Desenvolvimento Local na Sociedade em Rede

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Quadro 4.2.1. – Pólo de Indústrias Criativas da Universidade do Porto (PINC) * O PINC integra o UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que desenvolve também projectos noutras áreas, para além das indústrias criativas. Existem os Pólos Tecnológico, do Mar e de Biotecnologia. Encontra-se algum paralelismo na estrutura de funcionamento deste Pólo com os “fabrication laboratories”, ou FABLab’s, entendidos enquanto espaços que disponibilizam um conjunto de equipamentos e recursos (tecnológicos ou outros), colocados à disposição para o desenvolvimento de ideias inovadoras e potenciais novos ramos de negócio. O UPTEC foi fundado em 2007, dedicando-se especificamente a projectos na área tecnológica. O PINC foi o segundo pólo a ser criado, em 2010. O Parque de Ciência e Tecnologia é financiado pelo QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, estando actualmente em curso 30 projectos no PINC, de entre um total de 120 que integram todos os pólos. O UPTEC está nos 25 finalistas para atribuição dos prémios “Regiostars 2013!”, promovido pela Comissão Europeia. O objectivo destes prémios é a identificação de boas práticas de desenvolvimento regional, destacando projectos originais e inovadores. Tal como nos refere Fátima São Simão112, o PINC tem como estratégia a valorização do conhecimento no mercado. O fluxo das actividades é dinâmico: por um lado, a criação de condições favoráveis a “start up’s”, jovens projectos que contribuam para a valorização do conhecimento; por outro lado, atraindo outros projectos que se associem a grupos de investigação da universidade, integrado alunos e outros, encontrando interesses mútuos na partilha de recursos, tecnológicos e humanos. A este nível, refira-se por exemplo a parceria estabelecida com o Jornal “Público” e o desenvolvimento do seu projecto digital “P3”113. O PINC constitui-se em cluster e tem como principal mais-valia a partilha de recursos, serviços e, especialmente, conhecimento. O processo de incubação divide-se em várias fases. A entrada de novos projectos é informal e o critério de admissão passa sobretudo pelo carácter diferenciador da própria equipa e das ideias apresentadas. São valorizados projectos que se enquadrem nos objectivos da Universidade do Porto, mas em que haja também um manifesto interesse em interagir com outras empresas já incubadas. Passado o período de préincubação, em que não há lugar a qualquer pagamento pelo acesso aos recursos disponibilizados (instalações, meios tecnológicos e redes de informação) e durante o qual é avaliada a viabilidade dos projectos, as empresas incubadas, mediante o pagamento de um valor mensal, passam a desenvolver a sua actividade autonomamente mas usufruindo, para além das instalações, de toda uma rede de contactos, desde logo as Escolas que integram a Universidade mas também, por exemplo, workshops direccionados à sua actividade e a própria

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Gestora executiva do PINC.

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Para mais informações sobre o P3 e as parcerias estabelecidas, consultar as Fontes.

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