La vie en close

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LA VIE EN CLOSE Por Gilson de Rezendeh


Jairo Rezende, Veneza 2011

Lenir Rezende, Paris 2011

Acredito que a dualidade é necessária para tudo coexistir... e por isso agradeço a dualidade acima representada pela minha existência...


LA VIE EN CLOSE

Por Gilson de Rezendeh


A vida se expressa muito além das palavras…

Ao observarmos o cotidiano, paisagens, animais, árvores, flores, o vento, o sol e as pessoas..., percebemos que a vida nos fala e nos manda mensagens sem a necessidade da linguagem verbal. Como um flanêur de Baudelaire, que assim foi definido por ele “uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la”, representante típico da modernidade, que tentar compreender o mundo a sua volta “flanando” pelas cidades, também podemos perceber, e captar, momentos únicos de nossa existência sem que se faça necessária nenhuma palavra. Parte da magia associada à fotografia em seus primórdios, que levou o próprio Baudelaire a questionar seu valor como arte, e que ainda permanece nesse ato já chamado de “aprisionamento da realidade” consiste justamente em poder captar aquilo que as palavras não fazem e assim mesmo se traduzir sem palavras: nossas expressões, nossos sentimentos, gestos, olhares, congelados e eternizados no tempo, capazes de dizer tanto quanto um milhão de palavras.

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O que busquei aqui foi ser um pouco esse flanêur, que transita pelas ruas em busca do que Cartier-Bresson chamou de o “instante decisivo”, tentando capturar pela lente de minha câmera toda essa fantástica comunicação não verbal que se expressa pelo nosso corpo, pelo nosso jeito de andar, de olhar, de gesticular, de nos relacionarmos com o mundo que nos rodeia, consciente ou inconscientemente. As imagens aqui compartilhadas buscam falar através dessas outras formas de comunicação, aqui evocadas pelo sentido da visão, mas que buscam ir além dela, provocar as sensações, os sentimentos, os sentidos humanos de um modo geral, falar ao eu mais profundo de cada um nós a partir desta busca de fotografar o que não pode ser dito, mas mesmo assim é falado, por toda a nossa complexidade como seres infinitamente “comunicantes”. O convite das fotografias aqui compartilhadas é para que você, leitor, sim, porque ler não se restringe às palavras, possa também “flanar” pelos significados possíveis de cada uma das mensagens aqui reconstruídas...

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BIOGRAFIA

Foto: Edimar Corrêa


Gilson de Rezende, catarinense, começou a se interessar por fotografia aos 15 anos, e desde o início desenvolveu grande interesse e talento na área da fotografia de moda e comportamento. Em 2003 participou do “Concurso Novos Talentos da Moda” realizado pela Semana de Moda Casa de Criadores patrocinada pela Nokia, e no mesmo, ficou em 3˚ lugar. Atuou em Curitiba desenvolvendo projetos com o fotógrafo Ygor Rodrigues e com a agência de modelos Ford Models. Em seu currículo constam trabalhos com o estilista Alexandre Herchcovitch e com os fotógrafos de moda Miro e Luís Tripolli. Em 2011 idealizou duas importantes campanhas, nas cidades de Buenos Aires e Amsterdam, dando início a uma nova fase artística. De sua última viagem a Europa nasceu o projeto “La vie en Close”, propondo uma nova linguagem fotográfica do artista.


A fotografia de fine art A fotografia de “Fine Art” mais que um estilo é antes de mais nada um trabalho de arte, que ao contrario de outras formas de arte, não tem o tempo ao seu favor, sendo definida por frações de segundo, que é o tempo que obturador abre e fecha... Sendo assim, um fotógrafo de arte, muito mais que inspiração trabalha na verdade com o instinto, máquina na mão, ele fotografa como um animal... persegue a sua presa, aperta o botão sem saber o resultado que vira, a conjugação homem, máquina e momento poderão resultar na obra pretendida ou meramente em mais um instante descartável. De qualquer forma será no silêncio do estúdio que o artista definirá se o instinto fez a arte ou se o momento se perdeu... a inspiração dará lugar a transpiração da construção do momento o que vale na verdade é que quando esse momento vier, o fotografado já fará parte da história, porém impossível de ser encontrado, resta por tanto um dilema que contrapõem a arte ao direito . Eu tenho a foto, o momento precioso esta registrado, mas eu não sei de quem é, muito menos tenho a autorização de. Morre o artista? Entendemos que não, se a arte é absolutamente aleatória e posterior a que se conjugar isso com a possibilidade de uma autorização também posterior, o conceito de “Fine Art” é que o retratado agora, obra de arte, possa e deva se manifestar a posterior. Se você se encontrar nesse trabalho, saiba que você virou obra de arte! e como tal você pode concordar com isso ou não, caso concorde a eternidade lhe reconhecerá para sempre, caso não concorde por favor entre em contato pelo email gilsonrezende83@gmail.com

Obrigado.



FICHA TÉCNICA Fotografia e direção de arte: Gilson de Rezendeh Edição: Gilson de Rezendeh Orientação:

Prof˚ Robson Souza dos Santos Prof˚ Carlos Rocha Prof˚ José Everton da Silva

Revisão:

Prof˚ Robson Souza dos Santos

Tratamento de Imagem: Gilson de Rezendeh Diagramação: Gilson de Rezendeh Impressão e acabamento: Digipix


Dados de Catalogação da Publicação Rezendeh, Gilson de La vie en Close / Gilson de Rezendeh Balneário Camboriú- Univali/SC: Digipix, 2011. 1.Comportamento 2. Linguagem corporal 3. pessoas 4. Instante fotográfico



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