14 Mostra Internacional do Filme Etnografico

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reorganização recentemente (parte de uma reorganização universitária). Mas, agora, existem três pessoas na equipe de ensino acadêmico trabalhando em tempo integral, um cineasta bolsista que trabalha meio expediente, que lida com a parte mais exigente do treinamento, dois bolsistas pesquisadores (um financiado pela AHRC e o outro pela RCUK), um técnico que trabalha tempo integral e um estagiário financiado pela Higher Education Academy, que tem o papel de Coordenador de Recursos Cinematográficos. Isso envolve monitorar a biblioteca de empréstimo com mais de dois mil títulos e o desenvolvimento de um arquivo do material que o próprio Centro vem produzindo sobre a cidade de Manchester. Esse coordenador também está trabalhando numa coleção de “Obras-primas do Cinema Etnográfico” (Masterworks of Ethnographic Cinema), que estamos criando com o auxílio de um financiamento da Granada Foundation. No momento, essa é a única parte da Granada que continua apoiando o Centro. O financiamento que recebemos da Granada Television acabou há dois anos, mas durante muito tempo sua contribuição, apesar de muito valorizada,

EIDOS é uma nova unidade de pesquisa

havia sido ultrapassada, comparada a outros financiamentos dentro da universidade. Nós

dentro do Centro Granada. O termo original,

mantemos o nome porque tem se tornado uma importante parte de nossa própria “marca”.

em grego, combina as noções de “visão”

Ironicamente, agora que a companhia de televisão desmantelou completamente seu

e “ideia”, mas aqui ele é um acrônimo

departamento de documentário, somos a única entidade que mantém o nome Granada que

representando “Etnografia, Imagens, Documentos, Objetos, Sons, Sentidos”. A EIDOS guarda a coleção de filmes Masterworks (obras-primas) financiada pela Granada Foundation, que procura complementar com coleções de pesquisa de fotografia etnográfica e gravações de som. Todavia, mais importante do que esses recursos são os projetos de pesquisa apoiados pela EIDOS. Entre os projetos da equipe do Granada Centre está a criação

ainda está fazendo documentários. Mas nada disso teria sido possível se não fosse o Centro de Mídia da universidade. Temos recebido o apoio através de grandes líderes, o incontestável Bert Curtis, depois Eddie Poole, e agora Linda Turnbull, apoio esse que dura mais de 20 anos e tem sido imenso. O Centro Granada (GCVA) sempre forneceu suas próprias câmeras. Atualmente, ainda estamos usando a Sony PD170, apesar de que mudaremos para um modelo HD muito em breve. Mas nós sempre confiamos no Centro de Mídia para instalações de pós-produção, que,

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hoje, consistem de dez suítes off line equipadas com Avid Mídia Composer 3 e um sistema de shareware conectado a duas suítes de edição on line. O Centro também oferece cópias, transferência standards e instalações de autoria de DVD para os nossos alunos.

de um soundscape no local de patrimônio

A equipe do Centro oferece treinamento durante o ano e um “polimento” on line de projetos

mundial de Luang Prabang, no Camboja,

de pós-graduação. Isso permitiu aos nossos alunos atingir um nível impressionantemente

um filme sobre demarcação de terra de uma

alto de qualidade técnica e é indiscutivelmente uma das principais razões pelas quais nossos

comunidade negra no Nordeste do Brasil e

filmes têm sido aceitos em festivais pelo mundo afora. O Centro de Mídia também nos permitiu

um grande estudo do trabalho do cineasta

atingir um nível muito alto de produtividade. Durante um período de dois meses, entre agosto

francês Jean Rouch. Mas a EIDOS também

e setembro, doze documentários de trinta minutos emergem através de 15 dias off line, dois

recebe bolsistas que se autofinanciam para

a três dias on line e de um a dois dias para mixar o som. Isso não é qualquer coisa.

trabalhar com nossas instalações e aquelas do Centro de Mídia, contribuindo para uma “conversação” mais abrangente sobre o papel do filme e outras mídias sensoriais na Antropologia. Atualmente, bolsistas trabalham com temas tão diversos quanto a AIDS e a consciência da mortalidade

E, por último, mas sem dúvida não o menos importante, o Centro de Mídia nos forneceu um apoio de design gráfico para produzir pôsteres, mapas, capas de DVDs. Para celebrar nosso vigésimo aniversário, eles deram ao nosso logo de “olho” uma revitalização, fazendo-o brilhar. Algo bastante apropriado, porque me parece que vinte anos e todas as atividades feitas durante esses anos – mais de 250 alunos, talvez 800 projetos cinematográficos –, todos eles, sem dúvida, brilham.

na Uganda, igrejas carismáticas de cura

Paul Henley

em Botsuana, nascimentos no Noroeste

Professor de Antropologia Visual

da Inglaterra e a edição de práticas na cinematografia etnográfica.

paul.henley@manchester.ac.uk http://tinyurl.com/cjmggm


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