Any Magazine 02

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EDIÇÃO 2 ABRIL 2013

FACEBOOK.COM/ANYMAGAZINE

INJUSTICE

Os criadores de Mortal Kombat trazem muita pancadaria para o universo DC. Entenda a história e o que esperar do jogo

Bates Motel Carrie a Estranha

Claymore


PARCERIA: Only Good Animes Apenas o Melhor

OTACRAZY O TAKUS E NERDS

GOGO!

APOIO:

anime portfolio


O conteúdo exclusivo para a revista foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivados 3.0 Brasil.

EDITOR CHEFE: LUIS HUNZECHER

REDAÇÃO:

LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO ROBERTA OLIVEIRA

DESIGN:

LUIS HUNZECHER ALINE FIDENCIO

REVISÃO:

ROBERTA OLIVEIRA

COLABORADORES: JOÃO PINTO (PORTAL CINEMA) EVILASIO COSTA JUNIOR (ANIME PORTFOLIO) TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (AFONTEGEEK) LUIZ FELIPE (OTACRAZY GO) RICARDO SET (ESPAÇO GAMER)

ANYTHING

EDITORIAL FILMES BASEADOS EM LIVROS

Livros sempre foram uma ótima fonte de roteiros. Filmes baseados em livros se tornaram algo muito bem visto pelos fãs e cada dia vemos mais e mais filmes que tiveram essa origem. Algo que não me agrada muito em filmes desse tipo é que perdemos um pouco da magia que temos nos livros... explicando melhor, ao lermos um livro temos uma imagem dos personagens, uma idéia de como nossa mente imagina a cena, e um filme pode estragar essa imagem. O filme nunca, mas nunca vai agradar todos os fãs, cada um é cada um. Um livro sempre terá sua história definida, seu desenvolvimento, porem nossa mente busca aquilo que ela gostaria de ver, sempre daremos valor ao ponto que mais nos agrada. É incrível como ler é uma experiência única para cada um, e como assistir um filme tem o mesmo efeito. Um filme que se baseia em um livro tem que buscar ser único, independente do livro, dar uma experiência que não foi vista no livro, trazer uma visão que não foi vista. Tal tipo de longa sempre trouxe polemica, alguns acertam, outros erram, mas o que se deve faze é trazer para o expectador uma experiência agradável, um momento cinematográfico único.

ARIANE DE SÁ (CASA DO HERÓI) CHRISTIANO (OTAKU ANIMES) CARLÍRIO NETO (NETOIN) FRANK LEMOS (BEEK) ALEX (FATALITY)

Luis Hunzecher - Editor Chefe


ÍNDICE SESSÃO DO LEITOR

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PREVIEW: CARRIE A ESTRANHA

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CRÍTICA: A HOSPEDEIRA

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CRÍTICA: DESESSEIS LUAS

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PREVIEW: BATES MOTEL

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CRÍTICA: THE FOLLOWING

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CRÍTICA: CLAYMORE

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ESPECIAL: ESPORTES NOS ANIMES PARTE 02

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ANÁLISE: KINO NO TABI: THE BEAUTIFUL WORLD

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ANÁLISE: SAIKANO

37

CRÍTICA: SCHOOL DAYS

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PREVIEW: INJUSTICE

43

REVIEW: TOMB RAIDER

47

REVIEW: WALKING DEAD:SURVIVAL INSTINCT

49

OPINIÃO GAMER

53

RETRO GAME: FINAL FANTASY III

54

GIRO GAMER

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PRÉVIA PRÓXIMA EDIÇÃO

61


SESSÃO DO LEITOR

ESCREVA PARA NÓS

Possui alguma pergunta? Crític Elogio? Sugestão? Frase? Recado qualquer outra coisa?

Escreva para magazine.any@gm com

Será um prazer ouvir o que você te dizer.


S!

ca? o? Ou

mail.

em a

ANYTHING


POR LUIS HUNZECHER

MAIS ESTRANHA DO QUE NUNCA

Ca rri e tem outra chan ce n os cin e m a s, e d e s s a v ez muita co isa p od e m ud a r Para quem não sabe a MGM anunciou um remake de Carrie, a Estranha. Esse remake estava previsto para estrear no mês passado (março). Porem problemas e por decisão da produtora, o filme foi adiado até outubro (provavelmente uma jogada de marketing já que 31 de outubro é o dia das bruxas). Com essa nova versão do clássico terror de Stephen King voltando aos cinemas, vem uma pergunta em nossa mente... Será que Holywood consegue ainda extrair algo de Carrie a Estranha? A primeira chance que Carrie teve foi em 1976, com Sissy Spaceck como Carrie White e Piper Laurie como a super autoritária e religiosa mãe de Carrie, Margaret White. No clássico, a personagem principal é extremamente convincente, não sei se é por conta do ano do filme, mas a atuação é mais focada em trazer a tona o susto e o terror, coisa que os efeitos e as jogadas de câmera fazem hoje. A atuação de Sissy é esplendida, e sua mãe, com certeza é a mãe que nunca gostaríamos de ter. Ela realmente assusta, principalmente com sua loucura regada a preceitos religiosos e fanatismo. O filme traz ótimas atuações, porem os efeitos 7

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especiais são deficientes no longa. A cena principal do filme, onde no baile a ‘rival’ de Carrie joga um balde de sangue de porco em sua cabeça, fica a desejar comparado com o que é lido no livro.

Tudo que sucede a cena do baile é


CINEMA

muito bem feito, e traz a tona a loucura que a personagem foi levada e os tormentos que assombram a mesma. Em 2002 tivemos um segundo filme, feito direto para a televisão. Nele, Angela Bettis dá vida a Carrie, mas dá vida a personagem de uma maneira tão convincente, que faz parecer que ela é aquela garota atormentada 24 horas por dia. Por outro lado a mãe que é a personagem que tem algumas das melhores cenas, e que ás vezes assusta mais que a própria Carrie nesse filme ficou devendo. O excesso de roupas coloridas e a passividade com que a atriz Patricia Clarkson atuava fizeram com que toda a negatividade e medo que envolve a mãe se perdesse nesse filme. Além disso, a trilha sonora não colabora com o clima que se tenta passar, fazendo com que a trilha seja mais dramática do que aterrorizante.

Outra coisa que diferencia o filme do feito na década de setenta é o fato de não termos somente personagens negros. Esse fato não adiciona a nada no filme, mas traz um diferencial que não é muito visível ao compararmos os dois longas. Já a cena do baile, possui mais efeitos do que o clássico porem ficou mais cômico do que trágica. A cena ficou mais parecendo do seriado GLEE do que de um terror de Stephen King. Por essas e outras que o remake para a televisão foi bem, beeem inferior se comparado ao clássico.

Agora saltando de 2002 para esse ANY MAGAZINE

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ano, podemos começar a falar melhor do Remake que Chloe Grace Moretz estrela. Nesse filme teremos Julianne Moore como a mãe, trazendo talvez um novo ar para a personagem, trazendo um novo tipo de loucura talvez para ela. Sobre a escolha de Moretz, ela se mostrou mais do que capaz, o filme “deixe-me entrar”, e em sua atuação em Kick-Ass, Tudo leva a crer que estamos vendo uma das maiores promessas da futura geração, que já esta mostrando para o que veio, e tem agora a chance de ser imortalizada no papel de Carrie. Moretz traz muito mais mídia para o filme, mesma saída que a MGM tomou ao escolher Daniel Craig para a versão americanizada de Millenium. Com Chloe a atenção da mídia é bem maior, e as chances de atrair expectadores para ver o que provavelmente já viram são bem mais expressivas. Algo que Moretz tem é expressão, a atriz mirim tem muita expressão em suas atuações, tem muita vida em suas caras e bocas. O contrario do que é necessário nesse filme, isso fará com que Chloe tenha que trabalhar uma atuação mais plana e limpa, ou quem sabe nos impressionar com uma Carrie cheia de vida. Algo que me impressionou foram as

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fotos da cena do baile. Vemos que o filme tentará realmente trazer o terror á tona, e tentar fazer uma cena menos cômica, que é como pode ser vista a cena nos dois filmes anteriores. A diretora Kimberly Peirce com certeza trará melhor o lado feminino que faz parte do filme, mostrará melhor os problemas da exclusão no universo feminino, e esse ponto pode ser um diferencial para o filme. Algo que espero que o filme explore melhor é sobre os conflitos de Sue, uma personagem importantíssima para a historia, e explore melhor o que Carrie carrega, os problemas que a afligem. Em um mundo bem diferente da década de 70, onde bully é tratado como algo abominável, Carrie a Estranha pode causar a mesma polemica que causou quando foi lançado, sendo proibido em muitos países e vetado nas escolas. A diferença é que agora, temos uma base, temos uma expectativa, que espero que o filme possa atender.


CINEMA

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POR ROBERTA OLIVEIRA

CRÍTICA

A HOSPEDEIRA Quando baixas expectativas são atendidas...

E chega aos cinemas um filme com pouca publicidade, fadado ao preconceito por ser baseado na obra da autora de uma das franquias cinematográficas mais odiadas pelos críticos (sejam profissionais ou não) com um trailer que não desperta o mínimo de curiosidade em niguém além das pessoas que já leram o livro... Putz, ta ruim o negócio hein?! Que tal irmos pra história pra ver se melhora? Ok então. Graças aos seres alienígenas conhecidos como “almas”, que ocupam corpos humanos como parasitas, a fome e a violência foram erradicadas da Terra. Pregando uma sociedade baseada na paz e na confiança mútua, as almas perseguem os poucos humanos que ainda não foram parasitados. A protagonista é Melanie Stryder (Saoirse Ronan), uma humana fugitiva que se sacrifica para que o irmão caçula, Jamie (Chandler Canterbury), possa escapar. O corpo de Melanie passa a ser dominado por uma alma chamada Peregrina, que tem por missão vasculhar suas memórias para encontrar rastros de ANY MAGAZINE

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outros humanos que ainda não foram apanhados. Entretanto, a consciência de Melanie ainda está viva dentro do corpo, o que faz com que Peregrina tenha que lidar com a resistência de Melanie como uma voz insistente em sua cabeça, persuadindo-a a não colaborar com a investigação de ‘Buscadora’ (Diane Kruger), que representa a chefe da polícia, digamos assim, das almas. Uma parte do filme quer criticar o rumo que os seres humanos estão dando para o planeta, já que a única maneira de resolver os problemas ambientais e sociais é ser invadido por alienígenas e todos os humanos serem parasitados para não terem controle das próprias ações, que só acarretam em destruição. Lembrando que em certa parte do fillme num diálogo curto, as almas dão a entender que já estiveram em outros planetas antes e que nos mesmos, elas conseguiram coabitar em harmonia com os naturais residentes, o que não foi possível na terra. Porém, são diálogos curtos, pequenas citações


CINEMA esporádicas que são pano de fundo para a mensagem principal do filme: o amor.

Melanie ama Jamie, seu irmão, e se sacrifica por ele. Melanie ama Jared (Max Irons), um garoto ainda humano que ela conhece fazendo um saque e que a primeira reação que tem ao perceber que ela é humana é beijá-la (coitado do rapaz né? Há dois anos sem pegar ninguém, beija qualquer estranha mesmo). Isso nos é mostrado em sonhos de flashbacks que Peregrina tem das lembranças de Melanie, e SIMPLESMENTE após sentir a lembrança dos sentimentos nos sonhos Peregrina também passa a amar Jamie e Jared e decide ajudar Melanie a encontrar seu irmão e seu amor (oi?). O pior é quando elas conseguem encontrar os sobreviventes e Peregrina começa a se relacionar com as pessoas que em um segundo querem dar socos e tapas na menina, e no outro a estão beijando. Peregrina desenvolve interesse por Ian (Jake Abel) mas reluta por ter os sentimentos de Melanie por Jared. Ao mesmo tempo em que fica cada

vez mais próxima de Jamie e vamos nesse ritmo até quase o fim do filme.

A voz de Melanie na cabeça de Peregrina tem a intenção de dar alguma comicidade ao filme, com tiradinhas irônicas e comentários sarcásticos, mas no máximo consegue soltar uns sorrisinhos do público e a relação das duas (Melanie e Pregrina) é mal desenvolvida. Num momento elas são uma parasita alienígena e uma mente resistente do humano parasitado e 10 minutos depois são BFF’s (melhores amigas). Não vou reclamar das atuações, até porque não há nenhum nome de extremo calibre no filme e a atriz protagonista é muito boa carregando 80% do filme nas costas, com uma direção cheia de closes e extremamente focada nas expressões da mesma, tanto nos diálogos internos, quanto nos externos ela se sai muito bem. Algo que me incomodou bastante foi a falta de presença da antagonista, a alma “buscadora” (viram que só citei ela uma vez até agora no texto?) que só se frustrava vez após outra na sua busca por Peregrina e pelos seres humanos sobreviventes. A ação só está lá por estar, não fazendo diferença alguma no contexto do filme. Só me deleitei com as ferraris cromadas e os ANY MAGAZINE

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takes de paisagem extremamente eficientes em provar a afirmação de Peregrina de que o planeta Terra é o mais bonito em que ela já habitou.

No mais, só tenho a dizer que o filme podia ser mais, e eu fui ao cinema com a cabeça aberta esperando pouca coisa, pra que ele tivesse a chance de me mostrar algo, mas ele só foi pouca coisa não me surpreendendo ou frustrando em nada. Saí da sala pensando em quanto tempo gastaram com cenas melodramáticas, de beijos (muitos, muitos beijos) e em quanto tempo podiam ter gasto explicando como aconteceu a invasão do planeta, mostrando mais desses outros mundos onde Peregrina

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peregrinou (Tum dum tss) e mais dessa sociedade perfeita onde você sai do supermercado sem pagar e ganha sorrisos e simpatia em resposta.

DIREÇÃO

FICHA

ESTRELANDO NOTA FINAL

Andrew Niccol

Saoirse Ronan , Rachel Roberts, Shyaam Karra, Diane Kruger, Anderson Cooper, Jake Abel e Max Irons

POR ROBERTA OLIVEIRA


ANY MAGAZINE

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POR ROBERTA OLIVEIRA

CRÍTICA

DEZESSEIS LUAS

INVOCADO NEM PARA AS TREVAS NEM PARA A LUZ... Para aqueles que já assistiram o filme, creio que ficou bem clara a referência que fiz no subtítulo do texto. Dezesseis luas é um romance teen que tenta fazer sucesso usando várias das características usadas em crepúsculo (a famosa saga dos vampiros brilhantes), mas por vários fatores (involuntários talvez) ele consegue ser um pouco melhor que sua inspiração original, mas menos simpático e comercial por isso acredito que falhará em sua tentativa de se tornar a grande nova franquia de fantasia da summit (produtora da outra saga). Em seus primeiros minutos de apresentação, o filme já trata de mostrar a perspectiva do protagonista Ethan Wate (Alden Ehrenreich) sobre sua cidade Gatlin (fictícia, aparentemente localizada no sul dos EUA) e também sobre sonhos que tem com uma garota que nunca conheceu mas, se sente nutrindo sentimentos pela mesma. Parece um tanto louco se pensarmos nisso como uma ideia concreta, porém, é um atrativo poético o romance predestinado. No primeiro dia na escola vemos Lena Duchannes (Alice Englert), recém-chegada na cidade sobrinha do Sr. Ravenwood

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(tachado como satanista recluso e até comparado ao personagem Boo Radley de “O sol é para todos”). É óbvio que a menina vira assunto e sofre preconceito pelas mãos das personagens populares e fanáticas religiosas da cidade. Aliás, quero deixar aqui registrado que é uma das partes mais interessantes do filme a referência á religião. Em certa sequência, em que duas alunas começam a argumentar com sua professora que não querem estar no mesmo ambiente que outra pessoa pelos rumores de ela ser de um segmento religioso diferente e começam a “rezar” em ato de repulsa a essa pessoa, vemos quão fortes e ignorantes ideologias religiosas podem ser afincadas nas mentes das pessoas por seus tutores e que esse preconceito é muito praticado infelizmente. O impacto da sequência, porém, é quebrado quando a personagem demonstra seus “poderes” estraçalhando uma janela. Ok, ok, o objetivo principal do filme é contar uma história de amor, mas peco eu ao tentar buscar mais que isso nas entrelinhas da história coadjuvante?


CINEMA

Talvez sim... A interação entre Ethan e Lena é simpática, os atores tem uma boa química e não são totalmente inexpressivos, os problemas iniciam quando a mitologia mágica é inserida na história. Nessa parte, conhecemos o que são ‘os conjuradores’, que tecnicamente são bruxos que não gostam de ser chamados de bruxos, pois esse é o jeito chulo de chamar quem faz bruxaria (?). Todo conjurador, aos 16 anos, tem o direito de escolher se quer ir para as trevas ou para a luz, menos os da família de Lena os quais são ‘invocados’ involuntariamente pela lua não tendo o direito de escolher se querem ser do bem ou do mal. Lena está prestes a fazer 16 anos e está próxima sua invocação. Ela é um tipo de conjuradora extremamente poderosa e teme ser invocada para as trevas e isso afetar Ethan. Aqui entra a parte: Conjuradora poderosa:“eu te amo, mas não podemos ficar juntos porque eu posso te matar”. Ser humano: “não me importo” Sentiu a vibe crepúsculo? Pois é. Não que eu não goste de romance, e que eu não acredite que o amor é uma causa nobre pra se morrer. Só acredito que mesmo no amor, se deve amar a si mesmo um pouco antes e não ignorar isso pela possibilidade de poder ficar com alguém, mesmo que esse alguém seja um ser mágico poderoso.

Os efeitos são meia-bocas. Os embates não tem nada de empolgante (vide cena involutariamente risível da mesa rotatória de jantar), e o fim é broxante. Porém, a interação entre Ethan e Lena é ótima, o romance no filme é super leve e divertido, a crítica religiosa nas entrelinhas é interessante e os atores estão bem. Aconselho a quem for assistir, assistir com o áudio original. O sotaque sulista no filme dá um ar bastante cômico (na minha opinião) e pra quem entende um pouco de inglês vai ser bem interessante a comparação com o modo que nos acostumamos a ouvir o inglês ser falado nos filmes. No mais, é um filme mediano, que não chega a ser horrível porque tem pontos positivos e não é bom porque seu intuito é ser uma moda e não passar uma mensagem.

DIREÇÃO

FICHA

ESTRELANDO NOTA FINAL

Richard LaGravenese

Alden Ehrenreich, Alice Englert, Jeremy Irons, Viola Davis, Emmy Rossum, Thomas Mann, Emma Thompson, Zoey Deutch

POR ROBERTA OLIVEIRA

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PREVIEW

POR LUIS HUNZECHER

A ORI G EM DA LOUCURA

BATES MOTEL MOSTRA O ANTES DO FI L ME

Clássicos que ganham continuações nem sempre são bem aceitos. Mexer com o que está eternizado, mudar o que é bom, sempre pode causar transtorno ou mal estar. Nessa onda que vivemos agora de Remakes a rodo e muitas continuações de filmes, Bates Motel vem como uma grata surpresa. Bates Motel é audacioso, complexo e belo em sua intenção e execução. Baseado na obra de Hitchcock “Psicose”, o filme conta a história de Norman Bates (protagonista do clássico) durante sua adolescência. A idéia parece simples, mostrar como Bates foi crescendo e criando a personalidade que vemos no filme, porem tudo que gira por trás da história faz com que a série seja magnifica.

A recomendação que faço é que assista Psicose primeiro, pois perde a graça você ver a série sem conhecer a história do filme. Caso não tenha visto o filme o texto pode conter alguns spoilers a seguir. No filme Norman mostra que sua personalidade é perturbada, e que sua loucura é o que motiva suas atitudes. Já em Bates Motel não vemos um Norman assim, ele é um garoto normal, que tem um amor obsessivo pela mãe(interpretada por Vera Farmiga). A mãe, assim como na história de Hitchcock é uma mulher controladora e fria em alguns momentos, e que mesmo assim demonstra fragilidade que toda mulher possui.

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PSI C OSE

A série se ambienta em um misto


SÉRIES

de anos 50 e tempos atuais. Os cenários e figurino remetem aos anos 50, porem vemos Iphones, o que lembra o espectador que a série se baseia em Psicose, mas não segue a história a risca. A relação de Norman e sua mãe se desenvolve de maneira bem envolvente. Vemos o ciúmes da mãe com o garoto, vemos sua loucura com o Marido e temos momentos na série que sugerem uma possível relação incesto entre Norman e sua mãe. Norman é interpretado por Freddie Highmore, o Charlie do Remake da fantástica fabrica de chocolate. Na serie é interessante ver como o ator perdeu seu estereótipo de criança. Ele carregava esse fardo de sempre ter papeis infantilizados e vemos seu primeiro trabalho com um tom mais adulto. Já Vera no papel da mãe de Norman da muita vida a personagem, tornando a historia mais intensa. Bates não é uma obra prima, mas vale a pena assistir. A série supera facilmente outras que temos na televisão

hoje, e bebe da fonte de Hitchcock com muito respeito e sabedoria.

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POR LUIS HUNZECHER

CRÍTICA

THE FOLLOWING Para tentar cobrir a lacuna deixada por House e 24 horas, a Fox traz a tona sua mais nova aposta. Criada e produzida por Kevin Williamson (The Vampire Diaries, Pânico) The Following traz de volta o suspense e assassinatos para a TV. A série é protagonizada por Kevin Bacon (Footloose, O Homem Sem Sombra, Sobre Meninos e Lobos)no papel de Ryan Hardy, e mostra a História de um assassino que através da internet, convence pessoas a cometerem crimes para ele, criando uma rede de assassinatos que o detetive Hardy tenta solucionar. O assassino é Joe Carroll, um ex-professor que lecionava sobre Allan Poe, e matava jovens ao estilo dos livros do escritor. Quando ele é preso(pelo detetive Hardy) ele começa a usar seu carisma e através da internet (usando o computador da prisão) induz pessoas a cometerem crimes ao seu gosto. Quando está no corredor da morte, prestes a ser executado o assassino escapa, e a partir dai começa uma caçada ao Serial Killer. A premissa da série parece bem inovadora, porem é simples sua formula. Mistura de terror, sustos, diálogos bem elaborados e ação. A simplicidade da 23

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formula não desmerece a qualidade. As cenas são muito bem feitas, e a ação do filme é algo de alto nível, ao nível de Jack Bauer.

A premissa de Serial Killer vem em boa hora, pois Dexter que é a referencia hoje em dia nesse nicho está perto do fim, e creio que The Following pode ser uma saída para os órfãos de Dexter. As cenas como já disse, são bem feitas, a única coisa que me incomoda é o fato da mídia estar usando incansavelmente as obras e a referencia de Poe. O fato de se usar não é o problema, mas ver isso em um numero considerável de trabalhos cinematográficos ou televisivos faz com que se torne um


SÉRIES tema cansativo, o mesmo que ocorreu alguns anos atrás com o tema Vampiros. Todas as qualidades da série em alguns momentos não justificam alguns “problemas” no enredo. Bacon carrega nas costas alguns episódios, fazendo com que somente com a presença dele a cena desenvolva ou se torne boa... isso é péssimo para a serie se levarmos em conta que Kevin Bacon é conhecido pelos seus chiliques e estrelismo, que pode acabar causando transtornos dentro do elenco.

Muito clichês são visíveis na série, Algo que o diretor está acostumado(já que ele dirigiu Pânico), dentre esses cliches, alguns que podem ser citados são: como ninguém perceber que o assassino usava o computador para manipular crimes? O fato dele conseguir com um clique causar assassinatos, enfim, muitas coisas que se pegarmos para analisar, nos deixa claro que The Following segue da idéia de que o espectador irá aceitar tudo que acontecer, o que pode decepcionar os telespectadores mais céticos.

A Fox já tentou ingressar no mundo dos assassinos em série. Isso foi oito anos atrás com a série “Killer Instinct”. A série foi um fracasso, sendo chamada por alguns de “kill it, it stinks”(algo como mate isso, isso fede). Porem vemos que a Fox evoluiu, a idéia está madura, o elenco e direção estão bons. O que falta para se tornar uma febre como Dexter foi, House, 24 horas e muitos outras é tentar trazer o publico e prende-los. Sinto que a série consegue cativar, mas não senti a ansiedade que sinto com as séries anteriores. Sei que isso vai acontecer, tem coisas que podem ser melhoradas, mas posso garantir que estamos vendo uma das melhores series de serial killer dos últimos tempos.

FICHA

CANAL PRODUÇÃO ELENCO

FOX Kevin Williamson

Kevin Bacon, Natalie Zea Annie Parisse, Shawn Ashmore e James Purefoy

NOTA FINAL ANY MAGAZINE

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POR LUIS HUNZECHER

LIBERANDO

SEU YOMA

Ot ima s l ut a s e m u i ta e m o ç ã o , e sses são o s ingredient e s de Claymore.

Animes que são de ação, tendem a usar as lutas e cenas de alto impacto para impressionar. Ao fazer isso a história tende a ser rasa e os personagens muito superficiais e sem profundidade. Claymore a primeira vista parece ser um anime de ação ao estilo citado acima, porem, ao assistir temos uma grata surpresa com personagens complexos uma história envolvente fazendo com que seja um dos melhores animes do gênero.

Claymore trata da história de mulheres guerreiras, que em um mundo onde demônios chamados yomas caminham sobre a Terra, essas guerreiras são criadas para combatelos. O detalhe é que as Claymores(como são chamadas) tem metade do sangue de Yoma, dando a elas poderes sobre-humanos.

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Elas são todas loiras e altas, fazendo meio que um estereótipo. Analisando essas características do Anime, podemos pensar “Se trata de uma história da luta do bem contra o mal, então o que tem de tão especial em Claymore?”, e é no enredo que somos surpreendidos.

O ponto mais alto em Claymore ao meu ver seria a intensidade dos personagens e como eles são utilizados na história. Enquanto outros Animes deixam os personagens em segundo plano para focar nas lutas, Claymore tem como carro chefe seus personagens e problemas. Todo o enredo se desenvolve através das ações dos personagens, cada ação tem uma


ANIMES consequência, e isso é claro no desenho, pois todo o enredo se desenvolve baseado nas atitudes das personagens. Isso torna as lutas difíceis de serem previstas, pois em Claymore não temos personagens que não morrem para agradar o publico, quem precisa morrer sofre suas consequências no fim. O fato das personagens terem sangue de Yoma, faz com que elas lutem constantemente para não se transformarem, pois quanto mais se usa o poder Yoma maiores as chances de se tornar um. Esse dilema faz com que aos poucos, vá se desenvolvendo atritos com a Organização responsável pelas Claymores, e aos poucos a história vai tomando rumos mais sérios e menos previsíveis. O ponto alto de Claymore são duas personagens, Clare, a protagonista, que com seus cabelos curtos e sua cara de brava consegue cativar os expectadores, e Teresa, a mentora de Clare. Teresa mais especificamente é uma das melhores personagens que já vi. Ela é a Claymore mais forte que existe, e sua falta de apego com o mundo e como sua história com Clare se desenvolve é algo muito bem trabalhado, e faz o desfecho mais do que surpreendente.

fim. Os personagens começam a se tornar muitos e se tornar algo difícil para o espectador. Explicando melhor, imagine que cada Claymore tem cabelos loiros, olhos prata e uniforme idêntico... agora imagine dezenas de Claymores juntas, bem esse é o cenário das batalhas finais, tornando algo complicado para o espectador e uma tarefa difícil identificar quem é quem. Claymore é baseado em um Mangá, e tenta seguir a risca a formula do mesmo, porem perto do fim o papo é outro, e vemos uma distorção grande do que acontece no mangá. Nos quadrinhos a história é contada até hoje, pois estão sendo lançados volumes da história, já no Anime tentaram dar um fim rápido e quase que definitivo para a história, o que torna meio frustrante a experiência de assistir. Não digo que o final de Claymore foi ruim, mas foi desnecessário. Claymore é uma ótima serie, com ótimas seqüencias de lutas e ótimos personagens. Alguns detalhes podem não agradar um ou outro, porem a historia faz com que valha a pena assistir essa grande produção.

ESTÚDIO EXIBIÇÃO

FICHA

Madhouse Studios/ avex mode/NTV/VAP

0 DE ABRIL DE 2007 ATÉ 26 DE SETEMBRO DE 2007

NOTA FINAL Infelizmente a partir de um momento a história começa a se arrastar demais, entrando em uma luta gigantesca e sem ANY MAGAZINE

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Artigos Otakus DVDs de Anime Exibição de Animes Chaveiros, Bottons e Colares

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POR EVILASIO COSTA JUNIOR VIA ANIME PORTIFOLIO

ESPECIAL

anime portfolio

O ESPORTE NOS ANIMES PARTE 2 Quantos Home Runs vale uma Jump? Animações esportivas de 1967 a 2000 Desta vez vou falar desde o começo dos animes de esporte até as animações no fim do século 20, talvez assim dê para entender como os animes de esporte inspiraram e inspiram tantas pessoas. Para começar a falar de animações do século passado é importante que se tenha em mente que até parte dos anos 80 as animações Japonesas eram reconhecidas quase que completamente pelo expressionismo dos personagens e não pela a animação, então animações desta época encantaram mais pelos roteiros, pelos personagens e pelas famosas frases de impacto do que pela bela animação pela qual os animes são reconhecidos hoje, claro que isso quando falamos sobre as animações para TV. A animação mais detalhada começou a ter uma prioridade maior nos anos 90 devido o avanço nas ferramentas e das técnicas de animação, mesmo assim os elementos que citei acima são de extrema importância e até hoje são o que mais encanta a muitos nos animes. Hoje em dia há um cuidado maior com a animação nas séries de TV, claro que ainda é limitada a qualidade quando se trabalha com séries semanais, mas casos como a utilização de apenas um quadro para toda uma cena não ocorrem mais.

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Tendo isto em mente, começarei a falar de animações esportivas pelo filme Oira no Yakyuu que é bem mais antigo que as animações esportivas para séries de TV, ele é um filme de 1930 no estilo gag mangá (Mangá de comédia com personagens cartunescos) em que mostrava animais jogando baseball, a importância dele ao ser o primeiro filme de animação japonesa a ter como foco um esporte é de mostrar que a união entre anime e esporte são bem mais antigos do que as próprias séries de anime para tv.


ANIMES Agora damos um salto para o ano inicial que é informado no texto, em 1967 quando estreia o primeiro anime de esportes, nada menos que o famoso Mach Go Go Go (Speed Racer), ele não só foi o primeiro anime de esporte, mas também o primeiro a usar dubladores de vários países, o sucesso foi absoluto e então Speed e seu possante Mach 5 abriu o caminho para um dos estilos mais adorados das animações.

Em 1968 vai ao ar o anime de Kyoujin no Hoshi, um dos mangás de baseball mais famosos do Japão, ele foi a confirmação do sucesso dos animes esportivos, misturando drama, o espírito e o esforço dos jogadores de baseball, o esporte mais famoso no Japão, ele foi um sucesso e teve ao todo 182 episódios e diversos filmes, mais que o triplo de episódios que Mach Go Go Go. Após Kyoujin no Hoshi começou a serem explorados os esportes mais diversos. Em 1969 sai o primeiro anime sobre artes marciais, Kurenai Sanshirou (Judo Boy), mostrando ao longo de 26 episódios as disputas de Judô colegial do jovem Kurenai Sanshirou. Ainda em 1969 sai Tiger Mask, um anime sobre luta livre e Attack #1, um anime sobre vôlei feminino colegial que tinha como protagonista a jovem Kozue Ayuhara, mostrando que o sucesso dos animes de esporte não é só de séries com protagonistas masculinos. Ambos Tiger Mask e Attack #1 tiveram mais de 100 episódios. Em 1971 estreou a série que junto a Kyoujin no Hoshi é considerada a principal animação esportiva dos anos 70, Ashita

no Joe, a obra conta a história de Joe, um jovem malandro que acaba entrando para o mundo do boxe e se tornando uma grande estrela deste esporte. Joe é considerado até hoje como um dos maiores personagens de shonen mangá. Também de 1971 é importante destacar a série Akichi no Eleven, a primeira animação sobre o esporte mais amado no nosso país, o futebol.

Em 1972 é lançado o primeiro anime esportivo de comédia, Inakappe Taisho, um anime de comédia sobre Judô. Ainda nesse ano é bom destacar a estreia de Muchen e no Michi (Road to Munich), um anime de vôlei masculino que como destaque principal mostrava um personagem que tinha o objetivo de participar das olimpíadas de Munich, ou seja, desde o começo se havia um interesse por retratar as grandes competições esportivas como sonho dos personagens, o mesmo é visto, por exemplo, em Captain Tsubasa Road to 2002 (Super Campeões). Em 1974 é lançada outra famosa série de ANY MAGAZINE

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anime baseada em um mangá de destaque, trata-se de Ace o Nerae! Era a vez do Tênis, outro esporte muito famoso no Japão e que como no Brasil era um esporte elitista, mas Ace o Nerae era a prova de que mesmo esportes elitistas quando retratado nas animações e mangás se tornam algo popular. Muitos animes de Baseball, e artes marciais se seguiram nos anos 70, do mesmo jeito que animes de vôlei, destaco a série de baseball Dokaben de 1976 que teve 163 episódios, o primeiro anime de Kendo, Ore wa Teppei de 1977 que teve apenas 28 episódios, Gran Prix de 1977, uma série de corrida com foco em corridas mais ao estilo de fórmula 1 diferentemente de Mach Go Go Go. Também destaco Ace o Nerae 2 que saiu em 1978 e Shin Kyoujin no Hoshi, a continuação de Kyoujin no Hoshi. Ambas Ace o Nerae 2 e Shin Kyoujin no Hoshi fizeram bem menos sucesso que as séries originais. Em abril de 1980 estreou o simpático Tsurikichi Sanpei, um anime sobre pesca. A série fez sucesso e teve 109 episódios durando até junho de 1982. Ainda em 1980 sai à continuação de Ashita no Joe, que apesar de não fazer tanto sucesso quanto a original, ainda obteve um grande número de fãs. Em 1981 veio à continuação de Tiger Mask.

Como se viu já no fim da década de 70

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e começo da década de 80 começou a se apostar em continuações de outras séries em vez de séries originais, estaria então ocorrendo um retrocesso das séries originais de animes de esporte? Com a exceção de Tsurikichi não havia nada de muito sucesso no início dos anos 80. Em 1982 saiu um anime de basquete que obteve um pequeno destaque, Dash Kappei, um anime que misturava novamente esporte e comédia. Só em 1983 dois novos grandes sucessos dos animes de esporte surgiriam, a primeira versão de Kinnikuman (Músculo Total) e a primeira versão de Captain Tsubasa. Kinnikuman é uma série caricata sobre luta livre que reacendeu as chamas dos animes de esporte. Já Captain Tsubasa é a mais famosa série de animes sobre futebol. Ainda em 1983 estreou a primeira série sobre lutas entre bonecos/robôs, Plawres Sanshirou. Em 1984 estreou um novo anime tendo, novamente, como foco o vôlei feminino e com várias referências a Attack #1, Attacker You! Ainda em 1984 surgiu um anime focado em corrida de motos, Futari Taka, baseado em um mangá de sucesso da Shonen Sunday. E também em 1984 estreou o primeiro anime de golfe, Ashita Tenki ni Nare! Em 1985 surgiu mais um dos grandes sucessos de animes de baseball, seguindo o mesmo caminho de Kyoujin no Hoshi, mas com mais drama, surgiu Touch. E no mesmo ano surgiu o primeiro anime de golfe de grande sucesso. Pro Golfer Saru. Em 1986 surgiu um anime de Baseball bem original, em que cada partida era uma verdadeira batalha Gou-Q-Chouji Ikkiman. Também no mesmo ano surgiu o primeiro anime de ginástica artística/ rítmica, Hikari no Densetsu que teve apenas 19 episódios. Em 1988 estreou um anime sobre fórmula 1, Mitori in Pista ou simplesmente


ANIMES F. Ainda em 1988 sai o OVA (Original Video Anime) de Ichin Pound no Fukuin (One Pound Gospel), uma série sobre boxe que ganhou um live action de grande sucesso em 2008. Também em 1988 foi lançado Kaze wo nuke! Um anime mostrando o Motocross. Em 1989 sai Yawara! Um anime sobre uma garota praticante de Judô, a série obteve grande sucesso, principalmente pelo fato de o Judô ser um esporte primordialmente masculino. Também em 1989 sai o a série final em OVA do famoso Ace o Nerae.

Chegamos aos anos 90, porém apenas 1991 sai à primeira série de esporte para TV, Shin Seiki GPX Cyber Formula, a continuação de um anime sobre corridas de carro dos anos 80. Ainda em 1991 estreou a segunda série de Kinnikuman, Kinnikuman: Kinnikusei Oui Soudatsu hen. Também neste ano estreou mais um famoso anime sobre futebol, Moero! Top Stricker. E por último em 1991 estreou o simpático Honoo no Toukyuuji: Dodge Dapei, um anime infantil sobre Dodgeball (Queimada).

Em 1992 estreou duas séries de destaque, Ashita e Free Kick, um anime de futebol de 52 episódios e Aa Harimanada o primeiro anime sobre sumô. No primeiro semestre de 1993 os destaques são o shoujo de esportes, Miracle Girls, o insano anime de esporte com mechas, Shippuu! Iron League e o anime Dragon League que misturava futebol e dragões. Em outubro de 1993 surgiu uma das mais famosas e premiadas séries de animação de esporte, com sua mistura bem elaborada de comédia unida às partidas de Basquete, o esporte principal da série. Estou falando de Slam Dunk.

Em 1994 surgiu o OVA Blue Butterfly Fish que explorava a natação. No mesmo ano surgiu duas outras séries sobre Futebol, Soccer Fever e Goal FH. Ainda em 1994, estreou a pequena série Metal Fighter Miku que retratava luta livre entre mulheres usando trajes especiais de metal estreou também a segunda série de Captain Tsubasa, Captain Tsubasa J. Por fim, mais uma série de futebol estreou em 1994, Aoki Densetsu Shoot. Foram muitas as séries de futebol em 1994, mas isso tem um motivo, em 1994 foi ano de Copa de Mundo e a indústria japonesa de animações quis se aproveitar ANY MAGAZINE

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disto. Em 1995 surgiu o maluco Ping Pong Club e nesse mesmo ano surgiu outro aclamado anime de baseball novamente baseado em um mangá de sucesso que mistura Baseball e drama, trata-se de H2. Em 1996 surgiu o divertido anime sobre corrida de cavalos, Midori no Makibao, no mesmo ano, inspirado pelas olimpíadas de Atlanta, surgiu à série de atletismo Ganbarist! Shun além de sair diversos especiais de séries famosas como Yawara! Em 1997 sai a nova versão de Mach Go Go Go, porém não obtém o mesmo sucesso da primeira série e conta com apenas 34 episódios. As surpresas de 1997 ficam a cargo de um novo anime sobre pesca, Super fishing Grander Musashi e Batlle Athletes, uma famosa série sobre atletismo. Em 1998 surgiu a série de arte marcial Sexy Commando Gaiden: Sugoiyo!! Masarusan e a segunda temporada de Grander Musashi. Além do anime sobre softball, Princess Nine. Porém todas as séries de esporte do ano seriam ofuscadas por outra em específico, mas antes de falar desta, ainda em 1998 surgiu Chousoku Spinner, um anime sobre Yoyo. Apesar de todas as séries citadas acima, 1998 foi o ano das corridas de montanhas e dos drifts, pois neste ano estreou uma das mais famosas séries de corridas de carro até hoje, Initial D aparecia pela primeira vez como série de animação. Takumi, Hachi Roku e Trueno viraram termos de referência em séries de corridas de carro.

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Para encerrar, a lista não estaria completa se não falasse do aclamado Hajime no Ippo, lançado em outubro de 2000 e com o foco no boxe. O anime conta a história de um estudante pobre que vivia sendo judiado, mas que se transformou em um herói nacional ao virar um lutador de boxe. A série é baseada em um mangá famoso de George Morikawa iniciado em 1990 e ainda em publicação.

Na próxima edição vocês vão conferir a última parte desse texto sobre os animes de esporte.

anime por olio


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POR RONALDE SACRAMENTO VIA ONLY GOOD ANIMES

ANÁLISE Only Good Animes Apenas o Melhor

Kino no Tabi: The Beautiful World Kino no Tabi é uma adaptação para TV da serie de ligth novel escrita por Keiichi Sigsawa e ilustrada por Kohaku Kuroboshi,. Esse anime é trabalhado de forma episódica contado com 13, tendo como diretor Ryutaro Nakamura (Serial Experiments Lain, Ghost Hound). Produzindo pelo estúdio Genco. A historia segue a jovem Kino, que viaja ao redor do mundo com sua motorrad Hermes, uma moto que possui consciência própria e conversa como um humano. Para conhecer diferentes países, suas culturas e, neste processo, obter respostas para dúvidas que existem em sua mente a respeito do mundo e das pessoas que o habitam. Sempre com um revólver (Persuader) na cintura, capacete transado e uma jaqueta, Kino viaja sem destino certo, mas sempre seguindo uma regra imutável: deve ficar no máximo 3 dias em cada país, período suficiente apenas para captar os sentimentos do local pois, se ficar muito tempo, não conseguirá viajar por todo o mundo. A serie tem como foco principal as descobertas e reflexões de Kino por meio de sua passagem a diferentes países e o encontro com diferentes pessoas, por se uma serie episódica a cada episódio vemos Kino e Hermes passarem por uma

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cidade diferente e refletirem a respeito de aspectos da nossa sociedade que são representados naquele país, na serie são abordados temas com censura, violência, problemas de comunicação , antiga questão do certo e do errado, o trabalho, o avanço da ciência e muitos outros temas. Todos esses temas são muito bem trabalhados, fazendo que o publico reflita a seu respeito, algumas das lições são um pouco mais difíceis de pegar, por isso recomendo que preste total atenção quando estiver assistindo esse anime. Como é de se esperar de uma série que trata de viagens, ela tem um grande numero de personagem, alguns são facilmente esquecidos, mas outros ficam na sua memoria por muito tempo. Mas um fato que não posso negar é que todos dão suporte para a personagem principal Kino. Como disse o companheiro de viagem de Kino é um Motorrad que mesmo sendo uma maquina é a coisa mais próxima de um amigo que a jovem Kino tem. Helmes sempre questiona Kino, e ela sempre o responde enigmaticamente, é realmente muito interessante ver a interação entre os dois. Kino é a minha personagem feminina favorita, sendo que não consigo compara-la com ninguém. Calma, inteligente, habilidosa, difícil de


ANIMES se entender em certos momentos, mesmo não gostando de matar, ela faz isso se necessário sem sentir remorso, em resumo uma personagem única. Kino no Tabi tem uma animação simples, solida que se mantem com a mesma qualidade em todo o anime. O character designer é simples, mas combina muito bem com a ideia da serie. Os movimentos dos personagem são fluidos e feitos com muito capricho. As paisagem são muito bem trabalhadas também. Em Kino no Tabi temos quase que nenhuma musica de fundo, mas isso é bom pois ajuda a passa maior seriedade aos temas ali tratados. As musicas de aberturas e encerramentos são lindas e estão entre as minhas favoritas, eu destaco a abertura All the Way de Mikuni Shimokawa mas o encerramento é lindo também, sendo

cantado por Ai Maeda a seiyuu que faz a voz de Kino lindamente. Kino no Tabi é um anime inteligente, agradável de se assistir, que aborda vários temas diferentes, que tenta discutir com a sociedade de uma forma fria, direta, sem medo, cruelmente sincera, nos prendendo na tela e nos fazendo se surpreender com a forma que o anime aborta seus temas. Não demore muito para ver essa obra maravilhosa, eu recomendo Kino no Tabi a todos que gostam de pensar enquanto assistem animes.

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POR POR RONALDE SACRAMENTO VIA ONLY GOOD ANIMES

ANÁLISE Only Good Animes Apenas o Melhor

SAIKANO Saikano que é a abreviação para Saishuuheiki Kanojo(Minha namorada, a arma suprema de destruição) é uma anime de 2002 produzido pelo estúdio Gonzo ( Afro Samurai, Chrno Crusade, Gankutsuou, Last Exile) baseado no mangá de Shin Takahashi, que é um dos raros casos de anime dirigido por uma mulher, Mitsuko Kase ( Mobile Suit Gundam: The 08th MS Team – Miller’s Report como diretora, City Hunter e Last Exile como roteirista). Esse toque feminino na direção que fez de Saikano uma série tocante, com um equilíbrio surpreendente entre tragédia e romance, sendo retratado de forma realista e convincente. A história de Saikano se passa em Sapporo, a cidade mais importante de Hokkaido . É ali que vivem Chise e Shuji, dois colegas de classe que acabaram de se tornar namorados. Chise é uma garota

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meiga, desastrada e meio lerda da cabeça, possui um jeitinho sincero e simples que toca o coração de qualquer pessoa. Shuji, por outro lado, é um cara mais seco e fechadão, mas, por baixo desta fachada séria, esconde-se um adolescente emotivo e de grande coração, que apenas tem dificuldade de expressa sua emoções. Enquanto os dois vão se conhecendo melhor, acontece o início de uma grande desgraça em Sapporo, com um grande e aniquilador ataque aéreo. Em meio ao desespero de salva sua vida, Shuji tenta encontra Chise, ao encontra-la ele descobre que sua doce e meiga namorada é a arma mais poderosa já criada no mundo, tendo o poder de destruir uma cidade inteira facilmente. Antes de começar a criticar o surrealismo de uma pessoa se tornar uma arma, se lembre que varias series


clássicas e emblemáticas usam de situações irreais como bases para sua historias, e isso não as tornam menos brilhantes. Agora, se preparem para uma das histórias mais tristes que já viram em um anime. Com um tom sombrio em toda a serie, Saikano contar como a guerra muda o dia a dia das pessoas, mostrado uma nova realidade cruel, sem espaço para inocência, com isso os jovens são obrigados a amadurecerem mais rápido a força. Retratado o amor de uma forma mais realista do que estamos acostumados, e temas delicados como sexo e traição são tratados de forma sutil, mas sem meias verdades. Saikano tem uma carga dramática enorme, ainda mais para pessoas que se emocionam facilmente com a morte de personagens e com cenas de destruição em geral que são muito bem feitas e impressionantes nessa série. A luta interna de Chise para manter viva a sua parte humana enquanto seu lado “arma” se toma mais forte com o avança da guerra é umas

ANIMES das partes mais marcantes da série. Por isso a presença de Shuji ao lado de Chise se torna tão essencial, sem ele, a humanidade de Chise seria destruída. Os personagem de Saikano são muito bem trabalhos não apenas os principais, mas também os secundários. A arte dos personagens é bem agradável, bonita e diferente, com uma animação fantástica. Saikano é um anime excepcional, com uma bela historia de amor (das mais trágicas por sinal). É um anime depressivo sim, mas é positivo em alguns momentos. É um anime para se visto com um lenço ao seu lado e de preferência em uma sala escura. Veja e chore com Saikano.

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POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA(EEUCOMISSO) VIA AFONTEGEEK

CRÍTICA

SCHOOL DAYS POR QUE MALHAÇÃO É PARA OS FRACOS

School Days se trata de um um anime meio-Harém/Echii e Seinen [não é romance, nem tragédia...] que conta a estória do estudante de ensino médio Makoto Ito cujo vem admirando uma mina [muito da peituda] durante a ida para o colégio, no metrô; o nome da moçoila: Katsura Kotonoha. Ele meio “sem querer” [seeei] tira a foto da ‘pequena’ pelo celular. Ao chegar lá, sentado ao lado da [quero uma para mim!] Sekai Saionji, que acaba vendo a foto também sem querer, promete unir os pombinhos [ahh tá bom.] Depois de ambos se conhecerem graças às intervenções da casamenteira, esta que de boba não tinha nada, pede e rouba como pagamento um beijo, do Charlie Harper [quem dera] japonês…e ai, começa. Essa crítica terá nessa ordem, Roteiro e Direção, Trilha Sonora, Character Design e Personagens, Historia e Enredo, para depois num segundo texto, a gente discutir como amigos, com toda a humildade de um simples nerd, o Sentido da obra como um

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todo. E não, aqui não teremos Spoilers! Nos últimos tempos andei vendo alguns animes cujos roteiros pareciam seguir uma certa linha de argumentação, mas que depois viraram 180º. Apesar da virada, mantiveram a linha do roteiro. E é quase isso que ocorre nesse belo anime. Apesar de parecer que a história muda de uma hora para outra, ou que mesmo o estilo do roteiro se transforma — de um Roteiro Clássico para um Moderno — a coisa se mantém. Tanto o roteiro é bem [clássico] comum, quanto a própria história que permanece seguindo a mesma linha argumentativa desde o início. Não vou falar mais do que isso…Porque quero falar da história, na História, claaaro! Sobre a Direção, posso dizer que ela foi extremamente inteligente. Apesar de parecer que estamos vendo um Harém, o diretor escolhe por motivos que ficam óbvios depois, dar ênfase ao sentimento


ANIMES

das meninas. Ou seja, se você espera ver um cara feliz se dando bem com as moçoilas, tire o cavalinho da chuva. Aqui o negócio é o inverso. O que vemos são os sentimentos delas, sofrendo muito porque o cara é um pegador. A coisa só não fica insuportavelmente chata [para nós marmanjos!] porque mais uma vez ele [ou ela] foi um gênio. Encheu o anime com ecchi desnecessário, para que nós [manos] não reclamássemos. [só eu não gostei, hehe.] Sobre a trilha sonora,Taí um coisa interessante. Eu como bom [ex-metaleiro] acho que tenho um ouvido musical bom.. [será?]. Pois é, as lembranças não são boas da trilha sonora dessa animação. Não que ela seja ruim/péssima, mas só pelo fato de não chamar minha atenção, posso dizer que foi regular. Também não lembro dela ter atrapalhado enquanto eu assistia — ao mesmo que recordo de ótimos minutos de silêncio enquanto via. Fiquemos com regular. Agora o bicho pega. Eu simplesmente odiei o character design dessa animação. Demorei uns três episódios só para saber quem era quem — tirando a Kotonoha que bem, enfim! Até os meninos não se diferenciavam muito das meninas! Aqueles olhos grandes…Acho que a única coisa que posso falar bem é sobre o ecchi. Não bem como obra de arte — que eu já vi, como em Futari Ecchi — mas tenho certeza que os fãs vão adorar cenas assim: “Meninas sentadas conversando sobre os namorados. O câmera-man japonês vem de baixo da saia [afff] e sobe para os olhos. Depois desce para o sutiã…”

Sobre os personagens, como já falei um pouco acima, o anime não é focado na descoberta sexual do Makoto, ou no que nós rapazes, sentimos. Estamos falando abertamente das meninas aqui. O problema é que ao menos eu, não vi a profundidade necessária para se construir um personagem. Vou explicar. Um ‘alguém’ que você cria enquanto escreve, não possui somente seus gostos, crenças e motivações. Ele possui toda uma forma de lidar com certas situações, na descoberta do mundo, e tudo influi muito com as crenças anteriores. Complicado não? Setsuna, sou seu fã! Mas prefiro a Sekai..hehe Aqui não senti algo assim. Temos “a menina que gosta do cara e vai fazer de tudo para ficar com ele“, “a menina tímida crescida num ambiente cultural japonês clássico“, “a baixinha cheia de sentimentos escondidos”. E por ai vai. Num termo lógico, digamos que são Representações Gerais de pessoas cujas devam existir. São como ideias [portanto universais] que fazemos de algo. Por exemplo, quando digo ‘cadeira‘ falo de todas as cadeiras. Quando digo ‘menina tímida’ falo de todas as meninas tímidas. E não de

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uma em especial, cuja maneira de sentir o mundo difere de todas as outras, como você leitora que pode estar me lendo — Será mesmo? Portanto, apesar de haver uma exploração tremenda e excelente do universo feminino — como Mulher sofre! — não sentimos elas ‘vivas‘, mas ao meu ver, aspectos gerais de certas personalidades: “A menina que gosta de dar, vai dar; a tímida não gosta de ser tocada”. Bom, é só uma opinião . O enredo se mostrou muito interessante. Por mais que pareça mudar ‘de repente’ seus caminhos no decorrer da história — eu tomei vários sustos! — ele é muito pontual. Sabe bem quais caminhos está seguindo desde o início, e mesmo que você não perceba num primeiro momento o que deve acontecer, vai gostar [e muito] do que se dá. Taí, gostei muito do enredo.

a pegação do Don Makoto vai parar, ao mesmo tempo que vai te fazer sofrer bastante com as pobres das meninas. Que lado você escolheria? Ser um menina que vai mesmo buscar o seu amor, mesmo que sendo de outra, ou Aquela que por ter sido criada de uma forma mais dura, cresce tímida e é traída pelo seu amado? Você se negaria como pessoa em algum momento, por ele, sendo qualquer uma das duas? -O público alvo é o feminino, mas por algum motivo, o autor/diretor quer nós [manos] vejamos também. Se recomendo? Recomendo pacas, desde que você tenha coração e figado fortes! O final também vale muiito à pena os 12 ep, hehe. E só posso falar mais da obra dando Spoiler…

ESTÚDIO DIREÇÃO EXIBIÇÃO

FICHA

Estúdio:TNK Keitaro Motonaga 12 EPISÓDIOS

NOTA FINAL A história meus amigos, é que o couro come. Como disse acima, não houve uma mudança de paradigma [como em Chobits] em momento algum, mas ela vai te espantar; ao menos eu senti esse espanto. De maneira geral, o anime que fala para as meninas — e mantém os meninos assistindo pelo ecchi — por um objetivo próprio — que tento falar no texto do sentido da obra — mantém o tempo todo um sentido dual. Temos altas doses de ecchi, adianto que o anime vai te dar alguns [ótimos] sustos, vai te prender sim para saber até aonde

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POR TASSIO BRUNO FERREIRA SILVA (EEUCOMISSO) afontegeek.wordpress.com/critica-de-school-days tree_egggs@hotmail.com


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PREVIEW

POR LUIS HUNZECHER

NÃO TÃO HERÓICOS

Os he rói s da DC de s c e m a p o r r ada em u m jogo replet o de bons grá f icos e golp es em polga nt es .

Ao lado da Capcom, a Marvel produziu alguns dos melhores jogos de luta da história. Desde X Men: children of the Atom até Marvel Vs. Capcom 3. Enquanto isso a grande rival, DC não teve o mesmo sucesso no mundo dos games, Mas isso esta para mudar com o novo jogo em parceria com a Netherealm Studios, Injustice: Gods Among Us. O jogo se passa no universo DC, e é do estilo luta 2D poligonal. Teremos tipos de personagens no jogo, algo como classes. Os Gadgeteers, os Super humanos e os Quase Deuses. Na lista de personagens confirmados já temos Aquaman, Bane, Batman, Mulher-Gato, Cyborg, Deathstroke, Apocalipse, Flash, Arqueiro verde, Lanterna Verde, Harley Quinn, Solomon Grundy, Superman, Coringa, Lex Luthor, Asa Noturna, Raven, Shazam, Sinestro, Super Homem e Mulher Maravilha. O fato de ser a Netherhelm produzindo o jogo da a ideia de que teremos apenas uma versão com capas e collant do jogo Mortal Kombat, porem o método de combate do jogo é mais desenvolvido,e traz uma experiência nova para os jogadores. Os bloqueios serão peça fundamental nas disputas, e teremos animações grandiosas 43

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com personagens voando em direção a prédios, derrubando construções e caindo de grandes alturas. O jogo possui uma mescla de ataques fortes médios e fracos, e isso traz um ambiente amigável para os jogadores novatos e bem agradável para os lutadores de longa data. Outro ponto diferente é o fato das lutas serem diretas, sem serem em 2 ou 3 rounds, isso da uma aparência de pancadaria ao jogo, ao invez de torneio, e esse é realmente o objetivo do game. Existem quatro barras de poderes que quando preenchidas podem executar poderes extrondozos. Por exemplo o Homem morcego faz uma sequência de golpes letais. As fases possuim um ambiente interativo que faz com que o personagem


GAMES

possa usar detalhes do ambiente nos golpes. Batman pode esmagar a cabeça do oponente no capo de um carro, enquanto Superman pode jogar o carro no adversário. Injustice tem um modo de jogo chamado S.T.A.R Lab (igual a torre do desafio de Mortal Kombat). Nesse modo deve se realizar desafios para ir liberando novos. O game se assemelha a um blockbuster. Suas cut scenes são bem feitas, diálogos empolgantes e ótimas sequências de luta e destruição. A transição entre a jogatina e as cut scenes é bem sutil, e faz a interação do jogador ser ainda maior com o game. Injustice tem a chance de ser o game de luta do ano, seus gráficos, personagens e jogabilidade levam a pensar isso. So nos resta ver se o jogo conseguirá nos entreter por muito tempo. O jogo será lançado dia 13 de Abril para Wii U, Xbox 360 e Ps3.

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REVIEW

POR LUIS HUNZECHER

TOMB RAIDER

Os reboots se tornaram moda hoje em dia, tanto nos filmes quanto nos games. E as vezes, sentimos que esse reboot é um tanto quanto desnecessário. Nessa gama de reboots a que mais surpreende é Tomb Raider, que nos traz uma personagem mais realística, um enredo mais intenso e mais ação para as historias de Lara Croft. A única coisa que posso adiantar de Tomb Raider é que todos vão adorar a nova Lara. Tomb Raider Traz uma mais Jovem e mais inocente Lara. Na historia ela embarca em sua primeira expedição para encontrar uma civilização perdida e desvendar seus segredos. No caminho para o objetivo o navio naufraga, e a tribulação se vê perdida em uma ilha um tanto quanto hostil. A ilha é povoada por um grupo de bandidos extremamente hostis e violentos, e a exploração em alguns momentos se torna segundo plano, fazendo com que o objetivo maior seja sobreviver e reagrupar a equipe. Os cenários são bem diferenciados e bonitos. A square enix caprichou em sua engine, e fez com que tanto as paisagens quanto os personagens fossem o mais real possível.

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Vemos Croft escalando montanhas, entrando em florestas, visitando vilarejos abandonados, tudo com muitos detalhes visuais. Desde os pequenos riachos, grandes cachoeiras, grama, os terrenos, isso faz com que sintamos a vida da ilha, e tudo que se encontra ao redor de Lara. Uma das experiências mais marcantes do novo game da exploradora são os momentos de escalada. O cenário é um dos melhores já vistos até hoje. Isso faz com que uma escalada não seja igual as monótonas escaladas de Assasins Creed, a Crystal Dynamics se esforçou para fazer com que uma simples subida tenha desafios, e não se torne simplesmente uma movimentação do ponto A para o ponto B. Boa parte das ruinas Lara explorará como algo opcional, as áreas secretas podem ser encontradas se o jogador procurar as pistas que estão a vista. O combate é baseado em um tiro de Terceira pessoa, onde você pode evoluir suas armas e equipamentos achando pedaços de partes, de materiais ao


GAMES explorar a ilha. O ambiente inicial do jogo, e as skills que você possui no inicio da aventura faz você pensar que o foco do jogo é caçar animais, porem com o tempo o jogo perde esse foco, por isso gastar e evoluir habilidades de caça pode se tornar algo desnecessário. A primeira hora do jogo é bem linear, porem serve para desenvolver o ambiente da historia. Veremos Lara sofrendo muito (Até demais em alguns momentos) mas tudo serve apenas para ambientarmos os objetivos da personagem. Já o restante do jogo é cheio de opções, e não vai decepcionar os gamers.

O elenco do jogo é bem desenvolvido, os personagens tem personalidade, e o jogo tem ótimos dubladores para melhorar o envolvimento na historia. Porem de todos os personagens a nova Lara, pois ela não esta simplesmente embarcando em uma nova aventura, somente em busca de artefatos. Agora ela lida com adversidade, com dificuldades, com questões morais e vai desenvolvendo com o tempo. Temos agora uma personagem muito mais real e

humana. Temos uma Croft que tem seu heroísmo baseado nos problemas que ela supera, e mesmo tendo o sex appeal de sempre, agora a personagem se veste como uma pessoa que acorda e coloca sua roupa mais confortável e mais correta para a situação, não uma pessoa que se veste com a intenção de seduzir. O multiplayer do jogo é um modo competitivos, que não foi muito bem desenvolvido pelos criadores. Pode se ter momentos de diversão jogando esse modo, porem não se compara com outros jogos multiplayer, e esta bem abaixo dos padrões do single player. Do começo ao fim a campanha do jogo traz um mix de historia, puzzles, exploração e combate, em doses que faz o jogador querer mais e mais detonar o game. Se você decidir colecionar objetos, explorar ou decidir seguir a história, em ambas as opções você terá uma ótima jogatina. O novo jogo traz ambientes e uma historia digna de cinema, os detalhes visuais não podem ser ignorados e Lara é uma personagem mais real, mas sem deixar de ser uma heroína. O jogo tem um recomeço, digno de Lara Croft. O jogo é distribuido pela Square Enix e está disponível para XBOX 360, Windows e PS3.

NOTA

GRÁFICO JOGABILIDADE DIVERSÃO ÁUDIO NOTA FINAL

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POR LUIS HUNZECHER

REVIEW THE WALKING DEAD: SURVIVAL INSTINCT Apos certa controveria, apos videos e trailers mal explicados, Walking Dead: Survival Instinct chega as prateleiras. Chega com gráficos que parecem piada para a atual geração, mas com elementos que merecem ser discutidos. Se prepare pois Daryl agora está nos videogames. Survival instinct é baseado na serie da AMC, onde você está no papel de Daryl Dixon, que as vezes encontra seu irmão Merle. Contando as historias dos dois antes de se encontrarem com o Grupo de Atlanta. A primeira coisa que se nota no game são os gráficos. Mesmo com o esforço para fazer um bom visual, o jogo parece com um shooter de sete anos atrás, e os controles as vezes parecem não responder e meio confusos para o jogador. Com o tempo esses pontos podem tornar a jogatina frustrante. Um dos mecanismos chave do game é a stealth kill, onde você mata seus inimigos por traz com uma faca. O problema é que para conseguir fazer tal movimento, você precisa estar atrás do zumbi e apertar o botão da direita(RB). O problema é que o conceito de atrás parece arbitrário, e as vezes você pode chamar atenção de zumbis ao tentar usar essa tática. Por sorte(ou não) a inteligência artificial é bagunçada, e as vezes você pode simplesmente empurrar o zumbi e ficar atrás dele para fazer o movimento stealth. E caso algum zumbi te veja, você

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pode simplesmente correr uma pequena distancia ate perderem o interesse em você. Na verdade você pode correr algumas fases inteiras sem ter nenhum problema, sem sofrer nenhum dano. O jogo tenta convencer que o usar os métodos silenciosos é a melhor opção, mas não existem muitas vantagens nessa abordagem.

Terminal Reality teve boas ideias para tornar o game interessante, porem se perdeu em sua própria vontade. Para viajar de um ponto a outro você vai de carro (sem procurar suplementos ou gasolina) e você pode escolher por que caminho ir, ruas, rodovias, ou vias alternativas. Cada uma com um nível de dificuldade diferente e com recompensas diferentes. Quando você vai a uma missão pode mandar algum sobrevivente que esteja com você para procurar suprimentos. O sucesso da missão dele vai depender da arma que esteja usando, sua condição


GAMES

física, e outros fatores. Esse ponto no jogo é bem positivo, porem merecia maior profundidade e apelo. Walking Dead: Survival instinct é jogável, pode trazer momentos de diversão

por curtos períodos, mas é claro que não atingiu um bom padrão. O visual primitivo e os controles problemáticos são sinais de pouco investimento e tempo gasto. Temos grandes ideias no jogo, mas que sozinhas não conseguem salvar o titulo.

NOTA

GRÁFICO JOGABILIDADE DIVERSÃO ÁUDIO NOTA FINAL

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POR LUIZ FELIPE VIA OTACRAZY GO

OPNIÃO GAMER

OTACRAZY O T A K U S E N E R D S

A PACIFICAÇÃO DOS GAMES Vocês já jogaram Castlevania? Revenge of Shinobi? Sonic? Resident Evil 1,2 e 3? Esse é um dos diversos games que são classificados como difíceis no mundo dos games e por diversos gamers, pois é, a pacificação dos games voltado as dificuldades que os jogos têm exercido recentemente me deu essa vontade de escrever essa matéria. Na década de 80 até a virada do século tivemos alguns jogos que são classificados como impossíveis de fechar a história pela sua dificuldade, alguns desses jogos citados acima foi Castlevania para NES e SNES que é considerado um jogo quase que impossível de se vencer, nós sabemos que os jogos dessa geração são muito fáceis de se jogar. Um grande exemplo é a série de jogos God of War, a franquia sonista está chegando ao quarto jogo, os jogos são muito bons porém, são muito fáceis para se jogar. Os comandos de hoje em dia são quase que automáticos e isso vem conquistando os gamers acredito eu pela facilidade que os games tem tanta facilidade, isso também vem acontecendo graças a tecnologia que está evoluindo ao longo dos anos nos consoles o que facilita a jogabilidade dos games. Um exemplo de um jogo é Uncharted, o jogo é simplesmente sensacional, tanto em gráficos, como na jogabilidade, porém o que pesa o jogo é realmente a facilidade de passar as fases.

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GOGO!

Não vemos mais jogos como Metroid, Megaman X, Revenge of Shinobi, Castlevania e tantos outros jogos que fizeram nossa infância, e assim serem quase impossíveis de serem finalizados. Até mesmo franquias como Resident Evil e Silent Hill deixaram a desejar na dificuldade dos quebra-cabeças as vezes nem existe sequer desafio. Esse é um dos grandes gêneros que decaíram ao passar das gerações, os jogos de terror de gerações passadas hoje são do gênero surviver ou até mesmo de ação. A verdade é que os games de hoje em dia são muito fáceis devido a sua tecnologia, querendo ou não isso vem acontecendo com o tempo. E por isso dizem que “não se fazem mais jogos como antigamente.”, e ainda é uma esperança vermos jogos difíceis de serem zerados, são quase poucos, Dark Soul que diga né?

OTACRAZY O T A K U S E N E R D S

GOGO!


POR CARLIRIO NETO VIA NETOIN

RETRO GAME

A década de noventa, no século passado, reservou muitos momentos interessantes para este humilde blogueiro dentro da temática videogame. O fascínio pelos jogos eletrônicos, que se fazia existir desde a época do Atari, havia encontrado no citado período o seu momento máximo de explosão pessoal. O NES (era dos 8-bit) em muito já auxiliava no processo de imersão aos jogos. O primeiro PlayStation (era dos 32-bit) fez questão de selar tudo com aquela chave de ouro brilhante e reluzente. Entretanto, o Super Nintendo (era dos 16-bit) acabou sendo o real responsável em trazer, para este humilde blogueiro, tudo aquilo que se faça entender por universo dos RPGs. Tudo havia começado com The Legend of Zelda: A Link to the Past. Vários outros títulos deste gênero apareceram no Super Nintendo, mas dois deles ganharam uma atenção e carinho todo especial para a minha pessoa e que, nas próximas duas edições da seção Análises em Geral estarão em pauta para você, nobre visitante. A primeira delas é Final Fantasy VI,

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que apareceu em solo ocidental com outra nomenclatura em 1994 e que, cinco anos mais tarde, começou a ganhar os seus merecidos e envolventes remakes. Esteja convidado, neste momento, à conhecer um pouco mais sobre este jogo, desde o seu enredo até o plot dos personagens e outros detalhes de importância. Mil anos haviam se passado. Desde o grande conflito que envolveu duas raças (a War of Magi), quando o mundo humano resolveu selar o poder mágico para todo o sempre de suas vidas e de suas memórias, os homens passaram a experimentar uma verdadeira revolução tecnológica e industrial. A dita magia não mais fazia parte do cotidiano humano que, dentro de suas possibilidades, buscava seguir em frente por intermédio da evolução em sua tecnologia. As máquinas passaram a ganhar espaço no mundo. Verdadeiros monstros aéreos rasgavam os céus do planeta, podendo ir de um canto ao outro do globo com grande facilidade. No solo, grandes invenções e aperfeiçoamentos industriais

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estavam à disposição da população, tanto para o bem como também para o mal. Entretanto, alguém sabia que o poder da magia ainda se fazia presente no mundo. Um grande Império, poderoso e altamente destrutivo, estava começando a se formar sob a liderança de Gestahl, um senhor obstinado pelo poder máximo. Tendo na figura de Kefka o seu principal aliado, e sendo seguido pelos igualmente poderosos generais Léo e Celes, muitos planos começaram a ser tratados para o uso da magia ao lado da tecnologia. Muitas pesquisas eram feitas no intuito de aprisionar-se o poder das Espers, que as criaturas de grande poder mágico que sumiram do mundo humano após o fim da War of Magi. E quando uma bela jovem foi encontrada, totalmente inconsciente e desprovida de memórias do seu passado, as ilusões do grande Império quanto ao uso da magia se fizeram crescer absurdamente pois, em tal pessoa, fazia-se presente um grande e estrondoroso poder mágico. À esta jovem foi dado o nome de Terra. Sua beleza de grande encanto, alinhada ao sangue de duas raças que corria por suas veias, despertou o interesse do grande Império. Ela possuía um poder latente em seu corpo e, para Kefka, isto era um motivo mais do que suficiente para tentar usar e abusar de tal aptidão. Em um mundo que se mostrava descrente quanto à existência da magia, Gestahl e Kefka estavam frente a algo que, irrefutavelmente, poderia colocar muito temor nos demais reinos e fazê-los sucumbir, sem piedade, ao poderio que já era crescente no Império. Após vários estudos, verdadeiras bestas de guerra foram criadas pelo Império, todas elas possuindo a capacidade de locomover-se à partir da ordem de seus guiadores, sendo possuidoras da capacidade de poder usar da magia dos Espers, que “abasteciam” tão imponente 55

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maquinário bélico e que forneciam aos mesmos um inimaginável poder de destruição. Mas nem tudo soou como o Kefka e Gestahl esperavam. Na cidade mineradora de Narche, até então neutra quanto ao poder do Império, a Terra acabou sendo vencida em combate por um Esper cristalizado. Senso encontrada por um homem aventureiro chamado Locke, a jovem começou a ganhar uma nova vida, onde adquirir a confiança de todos ao seu redor passou a ser uma grande meta. Neste meio tempo ela foi apresentada ao galanteador rei de Fígaro, Edgard, que havia acabado de assumir tal posição após a morte de seu pai. Ele tinha um irmão mais velho, Sabin, que havia renegado a tal direito para poder viver a sua vida como gostava, na prática das artes marciais. Com isto, estava formado um grupo de guerreiros que lutariam contra as ações e expansão do Império, sendo o seu nome Returners. Estes heróis passaram a viajar por todo o planeta, na busca incensante por barrar o avanço do exército de Gestahl. Com tais andanças e viagens, muitos outros aliados foram recrutados e muitos outros inimigos foram conhecidos. Traições ocorreram sendo que, em uma delas, uma bela história de amor e confiança entre o Locke e a Celes acabou nascendo. Neste meio tempo, o Império havia descoberto a localização do continente flutuante (após um evento no qual os portões para o mundo dos Espers haviam sido abertos), sendo que nele haviam os três grandes Espers (em estátua) que poderiam fornecer a Gestahl e Kefka tudo que eles mais queriam, de forma rápida e impiedosa. A faceta de Kefka mostrou-se ser bem mais repugnante, gananciosa e hostil. Ele não pensou duas vezes para trair seu comendante maior, Gestahl, e assumir o Império. Ao tentar o êxito em sua ambição,


GAMES o Kefka se viu “encurralado” pelos três Espers e, neste momento, o mundo como se fazia conhecer mudara drasticamente. Agora em ruínas, o mundo clamava por socorro e, em uma pequena ilha, a jovem Celes começava a trabalhar para poder reencontrar os guerreiros do grupo Returners para, de uma vez por todas, tentar acabar com as ambições doentias do Kefka. Com base no plot mostrado nos parágrafos mais acima, pode-se notar com amplitude que o enredo central de Final Fantasy VI é caracterizado não apenas em uma luta pela sobrevivência, mas também no conhecido apego pela amizade e pela força que ela pode produzir em conjunto, quando várias pessoas se fazem unidas em prol de uma mesma razão.

A ambientação medieval do jogo contrasta totalmente com o avanço tecnológico, pelo qual passa o mundo nele inserido. As pessoas começam a crer no poder da industrialização, não crendo mais no poder da magia como em outras épocas e, acima disto, estando crentes em um futuro melhor para si próprias. Por ventura, muitos dos habitantes desconhecem os reais planos das ações que o Império tem em mente. Final Fantasy VI é carregado de muitos momentos emocionantes ao longo da jogatina. É simplesmente incrível admitir que, em dados momentos do jogo, você se sente na pele dos personagens e começa,

de alguma forma, a deixar as emoções extravasarem. Neste caso, há eventos onde as lágrimas caem pelo rosto sem nenhum grande esforço. Para tanto, basta citar o momento da grande apresentação da Celes na Opera House. Há também o evento no qual a Terra descobre ser fruto do amor proibido entre uma humana e um Esper. Tudo isto para não se citar o triste reencontro de Gau (o garoto da selva) com o seu pai, já no mundo em ruína, na qual a simplória lembrança já faz com que o semblante facial deste blogueiro mude um tanto. O grupo de personagens deste jogo é digno de todo o destaque possível e imaginável. Além dos nomes já citados há, entre os Returners, a presença da simpática e meiga Relm (que adora desenhar, usando isto como um de seus atributos em batalha). Seu avô Strago tem a capacidade de batalhar usando alguns golpes inimigos contra eles mesmos (como um tipo de cópia). O guerreiro Cyan teve o desprazer de ver a sua família morrer ante um ataque biológico do Império ao reino onde vivia e, sendo um exímio espadachim, buscará usar de sua arte para batalhar contra as forças opressoras. Por sua vez, Setzer é um viajante (amante de uma boa jogatina em cassinos) que se culpa pela perda de alguém muito importante para ele.

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Representando o clã dos ninjas no jogo, o Shadow pode ser considerado como um dos personagens mais fortes do mesmo, pois que sua luta se dá pelo que compreende como justo(aparecendo apenas quando se faz importante para ele). Uma das marcas registradas da série, o Mog aparece como efeito surpresa nas batalhas (utilizando de sua técnica Dance para enfrentar os inimigos). Vindo diretamente das terras mais geladas do globo, o abominável Umaro aceita participar do grupo de aventureiros unicamente após ser vencido pelo Mog em batalha. E tem ainda o enigmático Gogo, que copia as ações de seus aliados para poder lutar. A Terra (e principalmente a Celes) traem o Império para se juntar aos Returners. As reviravoltas fazem parte constante da história de Final Fantasy VI, que ganha um importante aliado no que diz respeito ao fator de reter a atenção do jogador em cada momento, sendo que tal aliança provém da parte acústica do jogo, feita pelo grande mestre Nobuo Uematsu. As músicas presentes em Final Fantasy VI são tão dignas de nota quanto se faz aqui citar. No repertório se fazem presentes batidas alegres e tristes, main themes de simplesmente fazer o corpo tremer de emoção e uma imensa quantidade de músicas orquestradas. E se levar em consideração características como o hardware do Super Nintendo, poderás dar total veracidade a afirmativa de que ele, Nobuo Uematsu, foi realmente um gênio por detrás de tantas OSTs fantásticas para a série Final Fantasy como um todo, sendo que o jogo em questão apresentou muitas de suas melhores melodias. Ao escutar uma parte do tema da Opera House, “Aria Di Mezzo Carattere”, ser cantada pela maginífica voz da Montserrat Caballé (isto em uma das CGs do remake de Final Fantasy VI para o PlayStation), a 57

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certeza de que a OST do jogo em questão seja de primeiro naipe e valor não encontra fronteiras conhecidas. E quando se fala de enredo, personagens e sons, uma pauta passa a querer pedir passagem com toda a importância que a mesma possui, sendo esta a jogabilidade. E Final Fantasy VI é um RPG que fez uso do sistema de turnos em suas batalhas. Muito embora venha à se tratar de um sistema muito conhecido (e atualmente um tanto quanto “desgastado” pelo tempo), ele serviu amplamente para os propósitos do jogo. A evolução dos personagens se dava através da experiência acumulada nas batalhas vencidas, o que conferia ao grupo que esteve em luta uma subida de level (acrescida de aumento em seus health points e em outras características). Além da possibilidade de aumentar os health points, uma combinação estratégica de itens equipados podia fornecer atributos extras em cada subida de nível. As magias podiam ser aprendidas por qualquer personagem do jogo, desde que o mesmo estive equipado com uma Esper. Cada

um destes seres místicos, em forma de relíquias, podia conferir ao seu detentor o aprendizado total nas mais diferentes magias existentes. Contudo, vale-se aqui ressaltar que algumas magias mais básicas (como cure e poison) podiam ser aprendidas apenas com o avanço natural de nível, mesmo sem


GAMES ter nenhum Esper junto ao personagem em batalha. Entretanto, este processo de aprender magias (sem os Espers) era demasiadamente demorado e cansativo, pois além do tempo gasto para que se pudesse usar algumas destas artes em batalha, o jogo não dava nenhuma indicação de momento que você a tivesse realmente aprendido (a não ser que tu procurasse manualmente no menu de batalha). Por sinal, aprender magias com os Espers era muito mais eficaz (pelo tempo gasto e pela menção que o jogo dava na hora) e dinâmico, pois muitos destes seres concediam outras habilidades aos seus portadores além dos dons mágicos. Neste contexto, Final Fantasy VI provou possuir uma grande dinâmica em sua estrutura e abordagem de jogo. Com todas as características aqui citadas, fica fácil deduzir que, para os padrões da época, o jogo em questão realmente encontrava poucos adversários em seu encalço (como The Legend of Zelda e Chrono Trigger).

O jogo foi lançado no mercado norte-americano com o nome de Final Fantasy III, pois apenas uma das três versões para o NES havia sido lançada neste lado do globo e, antes dele, o primeiro game para o Super Nintendo já se fazia presente no mercado ocidental. Com isto, o Final Fantasy IV japonês

ficou conhecido como Final Fantasy II nos Estados Unidos (o mesmo ocorrendo com o Final Fantasy VI nipônico, que ficara conhecido como Final Fantasy III em solo americano). O lançamento deste jogo em 1994 simplesmente impulsionou o carisma pelo gênero RPG entre os jogadores que tinham, até então, apenas The Legend of Zelda como grande marco para o console. Na época, a Squaresoft produzia seus RPGs exclusivamente para a Nintendo, desta forma as sagas Final Fantasy e Secret of Mana, por exemplo, desembarcaram unicamente nos consoles NES e Super Nintendo. E o jogo em questão não apenas ajudou a popularizar o gênero entre os jogadores, como foi considerado um dos melhores RPGs da época. Vale aqui ressaltar que Final Fantasy VI ainda é considerado, passados dezenove anos de seu surgimento no mundo, como um dos maiores RPGs de toda a história, fato este atribuído a sua jogabilidade, gráficos simplesmente belos para os padrões 16bit e, sobretudo, pelo seu incrível poder de prender a atenção ao mesmo, graças ao seu enredo e seus cativantes personagens. Já em 1998, a Squaresoft lançara o jogo para o primeiro PlayStation como um tipo de remake para o mercado japonês, introduzindo no mesmo cenas em CG (que eram a coqueluche da época). No final de 1999 foi lançada uma coletânea para o mercado ocidental chamada Final Fantasy Anthology para o mesmo PlayStation, no qual aparecia pela primeira vez (oficialmente) em inglês o Final Fantasy V e, junto deste, o Final Fantasy VI, que mantivera as CGs do remake japonês (além de possuir melhoras na tradução). Como nem tudo que reluz é ouro, a versão de Final Fantasy VI para PlayStation pecou justamente aonde mais se fazia incomodar em boa parte dos jogos para o saudoso console. Tal fato ANY MAGAZINE

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está intimamente ligado com os load times incrivelmente demorados. Para piorar um pouco a situação, havia tempo de carregamento para tudo, desde a entrada em uma batalha, para acessar o menu e até para se explorar certas dungeons. Ainda assim, tal remake sobressaiu-se por manter os belos gráficos da versão Super Nintendo do jogo, e também por melhorar o que já era perfeito, sendo esta uma clara alusão para as composições acústicas do Nobuo Uematsu. Em 2006, os proprietários japoneses do GameBoy Advance ganharam uma versão de Final Fantasy VI. A mesma continha uma sensível melhora em seus gráficos (no uso da paleta de cores, principalmente), além da jogabilidade ter sido incrementada com a adesão de quatro novos Espers para uso, além de uma nova dungeon a ser explorada em divisão de grupos. Os ocidentais receberam uma versão deste jogo em 2007. Recentemente (de 2011 para cá) os proprietários de Nintendo Wii e do PlayStation3 podem baixar Final Fantasy VI (versões originais, respectivamente) para jogar nos citados consoles, através da Wii Virtual Console e da PlayStation Network. Nota-se claramente que Final Fantasy VI é um jogo que se negará a morrer. Seja pelos remakes lançados ao longo dos anos ou pelo clamor que seu enredo e personagens oferecem até hoje, este é um jogo que mostrou como um RPG pode realmente ser bem construído, chamativo e, acima de tudo, cativar por um longo período. Muito embora seus gráficos sejam considerados ultrapassados par os padrões mais atuais, Final Fanatasy VI soube acertar onde era preciso, o que rende muitas glórias para o citado jogo até os dias de hoje. Da incorporação dos personagens junto ao enredo e ambientação do jogo, 59

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passando pela estrutura acústica e visual e deparando-se com as reviravoltas incorporadas durante as horas de playgame, pode-se afirmar com toda a certeza que Final Fantasy VI é realmente um marco. Um RPG que soube deixar o seu legado, à partir de um trabalho muito bem feito e conduzido pela equipe de profissionais à frente dele. O jogo tem muitos pontos positivos para se destacar e, mesmo que não consiga atrair a sua atenção em razão de seu visual parte técnica já antiguadas, este é um RPG que certamente tem a sua cadeira cativa no hall dos melhores do gênero. Por tudo que foi aqui mostrado, Final Fantasy VI é um título que merece ser por você ser apreciado e jogado. Tendo a oportunidade não deixe a chance passar, e jogue esta verdadeira pérola da época do Super Nintendo, com toda a calma e atenção que a mesma merece.


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POR RICARDO SET VIA ESPAÇO GAMER

GIRO GAMER FINAL FANTASY X HD

Segundo Shinji Hashimoto da Square Enix, um anúncio oficial de Final Fantasy X HD vai ser feito em breve.

NiP DERROTADOS

Após 85 vitórias seguidas e diversos títulos conquistados, o Ninjas in Pyjamas teve a hegemonia derrubada ao ser batido pelo Virtus.pro por 2-0 na Grande Final do SLTV StarSeries V Finals, realizada no dia 07 na CyberSports Arena, em Kiev, Ucrânia. Antes destas disputas, os dois times haviam feito uma das semifinais que foi marcada pela primeira derrota do NiP em eventos em lan desde que o CounterStrike Global Offensive foi lançado, em agosto de 2012.

BATMAN: ARKHAM ORIGINS

Os rumores eram verdadeiros. Batman: Arkham Origins é realmente o novo game do Homem-Morcego, conforme revelou a revista Game Informer na manhã do dia 09. O título chegará para PS3, Xbox 360, PC e Wii U no dia 25 de outubro. E essa não é a única novidade. Confirmando outros rumores antigos, o título vai se passar antes de Asylum e City, mostrando um Bruce Wayne mais novo e inexperiente dando seus primeiros passos — e saltos — como um vigilante mascarado. E para enfrentá-lo, ninguém menos do que o vilão Exterminador, que passará por Gotham City na tentativa de acabar com o Morcego.

THIEF

De acordo com Stephane Roy, produtor de Thief, o novo game da série será um pouco mais “pé no chão” que os anteriores. Assim, aspectos mágicos serão deixados de lado em favor de uma abordagem realística e “acreditável”. Por conta disso, não haverá zumbis em Thief. Em vez disso, Roy afirmou que a Eidos prefere manter apenas uma abordagem contendo elementos místicos, mas ainda dentro do campo do possível. O produtor também lembra que o novo game não se trata nem de uma sequência nem de um prequel dos outros games da série, mas se trata sim da interpretação da Eidos sobre a série.

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POR LUIS HUNZECHER

MOBILE GAME SUPER MONSTER ATE MY CONDO JETPACK JOYRIDE

Jogos para fazer sequências (bejellow, tetris, etc) existem a rodo no mercado, principalmente no mercado de apps. Porem, a Adult Swim junto com a a PikPok nos traz uma experiência única com um jogo de fazer sequencias de 3 corres Chamado Super Monsters Ate my Condo. O jogo é viciante, e muito simples, onde o objetivo é fazer sequencias tirando tijolos do prédio, de preferencia dando para o monstro da mesma cor, e ao mesmo tempo que se faz sequencias você deve fazer de tudo para o prédio não cair( ao dar uma cor errada para um monstro ele vai ficando cada vez mais irritado). O conceito simples, visual bem feito e a comicidade do jogo faz dele um dos melhores para mobiles. Com o tempo novos tijolos são liberados, novas habilidades, o que faz com que a jogatina possa durar um bom tempo. O jogo é gratuito e está disponível na App store e na Google Play. O jogo foi testado em um Xperia U e rodou tranquilamente.

Jetpack Joyride não é novidade para muitos, mas isso não tira o mérito desse jogo extremamente viciante. A dinâmica do jogo é simples, chegar o mais longe possível usando um jetpack, desviando de Lasers, Campos elétricos, misseis, etc. O objetivo por ser tao simples faz com que a qualidade do jogo seja mais visível. No jogo você pode pegar veículos para poder ir mais rápido ou mais fácil pelo corredor que o jogador atravessa. Os veículos vão desde uma moto ao estilo exterminador do futuro até um dragão metálico similar a Sheng Long. Os veículos são a melhor parte do jogo, que possui também muitos upgrades, que ao meu ver são caros se compararmos com a quantidade de dinheiro obtida no jogo. O game é gratuito e está disponível na App Store e Google Play. Ele foi testado em um Xperia U e não teve problemas.

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PRÉVIA

DRAGON BALL: BATTLE OF THE GODS PRÓXIMA EDIÇÃO DIA 10/05


ANY MAGAZINE Primeiramente gostaria de agradeçer a todos que baixaram, leram e contribuiram para essa revista. Essa revista tenta trazer analises e críticas de varias pessoas diferentes, para tentar agradar você leitor. Espero muito que esse projeto consiga ir para frente e que tudo de certo. Para que funcione, gostaria de contar com a ajuda e o apoio de todos. Continuem acessando, enviem conteúdo(a revista como disse, é aberta para receber conteudo de qualquer um) e principalmente, divulgue. A intenção desse projeto é fazer algo que consiga agradar vocês, nem que seja somente uma materia que voces considerem boa... sinto como se meu objetivo estivesse concluído. Agradeço muito a todos, e que essa seja a primeira de muitas edições. Agora que terminou sua leitura, acesse nosso site, e veja muito mais conteúdo e prévias da próxima edição.

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