Apostila de Língua Portuguesa para Concursos

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Nós queremos desenvolver um trabalho, em conjunto com o Ministério da Educação para, por exemplo, aprimorar o esporte nas escolas e nos grêmios estudantis. Quero a parceria do Ministério do Trabalho para levar o esporte ao trabalhador, via sindicatos, Seabras, etc. Quero trabalhar com o Ministério das Relações Exteriores para promover, por exemplo, os jogos afro-brasileiros ou os jogos do Mercosul. Quero, enfim, promover o intercâmbio esportivo do Brasil e o mundo. Quero agir em conjunto com o Ministério da Cultura para difundir os esportes típicos brasileiros, como a capoeira, por exemplo, e tantos outros esportes. Eu quero atuar com o Ministério da Justiça na difusão dos valores éticos que o esporte ensina, assim como para impedir a violência, que tanto nos preocupa. Eu quero revigorar o esporte entre os idosos, os portadores de deficiências. Minha função, em resumo, será a de ajudar a governar. Onde eu estiver - e nada me prenderá a lugar algum - eu estarei levando a política do governo do meu país, abrindo portas, buscando investimento, pondo a favor do Brasil a imagem que construí em mais de 40 anos de vida pública. Quero lembrar a todos que, se não tenho experiência de governo, também não cheguei ontem ao mundo do esporte, e que, além do mais - detalhe que muita gente desconhece -, vou poder contar com o apoio dos meus colegas formados em Educação Física. Eles vão ser fundamentais para que nossos projetos dêem certo. E vão ter o meu esforço para que tenham o respeito que merecem. (...) 92. Várias interpretações possíveis podem ser feitas, de acordo com a seqüência do texto, sobre a primeira frase do Pelé, um simples "Bom dia" (retomado no terceiro parágrafo). A única interpretação incoerente e inadequada está na alternativa: a. b. c. d. e.

A simplicidade inicial procura dar um tom informal ao discurso. O "bom dia" pode conotar um bom momento para a vida do país, e particularmente, para o novo ministro. Pelé não destaca, desse modo, nenhuma autoridade presente à sua posse. Ao omitir os termos tradicionais ("Senhoras e Senhores"), Pelé mostra seu constrangimento por ter sido escolhido ministro. O dia é propício para o novo ministro deixar patentes, para todo o país, seus planos de ação na pasta dos Esportes.

93 . A comparação da situação atual de Pelé (posse como ministro) com a sua participação na seleção brasileira de 1958 se justifica de vários modos. O único inaceitável é o da alternativa: a. b. c. d. e.

Hoje, como anteriormente, Pelé apareceu como o mais inexperiente da "equipe". Na "equipe" atual há "craques" (na Política) como na de 1958. Agora (como em 1958) Pelé está (estava) apreensivo e nervoso por causa da responsabilidade assumida. A equipe atual tem "técnico", como a anterior, embora o deste momento seja "mais forte". Agora (como anteriormente), ele foi escolhido por pressão dos outros ministros sobre o "técnico".

94. Segundo Pelé, ele foi levado a aceitar - pela primeira vez - um cargo em um Governo, pela seguinte razão: a. b. c. d. e.

A certeza de que a vida pregressa do presidente abonava, politicamente, a conduta ética do novo governo. A necessidade de buscar novos interesses para divulgar sua imagem de "rei" do futebol. A consciência de que a equipe governamental obterá sucesso absoluto em todos os setores. A vontade de resgatar, de um certo modo, um sonho real dos menores abandonados. A possibilidade de opinar sobre os problemas esportivos e tomar decisões sem provocar ressentimentos dos dirigentes esportivos.

95. A idéia de que participar do governo é, como no futebol, um trabalho de equipe, transparece, principalmente, na referência: a. b.

à difusão dos valores éticos do esporte. às prioridades que serão dadas para as crianças e os adolescentes.

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