Projeto Comunitario - AAVC

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS PROJETO EXPERIMENTAL COMUNITÁRIO

BRUNA FERNANDES ROSA, CRISTIANE MALLMANN, GREICE TIMM, KEISE MARQUES, MICHELLE SENA, NATÁLIA MASONI, NATÁLIA SOLTIS

PROJETO EXPERIMENTAL COMUNITÁRIO ASSOCIAÇÃO AMOR VIDA CUIDADO - AAVC

PORTO ALEGRE 2015


BRUNA FERNANDES ROSA, CRISTIANE MALLMANN, GREICE TIMM, KEISE MARQUES, MICHELLE SENA, NATÁLIA MASONI, NATÁLIA SOLTIS

PROJETO EXPERIMENTAL COMUNITÁRIO ASSOCIAÇÃO AMOR VIDA CUIDADO - AAVC

Trabalho apresentado como pré-requisito para aprovação na disciplina de Projeto Experimental Comunitário do Curso de Comunicação Social - Habilitação em Relações Públicas, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Orientadoras: Profª. Dra. Neka Machado Profª. Dra. Fabiane Sgorla

PORTO ALEGRE 2015 2


RESUMO

O presente estudo objetiva apresentar teorias da atividade de Relações Públicas Comunitárias aplicadas à prática. É desenvolvido um projeto de RRPP voltado às ações comunitárias e de caráter filantrópico, e conta com aplicação prática dos conceitos e conhecimento adquiridos durante o curso. O projeto é realizado em parceria com a Associação Amor Vida Cuidado - AAVC. Foram apropriadas teorias e práticas de comunicação juntamente com os dados que foram levantados, e o diagnóstico dos pontos positivos e negativos da comunicação da instituição. O grupo criou propostas que ajudaram a sanar alguns pontos negativos e reforçam os pontos positivos da comunicação.

Palavras-chave: Comunicação Comunitária; Relações Públicas; Associação; AAVC.

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ABSTRACT

This study aims to present theories of Community Public Relations activity applied to practice. It is developing a PR project aimed at community actions and philanthropic, and has practical application of the concepts and knowledge acquired during the course. The project is conducted in partnership with the Association Life, Love, Care - AAVC. Theories and communication practices were appropriate together with the data that have been raised, and the diagnosis of the strengths and weaknesses of communication of the institution. The group has created proposals that helped to remedy some weaknesses and reinforce the positive points of communication. Keywords: Community Communication; Public Relations; Association; AAVC.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Forças sociais do macroambiente ........................................................... 25 Figura 2 – Site AAVC ............................................................................................... 35 Figura 3 – Facebook AAVC ...................................................................................... 35

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LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Classificação dos públicos de acordo com seu tipo de relacionamento e função ....................................................................................................................... 33 Quadro 2 – Cronograma realinhamento do discurso ................................................ 58 Quadro 3 – Cronograma vídeo institucional ............................................................. 62

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SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 9 2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................... 10 2.2.1 Objetivos ......................................................................................................... 10 2.2.2 Informações gerais......................................................................................... 11 2.2.3 Públicos .......................................................................................................... 11 2.2.4 Tipo de serviços prestados ........................................................................... 11 2.2.5 Temas de palestras ........................................................................................ 12 2.2.6 Parceiros ......................................................................................................... 12 2.2.7 Equipe ............................................................................................................. 13 2.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES ........................................................................... 14 2.2 ORGANOGRAMA ............................................................................................... 15 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18 4 PESQUISA SOBRE O ASSESSORADO E RELACIONAMENTO ........................ 24 4.1 HISTÓRICO ........................................................................................................ 24 4.2 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE ...................................................................... 25 4.3 ANÁLISE DO SETOR.......................................................................................... 27 4.4 ANÁLISE DO MICROAMBIENTE ........................................................................ 29 4.5 ANÁLISE DE PÚBLICOS .................................................................................... 31 4.6 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ........................................................................ 33 5 DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 37 6 PROGNÓSTICO .................................................................................................... 40 7 ESTRATÉGIAS ...................................................................................................... 42 7.1 PONTOS FORTES/POSITIVOS ......................................................................... 42 7.2 PONTOS FRACOS/NEGATIVOS ....................................................................... 42 7.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 43 8 PLANO DE COMUNICAÇÃO ................................................................................ 44 8.1 REFORMULAÇÃO DO DISCURSO .................................................................... 44 8.1.1 Objetivo ........................................................................................................... 46 8.1.2 Público ............................................................................................................ 46 8.1.3 Período de realização..................................................................................... 46 8.1.4 Estratégia ........................................................................................................ 46 8.1.5 Comunicação .................................................................................................. 47 8.1.5.1Sugestão para realinhamento do discurso ........................................... 47 7


8.1.6 Públicos envolvidos ....................................................................................... 58 8.1.7 Recursos e orçamento ................................................................................... 58 8.1.8 Cronograma .................................................................................................... 59 8.2 VÍDEO INSTITUCIONAL ..................................................................................... 59 8.2.1 Objetivo ........................................................................................................... 60 8.2.2 Público ............................................................................................................ 60 8.2.3 Período de realização..................................................................................... 61 8.2.4 Estratégia e comunicação ............................................................................. 61 8.2.4.1 Roteiro para criação do vídeo ............................................................. 61 8.2.5 Públicos envolvidos ....................................................................................... 62 8.2.6 Recursos e orçamento ................................................................................... 62 8.2.7 Cronograma .................................................................................................... 63 8.3 VÍDEO VIRAL ...................................................................................................... 63 8.3.1 Objetivo ........................................................................................................... 63 8.3.2 Público ............................................................................................................ 64 8.3.3 Período de realização..................................................................................... 64 8.3.4 Estratégia ........................................................................................................ 64 8.3.5 Comunicação .................................................................................................. 64 8.3.6 Públicos envolvidos ....................................................................................... 66 8.3.7 Recursos e orçamento ................................................................................... 66 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 67 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68

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1 APRESENTAÇÃO

O Projeto Experimental Comunitário é uma disciplina obrigatória do último semestre do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas. Ele tem como objetivo colocar em prática os conceitos teórico-práticos adquiridos ao longo do curso, oportunizando a reflexão sobre a possibilidade de atuação da atividade de Relações Públicas na perspectiva de uma assessoria/consultoria real. Neste contexto da comunicação comunitária, existe a necessidade da elaboração e implantação de um plano de comunicação, com viés estratégico e colaborativo que seja adequado para a organização escolhida a ser trabalhada pelo grupo. A proposta do trabalho consiste no planejamento e implantação de um plano de comunicação para Associação Amor Vida Cuidado - AAVC. Objetiva-se colocar em prática uma ação desenvolvida pelo grupo com a finalidade de auxiliar o processo de comunicação e relacionamento da instituição. O presente estudo procura entender o contexto das Relações Públicas comunitárias e o terceiro setor. Segundo Kunsch (2009, p. 341) “às relações públicas comunitárias cabe à execução de um amplo programa de ações e de comunicação que deverão ser desenvolvidos com os diversos públicos com os quais a empresa se relaciona”. Logo, há a necessidade de implantar um plano de comunicação no qual seja viável a execução de uma ação proposta para a Associação. As Relações Públicas e a comunicação são fundamentais para que esse projeto possa ser colocado em prática de forma eficaz. Enquanto as Relações Públicas compreendem uma função gerencial, que busca prestar serviços à sociedade e às organizações, a comunicação é um processo dessa função, e possibilita a interação planejada e permanente com os públicos (FERRARI, 2009).

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2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO A Associação Amor Vida Cuidado – AAVC - pessoa jurídica de direito privado, uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede na Av. Getúlio Vargas, 1691, sala 404 Bairro Menino Deus, no Município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, CEP 90150-050. É membro da Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO) e parceiro da Rede Brasil AVC na busca de medidas urgentes para enfrentar o AVC e auxiliar as pessoas na prevenção, na assistência e na superação.

2.2.1 Objetivos

1. Dar suporte aos familiares cuidadores de pacientes com necessidade de cuidado especial, em diferentes momentos, orientando a família sobre a adequação necessária a seu familiar, desenvolvendo a compreensão de que cuidar é um ato de amor, a partir dos princípios do livro “Amor Vida Cuidado” de Magda Spalding Perez, que deu origem a essa associação. 2. Disseminar conhecimento e informações sobre o CUIDADO em diferentes contextos e enfermidades, em especial no Acidente Vascular Cerebral (AVC). 3. Organizar cursos e palestras sobre prevenção, cuidado e superação de doenças incapacitantes. 4. Cooperar com organizações afins. 5. Orientar a família na busca de uma equipe multidisciplinar, visando à reabilitação do paciente. 6. Desenvolver atividades sociais e culturais aos familiares cuidadores. 7. Gerir e zelar pelo cuidado familiar, incentivando na busca da qualidade de vida do paciente e do cuidador. 8. Promover através de sua área de atuação os conceitos da ética, da paz, dos direitos humanos e da democracia. 9. Prestar serviços aos associados dentro da sua competência.

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2.2.2 Informações gerais

Nome da Entidade: Associação Amor Vida Cuidado

Sigla: AAVC

CNPJ: 21.331.486/0001-10

Data de Fundação: 21/09/2014

Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1691, sala 404 - Bairro Menino Deus - Porto Alegre/RS.

Telefone: (51) 3517-9588 ou (51) 8422-0048

E-mail: aavc@amorvidacuidado.com.br

Forma Jurídica: Associação civil

Política de Referência: Assistência Social

2.2.3 Públicos

Familiares cuidadores, amigos, vizinhos que optaram pela inclusão do paciente dependente no lar e se dedicam ao seu cuidado ou convivem com ele em casa.

2.2.4 Tipo de serviços prestados

1. Visitas hospitalares e domiciliares; 2. Palestras educativas e motivacionais; 3. Atendimento individual ou em grupo; 4. Equipe Multidisciplinar; 11


5. Curso On-line; 6. Atendimento por telefone; 7. Atendimento por Facebook.

2.2.5 Temas de palestras

1. AVC- prevenir, assistir e superar. Existe Vida pós AVC; 2. Qualidade de Vida e AVC; 3. Depressão pós AVC: mito ou verdade?; 4. O papel maternal do cuidador familiar; 5. Doenças degenerativas cerebrais; 6. Reabilitação pós AVC.

2.2.6 Parceiros

As informações a seguir foram retiradas do site oficial de cada um dos parceiros citados.

Mãe Especial

Antônia Yamashita é formada em pedagogia, apaixonada pelo mundo dos livros e ama escrever. Aos 18 deu a luz a uma criança prematura extrema e com sequelas que resultaram em uma paralisia cerebral. Antônia que tanto tinha a aprender hoje também tem algo a nos ensinar e ela o faz através das palestras e livros, trabalhando a inclusão plena da pessoa com deficiência.

Rede Brasil AVC

A Rede Brasil AVC é uma Organização não Governamental criada com a finalidade de melhorar a assistência global ao paciente com AVC em todo o país. É formada por profissionais de diversas áreas que unidos lutam para diminuir o número de 12


casos da doença, melhorar o atendimento pré-hospitalar e hospitalar ao paciente, melhorar a prevenção ao AVC, propiciar a reabilitação precoce e reintegração social.

Marcello Caminha - Músico, intérprete e compositor gaúcho

Marcello Caminha é violonista, compositor e médico Veterinário, natural de Bagé/RS. Atua na música nativista do RS desde 1985. Tem 12 discos gravados, dois DVDs e um livro publicado. Apresentou-se por quatro vezes na Europa e em vários Estados brasileiros. Já gravou e atuou ao lado de grandes nomes da música gaúcha. Desde 2001 reside em Porto Alegre, onde dedica-se ao Projeto Violão Gaúcho, que consiste em atividades de shows, oficinas, aulas de violão e palestras motivacionais, tudo em torno da aplicação deste instrumento na música gaúcha.

Wicca - Centro de Terapias Energéticas

O WICCA - Wicca Centro de Terapias Energéticas é um espaço comprometido com o desenvolvimento e o bem-estar, proporcionando com suas atividades um segmento que possibilita ao seu cliente a escolha de diferentes áreas para seu aprimoramento ou abertura de novos rumos dentro de sua jornada de busca, autoconhecimento e conscientização.

2.2.7 Equipe

Magda Spalding Perez Presidente Autora do livro Amor Vida Cuidado, Magda é fundadora do projeto de mesmo nome e responsável por sua coordenação.

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Magdalena Laser Vice-Presidente Formada em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – em 1990. Especializada em Neurologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre em 1994. Titulo de especialista em Neurologia pela Sociedade Brasileira de Neurologia e Neurocirurgia em setembro de 1995. Médica Neurologista do Hospital Divina Providência de Porto Alegre – RS – desde março de 1997 – atuante. Site: http://magdalenalaser.com.br/

Anelise Oliveira Coordenadora de Execução e Desenvolvimento Formada em Fonoaudiologia pela Universidade Luterana do Brasil- ULBRA- em 2003. Fonoaudióloga clínica e hospitalar, atua no Hospital Divina Providência desde 2005. Site: http://aneliseoliveira.com.br/

Tatiana Spalding Perez Coordenadora Administrativa/Financeira Bacharel em História pela UFRGS e graduanda de Psicologia da FADERGS, Tatiana é fundadora da AAVC e auxilia na coordenação do projeto desde sua criação.

2.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES

De acordo com Chiavenato (2000), planejar é definir objetivos e escolher antecipadamente a metodologia correta para alcançá-los. O planejamento define onde pretende-se chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. O planejamento estratégico que, segundo o autor, corresponde a um dos três níveis de planejamento, caracteriza-se como o processo que mobiliza a empresa para escolher e construir seu futuro. Assim, planejamento estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessa decisão e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas 14


decisões em confronto com as expectativas alimentadas (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003, p. 39).

Como produto do planejamento estratégico são estabelecidos missão, visão e valores da empresa, compatíveis aos objetivos organizacionais e o papel da companhia no mercado em que atua. A definição de diretrizes é fundamental, uma vez que centram as ações da empresa para seus públicos e são um elemento chave na formação da sua identidade e, consequentemente, da sua reputação (CHIAVENATO, 2000). Kotler (2010) afirma que possuir uma missão consistente representa a perspectiva de criação de negócios inovadores, práticas inovadoras, podendo transformar a vida do consumidor. O autor ainda enfatiza que a missão da organização demonstra sua própria existência, ou seja, a empresa de maneira mais fundamental possível. Quanto à visão, o autor define como o que a empresa deseja ser e onde deseja estar no futuro. Os valores organizacionais refletem a conduta adotada pela empresa ao cumprir sua missão e trabalhar para que as metas estabelecidas pela visão sejam cumpridas. Para Chiavenato e Sapiro (2003), os valores são um conjunto de conceitos, filosofias e crenças respeitadas e praticadas pela organização. Assim, são caracterizados como balizamentos para o processo decisório e o comportamento da empresa, agindo também como guia de conduta. A AAVC ainda não possui princípios norteadores estabelecidos.

2.2 ORGANOGRAMA

A Associação ainda não possui um organograma definido. Portanto, a partir de estudo realizado acerca das pessoas que a constituem e do Estatuto Social da Associação Amor Vida Cuidado, apresentamos um modelo de organograma.

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AAVC Conselho Diretor

Magda Spalding Perez Presidente

Conselho Fiscal

Marcelo Spalding Perez Conselheiro Fiscal

Eduardo Spalding Perez Conselheiro Fiscal

Magdalena Laser Vice-Presidente

Anelise Oliveira Coordenadora de Execução e Desenvolvimento

Tatiana Spalding Perez Coordenadora Administrativa/Financeira

Compete ao Conselho Diretor:

I.

Elaborar e submeter à Assembleia Geral a proposta de programação anual;

II.

Elaborar e apresentar à Assembleia Geral o relatório anual;

III.

Reunir-se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em atividades de interesse comum;

IV.

Contratar e demitir funcionários;

V.

Contratar serviços de pessoas jurídicas ou físicas, especializadas ou não;

VI.

Movimentar e controlar a movimentação dos recursos financeiros incluindo a abertura e encerramento de contas em bancos. A movimentação financeira caberá a qualquer um dos membros;

VII.

Apreciar e aprovar as contas apresentadas pelo Conselho Fiscal.

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Compete ao Conselho Fiscal:

I.

Examinar os livros de escrituração da Associação AMOR VIDA CUIDADO - AAVC;

II.

Opinar sobre os balanços e relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para a diretoria;

III.

Requisitar ao Coordenador Financeiro, a qualquer tempo, documentação comprobatória das operações econômico-financeiras realizadas pela Associação AMOR VIDA CUIDADO – AAVC.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O terceiro setor é constituído por “organizações privadas, não governamentais, sem fins lucrativos, autogovernadas, de associação voluntária” (MONTAÑO, 2002, p. 55), tais como ONGs, OSCIPs, institutos, associações comunitárias, movimentos populares, fundações e instituições filantrópicas, configuradas como privadas, mas de caráter público, que atuam a serviço dos interesses coletivos. Nas palavras de Fernandes (2010, p. 27), o terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos criadas e mantidas com ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil.

Esse setor se distingue do Estado – primeiro setor – e do mercado – segundo setor – porque seu espaço de atuação é não governamental e nem se encontra subordinado às “leis” da lucratividade. No terceiro setor, o objetivo final é provocar mudanças que Amenizem e, preferencialmente, acabem com as desigualdades e priorizem o desenvolvimento humano (PERUZZO, 2009). Cardoso (1997) ressalta a importância do Terceiro Setor como meio de uma revolução nos papéis sociais tradicionais, afirmando que seu conceito descreve um espaço de participação e experimentação de novos modos de pensar e agir sobre a realidade social. Sua afirmação tem o grande mérito de romper a dicotomia entre público e privado, na qual público era sinônimo de estatal e privado de empresarial. Estamos vendo o surgimento de uma esfera pública não-estatal e de iniciativas privadas com sentido público. Isso enriquece e complexifica a dinâmica social (CARDOSO, 1997, p. 27).

Uma tentativa de definição para o conjunto do Terceiro Setor é apresentada por Salamon e Anheier (1997), sendo a mais amplamente utilizada e aceita, e denominada estrutural/operacional. Segundo essa definição, as organizações que fazem parte deste setor apresentam as cinco seguintes características:

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1) Estruturadas: possuem certo nível de formalização de regras e procedimentos, ou algum grau de organização permanente. São, portanto, excluídas as organizações sociais que não apresentem uma estrutura interna formal. 2) Privadas: estas organizações não têm nenhuma relação institucional com governos, embora possam dele receber recursos. 3) Não distribuidoras de lucros: nenhum lucro gerado pode ser distribuído entre seus proprietários ou dirigentes. Portanto, o que distingue essas organizações não é o fato de não possuírem “fins lucrativos”, e sim, o destino que é dado a estes, quando existem. Eles devem ser dirigidos à realização da missão da instituição. 4) Autônomas: possuem os meios para controlar sua própria gestão, não sendo controladas por entidades externas. 5) Voluntárias: envolvem um grau significativo de participação voluntária (trabalho não remunerado). A participação de voluntários pode variar entre organizações e de acordo com a natureza da atividade por ela desenvolvida. Peruzzo (2008) afirma que o termo comunidade remete a identidade e a conjugação de interesses entre seus membros, com intuito ao bem comum. Ainda para referida autora (2006), uma comunidade pressupõe a existência de determinadas condições básicas, sendo elas:  Processo de vida em comum por meio de relacionamentos orgânicos e certo grau de coesão; 

Autossuficiência;

Cultura comum;

Objetivos comuns;

Identidade natural e espontânea entre os interesses de seus membros;

Consciência de suas singularidades identificativas;

Sentimento de pertencimento;

Participação ativa;

Locus territorial específico; 19


Linguagem comum.

Nas comunidades surgem diversas manifestações e movimentos populares que são organizações constituídas com objetivos explícitos de promover a conscientização, a organização e a ação de segmentos das classes menos favorecidas, visando atender seus interesses e necessidades, como os de melhorar o nível de vida, através do acesso às condições de produção e de consumo de bens de uso coletivo e individual; promover o desenvolvimento educativo-cultural da pessoa; contribuir para a preservação ou recuperação do meio ambiente; assegurar a garantia de poder exercitar os direitos de participação política na sociedade e assim por diante. Em última instância, pretendem ampliar a conquista de direitos de cidadania, não somente para o indivíduo, mas para o conjunto de segmentos excluídos da população (PERUZZO, 2004). No seu processo de constituição descobriram a necessidade de apropriação pública de técnicas (de produção jornalística, radiofônica, estratégias de relacionamento público etc.) e de tecnologias de comunicação (instrumentos para transmissão e recepção de conteúdos etc.) para poderem se fortalecer e realizar os objetivos propostos. Assim sendo, num primeiro momento descobriram a utilização da comunicação como uma necessidade, ou seja, como canais importantes para se comunicarem entre si e com seus públicos, sejam eles os usuários reais ou potenciais dos serviços oferecidos, a imprensa, órgãos públicos, aliados e o conjunto da sociedade (PERUZZO, 2004). Entre as principais características desse processo comunicacional estão: opção política de colocar os meios de comunicação a serviço dos interesses populares; transmissão de conteúdos a partir de novas fontes de informações (do cidadão comum e de suas organizações comunitárias); a comunicação é mais que meios e mensagens, pois se realiza como parte de uma dinâmica de organização e mobilização social; está imbuído de uma proposta de transformação social e, ao mesmo tempo, de construção de uma sociedade mais justa; abre a possibilidade para a participação ativa do cidadão comum como protagonista do processo (PERUZZO, 2004). Em outras palavras, tem-se aqui uma outra comunicação que ganha expressividade nas últimas décadas por envolver diversos setores das classes subalternas, tais como moradores de uma determinada localidade desassistidos em seus 20


direitos à educação, saúde, transporte, moradia, segurança etc.; trabalhadores da indústria; trabalhadores do campo; mulheres; homossexuais; defensores da ecologia; negros; cidadãos sem terra interessados em produzir meios à sua própria subsistência etc (PERUZZO, 2004). Essa comunicação não chega a ser uma força predominante, mas desempenha um papel importante da democratização da informação e da cidadania, tanto no sentido da ampliação do número de canais de informação e na inclusão de novos emissores, como no fato de se constituir em processo educativo, não só pelos conteúdos emitidos, mas pelo envolvimento direto das pessoas no que fazer comunicacional e nos próprios movimentos populares. É um tipo de comunicação que, com raras exceções – quando se torna assunto de reportagem na grande mídia, por exemplo, é invisível às grandes audiências, mas que se evidencia em forças vivas nas comunidades onde se insere. Passou por grandes transformações ao longo das últimas duas décadas e meia e entra no século XXI incluindo novas formas e desfrutando de mais visibilidade e aceitação pública. Nos anos de 1970 e 1980 o conteúdo da comunicação popular centrava-se na proposta de contestação ao status quo, conscientização política organização para transformação da sociedade capitalista. Atualmente, apesar de algumas premissas continuarem vivas, a conjuntura é outra e as preocupações das pessoas também, e assim vão sendo incluídas novas temáticas e mudando as linguagens e os tipos de canais adequados ao momento atual. Hoje, o cerne das questões gira em torno da informação, educação, arte e cultura, com mais espaço para o entretenimento, prestação de serviços, participação plural de várias organizações (cada uma falando o que quer, embora respeitando os princípios éticos e normas de programação) e divulgação das manifestações culturais locais (PERUZZO, 2004, p. 152).

Assim, comunicação comunitária se define pelos processos de comunicação constituídos no âmbito de movimentos sociais populares e comunidades de diferentes tipos, tanto as de base geográfica, como aquelas marcadas por outros tipos de afinidades. É sem fins lucrativos e tem caráter educativo, cultural e mobilizatório. Envolve a participação ativa horizontal (na produção, emissão e na recepção de conteúdos) do cidadão, tornando-se um canal de comunicação pertencente à comunidade ou ao movimento social e, portanto, deve se submeter às suas demandas.

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Surgem, assim, as Relações Públicas comunitárias, também denominadas de populares ou alternativas, como sendo aquelas realizadas no âmbito de comunidades, associações, movimentos sociais populares, organizações não governamentais e outras instituições sem finalidade de lucro e, por extensão, aquelas do mundo do trabalho, como os sindicatos e outras entidades civis. Essas denominações aplicam-se às iniciativas configuradas em contraposição aos mecanismos reprodutores dos interesses do capital e das condições alienadoras da pessoa humana (PERUZZO, 2013). Conforme Peruzzo (2008), disputas e conflitos sempre vão existir, mas para não se incorrer em perdas substanciais quanto à finalidade de democratizar a comunicação e a cidadania, alguns princípios norteadores para a ação da comunicação comunitária são fundamentais:

a) Democracia/pluralismo: o respeito à pluralidade de vozes e o espaço para participação democrática é condição sine qua non para o exercício da comunicação cidadã. b) Representatividade: trabalhar com representantes dos diversos setores organizados dentro de cada localidade e instituir o caráter coletivo como força inspiradora das ações e decisões. c) Participação ativa: é o patamar mediador de como a democracia é exercida no nível da produção de conteúdos, do planejamento e da gestão da própria organização. O protagonismo principal deve ser do próprio cidadão. d) Autonomia: é a base para a ação independente. Requer negociação e estabelecimento de regras claras, como por exemplo, o não cerceamento à liberdade de informar e a aplicação dos recursos com a finalidade de garantir a funcionamento da unidade comunicacional e não para o lucro particular. e) Conteúdos: espera-se que sejam condizentes às finalidades de desenvolvimento social, educativo e cultural, além de serem colados à realidade local (assuntos específicos relativos às necessidades, problemas, conquistas, criação artística autóctone etc.). Nesse sentido, não há que se reproduzir os critérios de seleção de notícias e de outros conteúdos usados pela grande imprensa, nem o tipo de fonte e os padrões de linguagens da mídia de entretenimento.

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f) Força motriz: ampliação do exercício dos direitos e deveres de cidadania com vistas a constituição de uma sociedade livre, justa e igualitária. Contudo, tal perspectiva não pretende substituir as Relações Públicas ou a Comunicação Organizacional tradicionais, que continuam seus próprios percursos, mesmo requerendo atualizações prático-conceituais. É, na verdade, uma alternativa ou mais uma esfera de atuação profissional. Ela se situa num patamar diferenciado de ação social, aquele em que o que mais interessa é o desenvolvimento comunitário e humano. O que está em jogo é a ampliação dos direitos e deveres de cidadania, e não a realização dos interesses empresariais e governamentais (PERUZZO, 2013).

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4 PESQUISA SOBRE O ASSESSORADO E RELACIONAMENTO

4.1 HISTÓRICO

A AAVC ainda não possui um texto construído sobre sua história. Portanto, após reuniões realizadas1, o histórico abaixo foi estabelecido pelas autoras do projeto, juntamente com a equipe da instituição.

Em 2007, José Amado Perez, então com 49 anos, foi internado vítima de um AVC. Quando a Neurologista Magdalena Laser, precisou informar aos familiares de Zeca como era carinhosamente chamado - os riscos de um AVC extenso, e as sequelas que ele poderia causar. A reação da família surpreendeu a médica, pois ao invés de demonstrar desesperança, a esposa Magda Spalding Perez, junto aos seus três filhos, Marcelo, Eduardo e Tatiana, firmes, perguntaram: “Muito bem, doutora, e quais nossas alternativas? O que podemos fazer para ajudá-lo a melhorar?”. Naquele momento, mesmo envoltos pelo risco iminente de que Zeca sofreria com sequelas graves, a Neurologista e família Spalding Perez uniram forças para que ele pudesse voltar para casa e receber o melhor cuidado possível. Todo amor dedicado ao Zeca mostrava-lhe que existia motivo para batalhar pela recuperação. Como registrado pela Neurologista no livro Amor Vida Cuidado, escrito por Magda, “não havia medo pelo futuro nos olhos dos seus, mas sim alegria e vibração a cada pequena conquista”. A família permaneceu unida, viajou, torceu e vibrou com a copa do mundo. Zeca participava da vida cotidiana e social, como qualquer outro membro da família, a prioridade era ele estar vivo, e juntos decidiram que iriam reinventar a vida. A experiência mostrou que existe vida após o AVC. Zeca faleceu três anos e três meses depois, mas essa história de superação, amor e cuidado rendeu frutos. Em 25 de junho de 2012, a partir dos princípios disseminados por Magda em seu livro “Amor Vida Cuidado”, esta, junto de sua filha Tatiana, da neurologista Magdalena Laser e da Fonoaudióloga Anelise Oliveira fundaram o projeto

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Reuniões realizadas no dia 27 de março e 10 de abril de 2015, na sede da organização. 24


que leva o mesmo nome do livro. Em 21 de setembro de 2014 o projeto foi oficializado como Associação Amor Vida Cuidado (AAVC), com Estatuto Social e CNPJ. A AAVC busca dar suporte e informação ao familiar cuidador de paciente fragilizado, em doenças como Alzheimer, Parkinson, paralisia cerebral, doente terminal, AVC, câncer, entre outros. Motivando a família a prevenir, apoiar e superar suas dificuldades com qualidade de vida, demonstrando que nada é impossível se houver amor.

4.2 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE Conforme Honorato (2004, p.41) “macroambiente é o conjunto de agentes que afetam diretamente a empresa, mas que não podem ser controlados pelas ações de marketing desta; contudo, esses agentes interagem com a empresa de modo dinâmico”. Para Kotler (1999) o macroambiente consiste em forças sociais maiores que afetam o microambiente. O autor entende a composição por forças demográficas, econômicas, político-legais, socioculturais, tecnológicas e ambientes naturais. Figura 1 – Forças sociais do macroambiente

Fonte: Elaborado pelas autoras, com base em Kotler (1999).

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Thompson e Strickland (2000) entendem que o macroambiente é composto por forças que se encontram mais distante das empresas e que afetam o ambiente externo e interno. São incontroláveis, por isso deve-se estar atento a essas mudanças, para adaptar-se da melhor maneira possível. Observamos que o macroambiente é composto por diversas variáveis e que indiretamente influenciam no ambiente da Associação. Em escala mundial, o acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte. É uma doença que ocorre predominantemente em adultos de meia-idade e idosos. Nas últimas décadas, o Brasil vem mudando o seu perfil de morbimortalidade, com as doenças crônicas não transmissíveis liderando as principais causas de morte. Entre as mais importantes doenças crônicas está o AVC, que é uma das principais causas de internações e mortalidade, causando na grande maioria dos pacientes, algum tipo de deficiência, seja parcial ou completa. No Brasil, foram registradas 160.621 internações por doenças cerebrovasculares em 2009, segundo os dados de domínio público do Sistema Único de Saúde (DATASUS)2, do Ministério da Saúde. A taxa de mortalidade foi de 51,8 a cada grupo de 100.000 habitantes. O estudo de Pinheiro e Vianna (2002) analisou essa temática, sobre a taxa de mortalidade numa região específica do Brasil. Os autores avaliaram o comportamento da taxa de mortalidade específica (TME) por AVC, na população do Distrito Federal, entre 1995 e 2005. De acordo com os resultados, houve uma redução da TME no sexo masculino entre 30 e 79 anos, com aumento da taxa nos indivíduos acima de 80 anos. Quanto ao sexo feminino, houve aumento da TME entre 30 e 49 anos, e na faixa etária acima dos 80 anos. De Carvalho et al. (2011) também realizaram estudo epidemiológico de AVC no Brasil, mostrando uma maior prevalência do sexo feminino (51,8%) no grupo de 2407 pacientes. Pinheiro e Vianna mostraram maior prevalência de óbito das mulheres quando comparadas a homens, em 2007. Alguns aspectos como melhor condição socioeconômica, qualidade da prevenção primária e qualidade dos cuidados hospitalares

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Ministério da Saúde/SE/Datasus (endereço na internet).Local: Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS IBGE: base demográfica. (atualizado em: 12/2010; acessado em: 11/2012) Disponivel em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02>. Acesso em: 17 de abril de 2015. 26


podem ter auxiliado a diminuir a taxa de novos casos de AVC no Brasil. Além do melhor controle dos fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, fibrilação atrial, tabagismo, sedentarismo e obesidade. Como Pinheiro e Vianna (2002) discutem no artigo, o sistema DATASUS não permite avaliar de forma quantitativa a influência dos fatores de risco na mortalidade, além de não disponibilizar informações a respeito de sobrevida, após o ictus e o processo de reabilitação. Essas informações seriam importantes para melhorar e ampliar as iniciativas de saúde pública para a prevenção e o tratamento de AVC, seja na fase aguda ou crônica. Embora após um AVC, normalmente, ocorra certo grau de retorno motor e funcional, muitos sobreviventes apresentam consequências crônicas que são, usualmente, complexas e heterogêneas, podendo resultar problemas em vários domínios da funcionalidade. Essa funcionalidade se refere à capacidade de realizar atividades do dia a dia, seja no aprendizado e aplicação de conhecimentos (atenção, pensamento, cálculos, resolução de problemas); na comunicação (linguagem falada, escrita); na mobilidade (manutenção da posição corporal, transferências, deambulação); no autocuidado, vida doméstica, interação interpessoal e social (SCHEPER et al, 2007). Além das campanhas governamentais que estimulam a população a controlar melhor os fatores de risco da doença e da intervenção eficaz da equipe neurológica, na abordagem inicial de um paciente com AVC, seja isquêmico ou hemorrágico é importante também, a orientação e o acompanhamento pela equipe interdisciplinar. A fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional irão atuar no processo de reabilitação, em longo prazo, possibilitando a reinserção do indivíduo à sociedade e a suas atividades diárias.

4.3 ANÁLISE DO SETOR

O terceiro setor é a esfera da sociedade composta por organizações sem fins lucrativos nascidas da iniciativa voluntária, objetivando o benefício público, atuando de forma integrada com os setores público e privado (CASTRO, 1999). Surgiu do encontro de diversos fatores e é também por isto que organizações com objetivos e estruturas tão diferentes estão colocadas sob um mesmo guarda-chuva. 27


Após a Segunda Guerra Mundial, a responsabilidade sobre as questões sociais ficou com o Estado, o welfare state3, por suas políticas de assistência pública completas financiadas pela contribuição dos setores produtivos (CASTRO, 1999). A centralização das políticas públicas causou grande impacto nas associações voluntárias, pois segundo Castro (1999) e Coelho (2000), desestimulou o desenvolvimento de ações visando a suprir as necessidades sociais e fazendo com que os indivíduos não se sentissem mais responsáveis pela comunidade nem pelos seus vizinhos, ao mesmo tempo em que se sentiam seguros por saberem que ao Estado cabia solucionar os problemas sociais existentes. Mas no início dos anos 70 a crise do welfare state trouxe de volta a insegurança. Para Coelho (2000) foi uma crise de financiamento, porque tal sistema foi desenvolvido para atender as necessidades de uma comunidade relativamente homogênea do pósguerra. Com o passar dos anos, a complexidade e a heterogeneidade da sociedade fizeram com que as demandas sociais aumentassem e que o sistema não mais se sustentasse financeiramente. O terceiro setor compreende organizações com objetivos e valores diversos. As organizações sem fins lucrativos atuam em diversas áreas como: cultura e recreação, educação e pesquisa, saúde, assistência social, ambientalismo, desenvolvimento e defesa dos direitos, religião e associações profissionais, entre outras. Para fins deste estudo será feito um recorte num dos conjuntos que compõem o terceiro setor: a assistência social, pela dificuldade da entidade de gerar receitas próprias, devido a seu caráter assistencial. O terceiro setor pode ser conceituado como aquele que representa o conjunto de iniciativas da sociedade civil organizada, com base na ação voluntária, sem fins lucrativos e que visa ao desenvolvimento social. As diferenças entre as organizações que compõem tal setor estão no porte, nas áreas e nas formas de atuação, no tipo de público beneficiado ou associado etc. (FALCONER E VILELA, 2001).

3

O Estado do Bem-estar também é conhecido por sua denominação em inglês, Welfare State. Os termos servem basicamente para designar o Estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos. 28


No Brasil, nas últimas décadas do século XX, expande-se e se fortalece o terceiro setor, que reúne organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas com ênfase na participação voluntária de âmbito não-governamental, objetivando o benefício público. As organizações que compõem o terceiro setor dão continuidade a práticas tradicionais de caridade e filantropia, expandindo o seu sentido para outros segmentos, através da incorporação do conceito de cidadania e das diversas manifestações da sociedade civil. Nessa perspectiva, o grupo entende que o terceiro setor é constituído por um conjunto de organizações sem fins lucrativos e composto de formas tradicionais de auxílio mútuo (assistenciais e beneficentes), movimentos sociais e associações civis (associações de bairros) filantropia empresarial (fundações ligadas a empresas privadas) e ONGs (Organizações Não-Governamentais). As organizações mais estruturadas já perceberam que as empresas privadas tomam decisão sobre seus investimentos sociais corporativos com base no “resultado” (DRUCKER, 1997), e esses resultados são medidos por indicadores sociais e conceitos de eficiência, eficácia e efetividade, visando ao desenvolvimento social. Diante disso, as organizações do terceiro setor passaram a conviver com o desafio de criar uma dinâmica organizacional para poderem estabelecer parcerias com as empresas privadas.

4.4 ANÁLISE DO MICROAMBIENTE

Conforme Dornelles (2010), o microambiente da associação é formado por fatores e forças que influenciam, direta ou indiretamente, as atividades dessa organização. Sua composição é formada pelos públicos da empresa, como clientes, funcionários, fornecedores, concorrentes e intermediários. Para Kunsch (2009, p. 154) a comunicação interna, que participa do microambiente, “se constitui em um setor planejado com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus empregados”. A autora explica que a comunicação interna é voltada aos funcionários e pretende desenvolver o sentimento de pertencimento, estimular a interação, o diálogo e satisfação no ambiente de trabalho.

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Segundo Kotler (1998, p. 47), o microambiente “consiste em forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes, como os fornecedores, os canais de marketing, os mercados de clientes, os concorrentes e o público”. Para Certo e Peter (1993), o ambiente organizacional é o conjunto de todos os fatores, tanto internos quanto externos à organização, que possam afetar seu progresso e o alcance das metas. Neste contexto, ter ciência do ambiente organizacional é vital para o seu próprio sucesso. No âmbito de microambiente, a AAVC disponibiliza um espaço a fim de acolher seu público. É um espaço para que as famílias cuidadoras possam ser acolhidas tanto em grupos quanto individualmente. Além disso, os pacientes da doutora Madalena são atendidos em uma sala especial no ambiente da associação, o que traz uma aproximação das famílias desses pacientes à AAVC. Conforme entrevista4 com o assessorado, atualmente existem 40 associados cadastrados. Esses, além de receberem atendimentos especiais, podem frequentar palestras ministradas pelos membros da associação e receber doações de materiais necessários, como cadeiras de rodas, camas hospitalares e remédios que a associação recebe para esse fim. Os associados têm o compromisso de, ao término da utilização das doações, devolvê-las para a associação, de modo que possam ser repassadas para outras famílias necessitadas. A associação tem como dificuldade atingir o público que deseja. Várias palestras foram ministradas na capital e no interior do estado desde 2012. Porém, a AAVC sentiu falta de um recurso comunicacional que elevasse o número médio de participantes nas palestras. Atualmente a média é de 25 ouvintes, entre familiares, estudantes, profissionais da saúde e cuidadores. A AAVC tem como projeto as parcerias com hospitais para realização de palestras informativas motivacionais com o intuito de assistir às famílias cuidadoras dos pacientes internados, independente de seu diagnóstico. Dentre seus pontos fracos neste âmbito estão a falta de divulgação nos hospitais - bem como contatos dentro dos mesmos para chegar ao seu interior, a visibilidade para a associação e recursos para conseguir doações necessárias.

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Reunião realizada no dia 27 de março de 2015, na sede da organização. 30


A Associação não possui cadastro do número de atendimentos que realizou até hoje. Porém, conforme informações passadas em reunião5 com assessorado, a instituição está iniciando essa contagem.

4.5 ANÁLISE DE PÚBLICOS

A preocupação das organizações se concentra no relacionamento com seus públicos, pois sabem que é a partir deles que são estabelecidas as estratégias para a tomada de decisão quanto ao conjunto de ações que necessitam desenvolver para atingirem seus objetivos institucionais de maneira efetiva. Deste modo, é fundamental conhecer os públicos da organização, e assim conceituá-los e categorizá-los. Portanto, a interação da empresa com os públicos se tornará mais eficaz se houver pleno conhecimento das partes interessadas. Assim, estabelecemos a necessidade de esclarecer e conhecer o que ou a quem se refere o emprego do termo públicos. Neste sentido, França (2009) afirma que em relações públicas, atividade essencialmente de relacionamento com pessoas, é indispensável identificar corretamente os públicos da organização, para que se possa estabelecer com eles uma interação produtiva e dialógica. Outra classificação é proposta por Grunig (1992, p. 18), que divide o público em ativo e passivo: O público ativo tende a ser mais crítico, organizado e atuante, isto determina que ele deve ser acompanhado mais de perto e lhe devem ser fornecidas informações mais consistentes. O público passivo, por outro lado, é mais disperso, menos crítico, mas pode tornar-se atuante. Esse tipo de público necessita de ação mais preventiva no sentido de mantê-lo informado e predisposto a cooperar com a organização.

Há também a definição defendida por Freeman (1984 apud FRANÇA, 2008) que é o stakeholder. Esse é um tipo de público que tem a capacidade de afetar ou ser afetado pelas decisões e ações da organização. Caroll (1998 apud FRANÇA; 2008) segue essa mesma linha, com a ressalva de que os stakeholders são os acionistas, consumidores e funcionários, mas também podem incluir outros grupos, como a comunidade, grupos com interesses especiais, governo, mídia e público em geral.

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Reunião realizada no dia 08 de maio de 2015, na sede da organização. 31


Segundo França (2008), o sucesso de qualquer programa de comunicação baseiase em atingir todos os públicos destinados, provocando respostas esperadas e mensuráveis. Para assegurar resultados efetivos e duradouros na comunicação, é obrigatório o conhecimento detalhado dos públicos aos quais ela é dirigida. No caso da organização, torna-se indispensável o conhecimento profundo e o mapeamento dos públicos de interesse da organização. Nem sempre profissionais dão a devida importância a tal tema. Através da segmentação de públicos, se permite estabelecer seus tipos, assim como os objetivos da organização diante deles, o nível de dependência existente e as expectativas da organização para tais públicos. Para mapear os públicos da AAVC, optamos por selecionar o mapeamento segundo França (2008). Modelo no qual podemos classificar os diferentes públicos com relação ao nível de relacionamento que eles possuem entre si, os objetivos da organização, entre outros fatores. Apesar de existirem diversas classificações e categorizações de públicos em relações públicas, cada um deles se torna importante dependendo da estratégia da organização. É essencial identificar os públicos com os quais a organização irá trabalhar, pois a preocupação da AAVC se concentra no relacionamento com seus públicos. Deste modo, optamos por uma classificação tipológica, onde são pontuados os relacionamentos através das proximidades entre os públicos e a entidade, além do que eles representam para esta. Assim, quanto ao universo do terceiro setor: a) Beneficiários: pessoas a quem a ação direta da organização se destina, ou melhor, são a razão de ser da mesma; b) Colaboradores: funcionários, voluntários e suas famílias; c) Vizinhança: “comunidade” onde estão inseridas a sede e a ação principal da organização; d) Órgãos públicos: aqueles que afetam diretamente a vida da organização por meio de políticas, legislação, órgãos de repressão, entre outros aspectos; e) Parceiros reais e potenciais: organizações, secretarias, universidades, entre outros; f) Mídia: meios de comunicação impressos, radiofônicos, televisivos e internet, tanto os de longo alcance como os comunitários e locais; g) Aliados: movimentos e organizações congêneres e aproximativas, ou seja, que atuam no mesmo universo mas desenvolvem atividades distintas, como, por exemplo, o movimento de moradia versus igreja; h) Opositores: aqueles que se opõe (sic) à linha político-ideológica e ao trabalho desenvolvido por “ódio de classe” (PERUZZO, 2009, p. 13).

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Diante da análise do contexto organizacional inserido, destacamos os seguintes públicos que a tabela tipifica (Quadro 1), de acordo com os relacionamentos com a organização. Quadro 1 - Classificação dos públicos de acordo com seu tipo de relacionamento e função. Públicos

Relacionamento com a AAVC

Classificação

Apoiadores

Público externo ativo, essencial não constitutivo. Pessoas de qualquer idade, raça ou religião, sem renda estipulada.

Colaboradores

Equipe

Público interno ativo, essencial constitutivo. Formado por quatro pessoas, sendo uma Presidente, uma VicePresidente, uma Coordenadora de Execução e Desenvolvimento e uma Coordenadora Administrativa/Financeira.

Colaboradores

Governo

Público externo consciente, essencial não constitutivo. Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Órgãos Públicos

Parceiros

Público externo, de interferência.

Parceiros reais e potenciais

Mídia

Público externo consciente, de rede de interferência de comunicação massiva.

Mídia

Cuidadores familiares

Público externo ativo, essencial não constitutivo. São familiares dos pacientes, de qualquer idade, sexo, raça, religião, classe social e renda familiar.

Colaboradores

Cuidadores profissionais

Público externo ativo, essencial não constitutivo. São profissionais que recebem capacitação, através de cursos e palestras oferecidos pela AAVC.

Colaboradores

Fonte: elaborado pelas autoras a partir de Peruzzo (2008).

4.6 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA Manzini (2006) explica que para a educação especial, a expressão comunicação alternativa e/ou suplementar vem sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala. 33


A AAVC utiliza alguns canais de comunicação para manter-se em contato com seus públicos. Visitas hospitalares e domiciliares, assim como palestras informativas motivacionais e atendimentos individuais ou em grupo fazem parte da rotina da associação a fim de manter um vínculo e uma conexão com seus públicos. As palestras abordam diferentes temas, como Qualidade de Vida e AVC, O Papel Maternal do Cuidador Familiar e Doenças Degenerativas Cerebrais, para que os familiares possam ter conhecimento da doença, bem como de métodos e cuidados delicados com os fragilizados (como a associação costuma se referir aos pacientes). Também possuem cursos destinados para cuidadores de dentro dos lares, para que saibam, de fato, fazer esse tratamento com cuidado e carinho. No âmbito digital, oferecem um curso on-line que tem como objetivo compartilhar informações e conteúdos elaborados a partir dos princípios disseminados pelo livro Amor Vida Cuidado. A AAVC oferece também um curso presencial de aperfeiçoamento em cuidado humanizado no ambiente familiar. No site da AAVC é possível encontrar todas as informações sobre a associação: agenda, fotos, a equipe, notícias, entre outros. Porém, a navegabilidade está comprometida, visto que a linguagem usada para os textos não é de fácil entendimento e a fonte utilizada pelo site dificulta a leitura, desestimulando a continuidade do texto. As informações não estão organizadas de forma atraente para o usuário e o layout também não favorece a navegação. Na página principal do site, há um link que direciona para a página no Facebook, única rede social adotada pela Associação para comunicação.

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Figura 2 – Site AAVC

Fonte: AAVC (2015).

O Facebook da AAVC tem mais de 3300 curtidas. A frequência de postagens varia entre 3 e 5 dias, nos dias que acontecem postagens, são feitos diversas postagens, um atrás do outro. Figura 2 – Facebook AAVC

Fonte: Página oficial da AAVC no Facebook (2015). 35


As postagens têm costumam ter entre cinco e 50 curtidas, em muitos casos havendo também compartilhamentos e alcançando um número bem mais alto de curtidas. Fatos que comprovam que a página tem alto potencial de interação, ou seja, pode atingir um número maior de pessoas nas redes. Em geral, o conteúdo das publicações são compartilhamentos de outras páginas ou montagens com frases de efeito. As postagens não são acompanhadas de legendas, nem hashtags.

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5 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é uma etapa fundamental para o desenvolvimento de um plano de comunicação. Rosa (2001) admite que o diagnóstico permite uma visão integrada da organização ou de um problema específico, resultando em mais agilidade para superar os obstáculos, melhor direcionamento nos investimentos. Precisamos saber de onde os problemas vêm e por quê. Através dele é possível verificar a existência de problemas ou disfunções que possam afetar os resultados da organização, bem como definir e indicar ações que intervenham e colaborarem para a melhoria da entidade. Para Petrocchi (2009, p.118), “o diagnóstico reúne informações básicas da análise de mercado, das oportunidades e ameaças”, ou seja, é importante conhecer todo o ambiente associado à organização para que sejam estabelecidas as suas principais necessidades. Já na visão de Lima (2009, p. 65) “diagnóstico organizacional é um conjunto de fatores externos, organizacionais e individuais que precisam ser investigados para que se conheça a real situação de uma empresa”. Assim, percebemos a necessidade de análise e pesquisa realizadas até o momento, pois para obtermos resultados satisfatórios, torna-se relevante o entendimento dos fatores internos e externos da organização. Sob essa perspectiva, é relevante o conhecimento sobre a organização trabalhada para poder desenvolver um projeto de comunicação de maneira efetiva. Dessa forma, realizamos um diagnóstico a fim de compreender as necessidades que a organização apresenta. Tendo em vista a pesquisa e análise realizada, percebemos a importância de desenvolver e também manter uma comunicação que alcance os públicos de interesses da organização, resultando em retornos positivos para a associação, e assim, tornar a comunicação essencial para a organização, fazendo parte de sua estratégia, pois conforme Piccin (2005 apud, 2008, p.164) “a comunicação na maioria das ONGs ainda não faz parte das prioridades ou estratégias para crescimento institucional destas”. Portanto, a partir do levantamento de dados a respeito da associação, é proposto um plano de comunicação que vise o relacionamento efetivo entre a organização e os seus stakeholders. 37


Ao analisar outras instituições ligadas às áreas de cuidados com a saúde, consideramos as de maior relevância diante dos assuntos abordados. Cada associação opera diante de diferentes características e atuações, existindo assim, as direcionadas a problemas específicos e as que atuam de modo geral no combate as enfermidades. O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC) atua com base no direito a uma chance de cura com qualidade de vida para aquele paciente que necessita de um atendimento. Diferente da AAVC, a instituição oferece sessões de quimioterapia, consultas, procedimentos ambulatoriais, cirurgias e além dos tratamentos o diagnóstico, atuando também no desenvolvimento do ensino e pesquisa. Realizando em torno de 3.000 mil atendimentos anualmente, tem seu foco no paciente (GRAAC, 2015). O Oncoguia, que antes era um portal de referência em informações e qualidade para os pacientes com câncer, tornou-se instituto no ano de 2009. Com o objetivo de auxiliar pacientes com câncer e a população de modo geral a viver melhor, através de ações estratégicas de prevenção e promoção a saúde, bem-estar, qualidade de vida e do fomento da conscientização em prol de uma postura ativa e responsável ao autocuidado em saúde. Pacientes diagnosticados com câncer se encontram em situações de risco e necessitam de um apoio não apenas nas questões que envolvem tratamentos e medicações, precisam entender mais sobre sua doença juntamente com a família, dessa forma, acreditamos que o apoio é fundamental a ambos (ONCOGUIA, 2015). Por sua vez, a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos - ABCP, reúne profissionais especializados, dos quais esses compõem o Conselho Científico, onde são colocados em prática os objetivos sugeridos, para divulgar sua filosofia, agregando cuidados já existentes no Brasil para pacientes nos âmbitos de internação ambulatorial e/ou domiciliar. Tem como parceiros diversas associações e instituições, tanto nacionais quanto internacionais e operam em diferentes estados em vários hospitais com serviços diversificados. Atuando de modo a integrar o todo, uma vez que os próprios exemplos citados anteriormente são parceiros da Associação (ABCP, 2015). Através dessa última análise apresentada, foi constatado que o plano de comunicação terá como foco ampliar as formas como se dá o relacionamento entre a 38


associação e seus públicos de interesse. Além disso, será necessário desenvolver estratégias que demonstrem para a população a importância do trabalho realizado pela AAVC, mostrando projetos e os resultados obtidos com eles, que muitas vezes mudam a vida das pessoas que passam por momentos delicados, que precisam de apoio.

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6 PROGNÓSTICO

Para o desenvolvimento de qualquer plano é necessário que se mapeiem situações onde seja possível identificar o cenário em que a entidade se localizará no futuro, considerando o atual diagnóstico. Através dessa medida, a tomada de decisões e quais direções seguir se tornam mais claras, além das condutas para tais serem mais específicas. Para Fernandes (2010), no âmbito das relações públicas, o prognóstico reflete uma função perante as realizações da organização, sucedendo o diagnóstico. Estão aliados ao seu significado literal os verbos pressagiar, predizer e conjecturar. Simões (2001, p. 37) define prognóstico como o fenômeno mental de juntada de dados do aqui e agora com as possibilidades das evoluções internas e externas da organização para o futuro. O raciocínio abstrato é extremamente exigido e a prática com os casos passados pode ajudar. A previsão do fenômeno do futuro não é absolutamente um ato adivinhatório, mas um processo científico. ‘Uma previsão científica é racional ao máximo (intuitiva ao mínimo), pois é uma conclusão de premissa explicitamente afirmada’ O prognóstico confirmará o que deverá ser, ou não, realizado e a urgência da intervenção. Há correlação positiva entre o correto prognóstico e o êxito da assessoria e dos projetos de comunicação.

No caso da Associação Amor Vida Cuidado – AAVC os maiores empecilhos que foram encontrados são referentes ao relacionamento com os públicos e a divulgação da instituição. Se estes problemas persistirem, é provável que os projetos internos e externos da organização tenham que ser realizados através de uma estrutura mais limitada, para um número menor de público. Lembramos que a necessidade de capital humano se faz muito importante. Quanto mais voluntários estiverem no time da entidade, mais ações essa poderá concretizar e melhor realizará o seu trabalho. A Associação conta com um significativo número de apoiadores, no entanto, é preciso que mais desempenhem suas atividades com uma maior frequência. O atual panorama da organização não é de todo negativo. O presente prognóstico apresenta pontos que devem apenas ser melhorados como, por exemplo, o discurso

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passado para os públicos, para que assim a Associação possa operacionalizar de uma maneira mais satisfatória em anos futuros.

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7 ESTRATÉGIAS

No sentido de identificar e compreender as necessidades da AAVC e, também, o seu potencial já existente, essa etapa do estudo buscará contextualizar os pontos fortes/positivos e os pontos fracos/negativos que a instituição apresenta. Para isso, o diagnóstico e o prognóstico foram fundamentais, fomentando os aspectos relevantes que a organização possui a fim de reconhecer os focos do projeto. Além disso, objetivos foram criados, a ponto de propor estratégias parar sanar os problemas comunicacionais da empresa.

7.1 PONTOS FORTES/POSITIVOS

A AAVC possui grande gama de ações que já realiza, como cursos on-lines e presenciais, palestras educativas e motivacionais. Além disso, possuem bom número de postagens em seu site e redes sociais. Logo, já há uma base de comunicação, precisando apenas ser mais específica e voltada para os públicos de interesse.

7.2 PONTOS FRACOS/NEGATIVOS

Conforme o estudo que foi realizado na etapa inicial do projeto, percebemos certa deficiência na forma como a AAVC exibe seu discurso. Por se tratar de uma instituição que trata de um assunto delicado, o discurso deve ser claro, de fácil entendimento. Além disso, possui baixa visibilidade perante seus públicos de interesse. Portanto, cresce a importância de, cada vez mais, conseguir aumentar a divulgação da instituição, e assim, por consequência, alcançar o maior número possível de atendimentos.

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7.3 OBETIVOS Geral 

proporcionar visibilidade à Associação perante seus públicos de interesse.

Específicos 

harmonizar a comunicação interna;

propor uma nova forma de discurso (como a organização se apresenta) para o público externo;

reconhecer a visibilidade da AAVC nas redes sociais;

promover a visibilidade da AAVC no modo audiovisual;

propor princípios norteadores.

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8 PLANO DE COMUNICAÇÃO

A comunicação tornou-se uma aliada das organizações, independente do setor em que essas atuem. Devido à sua abrangência e amplitude, ela é principal responsável por estabelecer um diálogo entre a instituição e seus públicos, sejam eles pertencentes ao âmbito externo ou interno (FREITAS, 2005). Em relação ao âmbito interno, Freitas (2005) ressalta a função da comunicação como facilitadora da dispersão da cultura organizacional através do diálogo. A referida autora aponta essa troca o quão colaboradora da cooperação, da credibilidade e do comprometimento dos públicos internos para com a missão, a visão e os valores da instituição. Ela aponta que “o relacionamento da organização no âmbito externo será o reflexo do tratamento da comunicação em âmbito interno, facilitando seus negócios. Assim, a comunicação adquire papel estratégico [...]” (1999, p. 42). O planejamento de ações é atividade fundamental do profissional de relações públicas. Segundo Fortes (2003, p. 185), a função do planejamento prepara planos, programas e projetos, básicos e específicos, de periodicidade anual ou plurianual. Planeja os esquemas iniciais de administração dos casos de crises e emergências. Seleciona pessoal para a execução da programação, faz estudo de tempo e indica instrumentos.

Portanto, nesse tópico serão apresentados programas com ações de comunicação, buscando atender aos objetivos propostos no tópico anterior, sempre a procura de melhorias para o assessorado, já que são raros os casos de organizações que sucedem quando carecem de um bom sistema comunicacional.

8.1 REFORMULAÇÃO DO DISCURSO

Possuir uma identidade forte e discurso bem definido é essencial para qualquer organização, uma vez que esses fatores influenciam na construção da reputação. Segundo Argenti (2006, p. 97), “uma reputação sólida é criada quando a identidade de uma organização e sua imagem estão alinhadas”.

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A identidade define o que a organização é. Para Machado (2007) a identidade é manifestada por meio da logomarca, nome, produtos, pessoas, serviços e demais meios que lhe dão visibilidade e são comunicadas aos diversos públicos. Para Argenti (2006) a identidade forma o que a organização é, e por meio dela, a organização pode se destacar das demais. Para Bueno (2009, p. 200) a identidade é a somatória de esforços, produtos, significados, valores, marcas, etc., construídos ou produzidos por uma organização. Podemos falar na identidade visual, por exemplo, que incorpora as formas pelas quais a organização se torna mais visível, “legível” no mercado e na sociedade (embalagens, logos, fachadas, papelaria), e é um dos componentes da identidade de uma organização. A identidade inclui também a missão e a visão da organização, sua capacidade de inovação, seu talento humano (capital intelectual) e assim por diante.

Portanto, notamos que a identidade é a manifestação visual da realidade de uma organização, assim como seu nome, logomarca, lema, produtos, serviços, instalações, uniformes e demais peças que podem ser exibidas e criadas por ela (ARGENTI, 2006). Assim, Machado (2007) destaca a importância de sempre lembrar que as percepções ocorrem antes mesmo de o público interagir com as organizações.

Para Bueno (2009) a reputação organizacional se constrói por meio das experiências, vivências, constitui o envolvimento dos públicos a esta, e forma um vínculo difícil de ser rompido. Argenti (2006) afirma que uma sólida reputação é construída em longo prazo, como reflexo da identidade e, por consequência, da imagem compreendida por seus públicos. Portanto, ao falar em reputação, pensa-se em públicos, pois são eles que constroem a reputação da organização. A reputação é formada com base na opinião e na relação dos públicos com a organização. Ou seja, a imagem que o cliente tem sobre a empresa é que forma a reputação. Durante reunião6 realizada com o assessorado, a coordenadora administrativa, Tatiana Spalding, mencionou sua percepção sobre o desentendimento das pessoas em relação ao que a AAVC faz. Solicitou auxílio para reformular o discurso da instituição, transformá-lo, deixá-lo de fácil compreensão para os públicos. Esse ponto negativo já havia sido diagnosticado e após ser solicitado o auxílio pelo próprio assessorado, concluímos que pode ser a ação principal do plano de

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Reunião realizada no dia 10 de abril de 2015, na sede da organização. 45


comunicação. Essa será a ação que o grupo irá implementar, uma vez que o alinhamento do discurso é a base para que todos os outros canais de comunicação sejam alinhados e passem a mesma mensagem.

8.1.1 Objetivo

A ação será realizada para que o discurso seja mais efetivo, para que a mensagem esteja alinhada com os objetivos da AAVC. O discurso é a ferramenta principal para atingir os objetivos da instituição, para que os públicos compreendam seu papel na sociedade e se identifiquem com a causa. Essa identificação é necessária para que o engajamento se faça, para atingir o emocional das pessoas, com foco no assistencial, na família e no cuidado pleno.

8.1.2 Público

Priorizar pessoas que podem se envolver diretamente com a Associação, mas a ação pode atingir a todos os públicos que acessam o site.

8.1.3 Período de realização

A ação será realizada durante sete dias, com início no dia primeiro de julho de 2015, e término no dia 7 de julho de 2015.

8.1.4 Estratégia

Para realização da ação, o grupo irá reformular o conteúdo exposto no site da AAVC. Assim, os textos que falam sobre a Associação serão editados como, por exemplo, sobre sua história, o que faz, como faz, para quem faz. Além disso, serão implementados os princípios norteadores, visto que a instituição ainda não possui. Eles são essenciais para mostrar ao público o propósito da Associação, com quais valores trabalha, e sua visão de futuro. 46


8.1.5 Comunicação 

Textos necessários para o realinhamento do discurso: quem somos, história, o que fazemos, como fazemos, para quem fazemos, como participar, como pedir ajudar etc.;

Princípios norteadores;

Secções no site desenvolvidas, com conteúdos específicos a cada uma: Quem Somos; Atividades; Projetos; Como Ajudar; Parceiros; Mural; Livro Amor Vida Cuidado; Agenda, Associe-se, Contato.

8.1.5.1 Sugestão para realinhamento do discurso

Sugestão: manter endereço telefone da AAVC fixos no rodapé do site. AV. GETÚLIO VARGAS, 1691/702. BAIRRO MENINO DEUS - PORTO ALEGRE/RS. CEP 90150-050 | 51 8422.0048 | aavc@amorvidacuidado.com.br

Sugestão: manter o link de direcionamento para a página do Facebook da Associação fixo no site, de maneira que apareça em todas as seções.

QUEM SOMOS

A Associação Amor Vida Cuidado (AAVC), constituída em 21 de setembro de 2014, caracteriza-se como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e com duração por prazo indeterminado. É membro da Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO) e parceiro da Rede Brasil AVC na busca de medidas urgentes que possibilitam enfrentar o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e auxiliar as pessoas na prevenção, assistência e superação da doença. O trabalho da AAVC consiste em oferecer apoio a familiares e cuidadores que trabalham no núcleo familiar de pessoas fragilizadas em razão de doenças como AVC, paralisia cerebral, Alzheimer, câncer, demências, entre outras. Com amor e ações de inclusão é possível proporcionar qualidade de vida ao paciente e aos seus familiares. O 47


compartilhamento de informação e de experiências mostra que é possível oferecer no conforto do lar o suporte físico e emocional que a família necessita para reinventar e remodelar a vida conforme ela for apresentada.

EQUIPE Sugestão: Foto da equipe. Todas com a camiseta da associação.

Magda Spalding Perez Presidente Professora, autora do livro Amor Vida Cuidado e fundadora da Associação e responsável pelo planejamento e execução dos projetos. http://www.amorvidacuidado.com.br/

Magdalena Laser Vice-Presidente Especialista em neurologia, responsável pelos conteúdos médicos descritos nas atividades proporcionadas pela AAVC. http://magdalenalaser.com.br/

Anelise Oliveira Coordenadora de Execução e Desenvolvimento Fonoaudióloga clínica e hospitalar, responsável pelas informações que auxiliam os cuidadores familiares na reabilitação da fala e das atividades relacionadas à deglutição dos pacientes. http://aneliseoliveira.com.br/

Tatiana Spalding Perez Coordenadora Administrativa/Financeira Historiadora e graduanda em Psicologia, filha de Magda e responsável, juntamente com sua mãe, pelo planejamento e execução dos projetos. 48


http://www.smilesites.com.br/

OBJETIVOS

A AAVC busca oferecer apoio aos familiares cuidadores de pessoas fragilizadas em razão de doenças como AVC, paralisia cerebral, Alzheimer, câncer e demências. É a partir desses objetivos que a Associação busca evidenciar que o amor, refletido em cuidados e gestos de inclusão, proporciona qualidade de vida ao paciente e a seus familiares: 

Dar suporte aos familiares cuidadores de pacientes com necessidade de cuidado especial, em diferentes momentos, orientando a família sobre a adequação necessária e desenvolvendo a compreensão de que cuidar é um ato de amor.

Disseminar conhecimento, informações e troca de experiências sobre o cuidado em diferentes contextos e enfermidades, em especial no Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Organizar cursos e palestras com temas relacionados à prevenção, cuidado, reabilitação e superação de doenças incapacitantes.

Buscar parcerias e cooperar com organizações com objetivos afins.

Orientar a família na busca de uma equipe multidisciplinar, visando à reabilitação e a inclusão do paciente.

Desenvolver atividades sociais e culturais aos familiares cuidadores.

Gerir e zelar pelo cuidado familiar, incentivando a busca da qualidade de vida do paciente e do familiar cuidador.

Promover a partir de sua área de atuação os conceitos da ética, da paz, dos direitos humanos e da democracia.

Prestar serviços aos associados dentro da sua competência (Sugestão de retirar essa opção).

Obs.: Por tratarem-se da estrutura de gestão, já consolidada, da Associação, os objetivos não foram alterados. Foram feitas sugestões e inserções de palavras, apenas. O último item (tachado) pareceu confuso quanto ao propósito, por isso foi sinalizado. 49


MISSÃO, VISÃO E VALORES

Missão Oferecer suporte e informação a familiares e cuidadores que trabalham no núcleo familiar de pessoas fragilizadas em razão de doenças como AVC, paralisia cerebral, Alzheimer, câncer, demências, entre outras, a partir de atividades sociais e culturais que promovam qualidade de vida aos cuidadores e àqueles que necessitam de cuidados.

Visão Dentro de dois anos, tornar-se referência no Rio Grande do Sul em orientação a famílias cuidadoras de pessoas com necessidades especiais. E, em cinco anos, expandir o projeto em nível nacional, modificando a realidade dessas pessoas.

Valores Criatividade União Incentivo Doação Amor Diálogo Otimismo

HISTÓRIA Sugestão: adicionar imagens do Zeca com a família, participando de atividades do dia a dia. Imagens relacionadas à equipe realizando projetos, participando de eventos. Imagem da Magda com o livro.

Em 2007, José Amado Perez, então com 49 anos, foi internado vítima de um AVC. Quando a Neurologista Magdalena Laser, precisou informar aos familiares de Zeca como era carinhosamente chamado - os riscos de um AVC extenso, e as sequelas que ele poderia causar. A reação da família surpreendeu a médica, pois ao invés de demonstrar desesperança, a esposa Magda Spalding Perez, junto aos seus três filhos, 50


Marcelo, Eduardo e Tatiana, firmes, perguntaram: “Muito bem, doutora, e quais nossas alternativas? O que podemos fazer para ajudá-lo a melhorar?”. Naquele momento, mesmo envoltos pelo risco iminente de que Zeca sofreria com sequelas graves, a Neurologista e família Spalding Perez uniram forças para que ele pudesse voltar para casa e receber o melhor cuidado possível. Todo amor dedicado ao Zeca mostrava-lhe que existia motivo para batalhar pela recuperação. Como registrado pela Neurologista no livro Amor Vida Cuidado, escrito por Magda, “não havia medo pelo futuro nos olhos dos seus, mas sim alegria e vibração a cada pequena conquista”. A família permaneceu unida, viajou, torceu e vibrou com a copa do mundo. Zeca participava da vida cotidiana e social, como qualquer outro membro da família, a prioridade era ele estar vivo, e juntos decidiram que iriam reinventar a vida. A experiência vivida mostrou que existe vida após o AVC. Zeca faleceu três anos e três meses depois, mas essa história de superação, amor e cuidado rendeu frutos. Em 25 de junho de 2012, a partir dos princípios disseminados por Magda em seu livro “Amor Vida Cuidado”, esta, junto de sua filha Tatiana, da neurologista Magdalena Laser e da Fonoaudióloga Anelise Oliveira fundaram o projeto que leva o mesmo nome do livro. Em 21 de setembro de 2014 o projeto foi oficializado como Associação Amor Vida Cuidado (AAVC), com Estatuto Social e CNPJ. A AAVC busca oferecer suporte e informação aos familiares cuidadores sobre doenças como AVC, paralisia cerebral, Alzheimer, câncer, demências, entre outras. Assim, a Associação procura motivar a família a prevenir, apoiar e superar as dificuldades com qualidade de vida, demonstrando que nada é impossível se houver amor. Desde 2012, a AAVC participa de congressos nacionais e internacionais com temáticas de interesse de seus associados, como ouvinte e como palestrante. Mantém em funcionamento grupos de apoio com familiares cuidadores de pacientes com diferentes diagnósticos. Seus colaboradores e associados têm participação ativa na doação de produtos utilizados no cuidado domiciliar. A Associação Amor Vida Cuidado é membro da Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO) e parceiro da Rede Brasil AVC na elaboração de campanhas de prevenção e superação.

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ATIVIDADES Objetivo: expor como a AAVC atua para atingir os objetivos propostos.

Sugestão: adicionar imagens dessas atividades sendo desenvolvidas.

VISITAS HOSPITALARES E DOMICILIARES

Em apoio ao objetivo de oferecer suporte aos familiares cuidadores de pacientes com necessidade de cuidado especial, a AAVC se coloca a disposição para ajudar quando solicitada. As visitas buscam auxiliar principalmente em relação a adaptações de infraestrutura e de material, necessárias para que o paciente possa ser recebido e cuidado em casa, após a saída do hospital.

PALESTRAS EDUCATIVAS E MOTIVACIONAIS

Com objetivo de disseminar e compartilhar informações que ofereçam suporte ao dia a dia dos familiares cuidadores, as palestras abordam, de maneira dinâmica e didática, pontos que proporcionam motivação e confiança. As palestras são gratuitas e podem ser realizadas tanto na sede da AAVC quanto em eventos de outras instituições. Temas das palestras: 

AVC- prevenir, assistir e superar. Existe vida após o AVC.

Qualidade de vida e AVC.

Depressão pós AVC: Mito ou verdade?

O papel maternal do cuidador familiar.

Doenças degenerativas cerebrais.

Reabilitação pós AVC.

<<link para a seção AGENDA>> 52


ATENDIMENTO INDIVIDUAL OU EM GRUPO

Familiares cuidadores contam com um espaço na sede da AAVC pensado especialmente

para

atendimentos.

Esses

encontros,

que

podem

acontecer

individualmente ou em grupo, tem como propósito ouvir o familiar oferecer, apoio e orientação, a partir de uma conversa aberta e amiga, sobre a forma mais adequada de reinventar o dia a dia da família e do paciente.

GRUPOS DE APOIO

Realizados quinzenalmente, sempre terça-feira e quinta-feira, os grupos têm como finalidade dar voz aos familiares cuidadores, para que possam contar e ouvir experiências. Com o intuito de garantir que o propósito de compartilhar experiências seja efetivo e pleno, os grupos são constituídos por no máximo dez pessoas. Nesses grupos, o familiar poderá compartilhar conhecimento, técnicas e relatos de pessoas envolvidas em cotidianos parecidos, o que permite apoio e desenvolvimento mútuo. Para sua inscrição, fale diretamente com a Magda pelo número (51) 8422-0048.

<<link para a seção AGENDA>>

CURSO PRESENCIAL PARA CUIDADOR FAMILIAR

Os cursos realizados pela AAVC abordam temas relacionados à prevenção, cuidado, reabilitação e superação de doenças incapacitantes. partir dos princípios de disseminados pelo livro Amor Vida Cuidado, os cursos têm como objetivo auxiliar cuidadores familiares e profissionais que atuam no núcleo familiar. Ao compartilhar informações e proporcionar conhecimento por meio do diálogo, a AAVC busca evidenciar que é possível promover qualidade de vida e bem-estar ao paciente fragilizado e à sua família no dia a dia vivenciado em casa. Para mais informações sobre os cursos entre em contato número (51) 8422-0048. 53


<<link para a seção AGENDA>> <<link para a seção LIVRO AMOR VIDA CUIDADO>>

CURSO ON-LINE

O curso on-line disponibilizado pela AAVC tem como objetivo compartilhar informações e conteúdos elaborados a partir dos princípios disseminados pelo livro Amor Vida Cuidado. Disponível para auxiliar cuidadores familiares e profissionais que atuam no núcleo familiar, o curso apresenta temáticas que auxiliam na promoção qualidade de vida e bemestar ao paciente fragilizado e à sua família.

Para mais informações entre em contato com a equipe AAVC pelo número (51) 8422-0048.

<<link para http://www.wwcursos.com.br/course/index.php?categoryid=2>> <<link para a seção LIVRO AMOR VIDA CUIDADO>>

ATENDIMENTO POR TELEFONE

Quando a dúvida surgir, ou mesmo a necessidade de conversar, Familiares cuidadores podem contar com a AAVC pelo telefone. Esse canal de comunicação permite oferecer apoio mesmo a distância, com o mesmo zelo e atenção.

ATENDIMENTO POR FACEBOOK

A página da Associação no Facebook, além de compartilhar informações, funciona como canal aberto para contato com os Familiares cuidadores. Por meio da ferramenta para mensagens que a rede social disponibiliza, é possível conversar com a equipe da AAVC. 54


PROJETOS ______________________________________________________________________ Expor os projetos desenvolvidos e aqueles que necessitam de apoio para saírem do papel – o que falta, quanto falta.

COMO AJUDAR ______________________________________________________________________ Para garantir auxílio aos Familiares Cuidadores e atenção aos pacientes, necessitamos de constantes recursos e materiais. Você pode ajudar doando camas hospitalares, cadeiras de rodas (adicionar todos os materiais passíveis de doação), ou realizando depósitos de qualquer valor.

Clique no link abaixo e faça sua doação pelo Pagseguro.

Se preferir realizar uma transferência ou depósito bancário, por favor, entre em contato pelo email financeiro@aavc.com.br

Para mais informações sobre como ajudar a prestar auxílio aos Familiares Cuidadores entre em contato número (51) 8422-0048.

<<link para a seção PROJETOS>> PARCEIROS ______________________________________________________________________ Aqui é interessante, além de disponibilizar o link para os sites de cada parceiro, descrever como eles colaboram com a Associação. Expor o nome de cada um e seu papel para a AAVC. 55


MURAL ______________________________________________________________________ Aqui você encontra disponíveis todos os materiais relacionados à AAVC e informações sobre o Acidente Vascular Cerebral, paralisia cerebral, Alzheimer, câncer e demências.

DEPOIMENTOS NOTÍCIAS (TAMBÉM ENTREVISTAS EM PROGRAMAS DE TV, RÁDIO, JORNAL, REVISTA) FOTOS VÍDEOS MENSAGENS POSITIVAS TEXTOS

LIVRO AMOR VIDA CUIDADO ______________________________________________________________________ Contar o contexto em que o livro foi escrito, os principais objetivos que as levaram a compartilhar as informações e o que o familiar pode encontrar descrito no livro.

AGENDA ______________________________________________________________________ Expor todas as datas de eventos ligados à Associação.

<<link para a seção ATIVIDADES>> <<link para a seção PROJETOS>>

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ASSOCIE-SE ______________________________________________________________________ Ao tornar-se um Associado Simpatizante da AAVC você passa a receber todas as novidades da Associação. Não há custos e você estará sempre atualizado sobre nossas ações e projetos.

O que significa ser um Associado Simpatizante?

Conforme alínea IV art.7º do capítulo III de nosso Estatuto Social, Associados Simpatizantes são as pessoas físicas ou jurídicas que simpatizam com os objetivos sociais e que sejam desejosas de participar e/ou colaborar para a realização desses objetivos. Para associar-se, preencha a ficha abaixo ou clique aqui para fazer download da Ficha

de

Cadastro

para

Associado

Simpatizante

e

envie

o

arquivo

para

inscricao@amorvidacuidado.com.br. Se preferir, você também pode preencher a ficha na sede da Associação.

Você receberá um email ou telefonema confirmando seu cadastro e informando seu número de associado. CONTATO ______________________________________________________________________ Endereço: Av. Getulio Vargas, 1691, sala 404. Bairro Menino Deus, Porto Alegre/RS. Telefone: (51) 8422-0048 Email: aavc@amorvidacuidado.com.br Facebook: http://www.facebook.com/AmorVidaCuidado

Se preferir, entre em contato pelo formulário abaixo: (Formulário do site)

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8.1.6 Públicos envolvidos 

Equipe da AAVC;

Autoras do projeto.

8.1.7 Recursos e orçamento 

Empresa Smile Sites: responsável pelo site e sua manutenção (empresa da Tatiana Spalding Perez);

Fotos da equipe;

Fotos das instalações;

Documentos sobre AACV: servirão como auxílio na construção dos textos citados no item 8.1.5;

A ação não terá custos para sua implementação, pois a empresa responsável pela manutenção do site da AAVC é da Tatiana Spalding Perez. Logo, ela mesma fará os ajustes e não haverá custos adicionais.

8.1.8 Cronograma Quadro 2 – Cronograma realinhamento do discurso Data

O que?

Quem?

06/07/2015

Construção do realinhamento do discurso

Autoras do projeto

10/07/2015

Apresentação do novo discurso à equipe da AAVC

Autoras do projeto

10/07/2015

Aprovação do novo discurso

Equipe AAVC

A definir

Substituição do antigo discurso pelo novo, no site da AAVC

Equipe AAVC

Fonte: elaborado pelas autoras (2015). 58


8.2 VÍDEO INSTITUCIONAL

Com as novas tecnologias, a liberdade de expressão e o acesso facilitado às informações aumentaram consideravelmente, trazendo transformações na sociedade que provocam mudanças de hábitos e comportamentos. Logo, o relacionamento das organizações com seus públicos se modificou. Essas mudanças ocorreram a partir do uso das mídias e redes sociais pelos consumidores. Assim, o uso da internet pelas organizações possibilita o estreitamento das relações com seus públicos. Assim, a internet representa um novo instrumento para o profissional de relações públicas, podendo ser usada para influenciar positivamente os públicos de interesse. O aumento da circulação de informações e a convicção de que a imagem de uma empresa ou entidade é construída com base em leituras distintas feitas por um número formidável de públicos de interesse tornam o processo de comunicação mais complexo. O comunicador do futuro deve estar em condições de se adaptar a um mundo em permanente e rápida mutação. (BUENO, 2003, p. 16).

Pinho (2003) enfatiza a internet como ferramenta de comunicação para as relações públicas. De acordo com o autor, “a internet deve ser mais um dos componentes das estratégias de relações públicas e não apenas a única e exclusiva ferramenta” (PINHO, 2003, p. 38). Com o aparecimento da internet, as organizações perceberam oportunidade que a internet e as redes sociais poderiam lhe trazer. E para este estudo, levamos em conta as redes sociais, onde há muita interação de indivíduos on-line e exposição de informações. Portanto, as redes sociais on-line se tornaram uma importante ferramenta para as organizações e assim, mais um meio para se relacionar com seus públicos. Portanto, organizar uma ação de comunicação digital, é uma boa estratégia para o terceiro setor, uma vez que essa atividade não envolve custos diretos e pode ser operada por funcionários. Além disso, durante reunião7 realizada com o assessorado, foi manifestado o desejo da equipe de elaborar um vídeo contando um pouco sobre a associação, mostrando o que faz e os projetos que já realizou. A construção do vídeo será uma 7

Reunião realizada no dia 10 de abril de 2015, na sede da organização. 59


alternativa para dar visibilidade à instituição e também servirá como uma ferramenta de comunicação interna, uma vez que mostrará os feitos da instituição, com participação da equipe.

8.2.1 Objetivo

Divulgar informações sobre a Associação e as atividades que desenvolve, bem como o novo discurso alinhado nesse projeto, buscando maior engajamento dos públicos. O vídeo terá como objetivo principal apresentar a AAVC, mostrando um pouco da história do projeto, para que as pessoas conheçam a associação e se interessem em procurar por ela.

8.2.2 Público

Todos os públicos de interesse da associação.

8.2.3 Período de realização

Estimamos duração de duas a três semanas para realização do vídeo, pois seria montado através de fotos e filmagens sobre os cursos e palestras dados pelas AAVC, além de outros materiais. Após isso, planejamos um tempo de divulgação de 30 dias. Portanto, a ação levaria quase dois meses, em sua totalidade.

8.2.4 Estratégia e comunicação

Como a AAVC já possui perfil no Facebook e um site estruturado, essas serão as mídias utilizadas como estratégia da ação, uma vez que o público atual utiliza dessas ferramentas para se informar. A página oficial da AAVC no Facebook será a principal fonte para a divulgação de informações. O site será uma fonte secundária de divulgação, e contará com melhorias na identidade visual. 60


O vídeo seria divulgado na página oficial da AAVC na rede social Facebook, tendo compartilhamento diário. Além disso, seria disponibilizado em seu site. Logo ao abrir a página, surge um banner rotativo falando sobre o vídeo e com um link que direcione para visualizá-lo.

8.2.4.1 Roteiro para criação do vídeo

Trilha Música: Alguém Distante Autor: Marcello Caminha

A trilha irá rodar durante vídeo. O vídeo será produzido no programa Adobe Flash Player. Durante todo o vídeo serão colocadas fotos de momentos felizes da Associação, com os públicos.

Entre as fotos, entrará o texto: Associação Amor Vida Cuidado. Queremos orientar, ajudar e acalentar. Quem mais precisa de nós. Você que pratica a inclusão de quem necessita de cuidados especiais. Você que dedica o seu tempo a quem necessita de cuidados especiais. Na AAVC compartilhamos informações e experiências. Para você reinventar e remodelar sua a vida. Protegendo no conforto do lar aqueles que amamos e precisam de nós. Venham nos conhecer. Nós podemos ajudar www.aavc.com.br

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8.2.5 Públicos envolvidos Autoras do projeto, e por parte da AAVC, Tatiana Spalding Perez e Magda Spalding Perez, que aprovaram o conteúdo das publicações.

8.2.6 Recursos e orçamento

Os recursos humanos identificados na ação: 1. Autoras do projeto; 2. Equipe da AAVC.

Recursos tecnológicos são necessários: 1. Computador; 2. Câmera para gravação do vídeo; 3. Outro materiais de filmagem. O vídeo pode ser gravado e editado pelo grupo ou pela equipe da Associação, em programas com download gratuito. Logo, a ação não teria custo.

8.2.7 Cronograma Quadro 3 – Cronograma vídeo institucional Data

O que?

Quem?

02/07/2015

Brainstorm para formação do roteiro

Autoras do projeto

09/07/2015

Solicitar fotos

Greice

Até 14/07/2015

Encaminhar fotos

AAVC

15/07/2015

Montagem do vídeo

Autoras do projeto

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17/07/2015

Avaliação do vídeo para últimos ajustes

Autoras do projeto e AAVC

18/07/2015

Últimos ajustes

Autoras do projeto

Fonte: elaborado pelas autoras (2015).

8.3 VÍDEO VIRAL Segundo Fernandes as redes sociais devem ser utilizadas estrategicamente pelas empresas, pois possibilitam a proximidade e o relacionamento com o cliente (FERNANDES, 2010). O desenvolvimento de ações de comunicação através das redes sociais deve ser planejado de acordo com o segmento de público que objetivamos atingir. Tapscott e Willians (2007, p. 114) afirmam que a internet pode ser utilizada de diversas maneiras, sendo assim, as empresas “precisarão de objetivos e diretrizes claros para não se perderem ou se afastarem do seu caminho por causa de viagens não planejadas a um labirinto de oportunidades” O dia 29 de outubro é o Dia Mundial do AVC. Conhecido internacionalmente, essa data objetiva chamar a atenção para os perigos dos acidentes vasculares cerebrais e divulgar informações importantes referentes à doença. Assim, a ação será realizada com um desafio em forma de vídeo, atentando para os perigos da doença. Auxiliará na prevenção, apresentando quais os sintomas do AVC e ainda proporcionará visibilidade para a Associação. 8.3.1 Objetivo

Difundir a Associação por meio de uma campanha em forma de vídeo. Além disso, promover ações espontâneas e o engajamento das pessoas.

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8.3.2 Público

Primeiramente, o público prioritário será aquele que curte a página da AAVC no Facebook. Porém, como se espera grande compartilhamento e expansão do vídeo, todo o público que utiliza o Facebook pode vir a ser essencial para a ação.

8.3.3 Período de realização

Outubro de 2015.

8.3.4 Estratégia A ação irá acontecer como forma de desafio, onde cada participante irá cumprir sua missão gravando seu próprio vídeo, remetendo ao AVC e orientando as pessoas sobre a doença. No final, deverá marcar cinco amigos de suas redes sociais para cumprir o desafio. Deste modo, a ação acabará se disseminando como forma de corrente. O primeiro vídeo será lançado por toda a equipe da AAVC, que desafiará alguns amigos para gravarem e postarem os seus também, dando início à corrente.

8.3.5 Comunicação 

Vídeo (estilo selfie8) que será compartilhado no Facebook;

Roteiro para o vídeo (sugestão de texto);

Olá pessoal! Eu sou a Magda, fundadora da Associação Amor Vida Cuidado e dedicada a XX anos a mostrar pro mundo que existe vida após o AVC. Vocês sabiam que aproximadamente 70% dos pacientes não reconhecem corretamente o AVC? 30% demoram mais de 24 horas para procurar atendimento médico, independentemente da idade, sexo, classe social ou nível educacional, e 8

Selfie: uma fotografia feita por uma pessoa por ela mesma, normalmente com um smartphone ou uma webcam. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/11/selfie-e-eleita-palavra-do-ano-pelodicionario-oxford.html>. Acesso em: 25 de maio de 2015. 64


aproximadamente 30% dos AVCs recorrentes precoces ocorrem antes do paciente procurar assistência. Mas felizmente esse é o mês do combate ao AVC e eu estou aqui lançar o Desafio da Vida. A sistemática é a seguinte: você grava um vídeo mostrando os passos que ajudam a identificar um AVC e marca mais quatro amigos para participarem também. Então lá vai: 1º peça para pessoa sorrir e verifique se a boca está torta; 2º peça que erga os braços e verifique se a força é a mesma em ambos; 3º peça que repita uma frase simples, como o dia em que nasceu e verifique se há dificuldades na fala. Se algum desses sinais for confirmado, ligue imediatamente para a SAMU, pelo número 192. Bom, eu fiz minha parte e desafio (nome dos amigos) a realizarem o desafio e salvarem mais cinco vidas. Conto com vocês, pessoal! 

Texto introdutório da postagem do vídeo:

Você sabia que o AVC mata todos os anos 6,2 milhões de pessoas pelo mundo? O Acidente Vascular Cerebral é responsável por mais mortes do que a AIDS, tuberculose e malária juntos. Pense em 5 pessoas que são fundamentais na sua vida. Agora, pense em tudo que você faria, caso precisasse salvar a vida de uma delas. Foi difícil né? Mas vou te dar uma boa notícia: salvar uma vida pode ser mais fácil do que você imagina. Dia 29 de outubro é o Dia Mundial de Combate ao AVC e, por isso, a AAVC está lançando o “Desafio da Vida”. A sistemática é a seguinte: você grava um vídeo mostrando os passos que ajudam a identificar um AVC, marca mais quatro amigos para participarem também e ajuda a disseminar informações que podem salvar uma vida a qualquer momento e em qualquer lugar. Estimamos que a cada 60 segundos, 6 pessoas morrem de AVC em todo o mundo. Participando desse desafio, você pode estar ajudando a salvar aquelas 5 pessoas que são fundamentais pra você. Os passos são: primeiro peça para pessoa sorrir e verifique se a boca está torta; depois peça que erga os braços e verifique se a força é a mesma em ambos; por fim, peça que repita uma frase simples, como o dia em que nasceu e verifique se há dificuldades na fala. Se algum desses sinais for confirmado, ligue imediatamente para a SAMU, pelo número 192. 65


@Associação #DesafiodaVida #AAVC #29deOutubro #CombateaoAVC

Será publicado inicialmente pela AAVC, e o primeiro desafio será lançado à equipe da instituição (que é composta por quatro pessoas, portanto esse é o número de amigos desafiados).

8.3.6 Públicos envolvidos 

Equipe AAVC;

Autoras do projeto;

Seguidores da página da AAVCC.

8.3.7 Recursos e orçamento

Essa ação poderá ser realizada através de uma câmera fotográfica ou até mesmo do celular pessoal de cada um. Portanto, não haverá gastos.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O interesse do grupo em contribuir para o desenvolvimento da associação surgiu após uma breve conversa das integrantes do grupo e uma apresentação inicial quanto ao atendimento oferecido pela AAVC, que busca apoiar as famílias de pacientes com necessidade de cuidado especial. O projeto foi apresentado com o intuito de proporcionar uma experiência profissional para as alunas, que buscam aprofundar ao máximo os conhecimentos que obtiveram ao longo do curso de Relações Públicas. Além de adquirir maior sabedoria sobre a comunicação e Relações Públicas Comunitárias abordadas ao longo do projeto. A partir de um levantamento de dados, elaboramos um diagnóstico detalhando as falhas comunicacionais que a AAVC possui. O início do projeto foi baseado em levantamentos bibliográficos e documentais, a fim de buscar conhecimento e embasamento teórico, proporcionando maior veracidade às informações apresentadas, também na intenção de fundamentar as teorias acerca do trabalho estudado. Após isso, foram realizadas reuniões com as partes envolvidas para implantação das ações. As ações de comunicação foram pensadas para não exigir investimentos financeiros. O maior desafio foi planejar, sugerir e programar todas as etapas do projeto, desde a idealização das ações e suas mensurações. E assim, para que as ações implementadas obtenham sucesso, são necessárias avaliações e acompanhamentos constantes, para observar como estão seus desempenhos e evoluções. A ação de realinhamento do discurso será implementada na reestruturação do site, a qual ainda não possui data definida. As outras ações foram sugeridas conforme o desejo da equipe assessorada. Suas avaliações devem ser realizadas através dos compartilhamentos realizados. Assim, o planejamento realizado teve o intuito de proporcionar experiência para as alunas, levando o máximo de conhecimento adquirido para o mercado de trabalho. Logo, consideramos que o projeto aguçou a criatividade das participantes do grupo, estimulando seu aprimoramento ao longo de sua realização, o colocando em prática de forma inovadora e dinâmica.

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