Guia de Perguntas e Respostas

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Programa Transversalizando VIH Sida

Guia de Perguntas e Respostas em HIV/AIDS

Salvador 2009


Apresentação Desde setembro de 2007, Pão para o Mundo apóia e viabiliza a execução do Programa Transversalizando HIV / Aids: Uma Construção Coletiva entre Contrapartes de PPM direcionada a integrar e construir uma estratégia para a transversalização do tema de HIV / Aids nos programas e projetos de 12 organizações não governamentais, igrejas e / ou movimentos sociais de 10 países da América Latina e Caribe, apoiados por Pão para o Mundo. O Programa conta com a Coordenação Executiva do Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia (GAPA-Ba), uma instituição não governamental brasileira que atua no campo do HIV Aids. Durante o desenvolvimento do Programa surgiu a proposta de criação de uma publicação, um Guia de Perguntas e Respostas sobre HIV / Aids, que pudesse disponibilizar um conjunto de informações relacionadas as principais dúvidas e informações sobre HIV/Aids e que fosse construída com base em questões dos participantes. O Guia de Perguntas e Respostas em HIV / Aids foi elaborado por CIC de Cuba, Fundación Mujer y Futuro da Colômbia e GAPA-Ba do Brasil, que definiram a estrutura e conteúdos. Esta publicação tem por objetivo apresentar um conjunto de informações, conhecimentos básicos e essenciais em HIV Aids para as contrapartes de Pão para o Mundo na América Latina e Caribe, direcionada a suas equipes e públicos alvo, lhes permitindo disseminar informações sobre o tema, visando possibilitar estratégias mais adequadas de prevenção frente à epidemia. Agradecemos a todos e a todas que colaboraram para esta publicação e que ela seja um instrumento a mais na luta contra a epidemia de Aids em nosso continente.


Guia de Perguntas e Respostas em HIV/AIDS

Este guia é uma publicação do Programa “ Transversalizando VIH/Sida: Uma Construção Coletiva entre as Contrapartes de Pão para o Mundo na América Latina e Caribe”. Este Programa é facilitado pelo GAPA-BA (Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia - Brasil) e apoiado por PPM (Pão para o Mundo). Coordenador de Pão para o Mundo para América Latina e Caribe Henning Reetz Vice-coordenadora de Pão para o Mundo para América Latina e Caribe Ingrid Mueller Coordenadora do Programa Transversalizando VIH/Sida no GAPA-BA Márcia Cristina Graça Marinho

Cuba

Consejo de Iglesias de Cuba Ana Margarita Mayor Puerta Yohanna Marante Hernández

Colombia

Fundación Mujer y Futuro Catalina Valencia García Ana Mendoza Díaz

Brasil

Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia Francinei Nascimento Gláucia Luz Júlia Silva Jucarlos Alves Santos Magally Souza Márcia Cristina Graça Marinho Oséias Cerqueira Telma Lacerda


Projeto Gráfico e Diagramação Jucarlos Alves Santos Ilustrações Daniel Viana Tradução Isabel Rivas Maximus Denis Revisão Ana Margarita Mayor Puerta Yohanna Marante Hernández Manuel Rigoberto Toledo Rodríguez Catalina Valencia Garcia Ana Mendoza Christiane Lelievre Márcia Marinho Impressão Cartograf Esta publicação foi impressa com recursos de Pão para o Mundo, como parte do programa Transversalizando VIH/Sida para contrapartes de Pão para o Mundo na América Latina e Caribe. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada à fonte.


Vírus ..........................................................................................................07 Transmissão ............................................................................................11 Diagnóstico ..............................................................................................15 Prevenção ................................................................................................19 Drogas e HIV Aids ....................................................................................27 Tratamento Antiretroviral ........................................................................31 Vivendo com HIV Aids.............................................................................37 Direitos Humanos e VIH Aids ................................................................ 43 Organizações participantes do Programa .........................................46



A

sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa infectada.


O que é o HIV? O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o vírus que provoca a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). É um retro-vírus, o membro mais jovem da família dos Retro-vírus e da sub-família dos Lentivírus. ·O HIV é um vírus novo no mundo? O HIV como microorganismo é um vírus que por assim sê-lo necessita de uma célula para desenvolver-se e foram precisamente as células do sistema imune as que ele “escolheu”. Se há dito que não é uma novidade de fim de século pois se encontrou reatividade sorológica, ou seja, presença de anticorpos ao vírus em seres humanos conservados dos anos 50, entretanto é em nossos dias que se apresenta como uma epidemia que comprovadamente avança. ·Uma vez no organismo o HIV já desenvolve enfermidades? Uma vez que se introduz no organismo se conforma em cada pessoa com uma forma particular. Geralmente a multiplicação do vírus fica controlada por uns anos graças a uma resposta defensiva intensa, embora a balança se inclina em um momento dado para o vírus alterando seriamente o sistema imune: esse é o tempo em que aparece a enfermidade porque o organismo humano se faz vulnerável a diversidade de enfermidades que podem ocasionar a morte. ·O que é a Aids? A Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ) conforma-se uma vez que o sistema imune sofreu um dano severo, é uma etapa final e grave no curso do processo infecção-enfermidade. Segundo o Centro para o Controle de Enfermidades Infecciosas (CDC nos Estados Unidos da América), uma pessoa infectada pelo HIV está na etapa Aids quando tem uma contagem de células CD4 (célula que participam da resposta imune ou de defesa do organismo) por debaixo de 200 /mm3. Por sua vez, a presença de infecções oportunistas e tumores malignos também significam que a pessoa chegou a esta etapa.


Este vírus possui muitas formas? Os vírus trocam ou mudam muito, este vírus tem uma alta taxa de mutação ou mudança o que provoca que a pessoa infectada possa ter uma “multidão” de genomas virais muito próximos que entre outros efeitos ocasionam que fogem da resposta defensiva do indivíduo e por outra parte provocam resistência aos antirretrovirais. Que tempo dura fora do organismo humano? A duração do vírus fora do organismo humano depende da quantidade de matéria orgânica que o contenha seja esta sangue, sêmen, secreções vaginais, leite materno. Todos estes líquidos corporais lhe permitem a vida por ser um agente biológico que depende de uma célula viva para desenvolverse. Por sua parte outro elemento que lhe permite a sobrevivência é a quantidade de vírus (carrega viral) que exista no líquido corporal que o contém. Existem registros que permanece viável fora do organismo humano até 8 dias mas retificamos que a duração depende dos fatores mencionados. Como é seu ciclo de vida? O HIV age no interior das principais células do sistema imunológico, os linfócitos. Ao entrar nessa célula, o HIV se integra ao seu código genético para poder se multiplicar. Infectadas pelo vírus, essas células começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. Dessa forma o sistema de defesa se enfraquece, fazendo com que a habilidade do organismo para combater doenças comuns diminua com o passar do tempo, permitindo, então, o aparecimento de doenças oportunistas. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - Aids - ocorre como uma conseqüência da ação do vírus HIV no organismo.




Como se transmite? As principais vias de transmissão do HIV são através da: Relação sexual Sangue Mãe a filho Os líquidos corporais em que o HIV se encontra em quantidades infecciosas são: Sangue Sêmen Líquido pré-seminal Secreções vaginais

Como não se transmite? Não se transmite através das práticas da vida cotidiana: comer do mesmo recipiente, compartilhar talheres, abraçar, beijos sociais, saudações, dar a mão. Qual é a probabilidade de transmissão durante a gravidez da mãe ao filho? A transmissão do HIV da mãe ao filho pode ter lugar durante a gestação através da placenta, no parto porque o feto fica em contato com as secreções vaginais e o sangue materno no canal do parto, a lactação materna através do leite materno. Um grupo de fatores dependentes do estagio da infecção na mãe, a presença de outras infecções na mãe, a carga viral, entre outros condicionam a menor ou maior probabilidade de transmissão. Com a terapia antirretroviral existente em nossos dias o risco de transmissão se reduziu de um 30 % a 2%.


Há outras medidas para reduzir a probabilidade de transmissão da mãe ao filho? Sim, por exemplo, realizar a cesárea nos casos que seja possível e, além disso, recomendar à mãe a lactação artificial. Lembre-se: Líquidos de alto risco Sangue Sêmen Líquido pré-seminal Secreções vaginais e cervicais Leite materno Líquidos de baixo risco Urina Lágrimas Vômito Saliva



V


Que exame detecta a infecção? A infecção pelo HIV se estabelece detectando anticorpos ao vírus, de forma que uma pessoa só pode saber se está infectada pelo HIV realizando um exame de sangue em busca de anticorpos ao vírus. O teste padrão é a prova sorológica para screening (ELISA) seguida do Western Blot como prova confirmatória. Para quem é solicitado o teste para o HIV? O teste do HIV deve ser solicitado por quem o deseje para conhecer sua condição porque se considere em vulnerabilidade, as mulheres grávidas, vitimas de abuso sexual ou violação, as is tiveram uma exposição ocupacional, entre outros. Cada país decide e propõe, em comum acordo com seu programa de prevenção e controle do HIV e a viabilidade para o diagnóstico, os grupos populações prioritários para realizar a prova de forma voluntária, informada, com consentimento informado e confidencial. Deve-se realizar uma valorização do risco de infecção pelo HIV na pessoa assim como assessoria e aconselhamento pré e pos prova. Que condições terá que cumprir? Além das condições pessoais para dispor-se a realizar a prova, o momento de fazê-lo deve estar respaldado por um aconselhamento, informação e orientação sobre o HIV, conhecimento sobre o período de incubação, valorização do risco de infecção. Por sua parte do ponto de vista biomédico a condição mais importante é o estado de jejum que ajudará a minimizar fatores que possam conduzir a resultados falsos positivos.


Em que momento realizá-la? Às 12 semanas (três meses) de ter ocorrido a possível aquisição do vírus que é o momento em que os testes mais disponíveis no mercado detectam os anticorpos que o organismo produziu em resposta ao vírus. Quão máximo demora o organismo em responder com anticorpos é até 6 meses, uma vez transcorrido esse tempo com a prova negativa e sem novos riscos, a pessoa pode considerar-se não infectada. O que significa? É uma prova singela que mostra se a pessoa está infectada com o HIV (vírus de imunodeficiência humana). A prova do HIV é conhecida como ELISA, que é realizada mediante uma análise de sangue e detecta os anticorpos contra o vírus, estes anticorpos são produzidos pelo sistema imune como resposta ao vírus. Não significa que a pessoa tem “Aids”. Existem outras provas para determinar a infecção? Além dos métodos de pesquisa para determinar anticorpos e a prova confirmatória Western Blot a que fizemos referência, existem outros métodos que permitem determinar a presença do vírus ou seus componentes, de forma general os métodos para o diagnóstico da infecção pelo HIV são: Métodos diagnósticos de determinação de anticorpos ao HIV ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay) Western Blot Provas rápidas Prova do PCR (Reação de Polimerase em Cadeia) Determinação de antígeno p24 (usado para pesquisar sangue para doações) Cultivo do HIV (usado para investigações)


Há evidências de infecção sem a realização do teste? Embora haja sintomas que sugiram uma imunodeficiência a única forma de comprovar a infecção pelo HIV é com a prova que detecta os anticorpos e uma vez determinada a positividade se pode controlar o curso da infecção a enfermidade com o uso de terapia antiretroviral no momento que a pessoa a necessite. O que permitem os testes rápidos? Simultaneamente com o aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico se desenharam estratégias pela OMS e o programa Global de Aids para o desenvolvimento de provas rápidas como uma opção mais para o diagnóstico que se converteram ultimamente em favoritas como suporte para os programas de prevenção por ser baratas, efetivas, de fácil realização, não necessitam pessoal especializado, nem equipes adicionais, a leitura é visual e em poucos minutos se obtém o resultado, têm alta sensibilidade e especificidade. Estas provas como toda prova diagnóstica também tem algumas desvantagens entre as que se reconhecem não ser úteis para pesquisas maciças, a leitura é subjetiva, são de alto custo, entre outras.


E

a maioria dos casos, a Aids se transmite através das relações sexuais e há várias formas de evitá-la, das práticas sexuais sem que haja penetração nem contato com esperma e secreções vaginais, até o uso de preservativos (camisinhas) como proteção.


Como pôr a camisinha masculina ou feminina? Em ambos os casos é necessário certificar-se de que o produto contenha a identificação completa do fabricante ou do importador, verifique que a embalagem do preservativo traga símbolos ou selos de certificação, isso lhe ajuda a confirmar que é um produto devidamente fabricado e com padrão de qualidade. Leia as informações sobre o número do lote e a data de vencimento e não utilize preservativos que estejam há muito tempo guardados em lugares quentes, como bolsos de calça, carteiras ou portaluvas de carro, porque se podem romper com mais facilidade.

Camisinha Masculina Abra a embalagem com cuidado - nunca use os dentes ou as tesouras - para não perfurar a camisinha. Coloque a camisinha somente quando o pênis esteja ereto. Desenrole a camisinha até à base do pênis, mas antes aperte a ponta para retirar o ar. Só use lubrificantes a base de água, nunca use vaselina ou outros lubrificantes a base de azeite que deterioram a camisinha. Depois da ejaculação, retire a camisinha com o pênis ainda ereto, envolva-o em papel higiênico e jogue-o ao lixo. Nunca use a camisinha mais de uma vez.


Camisinha Feminina Abra a embalagem com cuidado, agarre a argola menor com o polegar e o índice, aperte-a e introduza-a na vagina com o dedo indicador e o polegar. A argola maior fica por fora da vagina, isso aumenta a proteção e melhora a penetração do pênis. A camisinha feminina pode ser colocada até oito horas antes da relação sexual.

Se eu estiver com a camisinha feminina e me dá vontade de urinar vou precisar retirar a camisinha? Não. Ao contrário do homem, a mulher possui em seu aparelho reprodutivo dois orifícios: o canal vaginal no qual entra o pênis no momento da penetração durante a relação sexual e do que sai o sangue menstrual e o bebê no momento do parto; e outro orifício chamado canal da uretra pelo qual sai a urina. O preservativo feminino é colocado no canal vaginal, por essa razão não interfere na saída da urina, e o preservativo não precisa ser retirado em caso que a mulher tenha que urinar.


No momento da relação sexual, podemos usar duas camisinhas (feminina e masculina ou duas masculinas) juntas para dar maior segurança de não infectar-se com o vírus da Aids? Não, pois o movimento sexual pode ocasionar a ruptura dos dois preservativos, favorecendo a contaminação. Basta utilizar uma só camisinha, feminina ou masculina. Como posso me proteger no sexo oral? Se for realizar sexo oral com um homem, recomenda-se que o companheiro use camisinha, para evitar o contato direto boca/pênis. Em caso que se pratique com uma mulher, aconselha-se o uso de uma barreira para impedir o contato direto boca/vagina. Esta barreira pode ser uma camisinha cortada formando um retângulo - ou um pedaço de filme de plástico usado na cozinha. Existem outros meios para diminuir os riscos apresentados pelo sexo oral: - Evitar fazer sexo oral se tiver algum machucado, lesão ou inflamação na boca (inclusive gengivite); - Evitar fazer sexo oral se tiver algum sangramento na boca inclusive se acabar de escová-los dentes e sangrar. Meu companheiro e eu somos ser sopositivos. Precisamos usar camisinha no momento do sexo? Claro que sim. Pois, depois de alguns anos, os anticorpos do soropositivo vão perdendo sua capacidade de defender do HIV. Além disso, pode ocorrer uma re-infecção pelo vírus da Aids , podemse receber espécies de vírus diferentes dos de origem, que, eventualmente, têm major poder de infecção, provocando outros danos e dificultando o controle da enfermidade. Pode também ser recontaminado com vírus resistentes a medicamentos ainda não utilizados por você.


Por que a camisinha se rompe em algumas situações, durante o ato sexual? A respeito da possibilidade de que a camisinha se rompa durante o ato sexual, as investigações demonstram que as perfurações da camisinha se devem muito mais ao uso incorreto do preservativo e ao mau armazenamento que a enguiço estrutural do produto em si mesmo. Lembre que a camisinha não pode ser guardada nos bolsos da calça, na carteira nem o porta-luvas do carro, porque se deterioram com as altas temperaturas e a fricção. Quando a camisinha se rompe ou tomar?

sai que atitude se deve

Sabe-se que a transmissão sexual do HIV está relacionada ao contato da mucosa do pênis com as secreções sexuais; o risco variado de acordo com diversos fatores, como o tempo de contato, a quantidade de secreção, a carga viral da pessoa infectada, a presença de outra enfermidade sexualmente transmissível, entre outros. Por essas razões se a camisinha se romper durante o ato sexual e há alguma possibilidade de infecção, ainda pequena (como, por exemplo, companheiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste depois de 90 dias para que a dúvida seja esclarecida. A ruptura da camisinha implica um risco real de aquisição da infecção pelo HIV. Independentemente do sexo do companheiro, o correto é interromper a relação, realizar uma limpeza e iniciar o ato sexual novamente com um novo preservativo. A higiene das genitálias deve ser feita da forma habitual (água e sabão), sendo desnecessário o uso de substâncias químicas, que podem inclusive ferir a pele e mucosas, aumentando o risco de contágio pela quebra de barreiras naturais de proteção ao vírus. A lesão em mucosas genitais pode implicar um risco adicional, pois, em alguns casos indica a presença de uma enfermidade sexualmente transmissível, como a gonorréia e o risco de aquisição da Aids aumenta. Na relação anal, ainda heterossexual, o risco é maior, pois a mucosa anal é mais fraca que a vaginal.


A camisinha é realmente impermeável ao vírus da Aids? Em um estudo realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, ampliou-se o látex da camisinha, utilizando-se microscópio eletrônico, estirando-o em duas mil vezes e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo foram examinadas as 40 marcas de preservativos mais utilizadas no mundo, ampliando 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum apresentou poros. Pelo anterior, é possível afirmar que a camisinha é impermeável tanto ao vírus da Aids como a outras enfermidades sexualmente transmissíveis. Em vez de usar camisinha, posso utilizar a prática do coito interrompido? O risco é o mesmo que no caso de ter relações sem camisinha, porque o homem solta uma secreção antes do orgasmo, que proporciona os mesmos riscos que o contato com sêmen. É bom recordar que a secreção que a mulher produz na vagina também transmite HIV. O que outro método anticoncepcional, além disso, da camisinha, protege da infecção do HIV/Aids? Nenhum. Só os preservativos masculino e feminino atuam como proteção das DST/Aids e da gravidez não planejada. Como se pode fazer a prevenção para meninas, meninos e adolescentes que vivem nas ruas? A atenção à menina, o menino e adolescentes habitantes da rua, deve ser integrada e integral, realizada por uma rede multidisciplinar e intersetorial de atenção que promova o desenvolvimento físico, mental e social dessa população. A vulnerabilidade ao consumo e abuso do SPA (Substâncias Psico-activas) e as DST/HIV/Aids exigem das intervenções de prevenção e redução de danos, a compreensão do contexto sociocultural de vida, das características biológicas e psicológicas desses jovens, das questões de sexualidade e gênero, de sociabilidade e grupos, além dos aspectos psico-farmacológicos das SPA.


Em caso de violência sexual como evitar a infecção do HIV/Aids? A vítima de violência sexual deve procurar Hospitais e Centros de Saúde ou Serviços de Atenção às Vítimas de Violência Sexual para realizar antes de 72 horas a prevenção para o HIV/Aids que consiste em tomar o coquetel antiAids, que tem por objetivo evitar a transmissão do vírus HIV. Além disso, deverá tomar vacinas para evitar a transmissão de outras enfermidades sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a sífilis e hepatite virais. Verifique a disponibilidade destes serviços em seu país ou região. Usar as pílulas de contracepção de emergência evita também a transmissão do HIV/Aids? Não. As pílulas anticoncepcionais de emergência devem ser usadas em um prazo de 72 horas depois da relação sexual, para evitar uma gravidez indesejada nos casos de mulheres vítimas de violência sexual. As pílulas não evitam a transmissão do HIV e de nenhuma doença sexualmente transmissível. Vale recordar que não é recomendado o uso freqüente das pílulas de anticoncepção de emergência.




Com quais drogas se transmite o vírus? Nenhuma droga transmite o vírus. Qualquer droga aplicada com seringas pode transmitir a enfermidade se a seringa ou agulha é utilizada por mais de uma pessoa (compartilhar seringa). Também é possível a contaminação entre pessoas que compartilham instrumentos de aspiração nasal de cocaína (canudos), devido a possível lesão da mucosa produzida com um uso contínuo da droga. No caso que uma pessoa que usa drogas se contamine, poderá passar o vírus a outras pessoas com as quais compartilha seringas e outros instrumentos e recorde a transição do HIV por relação sexual sem uso de preservativos (camisinha) e por compartilhar agulhas para tatuagens ou acupuntura. A Aids é a única infecção que pode ser transmitida pelo uso compartilhado de seringas? Não. Além disso, do risco de contaminação pelo vírus do HIV, outras enfermidades tais como hepatite, sífilis, malária e doença de chagas, podem ser transmitidas através do sangue contaminado. Uma pessoa que usa drogas psico-ativas pode doar sangue? Em princípio, uma pessoa que usa drogas injetáveis pode estar contaminada com o vírus do HIV, da hepatite ou outros microorganismos e não deve doar sangue. além disso, o drogado se alimenta mal e doa sangue pode ser prejudicial para ele mesmo. Como eu posso me proteger do vírus da Aids? Se você usar drogas, não compartilhe seringas; use as seringas descartáveis somente uma vez. Se você fizer uso da acupuntura tenha seu conjunto pessoal de agulhas e não o compartilhe. Si fizer uma tatuagem compre as agulhas e que sejam de uso pessoal. Não tenha relações sexuais sem preservativos.


Use camisinha em todas as relações sexuais com penetração para evitar infecção por diversos vírus como das DST/Aids e da Hepatite. Como evitar a transmissão do vírus da Aids usando drogas injetáveis? Para evitar a transmissão, o usuário de drogas não deve compartilhar objetos de uso pessoal tais como: cigarros, copos, cachimbos, latas, corta-unhas, pinças para unhas, seringas, paus, etc. Evitar fazer sexo oral se os lábios estiverem com feridas provocadas pelo uso de drogas inaladas (tragar ou fumar) ou por algum outro problema. Evitar contato das queimaduras e necrose nos dedos e mãos, provocadas pelo calor excessivo durante o uso de drogas inaladas ou fumadas, a exemplo do CRACK, com secreções como o leite materno, sêmen ou esperma, secreção vaginal e sangue. Não compartilhar o canudo que aspira a droga, pois, o ressecamento e feridas na mucosa nasal podem provocar sangramentos.



Antiretroviral

II

nfelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença.

Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando sua sobrevida.


Em que momento se deve iniciar a terapia antiretroviral? (TARV) A decisão de iniciar a TARV em adultos e adolescentes se apóia na avaliação clínica e o estado imunológico do paciente (determinação de CD4). O processo de indicar a TARV implica além de avaliar a disposição do paciente para iniciar esta terapia e assegurar a compreensão do que isto implica, como a necessidade de continuar a terapia por toda a vida e as questões relacionadas com aderência e toxicidade. O momento ideal para iniciar a TARV seria antes que o paciente apresente sintomas ou desenvolva a primeira infecção oportunista. A avaliação imunológica (mediante a recontagem de CD4) constitui a forma ideal de abordar esta situação, assim como para o monitoramento da TARV. Existe outras medidas de determinação para o uso da TARV? Existe outra determinação de laboratório como é a carga viral que pode se ter em conta para o início do tratamento mas que não resulta indispensável e além não é acessível a paises com recursos limitados. Existe critério de suspensão da TARV? É um tema de muita complexidade dentro do tratamento mas quase todos os pacientes que suspendem o tratamento apresentam um salto na carga viral em poucas semanas, inclusive os pacientes que tinham permanecido com carga viral do HIV in-detectável durante vários anos. A carga viral geralmente aumenta acima da concentração detectável em 10- 20 dias. Que pode causar a interrupção da TARV? As interrupções do tratamento podem ter conseqüências imunológicas sérias. As contas de células CD4 costumam cair em um período curto até os níveis prévios ao tratamento. A seguir vejamos alguns conselhos práticos. Aqueles pacientes que não têm nenhum problema com a terapia ARV não deveriam interrompê-la.


A suspensão do tratamento poderia trazer conseqüências clínicas (enfermidades oportunistas), imunológicas (perdida de células CD4) e virais (resistência). ·Os pacientes devem estar conscientes de que se eleva o risco e infecção inclusive depois de ter obtido uma supressão viral prolongada e completa, a carga viral retorna às concentrações iniciais depois de 4 a 6 semanas sem a TARV. A TARV tem reações colaterais? Os antirretrovirais podem produzir uma gama de efeitos adversos que vão da intolerância leve ou efeitos secundários auto-limitados a eventos que podem ameaçar a vida. Às vezes resulta difícil diferenciar entre as complicações da enfermidade do HIV e a toxicidade da TARV. Os efeitos adversos da TARV podem aparecer de forma mais rápida (nas primeiras semanas ou meses de tratamento) ou tardia (depois de seis meses ou mais de tratamento), ser específicos de um fármaco ou de uma classe de fármacos, e podem ser leves, moderados, graves ou inclusive incompatíveis com a vida. Quais são mais comuns? Os principais efeitos secundários foram anemia, erupções cutâneas, hepatotoxicidade, neuropatía periférica, acidez láctica, hiper-glicemia e a lipoatrofia. Os efeitos adversos metabólicos da TARV constituem uma importante preocupação já que podem estigmatizar ao paciente e porque a hiperlipidemia (concentrações elevadas de gorduras no sangue) e a resistência à insulina podem incrementar o risco de enfermidade cardiovascular a longo prazo além de diabetes, transtornos ósseos por redução da densidade mineral óssea, etc. Já ouvi falar de lipodistrofia. Que é isto? Lipodistrofia se caracteriza pela perda de gordura subcutânea do rosto, os membros superiores e inferiores e/ou glúteos, com preservação da massa muscular.


Quando iniciar a terapia antirretroviral em crianças? Devem tomar-se em conta as seguintes considerações antes de começar uma terapia antirretroviral em crianças: O tratamento dos meninos infectados pelo HIV geralmente não é uma emergência. Deve esperar-se todo o tempo que seja necessário para decidir se começar uma TARV ou não. O começar uma terapia antirretroviral muito cedo traz consigo os riscos de provocar possíveis efeitos secundários a longo prazo e de esgotar temporariamente o fornecimento limitado de fármacos antirretrovirais que podem usar-se nas crianças com segurança. A indicação para o tratamento se apóia na conta de células CD4, a carga viral e critérios clínicos. Existem pessoas com o VIH e que não precisam fazer a TARV? Sim, àquelas que clinicamente se encontram sem sintomas ou não padecem nenhuma enfermidade relacionada com imunodepressão e imunologicamente apresentam cifras de linfócitos CD4 superiores a 350 células/mm3 , em outras palavras, não cumprem com os critérios clínicos e de laboratório necessários para instrumentar a mesma. Que é a ADESÃO no tratamento no HIV/Aids? Se reconhece amplamente que a adesão ou aderência à TARV constitui um componente essencial do tratamento individual e programático. Em países industrializados os estudos sobre a aderência aos medicamentos demonstraram que os maiores níveis de adesão aos mesmos se relacionam com melhores resultados virológicos, imunológicos e clínicos, e que se precisa contar com taxas de aderência sustentada maior de 95% para maximizar os benefícios da TARV. A adesão resulta ainda mais crucial para demorar ou evitar o desenvolvimento de resistência aos medicamentos e para assegurar a máxima durabilidade do regime ARV de primeira linha.


O êxito de qualquer estratégia para melhorar a adesão depende da educação que o paciente receba antes de iniciar a terapia, de poder avaliar a compreensão que o paciente tem sobre o tratamento e de que esteja disposto a realizá-lo. O aconselhamento sobre adesão inclui a provisão de informação básica sobre o HIV e suas manifestações, os benefícios e os efeitos secundários dos medicamentos ARV, a forma em que devem tomá-los ARV e a importância de não perder nenhuma dose. Os conselhos dos parceiros e os materiais visuais podem resultar particularmente úteis neste processo. Que aspectos podem favorecer a adesão? Uma vez que se começou o tratamento, os elementos que podem favorecer a aderência incluem: Um número reduzido de pílulas (no possível mediante o uso de combinações de dose fixas) O tipo de recipiente das pílulas (blisteres combinados) ou a provisão de porta-comprimidos. A freqüência das doses (regimes com menos de duas vezes ao dia) Os esquemas com menos restrições vinculadas com os alimentos A incorporação da terapia ao estilo de vida do paciente A participação de familiares, amigos e/ou membros da comunidade para respaldar a aderência do paciente ao tratamento. Já iniciada a terapia é essencial continuar apoiando a aderência. Isto inclui efetuar avaliações de aderência em cada visita, enfatizar os princípios de aderência por parte de quem respalda o tratamento e assegurar a participação contínua de familiares e/ou pessoal de apoio da comunidade.




Qual é a importância dos exames de laboratório para uma pessoa soropositiva? Um dos elementos mais importantes para avaliar como está seu sistema imunológico é o exame que detecta o nível de células CD4 (que coordenam a resposta do organismo às infecções) no sangue. O nível ideal varia muito de pessoa a pessoa, mas se houver menos de 200 células por miligrama de sangue, há o risco de ter infecções. Outro elemento importante de avaliar é a quantidade do HIV presente no sangue, detectada através de exame de carga viral. Quanto maior a quantidade de vírus, maior será o prejuízo para o sistema imunológico. Um casal soropositivo poderá ter filhos algum dia? Sim, atualmente, casais podem ter filhos ainda sendo soropositivas. A transmissão do HIV da mãe ao bebê é chamada “transmissão vertical”. Se uma mulher soropositiva resolve ter um bebê, é necessário que receba um acompanhamento médico especial por sua condição de soropositiva. Em princípio, o estado geral de saúde da mãe deve ser bom e ela e o bebê recebem medicamentos de prevenção. Além disso, o bebê não deve ser amamentado com leite materno. Seguindo adequadamente o procedimento de prevenção, o risco que o bebê seja infectado é de 1% a 2%. Cada vez que eu vá a um centro de saúde devo dizer que sou soropositivo? Todo profissional de saúde deve atender seu paciente seguindo normas de bio-segurança (o uso de luvas é uma dessas normas) que evitam a propagação de enfermidades tanto para o paciente como para o profissional de saúde. Todo paciente, soropositivo ou soropositiva, deve exigir esse cuidado do profissional. Portanto, revelar sua sorologia não é indispensável, apesar de ser o ideal. Conhecendo sua sorologia, a equipe de saúde pode atuar de maneira mais efetiva. Às vezes o transtorno de saúde pelo que se consulta, pode significar uma piora clínica e, em algumas situações até o risco da vida, informar seu diagnóstico pode ser fundamental, infelizmente, não sempre o paciente sente suficiente confiança para esta comunicação, nesse caso depois de ser atendido nesse serviço, procure seu médico de confiança o mais rápido possível.


Quando eu tenho uma relação com uma pessoa soronegativa, sou obrigado a contar-lhe sobre o HIV? Você não esta obrigado/a a contar a ninguém que é soropositivo. Mas tem que usar a camisinha ou preservativo e tomar todas as precauções para não expor seu companheiro ou companheira à infecção pelo HIV. Se você souber que tem o vírus e ainda assim não usa a camisinha, pode estar cometendo um crime e ser penalizado por isso, dependendo das leis vigentes no país. Algum profissional da saúde pode revelar a outra pessoa que eu tenho Aids? Não. Segundo o código de ética dos profissionais da saúde, eles têm o dever de manter em segredo as informações que recebem de seus pacientes. Mas existe uma exceção: quando o paciente está pondo em risco a vida de outra pessoa e, ainda assim, se recusa a contar que é soropositivo. Por exemplo, ter relações sem usar camisinha. O médico pode informar só depois de ter alertado a seu paciente várias vezes sobre os riscos que seu companheiro/a está correndo tendo sexo desprotegido. Na escola, a diretora pode me expulsar porque eu tenho HIV? Na maioria dos países a Constituição declara que o ensino tem que ser dado com igualdade de condições para acesso e permanência na escola, ao fim de proibir qualquer forma de prejuízo e discriminação. Também é proibido exigir que um menino, menina ou jovem faça um teste anti-HIV antes de ser matriculado. Verifique a legislação de seu país ou região. Eu posso ser despedido por ser portador do HIV? Não. Isso é discriminação. Poderá ser despedido por outras razões, mas nunca a causa do HIV. Se isso ocorrer, procure um advogado e inicie uma ação judicial. Poderá receber uma indenização por danos morais ou ser reintegrado ao trabalho.


Quando eu vá procurar um emprego, a empresa, a indústria, etc. podem me pedir o exame de HIV? Não. O teste anti-HIV somente é obrigatório em casos de doação de sangue, órgãos e esperma. Nenhum empregador ou empregadora pode exigi-lo como prérequisito para acessar a um trabalho.

Se eu estou trabalhando sou obrigado/a a contar a meu chefe ou chefa sobre o HIV? Não. Você tem direito à privacidade e não está fazendo nada desleal. Se você fica doente, verifique se esses direitos estão assegurados em seu país ou região. Em vários paises as pessoas têm direito ao auxílio de doença e, ainda nesses casos, não precisam contar ao chefe sobre o HIV. O médico/a que o remete para o auxílio de enfermidade tem o dever de manter segredo absoluto, inclusive com a empresa para a que você trabalha. Existe alguma profissão que eu não possa escolher por que sou soropositivo? Nunca podemos esquecer que a convivência social não transmite o HIV. Qualquer pessoa com o vírus pode escolher qualquer tipo de trabalho que deseje. Entretanto, é necessário ter sensatez. Cuidado com algumas profissões que podem prejudicar sua saúde ou a de outra pessoa. De vez em quando minha gengiva sangra enquanto escovo os dentes ou passo o fio dental. Quando isso ocorre posso dar um beijo na boca? Se for só uma gota de sangue no momento de escovar os dentes, pode. Nesse caso, a quantidade de sangue é muito pequena e a própria saliva produz uma substância contra o vírus. Mas ninguém deve beijar com a boca ferida, seja portador do HIV ou não.


Sou soropositivo, posso compartilhar meu cortador de unhas, pinças e maquina de barbear? Não. O problema maior destes objetos cortantes para quem já tem o HIV é o risco de contrair outros vírus, como o da hepatite B e o da hepatite C. E para quem não possui o vírus o risco de adquiri-lo. Lâminas de barbear, pinças e corta-unhas podem ser perigosos principalmente quando se corta a pele e causa feridas. Meu médico/a só me diz que meu CD4 está bom. O que quer dizer? As células CD4 são as células do corpo que nos protegem contra várias infecções. O HIV destrói as células CD4 e então, cada dia nosso organismo tem que produzir novas células para que seu número esteja bom, ou seja, sempre acima de 200 por mililitro de sangue. Melhor ainda se estiver acima de 350. Quando descobri o HIV tive depressão. A depressão mata? Se for muito grave, a depressão pode matar. A pessoa pode deixar de alimentar-se e morrer por desnutrição. Por outro lado, a depressão acaba com as defesas do organismo e qualquer combate contra HIV depende dessas defesas. Mas quando a pessoa descobre que tem HIV, é normal que ela fique triste por um tempo. Se sentir alterações no sono, a alimentação e/ou no estado de ânimo, fale com seu médico. Dizem que ninguém morre de Aids. Como assim? Quando o HIV destrói as células CD4, destrói nossas defesas e, então, várias infecções e vários tipos de câncer podem ocorrer. São essas enfermidades que podem levar a morte se não serem tratadas a tempo. Se seu CD4 estiver bom e se você tomar os remédios corretamente, está protegido dessas enfermidades.



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ireitos Humanos são direitos fundamentais para que todo ser humano possa viver com dignidade. Compreendem o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à saúde, à educação, à assistência social, à liberdade de expressão, entre outros.


Quais são os Direitos garantidos às Pessoas vivendo com o HIV/Aids? O fato de viver com o HIV/Aids não impede a convivência social, todas as pessoas têm direito a que sua dignidade se respeite. As pessoas vivendo com o HIV/Aids (PVVA) possuem os mesmos direitos e também os mesmos deveres de qualquer outro cidadão. As pessoas têm direito a ser informadas em relação a seu estado de saúde e tratamento? Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata e cientificamente fundamentada sobre o HIV e a Aids. Têm direito a informações específicas sobre sua condição e condução de seu tratamento sem nenhum tipo de restrição. Familiares, amigas/os ou profissionais da saúde podem revelar o fato de que alguém seja portador do HIV ? Ninguém pode fazer referência à enfermidade e resultado de testes para Aids sem a autorização da pessoa implicada. A privacidade deve ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais. Cabe somente à pessoa que vive com o HIV a decisão de comunicar sua condição sorológica e o resultado de seus exames. É possível a realização de testes anti-HIV sem o conhecimento da pessoa? Não. Todo o procedimento médico deve ser realizado com o consentimento do paciente ou de seus responsáveis. Assim, ninguém pode ser forçado a fazer testes para o HIV, a ser submetido à quarentena ou isolamento, ou a participar de investigações. Uma pessoa que vive com o HIV pode ter uma vida sexual e reprodutiva? A pessoa que vive com o HIV pode exercer com responsabilidade plenamente de sua vida sexual e afetiva, fazendo uso da camisinha durante a penetração e no sexo oral independentemente de que este se realize com um homem ou uma mulher.


Sua capacidade de reprodução não se vê alterada e com ajuda de seu médico pode procriar em condições de baixo risco de contágio para o bebe e o casal. No caso dos homens se recorre à inseminação artificial com lavado do esperma. No caso das mulheres se deve recorrer a exames e atenção médica para ter as melhores condições de saúde possíveis para a gravidez e tratamento com retrovirais para a mãe e o recém-nascido. A lactação materna está contra-indicada por ser de altíssimo risco de contaminação. O fato de ter HIV não anula a capacidade, necessidade e liberdade de amar, de relacionar-se e reproduzir-se em condições de segurança. Como devem ser tratadas no trabalho as pessoas que vivem com o HIV? As pessoas que vivem com o HIV têm o direito a que suas vidas não sejam interrompidas pelo HIV. Assim, têm o direito a continuar suas atividades e trabalhos sem sofrer qualquer tipo de punição, descriminação ou preconceito em função do HIV.


BOLIVIA ISALP Investigación Social y Asesoramiento Legal Potosí www.isalp.org BRASIL Ser Mulher www.sermulher.org.br CNMP Centro Nordestino de Medicina Popular www.cnmp.org.br FLD Fundação Luterana de Diaconia www.fld.com.br COLOMBIA Fundación Mujer y Futuro www.funmujer.org COSTA RICA ILCO Iglesia Luterana Costarricense www.ilcocr.org CUBA CIC Consejo de Iglesias de Cuba diaconia@enet.cu


ECUADOR CEDEAL Centro Ecuatoriano de Desarrollo y Estudios Alternativos www.cedeal.org HONDURAS CDM Centro de Derechos de Mujeres www.derechosdelamujer.org MÉXICO EMAS Equipo Mujeres en Acción Solidaria www.equipomujeresenaccionsolidaria.blogspot.com NICARAGUA CMM Centro de Mujeres de Masaya Tel: (505-5) 522 2809 PERÚ CNA Confederación Nacional Agraria www.cna.org.pe

GAPA-BA Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia www.gapabahia.org.br Pão para o Mundo www.brot-fuer-die-welt.de Visite o bolg do Programa Transversalizando VIH Sida www.sinfronterasenlaamerica.blogspot.com


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