Como escrever para a Web

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COMO ESCREVER PARA A WEB

APÊNDICE

14,03% no comércio. Calculo que vamos fechar o ano com 16%; se corrigirmos a cifra pela inflação, o crescimento será da ordem de 20%. Nunca houve um aumento tão significativo. Se tirarmos o setor de veículos, que foi o grande ‘puxador’, o crescimento ficaria em 9,52%, que também é alto. Houve um crescimento impressionante de 88% nas vendas de móveis e equipamentos para escritórios com computadores. A venda de veículos cresceu 40% e a de alimentos em 7%, o dobro de 2005. Esta cifra emociona, porque se levarmos em conta que a classe alta faz regime, o crescimento é puro consumo das classes populares. Isso explicaría as grandes operações comerciais que se fez? Em parte; há dos fatores que são definitivos. Um: a preparação para a chegada de algum gigante, como o Wal - Mart, que está abrindo caminho, para citar um exemplo. O segundo é que a concorrência é muito feroz e exige que se trabalhe com economias de escala. Isso é o que estão fazendo com as fusões. Com o TLC, os consumidores receberão produtos muitíssimo mais baratos e, com a aparição dos hipermercados, eles ficaram altamente competitivos entre eles próprios; eles vinham se ‘canibalizando’ durante muitos anos; agora, se unem. O que causou o crescimento geral das vendas? Várias coisas: por um lado, uma alta demanda represada em bens duráveis e semiduráveis, como televisores, geladeiras, carros; por outro, a estabilidade no trabalho. E, em terceiro lugar, os mecanismos de financiamento. O comércio não está influenciado por dinheiro ‘esquentado’? Não. Circula dinheiro ‘esquentado’ em compras no comércio, isso não se pode negar; mas não há comerciantes representativos contaminados.

veículos cresceu 40% e a de alimentos em 7%, o dobro de 2005. Esta cifra emociona, porque se levarmos em conta que a classe alta faz regime, o crescimento é puro consumo das classes populares”. Yamid Amat: O que causou o crescimento geral das vendas? Várias coisas: por um lado, uma alta demanda represada em bens duráveis e semiduráveis, como televisores, geladeiras, carros; por outro, a estabilidade no trabalho. E, em terceiro lugar, os mecanismos de financiamento. O comércio não está influenciado por dinheiro ‘esquentado’? Não. Circula dinheiro ‘esquentado’ em compras no comércio, isso não se pode negar; mas não há comerciantes representativos contaminados. E o que houve no caso de Gino Pascalli? Era uma empresa limpa que um día comprou uma empresa suja que se chamava Made in Italy. Se você pega um barril de vinho bom e joga dentro dele uma garrafa de vinho ruim, o barril acaba virando uma porcaria; foi isso que houve. Qual é a origem do altíssimo aumento nas vendas de automóveis? Vários: a revalorização; os carros baixaram de preço; auxílios, como o caso do México com o G-3; as facilidades de pagamento e crédito. É a revalorização que ajuda mais o comércio? Muitíssimo, é uma grande oportunidade para importar, mas é flor de um dia; se vingar, serão perdidos postos de trabalho, porque há setores muito afetados: o floricultor, o bananeiro, confecções; o impacto é brutal sobre o setor exportador; no momento, desfrutamos o mel da revalorização, mas no médio prazo isso é altamente negativo.

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