O mensageiro ago2013

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Ano XXVII - nº 345 Agosto de 2013 Distribuição gratuita Infomativo da Paróquia Nossa Senhora de Loreto Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br

Ordenação do Diácono Francisco Página 9

Cristo

O legado social da JMJ

BOTA FÉ

Página 20

nos jovens


Índice

Editorial............................................................................................. 3 Temas Bíblicos................................................................................. 4 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ������������������������������ 5 Os mistérios da vida pública de Jesus........................................ 6 Homenagem aos Pais .................................................................... 7 Ser avô................................................................................................ 8 Ordenação do Diácono Francisco............................................... 9

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Expediente Direção Espiritual

Pe Sebastião Coordenação

Hélia Fraga Equipe de Trabalho

Ana Clébia, Bira, Helinho, Badá, Corredeira, Thiago Santos Diagramação

Lionel Mota Impressão

Gráfica Stamppa

Quando vocação significa amor................................................10 Valorização do sacerdócio...........................................................11 Falando Francamente..................................................................12 Capa - JMJ no Loreto...................................................................14 Nascimento de Jacarepaguá........................................................22 Fé e Política.....................................................................................24 Agenda.............................................................................................25 Loretinho.........................................................................................26

Expediente Paroquial PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 Freguesia - Jacarepaguá - RJ CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br – Administração secretaria@loreto.org.br – Secretaria

HORÁRIO DA SECRETARIA 1ª e 3ª segunda-feira: das 8h às 19h 2ª, 4ª e 5ª segunda-feira: das 9h às 19h Terça a Sexta: das 8h às 19h Sábado: das 8 às 20h 1º e 3º domingo: das 8h às 18h 2º, 4º e 5º domingo: das 8h às 19h

HORÁRIO DAS MISSAS » Missas dominicais: Sábado 18h30 e Domingo 7h, 8h30, 10h30 e 19h. » Segunda a sábado, missas às 7h e 19h30


Obrigado, Papa Francisco

Papa Francisco veio mostrar o quanto Jesus está próximo dos jovens de qualquer lugar do mundo

Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*

Querido paroquiano, prezado leitor. Papa Francisco foi embora mas deixou e levou saudade. Veio confirmar os seus irmãos na fé em Jesus e mostrar o quanto Jesus está próximo dos jovens de qualquer lugar do mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Ele tinha dito na sua chegada que gostaria de entrar nas casas dos brasileiros pelo coração. E assim aconteceu. Levou consigo os nossos corações. E insistiu tanto na “missionariedade da Igreja”. Ela tem que ir, sair do seu comodismo. Ir ao encontro dos irmãos, principalmente dos que estão mais distantes. Chamou atenção para as “pastorais distantes, pastorais disciplinares, que privilegiam os princípios, as condutas, os procedimentos organizacionais... obviamente sem proximidade, sem ternura, nem carinho. Ignora-se a ‘revolução da ternura’, que provocou a encarnação do Verbo. São incapazes de conseguir o encontro: encontro com Jesus Cristo, encontro com os irmãos.” Penso que seja importante receber, entre todas as palavras do papa Francisco, estas para nossa reflexão e vivência pastoral. Foram palavras dirigidas aos Bispos, aos Padres, ao povo de Deus e em especial aos jovens. Foram enfocados os ambientes da América Latina, do Brasil, das Dioceses, das Paróquias. Por isso tomemos a decisão de retomar, com cuidado, todos os seus discursos para meditá-los pastoralmente. Neste mês vocacional, no Dia do Padre, a Ordenação sacerdotal do Diácono Francisco foi um marco a nos lembrar os chamados de Deus para escolhas de vida. Escolhas definitivas e não provisórias, como disse o Papa Francisco. Alguns na santificação da Família, outros na Consagração da Vida Religiosa, outros no Sacerdócio. O mais importante, frisou ele, é não se conformar com a ‘cultura do provisório’; é ter a coragem de remar contra a corrente. Nas quatro semanas rezaremos pelas vocações: sacerdotal, religiosa, familiar e aquela de comprometer-se nas diversas pastorais. Ao final desse enorme esforço de quase dois anos de preparação da Jornada, quero cumprimentar a todos os que se comprometeram das mais diversas maneiras. Quem assumiu as coordenações em nível paroquial, vicarial e do COL, quem se dispôs a trabalhar como voluntário/a. Agradeço a quem ofereceu sua casa para a hospedagem, mesmo que você não tenha recebido nenhum peregrino. Foi muito bom saber que havia mais locais disponíveis do que peregrinos. Houve também grupos que não queriam ficar separados. Deus lhes pague. Obrigado também aos que vieram na última hora e ajudaram a ‘apagar o fogo’ das muitas centenas de peregrinos que precisavam ser colocados nas hospedagens. Todos fomos muito importantes para o êxito da maravilhosa Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Nossa Mãe celeste interceda pela nossa Paróquia e nos abençoe. Agosto 2013

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Temas bíblicos

Evangelho de João (26) Jo 15,18-16,33 (ii)

Padre Fernando Capra

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mundo é o homem que, em lugar de se revestir da glória de Deus, guardando a paz com o seu criador e a criação, se contamina com toda sorte de perversão ao rebelar-se contra o seu Criador. Este, pela obediência, o conduziria à perfeição, tornando-o sempre mais capaz de se realizar, até conseguir a imortalidade. Infelizmente, o homem, levado pela insensatez, opta ditar para si o caminho da sua realização. Enquanto se afasta de Deus, as concupiscências da carne, a idolatria do ouro e a ambição desmedida o escravizam. Ele acha que reina, de fato, ele se torna escravo do Mal que o acaba dominando. Deus, na sua misericórdia, fiel a si mesmo, não deixa de querer o bem do homem. Leva até as últimas consequências o seu amor e se determina em salvá-lo pelo Filho, isto é, suscitando de mulher um irmão capaz de neutralizar a condição de escravidão em que ele acabou reduzido. É evidente que contra a Palavra da Vida que se faz carne e que quer ser Luz para os que jazem nas trevas, os que são do mundo, isto é os que resistem à ação misericordiosa de Deus e não se deixam por ele atrair para que, dando a sua adesão de fé ao filho de homem que ele “consagrou e enviou ao mundo”, os salve e os glorifique, insurgem-se e querem a sua morte. Eles chegam até a odiá-lo. As autoridades religiosas se tornam a mais perversa categoria dos homens porque chegam a odiar Jesus sem motivo, recusando a evidência da verdade. Negam-se a um diálogo que os salvaria, alcançando a salvação da forma mais glorificadora, uma vez que Jesus aceita

Jesus veio para resgatar o homem dessa condição de pecado. E o fez na condição de Cordeiro levado ao matadouro

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discuti-la na base da sua familiaridade com as Escrituras. A sua salvação dos escribas e sacerdote acontecerá com a pregação de Pedro (cf. Atos 2, 15s). A infinita misericórdia de Deus alcançará, num só dia, a conversão de três mil judeus, que se tornarão cinco mil, no dia da segunda pregação após Pentecostes, segundo a profecia de Jesus à sua geração “má e perversa”. Será o fruto do seu último sinal. Ao longo da história da Igreja, o mundo inicialmente representado pelos Sumos Sacerdotes e Anciãos do templo, se manifestará nos anticristos, lembrados pela Primeira Carta de São João. Neles se refletirá a mentalidade obtusa de todos aqueles que acham que podem interpretar a Pessoa e a missão de Jesus com critérios humanos, quando deveriam abraçar a fé, fundamentados no testemunho daqueles que Jesus constituiu arautos da sua mensagem (1Jo). O mundo é constituído, também, por todos aqueles que se deixam levar pela cobiça e por causa disso, matam; pela concupiscência e por isso se tornam adúlteros; pela ambição desmedida que torna as pessoas despóticas. O mundo é também constituído pelos que se deixam governar pela “maldade, malícia, devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez” (Mc 7,22). Jesus veio para resgatar o homem dessa condição de pecado. E o fez na condição de Cordeiro levado ao matadouro, o Servo de Iahweh que “achávamos amaldiçoado por Deus, mas que, de fato, carregava sobre si as nossas culpas” (Is 53).

Perguntas para reflexão: 1ª) De qual Maligno Jesus nos liberta? 2ª) Por que as autoridades religiosas foram as que mais hostilizaram a ação salvadora de Jesus? 3ª) Quais são os pecados que podem neutralizar a ação salvadora do “Filho que o Pai consagrou e enviou ao mundo”?


Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria Sermão 7

Animando os Companheiros E, do mesmo modo que a Igreja Católica, embora perturbada no passado por perseguições ferozes, não desanimou, mas cresceu a cada dia, a nossa Congregação, também, não será destruída pelas ofensas; mas, se soubermos resistir, ela aumentará e se tornará mais forte, mesmo que muitos males venham a cair sobre ela. Os mártires e todos os santos de Deus - homens e mulheres -passaram por este caminho, passaram por fogos e águas (SI.71,12) e chegaram ao céu. "E todos que quiserem viver unidos a Jesus Cristo serão perseguidos" (2Tm.3,12). Para não falar de outros, vamos considerar somente São Francisco, cuja festa hoje celebramos: "não nos pese imitar o que queremos celebrar". Em Francisco, reflete-se um grande exemplo de piedade cristã, de profunda humildade e, acima de tudo, de intensa caridade. Como ele estava pronto para enfrentar os sofrimentos! Quanta força ele teve para vencer a si mesmo e ao mundo! Quanta firmeza, tolerando as ofensas! Quanta disposição para suportar qualquer sofrimento, até os mais duros, por amor de Cristo! (Continua no próximo número)

Em Francisco, reflete-se um grande exemplo de piedade cristã

20710 Será que nós somos mais sábios do que os apóstolos? Será que somos ou pensamos ser mais privilegiados do que o Cristo? Há, entre nós, alguém que se julga sábio? Mas "se alguém de vocês pensa que é sábio segundo os critérios deste mundo, torne-se louco para chegar a ser sábio" (lCor.3,18). Uso, mais uma vez, as palavras do Apóstolo: "Portanto irmãos, vocês que receberam o chamado de Deus, vejam bem quem são vocês: entre vocês não há muitos intelectuais, nem muitos poderosos, nem muitos de alta sociedade. Mas, Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte. E aquilo que o mundo despreza, acha nojento e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir o que o mundo acha que é importante" (lCor.1,26-28). 20711 Irmãos caríssimos, vamos considerar a nossa vocação! Se quisermos examiná-la bem, reconheceremos facilmente o que ela exige de nós, que começamos a seguir, embora de longe, os passos dos santos apóstolos e dos outros santos de Cristo. A nossa vocação nos pede que não fujamos dos sofrimentos pelos quais eles passaram, suportando estas provações que vêm experimentar se somos fortes. E olha que o nosso sofrimento é muito menor que o deles.


Os mistérios da vida pública de Jesus Jane do Térsio

O batismo A

de Jesus

vida pública de Jesus tem início com seu Batismo, por João, no Rio Jordão.Vários pecadores se aproximam de João Batista arrependidos e se fazendo batizar para terem a remissão de seus pecados. E foi com certa hesitação que João Batista, após a insistência de Jesus o Batiza e temos então uma belíssima epifania

(manifestação) da Santíssima Trindade: O Espírito Santo sob a forma de pomba voa sobre Jesus e ouve-se a voz do Pai dizer “Este é o meu Filho bem amado” (Mt 3,13-17). Jesus é o Messias de Israel e o Filho de Deus. João Batista, como era profeta, ao ver Jesus afirma: “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Podemos ver então a missão do Servo Sofredor que se submete inteiramente à vontade do Pai e antecipa já o “Batismo” de sua morte sangrenta para remissão dos nossos pecados. Sendo Jesus o Verbo encarnado já possui em plenitude o Espírito desde a sua concepção e este vem “repousar” sobre Ele. Jesus será a fonte deste mesmo Espírito para toda a humanidade. Jesus não precisava ser batizado, mas o fez para nos dar o exemplo. Ele se iguala a nós em tudo, menos no pecado. E com isto as águas são santificadas, indicando uma nova criação. O pecado de nossos primeiros pais havia fechado os céus, agora com o Batismo de Jesus eles se abrem (Mt 3,16). (Continua no próximo número)


Homenagem aos Pais Eu quero um pai... Que quando me disser sim, o f aça com alegria E quando disser não, o faça com carinho. Pois eu preciso de sim e de não. Ambos, sempre com amor. Eu quero um pai... Que seja ocupado e responsável como todos os pais, mas que encontre tempo para ouvir as minhas bobagens. Que se lembre que já teve a minha idade e não se envergonhe de se sentar no chão para brincar, ou sair para, simplesmente, bater papo, jogar conversa fora. Eu quero um pai... Que me mostre os caminhos caminhando comigo. Que não use muitas palavras ou discursos, pois estarei sempre aprendendo com seus gestos. Que seja uma presença em minha vida, mesmo guando estiver distante. Eu quero um pai... Nem precisa ser um herói espetacular, pode ser até baixinho e gordinho, e nem de longe ser um pai bonito, Como esses de propaganda de Dia dos Pais. Eu não quero um pai para um dia, Eu quero um pai para a vida toda... Eduardo Machado ( do Jornal Opinião)


Seravô

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eus amigos de “O Mensageiro” me deram a árdua e prazerosa missão de escrever sobre a dádiva que é ser avô. Você sabia que em 26 de julho se comemora o dia do Avô. (vou fazer uma campanha para transformá-lo em feriado). A data foi escolhida em razão da comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Quando recebi a missão a primeira coisa que me ocorreu foi como teria ocorrido a criação da instituição AVÔ, e conclui que só pode ter sido uma obra de Deus, e lembrei-me do Gênesis, e admiti que poderia ter ocorrido assim: “E Deus após ter descansado, pensou: Como poderei melhorar a tão magnífica obra da Criação? Darei ao homem, no final de sua vida, depois de ter passado pelas agruras e dificuldades no trabalho e preocupações no dia-a-dia no sustento do lar e na criação de seus filhos, a oportunidade de reviver as alegrias que teve com estes, pois em alguns casos face à labuta diária, não poderá desfrutar em toda a sua riqueza a felicidade que é tê-los. Ele terá intensa alegria e renovará todos os seus sentimentos. A este novo homem chamarei de AVÔ e a esta criaturinha que lhe dará infinitas alegrias chamarei NETA.”

A data do Dia do Avô foi escolhida em razão da comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim

Devo dizer que tudo o que vocês já ouviram falar sobre ser avô pelos seus amigos está totalmente correto e vai muito além do que eles foram capazes de descrever. Somente tendo esta experiência única somos capazes de entender esta felicidade. Sempre fui apaixonado por crianças, e como não poderia deixar de ocorrer, comecei a cobrar do meu filho e da minha nora o tão esperado neto (a) no momento que eles puseram os pés fora da Igreja. A espera durou longos três anos, até que na comemoração do Natal de 2012, eles dispensaram os tradicionais presentes (camisas, cuecas, garrafas de vinho, etc) e inovaram presenteando os futuros avós com a ultrassonografia acusando a gravidez e nasceu então Isabela Do nascimento para cá as sensações mudam a cada dia, do momento do nascimento em que a preocupação era os primeiros cuidados com o sono, com eventuais doenças, e aquele choro de madrugada, até os de agora em que é a comida, o querer andar, as brincadeiras, ela conhecendo as pessoas, e o aprendizado, meu filho diz que ela já fala papai, e eu juro que ela fala vovô. Já ouviram falar que os avós estragam? Mas tem coisa mais deliciosa que uma pequena transgressão? Vou contar dois pecadilhos, num deles um avô deu para sua netinha um pedacinho de brigadeiro (!!!) e outro avô deu para seu netinho pedacinhos de pão embebidos no caldinho de carne (que coisa deliciosa). No meu aniversario fui tentado a dar a Isabela um pedaço de bolo, não o fiz confesso, mas não sei por quanto tempo vou resistir a tentação. Como os meus amigos avós são extremamente ciumentos não posso falar apenas da minha querida Isabela, mas devo citá-los, através de seus netos, pois eles são responsáveis por grande parte da minha expectativa e das minhas cobranças, eles vão se identificar: Carolina, Luiza, Flávio, Vinicius, Henrique, Guilherme, Antonela, Luciana e o meu xará João Gabriel. Adauto- Pascom Loreto


Francisco, siga-me!

N

o dia 04 de agosto, às 10h30minm, no Loretão, foi ordenado nosso querido Diácono Francisco, por Dom Edson de Castro Homem, Bispo Auxiliar e o Bispo de nosso Vicariato. A vocação é sempre um chamado! Francisco foi chamado por Deus para ser sacerdote. Deus chama e ao mesmo tempo Deus dá: dá-lhe a vida e a liberdade de dizer SIM ou Não. Desde pequenino aprendeu no colo de seus pais os primeiros ensinamentos e a chama da fé, que com o tempo foi se tornando cada vez mais forte. Estes chamados acontecem de todos os lados, por pessoas, acontecimentos e situações. Com Francisco não foi diferente. Na sua Crisma aconteceu o clássico chamado da vocação: “Francisco, é Deus quem está chamando você!” Partiu de sua professora de Crisma, que o escolhera para fazer uma leitura durante a Missa da Crisma. Muitas vezes a vida não é feita de momentos claros, nos quais se percebe a vontade de Deus. Mas a escolha de Deus é única e quando Ele chama alguém é preciso ouvir o chamado e sentir todos os sinais, pois a realização da pessoa está no encontro de sua verdadeira vocação, que muitas vezes passa por momentos difíceis, escuros e até incomuns. A Vocação Sacerdotal é a oferta divina que exige uma resposta e um compromisso com Deus, para servir aos irmãos. A ordenação é sempre uma celebração linda e emocionante. Um dos momentos mais emocionantes é aquele em que as mãos do diácono são ungidas, pois, logo na 1ª Missa ele vai consagrar o pão e o vinho para se tornar Corpo e Sangue de Jesus Cristo Uma Ordenação Sacerdotal é sempre muito comovente, “pois um de nós é tomado do nosso meio, das nossas famílias para oferecer por nós sacrifícios e oblações a Deus. São homens que se dão inteiramente a

Deus, servindo-o diretamente no louvor contínuo e no serviço aos homens para que não se machuquem na estrada da vida e não fique: o órfão sem assistência, o doente sem o remédio, o pobre sem teto.” (Dom Marcos Barbosa). Eles ouviram a voz do Senhor: Francisco “se queres ser perfeito...” (Mt 19,21). E deixam tudo, todas as coisas que os prendiam na vida e seguiram o Mestre. O Diácono Francisco soube conquistar o coração da Comunidade, com sua atenção, seu carinho e dedicação. Seja feliz como Sacerdote e Barnabita, se espelhando nos ensinamentos do Fundador Santo Antônio Maria Zaccaria! Hélia Fraga


Quando VOCAÇÃO Significa AMOR - Quero ser grande! O que parecia engraçado aos adultos, era apenas óbvio para mim. O que mais eu poderia querer ser, além de ser grande? Com o tempo fui percebendo que o “ser grande” significava para mim, “ser livre”. Na inocência da minha resposta foi que construí, dia a dia, um dos objetivos da minha vida: A Liberdade! A liberdade na sua essência! A liberdade que nos permite sonhar, mas não nos permite estagnar. Ao contrário, ela nos impele, nos motiva a querer mudar, querer a própria felicidade e a do próximo. Querer a justiça, a vida plena prometida por Deus a cada um de nós. A liberdade é uma vocação natural do ser humano. Ela transcende a si mesma, pois mesmo se escravo, o homem pode ser livre, já que só é escravo aquele que desiste de sonhar com a liberdade. Sim, somos livres! Deus nos fez livres e nos permite o direito de escolha. Muitas vezes não compreendemos porque jovens escolhem responder com um sonoro SIM, ao chamado de Deus. Não entendemos porque tantas pessoas dedicam toda a sua vida em favor do outro. Como pode alguém deixar seus pais, deixar uma carreira promissora, deixar amigos e amores para se consagrar ao serviço a Deus e por consequência, ao próximo? A resposta para mim, também parece muito obvia: É Quando Vocação Significa Amor! Uma pessoa pode ter vocação para a música, mas não fazer dela a razão da sua vida. No entanto, quando a Vocação significa Amor, é im-

possível que ela deixe de ser o centro de todas as suas ações. Queremos homenagear neste mês das Vocações, todas as pessoas que mesmo diante de dificuldades, incompreensões, cansaço, risco de vida e tantas outras provações que enfrentam, mesmo assim, se mantêm firmes em suas escolhas e dedicados ao bem servir! Em particular às pessoas que estão bem próximas de nós, que um dia disseram SIM e que continuam dizendo SIM todos os dias, ao chamado de seus corações. Queremos demonstrar nosso reconhecimento e nosso amor a elas, por tudo que fazem por todos nós e nossa comunidade de fé. Deus os abençoe: Padre Sebastião, Padre Miguelito, Padre Luiz Antonio, Neo Padre Francisco, Diácono Durval, Irmãs de Belém, Irmã Elci, Irmão Mário. Deus abençoe também nosso Papa Francisco e nosso Arcebispo Dom Orani.

Porque somos livres, sonhamos e porque sonhamos, realizamos! Ana Clébia - Pascom


Valorizemos mais o sacerdócio, dom de Deus!

C

aríssimos irmãos, a dignidade sacerdotal é coisa demasiada grande para ser tão banalmente tratada pelos do mundo e até por aqueles que estão na casa de Deus. Para explicar a grandeza do ministério sacerdotal, São João Maria Vianney ensinava: “Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor presente na Eucaristia. Quem O colocou ali naquele sacrário? O sacerdote. Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote. Sempre o sacerdote. E se esta alma chegar a morrer em razão do pecado, quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a serenidade e a paz? Ainda o sacerdote. Depois de Deus, o sacerdote é tudo!” Quanta profundidade, quão lindo poder ter a certeza da missão recebida! Em uma de suas frases, diz o Cura de Ars, “Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a terra, morreríamos: não de susto, mas de amor.” Sinceramente, é um assunto, um tema, onde todos nós deveríamos debruçar nesse mistério, fonte de aprendizado e riqueza, e nos deixar envolver. Ao fazer uma breve reflexão sobre alguns aspectos da vida deste grande santo da Igreja, já podemos perceber a sua terna admiração pelo grande dom que é o sacerdócio. E esse amor pelo Sacramento da Ordem é facilmente explicado: dizia ele que “é o padre que continua a obra da Redenção sobre a terra”. E é verdadeiramente nisso que precisamos crer. O Concílio de Trento, que foi responsável pela reafirmação da doutrina católica frente à heresia protestante, decretou que no divino sacrifício que se realiza na Missa, se encerra e é sacrificado incruentamente aquele mesmo Cristo que uma só vez cruentamente no altar da cruz se ofereceu a si mesmo. Ora, pelo Sacrifício da Cruz, fomos remidos; por suas chagas, fomos curados, como podemos observar em Is 53, 5. São João Batista se refere ao Cristo como “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Aquele que é oferecido em sacrifício nos altares de nossas igrejas é o próprio Jesus, o filho do Deus vivo.

E é o sacerdote o responsável pela celebração desse santo Sacrifício. É o sacerdote, que continua a obra de Redenção sobre a terra, pois, ao repetir as palavras de Jesus na última ceia, revela a íntima ligação existente entre aquele sagrado banquete e a sua crucificação, pela qual somos salvos. Como bem citado pelo então Papa Bento XVI, à época, na carta de proclamação do Ano Sacerdotal, os pensamentos do santo Cura de Ars sobre o sacerdócio são realmente riquíssimos. E a simplicidade de suas afirmações não é fruto de uma mente intelectual brilhante ou de uma pesada bagagem de estudos. São João Maria Vianney era um homem realmente muito simples. Sobre a sua atuação no seminário escreveu Daniel Rops: “O seu cérebro, maravilhosamente capaz de fixar os fatos da vida prática e de penetrar nos seres, era radicalmente incapaz de armazenar as declinações latinas e as mais elementares noções de dogmática!” Mas foi justamente na simplicidade desse pároco que Deus fez uma maravilhosa obra de santidade. O Santo Cura de Ars é considerado um dos maiores santos dos tempos modernos. Em um tempo onde o sacerdócio e a própria religiosidade perdiam força na Europa, esse pequeno padre conduziu à fé um número incontável de pessoas, mostrando, assim, fidelidade ao compromisso de levar almas para Deus. Que a vida do santo Cura de Ars seja sempre um modelo para os sacerdotes do mundo inteiro, em especial, aos de nossa paróquia, e para nós, leigos engajados, um forte motivo para que possamos nos unir em oração pela santificação desses ministros ordenados, para que sejam fiéis ao compromisso que firmaram diante de Deus, e possa a exemplo de São João Maria Vianney, conduzir o rebanho ao redil de Nosso Senhor. Aproveitemos ainda para demonstrar a nossa gratidão a todos esses homens escolhidos, ungidos e abençoados, orando, louvando e glorificando a Deus, na liturgia do dia 4 de agosto, no dia do Padre Abraços fraternos! Ricardo da Liturgia das 10h30m Agosto 2013

O Mensageiro

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Falando Francamente Zamoura

Três padres

memoráveis N

a oportunidade em que nosso O MENSAGEIRO, ganha nova roupagem, e atendendo à solicitação dos dirigentes deste órgão de comunicação, gostaríamos de nos lembrar de criaturas de suma importância para todos nós seguidores da religião Católica Apostólica Romana. Queremos nos referir aos Padres, nossos queridos irmãos que, no exercício de suas funções deixam pais, mães, parentes, amigos e a própria terra natal, para servirem a Cristo, obedientes aos seus juramentos e promessas de fidelidade à nossa Igreja. É bem verdade que o Concílio Vaticano II, trouxe uma nova realidade aos ritos da nossa Igreja, sendo que os leigos passaram a atuar em estreita colaboração com os celebrantes, no que se refere à Santa Missa por exemplo. Mas, quando se fala em Padres, e ainda mais se tratando da Paróquia N.Sra. de Loreto, nos vem à memória nomes de TRES PADRES que conviveram conosco e que não estão mais no nosso convívio, pois partiram para junto do Pai, aqui em nossa Comunidade. Queremos nos referir aos Padres: Tiúba, Roberto e Fernando Negreiros, sendo que cada um com seu estilo, sua personalidade, seu jeito de lidar com o povo de Deus e, sobretudo com atitudes peculiares. Padre Tiúba, um professor que ajudou a 12

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muitos jovens, atuando como explicador altamente capacitado. Sério, avesso às brincadeiras e piadinhas, nem por isso deixava de ser solícito e muito atencioso para com todos aqueles que o procuravam, não só para confissões, mas também para esclarecimentos e orientações de tudo quanto se referia à Igreja. Recordo que numa determinada Missa,interrompeu sua homilia para advertir jovens que conversavam em voz alta, nas proximidades do altar. Padre Roberto, sério, sempre alerta a todos os movimentos durante suas celebração mereceu o carinho o respeito da comunidade. Acostumado a lidar com jovens, Pe.Roberto, que antes de chegar ao Loreto, era reitor do Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria, exercia suas funções com toda dignidade e muita seriedade. Recordo com tristeza do acontecido com ele, quando celebrava uma Missa de finados no Loretão: Durante a homilia, chamou atenção dos jovens da Banda que faziam barulho afinando os instrumentos. Finda a homilia, retornou ao altar, colocou as mãos sobre a mesa, e a assembléia em silêncio aguardava o CREIO EM DEUS PAI... quando para surpresa e espanto geral tombou bruscamente para o seu lado direito, e dali foi imediatamente removido para um hospi-

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tal, onde veio a falecer dois dias depois. E assim nosso querido Pe. Roberto, partiu para a vida eterna. Padre Fernando. Ah... que saudade ! Este Sacerdote era modelo e exemplo de tudo que termina em DADE : simplicidade, humildade, bondade entre outros predicados. Apreciador e freqüentador das festas promovidas pela Pastoral da Alegria, Pe. Fernando se divertia vendo as pessoas dançarem. Suas homilias eram breves e ricas no sentido doutrinário. Suas abordagens sobre o conteúdo das leituras e do próprio evangelho, prendiam a atenção de todos. A liturgia era enfocada com muito brilho, devidamente valorizada pelas vozes e instrumentos das equipes de canto, cujas músicas jamais foram cortadas por ele. Pe. Fernando sentiu-se mal durante a subida da procissão para Missa na Igreja de Nossa Senhora da Pena, sendo vitimado com um infarto fulminante. Pedimos desculpas aos leitores pela falta de citação de datas alusivas a cada fato. Sem dúvida alguma o mais importante é enaltecer e destacar a passagem de cada Sacerdote acima mencionado na nossa Paróquia. Que Deus, na sua infinita bondade, mantenha estes TRES PADRES nos mais altos dos céus, cobrindo-os de permanentes bênçãos, e que possam nos receber quando lá chegarmos. Louvores e Glórias a Deus! Zamoura (Da Diva) 15º ECC Zamoura (Da Diva) zamouraediva@oi.com.br Paróquia N.Sra. de Loreto Jacarepaguá – Rio de Janeiro- Brasil



Cristo

bota fé

na sua Igreja

Q

uem viveu os dias da JMJ Rio2013, seja como peregrino, voluntário, família acolhedora ou mero expectador pode falar e, será em coro, que nunca presenciou algo igual! De fato, a JMJ é um mega evento. Mas é mais que isso. É mais que uma multidão, é mais que jovens cantando e rezando em várias línguas ao mesmo tempo. É mais que um encontro com o Papa. A JMJ Rio2013, foi uma EXPLOSÃO DO ESPIRITO SANTO, se é que se pode dizer isso. Mas todos hão de concordar que o Espírito Santo tomou para si 14

O Mensageiro

cada momento, cada situação e marcou a presença, não dos jovens, não das autoridades, não da cidade, não do clero, não do Papa, mas de Si Mesmo! Deus esteve presente conosco todo o tempo. Nunca a expressão de São Paulo em Rom 8, 35 foi tão real: “quem poderá nos afastar do amor de Deus?” Nem o frio, nem a chuva, nem a fome, nem o medo de tumulto, nem o desconforto de dormir na calçada, nas areias de Copacabana... Nada pôde nos afastar do amor de Deus! Ele caminhava conosco, Ele estava conosco. Os dias que tivemos a gra-

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ça de viver no Rio de Janeiro ficarão na história desta cidade e da nossa querida Igreja Católica para sempre, mas muito mais viva na memória e nos corações de todos nós.

Pátio das Mangueiras repleto: Chegada para as catequeses


Foram dias felizes, mas muito difíceis também. Afinal, algo deu errado? - A chegada dos peregrinos foi tumultuada, o sistema não funcionou e os voluntários não sabiam como resolver os diversos problemas gerados por isso? Resposta: Ação do Espírito Santo – união dos voluntários que viraram noites trabalhando, união das famílias acolhedoras que se dispuseram a transportar, receber, abrigar o máximo possível de pessoas. Todos foram recebidos e abrigados com muito amor. Parabéns comunidade, obrigada Senhor, por sua presença entre nós. - Chovia e fazia frio. A maior parte dos atos centrais era ao ar livre. Resposta: Ação do Espírito Santo – nenhum jovem se furtou de participar dos eventos programados, parecia que estavam vacinados contra as adversidades. Quem não tinha agasalho suficiente recebeu doação. Obrigada Senhor, por Sua presença entre nós. - O Campus Fidei ficou alagado, sem condições de receber os jovens para a vigília, momento mais importante e esperado da Jornada. Resposta: Ação do Es-

pírito Santo – Copacabana foi palco da maior e mais bela concentração de pessoas de sua história. Sem briga, sem bebida alcoólica, sem baderna, sem tumulto. Os meios de transporte foram suficientes (milagre!!), o lixo recolhido e um novo cartão postal para a cidade: 3,5 milhões de pessoas, um Papa e o mundo perplexo – como isso foi possível? Obrigada Senhor, por sua presença entre nós. Podemos relatar aqui muitos outros pontos de dificuldades enfrentadas nesta JMJ, mas as respostas todos conhecemos: de fato, Deus esteve conosco todo o tempo. Obrigada Senhor! Vamos então nos ocupar em relembrar os momentos marcantes vividos aqui, que a imprensa oficial não contou. Nossa paróquia brilhou, nossos voluntários foram extraordinários e incansáveis, os peregrinos que recebemos levaram de volta para suas casas a lembrança de dias de acolhida fraterna e muita alegria.

Catequese no INSP – em português

Catequese no Santo Antonio – em alemão

O casal Adilson e Susi, recebeu em sua casa doze peregrinos de nacionalidade argentina. Os peregrinos ressaltaram a ótima recepção que tiveram dos brasileiros e a Susi contou que todos os dias eles se perdem no trajeto de retorno para casa. A integração foi total com a família que os acolheu. O caçula, Matheus, diariamente escalava um dos “hermanos” para participar de suas brincadeiras Texto e edição: Ana Clébia - Pascom

Fotos: David, Caio e Carol Cravo – Pascom

Colaboradores: Thiago Santos e Adauto - Pascom Agosto 2013

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Hora da Vigília e Missa de Envio: Nossos Jovens saem em Peregrinação Por: Thiago Santos

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um primeiro momento me lembrei de Geraldo Vandré – “caminhando e cantando e seguindo a canção”. Afinal, passamos pela Av. Pres. Vargas, Av. Rio Branco, Aterro e Praia de Botafogo – palco de muitas das ultimas manifestações ocorridas nos últimos meses no Rio de Janeiro. Mas nesse caso, a manifestação era outra. Desde o meu desembarque na estação Central do Metrô, era impressionante ver a alegria, a felicidade no rosto de cada um. Até mesmo antes do desembarque, a alegria que emanava no vagão em que estava era enorme. Era tamanha alegria que até mesmo os passageiros que não estavam indo para a procissão, se animaram com tamanha cantoria. Desembarcamos e lá fomos nós para os 9,5km propostos.

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Eram grupos, bandeiras, historias e muitas outras descobertas que esse caminho nos reservava e eu estava ansioso para chegar logo, afinal era a minha primeira JMJ. Eis que depois de um tempo de caminhada e muitos países, pude ver que os grupos iam cantando e rezando e quão bonito era de ver jovens que davam um jeitinho para poder caminhar e tocar seu violão ou cantar uma música. Os grupos brasileiros também faziam uma festa, pois animados pelos outros, todos caminhavam em um mesmo sentido, uma mesma direção e com o mesmo propósito. 1ª dificuldade/História de Superação

Ao chegar ao Monumento aos pracinhas, a primeira dificuldade e também a primeira história. Existia uma fila enorme, interminável de pessoas que estavam se organizando para poder pegar seus kits. Chegando ao final da fila e

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já ficando triste, pois com todo aquele povo na minha frente, não conseguiria chegar antes das sete. Foi aí que ouvi uma voz que falava “Voluntário? Voluntário? Voluntário é na outra fila, do outro lado.” Essa era Rhuana, da Paróquia Pai Eterno e S. José – Cidade de Deus. Rhuana estava desempenhando o seu trabalho junto à fila com uma enorme alegria, mesmo com uma perna imobilizada. Ela pulava de um lado para o outro, dando o aviso e organizando a fila. A torção foi fruto da caminhada do dia anterior, após a via Sacra, dentro do túnel que liga Copacabana à Botafogo. Ela, mesmo com a perna imobilizada, estava lá alegre e feliz servindo ao Senhor. Alegria, Alegria. Me dirigi a outra fila e aguardei o meu momento de entrega. Entrei no lugar reservado e meu coração se encheu de alegria. Eu


que durante dois dias tinha ficado na paróquia e visto todo o trabalho do povo durante e o dia e a madrugada, não achei que encontraria alguém por lá – mas o povo do Loreto estava presente, ou melhor, se fez presente em grande número trabalhando na distribuição dos kits. Esse momento foi motivador para que pudesse retomar a caminhada e chegar ao objetivo – alcançar Copacabana antes da passagem do Papa para iniciar a Vigília. Fomos caminhando e cantando e pude ver senhoras alegres puxando cantoria, bandeiras e grupos dos mais variados países, jovens sendo solidários uns com os outros (quando a caixa do kit se abria ou quando a pessoa se encontrava meio perdida) e me senti renovado. A cada passagem por um grupo que nos olhava, a cada palma batida, a cada viaduto cheio que eu olhava, eu sentia uma alegria enorme e uma felicidade. Alegria por estar ali, vivendo e vivenciando tudo aquilo que era uma forma de transmitir a minha fé e felicidade por ver que não estou só, que somos muitos e que todos falamos a mesma linguagem – a linguagem de cristo.

2ª dificuldade/História de Superação. Já havia caminhado bastante quando passei por uma passarela. Do alto as pessoas paravam e aplaudiam aos peregrinos que passavam e estes respondiam com louvores, orações, convites e aplausos. Isso me deixava muito emocionado. Foi aí que vi uma senhora parada na grama. Ela estava de bengala, mas o que me chamou atenção foi sua alegria e o sorriso no rosto. Eu passei por ela e acenei. Meu coração pediu para parar e conheci então a Sra. Magali, que mesmo com os seus 76 anos estava ali, ao lado, acompanhando a procissão. Sua filha Márcia disse que aque-

la era a peregrinação de sua mãe. Como ela tinha feito uma operação no fêmur, não conseguia ainda caminhar distâncias muito grandes, e o pouco que conseguiu, foi para nos ver passar. Além de palmas, acenos e desejos de boa sorte, ela presenteava aos jovens com uma medalha de Nossa Senhora das Graças, vinda diretamente do convento na França. E dizia que fazia aquilo tudo por amor a Cristo. Saí ainda mais revigorado e continuei a caminhar. Veio a Praia de Botafogo, a visão do Cristo, do Pão de Açúcar, a festa dos povos latinos que caminhavam. Nos túneis, os peregrinos fazendo a maior festa com louvores e gritos por Cristo e o Papa. Entre eles, um terço, rezado junto a jovens do norte do Brasil. Chegar à praia de Copacabana foi maravilhoso, mas nada foi mais tocante do que os exemplos de superação vividos durante a caminhada. E eu que achava que não chegaria, estava lá, no meio daquela multidão, para vivenciar os dois momentos mágicos – a vigília e a Missa de envio. E já inaugurei o meu Cracovito para estar lá na Polônia em 2016.

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O dia-a-dia da JMJ no Loreto 24/7

A chegada dos peregrinos às 7 horas da manhã ao Loreto, já era esperada pelos voluntários encarregados da distribuição do kit café. Frio, chuva e poucas horas de sono não foram suficientes para tirar o bom humor de todos. Ao contrário, o carinho e atenção eram recíprocos. A catequese se iniciou com música e apresentação das bandeiras dos diversos países latinos, representados. De longe podia-se ouvir a cantoria e quem podia, corria para dar uma espiada. Era de fato encantador. Eles cantavam e dançavam em um clima de grande fraternidade. Como é linda a juventude de Cristo: “Esta es la juventud del Papa”, repetiam em coro.

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Os argentinos não comparecem à catequese, já que se dirigiram à Catedral para um encontro extraordinário, pedido pelo Papa, marcado para meio dia. Porem, a alegria dos demais jovens presentes na catequese, vindos do Chile, Panamá, Uruguai, entre outros países de língua espanhola, era de fato contagiante. O bispo da Prelatura de Yauyos–Cañete–Huarochiri, Peru, Dom Ricardo García, falou entusiasmado aos jovens, sobre a missão a eles confiada por Cristo, de anunciar o Evangelho a todas as criaturas. “O Senhor nos envia para que, após uma transformação pessoal, possamos transformar uns aos outros, essência de toda a vida cristã”, disse D. García.

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No último dia de catequese, com o Loretão lotado, o Bispo de Cuba, D. Álvaro Beyra Luarca, falou aos jovens da ternura do Cristo, que ama a todos e que espera o tempo que for necessário, pelo nosso amor, em particular pelo próximo, pelos necessitados da Palavra. Os jovens não sabiam se riam ou choravam, tamanha foi a emoção de estarem vivendo aquele momento único. Embora atos centrais importantes ainda estivessem por acontecer, como a Via Sacra, a Vigília e Missa de Envio, o clima neste dia, já parecia ser de despedida. Eles faziam questão de registrar com fotos, cada momento. Exibiam suas bandeiras e trocavam lembranças entre si.

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Legado social

da JMJ-RIO 2013

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migos e amigas, estamos todos contagiados pelo testemunho e pelas palavras do nosso querido Papa Francisco, ele veio em nome de Jesus revigorar nossa fé, nosso amor e levar-nos para as “periferias existências”, no amor preferencial aos mais necessitados. Dentre outros legados desta marcante Jornada Mundial da Ju-

ventude, o Papa Francisco inaugurou com sua benção, a Rede Legado Social JMJ - 2013. As Instituições que, são oficialmente parte dessa rede, reuniram-se com seus representantes na Arquidiocese – Vicariato Social para a Caridade, no decorrer de um ano e meio para formalizar a Rede. Foi uma experiência muito rica de inteiração e compromisso solidário. O documento constitutivo da Rede Legado Social JMJ 2013, foi entregue ao Papa na ocasião em que Dom Orani e Monsenhor Joel estiveram em Roma. Por solicitação do Papa Francisco, representantes da Rede com seus acolhidos, foram convocados a participar da Inauguração e benção no Hospital referencial da Ordem Terceira Franciscana-Tijuca. Missão da Rede: “Contribuir para o desenvolvi-

mento de ação transformadora das condições de vida de pessoas em situação de dependência química, por meio de trabalho articulado e complementar das instituições da Arquidiocese e parceiros, oferecendo oportunidade de acolhimento, abrigamento, tratamento de dependência química, acesso a direitos (fortalecimento e preservação de vínculos familiares e comunitários, educação, capacitação para o trabalho, renda, e, exercício da cidadania) assim como promovendo capacitação de agentes de prevenção e, integração com as políticas públicas.” Nosso ex-acolhido Petrônio, atualmente nosso recepcionista contratado, foi quem o saudou em nome da Rede. Estamos felizes pelo seu testemunho e tenho certeza, que todos nós fomos abraçados pelo Papa, na sua pessoa. Leiam abaixo, a íntegra da saudação. Agradeço aos que confiam e apoiam nossa Missão, junto àqueles que o Papa tem como preferidos no amor e na misericórdia! Irmã Maria Elci Zerma.

Saudação ao Papa Francisco - Benção do legado social Muito amado Papa Francisco! Santidade, em nome de todos os componentes da Rede de Tratamento da Dependência Química - Legado Social JMJ-Rio 2013, e particularmente, de meus irmãos sofredores de rua e de vítimas do crack e outras drogas, venho saudá-lo e agradecê-lo pela vossa presença, abençoando a Rede Legado Social. Sei pelos sofrimentos e humilhações que passei na minha dependência química, o quanto é importante e necessário que “bons samaritanos” – outros “Franciscos” de hoje, se compadeçam de nós e nos proporcionem condições para uma nova vida. Estou muito feliz em pensar que daqui para frente vai ser mais fácil para os meus irmãos que, ainda estão vivendo no mundo das drogas, porque a RedeLegado Social oferecerá acolhimento e tratamento 20

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da dependência química, com rapidez por meio de um trabalho articulado, com fé, amor, solidariedade e respeito à dignidade humana! Santidade, eu vivi 17 anos me drogando e 10 anos perambulando pelas ruas de nossa cidade. Pela graça de Deus agora estou sóbrio há 11 anos e trabalho com carteira assinada na própria Instituição que me acolheu em 2002. Santidade, em nome de toda a Rede agradeço vosso testemunho no seguimento de Jesus Mestre na escolha preferencial por nós, os esperançosos por um Mundo sem violência e sem drogas, na justiça e paz tão desejadas! Pelos dependentes químicos da Rede - Legado Social JMJ Rio 2013. Petrônio Jorge de Araujo


JMJ,

que momento lindo. pos Fidei. Que mar de gente é esse? Deus está nos oferecendo uma oportunidade única de viver esse evento mágico e que possivelmente não se repetirá em nosso país tão cedo, então meus jovens, curtam, compartilhem, vivam intensamente, saboreiem cada momento, sinta no ar o frescor do amor de Deus e sejam representantes de uma juventude sadia. Agradeçam a Deus por cada instante de emoção, por cada gesto de carinho com o irmão que veio de longe. Mais que isso; preparem-se para estar no país da próxima JMJ, seja lá onde for, estejam preparados para isso. Estou tão ansioso que não consigo falar muito desse meu presente, a poucos dias de um futuro maravilhoso. Já não sou tão jovem para acompanhar essas peregrinações, mas posso estar em orações constante. Tudo vai dar certo, tudo vai acontecer como Deus quer. Sejam bem vindos a nossa cidade, sejam bem vindos ao nosso país, sejam felizes em nossa igreja.

Já não sou tão jovem para acompanhar essas peregrinações, mas posso estar em orações constante

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ue momento é esse que estamos vivendo, que energia é essa que invade nossa alma, estufa nosso peito e nos faz chorar de emoção? Que presente de Deus é esse? Ou melhor, que Deus é esse que nos presenteia de forma tão abundante que nos faz tontear? Pois é meus caros amigos, escrevo essas linhas exatamente no limite da redação, no dia 17 de julho, a uma semana do início da JMJ 2013, um evento que vai marcar nossas vidas para sempre. É óbvio que estou escrevendo e chorando, emocionado e arrepiado com as notícias da peregrinação dos símbolos, do início da chegada dos peregrinos, das notícias e dos números sobre o evento; hoje, disse o telejornal, o evento em Copacabana será como se fossem dois réveillons na mesma semana: A Via Sacra e no outro dia a Missa com o Papa. Dá pra entender meu nervosismo, vocês ao ler esse artigo já sabem de tudo o que aconteceu, mas eu, prisioneiro do tempo, não faço a menor ideia, então me delicio com os vídeos na internet sobre as missas de entrega, sobre as observações de segurança – devo dizer que estou muito preocupado com uma possível ação de vândalos que dizem protestar contra o governo e machucar algum peregrino – Nossa Senhora nos protege, tenho fé, nada vai acontecer. A expectativa na minha casa é grande, afinal vamos receber quatro peregrinos vindos da Polônia e queremos oferecer o melhor, apesar de saber que eles vão passar os dias fora e não terão muito tempo dentro de casa, mas vai dar pra trocar algumas conversas, mesmo que seja com as mãos em gestos, mímicas, etc. Vale tudo para se entender e se comunicar. Acho que ainda não tenho o exato tamanho deste evento, ainda fica na cabeça como se fosse um encontrão da catequese no Loretão, gente pra caramba, não consigo ter ideia do que é mais um milhão de pessoas juntas rezando um Pai Nosso, cada um na sua língua ou caminhando pela estrada até Guaratiba no Cam-

P.S. de luto: No dia 19 de julho ocorreu o falecimento do meu grande amigo, compadre e irmão, Fernando da Marilda. Nos conhecemos nos anos 80 aqui no Loreto, ele junto com outros casais trabalharam no primeiro ECC da paróquia, em 85 nos encontramos no Curso de Noivos e junto com outros casais reformulamos toda a linguagem do curso, que até hoje guarda essas mudanças positivas. Nossa amizade criou raízes e Fernando e Marilda aceitaram ser os padrinhos de nossa primeira filha Amanda, uma amizade sólida e duradoura. Seu filho Alexandre Meziat militou no EAC e participou de diversos festivais de música na paróquia. Dele fica o grande carinho que sempre tratou a todos, dele ficará para sempre a lembrança de uma pessoa doce e ungida por Deus, sua amizade ficará guardada no lado esquerdo do peito. Descanse em Paz meu compadre. Paulo Sobrinho e Solange Agosto 2013

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Nascimento de Jacarepaguá, berço do Loreto (1)

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criação da Paróquia Nossa Senhora de Loreto e Santo Antonio , em 1661, e o contexto de sua criação, podem ser melhor entendidos quando se acompanha a história de Jacarepaguá, a partir da fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565. A cidade foi fundada por razões políticas e de luta pela ocupação dos espaços, isto é, a colonização da imensa área descoberta . Ela nasceu como uma aldeia, cresceu tomando ares de vilarejo depois vila e depois, cidade . Sesmarias ( grandes extensões de terra ) foram doadas pelos representantes do Rei de Portugal e a partir delas formaram-se as fazendas e engenhos . É neste cenário que nasceu Jacarepaguá e , em seguida, criada a 4ª paróquia do Rio de Janeiro,em 1661: N.S. de Loreto e S. Antonio. Nesta série de matérias vamos produzir uma fotografia do ambiente local, do contexto de Jacarepaguá no Rio de Janeiro da época e sua evolução . Teremos uma boa idéia do que era e do que é Jacarepaguá, Loreto e Rio de Janeiro . OS PRIMEIROS CINQUENTA ANOS DE BRASIL A partir da descoberta do Brasil em 1500 foi o litoral do Nordeste que mais se desenvolveu às custas da cultura da cana de açúcar e da produção de açúcar que gerava bons recursos a Portugal . O litoral sul era rico em pau-brasil que, por render menos do que o açúcar produzido no norte, não interessava muito à Coroa . O pau-

"Isle e Fort des François": ilustração do ataque português de março de 1560 ao Forte Coligny -brasil era retirado e contrabandeado por corsários franceses que se valiam dos indígenas para a derrubada das árvores de pau-brasil, que , na Europa, era moída e produzia um pó vermelho excelente para tinturas . Enquanto os franceses se limitavam ao contrabando, Portugal não se preocupou muito. Somente quando soube dos planos de criação de uma colônia em terras do Brasil ( a chamada França Antártica ) foi que a Coroa Portuguesa reagiu .


A FRANÇA ANTÁRTICA Foi num domingo, 11 de novembro de 1555, que dois enormes navios, 200 toneladas cada, mais um barco de mantimentos, cruzaram a boca da Guanabara. Foram quatro meses em alto-mar . Seu comandante Nicolas Durand de Villegagnon batizou a terra, ao redor daquela baía, de França Antártica . Ergueu um forte ( forte Coligny ) numa ilha que os índios chamavam de Sergipe, no meio da baía . A ilha de Serigipe, onde esteve o forte Coligny, hoje atende pelo nome de ilha de Villegagnon . Nela funciona a Escola Naval, próximo do Aeroporto Santos Dumont . Após lutas internas entre católicos e calvinistas e lutas com os índios, Nicolas Durand de Villegagnon partiu do Rio de Janeiro, 4 anos depois, em maio de 1559, para nunca mais voltar. Deixou no forte Coligny um sobrinho, Bois-le-Comte com menos de 100 homens . Durante sua permanência no Rio de Janeiro, além do forte Coligny, na ilha Serigipe, Hoje Villegagnon, os franceses construíram em terra, na atual praia do Flamengo e não na ilha, alguns casebres e uma casa de pedra, formando uma povoação que recebeu o nome de Henriville . O destaque nessa povoação era a casa de pedra, que um dia os índios acharam tão peculiar que decidiram batizá-la “ cari – oca “ , casa de branco . Hoje, no Flamengo, na pacata esquina das ruas Princesa Januária e Senador Eusébio, uns cinco ou seis metros abaixo da terra, onde estão construídos prédios de classe média, estão lá , sólidas , as fundações da primeira construção européia no Rio de Janeiro : a casa que nos batizou cariocas, a casa de pedra .

colônia, o Brasil, sem muita estratégia enquanto dedicava atenção ao resto do mundo . A tranquilidade acabou em 1555 quando Nicolas Durand Cavaleiro de Villegagnon, chegou ao Rio de Janeiro , numa ilhota da Guanabara, ergueu o forte Coligny e, onde hoje é a Praia do Flamengo, espalhou sua pequena vila, a Henriville . De repente havia uma colônia na terra, sem controle de Lisboa, um projeto de levar gente e fincar raízes, tomar conta e crescer . Foi o suficiente para que Lisboa organizasse uma expedição para destruir o que fora construído pelos franceses e os expulsasse . Essa missão foi dada a Mem de Sá, o governador, que vinha com a incumbência de fundar uma cidade e se apossar definitivamente da terra. O Rio de Janeiro estava para nascer . E nós com ele . Mas , essa história continuará mês que vem .

Mem de Sá, o governador, veio com a incumbência de fundar uma cidade e se apossar definitivamente da terra

PORTUGAL REAGE Por mais de meio século, desde o descobrimento, Portugal reinou absoluto no Brasil . Se a pequena nação ibérica teve problemas com corsários e aventureiros na costa – e teve – era no fim das contas coisa miúda e pôde tocar sua

Sergio Villié


Fé e Política Robson Leite

“Ouvir o clamor das ruas e lutar pela ética republicana e pela plena participação popular”

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lei da Ficha Limpa federal foi um marco na luta contra a corrupção na política nacional. Sancionada há três anos, ela proíbe a candidatura de quem já foi condenado em segunda instância, por diversos crimes, e daqueles que renunciaram ao mandato para escapar do processo de cassação. Também no Rio de Janeiro, o nosso mandato segue com a luta pelo resgate da ética na administração pública estadual, sempre fundamentado nos princípios da Doutrina Social da Igreja e com a consciência de que somos, todos nós, os construtores do Reino aqui e agora, conforme o Cristo nos ensina no Evangelho. Em função disso, o nosso mandato obteve uma grande vitória na Alerj: foi aprovada, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição Estadual (PEC), de minha autoria, que proíbe a nomeação de pessoas inelegíveis, segundo os mesmos critérios da lei da Ficha Limpa Federal, para todos os cargos comissionados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado do RJ. Na mesma linha, recentemente, aprovamos também outra proposta de minha autoria, dessa vez que garante esses mesmos critérios do “ficha-limpa” para os conselheiros nomeados do TCE (Tribunal de Contas do Estado). O TCE é o órgão que auxilia o Poder Legislativo na fiscalização da aplicação dos recursos públicos por parte do governo estadual e das prefeituras do nosso Estado. É mais do que razoável que seus conselheiros sejam “Ficha Limpa”. A aprovação destas duas PECs propostas pelo nosso mandato é um reflexo da importância que vem ganhando o tema na sociedade, principalmente depois da grande mobilização popular em 2010 para a aprovação da Ficha Limpa federal e das recentes e importantes manifestações de rua pelo país. Sabemos que essas minhas emendas à Constituição Estadual aprovadas são apenas o primeiro passo para a conquista do modelo de administração pública que almejamos. Devemos, baseando-nos nos documen-

tos da CNBB que falam da imprescindível ética cristã no trato da coisa pública, aproveitar o momento político atual para avançarmos ainda mais. Mergulharmos para “águas mais profundas”, conforme o próprio Cristo nos convida no Evangelho. Seguindo esse raciocínio, percebemos que a participação direta da população torna-se outro elemento fundamental para a construção da sociedade que queremos, assim como nos exorta o documento 91 da CNBB: “Por uma reforma do estado com participação democrática” aliás, recomendo fortemente sua leitura e seu estudo em nossos círculos bíblicos, pastorais, movimentos e comunidades de base. Precisamos garantir espaços institucionais de participação direta, afinal, a pressão popular é um elemento essencial para a prática da boa política. Foi exatamente por isso que o primeiro Projeto de Lei que apresentei na Alerj – ainda em tramitação na casa – propõe o Orçamento Participativo no Estado do RJ. Ele é um instrumento, utilizado em várias cidades e estados brasileiros, que possibilita a participação direta da população na definição das prioridades dos investimentos de recursos do poder público. Está na hora de todos os parlamentares ouvirem as vozes das ruas e perceberem que o povo é o grande titular do poder político e que esse protagonismo da vontade popular, imprescindível para uma verdadeira democracia, exige a presença inflexível da ética republicana combinada com mecanismos de participação direta na política. Um grande abraço e Paz e Bem a todos e todas.

Está na hora de todos os parlamentares ouvirem as vozes das ruas

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Robson Leite é deputado estadual, professor e escritor. É paroquiano da Igreja da Nossa Senhora do Loreto há mais de 30 anos , tendo sido fundador e coordenador do Grupo de Fé e Política. Foi coordenador da Pastoral de Crisma e da Pastoral da Juventude. Atualmente integra o Encontro de Casais com Cristo (ECC) e participa da coordenação dos Círculos Bíblicos do Vicariato de Jacarepaguá. www.robsonleite.com.br www.facebook.com.br/robsonleitept


Este espaço pode ser seu! Anote em sua agenda Dia do Padre – 04 Ordenação Presbiterial do Diácono Francisco A. M. da Silva, dia 04, às 10:30h Conselho Pastoral – Dia 06 – 20h30min no SCJ Adoração Vocacional - Dia 15 às 20h30min – Santuário Missas nos Hospitais e Casa de Repouso: Dia 02 – Hospital Cardoso Fontes – às 10h Dia 09 – C.A.T.I. – às 16h Dia 16 – Estância São José – às 16h Dia 23 - Hospital Rios D’OR – às 15h Missa no Conjunto Independência – dia 7 às 19h30min Missa no Bahiense – dia 13 às 18h ? Batismo: Celebrações: Dias: 04/11/18/25 às 10h30min Palestra para pais e padrinhos: Dias: 04/11/18/25 às 16h e dias: 01/08/15/22 às 20h Pastoral Familiar EPVM Curso de Noivos nº 211 – Dias: 03/10/17/24/31 – às 18h30min – no SCJ Catequese: Reinício da Catequese: dias: 01/03 e 04 Palestras: Dia 13 – Ano da Fé – Terça de Estudos – 20h30minSalão do Cepar Ação Social: Entrega de Bolsas – dia 04 – Salão Zaccaria Curso para cuidar de Idoso – Dia 1º - das 13h às 18h Entrega de Bolsas aos Assistidos: Dia 23 - no Salão Zaccaria Santificação do Matrimonio: Dia 28 – após a Missa das 19h30min Festivas: Festiva do ECC 3ª Idade – Chá – dia 17 – às 15h Curso da Escola de Evangelização da Escola Santo André Dias 14 e 25 Grupos de Oração da RCC: JESUS RESSURGIU: toda segunda-feira às 14h30min – Santuário NOSSA SENHORA DE LORETO: toda segunda-feira às 20h30min – Santuário TERÇO DOS HOMENS: toda terça-feira às 20h30min – Santuário TERÇO DA MISERICÓRDIA – toda quarta-feira – às 15h - Santuário CORAL DO LORETO - Ensaios: Toda segunda-feira – às 17h e as sexta-feira - às 20h, no Salão Zaccaria.

3392-4402 / 2425-0900 7801-5092 Acesse nosso site e saiba de tudo que acontece no Loreto www.loreto.org.br

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loretinho

Elaborado pelas Irmãs de Belém

Agosto - Mês Vocacional

Queridos irmãos, há poucos dias vivenciamos a JMJ - Rio2013, que levou-nos a refletir sobre a nossa vocação fundamental. Somos cristãos, e por isso, chamados a viver santamente, e a anunciar Jesus, nosso Salvador. Este mês, teremos a oportunidade de refletir sobre nossa "Vocação" pessoal. Somos chamados por Deus, mas para quê? A Primeira Vocação é a vida: Deus me tirou do nada e me chamou a ser pessoa. A Segunda Vocação é a de batizado: Pelo batismo sou filho de Deus, chamado a ser Cristão, ou seja; “outro Cristo”.

Palavras Cruzadas

"Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito." (Mt 5,48). Mas como? Poderíamos perguntar. Seremos perfeitos na medida em que seguirmos o plano que Deus tem para nós, colaborando com nosso esforço diário, para que cresça em nós e se desenvolva todos os dons que recebemos dEle. Assim, acolhendo o estado de vida que Deus escolheu para nós, (Matrimônio, Vida Consagrada, ou sacerdotal ou Leigo Solteiro). "Só é feliz quem é fiel." (Madre Maria Helena Cavalcanti)

Complete atentamente com as palavras escondidas na cruzadinha: 1- Nossa primeira vocação é o chamado à ____________. 2- A ___________ ama todas as pessoas em Deus. 3- O ____________ é chamado a celebrar a Eucaristia. 4- Pelo ____________nos tornamos filhos de Deus. 5- A __________ é o diálogo amoroso com o Pai, por Cristo, no Espírito Santo. 6- O sacramento do ____________ é a vocação para o serviço do (a) esposo (a) e dos filhos.

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