Considerações históricas e geográficas sobre o município de Almirante Tamandaré (PARTE - 1)

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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR

que em 1923, o Sr. Carlos Macedo estava montando uma fábrica de telhas e tijolos no terreno de sua propriedade no Sumidouro. Eram produtos que, além de servirem a população local, poderiam ser exportados para a capital. Neste contexto, é possível observar na página 572 do "Almanak Laemmer, 1930 - 4º Volume - Estados do Sul", a existência de uma olaria no final da década de 1920 pertencente a Fredolin Wolf. Na região da ponte do Taboão, existia a olaria Paulo C. Shimitz Cia Johnson, remontando a década de 1940. Segundo o "Livro de Lançamento do Imposto/Imposto de indústria, profissões de pesos e medidas. 1947-1961 da Prefeitura Municipal de Timoneira", é identificada existência na sede do município da olaria do Sr. Pedro Jorge, que remontava a década de 1940. O "Arquivo de Requerimento apresentado à Prefeitura municipal de Tamandaré a contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931", faz referência que em 1950 existia a Irmãos Bini Ltda na Sede; Himério Lugarini no Passaúna e Indústrias R. Fredolin Wolf na Lamenha Pequena. SERRARIAS Outra forma de captar recursos foram as serrarias, as quais forneciam tábuas, sarrafos, vigas, ou seja, produziam matéria-prima para construções. O produto final feito no próprio município atendia o mercado local como também era exportado para outras cidades. As principais espécies vegetais exploradas foram a araucária, imbuia e canela, muito abundante nesta época, as quais eram cortadas na base do machado e serra manual a após transportadas. Como não existia energia elétrica em quantidade naquela época para alimentar motores, as serrarias funcionavam através de um sistema hidráulico (rodas da água), com serras vai e vem. Eram denominadas popularmente de engenho. No século XIX, na região do Pacotuba é relatado por moradores antigos da localidade a existência de uma serraria, movida a roda de água. No mesmo prédio, na parte superior (no sótão) existia um moinho. O dono deste moinho era um alemão, o Sr. Zeferino Zenf. Oficialmente, no ano de 1900, existiam 5 serrarias no município, segundo informa o "Almanach Paranaense 1900", p. 135. Segundo informações do "Almanak Laemmert, 1910 - Estados Unidos do Brasil - Capítulo Paraná", página 50, possuíam engenhos de serra no município no final da década de 1910: Antonio Stochero, José Candido Machado, Macedo & Bomfin e Manoel Gomes Pereira. Em referência à página 572 do "Almanak Laemmer, 1930 - 4º Volume - Estados do Sul", são identificados os principais exportadores e donos de serrarias no município no final da década de 1920: Gustavo Joppert, Antônio Zem, José Domingos Chimelli, Antônio Zatto, João Torres de Fructas e David Manosso. No contexto das informações prestadas pelo "Livro da Coletoria Federal Vila Tamandaré", são citados os seguintes donos de serrarias: Himério Lugarini no Passaúna em 1º de janeiro de 1923; Boleslau Machuk aberta no Taboão em 02 de janeiro de 1930; Honorio Joege de Christo na Sede em 14 de setembro de 1932 e João Antonio Xavier em 23 de março de 1935 no Juruqui. 326


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