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confeccionista ANO VI - Nº 31 - JUL/AGO 2014

WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR

ENTREVISTA

Claudio Grando, presidente da Audaces

O CONFECCIONISTA - ANO VI - Nº 31 - JUL/AGO -2014

VERÃO 16

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ALAGOANO ganha as passarelas

COMO SE DAR BEM EM

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O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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CARTA AO LEITOR

Ano novo, ânimo novo! Sem Copa, sem eleições, com menos feriados, uma equipe econômica ligada ao mercado financeiro que deve fazer o que precisa ser feito para equilibrar a economia, fica a esperança de que dias melhores virão. E muitos sinais positivos eu começo a enxergar já para o início de 2015, como a alta do dólar: algumas empresas já desistem de importar e estão buscando a produção interna. O Brasil vai precisar gerar saldo na balança comercial, já começou a dificultar as importações e deve incentivar as exportações. Logo que a nova equipe econômica assumir, a credibilidade dos empresários deve voltar gradativamente. Estou otimista? Não, estou de ânimo renovado, prevendo que os negócios serão melhores que 2014 (o que não vai ser muito difícil). Mas é bom lembrar que 2010 foi um ótimo ano para o nosso setor e 2009 tinha sido um ano muito ruim, pois a crise estava começando. Ânimo novo quer dizer que precisamos achar soluções, inovar, investir, acreditar e pensar positivo, apesar de todas as dificuldades, do desânimo de nossos clientes e do prejuízo que ficou pra trás. Com certeza 2015 será um ano difícil, de muita luta, expectativas, desafios com vitórias e derrotas, mas tenha certeza de uma coisa: com ânimo novo, o sucesso é garantido. Tenha uma boa leitura, faça grandes negócios e que em 2015 você e sua família tenham muita saúde. Um grande abraço

Júlio César Mello

Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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EDITORIAL

Reinvente-se em 2015

Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399

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Não faltam motivos para o empresário começar o ano com cautela, pensando em retrair investimentos e até reduzir seu quadro de pessoal. Afinal, 2014, certamente, é um ano que muitos gostariam de riscar do mapa. Vexame na Copa do Mundo, eleições, queda nas vendas e, para terminar, fraudes, propina, dólar e juros em alta, incerteza quanto ao futuro da economia no País. Porém, diante desse cenário, só há dois caminhos a seguir, como bem disse Claudio Grando, presidente da Audaces, entrevistado nesta edição: ficar sentado chorando ou investir em pessoas e em produtos e processos que melhorem a capacidade criativa e produtiva da empresa e que ofereçam um bom retorno sobre o investimento. Isso não é impossível. Não é de hoje que se fala em inovar em produtos e em design, agregar valor. Na área de confecção de vestuário, muitas empresas morrem porque não inovam, fazem sempre a mesma coisa, avalia o estilista Walter Rodrigues, que coordena o Núcleo de Design da Assintecal - Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, entidade que há mais de cinco anos realiza um projeto de consultoria em design e inovação que atinge 28 polos produtivos no País. Peça ajuda. Busque orientação do Sebrae mais próximo, procure o sindicato local, capacite-se, reveja ou reinvente sua empresa, se necessário. Leia a reportagem sobre a Fakini, que teve de dar uma guinada nos negócios mas hoje cresce em ritmo acelerado. Veja as sugestões que publicamos para você se dar bem em 2015, com dicas de especialistas. Opções não faltam. Por mais que o bicho pegue, há sempre como melhorar e sair do sufoco. Acredite nisso e corra atrás. Um ótimo 2015!

Vera Campos

Editora editora@oconfeccionista.com.br

confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@@oconfeccionista.com.br Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Fabricio Correia Christoff e José Roberto Schumacker

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Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Mauro Gonçalves financeiro@@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@@oconfeccionista.com.br Impressão - Indústria Gráfica Itu Ltda Tiragem - 14.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos

empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão editora e publicidade Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399

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SUMÁRIO

confeccionista

confeccionista o

Ano VI - Número 33- novembro/dezembro 2014 16 EMPREENDEDORISMO Lições da Malhas Fakini

ANO VI - Nº 33

- NOV/DEZ 2014

WWW.OCONFE CCIONISTA.CO M.BR

52 VAREJO Dicas para uma loja-modelo

ENTREVISTA Cla

VERÃO 16

•Denims diferenciad •Moda praia os •Cores e Estampas

STA - ANO VI - Nº 33 - NOV/

udio Grando, presidente da Audaces

handmade

ALAGOANO

ganha as passarelas

DEZ -2014

56 PREMIÉRE VISION SP abre espaço para manufaturas

editora

O CONFECCIONI

54 INSPIRAMAIS apresenta Verão e Inverno 16

impressão

COMO SE DAR BEM EM

2015

JEANS brilha na SPFW

capa confeccionista

33.indd 1

CAPA

1/5/15 11:02 AM

22 EMPREENDEDORISMO Dicas para vencer em 2015

PALAVRA DO PRESIDENTE 28 Claudio Grando, Audaces

Seções 12 EM DIA

DICA DO ESPECIALISTA

32 Estamparia 44 Produção

66 MUNDO TÊXTIL NOTAS FOTO DE CAPA: MARCELO MADEIRA/AGÊNCIA FOTOSITE

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O CONFECCIONISTA JUL/AGO 2014

34 VERÃO 2015 36 PASSARELA O que rolou na SPFW 46 PASSARELA Alagoas mostra suas criações MUNDO TÊXTIL VERÃO 16

58 Cores e Estampas para moda praia 60 Denims diferenciados


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EM DIA

Estampa em braile

FOTO: CORTESIA DA CALVIN KLEIN, INC.

A camiseta mais vendida da Santacosta - marca de Itajaí que ficou famosa por estampar o nome de algumas praias de Santa Catarina – acaba de ganhar uma versão em braile. A edição limitada da camiseta “Brava em Braile” já está à venda no site da marca. O valor arrecadado com as vendas será revertido para o treinamento de novos cães-guia da Escola Helen Keller. Os moradores das cidades de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí que realizarem a compra via site de duas ou mais camisetas no mesmo pedido receberão seus pedidos através do dog delivery – cães-guia aprendizes da escola. O Brasil tem mais de 6 milhões de deficientes visuais e menos de 100 cães-guia treinados em atividade. Na lista de espera da escola quase 3 mil pessoas cadastradas aguardam para obter um cão-guia de forma gratuita. O treinamento de cada cão custa em média para a escola 35 mil reais.

FOTO: EDUARDO ROCHA

COMPRAS ON-LINE

LOJA VIRTUAL SILMAQ

A Silmaq, uma das maiores fornecedoras de equipamentos para a indústria têxtil da América Latina, inaugurou em dezembro uma loja virtual (http://lojavirtual.silmaq.com.br ). O objetivo é disponibilizar mais um canal de relacionamento com os clientes. Inicialmente, estão sendo oferecidos máquinas de costura domésticas da Siruba e outros modelos mais básicos comercializados pela empresa. E, nos primeiros 60 dias, as entregas são gratuitas. “Tudo será feito com muita cautela, pois quando se trata de máquinas industriais, nossa política comercial determina que sempre precisamos trabalhar com uma revenda”, assinala o diretor comercial Edson José de Souza. Os pagamentos podem ser feitos por meio do Pagseguro via cartão de crédito ou débito, depósito em conta corrente ou boleto bancário. As entregas serão feitas pelo correio ou por uma empresa transportadora conveniada.

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A Calvin Klein acaba de aderir ao e-commerce. No Brasil, as compras podem ser feitas pelo site www. calvinklein.com.br, adaptado para o português e com preços convertidos para Real. O lançamento integra a estratégia de e-commerce de expansão global da Calvin Klein, Inc., que vai resultar na operação direta em mais de 20 países até o final de 2016. O site é dividido por categorias e inclui Calvin Klein Jeans e Calvin Klein Underwear masculina e feminina, além de acessórios e produtos infantis.

CHEGOU LYCRA® SHOP

A marca LYCRA® acaba de inaugurar a sua primeira loja virtual, um novo canal de comunicação e conveniência para os clientes que, a partir de agora, podem encontrar peças de diferentes segmentos da moda (fitness, denim, moda praia e moda íntima) em um só endereço: www.lycrashop.com.br. “O LYCRA® Shop é mais uma ação dentro da nossa plataforma LYCRA® MOVES YOU™, ação global que teve início no Brasil e que reforça o posicionamento cada vez mais próximo ao consumidor adotado pela marca”, conta a diretora de Marketing Andrea Martins.


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EMPREENDEDORISMO

Fakini:

expansão planejada

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Marca Fakini: 20 anos de estrada

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Quando o jovem casal Carmen e Moacir Fachini decidiu, sem muita pretensão, abrir um negócio que trouxesse resultados operacionais positivos, sustentasse a sua família e fosse bacana com os colaboradores, nem de longe imaginava que aquela pequena confecção de moda infantil no interior de Santa Catarina, 20 anos depois, rendesse tantos frutos. Fundada em 1994, hoje a Fakini Indústria Têxtil, sediada em Pomerode, produz nada menos que 33 mil peças/dia, conta com mais de 850 colaboradores diretos e possui seis unidades em quatro cidades do estado, que ocupam uma área superior a 20 mil metros quadrados. E, o melhor: desde 2005, o faturamento cresce acima de dois dígitos ao ano. Em 2014, quando as vendas em vários setores da economia recuaram, a Fakini deve faturar 20% a mais que no exercício anterior. Nos próximos três anos, conforme o planejamento estratégico da companhia, a previsão é que o faturamento dobre, o que já ocorreu entre 2010 e 2014. A capacidade produtiva de 1 milhão de peças ao mês está no limite e novos investimentos já preparam a empresa para a expansão..

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Além da matriz e de uma filial em Pomerode, a Fakini também está em Agrolândia, São Bento do Sul, Taió e Miriam Doce, com unidades de costura. Em Pomerode, funciona a planta focada em tinturaria e beneficiamento. Metade da costura é realizada internamente, número que deve ser ampliado para 60% em 2015. As peças da Fakini podem ser encontradas em 6 mil pontos de venda de multimarcas espalhados por todos os estados. A exportação representa menos de 2%, mas a intenção é triplicar essa participação no curto prazo, com ações direcionadas a mercado da América Latina já a partir de 2015. “Chegamos aos 20 anos porque conseguimos nos reinventar, atender vários públicos com estratégias e demandas diferentes. Também porque aprendemos com os nossos erros e tivemos maturidade para superá-los”, justifica o diretor comercial Francis G. Fachini, um dos três filhos dos fundadores e também sócio da empresa, ao lado dos pais e dos irmãos Giovan e Rafael.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Como uma pequena confecção de roupas infantis de Pomerode (SC) se reinventou para não afundar e se tornou uma indústria com mais de 800 colaboradores e produção de 1 milhão de peças/mês


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EMPREENDEDORISMO

Playground: maior valor agregado

Reviravolta

E os percalços não foram poucos. No início, a Fakini optou por trabalhar com private label, estratégia utilizada por várias empresas para consolidar o fluxo de caixa enquanto amadurece sua marca própria e, já em 2003, começou a fazer negócios com empresas do exterior. “Naquele momento, com o dólar supervalorizado, acabamos tendo um período de resultados positivos bastante expressivos. Deixamos o mercado nacional de private label e passamos a olhar com toda a nossa atenção para a exportação”, recorda o diretor comercial. Porém, a partir de 2004, com as constantes quedas nas cotações do dólar, os prejuízos foram se acumulando. “Vendíamos por um preço e, na hora de faturar, recebíamos menos da metade do valor acordado. Aquele foi o momento mais difícil da história da empresa”, conta Francis.

Guinada decisiva

Diante desse cenário negativo, a saída da Fakini foi se voltar para o mercado interno e buscar alternativas para atrair o cliente varejista. Foi quando Francis Fachini, então na área financeira, assumiu a direção comercial da empresa. “A primeira coisa que fizemos foi ir até os nossos antigos pontos de venda para retomar o relacionamento com eles e entender quais eram as suas demandas e de que maneira poderíamos contribuir. Reformulamos a marca Fakini e começamos a trabalhar também com licenciados, que hoje representam 30% do nosso faturamento total”. As três primeiras licenças foram Sítio do Pica Pau Amarelo, A Era do Gelo e Mila&Co. Desde então, a empresa mantém um portfólio expressivo de marcas. Entre as principais parcerias da empresa hoje estão Disney, WarnerBros e Nickelodeon, que representam mais de 10 marcas diferentes comercializadas pela Fakini. Entre os principais personagens: Batman, Fadas, Turtles, Transformers e Pucca. No final de 2013, outra novidade: a conquista da licença da Pepsi Clothing, que trabalha com uma das

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mais importantes marcas do mundo. “Da primeira para a terceira coleção, o número de peças vendidas dobrou porque aprendemos sobre o público e sobre o lojista do segmento jovem”, revela o diretor comercial. Com essa marca, a Fakini começou a produzir roupas para a faixa de 12 anos de idade a adultos. Em 2014, a Fakini recebeu o Prêmio Melhores do ano da Warner Bros. pelo trabalho com Hanna Barbera Collection, Thundercats, Pucca, Batman e Games.

Reformulação de linhas

Outro fator impactante para os expressivos resultados foi, segundo Francis, a reformulação das marcas e linhas de produto. “Entre 2012 e 2013 fizemos mudanças na identidade visual da empresa e repensamos as linhas. Optamos por manter a marca Fakini apenas para produtos mais tradicionais e fortalecer a marca Playground, criada em 2007, para itens de produtos diferenciados, de maior valor agregado”. Com isso, o ticket médio de compra dos lojistas aumentou e, com o rápido giro do produto nos pontos de vendas, os clientes acabaram se aproximando ainda mais da companhia. Até então, a Playground se confundia muito com a Fakini em termos de produto. “Com a nossa estruturação de marketing, isso mudou. Ela é distribuída pela mesma rede de representantes da Fakini, porém traz produtos com mais valor agregado e matérias-primas diferenciadas, e é direcionada a crianças de um a dez anos”, reforça Francis. Já a Fakini é uma marca focada no conforto, segue tendências do comportamento do consumidor, traz conteúdo de moda e tem um valor acessível. Veste dos 6 meses de idade a 18 anos. Desde então, seguindo esse modelo de negócio, os vínculos com o mercado nacional se fortaleceu. Hoje são cerca de 6 mil lojas com produtos da Fakini. “Nesses últimos dez anos recuperamos nossa credibilidade com o lojista que é, hoje, um embaixador não só da marca Fakini (pela qualidade, beleza e conforto dos produtos) mas também da indústria (que oferece pontualidade na entrega e preço competitivo)”, acrescenta o diretor.


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EMPREENDEDORISMO

Playground: para crianças de 1 a 10 anos

tivos em 2014, ano atípico, de Copa do Mundo e eleições. “Como empresa familiar, temos bastante agilidade nas decisões e conseguimos dar uma reposta rápida a qualquer movimento ou decisão que precise ser tomada. Mas também tínhamos uma postura bastante informal. Os alinhamentos de fim de ano sempre foram realizados, mas, desde 2013, contamos com uma consultoria externa para realização deste trabalho. Hoje conseguimos ter uma visão de longo prazo sobre a companhia e sabemos as ações que devemos tomar para garantir o seu crescimento saudável”, explica o diretor.

Futuro promissor

E-commerce

A Fakini mantém uma loja de fábrica, em Pomerode, aberta em 2012 com o intuito de aproximar a empresa dos consumidores e entender um pouco melhor o comportamento deles. E tem duas lojas virtuais. “No início de 2014, lançamos um e-commerce exclusivo para o lojista. No espaço, além de poder comprar sem a necessidade de ligações ou visitas de representantes, ele ainda acompanha a sua situação financeira e pode fazer o download de materiais de marketing (especialmente os digitais, para as redes sociais, por exemplo). Funcionou muito bem e hoje a ferramenta é muito utilizada pelos clientes”, comemora Francis. Ainda em 2014, para o dia das crianças, a empresa decidiu lançar o e-commerce voltado para o público final. “É uma maneira do cliente conseguir obter os nossos produtos e licenciados em cidades onde ainda não estamos ou ainda com produtos que não tenham cores ou tamanhos disponíveis nos pontos de venda”, acrescenta o diretor.

Alinhamento interno

A reestruturação da equipe de gestão interna também foi fundamental para esse sucesso. Com um time de menos de dez pessoas, a empresa é gerida com profissionalismo, dedicação e entusiasmo. “A equipe interna de marketing foi ampliada, alguns processos foram internalizados, para que ficassem mais alinhados às propostas que víamos como mais próximas ao que o nosso ponto de venda esperava e entendia”, coloca Francis. Todas essas ações, aliadas a ajustes no calendário de vendas, nos lançamentos e na antecipação de algumas ações, contribuíram para a empresa ter resultados posi-

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O planejamento estratégico aponta um próximo triênio de crescimento sustentável e moderado. A expectativa é de investir em linhas de produção de tecidos planos já no próximo ano, em lavanderia de tecidos e peças prontas, o que ajudará a alcançar um crescimento de aproximadamente 15% em 2015. “Para os próximos anos, a tendência é essa, aliada à melhoria constante nos processos e, consequentemente nos produtos, ao melhor atendimento ao nosso cliente lojista e à consolidação no mercado de moda brasileira”. A expectativa é de que, nos próximos 20 anos, a Fakini esteja ainda mais forte enquanto marca e que siga recebendo investimentos enquanto indústria. “Esperamos que o nosso número de marcas cresça e que, quem sabe, estejamos atingindo outros mercados com linhas diferenciadas”, finaliza Francis.

Modernização do parque fabril Os investimentos feitos pela Fakini têm ligação direta com a melhoria da eficiência, ganho de produtividade e melhoria da qualidade do produto. Praticamente tudo o que a empresa gera de lucros Francis Fachini é reinvestido no negócio. “Nos últimos anos, modernizamos todo nosso parque fabril, melhorando significativamente todos os processos”. Como principais investimentos, o diretor cita: - Automatização de todo setor de estamparias, através da compra de máquinas altamente eficientes e automáticas; - Implantação de corte e enfesto automáticos; - Aquisição de novas máquinas de bordado e compra de maquinas de corte a laser e aplicações de strass e pedrarias; - Construção para abrigar todo esse aparato e novos equipamentos; Implantação de quatro unidades fabris de costura, completas, em diferentes cidades de Santa Catarina.


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EMPREENDEDORISMO

Dicas para

vencer

2015

em

Como melhorar o gerenciamento e aumentar a produtividade sem ter de elevar os custos da empresa

OLHO VIVO NA PRODUÇÃO • Ouça o som emitido pelas máquinas de costura (caso não tenham motor direct drive) e perceba se o som das máquinas ligadas se sobrepõe ao das máquinas trabalhando. A diferença é grande e determinante para a produção. • Utilize a cronometragem também para perceber métodos. • Controle sua produção dentro do menor espaço de tempo possível. • Divida sua fábrica em diversas minifábricas. • Pense na sua produção como uma escola, onde todos têm que aprender sempre. • Pense na produção como um time, onde o técnico jamais entrará em campo para substituir um jogador: a supervisora da sua empresa também não deverá substituir a costureira. Paga-se um preço muito elevado por continuar agindo assim.

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• Os olhos do técnico em campo são os do capitão do time e em cada minifábrica temos que ter uma liderança, orquestrada pela supervisora. Cuidado, o melhor jogador de futebol de todos os tempos, nunca foi capitão! • Atenção com a cor no ambiente de trabalho. A cor branca apesar de ser muito utilizada, não é a mais indicada. • Forme grupos de melhorias para buscar e eliminar os fantasmas dos desperdícios. • O verdadeiro líder não se impõe, mas todos querem seguilos. Então, seja líder.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Luiz Cláudio Leão, consultor do Senai/Cetiqt


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EMPREENDEDORISMO --

CONTROLE FINANCEIRO E ADMINISTRATIVO Davi Jerônimo, consultor do Sebrae-SP

Planejar as atividades, rotinas e as finanças (controles financeiros) corretamente traz tranquilidade para pensar em novas estratégias para 2015, além de projetar novos investimentos, seja em inovação, produtos ou melhorias na estrutura empresarial.

Elaborar um Plano de Negócios

No segmento de confecção, quando se consegue administrar o capital de giro de maneira eficiente, resolve-se basicamente a maioria dos problemas de natureza financeira. Por isso, elaborar um plano de negócios para saber a estrutura da empresa e sua viabilidade em seu segmento de mercado é de vital importância.

Avaliar os colaboradores

Estabelecer descrição, função e atividades de cada colaborador pode diminuir erros e melhorar o fluxo de trabalho. Em 2015, estabeleça avaliação de desempenho de seus colaboradores, propondo: treinamento e qualificação profissional, além de avaliar os colaboradores para uma futura promoção, mudanças de função etc.

Premissas para controle financeiro:

• Controle diário de caixa É importante registrar todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa. A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recurso. E mais: - Controlar os valores depositados em bancos - Controlar e analisar as despesas (despesas fixas e variais pagas) - Registrar todas as entradas de vendas à vista e respectivos prazos de recebimentos 30, 45, 60 dias etc. - Controlar contas a pagar: estabeleça prioridades de pagamento em caso de dificuldades financeiras. - Controlar o montante dos compromissos já vencidos e não pagos, em situações de dificuldade e faça provisões de décimo terceiro e férias. - Fornecer informações para elaboração de fluxo de caixa. • Controle mensal de despesas Direcionar um controle detalhado para todos os gastos, observando que alguns deles necessitam de um controle mais rigoroso ou até de providências urgentes, como cortar gastos que podem e devem ser eliminados.

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• Controle de estoques Controlar os estoques é de vital importância, evita desvios, fornece informações para reposição dos produtos vendidos e ainda facilita as providências para redução dos produtos parados no estoque.

Rotinas Administrativas

Importante corrigir algumas rotinas diárias na empresa. Alguns processos, por exemplo, podem ser ajustados para melhorar o fluxo de produção ou até mesmo as rotinas administrativas.

Controle de Produção

Controle de custo é fundamental em indústria de confecção, desde a chegada da matéria prima até a saída do produto. O empresário deve avaliar se sua produtividade está em nível aceitável, isso pode inviabilizar seus sistemas de produção, além de ter que ajustar preços e ficar menos competitivo no mercado. É preciso calcular custos-hora dos colaboradores do sistema produtivo e estabelecer controles de medidas de tempo por processo produtivo. Estabelecer meta em cada unidade da empresa é fundamental para atingir os resultados esperados. O empresário tem que trabalhar com planilhas de “previsto” e “realizado” para corrigir e propor melhorias nas ações em tempo real.

Padrão de qualidade

Estabelecer um padrão de qualidade em seus produtos faz com que a empresa tenha uma produção constante e evita reclamações dos clientes pela não uniformidade dos itens. Outro aspecto importante neste segmento é a ergonomia de seus colaboradores. Verifique se as condições de trabalho apresentadas estão produzindo conforto, isso pode aumentar a produtividade significativamente.


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EMPREENDEDORISMO

ACREDITAR, INOVAR, TREINAR, VIBRAR, RECONHECER Gustavo Campos, analista de Inteligência da Focal Pesquisas Para vencer em 2015, melhorando o resultado do seu negócio, você deve aprender a realizar ações que conjuguem 5 verbos, sendo eles:

Acreditar: Normalmente recebemos informações do

mercado, estatísticas econômicas ou depoimentos de especialistas, através da mídia,que nos deixam assustados. Mas todos nós devemos conhecer pessoas, empresas e marcas que em épocas ditas de crise, crescem aceleradamente, mesmo no nosso segmento de atuação. O primeiro passo para que isso aconteça é acreditar que é possível, e ter disposição para trabalhar. Você tem uma crença positiva para o amanhã?

Inovar: Você deve inovar, ou seja, fazer algo diferente todo o

dia. Parece fácil mas não é, pois somos pela força dos hábitos acostumados e direcionados a fazer as mesmas e já conhecidas atividades. Para inovar é preciso esforço, atenção e disciplina. Saiba que a chave de novos resultados está em fazer surpresas positivas aos seus clientes e consumidores. Qual foi a sua última inovação apresentada ao mercado?

Treinar: Você deve treinar em melhorar e também treinar a sua equipe. Geralmente a proporção nos esportes de performance é de mais de 30 vezes o tempo de treino sobre

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o tempo de competição. Se treina muito, por isso é de alta performance. O que você faz para treinar e desenvolver a sua equipe? E o que você faz para treinar ser melhor?

Vibrar: Verbo pouco conhecido dos negócios, mas presente no mundo dos esportes de alta performance. Veja o exemplo do vôlei. Eles não vibram apenas quando vencem o jogo. Eles vibram a cada ponto. E você, vibra a cada venda? Você envolve a sua equipe em um processo de comemorações por marcos conquistados? Reconhecer: Não vencemos sozinhos. Por mais

solitário que seja o seu negócio, existem pessoas que o ajudaram. Reconheça isso publicamente. Muitas vezes esse reconhecimento irá solidificar relações fiéis e comprometidas, necessárias para melhores resultados. Quais os critérios que você utiliza para reconhecer seus empregados? Quais os critérios que você usa para reconhecer que você fez algo merecedor de uma recompensa?


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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

Claudio Grando, presidente da Audaces

Precisamos crescer

“A união da cadeia produtiva de moda aliada à criatividade do povo brasileiro, à mistura de culturas forma um diferencial gigante... devemos ser protagonistas no mundo da moda” Hoje, mais que nunca, a indústria brasileira precisa de produtividade para fazer frente ao custo Brasil, e investir em inovação para gerar produtos de valor agregado. E na confecção de têxteis não é diferente. “Escolhendo o caminho certo, podemos enfrentar a concorrência da produção chinesa ou asiática”, assinala Claudio Grando, 45 anos, presidente da Audaces e nosso entrevistado do mês. E inovação é o que não falta nessa empresa 100% brasileira, em seus 22 anos de atividades. Lançado em 2001, o Audaces Vestuário quase virou sinônimo de software de modelagem e é utilizado por mais de 10 mil empresas no mundo. Atualmente, o portfólio de produtos da empresa atende quase todas as etapas de produção, da criação do produto, desenvolvimento e produção, até o enfesto e corte automático do tecido.Ganhadora de vários prêmios em Inovação e Empreendedorismo, a Audaces distribui seus produtos para mais de 70 países e espera crescer mais no mercado internacional. Para levar conhecimento a seus clientes, ajudando-os a crescer no seu negócio, mantém a Universidade e o Clube Audaces. Grando também é presidente do Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC), criado por iniciativa de empresários catarinenses que defendem a integração dos diversos elos da cadeia produtiva e de instituições de ensino em busca de inovação.

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A produtividade e a inovação são as armas para as confecções brasileiras se firmar no mercado e enfrentar a concorrência da produção chinesa? Com certeza. Acredito profundamente na moda brasileira. Temos cultura, povo, natureza, criatividade para sermos “lançadores” de moda. A indústria brasileira também precisa buscar cada vez mais a produtividade para fazer frente ao custo Brasil e investir em inovação para gerar produtos de valor agregado. Muitas empresas já fazem isso e crescem mesmo nos momentos mais difíceis da economia. Com a escolha do caminho certo podemos enfrentar a concorrência da produção chinesa ou asiática. As confecções brasileiras já se deram conta da importância do uso da tecnologia no desenvolvimento de produtos? O que pode ser feito pelos governos, instituições de ensino para dar impulso nesse sentido? A grande maioria das empresas já sabe que tem que


investir em tecnologia para desenvolver produtos de uma maneira mais eficiente, rápida e com qualidade. O Governo sabe o que precisa ser feito: melhorar a educação, diminuir a complexidade e a carga tributária, melhorar a infraestrutura e flexibilizar a leis trabalhistas, dando mais autonomia para os colabores e para as empresas. As instituições de ensino fazem um trabalho importante no fortalecimento da indústria da moda brasileira. Estão formando muitas pessoas e procuram aprimorar sua grade curricular para colocar no mercado profissionais mais conectados às necessidades da indústria. Incentivamos a aproximação das instituições de ensino com as empresas e das empresas com as instituições. Assim, todos ganham. O mundo não irá esperar o Brasil, precisamos crescer. Não é raro encontrarmos confeccionistas que adquirem determinado sistema ou equipamento e o deixam encostado porque não sabem como utilizá-lo. O que recomenda para esse empresário? Quem coloca o produto no mercado tem responsabilidades. Por isso desenvolvemos produtos que são muito fáceis de usar e aprender para qualquer usuário. Naturalmente, isso exige muito investimento em pesquisa e inovação tecnológica. O produto é fácil para quem usa, mas isso demanda uma complexidade tecnológica gigante por trás Por que temos smartphones que são fáceis de utilizar e são padrão de mercado? Porque o fornecedor investe muito em inovação. Recomendo ao empresário que busque fornecedores que invistam em tecnologia e serviços ao cliente, analise as opções. Alguns querem economizar a qualquer custo na compra, mas se esquecem de que irão usar o produto por muitos anos, que precisarão um fornecedor que os acompanhe e que os ajude a crescer de maneira continua e sustentável. Onde o empresário deve buscar informações para saber identificar as necessidades de seu negócio em termos de soluções de automação (sistemas e equipamentos), para não incorrer em erros e adquirir algo que é ‘demais’ para sua confecção? Vejo três caminhos para buscar este tipo de informação: os próprios fornecedores, as instituições de ensino e o mercado. Converse com vários fornecedo-

res para conhecer detalhes sobre os produtos, o histórico do fornecedor, qual estrutura de atendimento possui, qual estrutura de capacitação e de assistência técnica ele tem à disposição. Estude qual o suporte que o fornecedor oferece no pré-venda, na venda e no pós-venda. Certifique-se de que o fornecedor possui pessoas especializadas para oferecer e entregar a melhor solução para sua empresa. Em segundo lugar, fale com instituições de ensino que tenham acesso a várias tecnologia distintas, informe-se para saber há mão de obra disponível no mercado ou cursos onde seus colaboradores possam aprender mais sobre tecnologias e processos aplicados. Por último, ligue para empresas de sua região para saber como estão utilizando os produtos, se estão sendo atendidos, se já tiveram necessidade de atendimento e se as solicitações foram resolvidas. Veja como é a utilização na pratica, que benefícios e suporte o fornecedor realmente entrega na compra e, principalmente, no pós-instalação. A grande maioria das empresas são solícitas em responder a esse tipo de questionamento. Qual a importância de capacitar mão-deobra, aproximar universidades e indústrias, a exemplo do que é feito no programa Santa Catarina Moda e Cultura? Este é o caminho para a indústria brasileira de confecções se manter competitiva: a integração de toda a cadeia produtiva de moda ? Integrar toda cadeia de moda é fundamental, pois o Brasil é um dos poucos países que possui uma cadeia completa. Temos que usar isso como uma grande vantagem competitiva no mundo. A união desta cadeia aliada à criatividade do povo brasileiro, à mistura de culturas, forma um diferencial gigante... devemos ser protagonistas no mundo da moda. Com a interação, as universidades podem conhecem melhor as habilidades que devem ser desenvolvidas nos alunos para que eles estejam 100% aptos a levarem inovação e desenvolvimento para as indústrias. As indústrias podem entender melhor o que as universidades têm a oferecer em termos de pesquisa, tecnologias e conhecimento. Os alunos aplicam seus conhecimentos diretamente nas indústrias e, dessa forma, se sentem assim mais confiantes para ajudar a promover as mudanças que as empresas querem para crescer de maneira sustentável. O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

No início, onde a Audaces buscou recursos humanos para auxiliar no desenvolvimento de produtos para um segmento tão específico como o têxtil e confecção? Desde o inicio da empresa, desenvolvemos pessoas. Como crescemos ano após ano num segmento especifico, estamos sempre buscando novos talentos. Neste momento, 53 colaboradores participam do nosso Programa de Desenvolvimento de Lideranças (PDL) e estão sendo preparados para assumir posições de liderança na empresa. Esse programa é coordenado pela Universidade Audaces e capacita as pessoas em liderança, visão sistêmica, atendimento ao cliente, busca por novas tecnologias e caminhos para melhorar a eficiência operacional da Audaces e dos clientes. Temos sete competências que julgamos importante a pessoa ter e desenvolver, mas o principal requisito é ser apaixonado pelo faz, gostar de vencer desafios e jogar em time. Nossa rede de contatos no mundo também nos permite conhecer pessoas ao redor do globo. Hoje temos talentos de muitos países trabalhando conosco. Como vê as confecções brasileiras no futuro? A terceirização da produção seguirá firme e as marcas manterão apenas o desenvolvimento de produtos, a modelagem e a pilotagem? Nesse caso, como cada uma das partes deve se preparar tecnologicamente para atender seus clientes? Confio muito no potencial das confecções brasileiras e no seu desenvolvimento nos próximos anos. A terceirização da produção em outros países pode ser uma opção para uma parte delas. Para usar bem a terceirização é preciso empregar tecnologia em todas as pontas, desde a concepção do produto, a modelagem e a pilotagem. Todavia, acredito que a produção no Brasil poderá ficar mais forte do que é hoje, pois quem produz aqui com preço competitivo, boa qualidade e moda com valor agregado irá continuar produzindo com muita força. A moda está ficando cada vez mais dinâmica, o consumidor quer novidades conectadas com o que está acontecendo agora e não daqui a seis meses. Para produzir na Ásia

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é preciso planejamento e tempo. Não se consegue produzir lá para ter o produto entregue aqui no Brasil em 15 dias. Isso só é possível produzindo aqui, com tempos ainda menores. Qual sua expectativa em relação aos rumos da economia brasileira em 2015? Todos acreditam e trabalham para que 2015 seja melhor do que 2014 e, com esse espírito, será. Sem dúvida o Governo terá um papel decisivo e acredito que ele já se conscientizou de que precisa reestabelecer a competitividade da indústria brasileira. Não iremos viver para sempre da exportação de commodities. É a indústria que pega uma commodity e a transforma em produto, agregando muito valor nesta transformação. Nós faremos a nossa parte, lançando produtos que ajudem as empresas a serem cada vez mais competitivas. Quando as vendas estão em queda, é comum a retração dos investimentos, sobretudo em equipamentos para a produção. Acha essa estratégia correta? De que forma os empresários do setor devem atuar para atravessar esse período? Só vejo dois caminhos a seguir: ficar sentado chorando ou investir em pessoas e em produtos e processos que melhorem a capacidade criativa e produtiva da empresa e que ofereçam um bom retorno sobre o investimento. O que falta ainda ser desenvolvido em termos de soluções de automação para confecções? A tecnologia e pesquisa são fascinantes, pois sempre há algo a ser inventado. Neste momento, estamos trabalhando em tecnologias que irão se tornar produto dentro de 2, 3 e 5 anos...a missão da Audaces é promover o sucesso da moda e nossos clientes podem ter certeza que serão sempre surpreendidos com nossos produtos.


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DICA DO ESPECIALISTA ESTAMPARIA

Sublimação digital A técnica está em expansão e as indústrias desenvolvem impressoras, tintas e papel de melhor qualidade e produção. Saiba como escolher FABRICIO CORREIA CHRISTOFF é gerente geral da J-TECK Global Tintas Industriais, uma das empresas pioneiras e de destaque no ramo da sublimação digital, fabricante de tintas e distribuidora no Brasil das plotters D-GEN e E-JET

O mercado da sublimação está em expansão e, consequentemente, os equipamentos estão se adaptando ao crescimento do mercado. Novas oportunidades de impressão digital vêm surgindo a todo o vapor e a sublimação digital encontra-se no topo da lista. Os fabricantes se esforçam para oferecer impressoras com maior capacidade de produção e maior economia no consumo da tinta, além de utilizarem tintas sublimáticas digitais de qualidade e tecnologia. Com isso, os produtos finais também têm maior qualidade. O trabalho em conjunto - máquina e tinta - faz com que o equipamento tenha um melhor tempo de vida útil e ofereça produtos de cores vibrantes com muita produção. Novas cabeças de impressão apontam para um cenário mais profissional e industrial, cabeças com maior durabilidade oferecem melhor capacidade de produção. Tintas de alto desempenho trabalham em conjunto com as novas cabeças de impressão, para que se tenha o melhor em todos os aspectos. O papel utilizado nesse processo também é um fator primordial para o melhor resultado final do produto. O cliente deve observar se está utilizando papel adequado para a sublimação digital, de forma a complementar o processo.

Expansão mundial

A sublimação digital em muitos países tem se inserido na comunicação visual, pois resulta em um produto ecologicamente correto e reciclável. Empresas europeias, americanas e orientais já utilizam essa prática. No Brasil, algumas empresas já a adotam, porém sabe-se que a versatilidade da sublimação digital abre espaço para a utilização em muitos tipos de produtos e segmentos. Nessa técnica, a quantidade de produtos ecologicamente corretos é muito maior e desbanca as aplicações realizadas com tintas solventes, de forma a atender as empresas que almejam certificações ambientais. A sublimação digital teria como empecilho a necessidade de ser aplicada em materiais com pelo menos 50% de sintético em sua trama. Mas com as tecnolo-

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gias e a busca pelo melhor, o mundo vem apresentando tecidos em poliéster de diversos estilos e até mesmo com tramas próprias para a sublimação digital, a fim de atender às expectativas dos clientes. Exemplo disso são as camisetas de algodão por dentro e poliéster por fora, que possibilitam a estampa em sublimação digital e o toque do algodão no corpo. Em tecidos 100% sintéticos, a sublimação digital proporciona toque de seda e atinge os segmentos de moda, esporte e comunicação visual com melhores cores, melhores resoluções, resistência maior a intempéries, entre outros. O que se pode concluir é que as empresas que estão no segmento devem adotar a sublimação digital ou pesquisar a respeito, pois ela é uma tendência que se torna realidade no mundo todo. É importante estar sempre atualizado e implementando novas tecnologias, se quiserem continuar crescendo. A alta performance é um fator alcançável desde que observados sempre os processos mais atuais de estamparia. É importante também destacar que muitos se equivocam ao querer comprar tinta e papel por preços mais baixos, sem avaliar o custo do metro quadrado da impressão. Muitas vezes pagam menos por litro ou pelo papel, mas precisam gastar muito mais suprimento para chegar ao produto final. Gasta-se, por exemplo, em torno de 7 ou 8 ml de tinta de baixa qualidade por metro quadrado, quando poderiam ser gastos 4 ml (a metade, praticamente) com a utilização de tinta de boa qualidade. Ações como limpezas menos frequentes aumentam a durabilidade da cabeça de impressão e diminuem o consumo de tinta, o que proporciona melhor produção e resultado final. Na aquisição dos equipamentos deve ser avaliada a expectativa de produção e de resolução necessárias para a empresa. O mercado oferece desde impressoras de mesa até plotters de diversos tipos. O cliente deve se informar e procurar conhecer tudo sobre o produto que pretende adquirir. Dessa forma, poderá ter a certeza de que a impressora que escolheu atenderá as expectativas e produtividade.


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PASSARELA SPFW INVERNO 2015

FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE

novos olhares e reflexões 34

Em clima de pré-comemoração dos 20 anos do maior evento de moda da América do Sul, SPFW reforça e valoriza a essência e a criação

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20 anos em 2015 O São Paulo Fashion Week – Calendário Oficial da Moda Brasileira completa 20 anos em 2015 com o olhar voltado para as próximas duas décadas. De acordo com a organização do evento, esta edição e as outras duas no próximo ano vão celebrar a transformação provocada pela principal semana de moda do Hemisfério Sul, sempre trazendo novos olhares e reflexões que inspiram a criação. Victor Dzenk

TNG

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Focada em conceitos como Movimento e Mudança, Extensão e Conexão, que marcam uma trajetória de quase 20 anos, a 38ª. edição do São Paulo Fashion Week, realizada em novembro, reuniu 37 marcas para apresentarem as apostas para o Inverno 2015. Apartamento 03, GIG, PatBo e Victor Dzenk foram as estreantes da temporada, enquanto Colcci, Pedro Lourenço e Têca permaneceram no calendário desde a edição passada. Sacada, TNG e Acquastudio migraram do Fashion Rio para as passarelas de São Paulo. Llas, vencedora na categoria Moda do Movimento HotSpot, também fez sua estreia no evento. Em paralelo, Stella McCartney e Donatella Versace apresentaram suas coleções criadas para C&A e Riachuelo, respectivamente. “Vivemos um tempo de questionamentos, revisões e grandes transformações

no mundo, um período que vai pautar as próximas décadas e o futuro da humanidade e do planeta,” afirmou Paulo Borges, CEO da Luminosidade, idealizador e diretor criativo do SPFW. “É tempo de valorizar ainda mais a essência e a criação.” Em sintonia com esse momento, o evento foi buscar inspiração na escola Bauhaus, movimento que revolucionou o pensamento e a produção artística no inicio do século XX. O conceito foi trazido pelo Atelier Marko Brajovic, que assinou a cenografia da edição. Vinte e oito mil metros de fitas elásticas coloridas nascem da logomarca do SPFW e “costuram” a estrutura do evento até a entrada principal para se dispersar novamente num pátio interno a céu aberto e criar os três elementos simbólicos que ocupam o espaço comum: círculo, quadrado e triângulo.

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PASSARELA SPFW INVERNO 2015

Aquecendo

os corpos

Animale

Apartamento 3 36

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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE

Entre os destaques para a temporada mais fria do próximo ano estão os tricôs, o couro, o vinil, os tecidos metalizados, as saias mídi com fendas e aberturas, os mantôs e capas, os trench coats, as camisas brancas, as franjas e os plissados. A cartela de cores traz verdes, bordôs e vermelhos, marrons e preto.


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Lino Villaventura


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FOTOS: AGร NCIA FOTOSITE

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Uma TNG

Colcci

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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE

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DICA DO ESPECIALISTA PRODUÇÃO

Escolha bem suas lideranças JOSÉ ROBERTO SCHUMACKER é Administrador de Empresas, pósgraduado, e atua no ramo de confecção e empresas de manufaturas desde 1967. Consultor desde 1988, é proprietário da Schumacker Consultoria de Produção

Gerentes, supervisores e encarregados têm importância fundamental na produção das costureiras. Por isso, a seleção desses profissionais deve ser bem criteriosa Nem sempre, quando não obtemos números satisfatórios no processo produtivo, a responsabilidade é do piso de fábrica. De uma forma geral, costuma-se dizer que as costureiras são fracas e não produzem. Na maioria dos casos, elas não produzem pois são mal conduzidas por uma liderança fraca e despreparada. Seguramente, se analisarmos nossos problemas do dia-a-dia, o grande vilão da produção de nossas confecções está no meio da pirâmide organizacional. Como nos mostra a figura abaixo, esse meio de pirâmide costuma ser formado por gerentes, supervisores, chefes, encarregados e líderes. Diretoria Gerência Supervisão Encarregados

Piso de fábrica

Diversos são os motivos que levam esses profissionais a falhar. Podemos citar os mais comuns: vaidade acima do profissionalismo, falta de um método definido e claro no processo produtivo, carência de controles objetivos que permitam acertos nas tomadas de decisões, falta de preparo adequado para trabalhar com “pessoas” e outros problemas do dia-dia.

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De certa forma, a falta de visão desses profissionais faz com que a empresa acabe “pagando” a conta (aliás, um preço muito alto), pois além de não saber aproveitar o potencial do piso de fábrica, acaba desmotivando-o (complicando ainda mais essa situação já embaraçosa). Sendo assim, o que podemos passar para o empresário de confecção é que tenha critério na escolha destes profissionais: gerentes, supervisores, encarregados. Lembre-se sempre de que salário não é custo, mas sim retorno. Nunca se pode admitir um profissional de tamanha importância pelo menor salário. Infelizmente, o que se tem visto é justamente isso: a escolha acaba recaindo naquele profissional que pede um menor valor como pagamento de seus serviços. Existe também outro fator importante: o investimento em treinamento de mão de obra (em todos os níveis) Esse é sem dúvidas o melhor dinheiro que uma empresa pode gastar, pois a médio e longo prazo os resultados são significativos (estudos comprovadíssimos). Se a empresa perde uma encarregada, saiba que a próxima a ocupar esse cargo só poderá ter sucesso se for preparada. De nada adiantará promover alguém só porque é boa tecnicamente. Ela deverá se transformar numa líder e, para isso, deverá receber um forte treinamento. Como se vê, o resultado gerado pelo piso de fábrica acaba sendo consequência das “atitudes” e da postura que esse pessoal do “meio da pirâmide organizacional” tem na sua forma de administrar.


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PASSARELA

Um novo

olhar sobre o sempre Alagoas Trend House divulga e impulsiona a moda, o feito a mão, a culinária e as artes locais *Por Vera Campos

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Criações locais, tendências de moda e do varejo, comportamento do consumidor, culinária gourmet, fotografia. Tudo isso é pouco para sintetizar a 8ª edição da Semana de Moda Alagoas Trend House, que aconteceu de 11 a 14 de novembro, no Mirante Gourmet, em Maceió. O evento reuniu jornalistas, críticos de moda, compradores, estilistas e representantes do setor. Sob o tema “Um novo olhar sobre o sempre”, a Trend destacou o “feito à mão”, uma constante nas produções alagoanas de moda. “A responsabilidade pelo novo olhar recai sobre a juventude, Mas lá atrás estão as bases para o que se apresenta como novidade, já que a moda é cíclica. O handmade é eterno, mas é preciso ter um novo olhar sobre ele, para que não se perca e se torne perene”, declarou o jornalista e publisher da revista S.Mag James Silver, curador e idealizador do evento.

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Moda, fotografia e culinária

A 8ª. edição do Alagoas Trend House homenageou novos talentos que despontam em diferentes áreas de atuação – Victor Collor (fotografia), Jonatas Moreira (gastronomia), Laura Amaral (cenografia), Maurício Vasconcelos (turismo), Rodrigo Cunha (política) e Paula Cox (moda). Nas passarelas, destaque para Fernando Perdigão, Solange Arruda, Anah, Karacola e Seda Pura, e Maia Piatti, e para os estreantes Gustavo Boroni e Reinação. Cinco chef Breno marcas apoiadas pela Cadeia Produtiva Têxtil e Gama de Confecções de Alagoas apresentaram videoeditoriais de suas coleções : Da Rosa, La Gaveta, Petrúcia Lopes, Lucia Bastos e Merci. Alguns segmentos já haviam sido contemplados em edições anteriores como o infantil (kids|teen) e casamento (wedding), mas agora ganharam maior destaque.


Tendências de Moda e do Varejo

O evento foi escolhido para o lançamento oficial do Caderno de Tendências do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Verão 2015/16, material esse que tem como objetivo preparar e orientar os estilistas sobre as tendências da próxima estação. Um painel formado pela consultora de moda Aline Rijo e pela empresária Kristhine Albuquerque, mediado por James Silver, discutiu os rumos do varejo de moda em Alagoas. Já o jornalista especializado em moda Lula Rodrigues discorreu sobre os caminhos da moda, destacando a simbiose entre a moda masculina e feminina. Body Parade: criatividade

Ao centro, Victor Collor (esq) e James Silver (dir)

“Além de desfiles das marcas, pretendemos realizar um salão de negócios durante o evento, trazendo compradores nacionais e até internacionais”, conta Francisco Acioli, presidente do Sindivest-AL.

Eventos paralelos

Esta edição da Trend House aconteceu no novo formato Cápsula, seguindo uma tendência mundial, o que possibilitou que outros pequenos eventos diferenciados acontecessem simultaneamente aos desfiles. Em uma pop up do Sebrae foram colocados à venda algumas criações do handmade alagoano. O público pode apreciar ainda a exposição fotográfica de Victor Collor (Díptico Olhar), o Projeto Papel no Varal e a Body Parade. Isso sem falar na Cozinha Gourmet da Algás, em que os principais chefs da cozinha alagoana – entre eles Jonatas Moreira (Akuaba), Luciana Nerva (Bene Coffee & Natural Food), Breno Gama (Maria Antonieta) e Antonio Mendes (diretor do curso de Gastronomia da faculdade Maurício de Nassau)se revezaram oferecendo aos homenageados pratos da alta gastronomia.

Cadeia Produtiva Têxtil

A Cadeia Produtiva Têxtil de Alagoas, programa de fomento do setor encabeçado pela Federação das Indústrias (FIEA), Governo do Estado, Sebrae e Sindicato da Indústria do Vestuário (Sindivest-AL), até então responsável por cerca de 30% de participação nos custos do Alagoas Trend House, a partir do próximo ano assumirá integralmente a responsabilidade pela realização do evento. “Em 2016 a Trend House completa dez anos, com o olhar voltado para os próximos dez. As próximas duas edições convergirão para a migração administrativa do evento para a Cadeia Têxtil, ampliando o legado de construção e transformação provocado pela S&M Bureau Criativo (que passa apenas a ser contratada para produzir o evento), sempre trazendo novos olhares e reflexões sobre a criação original do Estado, principalmente o hand made”, explicou James Silver, diretor criativo da Trend House.

Identificar e mapear cidades/regiões do estado de Alagoas com vocação têxtil e de confecção e fomentar a renda local, desenvolvendo e profissionalizando microempresas,empreendedores individuais e cooperativas por meio do fornecimento de locais de trabalho (galpões), equipamentos (máquinas de costura), escolas do Senai, apoiando-os na comercialização dos produtos. Essa é a grande contribuição para a Cadeia Produtiva Têxtil de Alagoas, que recebeu novo impulso a partir de 2007, com os aportes significativos do Governo do Estado. “Hoje 27 municípios estão mapeados e pelo menos 20 vêm recebendo recursos e capacitações”, diz o presidente do Sindivest-AL. Graças ao programa de fomento, em 2013 duas marcas participantes conseguiram expor suas criações na loja pop up do São Paulo Fashion Week e outras duas no Rio a Porter, “feito esse que Alagoas nunca tinha alcançado”, completa Francisco Acioli. Neste ano, cinco marcas que mostraram suas coleções no Alagoas Trend House participam da Cadeia Produtiva Têxtil: Da Rosa, La Gaveta, Petrúcia Lopes, Lucia Bastos e Merci. Marcela Tenorio, criadora de acessórios com a marca La Gaveta (colares e maxibrincos), afirma que “o presidente do Sindicato chega junto, percebe as necessidades de cada grupo, e isso é o que nos tem ajudado”. Ela conta que, por intermédio do programa, adquiriu noções de gestão administrativa e participou de eventos dentro e fora do estado. Agora, mantém foco na produção para poder expandir, melhorar a qualidade dos produtos e atender as várias demandas do mercado e, quem sabe, chegar até mesmo a outros países. Petrúcia Lopes, dona da marca que leva seu nome, trabalha com artesanato: customiza o filé com tecidos ou faz peças todas em filé. Tem seu próprio ateliê e está no mercado há 12 anos. Antes vendia para pessoas conhecidas e sob encomenda. Tudo feito à mão, fora o tecido. “Cheguei onde estou pelas oportunidades que o Sebrae proporciona”, diz, “O artesão tem de ter oportunidade para melhorar, mas tem de frequentar reuniões, cursos, levar o artesanato para a moda”, afirma. *A editora Vera Campos cobriu o Trend House a convite da organização do evento

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FOTOS: ESTUDIO GTECH

Estimulo ao setor

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PASSARELA

Sabor de chão Conhecer a moda alagoana é admirar a habilidade das mãos de seus criadores, que se inspiram, em sua maioria, na cultura local e utilizam materiais muitas vezes provenientes da própria terra. Veja aqui um pouco do que foi mostrado na 8ª. edição do Alagoas Trend House

Solange Arruda A designer utiliza a tradicional técnica do crochê para desenvolver acessórios sofisticados e produtos para decoração. Para a coleção “Raízes”, explorou novos materiais e possibilidades, buscando referências na cultura nordestina

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Fernando Perdigão Estreando nas passarelas do Trend House, o design e estilista alagoano, com 30 anos de carreira, sempre reinventa o filé. As modelagens da coleção variam entre silhuetas mais rentes ao corpo e produções com peças mais amplas. As cores predominantes são tons corais e alaranjados, com passagens por nudes e terrosos, além do azul. As padronagens da renda foram unidas, gerando um mix de texturas

Luiz Lula Filho “Café, cores e texturas’. Esse foi o tema escolhido pelo fashion designer para esta coleção que foi seu trabalho de conclusão de curso na University of East London e uma das selecionadas para representar aquela universidade no Graduate Fashion Week em 2014 na capital britânica. Lula faz uso dos matizes neutros com algumas variações das demais cores que lembram a flor do café e os grãos amarelados da fruta e decompõe texturas dos tecidos O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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PASSARELA ANAH Inspirada em Carmem Miranda, a designer Sandra Cavalcante apresentou uma coleção rica em bordados aramados em pedrarias, traduzida por “Brasilidade”. As modelagens vão das mais justas às amplas; o curto, o midi e o longo se revezam em vestidos e saias combinadas com croppeds, estolas, saias e corpetes

Gustavo Boroni Frida Kahlo, Alagoas, pinturas e flores marcam a estreia do fotógrafo como estilista e criador da marca que leva seu nome. A coleção-conceito é de uso no dia a dia. São 30 peças entre vestidos, camisas e blusas acetinados, com muita fluidez, “para valorizar a alma feminina”. As estampas, digitais, são produto de fotos de Boroni

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Maia Piatti Comemorando os 16 anos da marca no hand made, a coleção intitulada “Pela Estrada Afora” das irmãs Rosa Piatti e Ana Maia elegeu o linho como matéria-prima e privilegia os cortes soltos nas peças que recebem traços impressos pintados à mão. Seus looks se destinam à mulher madura.


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VAREJO Fachada e vitrine da loja devem ser bem elaboradas

Venda mais

Sebrae inaugura no bairro do Brás, em São Paulo, loja modelo de vestuário e ponto de atendimento Negócios da Moda, para oferecer soluções para o varejista tornar seu ponto de venda mais atraente e vender mais

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O sucesso de vendas de uma loja de vestuário depende de vários fatores, mas a apresentação dela – o chamado ‘visual merchandising’ -, sem dúvida, é um aspecto que pode atrair ou afugentar clientes. Se bem trabalhado e adequado ao perfil de seu público, certamente ajuda a vender mais, a elevar o ticket médio, a quantidade de peças vendidas e a reduzir as rupturas e as perdas. A localização do ponto é importante, chega a representar 50% do sucesso do empreendimento, mas

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pequenos detalhes na apresentação da loja fazem a diferença. Você sabia que o tipo de lâmpada dos provadores deve ser o mesmo da vitrine, para o cliente poder ter a real percepção da cor da peça? Aliás, uma boa iluminação pode contribuir em 30% a 40% para o sucesso da venda. E são vários os sistemas de iluminação: da vitrine, do provador, do caixa, do balcão de atendimento, do estoque, dos corredores, do produto, cada qual com sua particularidade.


Espaço para "laboratório" prático para a organização da exposição (à esq.) e loja modelo (abaixo)

A vitrine é um equipamento de otimização, sua principal função é dizer ao público qual o posicionamento de mercado da loja, os estilos de produto oferecidos por ela e o seu posicionamento em relação a preço. É preciso que tenha bons manequins, uma boa estrutura de altura e profundidade, sistema de iluminação adequado e que evite reflexos, e algo de cenografia. No interior da loja, caso a opção seja por loja de autoatendimento ou mista com balcão, devem ser evitadas ‘barreiras’ visuais e barreiras físicas, que atrapalham a locomoção dos clientes e a visualização dos produtos. Os equipamentos (cabides, expositores, balcões, etc) devem ser modernos e refletir atualidade. Espelhos impulsionam o desejo do cliente ir ao provador experimentar a peça. “Tudo isso pode ter um custo, mas ajuda a rentabilizar a área de vendas”, afirma o consultor do Sebrae-SP Fabio Azevedo. E há vários formatos de organização de loja: por estilo, por ocasião, por marcas, seções cores e por preço. “O varejista tem de entender de moda, de combinação de cores e estampas para fazer uma exposição bonita das peças”, diz o consultor. O que colocar na horizontal? O que expor na vertical?

Orientação sob medida

As dúvidas são muitas e, para orientar o empresário, o Sebrae-SP abriu o ponto de atendimento Negócios da Moda no bairro do Brás, tradicional polo paulistano de venda de confecções por atacado, que chega a atrair cerca de de 300 mil pessoas/dia. Lá é possível obter a orientação necessária não só para a montagem, mas também para a gestão de uma loja, “aspecto esse fundamental para o sucesso do empreendimento”, assegura Azevedo. Nesse mesmo endereço, o Sebrae-SP montou uma loja modelo que o varejista interessado poderá conhecer de perto. A ideia é organizar visitas monitoradas para lojistas. Nessas visitas, consultores especializados em varejo mostrarão, na prática, os principais conceitos de visual merchandising e de administração de lojas. No segundo piso está o Ponto de Atendimento do Se-

Sala de atendimento ao empresário

brae e de alguns serviços exclusivos para o mercado de moda, com sala de treinamento. Há uma programação de cursos e palestras que pode ser acessada em : http:// www.sebraesp.com.br/index.php/122-uncategorised/ institucional/14045-ponto-de-atendimento-no-bras. No terceiro andar funcionará um “laboratório” onde grupos de varejistas poderão, na prática, receber informações de como organizar a exposição no ponto de venda. Essa metodologia foi desenvolvida pelo consultor Fabio Azevedo há alguns anos, quando atuava na Escola Superior de Propaganda e Marketing, uma das mais conceituadas no setor. “Na América Latina não existe nada que se compare a essa iniciativa”, diz ele. “Nossa ideia é que esse novo espaço permita a transferência de tecnologia para o pequeno varejo, com um formato inovador composto de aulas práticas e orientações técnicas”, assegura o gerente do Sebrae-SP na zona Leste Joaquim Batista Xavier Filho. O ponto de atendimento temático do Brás e a loja modelo ficam na Rua Conselheiro Belisário, 141, e funcionam de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Além do atendimento específico, a unidade também faz atendimento às empresas em geral do comércio, indústria e serviços. O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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MUNDO TEXTIL VERÃO 15/16

Abrindo fronteiras

Materiais, tecidos, couros, aviamentos e outros componentes desenvolvidos para calçados e confecções com foco no design e na inovação estarão expostos no 11º Inspiramais, em janeiro

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O Inspiramais - Salão de Design e Inovação de Materiais, que acontece nos dias 13 e 14 de janeiro de 2015, em São Paulo, traz cerca de 700 produtos desenvolvidos por mais de uma centena de indústrias de componentes para calçados, artefatos e confecções com foco no design e na inovação. A temática para o Verão 2016 é Fronteiras e será explorada a partir de três conceitos distintos: CONCEITO 1 - Metrópole: aborda a percepção da cidade através de uma ótica infantil, livre e bidimensional, ressaltando a ideia de sequências. CONCEITO 2 - Suavidade: as cores e formas são evidenciadas, em sintonia com os elementos da natureza ensolarada, trabalhando a ausência ou a intensidade dos contornos. CONCEITO 3 - Deslocamento: busca inspiração na emoção, ruptura, transformação, movimento, origem e gêneros. Em sua 11ª. edição, o Salão é resultado de um trabalho de quase um ano do Fórum de Inspirações, um ciclo que se inicia com a pesquisa de inspirações e referências de moda. “A finalidade do projeto é promover o desenvolvimento de materiais inovadores que tenham a capacidade de transmitir valores essenciais e verdadeiros ao consumidor, algo fundamental para que as empresas obtenham sucesso”, diz Walter Rodrigues, o coordenador do Núcleo de Design da Assintecal e Abicalçados. Durante meses, uma equipe de 28 profissionais do Núcleo vai aos principais polos produtivos do País e orienta as empresas participantes do projeto no desenvolvimento de produtos que sigam os conceitos pesquisados para temporada e contenham elementos únicos e ao mesmo tempo globais, a fim de se tornarem mais competitivas.

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O resultado dessas ações é o alinhamento de toda cadeia produtiva em Cartela torno dos mesmos de cores conceitos e inspiraCouros ções. Porém, falam Verão 16 mais alto a liberdade de criação de cada empresa participante do projeto. Entre as novidades desta edição, o Salão traz o Mix By Brasil, projeto que vai expor protótipos de calçados e/ou acessórios criados com componentes oriundos do artesanato brasileiro, apresentados por comunidades de diversas regiões do país com base na consultoria recebida do Núcleo de Design. A arte da estamparia continua tendo destaque no Inspiramais com o projeto +Estampa, que apresenta padronagens exclusivas criadas por designers convidados, a partir dos temas da estação. Durante o evento também acontece o Inovamais, que abordará as redes de inovação de calçados e vestuário, apostando em um novo conceito com a Arena da Inovação, espaço aberto ao público para seminários sob o tema “Redes de Inovação” (Open Innovation), bem como demonstrações das soluções inovadoras das empresas de insumos e materiais. Outro destaque é o Preview do Couro, que antecipa as novidades em curtumes para o Inverno 2016. O Inspiramais é realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Footwear Components by Brasil e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).


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Cardápio completo Première Vision São Paulo agregará empresas de manufatura de moda ao quadro de expositores

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Em sua 10ª. edição, o Première Vision São Paulo elegeu a Multiplicidade como tema e trouxe muitas novidades. Uma delas é que, a partir da próxima temporada do evento, programada para 12 e 13 de maio de 2015, empresas de prestação de serviços de manufatura de moda têxtil da América Latina poderão participar como expositoras, ao lado dos segmentos já tradicionais: Tecidos para Moda (City & Glam), Denim & Sportswear, Fios e Fibras, Estúdios de Design e Acessórios. Serão selecionadas manufaturas que produzem private label para grandes marcas de moda e magazines. O objetivo da iniciativa é que os visitantes encontrem num só lugar todos os segmentos participantes da cadeia de confecção, desde a inspiração e as matérias-primas para as coleções até a materialização das peças. “Depois de 10 edições, podemos dizer que o Première Vision em São Paulo se consolidou como um evento grande relevância na América Latina. Especialmente porque o salão atrai os principais atores da moda e da indústria têxtil, tornando-se um ponto de encontro de todos os elos da cadeia.”, assegurou Guglielmo Olearo, diretor dos eventos internacionais do Première Vision. “Esta é a vocação do Première Vision no mundo: entregar o pacote completo de todos os segmentos da cadeia de moda”, afirmou Luana Cloper, show manager do evento. As empresas interessadas em compor o quadro de expositores passarão pelo Comitê de Seleção do evento, incumbido de garantir o padrão de qualidade Première Vision. De acordo com Luana, o primeiro item a ser observado na seleção será a certificação ABVTEX, que atesta boas práticas no

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que tange às relações de trabalho e responsabilidade social das confecções e subcontratadas. A seguir, serão avaliadas a qualidade da costura, do acabamento e a especialização da empresa, entre outros quesitos. “Não é o preço do trabalho que fará a diferença”, ressalta. Quem desejar se candidatar deve fazer o contato pelo site http://www.premierevision-saopaulo.com/

Novo calendário

A 10ª. edição do evento foi a primeira realizada no novo calendário da moda, por isso muitas das expositoras reduziram o volume de produtos exposto. Informações de moda foram oferecidas no Seminário Focus e no Trend Vision São Paulo. O primeiro, apresentado pela coordenadora de moda para América Latina do salão, Olívia Merquior, foi direcionado à Primavera/ Verão na América Latina. Já o Trend Vision trouxe as referências internacionais para o Outono/Inverno e foi apresentado por Elsa May, da equipe de moda de Paris do Première Vision. Outras novidades foram os debates, realizados nos dois dias do salão. “Criatividade e negócios: caso Animale”, contou com as presenças de Claudia Jatahy falando pela primeira vez sobre a sua marca Animale, de Ana Laet da Ana Laet Design e de Vanessa Bachiega, da Werner Tecidos. No segundo dia o jornalista Jorge Grimberg, o diretor de moda do Dragão Fashion Claudio Silveira, o estilista Mário Francisco da Der Metropol e o especialista em moda do Programa Texbrasil, da Abit, Evilasio Miranda, falaram sobre o que a moda precisa para se manter inovadora e atual.


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na praia e na piscina

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Pesquisa global da marca LYCRA® aponta Grace Bay, Bora Bora, Venice Beach e Ipanema como macrotendências que vão inspirar a moda praia na estação mais quente de 2015/16 Após trabalho minucioso de pesquisa, a INVISTA, detentora da marca LYCRA®, apresenta as principais macrotendências internacionais para o Verão 2015/16 em moda praia. “Cada uma delas tem uma característica especial, mas todas conversam entre si”, afirma Fabio Sandes, Gerente de Produto Moda Praia da fabricante. Conheça-as:

Mostra um mundo POP e jovem. A alma brasileira é representada pela flora e fauna (araras, coqueiros e tucanos). Resgate das estampas africanas hipercoloridas e com desenhos contemporâneos. Traz estampas com cara de arte, grafite com inspiração clássica. Entram em cena hot pants com tops mais compridos, biquínis e maiôs com recortes inusitados. Estampas exageradas, meio pop kitsch, com desenho de comidas, frutas, cartoons. E muita cor!

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Ipanema


Bora Bora

O minimalismo com um ar futurista e inspirado nos esportes, traduzido por estampas 3D, texturas e cores douradas aliadas às estampas geométricas e fractais. Como contrapartida, a arquitetura inspirada nas formas orgânicas da natureza dá um ar bucólico às peças com modelagens complexas e irreverentes. O mundo dos esportes está sempre presente e representado nesta tendência por estampas com números grandes em destaque.

Venice Beach

É a tendência que faz um contraponto à tecnologia, valorizando tudo o que é manual. Aponta para a visão nostálgica da vida, de retorno ao passado, prega a humanização da tecnologia. Entram em cena rendas, macramê, babados. Peças com desgastes retomam o glamour dos anos 70 com shape dos anos 80. Flores, babados, hot pants, tops estruturados. Pinturas e desenhos clássicos surgem na estamparia. Estampas de azulejo, desenhos geométricos e padronagens clássicas de xadrez em tons pastel dão um ar vintage às peças.

Grace Bay

Estampas inspiradas no fundo do mar: corais, plantas aquáticas e conchas aparecem em formas e cores distintas (em tons fortes às vezes até em neon - amarelo, laranja e verde limão) e em tamanho exagerado, contrastando com fundo escuro. Estampas psicodélicas e formas orgânicas são usadas no design de peças que abraçam e acolhem as pessoas . O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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onforto

Em azul intenso, baby blue, colorido ou estampado, ajustado ao corpo e leve, o denim tem tudo para ser o hit da temporada Por Vera Campos Denim MegaFlex Therma Comfort, da Canatiba: conforto térmico

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Foi-se o tempo em que o jeans era uma peça dura, grosseira, quente, adequada aos fins para os quais foi criado: o trabalho nas fazendas norte-americanas. Na era do movimento, da agilidade e da busca pelo conforto, o denim não poderia ficar atrás. Graças ao desenvolvimento de novos fios, fibras e materiais, o bom e velho jeans muda de figura e cada vez mais se destaca nas ruas e nas passarelas ajustado ao corpo e aos movimentos, mais leve e macio.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

lceveza e


Elasticidade, resistência e recuperação dos tecidos estão na ordem do dia e demandam a criação e incorporação de novas tecnologias aos produtos. Para o Verão 2015/16, entre os lançamentos de destaque estão um denim com conforto térmico e respirabilidade, indicado para uso em dias quentes, caminhadas, passeios de bike e em locais fechados com temperatura elevada. O ‘MegaFlex Therma Comfort’, tecido em denim que confere às peças conforto térmico , elasticidade e respirabilidade, qualidades até então atribuídas somente a tecidos esportivos, foi apresentado ao mercado pela Canatiba no Première Vision São Paulo, em novembro. Essas características se devem á utilização, com exclusividade pela Canatiba, do fio LYCRA® T400® (resistente ao cloro e à ação de alvejantes e outras técnicas de lavagem que não costumam ser usadas em jeans stretch).associado à tecnologia COOLMAX®, ambos da INVISTA®. No evento, a empresa destacou o denim São Tomé Stretch, com tingimento intenso e 9,5 Oz. E anunciou que a linha completa ‘Megaflex Therma Comfort” será apresentada aos clientes em fevereiro de 2015, em seu tradicional circuito de palestras.

Aliados poderosos O fio LYCRA® dual FX® - combinação dos fios LYCRA® e LYCRA®T400® – que proporciona um ajuste ao corpo e recuperação imediata do tecido após estirado, ganha espaço entre as fabricantes de denim. Nessa tecnologia, a Cedro traz o DUO POWER 8 oz. E a Tavex investe na ampliação da oferta de tecidos à base da Tri-blend technology® by Tavex, compostos de uma estrutura de fio triplo que une a alta elasticidade do LYCRA® dualFX™ à versatilidade do algodão. Nessa linha, as novidades da empresa são um tecido com aspecto acetinado (Stretch Performed), com estrutura de quatro fios: Modal®l, elastano, poliéster e algodão. Já a Canatiba alia a tecnologia Duo Core® a construções a fibras naturais. Nessa estação, a empresa dá ênfase às linhas MaxSkin® e Hi Comfort® , compostas de Tencel® (Liocel) e Modal®, oriundas da madeira, fonte de matéria-prima renovável e processos de baixo impacto ambiental. O resultado são tecidos resistentes, macios, de confortáveis e de alto valor agregado.

Black – Oxid, Over Dyed, blacks, resinados color, Grey cast, Colors, PT’s e estampados. Destaque para a mistura de composições com fibras ecológicas, fios penteados e tecnologia Duo Core® como o Latino Power Megaflex, Dener Indigo e Luxury Megaflex Baby Blue. Na linha hiper stretch, são mais de 40 produtos com pesos de 8,0 a 10,0 oz e tingimentos azuis: médio, original e intenso, especiais, Blue Black, Black, PT’s, Colors, estampados e mistura de composição. Entre os destaques da Cedro Têxtil para a temporada está a nova geração da linha TOP Denim Super Stretch (YU POWER ELASTIC), que se caracteriza por tecidos com potencial de stretch em torno de 60% (stretch lavado) e elevado poder de recuperação de suas características originais. Nessa linha, as opções são os tecidos Sardenha e Lanai. Ainda nessa linha, o tecido Colonia é uma construção cetim com toque especial e brilho na superfície do tecido, que oferece conforto no lado avesso do tecido mesmo com uso de poliéster. O super stretch também pode ser encontrado na linha TOP COATED, de denim resinado da Cedro. Na Tavex, a linha Absolute Fit®, voltada ao público feminino e de alto poder de ajuste e mobilidade, tem quatro os lançamentos, todos com cerca de 50% de elasticidade, ante 20% e 30% de outros tecidos stretch, para que as peças fiquem bem ajustadas ao corpo.

Pouco ou nada de elasticidade Para atrair clientes do sexo masculino, ainda avesso a jeans elastizados, a Tavex apresenta, na linha Fitness Denim ®, tecidos stretch cujo aspecto se aproxima do 100% algodão, mas com atributos de conforto, toque mais suave e performance. A linha tem três particularidades: aspecto vintage igual aos tecidos 100% algo-

Tri-blend technology® by Tavex, elasticidade e conforto

Stretch para todos os gostos Com atributos de conforto, movimento e durabilidade, o stretch continua imbatível na preferência dos consumidores de jeans. Para o Verão 15/16 não poderia ser diferente. A Canatiba traz em linha mais de 80 produtos no conceito super strech, em pesos de 8,0 a 10,5 Oz, com grande variação de tingimentos: azuis – original, intenso, médio, Baby Blue, especiais e Blue O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2014

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MUNDO TEXTIL DENIM VERÃO 15/16 Dark blue, uma das apostas da Covolan (esq.), e Baby Blue, da Canatiba

Aspecto de moletom Outra característica que o denim vem adotando é o aspecto de malha. Nessa linha, a Canatiba apresenta a Malha Color e a Malha Estampa Floral, com vários pesos, construções e tingimentos. A Malha Collor chega nas cores lilás, laranja, pink, amarelo e limão. Outras novidades são o tecido Moto Skinny, com tingimento especial diferenciado e trama tinta, e o Malha Denim Megaflex, indicado para camisaria. A Paraguaçu Têxtil também aposta em uma linha de denim com cara de moletom. “É uma tendência internacional”, afirma Beatrice Veiga, gerente de Desenvol-

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Vários tons de azul Os tingimentos ultraintensos continuam em alta. Nessa linha, a Covolan Têxtil aposta nos tecidos 30 Deep, com 3% de elastano, e Dark Blue com 2% de elastano. Os tecidos da linha Genius ganharam mais três novos produtos: Ibiza Genius, com tingimento em blue intenso e 3% de elastano; Glossy, que pode ser usado do lado direito e avesso porque tem trama tinta em preto e características para este uso; Mundial, com alto elastano e tingimento diferenciado. Já a Canatiba elegeu o azul celeste como hit da temporada e criou uma a linha com tingimento Baby Blue. A cor está presente em produtos nos padrões rígido, confort stretch e super stretch e no Baby Blue Malha, diferenciado pela construção e tingimentos mais claros.

Denim com aspecto de moletom, da Paraguaçu

FOTOS: DIVULGAÇÃO

dão; elasticidade e conforto próximo de 25%; e toque mais leve e menos rígido. O produto tem ainda um pouco mais de peso, a fim de evitar “marcar” o corpo do homem. “O mercado masculino costuma ser mais fiel às características do produto, mas o conforto tem sido um dos principais critérios de escolha”, diz Lilian Yumiki Kurosaki, gerente de Marketing Jeanswear da empresa. A Covolan Têxtil amplia a linha de tecido rígidos (sem elastano), que sempre voltam com força no verão pelas opções de criações em shorts e bermudas. Os lançamentos são Valverde, Córdoba, além do tecido com construção maquinetada Tijuana, e do Chambray, leve e com caimento para camisas, vestidos e peças mais leves em geral, e para moda infantil.

vimento de Produto / Marketing. Denominada ‘Ease’, a linha remete à ideia de sossego, tranquilidade e bem-estar. Os tecidos são compostos de algodão (93%), poliéster (6%) e elastano (1%), têm 6,5oz e medem 1,45m largura. ”É um denim maquinetado em sua construção, com 31% de stretch”, explica Beatrice. Por suas características, confere aos produtos flexibilidade e conforto, seja para trabalhar, passear ou praticar esporte.


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A primeira edição da Femicc foi um sucesso. Não perca essa oportunidade de fazer parte deste evento que reunirá, novamente, os principais fabricantes dos segmentos de acabamento em couro, componentes para calçados e artefatos, embalados e solados.

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Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário no Estado do Ceará

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MUNDO TEXTIL DENIM VERÃO 15/16

Acabamentos variados Os tecidos resinados continuam em cena, com novidades nas tecelagens. Na Covolan, destaque para os produtos Resin, com resina transparente, e Gloss, resinado em preto mate. Na Cedro, os hits da linha TOP COATED, de resinados, são os tecidos raclados com pigmentos nas cores verde e azul em bases com stretch. Destaque para o contraste do denim e a cor da resina que permite efeito diferenciado na lavanderia. O tecido Belgrado tem um pigmento azul com camada branca por baixo, que dá um efeito “quebradura” do branco sobre o azul. Da mesma família, o produto Marselha vem

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com pigmento verde oliva. Outra novidade da linha é o Balance Power Oil, artigo com inspiração vintage com acabamento resinado que confere um visual que remete ao óleo bruto aplicado sobre o tecido.

Balance Power Oil, da Cedro, com acabamento resinado

As cores da estação Os tecidos continuam colorindo o Verão. A Tavex chega com a linha Cromolab. Baseada na cromoterapia, a nova coleção, com tecidos em sarja, foi organizada nas tonalidades pink e azul. Uma das características é o tom sobre tom, que possibilita trabalhar as dobras do tecido para explorar a influência e vibração do claro e do escuro. Para sair do lugar comum, explorar nuances e diferenciar as coleções, a Cedro destaca o WHITE COLOURS. Nesta aposta, o universo de cores, partindo do branco no círculo cromático, foi explorado para oferecer a possibilidade de novas tonalidades de branco para casar melhor sua coleção com acessórios e com peças complementares como malhas. A Canatiba traz os produtos Cetim penteado, Moto verão e Violeta cetim. O denim de construção com cetim é hiper stretch. A cartela de cores é vasta e iluminada e vai do branco ao violeta, passando pelo rosa, lilás, amarelo, azul, coral, vermelho, chiclete e verde-militar. O Violeta cetim chega na versão flúor estonado enquanto o denim Moto verão tem paleta de cores vasta (nude, salmão, violeta, azul e verde) e construção sarjada.

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A Cedro traz tingimentos em construções com flamê suave e tingimento exclusivo em azul intenso com brilho diferenciado (e que oferecem várias possibilidades na lavanderia), e também o azul acastanhado, que remete ao aspecto vintage e permite explorar na lavagem efeitos de uso e aspecto envelhecido.O tingimento azul extra dark, que proporciona um visual intenso da cor, permite explorar na lavanderia efeitos de graduação da tonalidade. Na linha YU RELAX, a Cedro apresenta o denim stretch com tingimento diferenciado, valorizado pelo uso da trama preta. A Paraguaçu Têxtil aposta suas fichas no cinza. “A tonalidade cinza é a tendência em denim no próximo ano, uma cor urbana e suave, que combina com o estilo ‘casual chique’, com tecidos mais sofisticados ou para usar no dia a dia de uma maneira mais despojada. Uma peça ‘coringa’, que combina com todo estilo de se vestir e não pode faltar no guarda-roupa”, diz a gerente Beatrice Veiga, de Desenvolvimento de Produto / Marketing. Os tecidos da linha Casual têm o mesmo tingimento, o que varia são as composições. Um deles é 100% algodão, tem 10oz de peso, 1,67 largura e construção 3x1 Z. O outro tem 98% algodão e 2% elastano, 9oz, 1,57 largura, construção 3x1 Z e 26% de stretch. O último tem 98% algodão e 2% elastano, 10oz, 1,56 largura, construção 3x1 Z e 40% de stretch.


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MUNDO TEXTIL NOTAS

LINHA ECO

A poliamida Amni Soul Eco® está presente nas malhas e tecidos da família CO2Control® da Santaconstancia. Como parceiros de longa data, a Santaconstancia teve a honra de ser a pioneira a transformar essa nova matéria prima em malhas e tecidos, mais sustentáveis para a moda brasileira. “Esse lançamento faz parte de uma grande evolução têxtil mundial que agrega um novo valor de sustentabilidade na cadeia produtiva da indústria da moda, que a Santaconstancia se orgulha de fazer parte”, declara Gabriella Pascolato

Tecnologia reconhecida

O Amni®Soul Eco, fio inteligente biodegradável criado no Brasil pela Rhodia, venceu o Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia da Abiquim Associação Brasileira da Indústria Química. O Amni® Soul Eco é um fio têxtil de poliamida 6.6, que teve sua formulação aprimorada para possibilitar que roupas feitas a partir dele se decomponham em menos de três anos após serem descartadas em aterro sanitário. A fibra de poliamida, em média, demora décadas para se decompor. Lançado comercialmente em meados deste ano, o fio é 100% reciclável e reutilizável. Além disso, mantém os diversos benefícios da poliamida, como toque macio, extremo conforto, transpirabilidade, absorção de umidade, easy-care, fácil lavagem e inúmeras cores para a indústria produzir as mais variadas peças. O produto também tem a certificação internacional Oeko-tex (standard 100 classe1), que atesta a sua segurança de uso para a confecção de roupas para adultos, crianças e bebês.

LASER NO JEANS SANCRIS PREMIADA

A brusquense Sancris Linhas & Fios Ltda desponta no ranking das 500 maiores empresas do sul do país e tem reconhecimento nacional na área de saúde e segurança do trabalho. Em novembro, foi escolhida pelos Comendadores em Segurança e Saúde no Trabalho como a melhor empresa na área de segurança e saúde no trabalho no setor da “Indústria Têxtil”, em evento promovido pela Animaseg – Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho. “Desenvolvemos, ao longo desses 27 anos, a cultura de prevenção que atende os requisitos legais da legislação brasileira, mas acima de tudo faz com que a saúde e a integridade física dos trabalhadores seja preservada”, ressaltou Ademar Sapelli, diretor presidente da empresa.

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A Automatisa, empresa catarinense pioneira no desenvolvimento de soluções e máquinas de corte e gravação a laser, desenvolveu a Mira 3E, que é capaz de gravar e texturizar o jeans dependendo apenas da imagem feita no computador, em potências variadas de laser, de acordo com a demanda de peças que o cliente precisa beneficiar, de 150 a 530W. Segundo a empresa, a Mira E3 é uma estação de gravação que porta todos os periféricos integrados, tais como PCs, manômetros, painéis de comando, ocupando menos espaço na fábrica e facilitando a operação. A mesa de trabalho do equipamento se mantém sempre na altura correta para o operador e o cabeçote sobe e desce de maneira motorizada, focalizando o laser. Além disso, atende a norma NR12, obrigatória nos equipamentos nacionais.


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