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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2015 www.readmetro.com

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MP vai denunciar policial por morte de jovem no RJ

Violência. Haissa Motta, 22 anos, foi morta a tiros, no ano passado, após abordagem de policial militar, na Baixada Fluminense O Ministério Público vai denunciar o policial militar responsável pelo disparos que mataram Haíssa Vargas Motta, 22 anos, pelo crime de homicídio doloso. Durante uma abordagem em Nilópolis, na Baixada Fluminense (RJ), em agosto do ano passado, o PM Márcio José Watterlor disparou cerca de 10 tiros na direção do veículo em que estava a atendente de telemarketing, que foi atingida pelas costas. Um vídeo com imagens das câmeras do carro da PM foi divulgado no sábado, mostrando a perseguição que terminou na morte de Haíssa. Em um primeiro momento, os PMs Márcio José e Delviro Anderson Moreira Ferreira, ao perceberem a

aproximação do veículo onde Haíssa estava com quatro amigos, confundem com assaltantes e iniciam a perseguição. O fato de o motorista estar de boné é usado para justificar a ação ofensiva. Ironildo Motta, pai de Haíssa, criticou o despreparo dos PMs e a falta de assistência por parte do Governo do Estado. “Ninguém nos procurou, nem nos deram nenhuma assistência. Só queremos que a Justiça seja feita. Jogaram um pedaço de mim no buraco”, disse. De acordo com a PM, os dois foram afastados de suas funções e respondem a um IPM (Inquérito Policial Militar), que deve ser concluído até o fim desta semana. A dupla pode ser expulsa da

corporação. Segundo o especialista em segurança, Paulo Storani, que já foi capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), os policiais não seguiram os protocolos estabelecidos pela PM. “Primeiro ele teria que comunicar ao Centro de Operações da polícia a sua decisão de abordar, em que circunstância, qual era o veículo e a placa”, disse, em entrevista à Band. Ontem, o governador Luiz Fernando Pezão disse que o episódio é lamentável. “Vejo a dor do pai que perdeu sua filha por uma imperícia, por um erro desse policial. Eu me solidarizo, sei que é uma dor que a pessoa nunca mais esquece”, afirmou o governador. METRO RIO

Márcio José e Delviro Anderson participaram da ação | REPRODUÇÃO/INTERNET


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