Etérium - the life trip

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Tocar o que não tem corpo e aí procurar respostas. Sempre me intrigou o conhecimento possível do papel que cumprimos aqui, de pés assentes neste bocado de chão. Como muitos outros, não quero aceitar que sou uma chama esvoaçante, sem objetivos definidos, que acende e apaga finalizando seu ciclo, independentemente de ter dado ou não luz ao mundo. Depois de, durante este meu caminho, ter tocado de leve temas do espírito, filosofias de vida e formas de estar, senti que se formava em mim um ideal de procura e uma forma de ser eu mesmo. A procura dos meus próprios passos tornou-se um ímpeto de força maior. Mas como procurar respostas sobre algo que não é tangível e que tanta controvérsia fundamenta? Como abordar esta temática sem ferir ou entrar em discussões? Não quero ser dono da verdade, mas quero ser livre de procurar, sem ser criticado por quem não sabe ou não quer saber. Sendo eu alguém que sempre se sentiu bem dentro do universo artístico, logicamente escolho esse campo, onde as vontades são livres para trabalhar. É assim que surge o Etérium, como algo que se esvai entre nossos dedos, mas tem sentido, tem a força da união e destino. Neste espaço de expressão sinto que posso pesquisar, interrogar, deixar que os sentidos evoluam de forma a procurar as respostas que talvez nem existam.

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