Revista do IHGM, n. 42, setembro de 2012

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ENSINO A DISTÂNCIA REVOLUCIONA A EDUCAÇÃO NO MUNDO NATALINO SALGADO FILHO Nesta semana, a Universidade Federal do Maranhão sediou o 18º Congresso Internacional de Educação a Distância (CIAED). O evento, que também faz parte das comemorações do quarto centenário de fundação da cidade de São Luís, foi organizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), pelo Núcleo de Educação a Distância, da UFMA, e ainda contou com a parceria da Universidade Estadual do Maranhão. Cerca de 1.600 pessoas, entre pesquisadores, professores, estudantes, gestores e representantes de outras áreas afins, estiveram reunidas no encontro para debater o futuro do ensino. Esta é a primeira vez que um evento dessa natureza vem para o Maranhão, desde que o ensino a distância foi implantado no Brasil em 1939, o que demonstra por si só a capacidade da UFMA em realizar grandes eventos, tal como ocorreu com a edição da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). E o mais importante disso: tivemos a participação de representantes de vários países que utilizam, desde o século XIX, essa modalidade de ensino como parte dos seus processos de desenvolvimento social. A UFMA disponibilizou todo o apoio necessário para que o congresso tivesse êxito. A escolha do tema Histórias Analíticas e Pensamento “Aberto” – Guias para o Futuro da EAD também foi extremamente feliz, pois se propôs, a partir da singeleza do ato de contar histórias, discutir sua utilidade para esse modelo de ensino. Durante três dias de congresso, esse tema foi discutido e analisado em várias línguas, do português de Portugal ao português do Brasil; do espanhol ao inglês; do francês ao mandarim, tendo como base as experiências educativas exitosas dos vários continentes. Histórias do passado, como a instalação, em 1934, por Edgard RoquettePinto, de uma Rádio – Escola, pertencente à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, dirigida por Anísio Teixeira – ou do presente, como a implantação, em 2005, da Lei de Diretrizes e Bases, cujos princípios assentados são aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Sem dúvidas, vivemos numa era em que o futuro está cada vez mais próximo. Os antigos métodos de ensino coexistem, ao mesmo tempo, com inovadoras fórmulas transmissoras de conhecimento, em que a distância e o tempo não são mais fatores a impedir o desenvolvimento pessoal e profissional de milhares de pessoas que podem aprender fora dos moldes do chamado ensino convencional. É de Pierre Lévy, intelectual da área da Ciência da Informação e da Comunicação, a constatação de que a internet é a grande metrópole mundial, que reúne todas as outras, na qual o amplo acesso à informação resulta na democratização do saber e na conseqüente emancipação do ser humano. O sucesso do ensino a distância é inquestionável. Somente no Brasil temos um milhão de estudantes, e na UFMA, 14 mil alunos inscritos em cursos de graduação e pós-graduação que, somados aos alunos do ensino convencional, elevam o total para quase 28 mil inscritos este ano em nossa Universidade. O percentual de inscritos em


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