My Cooprofar Maio 2014

Page 1

Maio 2014

Portugueses consomem medicamentos a mais, diz ministro Portugueses são dos mais pesados da UE Dieta mediterrânica: a mais saudåvel do mundo



MY COOPROFAR Maio 2014

EDITORIAL 04 Análise de mercado

39 anos de… Experiência, Inovação e Proximidade!

06 Especial Saúde 11 Report

Celebramos este mês 39 anos de Experiência, Inovação e Proximidade. A 23 de maio

12 Entrevista

de 1975 escrevia-se o primeiro capítulo da história do Grupo Cooprofar-Medlog com a

14 Novos 14 Cosmética e Higiene Corporal

fundação da Cooprofar que tinha como objetivo abastecer as farmácias associadas.

16 Diagnóstico

Consagrada, desde sempre, como uma referência a Norte, o desenvolvimento

16 Dispositivos Médicos

sustentado da Cooprofar permitiu alcançar, em 2009, a cobertura nacional. Desde

18 Éticos

então, o Grupo abraça várias áreas de negócio que o consolidam como parceiro

22 Galénicos

global que desenvolve soluções de logística na área da saúde.

22 Higiene Bebé

A assinalar este trigésimo nono aniversário, ressaltamos a vasta experiência

22 Higiene Oral

adquirida desde o primeiro dia e o know-how acumulado. Renovamos ainda aquele

22 Homeopáticos

que consideramos ser o nosso ADN diferenciador: a Experiência no desenvolvimento

22 Interapothek 23 Med. Não Suj. a Rec. Médica

de competências orientadas para a criação de valor. As soluções são suportadas

25 Nut. e Prod. à Base de Plantas

pelo investimento em Inovação e a Proximidade assume-se como uma ferramenta

26 Nutrição Infantil

determinante e decisiva para o crescimento e sucesso do Grupo.

26 Parafarmácia

É com a mesma ambição e confiança nas nossas competências que renovamos

26 Químicos

a vontade de fazer Mais e Melhor junto de todos aqueles que, connosco, também

26 Veterinária

escrevem a nossa história: clientes, fornecedores e parceiros de negócio.

27 Breves

Celso Silva Diretor Geral

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4424-909 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Celso Silva

Design e Paginação: Creative Blue

Coordenação Editorial: Natércia Moreira

Distribuição: Gratuita

Produção Redactorial: Cooprofar Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Maio a 31 de Maio, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado. Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.


4,4% 1,5% 1,6%

Mercado Total

Setúbal

1,3%

Lisboa

0,9%

Portalegre

2,0%

Santarém

2

2,8%

Leiria

2,4% 2,7%

Castelo Branco

4

Crescimento Mercado Março 2014 vs. mês homólogo

Coimbra

6

Crescimento face ao período homólogo

Viseu

/Análise de Mercado Vila Real

MY COOPROFAR

-6

5% Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

-1,3% -3,8%

-3,0%

-1,7% -2,8%

Faro

-2,3%

Beja

-1,2%

Évora

-0,9%

Guarda

Porto

Aveiro

-1,8%

Bragança

-4

10%

Braga

-2

Viana do Castelo

% 0 -0,6%

Dez

-0,6

-5% -10%

-6,5 -10,6

-15%

Portugueses consomem medicamentos a mais, diz ministro

Gastos do SNS só baixaram 54 milhões em 2013

Em Portugal, são consumidos 20 milhões de medicamentos por mês. Os dados foram avançados por Paulo Macedo, ministro da Saúde. Entre os medicamentos mais consumidos estão os antibióticos e antidepressivos. Na opinião de Paulo “os portugueses estão a consumir medicamentos a mais.” No ano passado compraram mais sete milhões de embalagens do que no ano anterior, ano em que já se tinha verificado um aumento. Isto não é normal em termos de saúde pública”, justificou Paulo Macedo na Comissão Parlamentar da Saúde. O ministro lembrou ainda que o memorando assinado com a troika estabelecia que a despesa com medicamentos não devia ser superior a 1% do PIB. “Achamos que o valor é difícil de atingir. Mas o memorando foi assinado pelo PS”, sublinhou.

Despesas baixaram pela primeira vez nos hospitais. Apesar da redução, poupanças em relação a 2011 ficaram aquém da meta inicial estabelecida pelo Ministério da Saúde. A despesa global do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em medicamentos (hospitais e farmácias) ascendeu a 2136 milhões de euros em 2013. Este valor representa uma diminuição de apenas 53,9 milhões de euros em relação a 2012 e de 202,2 milhões face a 2011, de acordo com dados divulgados pelo Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento. Apesar de todas as medidas adotadas pelo ministro da Saúde, como a redução dos preços e a compra centralizada de medicamentos, entre outras, estes valores estão aquém dos definidos no protocolo celebrado entre o Ministério da Saúde e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) em Maio de 2012, o qual previa uma redução de 300 milhões de euros (170 milhões nos hospitais e 130 milhões nas farmácias). Em dois anos, as poupanças face a 2011 ficaram-se pelos 37,6 e 164,5 milhões, respectivamente. Para esta situação contribuiu o facto de o SNS ter passado a suportar, a partir de Abril de 2013, o pagamento das comparticipações dos medicamentos adquiridos pelos beneficiários da ADSE (subsistema de saúde dos funcionários públicos) e dos subsistemas de assistência na doença da GNR e da PSP. A redução anual registada em 2013 foi conseguida, sobretudo, com a descida dos encargos em meio hospitalar que, pela primeira vez, baixaram em relação ao ano anterior. Os gastos dos hospitais atingiram os 974,8 milhões de euros em 2013, o que significa um decréscimo de 42,7 milhões (-4,2%) face a 2012. É preciso recuar até ao ano de 2009 para obter uma despesa de nível semelhante (970,8). Ao nível do ambulatório (farmácias), os dados do Infarmed revelam que as despesas do SNS na comparticipação de medicamentos atingiram os 1161 milhões de euros no final do ano passado, o que representa uma diminuição de 11,1 milhões (-1%) em comparação a 2012. A redução dos encargos não foi mais acentuada pela razão atrás referida. O preço médio dos medicamentos vendidos nas farmácias foi de 10,22 euros em 2013, o montante mais baixo de sempre. Em 2011 foi de 12,42 euros.

04


MY COOPROFAR

/Análise de Mercado

Dívidas à indústria farmacêutica já estão a subir outra vez As dívidas hospitalares às empresas farmacêuticas já estão a subir outra vez. No final de Fevereiro, os hospitais já deviam, novamente, quase mil milhões de euros (993,7), o que representa um agravamento de 45,4 milhões (4,7%) em relação a Janeiro. Em termos homólogos, os dados mais recentes da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) indicam uma diminuição de 116,6 milhões (10,5%) relativamente a Fevereiro de 2013. Convém lembrar, porém, que no final do ano passado o Ministério da Saúde injetou quase dois mil milhões de euros nos hospitais para amortizar dívidas aos fornecedores. No final de setembro, antes da injeção de verbas, as dívidas hospitalares à indústria atingiam os 1266,3 milhões. Recorde-se também que o ministério já tinha procedido em 2012 a um reforço considerável das verbas nas unidades hospitalares para pagar dívidas, cujos valores atingiram em Junho desse ano o valor recorde de 1588,7 milhões e o prazo médio de pagamento os 557 dias. Em fevereiro deste ano, o prazo médio de pagamento ascendia a 484 dias, ainda longe dos 548 registados em outubro de 2013, mas já era um dia a mais do que em janeiro. Estes dados confirmam que, por mais medidas que se tomem na área do medicamento (baixas de preços e acordos com a Apifarma, entre outras) e por mais dinheiro que se injete nos hospitais, estes não conseguem resolver o problema do agravamento das dívidas aos laboratórios.

Exportações do setor da saúde aumentam 5,2% para máximo histórico em 2013 As exportações do sector da saúde atingiram em 2013 um máximo histórico de 1.034 milhões de euros, mais 5,2% em termos homólogos, segundo cálculos do Health Cluster Portugal (HCP). Os cálculos foram feitos com base em dados do Instituto Nacional de Estatística e de um gabinete de estudos económicos do ministério da Economia. Os 1.034 milhões de euros registados em 2013 comparam com os 983 milhões de euros alcançados no ano anterior e integram a exportação de produtos farmacêuticos de base, preparações farmacêuticas, equipamentos de radiação, eletromedicina e electroterapêutico e de instrumentos e material médico-cirúrgico. O comunicado do HCP diz que o valor atingido “posiciona o setor da saúde acima da média nacional de crescimento nas exportações de bens no mesmo período” e explica que não inclui as vendas de empresas portuguesas com sede no estrangeiro, nem as soluções de `e-health` e serviços, por ausência de detalhe de informação a este nível, segundo o documento. O valor das exportações da saúde tem vindo a aumentar desde 2008, tendo registado um crescimento de 65% em cinco anos, “um valor extraordinariamente positivo e que reflete o dinamismo e o potencial de Portugal como ator competitivo neste setor e, em concreto, em mercados internacionais específicos que reconhecem o `know-how` e `expertise` nacionais”, segundo diz o presidente da direção do HCP, Luís Portela.poupanças, como aconteceu com as vacinas da gripe, em que se poupou um milhão”.

05

Indústria do medicamento exporta mais de mil milhões O secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira que “a indústria do medicamento exportou no último ano mais de mil milhões de euros. Um resultado nunca visto”. O aumento da produção nacional é explicado em parte pela investigação existente nesta área, sustentou Ferreira Teixeira. Este esforço permitiu que Portugal esteja na linha da frente dos países produtores de medicamentos, acrescentou. O professor da Universidade de Lisboa disse que gostaria de ver resolvido muito rapidamente o problema de escassez de certos medicamentos nas farmácias. Para João Pinto, essa escassez resulta dos preços reduzidos no mercado que têm impacto na produção.

Prescrição eletrónica custou três milhões e prejudica doentes A nova aplicação informática PEM custou três milhões de euros ao Estado mas está a dar problemas. Utentes podem ser enganados no que pagam e despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresce. Há medicamentos que não aparecem na listagem ou simplesmente o sistema não devolve qualquer lista. Os médicos não conseguem fazer a prescrição ou acabam por receitar um medicamento da mesma família mas mais caro. As consultas, em vez de durarem 20 minutos, demoram o dobro. Além disso, há casos em que o clínico não consegue aceder ao registo do doente para saber o que já lhe foi receitado, e muitas vezes a PEM engana os doentes quanto ao valor a pagar.


MY COOPROFAR

/Especial Saúde

Portugueses são dos mais pesados da UE Nascer, em Portugal, continua a ter um significado diferente para homens e mulheres. Elas podem esperar viver até aos 82 anos. Eles até aos 76. Na última década a esperança média de vida aumentou quase três anos. E não foi o único indicador de saúde a melhorar. A mortalidade infantil diminuiu. A probabilidade de uma criança morrer antes de completar um ano passou de 5,4 para 3,6 por cada mil nascimentos. Um valor abaixo da média da União Europeia. Os problemas começam a aparecer na idade adulta: mais de 11 por cento (11,32) dos portugueses sofre de doenças crónicas. A hipertensão está no topo da lista, seguida da dor crónica, depressão, diabetes e asma. Tabaco, álcool e hábitos alimentares não ajudam. Quase 20 por cento dos portugueses fumam, apesar de o número ter diminuído. E mais de metade bebe álcool com regularidade. O pior é quando chega a altura de subir para a balança: o país está cada vez mais gordo - os portugueses já são dos mais pesados da União Europeia. Risco de morte cardiovascular atinge 62% dos portugueses Um total de 61,9% dos portugueses apresenta risco de morte cardiovascular alto ou muito alto, de acordo com um estudo efetuado em todo o país. O estudo - da Sociedade Portuguesa de Hipertensão em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e o laboratório farmacêutico Novartis - envolveu 469 médicos e 9198 participantes, teve como principal objetivo determinar qual a incidência da microalbuminúria em 9.198 participantes, 38,2% dos quais eram hipertensos, 29,8% eram hipertensos e diabéticos tipo 2, 7,3% eram diabéticos tipo 2 e os restantes 24,7% não eram hipertensos nem diabéticos. A investigação “comprova que, através de uma simples análise de urina, é possível obter informações fundamentais sobre o risco de doenças cardiovasculares e renal crónica”, revelaram os promotores do estudo. O estudo revelou que os doentes hipertensos e diabéticos tipo 2 são aqueles que apresentaram níveis mais elevados de microalbuminúria (58,4%), seguidos pela subpopulação de diabéticos tipo 2 (50,3%) e de doentes hipertensos (49%). Dos doentes hipertensos avaliados, 88,7% estavam a ser medicados mas, destes, apenas 35,5% estavam controlados, sendo que 38% estavam a tomar um único medicamento e 54,6% estavam a tomar apenas um medicamento mas deveriam estar a tomar dois. Quanto aos doentes diabéticos, aqueles a quem foi detetada mais albumina na urina, apenas 36,3% estavam controlados no que respeita à tensão arterial. De acordo com o trabalho, os indivíduos que não estavam controlados eram os mais obesos, com elevados níveis de colesterol e gordura no sangue e pior função do renal.

06

Os portugueses estão cada vez mais gordos e o excesso de peso reflecte-se no coração: as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. Atualmente, o risco de morte cardiovascular atinge 62% dos portugueses. Em maio, falamos da saúde do coração e de nutrição. Morte súbita faz 27 vítimas por dia em Portugal Em Portugal morrem 27 pessoas por dia vítimas de morte súbita, uma patologia ainda pouco conhecida da população mas que mata mais do que o cancro, o AVC e o VIH juntos, segundo dados da Associação Portuguesa de Arritmologia. Partindo de diversos estudos internacionais sobre morte súbita, foi feita a extrapolação para a população portuguesa, tendo-se concluído que esta patologia, do foro cardíaco, mata anualmente 10 mil portugueses, explicou João Primo, presidente da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Eletrofisiologia (APAPE). Os mesmos dados dão ainda conta de que 260 mil portugueses são hospitalizados anualmente devido a insuficiência cardíaca, o que representa uma média de 712 internamentos diários. Alguns dos casos de morte súbita ocorrem em indivíduos “aparentemente saudáveis”, diz João Primo, sublinhando tratar-se de um problema “subvalorizado”, mas cuja taxa de mortalidade é superior à do cancro da mama, cancro do pulmão, AVC (acidente vascular cerebral) e VIH (vírus da imunodeficiência humana) juntos.”A definição de morte súbita e que gera estatísticas é a morte súbita cardíaca e que geralmente ocorre dentro de uma hora relativamente ao início de sintomas, o que não quer dizer que não tivesse havido já sintomas anteriores”, disse o especialista. No entanto, a morte súbita também pode ser “perfeitamente assintomática” e ser a “primeira manifestação”, embora a maior parte seja antecedida de sintomas discretos e muitas vezes desvalorizados. A sintomatologia é variável e consiste em dor no peito quando se exerce alguma força, palpitações rápidas ou perda súbita de consciência que se recupera rapidamente, explicou. Relativamente às causas possíveis, estão o enfarte e a doença coronária, o colesterol elevado e a hipertensão. Mas também há casos em que o coração é normal e o distúrbio é elétrico. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), quatro em cada dez doentes com insuficiência cardíaca morrerão no espaço de um ano após o primeiro internamento e em 2020 ocorrerão na Europa nove milhões de mortes por ano devido a esta patologia.



MY COOPROFAR

/Especial Saúde

Exercício físico reduz risco de doenças cardiovasculares A prática de uma hora de exercício diária reduz o risco futuro de doenças cardiovasculares, revela um estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”. As conclusões deste estudo chamam a atenção para a necessidade de “se prestar mais atenção ao envolvimento dos jovens para fazerem um pouco mais de atividade física moderada e intensa e reduzirem o tempo sedentário”, como aquele passado em frente à televisão ou ao computador, revelou o diretor do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa. Esta investigação, que teve a colaboração desta instituição, contou com a participação de 20.871 crianças e adolescentes, entre os 4 e os 18 anos, tendo Portugal contribuído com mil. O estudo intitulado “Atividade Fisíca Moderada e Intensa, Sedentarismo e Fatores de Risco Cardiometabólicos em Crianças e Adolescentes” revelou que entre os jovens que “faziam um pouco mais de exercício e tinham menos tempo sedentário, havia uma diferença aproximada de cinco centímetros no perímetro abdominal”, explicou Luís Bettencourt Sardinha. “Se esta diferença permanecer na idade adulta pode eventualmente concluir-se que estes jovens terão um risco de mortalidade cardiovascular, na idade adulta, muito inferior aos jovens que fazem menos atividade física moderada e vigorosa e que passam mais tempo sedentário”, revelou o especialista. “Em Portugal, somente cerca de 20% dos jovens dos 10 aos 18 anos cumprem as recomendações, ou seja, em termos médios entre os rapazes são 30% e, entre as raparigas, somente cerca de 10%”, especificou. Por volta dos 10 anos, este valor é ainda maior, mas à medida que a idade vai aumentando a percentagem tem tendência a diminuir, situação que também ocorre nos outros países analisados. “O grande desafio será manter os níveis de atividade física que os jovens têm, por exemplo, aos 10 anos, quando a percentagem de rapazes e raparigas que cumprem estas orientações é muito superior, na ordem de 50 a 60%”, frisou Luís Bettencourt Sardinha. Os jovens que “têm mais tempo sedentário e menos tempo de atividade física têm valores mais elevados de triglicéridos, de insulina e valores mais elevados do perímetro da cintura, mas de uma forma genérica são saudáveis”. No entanto, “se estes valores mais elevados persistirem na idade adulta, o risco das doenças cardiovasculares sobe e há que incluir uma doença como a diabetes tipo-2, cuja incidência tem aumentado muito a nível mundial”, alertou o responsável do Laboratório. A sugestão é que, durante o período da infância e da adolescência, se pratique diariamente 60 minutos de atividade física moderada, como caminhar rapidamente, a cerca de quatro quilómetros por hora, e vigorosa, o que corresponde à prática de várias modalidades como voleibol, andebol ou futebol.

Crise pode estar a aumentar obesidade A crise financeira pode estar a aumentar os níveis de obesidade da população, sobretudo nos grupos mais desfavorecidos, afirma o coordenador da Plataforma contra a Obesidade, Pedro Graça. A ligação entre pobreza e obesidade está identificada. Vários estudos confirmam que, em grupos sociais com menos recursos, tende a haver mais pessoas obesas, nota Pedro Graça. As razões começam pelo preço dos alimentos. “Os mais calóricos e mais apelativos aos sentidos, pela quantidade de sal e açúcar envolvidos, tendem a ser mais baratos”, refere. Em tempo de crise, quando se trata de diminuir gastos, “a alimentação é mais maleável”: é mais fácil do que cortar na luz, o que pode levar a mudar hábitos alimentares, afirma Graça, professor na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Além do preço, também o tempo é um factor premente: há cada vez mais pessoas que precisam de mais horas de trabalho para manter os rendimentos ou mesmo de um segundo emprego. Resultado? “É natural, sobretudo no caso das mulheres, que haja menos tempo para comprar alimentos e os confeccionar, nomeadamente pratos mais demorados que incluam hortícolas, que obrigam a compras regulares”, explica. Assim, a tendência é que se adquiram cada vez mais refeições já confeccionadas, como alimentos com massa folhada, que só precisam de ser aquecidos, exemplifica. No caso das leguminosas, “a tendência é que desapareçam, porque o tempo de confecção é grande”, acrescenta. A própria atenção que a família dá ao tempo de refeição pode sair prejudicada, com “os adolescentes a comer sozinhos, comendo pior”. A pobreza pode gerar obesidade, mas esta pode também manter situações de pobreza, num “ciclo vicioso”, explica o nutricionista. Porque os obesos gastam mais em saúde, faltam mais ao trabalho e sofrem de discriminação na admissão a empregos.

08


MY COOPROFAR

/Especial Saúde

NUTRIÇÃO: “Somos aquilo que comemos” A sabedoria popular diz que “nós somos aquilo que comemos”, por isso, comer bem e de forma equilibrada é um dos melhores investimentos que se pode fazer para a saúde e bem-estar. A ligação entre a alimentação e as doenças está muito bem documentada, e existem várias provas que provam que o que comemos tem um impacto muito grande na forma como nos sentimos. Uma boa nutrição fornece ao organismo nutrientes para produzir ou reparar tecidos, manter o sistema imunitário saudável e permite ao corpo executar tarefas diárias com facilidade. O objetivo de uma dieta saudável na idade adulta é assegurar que se mantém em forma, com vitalidade, dentes cuidados, um bom sistema imunitário, cabelo e pele saudáveis, energia abundante e um peso ideal. A longo prazo, o objetivo é minimizar o risco de doenças crónicas com doenças cardiovasculares, enfartes, diabetes, cancro e osteoporose. Ao longo da vida, as necessidades nutricionais modificam-se e sofrem alterações, de acordo a idade, estilo de vida e metabolismo. Uma alimentação saudável e cuidados nutricionais durante as várias fases da vida, desde a gravidez até atingir a idade idosa é fundamental.

Alimentação portuguesa reduz risco de problemas cardíacos A alimentação típica do norte de Portugal e da Galiza foi associada a um baixo índice de mortalidade causada por doenças cardíacas, refere um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”. Para averiguar se o padrão alimentar tinha alguma influência na baixa ocorrência de problemas no coração, a equipa liderada por Andreia Oliveira acompanhou 820 pacientes vítimas de enfarte agudo do miocárdio e 2.196 pessoas que não sofreram este problema. Todos os participantes da investigação residiam na mesma região. A investigação mostrou que os participantes que seguiam fielmente a dieta portuguesa apresentaram um risco de enfarte 33% inferior ao dos que ingeriam dietas diferentes. Contudo, a equipa de cientistas também verificou que a alimentação tradicional portuguesa pode ser melhorada. O estudo apurou que, se se diminuísse a ingestão de carne (vermelha e de porco) e de batatas, o risco de sofrer um enfarte agudo do miocárdio baixava 60%. Segundo os cientistas, a percentagem de mortes causadas por doenças cardiovasculares no norte de Portugal e na Galiza é similar à registada em França, Itália e Grécia, onde se consome uma dieta de estilo mediterrânico, rica em frutas e produtos hortícolas, azeite, cereais integrais e nozes e relativamente baixa em produtos lácteos e carne vermelha. A dieta portuguesa, de acordo com o estudo, é baseada, principalmente, no consumo de peixe, especialmente bacalhau, carne vermelha, porco, lacticínios, legumes, batata e vinho durante as refeições.Mário Morais de Almeida.

Nozes, avelãs e amêndoas reduzem colesterol e risco de doenças cardiovasculares Um estudo desenvolvido por especialistas e publicado no Arquivo de Medicina Interna dos EUA revelou que o consumo de nozes, avelãs e amêndoas contribui para a diminuição do colesterol e reduz o risco de doenças cardiovasculares. Segundo os autores de 25 estudos clínicos, as nozes são ricas em proteínas vegetais, fibras, sais minerais e vitaminas.”O consumo desses frutos é o tema de uma série de investigações, devido à sua capacidade para reduzir o colesterol no sangue e reduzir o risco de doenças cardiovasculares”, disse Joan Sabate, uma das autoras do estudo. Os participantes consumiram uma média de 67 gramas de amêndoas, nozes ou outros frutos secos num dia, que confirmou uma redução de 5,1% no nível médio de colesterol total.As gorduras no sangue diminuíram 10,2% nos indivíduos que apresentavam níveis muito elevados e menor percentagem naqueles com níveis mais baixos.”O maior efeito do consumo de amêndoas, nozes e outros frutos foi observado nos indivíduos com altos níveis colesterol, índice de massa corporal baixo e uma dieta ocidental”, adiantaram os autores do estudo. Os resultados desta análise “reforçam a inclusão destes frutos na alimentação terapêutica para melhorar os níveis de colesterol (...) porque eles têm o potencial para reduzir o risco de doença cardíaca coronariana”, concluíram.

09


MY COOPROFAR

/Especial Saúde

Dieta mediterrânica:

a mais saudável do mundo

Redução da incidência de cancro até 24% A dieta mediterrânica pode reduzir entre 12 e 24% o risco de desenvolver cancro, segundo um relatório publicado no British Journal of Cancer. Utilizar só dois elementos dessa dieta pode reduzir em 12% o risco de desenvolver a patologia, assinala o estudo. Isso poderá conseguir-se reduzindo, por exemplo, a ingestão de carne e aumentando a de legumes e utilizando azeite em vez da manteiga. O maior impacto, já que parece contribuir para uma redução de 9% do risco, obtém-se consumindo gorduras boas como as do azeite, em vez das más, utilizadas nas batatas fritas, bolachas ou nos bolos. “Um seguro de vida” para um coração saudável A dieta mediterrânica é a mais saudável para o coração e para controlar colesterol, triglicéridos, pressão arterial e glicose, concluem 50 estudos divulgados pela revista do Colégio norte-americano de Cardiologia. O número de Março da revista publica uma meta-análise que inclui os resultados de 50 investigações sobre a dieta mediterrânica, que a apresentam como “um seguro de vida” para ter um coração saudável. Os especialistas definem a dieta mediterrânica como correspondendo a um padrão alimentar que inclui uma dose diária de fruta, verdura, cereais integrais e lacticínios com pouca gordura, além de um consumo semanal de peixe, aves, frutos secos e legumes, com um consumo relativamente baixo de carne vermelha e moderado de álcool, normalmente às refeições. Conteúdo do sal nos alimentos vai ser destacado nas embalagens O conteúdo do sal dos alimentos vai estar destacado na rotulagem e os produtos com pouco sal irão ter uma identificação, de acordo com a estratégia para a redução deste mineral na alimentação, divulgada pela Direção-geral da Saúde. Um comunicado do director-geral da Saúde, Francisco George, refere que a estratégia portuguesa “tem em atenção as boas práticas recolhidas através da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de grupos de trabalho constituídos para o efeito na DGS”. Portugal elegeu cinco objectivos que passam pela promoção da sensibilização e o aumento do conhecimento dos consumidores sobre os riscos que o sal representa para a saúde, em particular na génese da hipertensão arterial. “Melhorar a rotulagem no sentido de destacar o conteúdo de sal dos alimentos e identificar produtos com pouco sal” é outra das metas traçadas por este organismo do Ministério da Saúde. A estratégia passa ainda por “modificar a disponibilidade de produtos alimentares com menor conteúdo de sal, fomentando a participação da indústria e demais intervenientes”. A DGS pretende ainda “monitorizar e avaliar o envolvimento da indústria na reformulação da oferta de produtos alimentares e também do conhecimento, atitudes e comportamento dos cidadãos consumidores”. A revista “British Medical Journal” (BMJ) revelou que uma queda de 15% no consumo de sal entre 2003 e 2011 ajudou a diminuir consideravelmente os casos de mortes por ataques cardíacos e derrames cerebrais em Inglaterra. Segundo um estudo de especialistas britânicos, o menor uso de sal foi determinante na queda de 42% de mortes por derrames cerebrais e de 40% no caso dos ataques cardíacos. Os investigadores, entre os quais grupos que lutam contra o consumo de sal e médicos de hospitais londrinos, sublinharam a importância de a diminuição de sal ajudar também a reduzir os casos de hipertensão. Fontes: Sapo Saúde, RCMPharma; Fundação Portuguesa de Cardiologia

10


/Report

MY COOPROFAR

Mês do Coração: renovada parceria com a FPC No âmbito do mês do coração (maio), o Grupo Medlog renovou a colaboração com a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) na luta contra as doenças cardiovasculares. A cooperação está inserida no peditório nacional realizado, anualmente, pela FPC e que visa a angariação de fundos junto das Farmácias. A colaboração do Grupo Medlog incide na entrega e recolha dos cofres para donativos em várias farmácias clientes da região Norte.

Grupo Medlog integrou comitiva à Arábia Saudita O Grupo Medlog acompanhou a deslocação de dois dias de Paulo Portas à Arábia Saudita que se realizou no início de abril com o objetivo de promover as exportações portuguesas e tentar captar investimento. O vice-primeiro ministro liderou a delegação oficial à comissão bilateral Portugal-Arábia tendo sido acompanhado por uma comitiva de representantes de 45 empresas. O Grupo Medlog fez-se representar por Baltazar Arezes, administrador da Mercafar Distribuição Farmacêutica SA, empresa do Grupo direcionada para a área de Comércio Internacional. Aprofundar oportunidades de negócio no mercado de significativo potencial para as empresas portuguesas foi o objetivo da visita da Mercafar ao território saudita. No último dia da visita decorreu uma reunião no Ministério da Saúde saudita, onde Paulo Portas sublinhou a importância da cooperação deste país arábico com empresas portuguesas. Na área da Saúde, para além do Grupo Medlog, duas farmacêuticas lusas integraram a comitiva: a Bial e a Bluepharma que estão a concorrer a oportunidades de investimento abertas pelo Governo da Arábia Saudita na área da investigação e desenvolvimento de tecnologias de Saúde. A Arábia Saudita é uma das 20 maiores economias mundiais. Entre 2010 e 2013, as exportações para aquele país mais do que duplicaram, atingindo 151,7 milhões de euros, e que, apesar de a balança comercial ser claramente favorável a Riade, devido à importação de petróleo por Portugal, a tendência é de maior equilíbrio nos últimos anos.

Grupo Medlog regressa à Logipharma O Grupo Medlog regressou em abril à maior conferência mundial de logística farmacêutica – a Logipharma que, este ano, decorre em Basel, na Suíça. Uma vez mais, marcaram presença os mais reputados players mundiais, entre eles, o Grupo Medlog que regressa com o intuito de absorver as últimas tendências e estratégias europeias e mundiais. O evento decorreu entre 7 e 10 de abril, ficando marcado por atrair, como sempre, uma forte audiência a rondar os 400 participantes que foram à procura de soluções eficientes e inovadoras que respondam à nova geração de clientes e consumidores. Durante os 4 dias do evento, estiveram em cima da mesa temas prementes no panorama do setor logístico e farmacêutico, desde as performances nas cadeias de distribuição, passando pela segurança e estratégias para mercados emergentes. Ao longo da conferência, as empresas puderam conhecer algumas estratégias para um melhor controlo das finanças e operações mais eficazes, trocar experiências e histórias de sucesso, assim como, comparar os seus métodos de trabalho com outros profissionais do setor. O Grupo Medlog fez-se representar por Baltazar Arezes, administrador da Mercafar – Distribuição Farmacêutica SA, empresa do Grupo na linha-da-frente da internacionalização e exploração de novos negócios. Reforçar junto dos parceiros a sua capacidade de desenvolvimento e inovação como fatores diferenciadores na sua operação foi a mensagem que a Medlog levou aos profissionais da supply chain.

Alzheimer Portugal e Instituto Profissional do Terço receberam donativo Enquadrada na política de Responsabilidade Social Empresarial do Grupo, a delegação Norte da Alzheimer Portugal e o Instituto Profissional do Terço foram as entidades seleccionadas para receber um donativo material (fraldas para idosos e para crianças). O Grupo Medlog reforça, assim, a colaboração que tem vindo a prestar com ambas as entidades, ora através de doações, ora ao nível de ações de formação em parceria, nomeadamente, com a Alzheimer Portugal.

11


MY COOPROFAR

/Entrevista

Filipe Barros Managing Director at Logística Moderna

MyCooprofar: Conduz há mais de uma década uma das principais revistas nacionais do setor logístico. Nesta condição, sendo parte interveniente no relato da história deste mercado, que balanço faz dos últimos 10 anos? Considera que o setor andou adormecido? Que viragens mais marcantes aponta ao nível da evolução longo da última década?

MyCooprofar: Soundbytes políticos à parte e notícias que se arrastam sobre a crise económica, identifica na liderança dos operadores logísticos gestores empreendedores, exigentes e compe-titivos, com vontade de mudar e investir em serviços de referência? Sente este pulsar dife-rente de uma nova geração que aposta em mudar o país?

Filipe Barros: O projeto Logística Moderna arrancou em 2002, numa altura em que a logística vivia um período de franco desenvolvimento. Muitas empresas despertavam para a importância da logística e começavam a perceber que uma logística eficiente e eficaz era sinónimo de agilidade nos processos e nas entregas e sobretudo, de redução de custos estruturais. Foi um período em que muitas empresas prestadoras de serviços de logística apareceram, foi um período em que muitas empresas representando equipamentos e soluções para o mercado também cresceram, foi um período em que muitas empresas industriais assumiram a logística como parte importante da sua estratégia e do seu negócio e em que a figura do Diretor de Logística ganhou realmente ‘espaço’ no seio das empresas. E se quisermos ser até mais exatos, foi nesta altura também que o cargo Supply Chain Manager ganhou expressão e dimensão. Passou-se a falar muito mais de Cadeias de Abastecimento, em vez de logística enquanto fator isolado da atividade da empresa, passou a olharse para as pessoas da Logística como players importantes nas organizações, em função dessa real capacidade de reduzir custos e gerar ganhos enormes dentro das empresas. No fundo, creio que estes últimos anos consolidaram o Departamento de Logística (ou de Supply Chain) das empresas como um departamento vital para o sucesso das empresas, é a grande conquista que consigo apreender destes últimos anos. O aperto económico que o nosso país vive, condicionou naturalmente o boom que se sentiu na primeira década deste século. Algumas empresas Prestadoras de Serviços de Logística ficaram pelo caminho, muitos Transportadores não aguentaram a pressão económica e as suas insuficiências . O desenvolvimento Portuário e Marítimo, o crescente aumento das exportações, a preocupação com uma Logística ‘mais verde’, a cada vez maior sofisticação das TI de suporte à atividade logística e a cada vez maior percepção que as Pessoas são o elo mais forte das empresas e naturalmente também das Cadeias Logísticas globais, são alguns dos aspetos que destaco nestes últimos anos de Supply Chain em Portugal.

Filipe Barros: Identifico claramente um grupo de pessoas que tem sabido crescer com o setor. E creio que isso é fruto de um desenvolvimento natural que o setor da logística viveu nos últimos 10-15 anos. É frequente encontrarmos atualmente a liderar departamentos de Logística e Supply Chain quadros já devidamente formados em Logística ou em áreas muito próximas (Gestão e Engenharia Industrial por exemplo), facto que no final da década de 90 não era tão habitual. E sinto que temos sabido ‘beber’ muito do que se faz lá fora, das inovações aos processos e que os temos sabido replicar e pôr em prática no nosso País rapidamente. E é engraçado voltar aos primeiros números da Logística Moderna, a 2003 ou 2004, a uma peça editorial que na altura fizemos com o título ‘Jovens Logísticos Portugueses’ e passados 10 anos encontrar algumas daquelas pessoas que fomos ouvir na altura a liderar empresas de logística ou departamentos de Supply Chain de empresas de Indústria e Retalho.

12

MyCooprofar: 2014 será um ano positivo para o setor? Que olhar tem sobre o setor daqui a cinco anos? Filipe Barros: Os números do movimento de cargas nos Portos relativos a 2013 são francamente encorajadores. Cresceu-se 17% na movimentação de mercadorias nos Portos nacionais no ano passado e isto tem que se perceber como um sinal claro de crescimento. Sentimos na Logística Moderna uma série de mudanças que estão a acontecer, silenciosamente: empresas a movimentarem-se, empresas a inaugurarem novos Centros Logísticos, empresas a fazerem investimentos grandes em infra-estruturas, em Frota, em pessoas, em equipamentos e em melhoria de processos. 2013 viu ainda algumas fusões e aquisições não só lá por fora mas como por cá também. E creio que este ano a tendência é que as coisas continuem a acontecer. Quando vemos uma empresa a contratar dezenas de pessoas para a logística conseguimos perceber que algo está a mudar, e creio que isso aos poucos se vai passar a sentir.


MY COOPROFAR

/Entrevista

MyCooprofar: Parceiro da Logística Moderna há vários anos, o evento contou, uma vez mais, com a assi-natura do Grupo Medlog. Interveniente ativo neste confronto de ideias o Grupo Medlog foi mostrar em diferentes painéis “how the winners do it»… Qual o feedback que teve?

MyCooprofar: O Supply Chain Meeting é considerado o maior evento de logística do país. A importância e a responsabilidade que assume entre os players do setor reconhece-se pela adesão mas-siva que regista todos os anos. Este ano, em cima da mesa, esteve a supply chain vista como uma arma competitiva. Que luzes saíram da discussão em torno deste pensamento, quais foram as grandes novidades e as novas tendências?

Filipe Barros: O Grupo Medlog tem sido parceiro da Logística Moderna há já algum tempo e este ano não foi excepção. Foi inclusive o ano de maior envolvimento do Grupo no evento, tendo tido algumas accões específicas que obtiveram a nosso ver muito sucesso. Estreámos com o Grupo Medlog um novo modelo de Networking no evento a que chamámos ‘Meeting Tables’ tendo-se revelado um grande sucesso, não só o modelo que implementámos, como sobretudo, a ação desenvolvida com o Grupo Medlog que gerou inscrição lotada por parte dos profissionais de logística da área Hospitalar e Farmacêutica. Para além disso, contámos nos dois dias do evento com o expertise de alguns colaboradores do Grupo Medlog em Sessões específicas que ajudaram a dar ainda mais brilho e dimensão ao evento, tendo algumas dessas Sessões tido lotação de Auditório esgotada o que naturalmente nos deixa muito satisfeitos. Alguém dizia no final de uma das Sessões onde a Medlog participou que ‘se partilharam ideias, e apontaram-se caminhos’, e isso é tudo o que queremos ouvir enquanto organizadores de um grande evento de logística que tenta apelar à partilha e ao Networking. Julgo que foi muito positiva, uma vez mais, esta colaboração Grupo Medlog – Logística Moderna.

Filipe Barros: O Supply Chain Meeting é claramente o maior evento de Logística que se faz em Portugal. São mais de 1200 participantes, mais de 80 oradores divididos por 2 dias de Conferências, mesas redondas e muita discussão em volta de Temas relacionados com a Supply Chain. É um evento grande, de topo e de dimensão internacional, que puxa muito pela partilha de opiniões, experiências e, sobretudo, Networking entre profissionais. É isso que queremos continuar a conquistar, que os profissionais de Logística vejam o Supply Chain Meeting como o momento alto da Logística em Portugal. O facto de mais de 40 empresas quererem patrocinar o evento vem ilustrar isto mesmo, que é nestas alturas que faz sentido elevar os níveis de Networking e desenvolver contactos, potenciando novas parcerias e novos negócios. O feedback ao evento foi muito bom, tivemos muitos oradores de grande qualidade que nos vieram trazer momentos altos de partilha de Boas Práticas em Logística e as visões de algumas empresas de referência nesta área. Uma das grandes certezas que ficou desta edição é que são as Pessoas que estão por detrás dos Projetos, das iniciativas e das empresas que fazem a diferença. Há uma lógica muito actual de atribuir a responsabilidade pelos sucessos das organizações ao desempenho e à produtividade dos colaboradores que nos apraz muito verificar e apontar. Outra tendência que se verifica é o facto das empresas começarem a assumir a importância de colaborar. Cada vez mais a Logística é um mundo de relações colaborativas e quem não o perceber ficará seguramente uns passos atrás.

13



MY COOPROFAR

antibióticos casamento máximo 7 dias A prescrição de antibióticos vai passar a ser limitada pelos médicos a um período máximo de sete dias. A medida faz parte do programa de prevenção, controlo de infeções e de resistência a este tipo de medicamentos, sendo avaliada ao longo deste ano.

faz bem ao coração O casamento faz bem ao coração, conclui-se dum vasto estudo norte-americano segundo o qual as pessoas casadas têm menos risco de doenças cardiovasculares do que as solteiras, viúvas ou divorciadas.

fármaco antigo

mortes por cancro

eficaz contra doença do coração Um medicamento que era usado no tempo dos faraós para combater o reumatismo mostrou-se altamente eficaz no combate à pericardite, a inflamação da membrana que envolve o coração, revelaram novos ensaios clínicos divulgados neste domingo pelo Colégio Americano de Cardiologia.

muitos filhos

concentração

frutas orgânicas

um quarto dos jovens consome fármacos Cerca de um quarto dos jovens portugueses já consumiu fármacos para a concentração, quase a mesma proporção fê-lo para descontrair e acalmar, concluiu o primeiro estudo nacional realizado em Portugal sobre Medicamentos e Consumos de Performance.

obesidade e probiótico diabetes

risco de cancro A forte ligação entre a obesidade, a diabetes e o risco de cancro vai estar em destaque na próxima reunião do Ciclo de Conferências “Diabetes Século XXI: O Desafio”.

melhores artérias

dieta rica em frutas e vegetais As jovens mulheres que têm uma dieta rica em fruta e vegetais têm níveis significativamente inferiores de endurecimento das artérias 20 anos mais tarde, segundo um estudo norte-americano.

50 mil até 2040 Está a fazer dezoito anos a primeira unidade especializada de cuidados paliativos do país. Foi criada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro em 1996. Quase duas décadas depois é um serviço cada vez mais necessário tendo em conta a realidade do país.

cancro da próstata

prevenção de infeções Um novo estudo independente publicado na revista Pediatrics mostra que é possível prevenir infeções respiratórias e gastrointestinais em crianças, através da administração preventiva diária do probiótico Lactobacillus reuteri protectis.

vacina pode estar a caminho A descoberta de uma vacina que parece capaz de detetar e destruir as células cancerígenas é uma nova esperança no combate a uma doença que afeta cerca de 4 mil portugueses por ano, avança a revista Visão.

caracol marinho

veneno letal ajuda na dor crónica O veneno letal do caracol marinho “Conus geographus” pode vir a ser utilizado no tratamento da dor crónica em doentes com cancro, sida, Alzheimer ou diabetes, salienta o estudo realizada por equipa de cientistas australianos e pelos investigadores Kartik Sunagar e Agostinho Antunes do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, da UP.

27

/Breves

risco cardiovascular A formação de depósitos nas artérias, ou aterosclerose, um sinal antecipado de doença cardiovascular, é muito mais comum em mulheres que tiveram quatro ou mais filhos do que em mulheres que só tiveram dois ou três, revela o estudo apresentado numa conferência do Colégio Americano de Cardiologia.

não reduz risco de cancro em mulheres Um novo estudo da Universidade de Oxford conclui que comer alimentos orgânicos não ajuda em nada na redução do risco de cancro nas mulheres. Na verdade, as adeptas deste tipo de alimentação têm um risco um pouco maior de desenvolverem cancro da mama.

cerveja

ingrediente que diminui agentes cancerígenos A cerveja pode ter um papel bem mais importante para o churrasco do que o de deixar as pessoas “mais alegres”. Um estudo realizado por cientistas da Universidade do Porto, em Portugal, mostrou que quando a bebida é usada para marinar a carne, pode diminuir a formação de substâncias potencialmente prejudiciais existentes no alimento - inclusive aquelas que podem desenvolver cancro.



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.