30ª Madeira Total | Out/Nov 2015

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EDITORIAL

MINUSA: EXPANDINDO OS LIMITES TECNOLÓGICOS PARA O SETOR FLORESTAL

E AGORA, VAI?

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Com uma crise política acorrentando pernas e braços do povo brasileiro há algum tempo, o nosso pensamento ao acordar é: E AGORA, VAI ? Impossível dizer que não estamos vendo o que está acontecendo. Nós só não sabemos como vai ficar. E é isso que gera tanto medo. A situação chegou num ponto que diversos empresários deixaram de acreditar nos seus negócios e querem vendê-los. Desejam fechá-los antes que a expansão seja do prejuízo. Enquanto o Brasil desponta em diversos setores como a agricultura, celulose e papel e turismo por exemplo, outros estão se arrastando. Um dos mais impactados é o da construção civil. Algumas informações permeiam essa análise de forma geral: Somente neste ano, mais de 170 grandes empresas pediram recuperação judicial; mais de 150 mil lojas foram fechadas segundo a Confederação Nacional do Comércio. O efeito é cascata - consideremos a seguinte situação: Constatou-se o fechamento de 31 lojas e a demissão de 11 mil funcionários da Via Varejo, (controladora da Casas Bahia). Isto porque estão vendendo menos e obviamente comprando menos também. Esses diminutos chegaram aos moveleiros. Em alguns polos existem empresas trabalhando 2 ou 3 dias na semana, para atender a demanda e obviamente diminuir custos. O fato é que com menos pessoas empregadas, diminui também o PIB per capita - que diga-se de passagem levará anos para ser recuperado (e quem dirá alcançar novos patamares). Desde a década de 30 não se via retração no PIB por dois anos consecutivos. E isso tudo não começou agora! O que posso dizer é que os brasileiros pagam o preço dos erros dos administradores deste país. Contudo, quando o momento traz desafios relacionados a viabilidade dos negócios, o nosso olhar deve ser direcionado ao futuro. Um futuro mais justo e com a economia saudável. Vale dizer que muitas ações diárias farão muita diferença nos negócios para o setor em pouco tempo. Uma delas é a solução para o déficit habitacional no Brasil - o Sistema Construtivo Wood Frame, que vem sendo profundamente trabalhado pela Abimci e todos os envolvidos da cadeia produtiva da madeira. O Dia de Campo realizado pela Agência da Madeira na cidade de Reserva no Paraná é outro exemplo que despertou o interesse de produtores rurais em conhecer novas tecnologias, tendências e estratégias no sistema agrossilvipastoril da região. As iniciativas para as possíveis novas termelétricas no MS e seus investidores e a tecnologia de ponta oferecida pela Minusa para otimizar o sistema de colheita de madeira no Brasil. Enfim também existem as boas notícias. E então, o que nos resta, é tomar às rédeas, mirar num futuro mais próspero e trabalhar ainda mais para mudar esta realidade. Fique conosco todos os dias através do portal Madeira Total. Boa leitura! Solange Andreassa

DIA DE CAMPO FOMENTA PRODUTIVIDADE NOS CAMPOS GERAIS

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SISTEMA CONSTRUTIVO WOOD FRAME: SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL

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LIGNA 2017 APONTA INOVAÇÕES

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INFORMATIVO IMPRESSO MADEIRA TOTAL - ANO VII - Nº 30 - OUT/NOV.2015 - O INFORMATIVO IMPRESSO É UMA PUBLICAÇÃO GRATUITA COM VERSÃO IMPRESSA E DIGITAL! PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL. REDAÇÃO: FERNANDA SAMIZAVA - REDACAO@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | ADMINISTRAÇÃO: R. RAUL OBLADEN, 939 - BRAGA - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - CEP 83.020.500 - PR BRASIL - FONE 55 (41) 3235-5015 - WWW.MADEIRATOTAL.COM.BR - MADEIRATOTAL@MADEIRATOTAL.COM.BR | DIRETORIA: MARCELO COLAÇO - MARCELO@GRUPOMULTIMIDIA. COM.BR - SOLANGE ANDREASSA - SOLANGE@GRUPOMULTIMIDA.COM.BR | TI - ADILSON ALVES DA CRUZ | DEPARTAMENTO COMERCIAL - COMERCIAL@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | IMPRESSÃO GRÁFICA - CORGRAF | PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO - FERNANDA SAMIZAVA - FERNANDA@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR. NOSSO CONTEÚDO TRAZ TAMBÉM INFORMAÇÕES QUE SÃO DE RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS E ENTIDADES E, NÃO EXPRIMEM A OPINIÃO DO GRUPO MULTIMÍDIA E NEM DE SUA MARCA MADEIRA TOTAL.

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SILVICULTURA

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povoamentos florestais, cuidados necessários para formação e principalmente o novo desafio dos profissionais do setor: formar florestas produtivas e economicamente viáveis para atender o mercado consumidor. Destaque também para a palestra sobre vantagens e metologias do sistema silvipastoril: o que há de mais moderno nesse interessante e rendoso sistema, proferida pelo Dr. Vanderley Porfírio, da EMBRAPA, o que despertou grande interesse entre os presentes. Na segunda etapa, em área de demonstrações, foi tratada a otimização da colheita florestal em pequenas propriedades. Questões importantes como a mecanização da colheita com equipamentos de baixo custo de produção e manutenção entre outros foram avaliadas. Segundo informações cedidas pela Prefei-

tura Municipal de Telêmaco Borba e o departamento comercial da Klabin, o polo madeireiro de Telêmaco Borba é formado por 60 empresas empregando cerca de 3.800 pessoas onde a maioria das empresas tem em média 30 funcionários. O segmento de atuação mais importante é o da construção civil. São mais de 5.000 produtores rurais na região do Médio Rio Tibagi. Por isso, é fundamental destacar a participação do Sicredi que disponibiliza crédito aos silvicultores na aquisição de máquinas. Sobre a Agência da Madeira As ações da Agência da Madeira em várias frentes, favorecem a expanção dos negócios e integração entre produtores, empresas e indústrias da região; fundamentais para a economia moderna, competitiva e sustentável. Estimulando assim o pleno desenvolvimento econômico e social da região.

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ção

Em meio aos grandes desafios enfrentrados pelos empreendedores brasileiros, principalmente neste momento de retração econômica, os empresários tem papel decisivo na articulação de ações que destravem o crescimento. Por isso, integrantes da cadeia produtiva da madeira, empresários e pequenos produtores reuniram-se no dia 27 de agosto para um Dia de Campo na Fazenda Tangará no município de Reserva, no Paraná. O evento foi promovido pela Agência da Madeira e parceiros como a Klabin, a TMO Forest, SecMix-Tecnologias e Sistemas, Sicredi - Cooperativa de Créditos, 2TREE Consultoria, Palfinger e Embrapa Florestas. Divido em etapas, os empreendedores acompanharam as apresentações de máquinas e equipamentos de alta tecnologia para as pequenas propriedades. O Dia de Campo é uma das ações estratégicas da Agência da Madeira, traçada em benefício da economia da região. Reforçando a gestão dos negócios nas atividades Silvipastoris e Colheita Florestal em pequenas propriedades, Manoel Francisco Moreira, diretor executivo da Agência da Madeira confirma o sucesso do evento: "foram 185 participantes, entre eles produtores rurais, empresários e madeireiros - um fato importante. Sinal de que os negócios estão acontecendo e os empreendedores perceberam a importância de tornarem-se mais competitivos, cada qual com suas especialidades", reforça o diretor. Esteve presente também com breve discurso durante a abertura do evento, o Prefeito de Reserva, Luiz Carlos Wosniak. Com abordagem bastante ampla, a palestra do Gerente de Comunicação da Klabin, Wilson Paiva explanou sobre o mercado de madeira e perspectivas futuras. Os temas foram escolhidos pela necessidade de adequação de sistemas de produção silvipastoril. Com isso, buscou-se oportunizar o conhecimento e experiência relacionadas ao plantio e manutenção de

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ENTREVISTA

SISTEMA CONSTRUTIVO WOOD FRAME: SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL PARA O DEFICIT HABITACIONAL BRASILEIRO

Madeira Total: Na visão da Abimci, quais os principais desafios para o desenvolvimento e consolidação do sistema construtivo Wood Frame (casas em madeira) no Brasil ? Pupo: Certamente são muitos, em vários eixos e direções, mas que com planejamento, estratégia e principalmente a união de esforços dos principais envolvidos e interessados no desenvolvimento desse sistema de construção sustentável no Brasil, as ações sairão do papel e irão para o canteiro de obras. Um dos maiores desafios, sem dúvidas, é eliminar um erro básico de conceito de muitos e também de algumas esferas do Governo de que casas de madeira são construções destinadas para um público de baixa renda. Esse talvez seja o maior desafio que teremos ao longo de nossa jornada para a consolidação desse sistema no Brasil. Os exemplos aplicados em alguns dos principais países do mundo com construções em madeira, em larga escala e de diferentes conceitos, nos provam exatamente o contrário, pois esse é um sistema que traz soluções inovadoras e sustentáveis, economicamente viáveis e com as garantias necessárias exigidas pelo mercado. Madeira Total: O que efetivamente já está sendo feito? Pupo: Em um país com dimensões continentais como o Brasil, com enorme variação do segmento madeireiro, de características regionais e culturais bem distintas, o grande desafio é reunir em uma única direção os esforços de todos os envolvidos. Vemos muitas ações isoladas e iniciativas positivas sendo realizados pelo país. Mas com a criação da Comissão da Casa Inteligente, dentro da Fiep – Federação das Indústrias do Paraná, que está se consolidando como o principal fórum de discussões para o tema, estão sendo unificadas as atividades e informações. A Comissão reúne as principais entidades, empresas e pessoas interessadas e envolvidas com as ações, otimizando a equalização de conceitos e reunindo as contribuições de todos para o progresso das ações necessárias. Muitos são os entraves e barreiras encontradas, além da questão cultural, há entraves de legislação e normativos, a questão da

formação da mão de obra e certamente a burocracia brasileira tão nociva a qualquer inovação ou desenvolvimento industrial no país. Mas é somente com ação coordenada e com estratégias bem definidas que iremos superar todas essas barreiras.

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Em entrevista exclusiva realizada pelo Madeira Total, o superintendente da Abimci, Paulo Roberto Pupo fala sobre o processo evolutivo e de desenvolvimento do Sistema Construtivo Wood Frame no Brasil e o passo a passo para a consolidação desse sistema sustentável para a população brasileira - rompendo laços do desconhecimento e as fronteiras da tecnologia. A entrevista foi realizada na sede da Abimci em Curitiba na última semana de outubro.

...esse é um sistema que traz soluções inovadoras e sustentáveis, economicamente viáveis e com as garantias necessárias exigidas pelo mercado".

Madeira Total: Quais as ações principais e prioritárias da comissão da casa inteligente? Pupo: O desenvolvimento e a estruturação de uma norma técnica nacional específica para esse sistema, que será a base de sustentação e de consolidação desse método construtivo no Brasil. É somente com uma norma técnica desenvolvida no âmbito da ABNT, disponível para a sociedade, dando assim acesso e isonomia competitiva a todos, fomentando o desenvolvimento e a inovação de produtos a serem aplicados no sistema construtivo, é que iremos avançar de forma plena e estruturada. E essa decisão conceitual de desenvolver a norma técnica é uma das principais e mais maduras decisões tomadas pela Comissão da Casa Inteligente recentemente. Esse posicionamento foi defendido pela Abimci e por outros participantes da comissão, como a alternativa mais viável e transversal de desenvolvimento do sistema. Uma das principais realizações concretas da comissão foi a participação e apoio constante no processo de desenvolvimento e de aprovação, no final do ano de 2013, do primeiro Datec - Documento de Avaliação Técnica dentro Sistema Construtivo Sinat005, junto ao Ministério das Cidades, conquistado por empresa situada no Paraná e já com várias unidades já sendo construídas pelo País, com especial destaque a um condomínio residencial na cidade dePelotas no Rio Grande do Sul. Essa conquista certamente foi um divisor de águas nos trabalhos, pois incentivou muitos outros a procurar o caminho do desenvolvimento e novas opções construtivas. Madeira Total: Qual o estágio atual em relação ao desenvolvimento da norma? Pupo: Primeiramente, estamos reunindo todo o conteúdo téc-

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nico já existente em normas de produtos de madeira para podermos nos balizar quanto ao que já existe e o que precisa ser atualizado e revisado. E esse é um trabalho silencioso e de grande importância que vem sendo desenvolvido pela Abimci - que como entidade gestora do Comitê Brasileiro da Madeira ABNT/ CB-31, está realizando uma força tarefa envolvendo a maioria de suas 16 comissões de estudo, revisando as normas existentes e atualizando o escopo de trabalho. Uma das principais demandas em se tratando de produtos madeireiros processados é em relação à norma técnica para madeira serrada em geral. A Abimci vem trabalhando em uma ação ampla de compilação dos conteúdos já existentes desse segmento, para além de atualizar o acervo, compilar e proporcionar ao mercado uma norma única de referência para o setor. Os trabalhos estão na fase de desenvolvimento e consolidação do texto-base da norma e em breve, será apreciado pelo setor e por todas as partes interessadas. Esta ação para a madeira serrada vem ao encontro com as demandas do sistema construtivo Wood Frame, onde a madeira serrada representa um percentual significativo da obra, em várias aplicabilidades. Toda essa ação tem como objetivo garantir uma padronização dos produtos e disponibilizar produtos conformes e normatizados, e assim, aumentar o uso da madeira na construção civil. A intenção é que a norma única inclua todo o setor de madeira serrada, de coníferas a folhosas e especificadas por mercado, no que concerne a terminologia, requisitos e classificação. Esse exemplo de ação para madeira serrada também se remete a ourros importantes segmentos de produtos madeireiros, como compensados, painéis, pisos, portas e kits porta pronto, divisórias, e outros, dentro das atividades do CB-31. Madeira Total: Pode-se afirmar que existe uma evolução do setor de madeira processada mecanicamente nos quesitos de tecnologia aplicada? Pupo: Certamente. Muito foi conquistado nos últimos anos, principalmente em relação a pesquisa e desenvolvimento de produtos, bem como grandes e modernos investimentos foram realizados pelo setor buscando qualidade e escala de produção compatíveis com as demandas do mercado. Também notamos uma mudança importante de interpretação de produtos e do mercado sobre a necessidade da certificação e conformes para serem especificados. O avanço de programas de certificação de produtos de madeira tem acontecido de forma importante nos últimos anos, como ferramenta para suprir demandas de acesso ao mercado internacional e mais recentemente, de acordo com os requisitos da Norma de desempenho da construção civil que mudou vários conceitos em relação ao tema. Muitos programas de certificação já existem e estão consolidados no mercado como o Programa Nacional de Qualidade da Madeira (PNQM) e do Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações (PSQ-PME) ambos da Abimci, que atendem uma série de requisitos técnicos para os produtos usados na construção civil e consequentemente já estão aptos a serem utilizados de forma plena no sistema Wood Frame.


Madeira Total: O método construtivo Wood Frame oferece vantagens significativas para construtores? Pupo: São muitas e em vários aspectos. Primeiramente, a madeira é um material muito versátil, fácil de trabalhar, durável, renovável, possui eficiente isolamento acústico e térmico, é resistente ao fogo e sobretudo ecologicamente correto. As florestas são fixadoras de carbono, são renováveis em curto prazo, os impactos ambientais na sua extração são infinitamente menores quando comparado com outras matérias-primas e possuem um baixo consumo de energia para a sua obtenção. A fonte de matéria-prima é segura, pois o Brasil possui importante área de florestas renováveis. Temos muito boa produtividade por hectare plantado e um excelente potencial para expansão dessas áreas plantadas. Todos esses fatores contribuem para a perenidade das atividades e fornecimento de matéria

-prima para esse sistema construtivo. Aliado a esses cenários, por ser uma construção seca, consegue-se uma escala de produção muito interessante, com a relação de custo x benefício competitivo, além de utilizar menor volume de mão de obra. Outras características importantes são rapidez para execução da obra, resistência, diferencial técnico-competitivo, mercadológico e principalmente comprometimento com o meio ambiente, o que tornam o sistema atrativo e vantajoso para a indústria da construção. Madeira Total: E quanto aos usuários? Pupo: O comportamento estrutural do Wood Frame é superior ao da alvenaria estrutural em resistência, conforto térmico e acústico. A utilização de madeira na construção de casas, com diferentes portes e estilos, além de proporcionar uma baixa geração de resíduos, agrega maior conforto térmico e acústico. Por ser uma construção em escala industrial os prazos de entregas são mais rápidos quando comparados a outros sistemas. As garantias exigidas pelo mercado são facilmente cumpridas pelos construtores devido a tecnologia aplicada no seu desenvolvimento, garantindo assim o ciclo de vida do produto em padrões internacionais.

cado completamente e atenda a demanda e perfil brasileiro atualmente? Pupo: São vários sistemas usados nos principais países do mundo. E esse é um trabalho importante que também já está sendo realizado pela Abimci em parceria com a FIEP, que é proporcionar acesso e avaliação de outros sistemas ao redor do mundo e assim podermos tropicalizar algumas importantes informações de acordo com as características florestais e madeireiras que possuímos no Brasil. É importante destacar que recentemente a Abimci realizou missão técnica para a Alemanha para ampliar esses conhecimentos sobre detalhes técnicos e questões estratégicas que envolvem o sistema construtivo Wood Frame. A missão foi promovida em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná e como Sinduscon – PR - contando com o apoio oficial do Governo do Estado de Baden-Wuttemberg. Foi uma oportunidade para sintetizar vários conceitos técnicos fundamentais para avançarmos nesse sistema construtivo no Brasil. Foram realizadas várias visitas a empresas fabricantes de casas de madeira de pequena e larga escala; empresas de processamento de madeira desde o corte até acabamento final.

Madeira Total: Existe algum modelo internacional que possa ser apli-

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Madeira Total: Em que etapas podemos dividir o processo de desenvolvimento desse sistema construtivo no Brasil? Em qual estamos? Pupo: Podemos dizer que são três etapas básicas, mas que necessitam ser desenvolvidas simultaneamente: 1) a consolidação técnica e de desenvolvimento da normas e produtos e novos avanços da Diretriz Sinat e das normas da ABNT; 2) a questão cultural e de conhecimento público dos benefícios desse sistema em prol do desenvolvimento habitacional do Brasil, através de campanhas, marketing, mídias diversas; 3) a oficialização desse sistema nas esferas oficiais de reconhecimento, inserção nas linhas de financiamento oficiais e na criação de políticas públicas promovendo a interface entre Governo, Instituições e setor produtivo.


TECNOLOGIA Também realizadas ainda visitas a exposições de casas de madeira de vários estilos, tamanhos, custos e design, além de acesso informações sobre processos de certificação e garantia das casas. Com toda essa variedade de opções construtivas visualizamos a real possibilidade de inserir vários segmentos de produtos madeireiros, para oferecermos um sistema construtivo alternativo, sustentável, rápido e eficaz para a habitação brasileira. Essa missão foi composta por empresários e produtores de vários segmentos como compensados, madeira serrada, compensado plastificado, painéis, portas, pisos, empresas fabricantes de casas em Wood Frame, além da silvicultura e extração florestal, provenientes de diversas regiões do país e diversas espécies florestais, cuja abran-

gência e pluralidade dos envolvidos é fundamental para a correta leitura das ações necessárias e das possibilidades reais de desenvolvimento, envolvendo produtos madeireiros de várias características técnicas e ambientais.

trução civil e o consequente aumento do consumo per capita de madeira, fator esse fundamental para a sustentabilidade e perenidade desse importante segmento industrial, gerador de emprego e renda e grande contribuidor para a balança comercial e fiscal do Brasil.

Madeira Total: Quais os resultados obtidos a curto, médio e longo prazo para o setor madeireiro? Pupo: Diria que são resultados constantes e promissores. Um dos principais é o setor madeireiro contribuir com o déficit de habitação do Brasil, com um sistema efetivo e de solução para as demandas habitacionais que temos. Com a aplicação e consolidação desse sistema, naturalmente acontecerá um maior uso da madeira na cons-

Madeira Total: E quanto à população? Pupo: Proporcionar e disponibilizar um novo sistema construtivo para a população brasileira é uma das principais metas de todas essas ações. Com um déficit habitacional de 5,7 milhões, segundo dados do IBGE, o Brasil pode encontrar com a oficialização desse sistema construtivo uma saída sustentável para resolver boa parte dessa deficiência.

A Ligna, que é realizada no Centro de Exposições de Hannover, na Alemanha, terá a sua próxima edição entre os dias 22 e 26 maio de 2017. O objetivo é continuar com o compromisso de longa data para apresentar soluções que visam produções inovadoras para a indústria da madeira. A Ligna, oferecerá um layout renovado para aumentar a eficiência de todos os visitantes e proporcionar uma visão mais abrangente das tecnologias oferecidas pelos expositores. O novo layout será composto por 7 categorias principais de exibição: • Ferramentas e máquinas para customização e produção em massa • Tecnologia de superfície • Painel de tecnologia de produção a base de madeira • Tecnologia de serraria • Energia • Componentes de máquina e tecnologia de automação • Tecnologia florestal A iniciativa de fundir o "processamento de madeira sólida", "a indústria do Mobiliário" e "woodcrafts" (manualidades em madeira) com a categoria "Ferramentas e Máquinas para Personalização e Produção em Massa", já gerou muitos comentários positivos. A nova categoria vai apresentar tecnologias constituídas de forma integrada, refletindo – de forma mais precisa - como eles são utilizados pelos seus mercados consumidores - agrupando tecnologias aliadas, a mudança vai encurtar distâncias dentro da feira para os visitantes unindo as áreas de exibição vizinhas recém criadas. "O novo layout reflete mudanças na forma como as tecnologias são usadas por nosso mercado-

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LIGNA 2017 APONTA INOVAÇÕES

alvo. O mercado de máquinas para trabalhar madeira de processamento não é mais estritamente segmentada de acordo com a escala de usuários ou tamanho, e os tipos de tecnologia que antes eram distintas agora estão convergindo. Queremos proporcionar uma experiência comercial justa e mais eficiente para todos os profissionais no atendimento, permitindo-lhes mover-se rapidamente e convenientemente entre expositores de relevância para eles. O novo layout foi muito bem recebido por nossos expositores. Na verdade, muitos já se inscreveram para 2017, a fim de garantir os seus locais preferidos no show. Por isso, solicitamos às empresas que desejam participar da próxima Ligna que se cadastrem rapidamente para que possam estar entre os expositores, realizando negócios", comentou Christian Pfeiffer, o diretor encarregado da Deutsche Messe. Outra mudança refere-se à automação de componentes de tecnologia com máquinas e tecnologia de superfície. Estas duas categorias de tecnologia tem crescido na Ligna ao longo dos anos e, portanto, terão suas próprias localizações em áreas centrais a partir de 2017. EDIÇÃO 2015 A edição da Ligna deste ano, contou com 1.552 expositores, dos quais 56% eram de outros países. Juntos, eles ocuparam uma área de quase 122 mil metros quadrados, expondo seus produtos, com muitas máquinas e equipamentos. As nações que

participaram da feira com maior número de empresas foram Alemanha, Itália, Áustria, China, Suécia e EUA, mas o Brasil marcou presença. Durante a feira, a organização do evento registrou um total de 93.099 – dos quais 40% eram do exterior. Os visitantes conferiram as e examinaram as últimas inovações da indústria saíram da feira já pensando em iniciar grandes investimentos em novas tecnologias. "Os expositores tiveram retorno. Muitos negócios ainda estão sendo feitos a as expectativas são promissoras, que terão como resultado um forte crescimento internacional do setor. Para nós e nossa parceira, a Associação dos Fabricantes de Máquinas para Madeira da Alemanha, isso fornece uma boa base sobre a qual a introduzir uma série de alterações estruturais para a próxima temporada LIGNA", disse Pfeiffer. O portfólio de eventos da empresa inclui feiras líderes mundiais como a CeBIT (TI e telecomunicações), HANNOVER MESSE (tecnologia industrial), BIOTECHNICA (biotecnologia), CeMAT (intralogística), DIDACTA (educação), DOMOTEX (revestimentos para pavimentos), INTERSCHUTZ (fogo prevenção e salvamento) e LIGNA (processamento de madeira e silvicultura). Com aprox. 1.200 colaboradores e uma rede de 66 representantes, subsidiárias e filiais, Deutsche Messe está presente em mais de 100 países em todo o mundo. Sobre a Deutsche Messe AG Com uma receita de 280 milhões de euros (2014), Deutsche Messe AG se classifica entre as dez maiores empresas de feiras mundiais e opera o maior centro de exposições do mundo. Em 2014, a Deutsche Messe promoveu 134 feiras e congressos ao redor do mundo - eventos que contou com um total de mais de 41.000 expositores e cerca de 3,6 milhões de visitantes. Por Anja Brokjans com tradução Madeira Total.


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NOSSA CAPA

MINUSA: EXPANDINDO OS LIMITES TECNOLÓGICOS PARA O SETOR FLORESTAL

SANTA CATARINA

A empresa iniciou suas atividades e devido às dificuldades em conseguir peças necessárias para os consertos (na época eram importados), passaram a desenvolvê-las e também fabricá-las.

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Indícios incontestáveis sugerem que estamos vivendo uma nova era também no setor florestal. Está nítido que a tecnologia está profundamente ligada às mais variadas atividades em todos os setores. O campo, a floresta, a construção civil e a mineração não ficam de fora. Em um mundo definido por esta força tecnológica, se vê que as empresas buscam cada vez mais as análises de dados para sobressair no mercado. Por outro lado, nem sempre estas análises são feitas de maneira inteligente. Devemos consider que todas as informações de uma organização precisam ser contempladas e no setor florestal, especialmente aquelas que estão além das paredes dos escritórios - como os novos padrões meteorológicos, rendimentos de suas máquinas e equipamentos, qualidade

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UMA NOVA ERA

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Inovação e empreendedorismo nos mais de 48 anos de trabalho. Tudo começou em 1967 com uma oficina mecânica especializada na manutenção de tratores em Lages - Santa Catarina, oferecendo assistência técnica aos madeireiros e agricultores da região. O que era uma simples e pequena empresa, ao longo dos anos, tornou-se a maior indústria do hemisfério sul, dominando 53% do mercado brasileiro de peças de reposição para tratores de esteiras. Preparados para atender grandes demandas, atualmente a fábrica encontra-se instalada na mesma cidade em uma área de 100.000m², com área construída de 20.000m², onde se concentra a fundição, forjaria, laminação, usinagem, tratamento térmico e toda logística necessária às atividades. Com a matriz instalada na capital nacional dos Negócios - São Paulo, a empresa ainda dispõe de 23 filiais distribuídas por todo o território brasileiro. Por suas similaridades, a Minusa firmou parceria com a finlandesa Logset Oy que está presente no mercado mundial há mais de 25 anos e em mais de 30 países. A união trouxe benefícios para o setor florestal brasileiro, pois há disponibilidade de seus tradicionais produtos e também do portfólio da LOGSET no Brasil: são seis modelos de cabeçotes - TH45, TH55, TH65,TH75 TH75X e TH85; cinco modelos de Harvesters de pneus - 5HP GT, 6HP GT, 6HP GTE, 8H GT E 8H GTE; sete modelos de Forwarders 8x8 - 4F, 5F, 5FP, 6F, 8F,10F e 12F; e um acessório multifuncional, o THX tender (extensor que acopla o cabeçote junto a concha escavadora, mantendo duas operações com uma única máquina base). No que atém-se o pós-venda, o tradicionalismo de serviços de rápido atendimento e peças de reposição a pronta entrega fortalecem-se com treinamento e amplo suporte ao cliente.

dos treinamentos, tendências de mercado e econômicas, ergonomia, entre outras. Grandes empresas estão colocando esta estratégia em prática tornando-se verdadeiramente analíticos. A Minusa tem somado forças às empresas que querem desenvolver uma abordagem mais inteligente de análise destes dados. Com sistemas pioneiros, como por exemplo, o programa "Sua Máquina não para", "Monitoramento Técnico" e também os treinamentos "On The Job", eles continuam a expandir os limites da tecnologia para o setor florestal.

O FORWARDER 8F GT

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Analisando mais profundamente o Forwarder

1973 FILIAL EM PARANÁ Abertura da filial, posteriormente a do Rio Grande do Sul e São Paulo - capital.

8F GT, este oferece baixo consumo com alto torque em baixa rotação. Tem resistente articulação central e robusta estrutura fechada com cilindros hidráulicos que garantem estabilidade para a máquina na hora de dirigir e carregar. Outras vantagens: ▪ Baixo nível de ruído e alta qualidade do estofamento para mais conforto na cabine; ▪ Luzes traseiras potentes e bem posicionadas; ▪ Bomba hidráulica para abastecimento de tanque de combustível e tanque de óleo hidráulico; ▪ O design dinâmico permite a abertura manual da grade do radiador para facilitar a limpeza; ▪ Gruas robustas Mesera-Loglift que foram desenvolvidas para a alta exigência dos equipamentos florestais; ▪ Transmissão confiável NAF, com otimização da engrenagem - controlada pelo sistema de controle TOC para alto esforço de tração; ▪ Oferece combinações alternativas de armazenagem de carga: cabeceira telescópica, fueiro traseiro extensível e expansível, skidbunk giratório e telescópio traseiro. Vale destacar que os equipamentos da Logset são capazes de antecipar-se a erros que eram anteriormente comuns, como por exemplo as ações que otimizam todo o processo de medição - o sistema TOC MD. O pré-descasque automático, juntamente com o controle

1978 BARRACÃO EM ÁREA INDUSTRIAL

Início das ampliações do empreendimento. Foram diversos investimentos para a construção do barracão em área industrial. Conclusão em 1982 com uma área de 20.000m².

1996 PRIMEIRA EM SERVIÇOS

Início da fabricação do elo de esteira com sua marca e do processo de forjamento - por consequência torna-se a primeira indústria nacional a disponibilizar toda parte rodante do trator.


Madeira Total: Muito se fala sobre a importância da ergonomia nas máquinas florestais. De que forma ela interfere na produtividade? Valdecir: A produtividade está associada ao nível de satisfação dos trabalhadores e isso afeta diretamente a qualidade do trabalho e consequentemente a produtividade. Portanto, conhecendo as principais queixas dos trabalhadores em suas atividades, torna-se possível a adoção de medidas ergonômicas, com propósito de melhorar a saúde e segurança dos operadores promovendo melhor rendimento do trabalho e aumentando o lucro.

Madeira Total: O que é feito para diminuir os solavancos das máquinas e melhorar a estabilidade? Valdecir: As cabines são acopladas em cima do chassis e ligadas por coxins de amortecimento que diminui as vibrações. O pneu é outro fator muito importante para auxiliar nessa questão, quando aplicado em situações corretas. Muito importante é o treinamento operacional. Será neste momento que o operador aprenderá técnicas

de deslocamento seguro e ambientalmente correto. Madeira Total: Em relação a iluminação, de que forma ela interfere no trabalho do operador? Valdecir: O trabalho eficiente com bom rendimento, produtividade e principalmente seguro, só será possível se o operador tiver o domínio completo das tecnologias intrínsecas das máquinas. Para tê-lo completamente se faz necessário uma boa visibilidade, por esse motivo a iluminação é um item de extrema importância numa máquina florestal. Disponibilizamos nas maquinas LOGSET bem como em customização de máquinas, iluminação de alta qualidade sendo Led, Alógenos e Xenon. Mais informações: www.minusa.com.br.

A Minusa nos proporcionou a oportunidade de subir de patamar, trabalhar com seus equipamentos nos fez progredir em todos os sentidos, e tudo isso nos foi passado graças a confiança mútua entre nossas empresas." HENRIQUE MATHEUS GOEDERT - LG Madeiras.

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SOBRE O CABEÇOTE LOGSET TH65 Versátil, foi desenvolvido para a aplicação desde o desbaste até o corte raso. Entre as principais características, o cabeçote destaca-se por sua capacidade de cortar árvores de até 65cm de diâmetro. A grande potência aliada ao pouco peso do implemento, torna-o adequado para gruas de longo alcance. Muitas opções estão disponíveis para diferentes necessidades como por exemplo, rolos de alimentação alternativos, kits de processamento de galhos, bioenergia, sortimento e tratamento de cepo. Os níveis de automação flexível e o modo de sequência ajudam o operador a obter uma maior produtividade. As sequências se adaptam às fases de trabalho, proporcionando ao operador a liberdade de interromper a operação ou continuar o processo. Abaixo, a entrevista sobre a produtividade e segurança dos operadores - cuidado fundamental para otimizar a colheita florestal. As respostas foram concedidas por Valdecir Schoeder, Coordenador de Manutenção Florestal da empresa.

cialmente o software utilizado nos equipamentos florestais quando em operação ou manutenção e no caso do Forward 8F, por exemplo, existe o sensor de porta aberta, em que o software identifica se a porta está aberta nesta posição e impede que o operador acione o sistema hidráulico da máquina. Outro quesito importante são as luzes de acompanhamento: É programado no sistema o tempo que o operador leva para sair de dentro do talhão, nesse período as luzes se manterão acessas e se apagará automaticamente. Já no caso de abastecimento nos Forwarders e Harvesters da LOGSET, eles contém bombas de abastecimento de diesel e óleo hidráulico, onde o próprio software identifica quando está em nível máximo e desliga automaticamente evitando derramamento de inflamáveis sobre a máquina. Muito moderno também é o sistema de câmeras - instaladas nas máquinas para que sirvam de referência ao operador em pontos cegos; o banco com suspensão a ar - onde o operador regula a altura para melhor visibilidade do campo de trabalho. Outro ponto importante é o da Grua, que é regulada no sistema da máquina com um simples click e finalmente sobre a velocidade constante: pode ser regulado e acionada a velocidade de deslocamento quando em operação, assim que o operador começa a movimentar a grua, a máquina começa a se deslocar sem precisar que se acione qualquer comando para esta ação.

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de tração e o descasque automático garantem resultados finais de qualidade.

A satisfação é garantida pela rápida assistência. Sempre quando precisamos, a solução é na hora, não ficamos com a produção parada por falta de peças." CLAUDIOMAR RIBEIRO - Zappellini Florestal

Madeira Total: Existem fatores presentes no dia a dia do operador que influenciam diretamente no rendimento e em acidentes do trabalho. Então, o que é levado em consideração no momento do desenvolvimento das cabines das máquinas da LOGSET e por quê? Valdecir: Fatores como a segurança na estrutura, ruídos, vibração, maior visibilidade, fácil acesso ao posto de trabalho, facilidade de acesso aos comandos, iluminação posicionada e potencializada e ainda a climatização são aspectos relevantes observados ao máximo no desenvolvimento das cabines de máquinas florestais, para diminuir a possibilidade de riscos, melhorando a saúde e o bem estar do trabalhador. Madeira Total: Quais as tecnologias disponíveis para garantir a segurança do operador com os equipamentos LOGSET? Valdecir: A LOGSET possui mais de 180 opcionais de segurança. Entendo que é importante destacar espeFoto: divulgação

1998 CERTIFICAÇÃO NORMA ISO 9001

Com o conceito de qualidade fundamentado há muitos anos, conquistou-se a certificação na Norma ISO 9001. Desde então, mantém-se certificada no sistema de gestão da qualidade.

2013 PARCERIA INTERNACIONAL

Firmou-se com a finlandesa Logset OY, o fornecimento de máquinas da marca no Brasil - ampliando-se também graças à parceria em seu portfólio soluções completas para o sistema de colheita CTL (Cut-to-Lenght). Chegada do primeiro cabeçote da marca no Brasil.

2015 A MAIOR DA AMÉRICA LATINA

Reconhecida como a maior fabricante de material rodante da América Latina, fabricando, comercializando, importando e exportando peças de reposição para tratores de esteiras e escavadeiras. Chegada do primeiro Forwarder Logset no Brasil. www.madeiratotal.com.br

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Foto: divulgação

SUSTENTABILIDADE

UM IMPULSO PARA O HOMEM DO CAMPO A Himev, empresa catarinense de origem portuguesa oferece máquinas extremamente resistentes nas atividades de trituração em vegetação grossa e de grande dureza. Um dos segredos: respeito ao meio ambiente e ao produtor aqueles que buscam maior rentabilidade em seu negócio do campo. Comparativamente, o trabalhador do campo no Brasil gera em média o equivalente a um décimo do que produz o mesmo profissional nos EUA, segundo informações recentes do Ibre - Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Ou seja, o padrão de eficiência no Brasil é menos homogêneo quando comparado ao modelo americano. Outra prática ainda comum no Brasil são as queimadas. Um problema que atinge a economia local e desencadeia entre outros malefícios, danos para a floresta que se vê devastada; a baixa produtividade do solo; o extermínio tanto da flora como da fauna silvestres; assim como a emissão de gases nocivos para a saúde de todos. Contudo, quantificar o custo social decorrente da queima do mato ainda é difícil- já que tornam escassos os recursos naturais. Oferecendo soluções ambientalmente

corretas e com exclusividade no sistema robusto de corte, a Himev destaca seus tradicionais equipamentos para o homem do campo, destacando-se a otimização do tempo, baixa manutenção, baixo consumo de combustível e de conservação dos recursos edáficos. Os equipamentos Himev, são ideais para produtores rurais que buscam soluções para aumentar a receita de sua propriedade.

aço especiais de alta qualidade, grande durabilidade e forte desempenho que criam uma estruturaforte e robusta projetada para atender demandas intensas de trituração de grandes áreas com altíssima eficiência. As lâminas podem facilmente ser afiadas com uma simples esmerilhadeira-na máquina. Tornando a manutenção em uma atividade de apenas alguns minutos.

SOBRE OS TRITURADORES FLORESTAIS ECOTRITUS DA SÉRIE HP Com rotores equipados com lâminas de

PORQUE AMBIENTALMENTE CORRETO? Em comparativo, podemos exemplificar:

PROCESSO TRADICIONAL 1 Cortar a vegetação 2 Realizar queimada 3 Limpeza do terreno 4 Preparação do solo

PROCESSO HIMEV 1 Corte e picagem da vegetação que vira adubo, deixando o solo saudável rico em nutrientes e pronto para o plantio. Para saber mais, acesse: www.himev.com.br

Os trituradores florestais Himev da série Ecotritus HP, são máquinas especialmente fabricadas para executar trabalhos de trituração em vegetação grossa e de grande dureza. São preparados para suportar longos períodos de trabalho com mínimo de manutenção.

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BIOMASSA

MS PODERÁ RECEBER NOVAS TERMELÉTRICAS Foto: Madeira Total

O Mato Grosso é realmente um estado vocacionado para o empreendedorismo florestal. A região que concentra a maior parte do maciço florestal de eucalipto no estado (820 mil hectares), recebe a notícia através de Jaime Elias Verruck - atual Secretário Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, da intenção de investimentos que somam aproximadamente 1 bilhão de reais, vindos de seis empresas. O objetivo de cada uma é instalar novas unidades termelétricas de biomassa no Mato Grosso do Sul. O projeto se concentrará principalmente na região leste do estado, em municípios como Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Bataguassu e Três Lagoas. “Essa produção gera um excedente e nós,

do governo do estado, já estamos fazendo a captação de investimentos que poderão fazer a utilização dessa matéria-prima”, revelou o secretário. Vale destacar que estes tipos de unidades que utilizam a madeira, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos florestais, gás natural ou metano como combustível para produzir bioeletricidade está recebendo estímulos para maiores investimento. No dia 1º do mês de outubro, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a secretaria estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico publicaram o Termo de Referência e Estudo Ambiental Preliminar para auxiliar a instalação de termelétricas acima de 10 megawatts.

Além das seis empresas interessadas em investir na região, existe outra oportunidade para este tipo de empreendimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): o leilão de energia gerada a partir de biomassa. Segundo Jaime, um dos pré-requisitos é “apresentar a Licença Prévia (LP) de instalação e as empresas que nós já captamos necessitam desse documento. Como se trata de uma nova categoria de empreendimento no Mato Grosso do Sul, trabalhamos para disponibilizar um termo de referência padrão para agilizar o processo de obtenção da LP e também para atrair ainda mais investidores”, concluiu o secretário.

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OBJETIVO É RECUPERAR 15 MILHÕES A união de forças entre comunidades, ambientalistas e empresas tem permitido a recuperação da Mata Atlântica, que abriga 20 mil espécies de plantas nativas e 270 espécies de animais mamíferos. Este importante trabalho está representado no vídeo produzido pelo WWF – World Wide Fund for Nature em parceria com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e o NGP (New Generation Plantations). Recuperamos a Mata Atlântica, ao mesmo tempo em que plantamos árvores para produtos de base florestal. Nos chamados mosaicos, as florestas naturais e plantadas se interligam e garantem a manutenção e a preservação da biodiversidade da região”, explica a presidente da Ibá, ELIZABETH DE CARVALHO.

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Pequenos produtores recebem assistência técnica, suporte para a regularização da propriedade e a constituição das áreas de preservação permanente e reserva legal, mudas de árvores e ao final do ciclo e podem vender a madeira para as empresas, ou para o mercado. “A associação com os pequenos produtores também traz benefícios econômicos aos municípios, chegada de escolas e assistência à saúde. Há um desenvolvimento social muito além do negócio”, complementa Elizabeth. Considerando que em 2050 o mundo terá cerca de nove bilhões de habitantes, a demanda por madeira deverá triplicar, é necessário plantar mais e de maneira eficiente. Para isso, integrar e recuperar florestas nativas será, cada vez mais, essencial. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a Associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Para assistir ao vídeo, acesse: http://goo.gl/krwC2b Com informações Ibá.

A feira já está com 60% dos estandes comercializados. Durante os três dias de visitação, os participantes poderão conhecer mais sobre a aplicação da madeira de forma estrutural e decorativa nas construções e terão acesso às novas tecnologias disponíveis no mercado. Além disso, diversos especialistas estarão presentes na feira, trazendo as suas experiências sobre o uso da madeira na construção. “Quem visitar a 2ª Expo Madeira & Construção vai encontrar as últimas novidades, as principais soluções, as tecnologias existentes e as possíveis aplicações da madeira. Muitos países ao redor do mundo já utilizam essa matéria-prima como material construtivo justamente por conta de todos os benefícios que ela oferece, mas no Brasil ainda falta muita informação sobre o tema. Queremos que essa feira ajude a quebrar paradigmas sobre a construção com madeira, fazendo com que o setor avance cada vez mais”, declara Carlos Mendes, diretor executivo da APRE. 2º Expo Madeira & Construção Data: 09, 10 e 11 de março de 2016 Horário de visitação: 14h às 20h Local: Expo Renault Barigui - Rodovia do Café – km zero – BR 277 - Santo Inácio – Curitiba (PR) Informações: http://www.expomadeira.com/

O FOCO É A AUTOSSUFICÊNCIA ENERGÉTICA A Klabin que possui 116 anos de mercado preserva mais de 200 mil hectares de florestas nativas, protege recursos hídricos e tem mais de 80% de sua matriz energética composta por fontes renováveis - o que contribui para a construção da economia de baixo carbono. Em 2016, com o início da operação da nova fábrica de celulose na cidade de Ortigueira no Paraná, a companhia passa a ser autossuficiente na geração de energia elétrica. Com produtos 100% recicláveis, a empresa tornou-se líder nos segmentos em que atua: papéis e cartões para embalagens, embalagens de papal e ondulado e sacos industriais. Vale destacar que nos últimos 20 anos, a empresa conseguiu reduzir quase 1/3 o consumo de água em seu processo produtivo, onde 40% de toda água consumida é reutilizada na produção; o que reflete nos resultados do seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e também em sua competitividade.

2ª EXPO MADEIRA & CONS- MADEIRA NA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL TRUÇÃO 2016: TECNOLOMontana participa do lançamento de eventos sobre uso sustentável GIAS PARA CONSTRUÇÃO da madeira na construção civil, que serão realizados em Curitiba. Profissionais ligados a empresas e entidades SUSTENTÁVEL COM do setor industrial-madeireiro nacional reuniram-se em MADEIRA Curitiba em julho. O objetivo foi a preparação de dois

O mês de março de 2016 será um mês muito importante para o setor florestal paranaense, graças aos grandes eventos que acontecerão em Curitiba. Um deles é a já conhecida Expo Madeira & Construção, que está em sua segunda edição. O evento será realizado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) no Expo Renault Barigui entre os dias 09 e 11. O objetivo do encontro é mostrar as vantagens e os benefícios do uso da madeira como material construtivo, estimulando, dessa forma, a utilização de fontes renováveis na construção civil, em especial a madeira tratada de florestas plantadas.

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eventos a serem realizados, focados na aproximação entre empresas nacionais ligadas à construção sustentada, com uso de madeiras de reflorestamento. Participou desse encontro Humberto Tufolo Netto, diretor comercial da Montana Química e membro da diretoria da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira, uma das apoiadoras institucionais desses eventos. Trata-se da 2º Expo Madeira & Construção Construções Sustentáveis com Madeira de Floresta Plantada e Lignum Brasil – Feira de Transformação, Beneficiamento, Preservação, Energia e Uso de Madeira. Serão realizadas simultaneamente de 09 a 11 de março de 2016, na capital paranaense, Curitiba. Segundo Humberto, esses eventos ajudarão a transmitir ao mercado da construção em madeira reflorestada os avanços da engenharia nas diversas frentes, desde o plantio florestal, passando pela colheita e beneficiamento até a industrialização do material construtivo. “A madeira tratada pode ajudar a diminuir a carência habitacional no Brasil, a custo competitivo e de modo sustentável.”

Entre os aspectos de sustentabilidade da construção em madeira cultivada tratada, Humberto destaca os de maior impacto.

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RAIO-X

Construções em madeira tratada criam estoques estáveis de CO², que é um dos elementos reponsáveis pelo aquecimento global. Além disso, a matéria-prima favorece sistemas de construção mais limpos, de alto desempenho, execução rápida e arquitetonicamente modernos. Estarão reunidos representantes da cadeia produtiva da construção em mostras práticas para que empresários do setor compreendam a evolução da indústria da construção de base florestal, como um dos mais importantes sistemas construtivos em países avançados.” HUMBERTO TUFOLO, diretor comercial da Montana Química e membro da diretoria da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira.

FIBRIA: SERÃO R$ 8,7 BI PARA EXPANSÃO DA UNIDADE DE TRÊS LAGOAS (MS)

A Fibria, empresa de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, já estruturou todo o financiamento para o Projeto Horizonte 2, que ampliará a capacidade de produção de sua Unidade de Três Lagoas, localizada no estado do Mato Grosso do Sul. O investimento total foi revisado para R$ 8,7 bilhões, equivalente a cerca de US$ 2,2 bilhões, uma redução do CAPEX (investimento de capital) inicial de US$ 2,5 bilhões. O Projeto Horizonte 2 As obras já começaram e seguem dentro do cronograma. No dia 30 de outubro foi realizado o lançamento da pedra fundamental do projeto, que deve entrar em operação no último trimestre de 2017. A nova linha de produção de celulose da Fibria em Três Lagoas (MS) irá gerar, ao longo das obras, 40 mil postos de trabalho. Ao final do projeto, 3 mil postos de trabalho serão criados, entre diretos e indiretos. A celulose produzida pela Fibria em Três Lagoas, além de ser vendida ao mercado interno, é levada por transporte ferroviário até o Porto de Santos (SP), de onde é exportada para os mercados europeu, norte-americano e asiático. Somando todas as unidades da empresa, a capacidade total de produção passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano, consolidando a Fibria como a maior produtora mundial de celulose de eucalipto. Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti, a combinação de financiamento e capital próprio permitiu que a companhia chegasse a um custo médio de 2% ao ano, em dólar. A solução financeira para irá melhorar a qualidade de crédito da companhia, reduzindo o juro médio de 3,3% para 2,8%, com vencimento com prazos mais longos. Cerca de 30% do volume total do financiamento – o equivalente a R$ 2,6 bilhões – virão da forte


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geração de caixa da Fibria, que vem registrando recordes operacionais consistentes. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá financiar R$ 1,7 bilhão, caso o projeto, em fase de análise, venha a ser aprovado, o que representa cerca de 20% do total. Para esse crédito, a Fibria se enquadrou no Programa de Incentivo ao Mercado de Renda Fixa do BNDES/ANBIMA e já realizou a emissão de títulos de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que dará acesso a uma parcela maior do crédito do BNDES em TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Emitido pela primeira vez, o CRA teve uma forte demanda e ajudou a estimular o mercado de capitais nacional, com recorde de investidores distribuindo o título: uma participação de 34 corretoras de valores mobiliários. A emissão foi de R$ 675 milhões, com taxa de 99% do CDI. A Fibria tem ainda um financiamento de R$ 1 bilhão enquadrado no projeto da SUDECO (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). O enquadramento saiu em outubro e a expectativa é de conclusão da operação até o final de dezembro. No mercado externo, a Fibria acessou duas linhas, sendo US$ 400 milhões em empréstimo sindicalizado, via pré-pagamento de exportação, com custo médio de taxa Libor mais 1,43% e prazo médio de 5 anos; e outros US$ 300 milhões com a agência de crédito de exportação Finnvera (Finlândia), que financia equipamentos deste país. “Como possui grau de investimento pelas agências de classificação de risco, a Fibria conseguiu, ao estruturar o financiamento do projeto Horizonte 2, acessar as melhores oportunidades de mercado, com linhas aderentes ao perfil do fluxo de caixa da empresa, com contrapartidas das melhores instituições internacionais de crédito”, afirma o gerente geral de Tesouraria, Marcelo Habibe. Importante saber Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. A companhia possui 967 mil hectares de florestas, sendo 563 mil hectares de florestas plantadas e 343 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.

REGENERAÇÃO FLORESTAL E EXTRATIVISMO GERAM R$ 20,8 BILHÕES EM 2014, INFORMA IBGE Segundo pesquisa do IBGE divulgada na primeira semana de novembro deste ano, a produção de extrativismo vegetal e de regeneração florestal no país registrou o valor de R$ 20,8 bilhões, em 2014. A pesquisa, denominada Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (Pevs), indica que o valor de produção da madeira cultivada chegou a R$ 15,9 bilhões e o da madeira proveniente do extrativismo atingiu R$ 3,2 bilhões. O levantamento do IBGE informa que, de um total de 146,5 milhões de metros cúbicos (m³) de madeira em tora, 90,6% originaram-se da silvicultura (florestas plantadas) e apenas 9,4% do extrativismo vegetal. No entanto, a quantidade de madeira em tora proveniente do extrativismo aumentou 1,8%, entre 2013 e 2014. Os dados da pesquisa informam que os 20 maiores municípios produtores responderam por 49,6%

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da produção nacional: destaque para Porto Velho, em Rondônia, com 1,5 milhão de m³; Portel, no Pará, com 1,1 milhão de m³; e Itagimirim, a Bahia, com 467,6 mil m³. Do total, a silvicultura (implantação e regeneração de florestas) contribuiu com 77,7% - o equivalente a 16,1 bilhões de reais. Já a extração vegetal participou com 22,3% do total, um equivalente a R$ 4,6 bilhões. O carvão proveniente de reflorestamento – que faz parte da silvicultura - respondeu por 85,9% da produção desse produto, o equivalente a 7,2 milhões de toneladas; já o carvão resultante do extrativismo vegetal, ou seja, que envolveu a derrubada de floresta, envolveu 14,1% do total da produção. A produção de lenha atingiu no ano passado 85 milhões de m³. Desse total, a produção de lenha proveniente da silvicultura respondeu por 66% da produção. O extrativismo vegetal colaborou com 34% do total produzido.

GERDAU E SUAS FLORESTAS

A Gerdau Florestal está entre as maiores fornecedoras de toras de pinus e eucalipto para a indústria madeireira no país, possuindo hoje uma extensão de 150.000 hectares de florestas espalhadas pelos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. Com faturamento de 43 bilhões de reais, a siderúrgica estuda vender seus ativos florestais, avaliando as melhores oportunidades. O valor de mercado da Gerdau caiu 40% neste ano e infelizmente, mesmo este negócio florestal valendo mais de R$1 bilhão, por ser menos conhecido, acaba não refletindo na Bolsa.

TODOS SAEM GANHANDO O Objetivo do projeto é a contribuição do uso sustentável dos recursos florestais bem como aumentar a eficiência na sua utilização. O Projeto PIMADS busca aumentar a sustentabilidade ambiental, social e econômica da cadeia de produção de pisos de madeira, contemplando o ciclo completo da floresta ao produto final, aproximando a cadeia de produção, integrando o manejo florestal sustentável com o processo de fabricação. Sua execução deve contribuir para melhor conservação e utilização dos recursos florestais, contribuindo também para a utilização sustentável e adequado dos recursos da floresta amazônica brasileira. Importante destacar que o resultado também aparece para todos os envolvidos, visto as melhorias do processo de secagem e produção, agregando valor e qualidade aos produtos, reduzindo a geração de resíduos e aumentando a sua utilização. O projeto contempla também o desenvolvimento de normas técnicas e elaboração de um Programa de certificação de qualidade com treinamento para funcionários de empresas florestais. RESULTADOS ESPERADOS • Incremento da área de floresta sob manejo florestal sustentável (MFS) devidamente aprovado pelo órgão governamental responsável, • Reduzir áreas desflorestadas e queimadas e consumo de madeira de áreas sem manejo, • Aumentar a eficiência da exploração caracterização física e mecânica de espécies de madeira menos conhecidas, • Criar um manual promocional descrevendo espécies de madeira (comerciais e menos conhecidas) utilizadas para a produção de pisos, • Aumento do número de espécies de madeira utilizadas para este fim, • Controle de qualidade, redução dos resíduos e aumento do uso de resíduos para a confecção de novos produtos, • Uso de resíduos para a confecção de novos produtos, • Criar material didático para capacitação em secagem, • Promover cursos de secagem e controle de qualidade e manejo de resíduos, • Estabelecimento de Normas ABNT para madeira e pisos de madeira maciça, "Marca de Conformidade" (oriun-

da do Programa de Certificação de Qualidade) estabelecida para indústrias filiadas, • Cursos para auditores internos de acordo com o Programa de Controle de Qualidade da Anpm direcionado às indústrias filiadas, • Cursos de instalação e manutenção de pisos de madeira, dirigida aos consumidores institucionais e instruções e orientações aos consumidores. O programa tem atuado com uma agenda intensa de palestras técnicas em várias regiões brasileiras para difundir e discutir os processos que levam a utilização da madeira em pisos com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente sendo economicamente viável, onde todos saem ganhando. SOBRE O PROJETO PIMADS Criado em 2011 pela ANPM (Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira), com recursos do ITTO (Organização Internacional de Madeira Tropicais) e conta com a colaboração dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Embrapa/Mapa), Ministério do Meio Ambiente (LPF/SFB/MMA), Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), Universidade de Brasília (EFL/ UNB) e Universidade de São Paulo (Esalq|USP). Mais informações www.anpm.org.br e www.pimads.org.

Feiras e Eventos XVII FIMAI/SIMAI (FEIRA E SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL E SUSTENTABILIDADE) Local: Expo Center Norte - São Paulo - Brasil Data: 11 a 13 de novembro EUROPEAN PAPER WEEK 2015 Local: Bruxelas - Bélgica Data: 17 a 19 de novembro EXPOCORMA 2015 Local: Coronel, Provincia de Concepción - Chile Data: 18 a 20 de novembro WOODEX 2015 Local: Crocus Expo, Moscou - Rússia Data: 24 a 27 de novembro LIGNUM BRASIL 2016 Local: Expo Renault Barigui, Curitiba - PR - Brasil Data: 09 a 11 de março 2ª EXPO MADEIRA & CONSTRUÇÃO Local: Expo Renault Barigui, Curitiba - PR - Brasil Data: 09 a 11 de março XV EBRAMEM 2016 Local: Expo Renault Barigui, Curitiba - PR - Brasil Data: 09 a 11 de março 7ª FIEMA BRASIL 2016 Local: Parque de Eventos Bento Gonçalves - RS - Brasil Data: 05 a 08 de abril 22ª FEICON BATIMAT - SP Local: Anhembi - São Paulo - Brasil Data: 12 a 16 de abril WORLD CONFERENCE ON TIMBER ENGINEERING (WCTE 2016) Local: Vienna - Áustria Data: 22 a 25 de agosto ABTCP - 49ª CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE CELULOSE E PAPEL Local: Expo Center Norte - São Paulo - Brasil 25 a 27 de outubro FIMMA 2017 Local: Bento Gonçalves -RS - Brasil Data : 28 a 31 de março LIGNA 2017 Local: Centro de Exposições de Hannover, na Alemanha Data: 22 a 26 de maio ELMIA WOOD 2017 Local: Suécia Data: 07 a 10 de junho


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