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MARKITO POR MARIZA DE MACEDO-SOARES
Que me perdoem as mais novas, mas o privilégio de ter convivido com Markito e ter saído por aí em badalos memoráveis se sentindo bonita, (literalmente) brilhando com uma de suas criações, apenas a nós, mais velhas, pertence. Cavalheiro de nome pomposo – Marcus Vinicius Rezende Gonçalves – esse mineiro de Uberaba esbanjava alegria, curtia com intensidade a vida que julgava ser eterna e animada festa, reverenciava as glamourosas divas hollywoodianas e amava as mulheres. Por conta desse amor, criava para elas roupas que traduziam à perfeição seu joie de vivre, as contagiava provocando nelas a mesma alegria e vontade de curtir a vida. Anos se passaram, mas as roupas de Markito, ainda que penduradas em cabides, exalam aquele perfume das animadas e felizes noites dos idos de 1970 e 1980.
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