Evangelização

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PRIMEIRA PARTE: Conceituação Bíblica

Treinamento do Pesca PRIMEIRA PARTE: Conceituação Bíblica 1. Breve Teologia da Evangelização Quando evangelizamos alguém, todos nós cristãos carregamos conosco alguns pressupostos teológicos que norteiam o conteúdo da nossa mensagem, ainda que não tenhamos parado para analisar. Pressupostos estes que influenciam na forma em que proclamamos e nas expectativas que alimentamos com relação ao que é proclamado. Dentre estes pressupostos, alguns são mais evidentes que outros, vejamos a seguir alguns deles.

A. A inspiração e inerrância das Escrituras: Compreendemos a inspiração como sendo a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os homens separados por Ele mesmo, a fim de registrarem de forma inerrante e suficiente toda a vontade revelada de Deus, constituindo este registro na única fonte e norma de todo o conhecimento cristão (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20-21) .Infelizmente muitos problemas têm surgido pelo fato de pessoas proclamarem o evangelho com um conceito deturpado no que diz respeito às Escrituras e Sua autoridade. Estas deturpações têm dado margem ao surgimento de muitas heresias e seitas, que têm feito com que o cristianismo pareça uma grande farsa, ou simplesmente conceitos e princípios sem fundamentos uma vez que a sociedade não faz muita distinção dentro do cristianismo, consideram tudo e todos como “evangélicos”. No momento em que uma pessoa é evangelizada, fala-se para ela da salvação eterna oferecida por Jesus Cristo conforme as Escrituras, fala-se do amor demonstrado por Jesus na Cruz conforme as Escrituras, fala-se também do alvo de todo regenerado durante a sua vida. A partir do momento em que não se acredita na inspiração das Escrituras, nem mesmo em sua inerrância, conseqüentemente a mensagem anunciada tornase sem valor, sem fundamento, pois está baseada em fonte não confiável. Como pregaremos a Palavra se não confiamos no sentido exato do que estará sendo anunciado? Como evangelizaremos se não temos a certeza de que o que falamos procede de fato de Deus, ou se é meramente uma falácia dos homens? O apóstolo Paulo mostra a sua convicção de que as Escrituras são de fato a Palavra de Deus e digna de toda aceitação (1 Tm 2.12; 4.9). A sua vida e mensagem estavam baseadas nas Escrituras. Note que em Romanos 1.16, Paulo diz que o evangelho é o poder de Deus para a salvação do pecador, este é o evangelho pregado pela Igreja, um evangelho que proclama a Palavra que transforma e não simplesmente opiniões dos homens a respeito da Palavra. “A Igreja por si só não produz vida, todavia ela recebeu a vida em Cristo (João 10.10), através da Sua Palavra vivificadora; desse modo, ela ensina a Palavra, para que pelo Espírito de Cristo, que atua mediante as Escrituras, os homens creiam e recebam vida abundante e eterna”. Se proclamamos para as pessoas o conteúdo das Escrituras como a mais pura verdade, como uma mensagem que pode mudar vidas, uma mensagem sempre atual, é porque de fato cremos que a Palavra é viva e eficaz, é transformadora, e cremos que ela é inspirada por Deus. Logo, não contém erros porque o nosso Deus é perfeito e nEle não há falhas. B. A Universalidade do Pecado: Ao falarmos para alguém das Boas Novas, não saímos a procurar onde estão os pecadores e nem mesmo a perguntar quem é pecador para que possa ouvir o que temos a dizer. Ao nos dirigirmos aos homens apresentando o plano de salvação de Deus para a humanidade, partimos do pressuposto de que todo homem é pecador, está debaixo da condenação e necessita da glória de Deus (Rm. 3.23). Uma das conseqüências mais óbvias do pecado é a morte. Essa verdade é destacada na declaração em que Deus proíbe Adão e Eva de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal: ‘porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (Gn 2.17). A Palavra de Deus é bem clara quando nos diz que

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