encontrar a sublime gastronomia, como o Capão à Freamunde, um ex-libris da cidade de Freamunde, ou as Rochas da Citânia, as Brisas do Pilar e os Calvários, doces típicos da região que trazem memórias diversas. O melhor destino é aquele que for capaz de atrair pessoas, estreitar laços, deixar afetos, proporcionar experiências. E Paços de Ferreira quer ser esse destino.

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REFERÊNCIA NO COMÉRCIO DE MADEIRA Com 12 anos de existência e sediada em Paços de Ferreira, a LFM- Folhas de Madeira, Lda, é hoje uma referência a nível nacional no ramo da comercialização de madeira. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, o seu fundador, Luís Filipe Malheiro, apresenta-nos a sua empresa fazendo um balanço do trabalho que tem vindo a ser desenvolver na LFM e sobre os seus projetos de futuro.

LFM

A LFM- Folhas de Madeira, Lda é hoje uma referência no seu setor de atividade e na região de Paços de Ferreira. Em forma de contextualização, como surge esta empresa e qual o balanço que faz desde que está no mercado? A LFM Folhas de Madeira, Lda, surgiu em 2003, um pouco por acaso, uma vez que o seu fundador, o Sr. Luis Filipe Malheiro, depois de conhecer o mercado, viu uma oportunidade de negocio que seria rentável no concelho de Paços de Ferreira, visto que os industriais da zona fariam parte do seu grupo de amigos. O balanço é bastante positivo, nos últimos anos tem superado de maneira positiva as expectativas, dado que começamos praticamente do nada e mais ou menos a titulo familiar e hoje somos uma empresa de referencia a nível nacional no ramo de comercialização de folhas de madeira. Inserido na área de comercialização de madeira em bruto e de produtos derivados, são as empresas de mobiliário os vossos maiores parceiros? Em que consiste concretamente a vossa atividade? A nossa atividade consiste na comercialização de produtos derivados de madeira, mais concretamente folha de madeira, para a industria do mobiliário. Sendo Paços de Ferreira a Capital do Móvel , com várias entidades do setor sediadas na região, considera que o mobiliário ainda é a principal atividade da região? Sendo paços de ferreira, a capital do móvel, logicamente o mobiliário será a principal atividade da região, dela depende a maioria

LUÍS FILIPE MALHEIRO das famílias do nosso concelho, uma vez que fazem dessa industria o seu sustento familiar. A nível internacional, quais os mercados em que atuam e quais os que pretendem inserir-se futuramente? A nível internacional, o nosso mercado e um pouco escasso, embora exportemos em pequena quantidade e sem grande significado no volume de vendas, dado que o grande impacto se verifica no mercado nacional, mas o objetivo no futuro passa pelo mercado internacional. Quantos colaboradores possui a empresa? O objetivo passa por criar mais postos de trabalho? A empresa possui nos seus quadros cinco colaboradores. A curto, medio prazo, haverá a possibilidade de a empresa contratar mais colaboradores. Quais as perspetivas e projetos delineados a curto, médio prazo para a LFM? Visamos tentar, como sempre fizemos com os nossos parceiros um serviço de excelência na comercialização dos nossos produtos, pensando sempre na satisfação do nosso cliente sem esqucer o sucesso, tanto a nível nacional como internacional.

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RUI MEIRELES, FERNANDO MEIRELES, ANTÓNIO ALVES, PAULO RIBEIRO

HÁ 30 ANOS NO CAMINHO DA ALTA-COSTURA Fundada em 1984, a Crialme, situada em Sobrosa, concelho de Paredes, distingue-se atualmente na indústria têxtil, como uma empresa de referência mundial a nível de alfaiataria para homem, de serviço de confeção por medida personalizada e pela sua flexibilidade e adaptabilidade às tendências da moda e do mercado em geral. A equipa da revista Portugal em Destaque foi à descoberta do segredo do sucesso desta indústria de confeção, cuja aposta na qualidade do seu produto é primordial.

CRIALME

Inicialmente dedicada à confeção de calças de homem clássicas, após constantes investimentos em mecanismos e infraestruturas, assim como em formação qualificada dos seus colaboradores, depressa se adaptou às exigências do mercado, passando a oferecer um maior leque de produtos. A experiência e idoneidade dos gestores são sustentadas por uma dinâmica equipa comercial, que através de um follow up completo, disponibiliza informações em tempo real de cada passo das coleções/produções, privilegiando a orientação para o cliente. A chave para o sucesso deste qualificado grupo, reside no facto de desenvolver e promover laços com os clientes, procurando todos os dias uma forma de assegurar a eficácia e eficiência dos serviços prestados, quer seja a nível de criação e desenvolvimento, quer seja a nível da pesquisa de soluções estruturais que tornem os produtos mais competitivos, com o objetivo de cumprir os seus princípios primordiais: a qualidade final do produto e a satisfação do cliente. Com 30 anos de existência e com cerca de 500 colaboradores 52 | PORTUGAL EM DESTAQUE

atualmente, a Crialme é dirigida por dois sócios, Fernando Meireles, a quem se juntou o filho, Rui Meireles e António da Costa Alves. Percorrer o caminho da qualidade foi sempre o objetivo destes rostos da indústria têxtil. Assim, quando falamos na Crialme é-nos remetido automaticamente para palavras-chave como perfecionismo, qualidade e alfaiataria de alta-costura. Regem-se por valores rígidos e dos quais não se querem apartar, valores esses que passam por confecionar um produto de alta qualidade, prestar um serviço de excelência, cumprir sempre os prazos de entrega e garantir a satisfação dos seus clientes. A trabalhar para todo o mundo, o mercado europeu representa 60% da produção da Crialme enquanto que o mercado americano representa 40%. “Trabalhamos essencialmente com produto de homem, casacos e calças de fatos, confecionamos para grandes marcas, marcas de luxo. 60% da nossa produção é dedicada à confeção por medida e é por esse caminho que queremos seguir, queremos aumentar a produção na confeção por medida e personalizada”,


explicaram-nos Rui Meireles e Paulo Ribeiro, diretor comercial. Sabendo de antemão que trabalham num setor altamente competitivo a nível internacional, a Crialme aposta fortemente na inovação, pelo que a sua estratégia passa por reinventar processos, adaptarem-se ao mercado, modernizarem-se com a aquisição de equipamentos recentes e procurar novas soluções de produtos para se manterem na linha de crescimento em que estão, o que já lhes proporcionou uma distinção a nível europeu no setor têxtil. A par desta estratégia, o principal foco da Crialme é o trabalho manual minucioso e personalizado. “Retoques na peça final para a entregar ao cliente com mais requinte e valor acrescentado”, segundo Rui Meireles. Mão-de-obra qualificada Situada numa área geográfica detentora do setor têxtil e em que é fácil encontrar mão-de-obra qualificada entre os jovens desta região, a Crialme tem, no entanto, apostado fortemente na formação e qualificação de jovens em áreas específicas do trabalho têxtil. “Estamos a investir numa turma de 18 jovens que estão desempregados para lhes dar formação, numa área específica, a modelagem, em colaboração com o centro tecnológico e o instituto de emprego profissional com o intuito de criar postos de trabalho. Esse é o nosso caminho, a aposta na formação”, afirma Rui Meireles. Quantos às parcerias, essas são igualmente de extrema importância para a Crialme pelo que trabalham em colaboração com empresas de renome por toda a europa dedicadas à confeção por medida com uma grande capacidade de resposta rápida. Futuro promissor Para incrementar a sua capacidade de produção e fazer face às necessidades de logística, distribuição e produção que têm vindo a aumentar a Crialme vai ampliar as suas instalações já no próximo ano. A par desta obra de grande dimensão estão, igualmente, a iniciar um processo de camisaria confecionada à medida para complementar a confeção dos fatos, casacos e calças para homem, que a Crialme já faz. De igual forma, estão a desenvolver uma plataforma na web destinada a clientes profissionais em Portugal e na Europa, numa primeira fase, para permitir que o cliente desenhe as suas próprias peças ao seu gosto. “O nosso caminho é apostar na confeção por medida, bem como no trabalho manual, pormenores introduzidos à mão nas peças”, garantem Rui Meireles e Paulo Ribeiro. O próximo passo será avançar com a certificação das competências dos trabalhadores nos postos de trabalho, bem como registar duas marcas próprias, mas não com o intuito de as comercializar. Isto porque já pensaram em criar a sua própria marca, mas o caminho da Crialme não será esse, querendo apenas ter um nome de prestígio no mercado. “Estamos sempre a dar passos no sentido de melhorar a nossa produção”, realçam Rui Meireles e Paulo Ribeiro. Outra das apostas é no serviço de proximidade no que diz respeito ao contacto com os clientes da Crialme e ao contacto com os seus parceiros para que a relação profissional seja ainda mais eficaz satisfatória. “A nossa empresa tem rostos. Acompanhamos todos os dias o trabalho aqui feito e estamos sempre presentes em todos os processos. Mantemos também uma boa relação e uma grande proximidade com os nossos colaboradores”, conclui Rui Meireles.

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O FUTURO PASSA PELA GERIATRIA A RMV - Produtos Hospitalares é uma empresa recente no mercado em Paços de Ferreira. Desde Março 2007 que representa conceituadas marcas internacionais de equipamentos médico-hospitalares nas diversas especialidades da área da saúde. Desde a sua fundação, tem vindo a trabalhar no sentido de satisfazer as necessidades dos clientes e pacientes, privilegiando sempre a parceria com o cliente e garantindo assim o seu crescimento no mercado nacional.

RMV - PRODUTOS HOSPITALARES

A RMV, apoiada por uma equipa de profissionais qualificados, tem-se empenhado na comercialização e serviço de produtos hospitalares no mercado, através da estreita colaboração com conceituados fabricantes internacionais. Manuel Mesquita, fundador da RMV, trabalha na área desde 1995, mas é em 2007, em plena crise no País, que decide criar a sua própria empresa. A estratégia passou por procurar mercados internacionais. “Cabo Verde foi o nosso primeiro mercado, depois fomos para Angola e agora estamos em Moçambique e já com um grande projeto para a Guiné-Bissau. Foram estes países que ajudaram na sustentabilidade e crescimento da empresa”, começa por nos explicar Manuel Mesquita. Por sua vez, em Portugal, a RMV trabalha com os maiores grupos hospitalares do norte onde estão bem implementados e posicionados. Considerando que, em Portugal, o futuro passa pela geriatria, é nesse sentido que a RMV está a caminhar. “Estamos a internacionalizar-nos cada vez mais e estamos a dar início a um grande projeto na área da geriatria, que para mim é o futuro da saúde em Portugal. Estamos a apostar nesta área e estamos a fechar um grande acordo em Espanha dentro desta área, que acredito que será bastante positivo para a empresa no próximo ano”, avança o administrador. A par dos produtos hospitalares e da geriatria, a RMV já está a caminhar e a apostar noutra vertente: a reciclagem de equipamento hospitalares. “Renovamos e recuperamos todo o tipo de estofos de equipamentos hospitalares, geriátricos e administrativos. Também pintamos

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as devidas estruturas de suporte”, afirma Manuel Mesquita. “Uma das coisas que estamos a fazer nos hospitais é renovar, ou seja, se tiverem cadeiras velhas ou em mau estado, reciclamos. Pegamos no velho, transformamo-lo em novo, conseguindo, assim, ganhos que podem chegar aos 70%, e tornando-se mais barato para a própria instituição. Não há muitos anos, os clientes optavam pelo material descartável, hoje em dia apostam no material reutilizável”, acrescenta. O futuro da RMV Segundo Manuel Mesquita, o sucesso da empresa passa pelos nichos de mercado e pelas grandes parcerias e é esse o caminho que a empresa quer seguir, pois o objetivo da RMV é crescer cada vez mais e ter uma grande expressão a nível internacional. “A empresa, desde 2007, cresceu todos os anos cerca de 10 a 12% e apesar de o mercado africano ter decrescido este ano, nós estamos a crescer no mercado interno onde nos começamos a posicionar melhor e com outras alternativas de mercado, no caso de Espanha que já representa alguma percentagem daquilo que vendemos, já que é um país que está a crescer e se readaptou mais rapidamente do que Portugal. Na área da geriatria queremos crescer ainda mais e acredito que no próximo ano cheguemos aos 20% de faturação a nível de mobiliário geriátrico”, adianta, o Administrador da RMV. A representar grandes marcas de produtos hospitalares, a RMV pretende estar na vanguarda do desenvolvimento de novos produtos para os lançar no mercado, bem como abrir a sua própria loja no Luxemburgo, um local estratégico e bastante avançado


no setor da saúde. A importância da relação humana “O trabalho em equipa é o nosso lema, espírito de equipa. O bem-estar dos meus colaboradores é a minha maior preocupação”, afirma Manuel Mesquita. Com 23 trabalhadores, a RMV privilegia o fator humano conseguindo incutir nos seus colaboradores o gosto de vestir a camisola da empresa. Assim, Manuel Mesquita promove, sempre que possível, meetings em diversos locais para proporcionar aos seus funcionários momentos de descontração e de convívio fora do ambiente de trabalho. Promove, igualmente, jantares em que os familiares dos seus colaboradores também participam. “A parte humana é para mim um dos fatores de sucesso mais importante. Nesta empresa não há diferenciação, somos todos iguais, licenciados ou não. O segredo do sucesso da minha empresa são as pessoas, a minha equipa”, realça Manuel Mesquita, que começou com a RMV a trabalhar no piso debaixo da casa da sua sogra, conseguindo mais tarde as suas próprias instalações. A vertente social é outra área que a RMV quer desenvolver e seguir, em parceria com a ação social da Câmara Municipal. Pretende, com a colaboração de todos os seus funcionários, prestar um serviço social através da ajuda na reabilitação ou remodelação de estruturas de casas de famílias carenciadas.

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O BACALHAU E A IDENTIDADE DO RESTAURANTE JULINHA Foi num espaço requintado com tradição que a revista Portugal em Destaque foi encontrar Fernando Sá, chef e responsável pelo restaurante Julinha. Tendo começado como casa de petiscos, hoje é um restaurante de referência pelo seu bacalhau.

RESTAURANTE JULINHA FERNANDO SÁ

Tudo começou com a mãe de Fernando Sá, que em criança ajudava na mercearia de vinhos e petiscos dos pais. Júlia, ou Julinha como era chamada, dando nome a este restaurante de referência, cresceu junto com os sabores e tradições da região. Admirada pelas suas postas de bacalhau fritas com cebola, Julinha aventurou-se num restaurante na década de 60. Ao longo dos anos, esta casa atraiu amantes do bacalhau, pelo qual ainda hoje continuam a ser procurados. Hoje à frente desta casa de referência, para Fernando Sá, filho, o Julinha “é um restaurante com identidade”. É numa zona rural da cidade da Trofa que encontramos este espaço amplo e confortável, onde as memórias e a história do Julinha estão ilustradas em quadros de fotografias. Foi a fama e a crescente procura que levou à compra do edifício onde hoje se encontram as instalações do restaurante, mesmo ao lado da antiga mercearia da família. Tendo sofrido alterações ao longo dos anos, com um toque de requinte e modernidade, o restaurante Julinha é um espaço intimista com uma sala de receção e bar, uma grande sala de refeições, uma sala privada e uma esplanada. E é precisamente da conjugação da cozinha tradicional portuguesa, confecionada segundo tudo aquilo que Julinha mãe fazia, apostando numa apresentação diferente, que se conseguem os paladares únicos e característicos deste restaurante. É isso que o chef Fernando Sá procura, “manter essa origem, mas dar-lhe um pequenino toque de autor”. Foi o bacalhau, frito e regado com um molho característico, que

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notabilizou este restaurante. O segredo deste bacalhau originário das Ilhas Faroe está na maneira como é confecionado, na sua textura e paladar. Mas não é só de bacalhau que se faz a ementa deste restaurante. Cozido à portuguesa, cabrito assado, vitela, tripas, são os pratos selecionados por esta casa. O Julinha marca a diferença pela qualidade da matéria-prima, destacando-se desde logo pela rigorosa seleção dos produtos, e pelas distintas técnicas de confeção. Formado em Espanha, o chef Fernando Sá mantém-se fiel à cozinha tradicional portuguesa e aos segredos da mãe. Consciente das suas raízes, o chef do Julinha não prescinde dos produtos caseiros. “É a nossa maneira de estar na gastronomia”, reitera Fernando Sá. No restaurante Julinha há muita atenção aos pormenores, numa tentativa de apresentar sempre características distintivas relativamente aos demais. Posicionado como um restaurante acima da média, esta casa é essencialmente frequentada por empresários, personalidades conhecidas e estrangeiros. A equipa de profissionais do Julinha está sempre atenta às questões da segurança e higiene alimentar, um cuidado já herdado da mãe de Fernando Sá. É pelos bons produtos, pela qualidade e pelo bom serviço que este restaurante se tem mantido ao longo de três gerações. “O amor, a entrega aos pratos é muito importante.”, como nos garante o chef Fernando Sá. Mantendo os seus alicerces na casa-mãe, o futuro do restaurante Julinha passa por continuar a apresentar novas e distintas iguarias.


MATOSINHOS

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O mar à mesa, a nova arquitetura, as peregrinações, os monumentos, as recriações históricas, tudo isto é Matosinhos. Da gastronomia, poder-se-á dizer que é a âncora deste concelho. O peixe, o marisco, as receitas de carne do Matosinhos interior, o tom e aroma de eterno arraial são desarmantes. A reconhecida gastronomia de Matosinhos, cada vez mais apreciada e elogiada pelos amantes da arte de bem comer, é já considerada um dos principais produtos turísticos do concelho, ilustrando roteiros turísticos e guias de promoção gastronómica do Município. A não perder durante os meses de verão a Festa do Mar, evento gastronómico, onde os principais ingredientes são a gastronomia, a animação, os restaurantes e os espetáculos. O concelho é fruto da sua abertura ao mar. Por ele partiram muitos mareantes na época dos descobrimentos, assim como os emigrantes que demandavam as terras do longínquo Brasil. São nomeadamente os mareantes deste lugar de Matosinhos que no século XVII fundam a Confraria do S. Salvador de Bouças e organizam o culto do Bom Jesus, cuja devoção cresceu como uma invocação protetora para todos os que andavam sobre o mar. Por ele chegou, mais recentemente, uma importante comunidade piscatória que se fixou em Matosinhos e que, conjuntamente com a indústria conserveira, formaram o principal motor de desenvolvimento do concelho ao longo do século XX. A par de todos estes motivos para querer conhecer este concelho, fique a saber que Matosinhos vai ser a Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2016 e, autarquia tem já em preparação um ambicioso programa que dará sequência à aposta que tem feito na área da cultura e da criatividade. Criada em 2007, a Capital da Cultura do Eixo Atlântico visa potenciar as expressões culturais das cidades do Norte de Portugal e da Galiza que compõem esta organização de cooperação transfronteiriça, contribuindo para consolidar os valores comuns e para promover os artistas portugueses e galegos das mais diversas áreas. 58 | PORTUGAL EM DESTAQUE


O MELHOR PETISCO À BEIRA-MAR Em 2010 o jovem gerente Filipe Carvalho da Silva abriu o seu próprio espaço na avenida de Matosinhos intitulado «A Petisqueira do Filipe». Uma vez que o negócio foi ditando um caminho auspicioso, surgiu a oportunidade de se mudar e adquirir um espaço maior e com melhores condições. Desde então, estabeleceu o Restaurante Petisqueira «O Filipe de Angeiras» localizado na Avenida da Praia de Angeiras, onde o forte sempre foi o peixe fresco e petiscos caseiros.

PETISQUEIRA O FILIPE DE ANGEIRA

Este atrativo restaurante instalado à beira-mar conta já com 14 colaboradores que servem duas salas, com capacidade total para 160 pessoas, e uma esplanada que acolhe mais 100 pessoas. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Filipe Silva adiantou que, mediante a disposição do espaço e a envolvente do mar, tem estado sempre atento de forma acompanhar e modernizar gradualmente a casa, proporcionando as melhores e mais criativas condições aos seus clientes. Hoje em dia a casa O Filipe de Angeiras tem-se destacado pela sua diversidade de pratos e por primar pela qualidade do serviço e atendimento. Os petiscos foi uma aposta que o gerente aponta como “um complemento” que casou perfeitamente com o peixe fresco que já estava no ADN da casa, e que atrai muitos dos seus clientes “temos uma variedade de petiscos que vai desde polvo com molho verde, búzios, ameijoa, gambas ao alho, mexilhão, orelha temperada, e tudo o que se pode encontrar no mar” e para acrescentar refere que também foram pioneiros na divulgação das conhecidas «sandes de presunto com ovo», que atualmente são bastante solicitadas pelos clientes para servir de complemento no final das suas refeições. O percurso profissional de Filipe Silva foi um pouco atribulado, segundo conta, sendo que anteriormente nada tinha a ver com restauração, “era jogador de futebol profissional e no início confesso que não tinha experiência nenhuma, mas fui-me adaptando à cozinha e hoje em dia no restaurante faço um pouco de tudo” explica. O gosto de inovar e a vontade de ser diferente sempre foi algo que definiu a postura profissional de Filipe Silva, a mesma que

FILIPE SILVA

tem ditado o seu atual espaço. E em véspera de Natal, o Restaurante Petisqueira O Filipe de Angeiras tem um menu especial para jantares de grupo com um valor de 20 euros que inclui entradas, um prato de peixe (bacalhau com broa), um prato de carne (picanha), sobremesa, bebidas à descrição e café. Sobre aquilo que distingue o Restaurante Petisqueira O Filipe de Angeiras dos restantes, o proprietário garante que é, sobretudo, a relação qualidade-preço, tendo por base a máxima satisfação a um preço justo. Importante é ainda referir que, na ótica do proprietário, para manter um restaurante a funcionar bem nos dias de hoje, o principal desafio é “adaptarmo-nos às necessidades dos clientes e não cairmos na rotina” refere o nosso interlocutor. E não cair na rotina traduz-se em ir mudando as ementas, introduzir peixes novos, inovar a oferta da garrafeira, entre outros aspetos. A trabalhar por conta própria há 11 anos, o jovem proprietário sente que apesar do mundo da restauração ser complexo, nomeadamente, em termos de responsabilidades acrescidas, está numa posição sólida no mercado. Para 2016 o nosso interlocutor revela que ideias não lhe faltam, mas o facto de estar em cima do mar também traz algumas condicionantes. No entanto, não esconde o desejo e o projeto de construir uma esplanada na parte de cima do restaurante. Ideia que surgiu, segundo conta, com o objetivo de criar um espaço mais recatado com maior conforto e sossego e, naturalmente, com um cenário privilegiado para o mar.

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GASTRONOMIA DE REFERÊNCIA EM MATOSINHOS A Recoleta, Tubarão e O Barco Velho são três dos mais conceituados restaurantes em Matosinhos. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Pedro Enguião, proprietário destes espaços e um apaixonado pela gastronomia e a sua terra. RESTAURANTES A RECOLETA, TUBARÃO E O BARCO VELHO

PEDRO ENGUIÃO

Natural de Matosinhos, Pedro Enguião sempre se sentiu cativado pela restauração porque é “aqui que podemos usar a nossa criatividade, criar pratos, fazer coisas novas”. Sendo descente de pescadores, porque seu pai era pescador, cedo percebeu que é preciso valorizar a essência das gentes da Terra. Neste sentido, e apesar de ser funcionário público, uma profissão que nada tem a ver com a restauração, como pessoa criativa que é, decidiu dedicar-se a este ramo. Ao longo dos anos, Pedro Enguião foi adquirindo diversos espaços em Matosinhos, nomeadamente o restaurante A Recoleta, o restaurante Tubarão e restaurante O Barco Velho, que foram todos restaurados e remodelados pelas suas próprias mãos. Restaurante A Recoleta O restaurante A Recoleta (i.e. “recolhe”) deve o seu nome aos pontos de referência dos pescadores quando chegavam do mar, os chamados portos de abrigo. Neste restaurante com capacidade para 56 pessoas vai encontrar um espaço rústico e acolhedor, com um ambiente familiar e histórico, onde a cozinha tradicional portuguesa assume o papel principal. As especialidades vão para os peixes grelhados e alguns pratos tradicionais típicos, como o cozido à portuguesa, a chanfana e o arroz de cabidela. Neste momento, Pedro Enguião e a sua esposa estão a tentar melhorar as infraestruturas do espaço que apresenta uma decoração marítima e rústica, numa tentativa de implementar um conceito diferente. Restaurante Tubarão O Tubarão é caracterizado pela excelente qualidade do seu peixe, mantendo um esforço muito grande para ter sempre o peixe mais fresco, com a melhor relação qualidade/preço. Neste restaurante

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com mais de 15 anos de existência “come-se o melhor peixe de Matosinhos”, e as suas especialidades são todas elas inspiradas nos sabores do mar. Neste restaurante com nome forte e sonante, que nos remete ao mar e à sua envolvente, poderá deliciar-se com um prato de polvo à lagareiro, lulas grelhadas, robalo e dourada. Aqui encontramos um espaço encantador, com capacidade para 45 pessoas e decorado com temas do mar. Situado numa área acessível e resguardada de Matosinhos, destaca-se pela sua decoração exterior, tendo o tubarão como anfitrião. Poderá ainda, na época de verão, desfrutar da sua esplanada. Aos sábados é noite de Fado neste restaurante. Restaurante O Barco Velho Situado na Rua do Sul em Matosinhos, é um restaurante com ambiente tradicional e aconchegante, a sua decoração é inspirada no seu nome, representando todos os elementos do mar. Com capacidade para 32 pessoas, ideal para grupos, famílias, bem como jantares e almoços de negócios, este restaurante convida a uma refeição prolongada. Com as suas especialidades baseadas em assados na brasa, O Barco Velho oferece uma ementa completa, sendo os pratos fortes as espetadas de lulas, o polvo, o bacalhau, espetada de frango com gambas, a sopa de peixe, bem como marisco, desde a sapateira até ao mexilhão. O segredo está na sua forma de confecionar muito própria, tentando sempre inovar através da aplicação de ingredientes diferentes, seja noz, queijo ou rúcula. “São os pequenos grandes pormenores que fazem toda a diferença”, reforça Pedro Enguião. Aqui vai sentir-se em casa, com um atendimento familiar, lembrando sempre a família é a essência de Portugal. No O Barco Velho vai encontrar ainda uma garrafeira muito completa, com um leque de bons vinhos. De referir ainda a música ao vivo às sextas-feiras e aos domin-



gos. Pedro Enguião sempre teve o cuidado de aderir a coisas novas para divulgar a sua Terra. Sabendo que, nos dias de hoje é muito importante estar visível, faz uma grande aposta na publicidade, na divulgação dos seus espaços, de que é exemplo o mapa turístico de Matosinhos que fez para oferecer aos clientes. Ademais, a sua política de promoções é também ela muito forte, destaque para o sorteio Exclusive Bonus, que permite aos seus clientes ganharem um voucher de férias. Tudo passa pelo crivo deste empreendedor; todos os pratos foram confecionados por ele, tirando partido do seu gosto de comer e uso a criatividade. Para este empreendedor, além da criatividade, outro ponto que pode dar rentabilidade no sector da restauração é a gestão da relação preço/qualidade e a rapidez do serviço. “A nossa cidade é grande sala de almoçar e jantar do grande Porto”, afirma Pedro Enguião. Consciente de que Matosinhos é tida como uma cidade de dormitório, e que não está a ser bem aproveitada, para este apaixonado pela gastronomia é imperioso mudar este contexto, e tirar partido dos pontos fortes de Matosinhos, nomeadamente, a doca, a lota, e toda a sua envolvente”. Matosinhos tem uma marginal fantástica, uma das melhores praias”, reforça Pedro Enguião. Os seus três espaços comerciais têm vindo a conquistar mercado ao longo dos anos, fruto das suas ideias e de saber estar no mercado. “É preciso ver a essência do mercado”, deixou patente Pedro Enguião. E apesar das dificuldades com que se tem deparado, está sempre com a vontade e com o desejo de querer fazer mais, pensando mesmo em abrir mais um restaurante.

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A COMBINAÇÃO PERFEITA DA GASTRONOMIA IBÉRICA É em Matosinhos que encontramos o Los Ibéricos, um restaurante apostado em proporcionar aos seus clientes uma experiência única de sabores e convívio. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com o chefe de sala Ricardo Ferreira e o chefe de cozinha Vítor Correia para conhecer melhor o conceito pensado para este espaço.

RESTAURANTE LOS IBÉRICOS

Localizado na zona histórica de Leça da Palmeira, o Los Ibéricos é um restaurante que junta os melhores sabores de Espanha e Portugal. É desta ligação da gastronomia ibérica que se faz o sucesso deste restaurante, que apareceu na sequência duma situação de desemprego de Ricardo Ferreira e Vítor Correia, quando o restaurante onde trabalhavam fechou portas. Sendo chefe de cozinha, Vítor Correia sempre teve o desejo de abrir um espaço próprio e lançou este desafio ao amigo e colega Ricardo, que tinha já uma vasta experiência como chefe de sala. A ideia agradou também a um antigo cliente e amigo, Tiago Oliveira, que trouxe a visão empresarial ao projeto, e juntos começaram a procurar espaços. Foi em dezembro de 2013 que surgiu o restaurante Los Ibéricos, pelas mãos de Vítor Correia, Ricardo Ferreira e Tiago Oliveira. Nascido da vontade de divulgar as tradições gastronómicas de Portugal e Espanha, estes três sócios uniram a sua prática profissional e pensaram em criar um espaço que respeitasse, também ele, as tradições e as raízes ibéricas. Da recuperação duma casa portuguesa antiga, resultou um espaço onde se podem degustar os aperitivos, pratos e sobremesas mais representativas destes dois países. Arroz de pato, cozido à portuguesa, mariscos, massas, paelhas, tapas frias e quentes, compõem a ementa deste restaurante. A preocupação está mesmo em manter a origem dos pratos, pelo que a seleção foi feita pela própria história dos pratos mais tradicionais, bem como pelas solicitações dos próprios clientes, que já não dispensam o arroz de pato às segun-

RICARDO FERREIRA E VÍTOR CORREIA

das-feiras ou as tripas às quartas-feiras. Ademais, salienta-se a preocupação para com a qualidade dos produtos usados, que se encontram à mostra nas instalações e à venda também. Todos os meses Vítor e Ricardo deslocam-se a Espanha para comprar os produtos, tendo assim um contacto direto com os produtores. Com uma capacidade total para 66 pessoas, no Los Ibéricos tanto poderá desfrutar de uma refeição mais ligeira num ambiente descontraído, como degustar pratos mais elaborados, num ambiente mais requintado e formal. Para tal, dispõem de dois espaços apartados, distintamente decorados, mas complementares; o piso de baixo foi pensado para que logo à entrada as pessoas se sintam em Espanha, com um ambiente mais boémio, mesas altas, e os característicos presuntos pendurados. Também aqui vai encontrar um atendimento bem diferente. No Los Ibéricos são muito informais, primando por uma forma de estar descontraída, numa tentativa de colocar as pessoas à vontade para que desfrutem ao máximo do momento da refeição. Este conceito revelou-se uma aposta de sucesso, com impacto até na dinamização da zona envolvente, sendo frequentado por personalidades bem conhecidas. Servindo uma média de 116 jantares aos fins-de-semana, os três sócios só pensam agora em criar uma estrutura que perdure, em consolidar a marca, mas já têm em vista um novo projeto para abrir outro espaço na Baixa do Porto, funcionando como um cartão-de-visita no centro da cidade.

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“A QUALIDADE E DEDICAÇÃO É O QUE O FAZ UMA BOA COZINHA” “Servir bem e servir sempre para nós é um compromisso” são as palavras de Júlio Pereira, o chefe de cozinha e proprietário, um perito nato da cozinha portuguesa. Desde peixe a mariscos com elevada qualidade e frescura, é o que caracteriza o restaurante Ondas Sobre o Mar, situado na rua de Almeiriga Norte, em Perafita, Praia do Cabo do Mundo. ONDAS SOBRE O MAR

JÚLIO PEREIRA

Em entrevista à revista Portugal em Destaque o mesmo começa por explicar a essência do seu trabalho diário: “Nós aqui vamos de encontro ao gosto da pessoa, mesmo que este não esteja indicado na lista, o importante é satisfazer o cliente”, destaca que ninguém pode sair da sua casa mal servido. A ideia do negócio surgiu quando estudava na escola de hotelaria, altura em que idealizou que era fundamental estabelecer uma casa de peixe naquela zona. Foi então que em 2008 Júlio Pereira arrancou com o seu projeto, tendo por base a cozinha portuguesa “porque nós em Portugal temos produtos de qualidade na qual é exportado pelo mundo a fora porque temos excelente peixes, mariscos, vinho e carne, temos é de valorizar o que é nosso”, explica o chefe. Atualmente o restaurante Ondas sobre o Mar tem três serviços distintos: uma sala de almoços e jantares requintada com serviço de excelência e uma decoração agradável e uma belíssima vista para o mar, uma sala destinada para serviço de cafetaria e

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esplanada exterior e uma área destinada ao take away, que permite que as pessoas comprem refeições para almoçar ou jantar a preços acessíveis. E qual é o segredo dos chefes de cozinha para terem tanto sucesso nos pratos que confecionam? Esta foi a pergunta que fizemos a Júlio Pereira que, por sua vez, fez questão de realçar que o segredo está precisamente no tempo, isto é, não basta ter um excelente peixe nas mãos, é preciso saber o tempo exato que este tem de estar no forno ou brasa senão perde-se a qualidade do mesmo. Conhecido como um dos melhores cozinheiros portugueses no que diz respeito não só em peixes e mariscos mas também pelos pratos de arroz, como por exemplo, Arroz de Porco Preto, Arroz de Marisco, Arroz de Tamboril c/ Gambas, Arroz á Valenciana, Arroz de pato à antiga entre outros. Neste sentido, o chefe garante: “quando concorro a concursos gastronómicos o meu objetivo é ser o melhor, me dedico ao máximo porque é a minha paixão”.


Sobre esta matéria, o proprietário revela que o segredo do seu arroz delicioso está no tempero e no tempo de cozedura até ele estar no ponto e na temperatura certa, insistindo que o timing tem de ser, obrigatoriamente, respeitado em qualquer cozinha que queira servir com qualidade. Mas para além deste pormenor, há sempre um toque especial do chefe que faz toda a diferença. Respondendo à questão sobre quais as sugestões do chefe para quem visita o Ondas Sobre o Mar, este menciona as caldeiradas – prato que já ganhou o 1º prémio - entre outros como robalo ao sal, arroz de polvo com filetes do mesmo e filetes de pescada com arroz de camarão confecionados sempre com o máximo empenho. Relativamente às características principais para ser um cozinheiro exemplar, o chefe comenta que em primeiro lugar vem a humildade, porque tem de estar ligada à postura de qualquer chefe, depois é conhecer a qualidade dos produtos que compra, o «timing» para os confecionar e manter elevados padrões de higiene. E para terminar, o chefe Júlio Pereira não deixa de enfatizar que é a dedicação e o gosto ao confecionar os pratos que se destacam. 1º Lugar na Sopa de peixe Relativamente ao 1º lugar da sopa de peixe, Júlio Pereira começa

por explicar que o concurso aconteceu de forma natural. O Ondas sobre o Mar foi convidado pela Câmara Municipal de Matosinhos para participar no concurso «Feira Das Sopas» o qual aceitou o desafio. A partir daí, fez a sopa com toda a dedicação para ser o primeiro. Sopa essa que levou uma variedade de peixes frescos como: pescada, tamboril, camarão, lulas e no final, para complementar, uma massa. “Fizemos a mesma que foi oferecida a diversas pessoas com a mesma qualidade da casa e, no final, fomos agraciados com o 1º lugar”, explica. Bons ventos para o futuro Em forma de conclusão, o proprietário chefe Júlio Pereira diz que de momento estão a preparar os jantares de Natal e Passagem de Ano, com menus completos e a preços acessíveis e recomenda que as pessoas façam já as suas reservas e também encomendas, uma vez que no dia 25 o Takeaway estará aberto à hora do almoço. Para 2016 assegura que pretende continuar com a mesma filosofia e com os mesmos padrões de qualidade que, têm traduzido o atual sucesso do Restaurante Ondas Sobre O Mar. “Servir bem e servir sempre para nós é um compromisso” conclui, o Chefe Júlio Pereira.

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OS MELHORES GELADOS ARTESANAIS A NORTE Com cinco lojas espalhadas pela zona norte do Porto, hoje a Cremosi é uma referência quando o objetivo é saborear um bom gelado artesanal, 100% natural, ou comer um crepe acabado de fazer. José Petiz, proprietário desta geladaria artesanal portuguesa, fala-nos sobre o conceito que implementou nas suas lojas, o design renovado e atual que distingue os seus espaços e o desejo de abrir mais lojas, desta vez a sul do país.

CREMOSI

JOSÉ PETIZ

A primeira loja Cremosi abriu em 2003, na Praça Leitão, em pleno coração do Porto. Rapidamente o conceito foi aceite e expandiu-se estando hoje presente em Gaia, na Praia dos Lavadores, na marginal de Matosinhos, no Porto, na Praça Filipa Lencastre, no Mercado do Bom Sucesso e mais recentemente, na Rua Mouzinho da Silveira. A ideia de criar novos espaços apareceu há um ano. Sabendo a qualidade dos seus produtos, José Petiz considera que não estava a tirar partido do conceito Cremosi, enquanto gelataria. “Precisava de me focar naquilo que realmente produzia, que eram gelados. Começaram entretanto a aparecer outras marcas e é lógico que com essa forte concorrência percebi que tinha que mudar algo rapidamente porque tenho um produto muito bom”, revela. No espaço da Cremosi, em Matosinhos, já existira uma gelataria e foi nesse conceito, com os produtos que criam na sua fábrica própria, que abriu as novas instalações, que têm capacidade para 100 pessoas. “As casas Cremosi só trabalham o meu produto. Aqui, temos uma gelataria pura. Tenho uma fábrica onde produzo todo o tipo de gelado, seja com chocolate, com iogurte ou alcóol e distribuímos pelas casas. Os sabores mais procurados, além dos tradicionais, como o chocolate, a baunilha ou o morango, são os gelados de cheesecake, que tem tido muita procura,caipirinha, mojito, ginjinha e doce de leite”, refere o empresário. Também o gelado na pedra é imagem de marca e a Cremosi é a única gelataria no país a fazê-lo. “Primeiramente os clientes têm que escolher os sabores de que mais gostam e depois é utilizada uma pedra a 14 graus negativos para que o processo de transformação do gelado aconteça. Com duas espátulas, as bolas são alisadas, misturadas e envolvidas com o recheio. Toda a gente gosta e fica admirada pela forma como o fazemos”, esclarece, orgulhoso, José Petiz. Com uma forte aposta no design e arquitetura de todos os es66 | PORTUGAL EM DESTAQUE

paços, todas as Cremosi estão com cara lavada e com espaços novos a condizer e é este o caminho que José Petiz quer seguir e o resultado tem sido muito positivo. “Para além da mudança do nosso conceito, o que nos distingue é o produto em si porque aposto muito na qualidade. O nosso gelado é natural, os nossos crepes e waffles feitos na hora e agora também temos o complemento de pastelaria, que teve muita aceitação. Temos muito mais a ganhar se mantivermos este conceito”. Com várias casas no Porto, o futuro poderá passar por expandir o negócio e explorar novos mercados como, por exemplo, Lisboa. “Seria uma grande aposta e espero a médio prazo poder fazê-lo. Lisboa tem muito potencial. Mas, estamos satisfeitos com o trabalho realizado no Porto e não podíamos ter sido melhor recebidos na cidade. Aqui, todos conhecem as nossas casas e os nossos produtos, isso é o mais importante para nós”, conclui o empresário.



O MELHOR LEITÃO ASSADO DA REGIÃO NORTE Situado na Avenida Serpa Pinto, em Matosinhos, o Restaurante “O Cabeças” ganhou nome devido às sandes de leitão e ao porco no espeto, vendidos nas várias festas populares em que marcaram presença ao longo de uma década. Hoje, as especialidades continuam a ser as mesmas e podem ser saboreadas durante todo o ano neste espaço.

O CABEÇAS - CASA DOS LEITÕES PATRÍCIA E SAÚL SOUSA

Uma nova etapa Estiveram presentes em várias festas e eventos e eram conhecidos pelo sabor das sandes de leitão, pelo porco no espeto e pelo leitão no forno, que para muitos, em nada fica atrás do famoso Leitão da Bairrada e é das melhores alternativas ao mesmo na região norte. Devido ao sucesso alcançado tornou-se imperativo criar um espaço onde os seus clientes pudessem apreciar as especialidades em qualquer altura do ano, sendo que apenas trabalhavam na época de verão, meados de maio até outubro. “Abrimos este restaurante porque os nossos clientes começaram a questionar-nos o porquê de não termos um espaço onde pudessem provar as nossas especialidades durante todo o ano. Realizávamos várias feiras e eventos mas apenas no verão. Depois tivemos a ideia de abrir O Cabeças apenas com os pratos que os clientes mais apreciavam, ou seja, o nosso leitão”, conta Saúl Sousa, proprietário do restaurante. A acompanhar o famoso leitão, são servidas batatas e vinho marca “O Cabeças”. Apesar de Matosinhos ser conhecido pelos seus restaurantes de peixe e marisco, abrir um restaurante em que a especialidade é leitão, foi uma boa aposta no entender do empresário. Na sua perspetiva, Matosinhos ainda é uma referência na restauração e muitas pessoas deslocam-se à região devido ao seu restaurante. “Apesar de Gondomar ser a nossa terra e onde somos mais conhecidos, fomos bem recebidos em Matoinhos por parte dos nossos concorrentes mais diretos bem como pelos nossos clientes, apesar desse contacto, em relação às feiras que realizamos no verão, ser bastante diferente, bem como a nossa forma de trabalho. Apesar disso, foram as festas onde estivemos e ainda onde estamos que deram nome ao nosso restaurante. Temos pessoas de várias partes do país que vêm a Matosinhos e ao nosso restaurante por nos conhecerem e gostarem do nosso leitão.”, revela.

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O Cabeças surge assim como um complemento do trabalho realizado até então e o objetivo passa por levar os produtos aos clientes durante qualquer altura do ano. “Trabalhamos muito para fora. Para além das pessoas poderem almoçar ou jantar no nosso restaurante vendemos muitos leitões para levarem para casa. Temos uma sala com capacidade para 80 pessoas e trabalham no espaço cerca de dez pessoas. Aqui, as pessas podem apreciar as nossas especialidades confortavelmente e isso é também uma satisfação para nós”. Desde que abriram portas, o balanço tem sido muito positivo na perspetiva de Saúl Sousa e têm clientes que os visitam há vários anos sendo esse um indicador do sucesso do seu restaurante. Presentes na festa do Senhor de Matosinhos há uma década, de Gondomar, na Feira de Artesanato e o São João da Foz, este ano marcaram também presença no São João na Boavista, sendo igualmente um sucesso. Perspetivas de crescimento sustentado Um dos objetivos da administração do Restaurante O Cabeças passa por criar mais espaços com o mesmo conceito na região norte. O futuro passará assim pela abertura de um ou mais restaurantes, e o centro do Porto ou Gondomar são algumas das possibilidades. A restauração no Porto consideram que está em forte crescimento e a tomar uma dimensão considerável, e Gondomar porque é a terra da administração.



“CADA CLIENTE É ÚNICO” A MJP Catering, em Matosinhos, assenta na solidificação de projetos em comum, com a intenção de obter experiências diferentes, de forma a que cada momento seja único, sem comparação e sem precedentes. A equipa da revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Maria José Pinho que explicou como pretende que o serviço disponibilizado seja de excelência na área de catering, bem como na área da organização, produção, logística, decoração e animação dos mais variados eventos.

MARIA JOSÉ PINHO – CATERING

EQUIPA MARIA JOSÉ PINHO

A trabalhar na área do catering há cerca 25 anos, Maria José Pinho decidiu criar a sua própria empresa em 2001 com o objetivo de oferecer um serviço de catering de excelência para eventos: corporate, casamentos e festas. Na MJP Catering a importância é dada ao processo do planeamento, à criatividade, à qualidade da comida e aos clientes. “Tem de haver um contacto muito pessoal com os meus clientes para quando lhes apresentar o projeto, este seja especificamente o que eles pretendem”, reitera Maria José Pinho. Quanto ao planeamento, esse é feito de raiz para qualquer ponto do País onde lhe seja solicitado o serviço de catering, envolvendo as vertentes necessárias para o evento, funcionários e decoração. “Não preciso de ter um local previamente preparado para a organização do evento. Construímos de raiz tudo. A comida é confecionada na íntegra nas nossas cozinhas e depois é transportada, com princípios muito rígidos de segurança e higiene alimentar, para os eventos de pequena e grande dimensão”, explica a proprietária. Maria José Pinho acrescenta, ainda, que estão preparados para dar resposta a qualquer pedido de um cliente num espaço curto de tempo, garantindo que para qualquer evento têm sempre a receção, a decoração e a comida adequados ao perfil do cliente e ao tipo de acontecimento.

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A importância dos clientes Na MJP cada evento é único, cada serviço de catering é único e bastante personalizado. “As pessoas são diferentes e tenho de saber o que elas querem, do que elas precisam e o que as vai agradar”, afirma a proprietária. Para a mentora deste projeto a grande aposta recai na imagem do seu serviço e na satisfação dos seus clientes, tentando proporcionar-lhes sempre uma boa experiência e corresponder às suas expectativas. “Tenho clientes fidelizados há muitos anos que continuam comigo. Casei-os, batizei os filhos e fiz as festas de aniversário dos mesmos. Há uma relação de preço-qualidade e uma grande confiança dos clientes no meu trabalho. Cada cliente é como se fosse a primeira vez que trabalhasse para eles”, explica Maria José Pinho. Para a MJP o sucesso de qualquer evento que organizem passa, não só, pela qualidade da comida servida no catering, mas também pelo atendimento dos seus colaboradores, a decoração, a receção, uma boa música e o ambiente, pois os clientes são cada vez mais exigente e conhecedores. “Tentamos concretizar os sonhos dos nossos clientes mas com os pés sempre bem assentes no chão. Eu produzo o que o cliente quer que aconteça”, salienta a dirigente.


FABRICO PRÓPRIO COM TRADIÇÃO E QUALIDADE Fruto de uma longa experiência, desde 1985, Ao Pão Quente é reconhecida pela tradição com que confeciona os seus produtos de pastelaria, padaria e restauração. Miguel Rodrigues, sócio-gerente há 15 anos do Ao Pão Quente, fala à equipa da revista Portugal em Destaque dos serviços e dos produtos disponíveis neste espaço situado em São Mamede de Infesta, Matosinhos. MIGUEL RODRIGUES E MARCELO COSTA

PASTELARIA/PADARIA AO PÃO QUENTE

Com produtos elaborados diariamente e utilizando ingredientes com a mais alta qualidade e frescura, Ao Pão Quente prima pela tradição e qualidade dos seus produtos aliados à aposta constante na inovação. Fabricam todo o tipo de pastelaria, pastelaria fina, padaria, doçaria regional e salgados. Destacam-se pela variedade bolos festivos e de aniversário, bolos personalizados e bolos por encomenda que disponibilizam aos seus cientes. A par da padaria e pastelaria, têm, igualmente, restauração onde são servidos pratos económicos, com os preços a variar entre os 3,95 e os 7 euros. “Servimos também pratos com outros preços mas que são mais complexos e tradicionais como o cozido à portuguesa, bacalhau com broa, rojões, arroz de pato e francesinhas”, avança o proprietário, Miguel Rodrigues. Sendo a zona onde está situada o Ao Pão Quente uma zona residencial, clientes habituais não faltam, os quais são já considerados da casa. E é pelo atendimento personalizado que querem primar, igualmente. Apostando numa pastelaria variada e de alta qualidade elaborada com os melhores ingredientes é de referir que, por exemplo, durante a época natalícia, o bolo-rei e os troncos de natal de fabrico próprio invadem as montras. Quem ali vai depara-se, ainda, com os doces tradicionais, doces de ovos, fatias de bolo resen-

de, pão-de-ló, croissants, lanches, rabanadas e pudim caseiros. Ao Pão Quente é também conhecida pela grande diversidade de bombons que ali são confecionados. “Apostamos muito na qualidade dos nossos produtos. Tudo o que usamos para o fabrico dos nossos produtos é tradicional, tudo caseiro e feito por nós”, afirma o sócio-gerente. Com uma equipa qualificada e profissional constituída por 18 pessoas sempre disposta a prestar um serviço de excelência e que permite oferecer aos seus clientes produtos frescos confecionados diariamente, Ao Pão Quente quer marcar a diferença. “Quando assumimos a gerência deste espaço fizemos imediatamente obras e ao longo do tempo fomos modernizando e adaptando-nos aos tempos, às necessidades do mercado e à procura e exigência dos nossos clientes”, explica Miguel Rodrigues. Apesar das dificuldades que se tem sentido nos últimos tempos neste setor de atividade Miguel Rodrigues afirma que vão tentar manter a casa com os preços acessíveis que têm vindo a praticar e com a mesma qualidade de sempre, pelo que não têm projetos novos pensados, pois pretendem manter o serviço de excelência e a qualidade dos seus produtos que cativam os clientes. “No dia-a-dia damos o nosso melhor para darmos o melhor aos nossos clientes”, conclui Miguel Rodrigues.

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GASTRONOMIA PORTUGUESA COM MÚSICA E VISTA PARA O MAR Falamos de um restaurante que já conta com 42 anos de história e que já passou por várias mudanças. O antigo Tequila sempre foi um restaurante vocacionado para festas e eventos, tendo sido decorado no passado com um conceito mexicano.

TEQUILHA – LOUNGE BAR & RESTAURANTE

No entanto, há precisamente 10 anos, fruto da vontade de quatro amigos empenhados em animar a Praia da Memória, em Perafita, os sócios decidiram fazer daquele extraordinário espaço sobre a praia com vista para o mar, num restaurante que fosse um ponto de atração turístico. Desde então, começaram por tornar tudo mais português, optando por mudar o nome de Tequilha para Tequilha. Mas a mudança não se confinou ao nome da casa, a cozinha passou a ser tipicamente portuguesa e, ao contrário, dos demais restaurantes à beira-mar com forte aposta nos pratos de peixe, a especialidade do Tequilha incidiu sobre bacalhau, tendo em conta as inúmeras formas de o confecionar. De acordo com o sócio Miguel Cardeano, o Tequilha continua a ser “uma casa de festas, e hoje tento aliar a boa gastronomia portuguesa à festa, proporcionado um espaço com música ao vivo onde as pessoas possam desfrutar com o máximo de conforto” . Os pratos de bacalhau são apresentados de 1001 formas, estando nas mãos do chefe José Luna a excelência na qualidade e no sabor dos mesmos. E contrariamente ao que se pensa, nesta casa de mar, também se serve picanha “até para mim foi surpreendente o sucesso que fez a picanha laminada, obviamente que na base desta fantástica procura que obtivemos está a elevada qualidade da mesma” realça Miguel Cardeano, acrescentando que há uma seleção rigorosa de todos os produtos.

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JOSÉ LUNA

Neste contexto, o Tequilha pretende ser um espaço onde o atendimento seja único e personalizado, obedecendo aos mais altos padrões de qualidade e higiene, na seleção, armazenagem, preparação e confeção dos diversos pratos. Inserido numa praia social - com bandeira azul e uma vasta extensão areal - com instituições e crianças à sua porta, o Tequilha serve pequeno-almoço na época de verão, estando aberto das 8:30h às 20:30h e aos fins-de-semana até às 2h da manhã. Já no Inverno está encerrado de Segunda a Quinta-feira, sendo que Sexta-feira e Sábado funciona das 12:00h às 02:00h e Domingo das 11:30 às 19:30h. Neste sentido, importa referir que aos almoços há sugestões de pratos caseiros a preços competitivos, com direito a música ao vivo no que respeita os jantares de quinta, sexta e sábado e no bar os outros dias de semana. O restaurante dispõe ainda de menus de grupo com tudo incluído, que variam entre 20 e 30 euros, e a ementa abrange desde bacalhau de broa com natas até aos peixes e, para os aficionados por carne, a deliciosa picanha. “Fazemos festas temáticas como magusto, passagem de ano, dia dos namorados, carnaval, entre outras festas pessoais como batizados e casamentos” Relativamente às dificuldades encontradas no negócio Miguel Cardeano revela que a escassez de transportes públicos até à praia da Memória, Perafita, condiciona o acesso de clientes “é uma pena termos esse entrave porque de outra forma conseguiríamos obter mais sucesso” salienta o proprietário. No que toca ao futuro, Miguel Cardeano é bastante pragmático, revelando que pretende chegar longe investindo “e fazer a praia-projeto que já tínhamos planeado, e ter a possibilidade de criar uma esplanada exterior fantástica”, contudo realça que a concretização destes projetos está dependente do apoio das entidades competentes.


EMPRESAS EM DESTAQUE É um facto que se tem verificado em Portugal um elevado desenvolvimento e crescimento do tecido empresarial. O desempenho das empresas portuguesas tem apresentando sinais positivos no que toca ao volume de negócios e das exportações e, ainda, há cada vez mais novas empresas a serem criadas. De realçar que as pequenas e médias empresas são de um enorme contributo para a economia nacional, para a criação de postos de trabalho e para o aumento do volume das exportações. A crescente abertura ao comércio internacional é uma característica incontornável da evolução da economia portuguesa. A nível europeu, as empresas portuguesas têm-se distinguido no que diz respeito à inovação e à produtividade e, cada vez mais, apostam na qualidade dos seus produtos, na eficácia dos processos, no marketing e na sua própria organização. Ao longo dos anos as maiores empresas portuguesas cresceram, expandiram-se e internacionalizaram-se, sendo determinantes para a economia portuguesa. Por sua vez, o interesse dos mercados internacionais nas empresas portuguesas aumentou. Nesta edição da revista Portugal em Destaque vamos realçar casos de sucesso em Portugal como são exemplo a Ecobrasa, uma empresa portuguesa criada em 2002, com uma atividade centrada na comercialização de Produtos de Queima, na área do Churrasco/Grelhados e Aquecimento do Lar, o Wall Street English e Parceiros Novos, uma empresa sediada em Vila Nova de Famalicão especializada e vocacionada na criação de soluções em toda a área gráfica e publicitária.

Ecobrasa - Trading Unipessoal, Lda. Rua Eng. António Ricca Gonçalves nº 271 Zona Industrial da Maia, Sector VIII 4470 - 298 Maia I Portugal (+351) 229 682 030 info@ecobrasa.pt

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APRENDER INGLÊS COM QUALIDADE E RIGOR Licenciada em Letras e com Pós-Graduação em Linguística Aplicada em Ensino da Língua Inglesa, Michelle Herculano é a responsável pelo Wall Street English da Maia. A dinâmica deste centro e os seus projetos de futuro são alguns dos pontos abordados em entrevista à revista Portugal em Destaque.

WALL STREET ENGLISH

Referência no ensino da língua inglesa O Wall Street English da Maia surgiu em 1999 através de uma oportunidade de expansão e alargamento dos Centros WSE a nível nacional, como Michelle Herculano começa por nos explicar. Nessa altura a Maia era um concelho com grande crescimento económico e com uma grande zona industrial e a escolha recaiu naturalmente por se sediarem na cidade. Atualmente com seis colaboradores, o objetivo passa por estabelecer uma aproximação ao aluno de maneira a rentabilizar os seus objetivos e expetativas em relação à aprendizagem da língua Inglesa, através de fortes valores de compromisso e motivação em atender às necessidades de cada aluno individualmente. “Tratamos cada aluno de maneira personalizada, pois consideramos que a aprendizagem dá-se consoante uma série de fatores peculiares e na capacidade de aquisição de cada indivíduo. O nosso método tem, entre outras caraterísticas, grande flexibilidade a nível de horários. Eu costumo dizer que: se não conseguir adaptar-se ao nosso horário, não consegue em mais lado nenhum. Isso realmente posso garantir”, frisa. Outras características importantes do método utilizado é a possibilidade de o aluno gerir a sua preparação individual que pode ser feita em casa, através da Internet, com uma password de acesso. “As aulas de preparação individual, bem como as aulas presenciais

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EQUIPA DO WALL STREET ENGLISH TELEFONE: 229 477 320 E-MAIL: MAIA@WSI.PT WWW.WSI.PT

com os professores são de caráter obrigatório e exigem em média uma dedicação de quatro horas semanais para um curso regular”, informa Michelle Herculano. O Wall Street English Maia disponibiliza cursos de inglês geral, empresarial e preparação para os exames de Cambridge, nomeadamente Preliminary, First e IELTS. Na perspetiva da responsável do centro, o que distingue o seu centro da concorrência é “a vasta gama de serviços a nível de cursos, bem como a flexibilidade de horários sem perda de aulas e a colaboração de professores de origem, nomeadamente as nossas professoras Alexandra, da África do Sul e a professora Paula, dos Estados Unidos da América”. Crescimento sustentado e futuro Atualmente com cerca de 200 alunos, o crescimento do Wall Street English Maia nos últimos anos destaca-se através da preparação para os exames de Cambridge. Crescimento este que abrange não só o tipo de formação disponível para os distintos alunos, bem como o desenvolvimento enquanto profissionais na área de ensino. “Hoje em dia, é necessário um excelente nível de inglês face ao mercado competitivo a nível profissional. As ferramentas essenciais são sobretudo a persistência, o contacto constante com a língua, a prática constante e o “não ter medo de errar”, conta. A curto prazo, um dos objetivos do centro passa por concretizarem o projeto, já em andamento, de renovação das instalações, bem como investir constantemente nos meios disponíveis aos alunos. “O incremento das nossas aulas com recursos tecnológicos e atrativos também faz parte dos nossos planos. A médio e longo prazo o objetivo é aumentar o número de alunos, bem como a sua total satisfação”, conclui Michelle Herculano.


ECOBRASA COM FORTE APOSTA NA INTERNACIONALIZAÇÃO Sediada no norte do país, concretamente no concelho da Maia e localizando-se em Leiria e Torres Vedras, as suas unidades de embalamento, a Ecobrasa apresenta uma posição consolidada no panorama nacional no setor da comercialização de produtos de queima, na área do churrasco/grelhados e aquecimento do lar. Sérgio Vieira, administrador da Ecobrasa, começa por nos contar a dinâmica da empresa desde que iniciou atividade, em outubro de 2002, até á presente data.

ECOBRASA

Ecobrasa - Trading Unipessoal, “A Ecobrasa acaba Lda. de completar

13 anos e nasceu, tinha eu 22 www.ecobrasa.pt anos…”, explica o empresário. Este propôs-se explorar a venda de carvão vegetal no país, que como o próprio indica, tem grande tradição no uso do churrasco em restauração. A Ecobrasa iniciou a sua atividade na zona norte e presentemente não só alargou a mesma a todo o território nacional, como chegou já ao mercado europeu, nomeadamente Espanha e França. “… A nossa área geográfica era muito reduzida, era feita apenas distribuição nas churrasqueiras e restaurantes da zona norte do país. Fomos alicerçando a nossa posição nalguns clientes e alargando os segmentos de mercado o que conduziu a que nos últimos três, quatro anos surgisse a necessidade de executar o embalamento do produto, quer com a nossa marca quer com multimarcas. Assim, foi possível chegar junto da grande distribuição. Presentemente atuamos sobretudo a nível ibérico, tendo no ano passado, as exportações atingido 15% da faturação global. Este ano, e apenas até final de setembro, as mesmas já evidenciam um crescimento de cerca de 50% face ao ano anterior”, conta Sérgio Vieira, demonstrando a clara aposta da Ecobrasa na internacionalização. Como este nos explica, a grande fatia do carvão vegetal que é consumido em Portugal e na Europa, provém da América Central e do Sul e de África. “O carvão vem por processar porque nos países produtores os meios são muito escassos para assegurar a qualidade no embalamento. Nas nossas unidades, fazemos a triagem, a limpeza e posterior embalamento, desde embalagens de 2 até 20kg, consoante o tipo de segmento de mercado a que se destina. Podemos assim dizer , que estamos presentes em todos os setores de consumo do carvão vegetal, desde o doméstico ao profissional”. O futuro, como o empresário indica, passará pelo incremento das exportações, aproveitando a posição geoestratégica de Portugal na Europa, face aos países produtores. A Ecobrasa pode assim acrescentar valor ao produto através dos seus serviços. Este é um dos objetivos de Sérgio Vieira para a Ecobrasa: ser uma referência entre as empresas de comércio do carvão vegetal no país e na Europa. É também ambição da empresa tornar sustentável o consumo de carvão vegetal através da sua certificação, nomeadamente a ob-

Rua Eng. António Ricca Gonçalves nº 271 Zona Industrial da Maia, Sector VIII 4470 - 298 Maia I Portugal (+351) 229 682 030 info@ecobrasa.pt

SÉRGIO VIEIRA TELEFONE: 229 682 030 E-MAIL: INFO@ECOBRASA.PT WWW.ECOBRASA.PT

tenção do certificado FSC – Florestal Stewardship Council – que visa promover uma gestão florestal responsável e o uso racional da floresta, através de um conjunto de normas que pretendem garantir a longo prazo, a sua existência. Prova do processo evolutivo referido, é a distinção que a Ecobrasa obteve no passado mês de setembro. Com efeito, o galardão de PME Líder 2015 alcançado, deve-se não só a uma gestão criteriosa, mas também ao empenho dos colaboradores, à fidelização dos clientes, ao compromisso dos fornecedores e demais Stakeholders. “Os sucessos alcançados nestes 13 anos deixam-nos orgulhosos e permitem-nos olhar para o futuro com mais ambição, mas sobretudo com enorme sentido de responsabilidade”, finaliza. PORTUGAL EM DESTAQUE | 75


Com base numa equipa com mais de 20 anos de experiência, a Tal Simplicidade! iniciou a sua atividade com a vontade clara de conquistar o mercado nacional das Artes Gráficas. Após a aquisição de máquinas de impressão offset folha a folha de pequeno e médio formato (35 x 50 cms e 50 x 70 cms), o crescimento da empresa ditou a aquisição de uma máquina de grande formato (70 x 100 cms), de uma rotativa de grande formato e também de uma rotativa a 4 cores para impressão de formulários o que propulsa a empresa para o topo das maiores gráficas nacionais. Com base no crescimento sustentado, a Tal Simplicidade! além do polo industrial na Maia, alargou a sua produção para um pólo industrial em Santo Tirso. A preparação para a Certificação da empresa torna-nos numa indústria gráfica sólida com uma implantação em todo o território nacional e internacional. No nosso departamento de pré-impressão utilizamos ambientes de Mac e Pc e uma vasta gama de programas de manipulação de imagem e imposição. Contamos também com um moderno CTP que permite o processamento de chapas automático garantindo igualmente a obtenção de chapas com uma reprodução fidedigna dos ficheiros enviados. Para nos auxiliar na obtenção de excelentes resultados de impressão dispomos de calibradores com tecnologia alemã. Todos os nossos colaboradores possuem uma vasta experiência na área da Pré-Impressão de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes, disponibilizando-se para em parceria com eles, possamos atingir os melhores resultados. Dispomos de equipamento para impressão digital da última geração que nos permite satisfazer o cliente em pequenas quantidades e em prazos reduzidos. • Impressão de etiquetas e autocolantes. • Catálogos e brochuras. • Cartões, convites, ementas, cartazes, etc. • Personalização com dados variáveis. O resultado de um bom trabalho gráfico depende não só de uma boa pré-impressão e impressão, mas, igualmente, de um primoroso acabamento. Na Tal Simplicidade! temos a preocupação de possuir um vasto parque de equipamentos para acabamento, tais como máquinas para plastificar, dobrar, cortar, coser à linha, colar à capa, linha de revista, estampar, corte e vinco, entre muitas outras. Os nossos clientes são a nossa fonte de inspiração. É para eles que a Tal Simplicidade! disponibiliza um vasto staff de profissionais muito competentes, que são o garante da qualidade do nosso trabalho. Consulte-nos e verá que somos a escolha certa para ir de encontro aos desafios do mercado da sua empresa.

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