Jornal Músico Empreendedor - nº 1 - Ano 1

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Ano 1- n. 1 - 2014 - Editora: Claudia Souza - MTB 50644/SP - www.musicoempreendedor.com

Novos Rumos para o Músico Trabalhador Brasileiro

Mercado da Música Gospel e Instrumentos Musicais

Por que as TV’s Web estão em alta? Audiência reforça TV Cinec na Net

Luciano Pires e suas impressões sobre a boa música

MOCINHO ou VILÃO? Em qual parte da história Wilson Sandoli teria deixado de ser o defensor dos músicos?

Sustentabilidade X Empreendedorismo Musical


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Claudia Souza Editora Olá amigos, esse é o número um de uma porção infinita de informativos que pretendo lançar para os músicos daqui por diante. O MÚSICO EMPREENDEDOR surgiu em 2011 como um blog de informações para músicos em geral. Em 2013 aconteceu a parceria com o talentoso e querido amigo Maestro Eduardo Roz e abrimos um espaço de divulgação para um programa semanal que é gravado e transmitido pela TV Web Cinec todas as quintas feiras. Logo em seguida, resolvi adicionar um canal de Rádio web para divulgar os artistas que passam pelo nosso programa, nossos parceiros, anunciantes e agora em 2014 nasceu o Informativo Músico Empreendedor. Juntos vamos informar, denunciar, provocar e discutir assuntos, com espaço para as informações sobre produtos, serviços e gente que faz a diferença na vida de todos os MÚSICOS. “Creio que a MÚSICA é uma linguagem estelar e o MÚSICO, um mensageiro universal ” Espero que gostem, apoiem, divulguem e participem! Boa Leitura.

Em 13/02 a MR1 convidou o Músico Empreendedor para cobertura do evento “Panorama do Setor Evangélico em 2013” e os detalhes poderão ser conferidos no nosso site com destaque no artigo do Maestro Eduardo Roz na página 10

O jornalista Elton Frans está de Cd novo com Rock do bom e procura patrocinadores para mais uma edição do seu livro Raul Seixas. Ele conviveu com o artista por um período e faz grandes revelações em sua obra literária. www.eltonfrans.com

Victor Sbracci (VRS Produções) e Eduardo Roz (FLM) estão preparando um documentário sobre a “vida de músico” e colhendo depoimentos de diversos profissionais da música e seus relacionamentos, com lançamento previsto para até 2015. A dupla pretende lançar em película independente o depoimento com visões variadas de músicos de todos os estilos musicais.

Em fevereiro foi lançada a edição 14 da “Revista Músico!”, veiculo informativo da Ordem dos Músicos do Brasil. Na capa, Sérgio Reis, comemorando 50 anos de carreira. Parabéns ao editor Ribas Martins por mais esse belo trabalho. Os músicos que quiserem receber a revista gratuitamente, podem retirar na sede da Ordem dos Músicos em São Paulo. A versão eletrônica também está disponíO compositor “Praense” está feliz vel no site: www.tribunadomusico. da vida comemorando os valores com.br justos que tem recebido de direitos autorais após filiar-se ao SINDCIESP— Sindicato dos Compositores e Intérpretes do Estado de São Paulo. Segundo o autor, após a interferência do Sindicato, os valores foram substancialmente atualizados. Na foto: Praense e Carlos Mendes (Presidente do SINDCIESP)

O produtor musical Sérgio Augusto está lançando o Guia Brasileiro de Festivais de Música 2014 recheado de informações e oportunidades. O portal “Festivais do Brasil” oferece calendários e dicas para quem quiser inscrever suas músicas. Mais informações: www.festivaisdobrasil.com.br

Parabéns ao Claudionor Costa, presidente do SINAPREM—Sindicato dos Empresários e Produtores Artísticos, pela sua nova Revista. Muito Sucesso! Mais informações: www.sinaprem.blogspot.com Expediente: INFORMATIVO MÚSICO EMPREENDEDOR www.musicoempreendedor.com www.facebook.com/musicoempreendedor Ano 1—nº 1—2014 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editor Responsável: CLAUDIA SOUZA—MTB 50644/SP Realização: FADA CELESTE PRODUÇÕES www.fadaceleste.com.br Correspondência: R. Mario Capuano, 82—bl9/43 CEP 08225-271 SP Tel: 11 4371-9831 / 99803-3384


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Novos rumos para o Músico Trabalhador Brasileiro

A profissão de músico nunca foi tão discutida e avaliada como ultimamente. Após a retomada da Ordem dos Músicos do Brasil em São Paulo, vários “delegados” foram desempossados. Arbitrariedades cometidas e muitas irregularidades e fraudes descobertas e levadas à juízo, afastaram mais do que merecidamente, o Dr. Wilson Sandoli (ex-presidente da OMB/CRESP e do SINDMUSSP) do poder. Nos últimos anos, a OMB/CRESP demonstra empenho em recuperar o tempo perdido, quebrando paredes, rompendo antigas alianças e estabelecendo novos caminhos rumo à valorização do exercício da profissão. Além dos trabalhos realizados pela autarquia federal que regulamenta a profissão do MÚSICO TRABALHADOR, barreiras também estão sendo derrubadas pela NOVA DIRETORIA do Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo – SINDMUSSP. Em São Paulo, os tempos são outros, quase tudo o que se faz é pu-

blicado na internet e pode ser questionado por músicos e internautas; o músico passou a ter aonde pedir informações e a integração anda de vento em popa, com homenagens, encontros, revitalização e humanização dos espaços nos quais estão sendo administrados cursos, workshops e reformas de estruturação, com criação de estúdios, consultórios para atendimento à saúde, orientação profissional, entre outros. Os atuais presidentes em São Paulo, Professor Roberto Bueno (OMB/CRESP) e Gerson Tajes (SINDMUSSP) têm trabalhado em equipe para estruturar o atendimento aos músicos. Recentemente participaram do afastamento do Ex-Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho Federal, João Batista Vianna, que atualmente ocupa a cadeira de Presidente do Conselho Regional da OMB no Rio de Janeiro. A ex-presidente da OMB/Conselho Regional do Rio de Janeiro, Célia

Silva, foi eleita Presidente do Conselho Federal e tratou de tomar as primeiras iniciativas para mudanças radicais no setor. Não se sabe por quanto tempo ela permanecerá ocupando o cargo interino. A parceria firmada entre as duas diretorias em busca da moralização da Ordem dos Músicos do Brasil, pode ou não durar, dependendo dos interesses que norteiam as suas ações políticas. Ao que parece, Gerson Tajes está disposto à apoiar a Ordem dos Músicos, enquanto tiver consciência de que a substituição dos “membros” inadequados será realizada. O que se pode perceber é que todos os problemas que ocorrem dentro da Ordem dos Músicos do Brasil em âmbito nacional, despencam na mesa do Presidente do Conselho Regional do Estado de São Paulo, Professor Roberto Bueno, que além de administrar São Paulo, se desloca aos outros estados em busca de soluções. O fato é que a OMB ainda tem muito o que melhorar. Nessa era digital, aonde até as tribos indígenas navegam na internet; com exceção das grandes cidades, em alguns estados, seus sites estão em maioria, desatualizados, não se sabe o nome dos membros das diretorias, telefones errados, as informações estão todas defasadas, o que aumenta ainda mais o descrédito em sua missão. Algo tem que ser feito em tempo recorde para que se resgate a confiança dos músicos em seu órgão regulamentador. Os recém chegados que quiserem a aprovação da categoria, terão que se desdobrar para cobrir o déficit proporcionado por um passado inerte e corrupto.

Por: Claudia Souza

Célia Silva, cantora, é a nova Presidente Interina da Ordem dos Músicos do Brasil—Conselho Federal. Ocupava o cargo de Presidente do Conselho Regional - RJ

Professor Roberto Bueno, músico, assumiu a Presidência do Conselho Regional do Estado de São Paulo e tem sido reconhecido e homenageado por diversos Órgãos por serviços prestados em prol do Músico Trabalhador.

Gerson Tajes, músico e sindicalista, assumiu o Sindicato dos Músicos—SINDMUSSP, afastando de vez o antigo Presidente. Está promovendo reformas, ampliando os canais de informação e declarou que doravante pretende lutar pela moralização dos direitos dos músicos.


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Vários nomes que intencionaram trabalhar em prol de músicos, intérpretes e compositores emergiram das lutas do passado e hoje lideram seus grupos independentes em São Paulo:

Em 18/06/2013 foi uma data histórica. Músicos faziam manifestação em frente ao prédio do Sindicato em apoio ao afastamento de Wilson Sandoli. Foto: Revista Músico!

Em 2012 Gerson Tages e Marinho TP subiam ao palco para homenagens no Dia dos Músicos Foto: UGT

SINDCIESP – Sindicato dos Compositores e Intérpretes do Estado de São Paulo, que tem como Presidente o cantor e compositor Carlos Mendes que atuou diversas vezes junto com Gerson Tages e Marinho TP nas manifestações em prol dos músicos. SIMPRATEC – Sindicato dos Músicos Profissionais Práticos, Músicos Profissionais Técnicos, Intérpretes, Autores e Titulares de Direitos Autorais (cujo pedido de registro sindical foi arquivado pelo Secretário das Relações do Trabalho e publicado no Diário Oficial em 27/09/2013 – pág. 188), representado por Mario Henrique de Oliveira, músico e ex-funcionário da OMB/CRESP, motivado pela defesa ao direito de aposentadoria do músico trabalhador. Ordem dos Músicos—CRESP www.ombsp.org.br Av. Ipiranga, 318-Bl A—6º—SP—Tel.: 11 3237-0777 Sindmussp www.sindmussp.com.br Av. Ipiranga, 318—Bloco A—7º—SP—Tel.: 3214-6503 Sindciesp R. Sete de Abril, 154—Cj. Comercial 3—cj 270—2º—SP Tel.: 3486-6138/97373-0680/96422-9160

Em 13/09/2011 a Ordem dos Músicos e representantes defendiam na Assembleia Legislativa os seus direitos trabalhistas através da Nota Contratual.


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MOCINHO ou VILÃO?

Em qual parte da história Wilson Sandoli teria deixado de defender os músicos ? Quando se corrompeu e vitimou-se de sua ganância e má administração? Sempre agiu de má fé ou foi prejudicado pelas circunstâncias? Como saber a verdade? O enigmático “Presidente” evita falar com jornalistas e comparecer em eventos públicos.

o glamour das solenidades aproximavam os políticos e personalidades com os mais escusos interesses. Afinal, os artistas são formadores de opinião e quem é que não gosta de badalação e reconhecimento? Durante anos foi comum ver cartazes colados nos postes e muros da cidade com a “campanha” pedindo a legalização dos cassinos com música ao vivo no Brasil, campanha na qual Sandoli se apoiava para conseguir prestígio. “Wilson Sandoli, sempre reservado, evita receber jornalistas e comparecer em eventos públicos. Quando necessário, envia um de seus subordinados para representa-lo.” Assim disse uma funcionária. Depois que vieram à tona seus desacertos enquanto Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, Conselhos Federal, Regional do Estado de São Paulo e SINDMUSSP—Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo, o veterano ainda preside efetivamente a FEDTRA—FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE DIFUSÃO CULTURAL E ARTÍSTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, que funciona “curiosamente” no mesmo prédio das outras duas entidades. Como chegou na OMB? O idealizador da Ordem dos Músicos do Brasil foi o Maestro José de Lima Siqueira que fundou em 1960, no governo de Juscelino Kubitscheck a autarquia Federal que até hoje regulamenta a profissão de Músico. Naquela época, os músicos trabalhadores (que viviam do exercício da música) não eram reconhecidos como profissionais. Ao serem abordados pela polícia, sem carteira assinada, eram presos para averiguação e quando provavam que eram profissionais da noite, a Polícia Federal emitia uma carteirinha de identificação igual a das prostitutas da época. Isso fazia com

que se sentissem profissionais desvelados. Surge então a necessidade de uma organização em prol da regulamentação da profissão. Sendo assim o Maestro José Lima de Siqueira, ativista, junto com grandes nomes como Heitor Villa Lobos, Radamés Gnatalli, Francisco Mignone, entre outros, realizaram o grande desejo de fazer alguma coisa para melhorar a condição de trabalho do músico brasileiro. Mas, em época de ditadura militar, em que artistas de um modo geral eram perseguidos, diz-se que um rapaz, crooner de orquestra com disco gravado (fatos comprobatórios indisponíveis até o momento) delatou José de Lima Siqueira como se ele fosse “comunista” e assumiu a presidência interina da OMB, sendo eleito posteriormente. Seu nome: Wilson Sandoli. Ele precisava provar que era melhor que o seu antecessor. Reuniu os grandes nomes da época, desde então, comemorou o DIA DO MÚSICO (22 de novembro) com belas e pomposas festas. O advogado, bem relacionado, apoiado na “defesa” de uma categoria admirada pela opinião pública; ao contrário dos seus direitos respeitados como profissionais, obtinha a simpatia e aprovação de grandes aliados políticos. Nestes eventos reuniam-se os que hoje são ídolos e alguns que ainda estavam em início de carreira. Eram todos prestigiados, com honrarias, troféus e homenagens. A pompa e

Essa notoriedade transformou Wilson Sandoli em uma personalidade querida e respeitada, mas que hoje em dia divide opiniões. Alguns de seus ex-funcionários o defendem dizendo: O Dr. Wilson foi um pai pra mim... Em compensação, existem relatos de vários músicos dizendo se tratar de um homem autoritário e muitas vezes “rude” tratando-os com rispidez quando era questionado.

resultaram em inúmeros processos, a sua reputação ficou manchada. O glamour ficou para trás, a estagnação de 40 anos das Entidades, agora em defluência com os novos dirigentes, empenha-se em alinhar as engrenagens para fazer com que a “máquina” volte a funcionar, mesmo com obstáculo de uma tremenda redução orçamentária, de milhões de reais nos cofres. Às vezes o Desembargador aposentado é visto embarcando no seu carrão preto com um motorista “meio segurança” que lhe serve de escolta. Só fala com quem o interessa e não atende a imprensa.

“Como quem cala, consente”, podemos até inocentemente “presumir” que o outrora cavalheiro tenha sido vítima de sua própria ganância e hoje envergonha-se da desmoralização, tendo que conviver com as frustrações de seus deQuatro décadas depois, após sus- vaneios de poder, nos longos anos peitas, acusações de improbidade em que sonhou ser “O DONO” administrativa, compras realizadas DO MÚSICO TRABALHADOR. sem licitação, venda irregular de patrimônios da OMB, utilização de Agora, o sonho acabou. recursos em benefício próprio que

Prédio antigo da Ordem dos Músicos no Largo Paissandu —Centro de São Paulo. As pessoas da foto, em maioria, eram músicos, compositores e artistas circenses, que transformavam o local em ponto de encontro.

Hebe Camargo, Chico Buarque, Nelson Ned, Silvio Santos, e quase todas as personalidades artísticas e políticas foram homenageadas em 1969 com o “Troféu Ordem dos Músicos”




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Audiência reforça TV Cinec na Web

Considerada uma das melhores da cidade de São Paulo, a TV Cinec vem despontando em audiência em relação às demais, caindo no gosto dos seus apresentadores e visitantes. O diferencial, além da estrutura, se dá pelo fato de todos os integrantes da enxuta equipe familiar que opera técnica, iluminação, áudio e vídeo, possuírem larga experiência de mercado. Depois da democratização da internet e banalização dos canais abertos, com programas apelativos e de cultura inútil, surgiu um novo público, “o internauta” que busca conhecimento e diversão na telinha do computador, buscando suas afinidades. Artistas e comunicadores que não encontram oportunidade na mídia convencional, tornam-se produtores independentes e formam o seu próprio público através da TV na internet, divulgando músicos e assuntos de todos os tipos. A realidade é vista nua e crua nos programas web, com pessoas autênticas, verdadeiras, longe da fantasia que a TV convencional vende. Os patrocinadores estão migrando para escolher os comunicadores que realmente atendem às suas necessidades e entregam a divulgação para o verdadeiro consumidor, que por simpatizar com aquele tipo de programação, dá mais atenção à mensagem, em sua maioria testemunhal. A Tv Web é um universo aonde vê-se de tudo, das mais sofisticadas até as mais simples manifestações da arte e da cultura popular. E assim, pela qualidade técnica com que a TV Cinec leva a imagem até o internauta e cuidado com o qual trata qualquer tipo de programa que compra o seu espaço, sem diferenciação, é que está entre as primeiras. Rodolfo Estevam (foto), seu fundador, iniciou o projeto em 2005, registrado pela Ancine como TVWeb Oficial e hoje, depois de quase uma década, possui em sua grade mais de 40 programas. O player está disponível em mais de 64 repetidoras, com autorização de acesso em 198 países. Este ano, comemora 10 anos de existência com a inauguração de uma filial na cidade de Registro, com um amplo estúdio e atuará em parceria com as autoridades da região. Mais informações: Rua das Casuarinas, 30— Jabaquara—SP—Tel.: 11 3562-9539

Sustentabilidade X Empreendedorismo Musical

Há muito tempo que ouvimos falar em sustentabilidade e a necessidade de se aplicar seus conceitos para salvar o planeta. Muitas civilizações sucumbiram por não saber lidar com o meio ambiente e os recursos naturais de suas regiões. No Brasil, o assunto é discutido há mais de quarenta anos, mas somente depois dos anos 80 é que ficou comprovado o buraco na camada de ozônio, alterações climáticas desastrosas, perda da biodiversidade das florestas, acidificação dos oceanos, morte de peixes em massa, etc. É preciso fazer alguma coisa, conscientizar a população e os empresários sobre a preocupação com a sustentabilidade cotidiana. E nesse momento então, o artista pode usar da sua criatividade para uma finalidade positiva e como formador de opinião, levar a sua mensagem para quem quiser ouvir. Assim estão agindo vários deles, transformando um assunto relevante em negócio sustentável. Recentemente o cantor Lenine divulgou para a imprensa o seu projeto “Encontros socioambientais com Lenine” aonde percorrerá 5 regiões do país e mostrará seus encontros com as comunidades, gestores e técnicos, mesclados com a sua música.

O cantor Marcos Fernandes também resolveu produzir um Cd com 11 músicas autorais, todas elas, falando sobre o tema. O importante para o músico é estudar sobre o assunto e planejar ações que possam ter valor agregado em seus trabalhos, pensando como um produto e agindo como uma empresa. Nesse caso, o planejamento é fundamental. Colocar na ponta do lápis o que se vai gastar e como transformar o seu produto em negócio é o mais importante antes de começar a agir. No caso de Marcos Fernandes, ele pensou em tudo. A capa do Cd é feito de material reciclado, o público que pretende atingir é estudante e a venda já está disponível na internet em um canal do “Mercado Livre”. Além disso, ele possui um site www.marcosfernandes.com.br e um blog tributoanatureza. blogspot.com com textos e vídeos sobre o tema. Lenine, tem patrocinadores de peso como a Petrobrás e a sua turnê já está praticamente paga, conheça o site www.lenine.com.br . Empreendedorismo é assim, você enxerga possibilidades de lucros aonde todos pensam que só existe prejuízo. Pense nisso!


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Mercado da Música Gospel e de Instrumentos Musicais da América Latina, imbatível no seu segmento. Esse mercado da música absorve principalmente a venda, editoração e lançamentos de livros e song book´s, além de eventos de exposição e divulgação ampla de livros e editoras, como é o caso da FLIC (Feira Literária Internacional Cristã), co-organizadora deste evento. Acredita-se que o mercado da música seja incalculável, presume-se que a falta de referências concretas envolvendo músicos, ultrapasse economicamente no todo, o volume de arrecadação de dinheiro do petróleo, haja vista que muitos músicos e intermediadores da arte trabalhem de maneira informal, e música é produto mundial. Os comerciais de carro, gasolina e petróleo, utilizam a música como pano de fundo.

Segundo levantamento feito pela Ordem dos Músicos do Brasil, nos últimos 10 anos, a atividade em torno da música à nível mundial, é a segunda maior fonte de renda do mundo. Perde apenas para o petróleo. Ganha inclusive do tráfico de drogas e armas JUNTOS. Em torno da música, gera-se um comércio gigante: Educação, comunicação, criação de mídias de comunicação, fabricação, venda e reforma de Instrumentos Musicais e acessórios, shows, arrecadação de direitos autorais de execução pública e privada, direito de imagem em revistas, jornais, tevês, ensino musical, enfim, é um universo infinito que absorve profissionais de todas as áreas e movimenta Bilhões de Dólares. Engana-se quem pensa que no Brasil, música não movimenta o capital! Ela é responsável por grande parte do mercado de trabalho ativo nacional. Emprega advogados, médicos, engenheiros, professores, dentistas, marceneiros, profissionais da limpeza, movimenta o comércio, turismo, incentiva o consumo de bens e serviços através de jingles comerciais ou letras de músicas, emprega esportistas que trabalham com o patrocínio de fabricantes de instrumentos musicais, marcas de equipamentos de áudio, promotores de eventos, produtores fonográficos e artísticos, mercado de marketing e comunicação, exemplo disso é a própria atuação do Grupo MR1 Comunicação e Marketing e o Salão internacional Gospel, organizados e presididos pelos especialistas Marcelo Rebello e Luciana Mazza, referência em feira Cristã

De acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), em 2012 o mercado musical mundial cresceu 0,3%. O número é insignificante mas esta é uma boa notícia, porque este foi o primeiro resultado positivo desde 1999. Dois fatores podem ser apontados como responsáveis por esta mudança: o aumento expressivo das vendas digitais e o crescimento de mercados emergentes, como Índia e Brasil. Os números da Associação Brasileira dos Produtores de Disco (ABPD) confirmam esta expansão. Em 2012 o mercado brasileiro cresceu 5,13% mas o melhor é que em 2011, enquanto o mercado mundial ainda estava no negativo, as vendas por aqui já haviam crescido 8,4%. No acumulado, o mercado fonográfico brasileiro cresceu 13,96% nos últimos dois anos, este sim um número bastante expressivo. O crescimento do mercado interno despertou a atenção da indústria do entretenimento e não é à toa que Paul McCartney tornou-se local e vários blockbusters tem agora lançamento por aqui com direito as estrelas de Hollywood. É preciso que o meio cultural brasileiro fique atento as oportunidades que o momento oferece. Numa conjuntura dessas, é preciso apostar nos países que, apesar da crise, fortaleceram as economias na última década. O Brasil parece uma opção óbvia, mesmo para artistas com escalação garantida em festivais internacionais importantes. Caso da Orquestra Contemporânea de Olinda, ao lado do outro grupo pernambucano Bongar, os únicos representantes nacionais no WOMEX, realizado em outubro de 2013 no País de Gales. Recentes pesqui-

sas revelam: o mercado gospel é um dos mais rentáveis no país quando se fala em música. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) revelam que a música gospel está presente entre os 20 CDs mais vendidos no Brasil. A MK Music apresentou dados de que o segmento gospel fatura em torno de um bilhão de reais ao mês.

Por: Maestro Eduardo Roz que este percentual cresça em torno de 22 % ao ano. Na mesma linha, a fabricante de instrumentos de percussão, Odery Drums, estima em 50% a participação desse público em seu faturamento. Já a importadora Pride Music e a fabricante de pedais de efeito Fuhrmann apontam um índice menor, mas ainda assim alto, 30% de participação do consumidor evangélico nesse mercado.

Tais números tem atraído diversos empresários dispostos a investir no setor e recebido destaque também na política brasileira. A hora é agora, os profissionais de vários setores que aproveitarem este ano para EXPOR e VENDER os seus produtos, sejam eles, cds, livros, dvd´s, instrumentos musicais, com certeza sentirão o calor do momento num mercado que gira algo em torno de 2 milhões de empregos no país. A Associação Brasileira da Música, que reúne os principais fabricantes, importadores e distribuidores do segmento, estima que 40% desse mercado seja absorvido pelos evangélicos. Segundo a entidade, a cada dez consumidores de instrumentos musicais e acessórios, quatro são evangélicos. Em 2009, o segmento faturou R$ 555 milhões e em 2010, subiu para os R$ 610 milhões. Em 2013, calcula-se que o segmento faturou R$ 790 milhões. Um aumento significativo. Entre as empresas do setor que participam da Expomusic, Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios – a participação do segmento no consumo desses itens também cresce a cada ano. A Equipo, que distribui mais de 20 marcas em todo o País, tem 53% das suas vendas absorvidas por consumidores evangélicos e estima

Eduardo Roz é Maestro, escritor de 30 livros didáticos de música, compositor, cantor, apresentador do Programa Músico Empreendedor e Reitor da Faculdade Livre de Música “Maestro Eduardo Roz”. Vários de seus livros estão disponíveis para doação em PDF. Basta entrar em contato no e-mail: maestroeduardoroz@gmail.com www.faculdadelivredemusica.com.br Tel.:

11 2211-6232 2211-4307


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Chorei! Chorei!

Por: Luciano Pires

E mpre end e d or d o Mês !

outra vez com as interpretações. Se você quiser saber como foi, acesse http://bit. ly/Mth8ax e assista a partir dos oito minutos. Pois bem, alguns dias depois eu estava no Auditório Ibirapuera, o grande templo da música em São Paulo. A apresentação era “Cauby, violão e voz”. Exatamente, Cauby Peixoto, aos 81 anos de idade, acompanhado “apenas” pelo violão de Ronaldo Rayol. Coloquei o “apenas” entre aspas em respeito a Rayol, um artista espetacular. E Cauby mandou ver. Fugiu do roteiro, conversou com o público, demonstrou claramente a fragilidade física, cantou todo o tempo sentado e deixou clara sua satisfação com aquele momento. O Auditório Ibirapuera é hoje, ao lado da Sala São Paulo, um dos raros palcos que ampliam o talento dos artistas e Cauby, que nos últimos anos tem se apresentado em casas noturnas e restaurantes, soube reconhecer a grandeza do lugar. Ah, sim, o preço do ingresso foi 20 reais.

Chegando a São Paulo, ao retornar de palestra que realizei em Salvador, peguei meu carro e segui pela Marginal do Tietê em direção à minha casa. Era mais de meia noite, liguei o rádio na CBN e peguei o começo do programa do Jô. Aguardei para ver quem seriam os convidados e decidi ouvir o papo com o cantor Emílio Santiago, outra daquelas entrevistas burocráticas, sem grandes novidades. Mas quando fui entrar na garagem, Emílio começou a cantar o clássico Misty, de Errol Garner e Johnny Burke, e aquele som tomou conta de mim. Uma delicadeza, uma tranquilidade, um acompanhamento delicioso da banda, uma interpretação que não pode ser definida com outra palavra que não “bela”. Não consegui sair do carro. Em seguida Emílio engatou o bolero Solamente una Vez, do mexicano Augustín Lara... Meus olhos se encheram de lágrimas. E então ele completou com Eu e a Brisa, de Johnny Alf. Emocionante. Só no dia seguinte, ao acessar a entrevista pela internet é que vi em que condições Emílio cantou: sentado ao lado do Jô, sem grandes gestos, tranquilo. Que delícia o sorriso imenso após cada música cantada! Vê-lo foi um impacto tão grande quanto ouvi-lo. Assisti de novo e me emocionei

Cauby brindou a plateia com interpretações fantásticas. Lá pelas tantas, mandou uma Edith Piaf, e meus olhos marejaram. Depois veio Ave Maria no Morro, de Herivelto Martins, que Cauby cantou com Vânia Bastos. E as lágrimas começam a descer. Até que chegou a vez de Bastidores, de Chico Buarque. Aí não deu pra segurar, chorei a música toda, aos borbotões. Eu reagia a um artista mais que maduro, completo, no final da vida, que me presenteava com momentos únicos. Que sorte minha estar ali! Ao agradecer a reação da plateia, Cauby comentou sobre o violonista que o acompanhava: “Vejam que coisa espetacular esse violão. Para tocar assim, tem que saber tocar. E para cantar assim tem que saber cantar. E vocês sabem o que é saber cantar.” Vibrei com aquela imensa ironia, um misto de elogio ao público com provocação para reflexão. Cauby tocou no ponto: saber cantar. Sem necessidade de dancinhas, decibéis e macaquices, apenas cantar, abrindo caminho para o coração da gente. Emilio Santiago e Cauby Peixoto me conduziram pela verdadeira experiência da arte. Por isso chorei. E me orgulho disso. Muito obrigado. Luciano Pires é palestrante, escritor, jornalista e apresentador do Podcast Café Brasil. www.lucianopires.com.br

Da Praça da República à uma viagem de navio, Mônica Alves (no centro) não perde a chance de mostrar o seu talento.

O nosso “Empreendedor do Mês” é uma cantora. Mônica Alves possui uma bagagem cheia de coragem e dinamismo quando o assunto é atingir os seus objetivos. Ela iniciou carreira na adolescência e afastou-se da arte para cuidar da família. Depois de anos, resolveu produzir junto com Ribas Martins um Cd com Rock dos Anos 60 em ritmo de Bossa Nova. Com o Cd e site prontos, sentiu-se preparada para dar os primeiros passos em busca de divulgação. Como a “verba” é curta, usa a criatividade para se divulgar aonde quer que esteja. Ao invés de acomodar-se e esperar cair do céu, aproveitou as férias do marido Marcos, que é um grande parceiro, e juntos saíram com espírito de aventura. O primeiro passo foi ir até aonde o povo está em busca de aumentar a sua audiência. Com uma caixa amplificada, acomodaram-se na Praça da República em São Paulo, colocaram a música pra tocar, Mônica cantou e vendeu vários Cds. A aventura não terminou aí! Durante uma segunda lua de mel num navio, fizeram amizade com os músicos e divulgaram-se por lá também! Tudo registrado, fotografado e filmado por Marcos, que depois postou o sucesso dos autógrafos no Youtube. Ele tem futuro como empresário! Assim eles seguem dando um passo à cada dia, tentando, arriscando, aprendendo, empreendendo e formando um público cada vez maior. O sucesso começa assim: Um produto bom, degustação e a opinião pública se encarrega de divulgar você. Muitos cresceram assim...

Cada um inventa o seu jeito, o importante é planejar, ousar e agir. Que tal inventar o seu modo de ser feliz? Conheça Mônica Alves: www.monicaalvescantora.webnode.com



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