Lona 917

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 917 > Curitiba, 25 de agosto de 2014

Cai número de detentos trabalhando em penitenciárias EDITORIAL “Talvez, falte um pouco de investimento por parte das autoridades em ações que incentivem o convênio de empresas.” p. 2

Foto: Ana Justi

OPINIÃO “64 anos depois do Maracanazo, a seleção brasileira voltou a dar um vexame inacreditável.” p. 2

Cresce o compartilhamento de conteúdo íntimo na internet

Número de ocorrências registradas por vítimas de vazamento de fotos e vídeos íntimos na internet teve um aumento de mais de 100%

#PARTIU

p. 4

Ele voltou! Terceira edição do CWBurguer Festa conta até com o famoso hamburguer de siri p. 6

Foto: Victor Casale

Mais de 40% dos canteiros de trabalho voltados para os presos foram fechados nos últimos doze meses em prisões de Curitiba e Região p.3 Metropolitana da capital paranaense COLUNISTAS Jorge de Sousa “Analisando o cenário eleitoral pelo Brasil afora, é visivelmente perceptível que em algumas situações simplesmente apocalípticas para o eleitor, a expressão ‘entre a cruz e a espada’ é bem empregada.” p. 5 Igor Castro “Em um esporte marcado pela presença de homens, o beisebol está tendo a chance de conhecer uma mulher, e não é qualquer uma. O nome dela é Mo’Ne Davis, ela tem 13 anos e já vem fazendo história p. 5 no Taney Dragons da Pensilvânia”


LONA > Edição 917 > Curitiba, 25 de agosto de 2014

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EDITORIAL

Queda de índice, aumento de problema As vistorias feitas pelo Conselho Penitenciário do Paraná constataram a queda de mais de 40% dos postos de trabalho destinados aos detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) e da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I). Os dois principais presídios de regime fechado do estado abrigam ao todo 2.200 detentos, o que equivale a 11% dos presos de todo o Paraná. A média nacional de presos que trabalham em empresas conveniadas das penitenciárias ou em postos de trabalho próprios do local é de 19,8%. O Paraná está abaixo da média brasileira com 10,5%, e mesmo assim ainda é o estado onde os detentos mais exercem funções trabalhistas durante o cumprimento da pena. No início desse ano foi averiguado pelo Conselho Penitenciário do Paraná que 29,6% dos presos estavam tendo a possibilidade e a chance de trabalhar durante o regime interno. Em menos de 12 meses esse índice caiu aproximadamente 5%, e agora registra o equivalente a 24,4%. Do total de 2.200 detentos da PCE e da PEP I, apenas 233 estão trabalhando. Para a drástica queda de empregos em postos de trabalho em ambas as cadeias, a justificativa que se tem é a de que a quantidade de agentes penitenciários não está sendo suficiente para suprir toda a demanda nos presídios, fato que influência e muito, os direitos dos detentos. Talvez, falte um pouco (ou muito?) mais de investimento por parte das autoridades em ações que incentivem o convênio de empresas particulares com as penitenciárias. Ou até mesmo na criação de mais postos de trabalho para promover o acréscimo desses índices. É de suma importância que os detentos tenham oportunidades para exercer um cargo de trabalho em algum local, seja ele particular com empresas associadas ou público a partir dos postos de trabalho. Todo esse processo traz inúmeros benefícios aos sistemas penitenciários e aos apenados, dentre os mais importantes está a ressocialização dos detentos. Com a ressocialização todos os presos possuem grandes chances de ter um trabalho garantido quando saírem da cadeia.

OPINIÃO

Um futebol ultrapassado Matheus Gripp

64 anos depois do Maracanazo, episódio trágico na história das Copas do Mundo, a seleção brasileira voltou a dar um vexame inacreditável e foi goleada impiedosamente pela seleção da Alemanha, por 7 a 1, no Mineirão, Belo Horizonte. O pós-jogo ajudou a levantar uma questão difícil de ser respondida: qual é o grande problema do futebol nacional? Um dos grandes fatores que pode ser apontado como causa do insucesso está na instituição que comanda o esporte no país: a CBF. Com dirigentes praticamente centenários e de ideias ultrapassadas, dificilmente há a possibilidade de novas ideias surgirem em prol de uma melhora na qualidade do futebol aqui apresentado.

efetivamente têm potencial de se tornarem craques no futuro e, quando surgem boleiros assim, a preocupação prioritária da maioria dos clubes é vendê-los, para ajudar a fortalecer os combalidos cofres. Além disso, os clubes formadores não têm a preocupação de formar e educar o ser humano presente no atleta. O objetivo é treiná-lo para que possa melhorar e desenvolver um bom futebol. Não à toa, é comum vermos situações de jovens jogadores que acabam se envolvendo em casos de polícia, vide o caso do volante Luiz Antônio, do Flamengo, acusado de envolvimento com

a milícia e o tráfico carioca. Uma constante reclamação de dirigentes, treinadores e atletas é o fato de que o espaço de tempo entre a pré-temporada e o início dos estaduais é extremamente curto, tornando os jogos cada vez mais desinteressantes para o público. Aqui há uma questão política: visando agradar dirigentes de clubes menores, os presidentes das federações estaduais entopem os torneios com 16 clubes, jogando quarta e domingo, quando o número poderia ser bem mais enxuto e, consequentemente, desgastando menos os jogadores e resgatando o interesse por parte do público.

O presidente José Maria Marin e seu vice, Marco Polo Del Nero, compraram a ideia de que o largo placar imposto pelos germânicos foi, conforme Luiz Felipe Scolari afirmou em entrevista coletiva, “uma pane de seis minutos”. A esperança da chegada de um técnico estrangeiro foi por água abaixo a partir do momento em que Dunga, capitão do tetra e comandante do fiasco da Copa do Mundo de 2010, foi anunciado como novo treinador da seleção e responsável por comandar a geração que irá disputar a Copa do Mundo na Rússia, em 2018. A formação dos jogadores no Brasil é extremamente deficitária. São poucos os atletas revelados que Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

O futebol brasileiro foi ultrapassado > Ilustração: Arquivo Pixabay

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Isadora Nicastro Editorial Da Redação


Curitiba, 25 de agosto de 2014 > Edição 917 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Diminui número de detentos trabalhando dentro de prisões Ana Clara Colemonts

dole constitucional, são reconhecidos e assegurados, entre outros: o direito à vida; o direito à integridade física e moral; o direito à propriedade material e imaterial; o direito à liberdade de consciência e de convicção religiosa; o direito à instrução; o direito à assistência judiciária; o direito às atividades relativas às ciências, às letras, às artes e à tecnologia, etc.”

Segundo dados da vistoria do Conselho Penitenciário do Paraná, o número diminuiu devido ao fechamento dos canteiros de trabalho em razão da falta de agentes penitenciários O número de detentos que trabalham dentro das prisões diminuiu no estado do Paraná. De acordo com os dados levantados através de vistorias realizadas pelo Conselho Penitenciário do Paraná, mais de 40% dos canteiros de trabalho voltados para os presos foram fechados nos últimos doze meses, na Penitenciária Central do Estado (PCE) e na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP-I), ambas em Piraquara. O fechamento dos postos de trabalho está relacionado, segundo o relatório do Conselho Penitenciário do Paraná, à falta de agentes penitenciários na PCE e na PEP-I. Com um número reduzido desses profissionais, fica mais difícil conduzir os encarcerados aos locais de trabalho, o que gera prejuízo às empresas conveniadas ao governo, de acordo com a vistoria. Segundo os dados do Conselho Penitenciário e da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), a Penitenciária Central do Estado (PCE) concentra 1.568 detentos, dos quais apenas 141 trabalham na unidade, o que representa um montante de somente 9% dos internos. Em 2013, haviam 294 postos de trabalho. Sete empresas conveniadas ofereciam trabalho aos detentos, agora, apenas duas empresas continuam conveniadas. Na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP-I), há 92 postos de trabalho para um total de 580 presos, o que significa que apenas 14,3% dos detentos têm a possibilidade de trabalhar. Em 2013, haviam 106 postos de trabalhos. Apenas a empresa que fornece a alimentação interna continua conveniada.

Penitenciária Central do Estado > Foto: Arquivo Ministéria Público do Estado do Paraná

As duas unidades penitenciárias juntas possuem 2,148 presos, dos quais apenas 233 trabalham, o que representa 10,5% do total de detentos. A população carcerária penitenciária do Paraná corresponde a 19 mil presos, e desse total, apenas 4,5 mil trabalham, o que corresponde a 23% dos detentos. Segundo o Portal da Transparência Carcerária, da Secretaria da Justiça, em 2013, o Paraná ocupava o quinto lugar no ranking de população carcerária do país, correspondendo a 5% do total da população prisional do país. Lei de Execução Penal A Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984, a Lei de Execução Penal (LEP), tem como base as medidas de assistência ao preso. A LEP atribuí ao presídio a função de proporcionar condições harmônicas para a integração social do condenado, assim como o direito de trabalhar, como dever social do indivíduo, e direito para a dignidade humana, de acordo com o artigo 1º, 28 e 30. Luisa Rocha Cabral, em seu artigo “O trabalho penitenciário e a ressocialização do preso no Brasil”, defende o direito de detentos trabalharem dentro dos presídios. “O ser humano depende da atividade laboral para sua subsistên-

Penitenciária Central do Estado > Foto: Arquivo Ministéria Público do Estado do Paraná

cia e para sua integração à sociedade. Nesse sentido, o trabalho é um dever de todo e qualquer cidadão em um Estado Democrático de Direito fundado na valorização social do trabalho”. Em seu artigo “A ressocialização através do estudo e do trabalho no sistema penitenciário brasileiro”, o autor Elionaldo Fernandes Julião define a Lei de Execução Penal como “a extensão de direitos constitucionais aos presos e internos, assegurando também condições para que eles possam desenvolver-se no sentido da reinserção social com o afastamento de inúmeros problemas surgidos com o encarceramento. Como principais direitos de ín-

Em sua pesquisa, Elionaldo Fernandes Julião discute sobre importância do trabalho dentro dos presídios, no qual concluiu que o trabalho na prisão diminui as chances de reincidência em 48%. “Podemos afirmar que trabalho e estudo apresentam um papel significativo na reinserção social dos apenados, diminuindo consideravelmente a sua reincidência. Ou que quem tem disposição para se reinserir tem mais predisposição a estudar e trabalhar.” Segundo o Programa para o Desenvolvimento Integrado, da Secretaria da Justiça (SEJU), o trabalho dentro das prisões além de ajudar a diminuir a ociosidade nas cadeias, tem o objetivo de preparar os apenados para sua reinserção social, para ser inserido (ou reinserido) no mercado de trabalho através da qualificação e formação profissional, além de auxiliar na geração de renda do detento, que impossibilitado de trabalhar acaba ficando totalmente sem renda. Soma-se a isso, ainda, a remição de pena.


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GERAL

Vazamento de conteúdo íntimo na internet aumenta em 110% Número de casos de compartilhamento indevido registrados por adolescentes teve aumento significativo, segundo a SaferNet Brasil Graziela Fioreze

O número de vítimas de vazamento de conteúdo íntimo na internet dobrou no ano passado, segundo dados monitorados pela Ong SaferNet Brasil.

tuto da Criança e do Adolescente indica: “Qualifica-se como crime grave a divulgação de conteúdo que exponha a criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas”. A pena prevista para esse crime é de 3 a 6 anos de reclusão.

Em 2013, o Helpline Brasil, serviço gratuito de orientação psicológica a crianças e adolescentes oferecido pela Ong, atendeu 101 casos de exposição, enquanto em 2012 foram registrados 48 casos. O número cresceu 110% de um ano para o outro e, de acordo com as estatísticas da entidade, o índice está aumentando: nos primeiros dois meses deste ano, 21 casos já foram atendidos, enquanto no mesmo período do ano passado foram registradas apenas três ocorrências. A SaferNet Brasil foi criada em 2005 e desde então faz o monitoramento de crimes e violações dos Direitos Humanos na web e encaminha as ocorrências mais graves à Polícia Federal e ao Ministério Público. Entre 2012 e 2013, a organização registrou 1.861 atendimentos no Helpline Brasil, serviço online de assistência.

Quando as vítimas são crianças e adolescentes, é de fundamental importância que, além do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia, que os responsáveis também registrem denúncias aos órgãos competentes – Polícia Federal, Ministério Público e SaferNet Brasil. “Havendo crimes relacionados à pornografia infantil, a Polícia Federal terá maiores condições de atuar”, diz a advogada Gisele. “Mantenha sua intimidade off-line” é a campanha de conscientização lançada pela SaferNet > Foto: Divulgação

de navegação na internet. “Queremos ajudar os adolescentes e jovens a fazerem boas escolhas na rede, sabendo administrar suas publicações e compartilhamentos para evitar arrependimentos e situações de perigo quando pessoas mal Intencionadas se aproveitam destas imagens”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil.

“Repercute no mundo, não só no bairro ou na cidade.”

Em 77% dos casos, as vítimas são crianças e adolescentes. Destes, 35,71% têm entre 13 e 15 anos, enquanto 32,14% estão na faixa-etária de 18 a 25 anos. As estatísticas se baseiam no vazamento de quaisquer materiais íntimos, como fotografias ou vídeos eróticos, por exemplo.

O Helpline Brasil faz o atendimento às crianças e adolescentes através de e-mail ou chat. O programa é composto por psicólogos instruídos a dar assistência às vítimas que já enfrentaram situações de violência e violação de privacidade com a exposição de conteúdo íntimo na web. A equipe também é composta por profissionais que esclarecem dúvidas e ensinam formas seguras

Para o psicólogo Raphael Lascio, o impacto causado pela exposição das vítimas é muito grande. “Repercute no mundo, não só no bairro ou na cidade onde ela mora. A criança não tem essa ideia. Se considera altamente poderosa, achando que nada pode acontecer com ela”. A imaturidade é outro fator apontado para o crescente aumento dos casos: “Às vezes é uma questão muito mais de ingenuidade do que da vontade de fazer, e a internet não tem dosador para isso”, conclui Lascio. Vítimas do crime podem recorrer à Justiça A Legislação Brasileira ampara jovens e adolescentes vítimas de exposição de

conteúdo indevido na web, e medidas jurídicas podem ser tomadas. A internet já não é mais um mundo sem leis, como muitos acreditam. A dificuldade em controlar o tipo de conteúdo que circula na rede é um problema que vem sendo discutido, e já existem algumas leis para regular determinadas atividades na web. Segundo Gisele Truzzi, advogada especialista em Direito Digital, o compartilhamento de conteúdo íntimo não autorizado na internet pode configurar o delito de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal: “Pode ser enquadrado como crime contra a honra - injúria ou difamação - na maioria dos casos”. A pena para esse tipo de delito varia de três meses a três anos, e pode imputar pagamento de multa e retratação pública. O artigo 241 do Esta-

As leis de amparo às vítimas são uma forma de garantir que seus direitos sejam zelados. Ainda assim, “a melhor defesa é a prevenção”, como alerta Gisele: “Deve-se evitar armazenar conteúdo íntimo em dispositivos móveis, pois facilmente estamos sujeitos ao extravio desses equipamentos no dia a dia”. Proteger os dispositivos em que se armazena esse tipo de conteúdo “utilizando senhas fortes, a fim de evitar o acesso indevido por terceiros” também é uma medida preventiva bastante importante e eficiente, segundo a advogada.

A imaturidade e ingenuidade das crianças são alguns dos fatores que influenciam os casos > Foto: Arquivo Pixabay


Curitiba, 25 de agosto de 2014 > Edição 917 > LONA

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COLUNISTAS

Politicalizando Jorge de Sousa

Sem saída Analisando o cenário eleitoral pelo Brasil afora como um todo, é visivelmente perceptível que em algumas situações simplesmente apocalípticas para o eleitor, a expressão entre “a cruz e a espada” nunca pôde ser tão bem empregada. Resolvi aqui, neste espaço, separar dois desses estados: justamente as duas capitais do Brasil na história. Presente e passado juntos em um futuro tenebroso ao que parece. Primeiramente, vamos ao Rio de Janeiro. Local aonde temos um quarteto

(nada fantástico) disputando palmo a palmo o voto do cidadão carioca e fluminense. O líder das prévias no momento é ele, Anthony Garotinho (PR), o homem mais odiado pelos políticos cariocas voltou à tona nessa eleição e se as pesquisas apontarem bem, está bem próximo do segundo turno da eleição. Haja coração, como diria Galvão Bueno. O segundo nas pesquisas é um homem de Deus, e ex-ministro da Pesca no governo Dilma Roussef. Sim, Marcelo Crivella (PRB) deixou para trás a música Gospel e entrou de cabeça

nessa disputa acirrada. Em terceiro está o homem da UNE, União Nacional dos Estudantes, e ex-senador da república, Lindberg Farias (PT). O homem que sempre bradou ser a renovação para a política estadual fluminense foi descoberto em um esquema de corrupção, no qual o candidato desviava verbas públicas em seu mandato de senador. Parabéns, o senhor esta entre iguais meu caro Lindberg. Para fechar, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ex-vice governador do Rio de Janeiro, está tentando apagar a péssima impressão deixado pelo titular do cargo, Sérgio Cabral Filho, no governo do estado. Para não me alongar muito, nem vou entrar nos casos de extorsão, corrupção passiva, helicópteros de empresários e tudo o mais da gestão Cabral-Pezão. Achou que eu ia deixar o melhor para o final, não é caro leitor? Terminar com tudo bonitinho, estilo Jornal Nacional. Pois é, na verdade deixei o mais bizarro para encerrar. Que tal uma eleição onde os principais candidatos são alguém que teve o mandato cassado por

corrupção contra alguém que tenta a reeleição, mas também é investigado pela mesma prática? Some tudo ao ar seco do cerrado brasileiro e obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer e chegamos à eleição de Brasília em 2014. José Roberto Arruda (DEM) foi cassado por diversos casos de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e inúmeros crimes ao poder público. Até o estádio Bezerrão, localizado na cidade satélite de Gama, teve problemas envolvendo super-estrelas como Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF) e Sandro Rosell (ex-presidente do Barcelona) mamando nas doces tetas do governo. Já Agnelo Queiroz, tem um cartel mais antigo de casos, mas também farto de crimes. A começar pelo fato dele ter sido o primeiro ministro do esporte a desviar verbas públicas (vale relembrar que ele foi sucedido por Orlando Silva que desviou recursos do Projeto Segundo Tempo). Ou seja, é duelo de cachorro grande pelo governo de Brasília. Boa noite e boa sorte a vocês votantes nesses estados.

Menina se torna fenômeno no beisebol Em um esporte marcado pela presença de homens, o beisebol está tendo a chance de conhecer uma mulher, e não é qualquer uma. O nome dela é Mo’Ne Davis, ela tem 13 anos e já vem fazendo história no beisebol com a camisa do Taney Dragons da Pensilvânia, time que disputa a Little League, ou seja, a Liga voltada para a revelação de novos talentos para o esporte. Seu sucesso foi tão estrondoso que conseguiu levar seu time à série de finais da Little League, a World Series. Mo’Ne surgi no esporte quando disputou as eliminatórias regionais e teve a oportunidade de fazer um arremesso de uma bola rápida que chegou aos incríveis 112 km/h - que surpreendeu a todos. Contudo, o seu sucesso no esporte só estava começando. Em várias atuações, Davis teve um nível impressionante, começando pelo fato de ser a primeira garota a lançar um jogo completo, em torno de seis entradas e sem ceder uma corrida, a não ser por

três rebatidas incompletas. Vale ressaltar que Mo’Ne Davis fez isso em uma partida que, em caso de vitória de seu time, a vaga na Little League World Series estaria garantida. Com seu jeito impressionante de arremessar a bola, a pitcher Davis além de conseguir impor uma enorme velocidade de 112 km/h, coloca um efeito na bola com curvas sensacionais que fazem com que o rebatedor fique sem chances de tocá-la. E o reconhecimento logo veio a aparecer. Após uma atuação quase que impecável contra o time de Delaware, que valia vaga na decisão da World Series, vários atletas por meio do twitter rasgaram elogios à Davis. Nomes como David Price, jogador de beisebol do Detroit Tigers; Russell Wilson, quarterback do atual campeão do Super Bowl Seattle Seahawks; e o lendário Magic Johnson, campeoníssimo Los Angeles Lakers. E com toda a pompa, Davis se aproveitou e após uma entrevista a mesma desafiou Clayton Ke-

Draft

Igor Castro

rshaw, melhor arremessador da MLB, a Liga de Beisebol Profissional. Kershaw aceitou o desafio e ainda elogiou Davis por tal feito, ““Oi, Mo’Ne. Quero te parabenizar por chegar à Williamsport (lugar onde é disputada a Little League World Series). Isso é incrível, algo bem legal de se fazer e uma ótima oportunidade”. E falou sobre o desafio imposto pela menina, “E eu ouvi dizer que você está pronta para um desafio. Não sei o que isso significa ao certo, mas estou preparado. Estou pronto para quando você vier à Los Angeles, é só me avisar”, concluiu o arremessador profissional.

Davis tem audácia e muitos sonhos a realizar, e esse desafio é só um deles. A garota almeja alçcar voos mais altos, como ser profissional na MLB ou até mesmo na NBA, a Liga Profissional de Basquete. São com pessoas que têm força de vontade e são extremamente profissionais com aquilo que fazem que provavelmente farão sucesso em alguma liga do esporte americano. Pode ser que com a entrada de Mo’Ne na MLB poderemos ter uma mudança de visão sobre esse esporte que é dominado amplamente pelos homens. E se ela tem capacidade para isso que siga em frente e continue nos surpreendendo com suas atuações.


LONA > Edição 917 > Curitiba, 25 de agosto de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

É lançado o miojo O macarrão instantâneo, mais conhecido no Brasil como “miojo”, foi lançado no dia 28 de agosto de 1958, por Momofuko Ando, presidente da empresa alimentícia japonesa Nissin, fundada em 1948, na cidade de Ikeda, no Japão. O miojo é um prato típico da culinária japonesa, constituído de macarrão pré-cozido, que pode ser preparado apenas com o acréscimo de água fervendo, levando aproximadamen-

te três minutos para o consumo. Por causa deste processo de pré-cozimento, em que ele passa por fritura, a massa se torna mais calórica. Além de rápido, o macarrão instantâneo é barato, possui uma enorme variedade de temperos e sabores, e possibilita às pessoas com baixo nível de conhecimento culinário uma alternativa de refeição prática. O miojo é considerado a mais importante invenção japonesa do século XX, ficando à frente do karaokê e do CD.

O miojo é uma criação da Nissin > Foto: Divulgação

#PARTIU 3ª CWBurguer Fest Lista de estabelecimentos participantes: › Atelier Bistrô e Bar › Babilônia Gastronomia › Banoffi › Beto Batata Barigui › CanaBenta › Cervejaria da Vila › Charles Burguer › Cidadão do Mundo Burgers & Arts › Denver Burger & Grill › Estofaria Bar › Fabiano Marcolini Alimentari › Fábrica Hamburgueria › Guiolla Hamburgueria Gourmet › Hamburgueria Rústica › JPL Burgers › Kharina > Água Verde Batel Cabral › Limoeiro Casa de Comidas › Lucci Meeting Club › Madero › Memphis Hamburgueria › Muzik Hamburgueria › New York Café › O Barba Hamburgueria › O Giramundo Café › PicanhaBrava › Premium Burger › Rause Café e Vinho › Santa Marta Bar › Senhor Garibaldi › The Fifties > Shopping Curitiba Shopping Pátio Batel › Victor Fish’n’Chips › Waldo X-Picanha Água Verde

Dezessete dias dedicados ao hambúrguer Começou a terceira edição do CWBurguer Fest, um evento que prestigia uma das iguarias mais populares do mundo Esqueça a saladinha da segunda-feira, a feijoada de quarta, e até o churrasco de domingo. Pelos próximos dias, a vez é do hambúrguer! Começou na sexta-feira 22 a terceira edição do CWBurguer Fest, um evento que reúne quarenta e sete hamburguerias, bistrôs e lanchonetes de Curitiba. O festival é uma ótima oportunidade para conhecer novos lugares e experimentar sabores diferentes. Os estabelecimentos participantes apresentarão em seus cardápios um hambúrguer especial, com o preço fixo de R$24,90. O evento vai até dia 7 de Setembro, e conta com os mais variados tipos de hambúrgueres. Além dos clássicos servidos com mignon, angus ou filé; os restaurantes procuraram inovar em suas receitas. Encontramos hambúrgueres feitos com costela, picanha, quinoa, cogumelo, cordeiro, bacon, lombo de porco, pernil suíno, linguiça de Blumenau, tre funghi, abrotéia, vegetariano, duplos, triplos... E, espere. Uma dica: “Vive no abacaxi, e mora no mar...”. Sim! O CWBurguer conta com o famoso hambúrguer de siri, que

Terceira edição do festival vai até setembro > Foto: Divulgação

muitos já ficaram com vontade de experimentar ao assistir ao desenho animado “Bob Esponja”. O prato é servido pelo restaurante Victor Fish’n’Chips. Com certeza, o festival conta com hambúrgueres para agradar a todos. É possível conferir na página do FaceBook do evento o a especialidade de cada estabelecimento. O festival é patrocinado oficialmente pela Coruja Cervejas Especiais, promovido pela Gazeta do Povo, e realizado pela agência DP9.


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