Notícias de Alverca

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LOCAL. O novo presidente interino e futuro presidente da Direcção da ADINE, Vítor Silva, quer dar continuidade a esta associação de empresários de Alverca através de uma parceria com a AERLIS

Manuela Vidal foi uma das burladas

ADINE depende da AERLIS para sobreviver

Idosos enganados por burlões do multibanco

B

urlões de multibanco andam a enganar pessoas idosas. Segundo uma responsável de uma conhecida instituição bancária de Alverca, “normalmente os idosos são abordados na rua por pessoas que se fazem passar por trabalhadores do banco onde são clientes, que lhes dizem que o código secreto dos cartões multibanco vai passar a ter cinco dígitos; o idoso acaba por acreditar no burlão e nesse entretanto já lhe está a passar o seu cartão para as mãos e a dizer a chave secreta; rapidamente, o burlão (que traz consigo vários cartões idênticos àquele) troca o cartão da pessoa por outro cartão sem que esta se aperceba e fica na posse do cartão e do código secreto da pessoa que foi enganada”. De seguida, o burlão levanta a maior quantidade de dinheiro possível da conta dessa pessoa que só mais tarde se apercebe do que aconteceu. Noutros casos, a burla é ainda mais camuflada e a pessoa nem percebe quando é que foi enganada. Foi o que aconteceu com Manuela Vidal. “Possivelmente trocaram-me o cartão durante uma compra que fiz no supermercado. Só me apercebi quando fui fazer compras ao Modelo e no final quis pagar com o cartão multibanco (Visa Electron), mas este não funcionava; acabei por pagar com outro cartão que tinha e de seguida fui à máquina multibanco para tentar perceber o que é que se passava com o cartão e confirmar o saldo da conta, nisto a máquina reteve o cartão e informou que me deveria dirigir ao meu banco. Foi o que fiz e lá disseram-me que não só não tinha saldo na conta como ainda tinha um crédito de 150 euros para pagar.” O montante gasto ultrapassou os 1.000 euros (1.262 euros) e a burla foi detectada no dia 9 de Julho, três dias após Manuela Vidal ter feito o último levantamento de dinheiro. Nesse espaço de tempo alguém utilizou o cartão para levantar dinheiro, para fazer uma compra em perfumes no valor de aproximadamente 500 euros (numa perfumaria situada na margem sul do Tejo) e ainda para pedir 150 euros “emprestados” ao banco. “Espanta-me que o banco tivesse concedido esse crédito quando a conta já não tinha liquidez. De qualquer forma alguém me trocou o cartão sem que me tivesse apercebido e sabia também o código secreto.” Mário Caritas

Mário Caritas

A

final a ADINE – Associação de Dinamização Empresarial tem pernas para andar. Após José Pico se ter auto-suspendido do cargo de presidente da Direcção, o empresário Vítor Silva conseguiu juntar um núcleo duro de associados que estão dispostos a não deixar morrer a associação. No imediato o objectivo passa por criar condições para assegurar a sustentabilidade da ADINE e o futuro presidente da Direcção (as eleições são em 2011) tem ideias para aumentar a sua “massa crítica”. Sedeada no Fórum Chasa, em Alverca, esta associação de empresários esteve recentemente prestes a fechar as portas, face ao desinteresse crescente evidenciado pelos seus membros. Na última assembleia-geral, realizada em Abril, apenas nove dos 47 associados da ADINE marcaram presença; e desses havia quem dissesse abertamente não acreditar na sua viabilidade, entre eles os sóciosfundadores José Sabino Lopes e Elvira Vieira que alegaram a falta de motivação da maioria dos empresários, aliada à precariedade do edifício onde estão sedeados cujo auditório foi dizimado pelas intempéries do último Inverno – e por isso a necessitar de obras de fundo dispendiosas. Mas nem todos pensaram assim e um empresário de Alhandra, Vítor Silva, mostrou-se disponível para encontrar, em conjunto com

outros sócios, novas linhas orientadoras. Foi o que aconteceu e já existe um plano de acção. “Em primeiro lugar, queremos fazer o levantamento das empresas existentes no concelho. A promoção do emprego depende do aparecimento e crescimento das empresas, logo cabe-nos criar condições para estimular os negócios. Naturalmente que vivemos tempos difíceis, o clima económico é negativo, o risco de novos investimentos é muito grande e o poder de compra muito reduzido; mas se não melhorarmos alguns factores de instalação e de criação de empresas, ainda mais difícil se torna sair desta fase difícil”, refere o empresário.

“Pelo menos não digam que não tentámos”

A médio prazo, o futuro passa concretamente por criar uma parceria com a AERLIS – Associação Empresarial da Região de Lisboa, já que “a ADINE não tem neste momento massa crítica para dar formação e para desenvolver algumas iniciativas importantes, entre estas a realização de workshop’s e a formação de empresários em áreas específicas. Logo será positiva a ligação a uma entidade com grande visibilidade na região”. Quanto às necessárias obras de recuperação do Fórum Chasa, estas deverão avançar em breve. “A câmara municipal prometeu-nos que iria arrancar com as obras de reabilitação do edifício no fim de Setembro, não digo na totalidade mas pelo menos aquelas que for possível realizar. Penso que o investimento será na ordem dos 50.000 euros. Sabemos que a câmara está a atravessar uma fase

difícil, mas estou certo que procurará fazer tudo o que estiver ao seu alcance. As intervenções mais urgentes têm a ver com a parte de esgotos e a parte das infiltrações devido aos lagos artificiais existentes no cimo do edifício. Ou seja, a prioridade será procurar minimizar os efeitos das inundações.” O facto de não terem dívidas poderá ajudar a acertar o passo. No fundo, todas as medidas servem para dar a volta à situação. “Vamos tentar. Se não fizermos nada é que as pessoas então irão dizer: afinal eles estão mesmo parados. Se fizermos pelo menos podemos ter a consciência tranquila de que tentámos tudo. No imediato a nossa intenção é tentar sobreviver através de uma parceria com a AERLIS, para melhorar a nossa massa crítica, já que sem um mínimo de 80/100 associados não é possível trabalhar.”

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06 | Notícias de Alverca

Setembro 2010


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