Jornal Poiésis - 163

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Literatura, Pensamento & Arte

O leite derramado O escritor Gerson Valle escreve sobre o novo romance de Chico Buarque. Página 9.

Paulo P. de Carvalho

Ano XV - nº 163 - outubro de 2009 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro

MARAJOANDO

Novos paradigmas para a politica em saquarema Em entrevista ao Jornal Poiésis, o presidente do PPS de Saquarema, Marcos Fernandes, fala sobre a importância da participação política, sobre o voto consciente e da necessidade de se discutirem temas que levem ao desenvolvimento do município de maneira harmoniosa. Página 3.

Arraial do Cabo terá semana da poesia em outubro

Exposição em Petrópolis revela os encantos da Ilha de Marajó

Evento acontece de 26 a 31 de outubro. Confira a programação na página 8.

O designer gráfico e fotógrafo Paulo P. Carvalho expõe durante o mês de outubro na Galeria Djanira

o resultado de sua experiência de cinco anos na região marajoara. A mostra traz painéis, fotos e filmes

que revelam a riqueza cultural e ambiental de uma das regiões mais remotas do país. Página 7.

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nº 163 - outubro de 2009

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota Diretora Comercial: Regina Mota Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Francisco Pontes de Miranda Ferreira Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb Diagramação: Camilo Mota CAIXA POSTAL 110.912 BACAXÁ - SAQUAREMA - RJ CEP 28993-970 ( ( ( ( (

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jornalpoiesis@gmail.com www.jornalpoiesis.com Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

ACONTECE AQUI E NOS ARREDORES A maconha está bêbada – Lançado em agosto passado pela Editora Mirabolante, “A maconha está bêbada” é o oitavo livro de Marcio Paschoal. O volume de crônicas está recheado de humor e de reflexões sobre nosso tempo, seus personagens e acontecimentos nem sempre críveis embora reais. Leitura recomendada para quem aprecia um bom texto. Marcio Paschoal é colaborador do Jornal Poiésis, e algumas das crônicas inseridas no novo livro foram publicadas em nossas páginas anteriormente. Poesia brasileira na Bulgária - Acaba de sair, em Sófia, Bulgária, a antologia poética Lua da Fonte / Elegia de Varna, de Anderson Braga Horta, com seleção, prólogo e tradução para o búlgaro de Rumen Stoyanov. O lançamento ocorreu em 5 de agosto. A edição, bilíngüe, a cargo da Ogledalo, sediada na capital búlgara, contou com o apoio do nosso Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada do Brasil em Sófia. Dança premiada - O Grupo de Dança da Daumas Academia sob a direção de Rita Daumas ficou em 3º lugar no II Festival Com-Passos de Dança, realizado no Teatro da UERJ, no Rio de Janeiro, com as coreografias “Anjos” e “Família”, ambas com poemas do editor do Jornal Poiésis, Camilo Mota. Poesia na Rua - O Núcleo de Poe-

Dê plantas a quem você ama!

sia Alberto de Oliveira decidiu modificar seu calendário de atividades. O projeto “Poesia na Rua”, que acontece no calçadão da Rua Professor Souza, em Bacaxá, em frente à Lanchonete Mucho Loco, acontecerá sempre no segundo sábado do mês. Em outubro, o evento acontece dia 10, a partir das 16 horas. Em novembro, o Poesia na Rua será realizado nos dias 14 e 15 durante a Feira Cultural de Saquarema, na Praça da Orla da Lagoa, no Centro. O grupo volta a montar o varal cultural no calçadão em dezembro. Camilo Mota

EXPEDIENTE

Poesia no Corredor – A atriz Beth Araújo (acima) organizou o projeto Poesia no Corredor, que estreou dia 2 de setembro na Cafeteria Sapori d’Italia, em Maricá. A intenção é promover no local, quinzenalmente, encontros poéticos e musicais, valorizando o intercâmbios entre artistas da região. De Saquarema, participaram como convidados especiais os escritores Camilo Mota, Charles Soares e Jota de Jesus. Teatro em Arraial do Cabo - A peça “Magui na Terra de Não Sei Quem” estará em cartaz nos dias 9, 10 e 11 de outubro, às 20 horas, na Arena da Praça Vitorino Carriço, em Arraial do Cabo. Com texto e direção de Widayon Camargo, o espetáculo traz em

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Teatro Mario Lago - O destaque do mês fica por conta de Maria Maya (filha de Wolf Maya), atriz da rede Globo que atuou na novela Caminho das Índias. Confira: dia 10, 21h, PLAY, sexo e vídeo tape, com Maria Maya e grande elenco (A3 Produções e Eventos); dia 11, 17h, Popeye (Arte no Tom Produções); dia 18, 17h, Barbie Rapunzel (Grupo Capas), dias 23 e 24, 21h, Na Catraca (Cristiane Régis Produções); dia 25, 17h, Baney, o dinossauro roxo (VHS Produções) EDITAL DE CONVOCAÇÃO

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para eleição da diretoria e conselho fiscal da Associação de Moradores e Amigos do Boqueirão – AMAB Pelo presente Edital faço saber que no dia 31/10/2009 no período de 16:00 às 19:00 será realizada eleição comunitária na sede da Associação de Moradores e Amigos do Boqueirão – AMAB – à rua Azevedo Pinto, 2032, Boqueirão – para a composição da diretoria e conselho fiscal para o biênio 2009-2011. Por determinação dos Estatutos foi constituída a comissão eleitoral com os seguinte associados: presidente, Darci Friggo; secretária, Nilce Mary de Souza Cezar Machado; mesária, Sandra Sant’Anna Alves de Almeida. CHAPA AZUL: Presidente, Lédio Coelho; Vice-presidente, Antonio Claro de Mello Filho; Secretária, Nilce Mary de Souza Cezar Machado; Tesoureira, Marilene Ribeiro Milagres; Diretor Social, Sandra Sant’Anna Alves de Almeida; Diretora Artística, Maria Clara Motta Maia Machado da Silva; Diretor de Comunicação, Darci Friggo. CONSELHO FISCAL: Alvaro Vaz da Silva, Edmar Souza Gomes, Maria Correia da Glória. Saquarema, 1 de outubro de 2009. Lédio Coelho - presidente da AMAB

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Uma campanha do Jornal Poiésis


nº 163 - outubro de 2009 Entrevista: Marcos Fernandes – presidente do PPS de Saquarema

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À frente do Partido Popular Socialista (PPS) de Saquarema desde maio de 2009, Marcos Fernandes vem trabalhando na construção de um novo paradigma no fazer política no município. Firmado em princípios democráticos, em que o coletivo é mais importante do que o individual, ele defende que o partido político não seja apenas um mecanismo que se usa em época de campanha eleitoral para benefício próprio ou para atender aos interesses do “dono” do partido. Marcos também anuncia a noite dançante promovida pelo PPS no dia 10 de outubro, no Paredão Club. Poiésis - O Brasil inteiro tem assistido nos últimos meses pelos noticiários aos inúmeros escândalos da política brasileira, principalmente no Congresso Nacional. Ainda é possível acreditar na política e nos políticos de nosso país? Marcos Fernandes - Infelizmente no nosso país a política sofreu um descrédito muito grande nos últimos anos, basicamente por questões de políticos corruptos, políticos que legislam em causa própria e que são eleitos pela população, para que façam projetos para a própria população, mas isso não acontece. Agora, nós temos em nosso país, mesmo assim, muitos exemplos de políticos que não são corruptos e que realmente tentam visar uma melhor qualidade de vida para a população no Brasil. Eu poderia citar vários, de outros partidos e do meu mesmo. Eu acho que a população tem que acreditar sempre, até porque a política faz parte da vida de cada um, 24 horas por dia. O político — seja ele deputado federal, deputado estadual, vereador ou prefeito — é que comanda as regras da cidade, do estado ou do país, e é a essas regras que nós nos enquadramos para poder viver. Então é necessário que a gente esteja sempre presente, acompanhando a atuação desses políticos. E os maus políticos, que sejam banidos da situação. Se ele não correspondeu àquilo que a população desejava, que ela então não vote mais nele, e que o exclua desse quadro, dando oportunidade para novos nomes, para pessoas que tenham projetos, que tenham ambição de fazer coisas melhores para a política no Brasil. Portanto, existe, sim, esperança de que nós tenhamos uma política melhor nesse país. Basta que a população, na hora de escolher os seus representantes, escolha com critério e não coloque novamente no poder aquelas pessoas que ou já foram comprovadamente ineficazes ou que sejam pessoas que não têm a mínima

condição de estar no local, representando uma população. Poiésis - Nós tivemos casos bem próximos, como em Saquarema e na maioria dos pequenos municípios do país, em que a gente vê muito assistencialismo em política e pouco pragmatismo político. Como você vê isso? Marcos Fernandes - A política hoje em dia no Brasil é muito “toma lá, dá cá”. Na realidade eu acredito num outro tipo de política, e é exatamente isso que nós queremos fazer dentro de Saquarema. O ideal é que o candidato perceba as necessidades da população, que são muito localizadas. Isso tem que ser discutido não só com o próprio candidato, mas num modo geral, num debate, para que, independente de quem ganhe uma eleição, ele já saiba exatamente o que cada área necessita e precisa, para que você possa harmonizar a cidade de tal maneira que não tenhamos mais áreas extremamente desenvolvidas e áreas pouco desenvolvidas. A partir do momento que se ganha uma eleição, é preciso colocar sua equipe de governo para trabalhar em prol desse desenvolvimento. Poiésis - Dentro dessa perspectiva, de que forma o PPS em Saquarema está contribuindo para criar esse novo paradigma de fazer política no município? Marcos Fernandes - Eu não entendo a política como uma ação individual. Existem equipes que trabalham juntas, caminhando num mesmo caminho em cima de objetivos. Então eu deixei claro, quando eu lancei a minha candidatura à presidência do PPS, que eu não iria ser o dono do partido. Eu gosto muito de trabalhar em grupo, não gosto de decisões individuais. Então todas as questões políticas que o nosso partido tem que desenvolver, eu levo para o nosso grupo, para a nossa diretoria executiva — composta por mim, Saulo Borner, Carlos Navarro, Laercio Melo, Luis Carlos Brasil e Lissandra Garcia — e é ela quem toma a decisão. Muitas vezes, eu posso ser voto vencido, mas eu vou defender aquela que venceu como se fosse a minha. Assim que eu entendo a democracia. As nossas reuniões são abertas, todos podem participar, dar sugestões, todos têm direito à fala. Poiésis – Então, a decisão de fazer parte do atual governo municipal também surgiu de uma decisão coletiva... Marcos Fernandes - Na época, por orientação da presidência anterior, foi compreendido que o melhor projeto para Saquarema era o apresentado pelo deputado estadual

Camilo Mota

Partido político não existe somente em ano eleitoral

Paulo Melo (PMDB), pela candidatura da Franciane Motta. Esse projeto foi encampado pelo PPS. Hoje fazemos parte do grupo de apoio ao governo municipal, e a contrapartida que nós temos é uma discussão de que na cidade nós temos muitas pessoas com capacidade para desenvolver vários projetos, pessoas essas que não eram participantes do grupo político do deputado. Um exemplo que nós temos claro hoje em dia é o Saulo Borner, que é o atual vice-presidente do PPS, foi candidato a vereador nas últimas eleições, não conseguiu se eleger, mas por conta do apoio que nós demos à candidatura da Franciane Motta, o deputado convidou-o para ser diretor administrativo do Hospital Regional, em Araruama, e ele está fazendo um excelente trabalho, isso é reconhecido por todos, não só pela cidade de Araruama, como pela cidade de Saquarema. Também o Roberto Carlos Martinelli, que era o presidente do PPS anteriormente, hoje é o Administrador Regional de Bacaxá, e está fazendo um ótimo trabalho. Eu acho que o principal nisso tudo é mostrar que o PPS conta no seu quadro com pessoas capazes, com qualificação, com condições de fazer um trabalho em prol da população de Saquarema e essa população vai reconhecer o trabalho que nós estamos fazendo. Poiésis - Está havendo algum diálogo intra-partidário hoje? Com iniciativa do PPS? Marcos Fernandes - Nós estamos começando a elaborar a idéia de um fórum de presidentes de partidos políticos em Saquarema. No meu entendimento, o partido político é uma entidade que engloba não só vereadores na hora em que querem se eleger. O partido político é feito durante o ano inteiro, 24 horas no dia. Infelizmente em cidades do interior, isso não é só em Saquarema, o partido político só é lembrado na época da eleição, quando a pessoa quer se candidatar e aí obrigatoriamente tem que se filiar a um partido com um ano de antecedência. A

minha idéia é fazer um fortalecimento dos partidos políticos. O fórum de presidentes que representam esses partidos criará um conglomerado de idéias e projetos para serem apresentados na prefeitura e nas suas secretarias. Isso tem um peso muito maior do que uma pessoa ir à secretaria, ou ir à prefeitura e apresentar um projeto individualmente. Porque uma pessoa é uma pessoa somente. Um partido político que tem nas suas costas, digamos assim, a representatividade de mil, duas, três, quatro, cinco mil pessoas, é muito maior. Eu tenho certeza absoluta que isso vai ser um sucesso. Nós estamos caminhando para poder, ainda este ano, fazer o primeiro encontro. O fórum será muito importante não só para as questões partidárias, mas também para a participação da própria população. Poiésis - O Partido está realizando atividades e reuniões regulares, inclusive para confraternização e melhor apresentação de suas propostas na cidade. Quais os próximos eventos programados? Marcos Fernandes - Quando assumi o partido tivemos que começar do zero, inclusive financeiramente. A primeira coisa que nós fizemos foi um evento para que pudéssemos reunir os filiados do partido e passar as idéias da nova diretoria e chamálos para trabalhar conosco para que viessem somar forças, para que pudéssemos ter um volume maior de pessoas. De agora em diante nós vamos continuar a fazer alguns eventos. O próximo será no dia 10 de outubro, no Paredão Club, próximo ao DPO, em Saquarema, com a primeira noite dançante do PPS, com música ao vivo e sorteio de brindes... mas basicamente a idéia principal dessas reuniões é que a gente possa sempre reunir o nosso grupo e pessoas que não fazem e que queiram participar. Com isso o PPS vai crescendo dentro do município de uma forma tal, que tenhamos em 2012 — é esse o nosso objetivo — o partido mais organizado na cidade, não só administrativamente, mas também politicamente. Hoje entendemos que a população só vai votar em alguém se o seu governo foi correto, foi justo, foi participativo e fez aquilo que a população esperava. Então, dentro disso tudo, nós precisamos ter um grupo forte, unido, para que possamos mostrar para a prefeitura as ações a serem realizadas. O município de Saquarema necessita de várias atuações, de várias ações, ações localizadas, e essas ações devem ser implementadas e com a nossa força, com a força da população junto conosco, a gente tem a certeza absoluta de que isso vai acontecer.


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nº 163 - outubro de 2009

ACALANTO PARA O MENINO DE RUA

QUIMERAS

RECOMEÇO

Anderson Braga Horta

Gerson Valle Dorme, menino, na rua, por entre surras, tomando chuvas, dorme na rua que é tua, do teu temor, da tua fome, mas que não sabes o nome, como não sabes também dos rumos melhores que vêm do mundo educado, poupado, separado de teu recanto de dor, desabrigo, espanto. Dorme que o bicho papão não amedronta a cabeça tonta do cheiro de cola e da falta de pão. Dorme. Dormindo não vês que te querem prender por dormires embaixo da lua nua coberto no jornal que o guarda acha imoral, sobre o chão que te resta de tudo que não presta, sem ter outro lugar para dormir e sonhar, roubar e fugir, sem ter para onde ir... Dorme enquanto o guarda não bate em teu pé machucado na desgraça a todo lado, correndo sobre os cacos, piso incerto dos buracos, como o cão alvoroçado que late, sob os tapas que o mundo te bate, bicho das cidades sem rosto, dorme no travesseiro do desgosto, e dormindo construas o sonho de não estar mais na rua... Dorme, pedaço de bicho, dorme, dorme, menino jogado no lixo...

Jota de Jesus

Andei lendo e sonhando, em tempos esquecidos, declarações de amor e quiméricas frases de algum gênio gentil, de modos atrevidos, a alguma fada envolta em transparentes gazes. Vivi de fantasia e sonhos coloridos, com você junto a mim, nesses reinos falazes. Mas isso aconteceu nos velhos tempos idos quando falava o amor por descoradas frases...

Não sei como aconteceu, mas creio que seu corpo já foi meu, deixou de ser... e de novo voltou a ser.

Hoje em dia o florir de palavras limadas na boca dos heróis de aventuras galantes já não tem o sabor das épocas passadas.

Sem você reconhecer que é o mesmo do seu começo.

E só o coração grita e soluça e fala, no silêncio loquaz que envolve os dois amantes, todo o poema de um beijo, a ecoar pela sala!

Jota de Jesus é membro do Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira, em Saquarema, e autor do livro”Tudo acaba em poesia” (Tupy Comunicações, 2008).

Anderson Braga Horta reside em Brasília-DF e é autor de “Soneto antigo” (Thesaurus Editora, 2009), de onde selecionamos o texto acima.

A FESTA Charles O. Soares

OS CÃES Eustáquio Gorgone de Oliveira perdemos muitas oitavas de ouro na fundição de nossas almas. temos um ano a menos na contagem como se nos faltasse o tempo de vida de um esquilo ou galo china. (as estrelas sobrevivem aos séculos: elas são de outra estirpe.) só os cães do campo-santo chegam ao fim da existência uivando a mesma nota.

Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis, reside em Petrópolis-RJ.

As luzes, vozes, sons preenchem a sala Meus poros se embriagam de emoção os olhos já não vêem, a boca cala num beijo de entrega e obsessão. Por esta moça fico apaixonado nem noto que ela me seduz...que mente jurando amor sem fim, eternos laços. A festa acaba, sou abandonado sem brilho, fraco, exausto...impotente. O tempo me sorri com ela nos braços.

Eustáquio Gorgone de Oliveira é autor de “A fortaleza de feno”, de onde extraímos o poema acima. O poeta reside em Caxambu-MG.

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A mocidade em seu traje de gala estende os braços, leva-me ao salão onde uma música meu corpo embala levando-me aos sonhos...perco o chão.

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Charles O. Soares é professor de língua portuguesa em Saquarema, é membro do Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira.

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nº 163 - outubro de 2009 XLIV

FELICIDADE

Rubim Feingold (1924-2008)

Camilo Mota Para o amigo e poeta Jota de Jesus Há dias de felicidade intensa: enorme horizonte contemplado do farol de Saquarema. Pescadores jogam bola no convés do barco. Depois, arremessam a rede que lhes sustenta o dia. Há uma felicidade para cada coisa boa na vida. O sol nasce manso e quente. A mulher sorri ao seu lado, e deseja e ama e vê e vive: pássaros, folha, areia, água, pedaços de espaços em forma de gente. O amor é a mais pura das dádivas para fazer os homens olharem-se como irmãos, amigos e cúmplices da vida.

Há também uma felicidade boba, que se encontra a um palmo do nariz da gente. Há uma felicidade simples em cada amanhecer, em cada lua que volta, em cada criança que sorri.

ENTARDECER Sylvio Adalberto

Mesmo que o verso nunca venha, que o poema não se faça, que a crônica não seja escrita, a felicidade esculpe aos poucos a poesia da vida... Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis, membro titular da Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni, membro honorífico da International Writers and Artists Association (IWA), membro fundador da Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos (Aleart).

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Felicidade é você me fitando, sorrindo, me dizendo, com os olhos é o baile de um só carnaval, que não acaba nunca, vendaval de comida na boca em rodopios, lábios na pele, toque das maçãs, mão na coisa, nariz no cheiro, água nos olhos, bafo no peito, suor melado, cabelos espalhados. É a música interior que não para, não para de tocar, numa explosão de notas novas, sibilantes, vem a parada e a meditação. Acalento-a terna e eterna abrigo-a doce e depentedente no meu pequeno pedaço, tão pequeno, que para recebê-la tive de largar um pouco de mim.

Um abraço apertado no meio da manhã! Um verso é lido, ao longe, na mesa de bar. Uma palavra sincera ao chegar a noite! O beijo reacende a paixão pela vida.

Sarita

Felicidade não ia e vinha, escorria por baixo da porta ao coágulos e cinzas, natureza morta. Levantei as mãos para alcançá-la profano, mundano, mas intenso a caçá-la. Deu-se o acaso, arritmia de amor, vesti um corpo novo, aleluia.

A Ge Ferreira Aves de arribação gesticulando O céu da tarde é mesmo um mar escuro Sumindo nos abismos dessas rotas Atrás da última luz, frágil e fina Que na prisão do espaço resplandeça No resto do crepúsculo transluz A derradeira luz que transfigura O olhar perdido nesse céu sem fundo. A luz do sol agora é coisa vaga E morre lentamente mais um dia. Meu peito é uma praia escura Onde uma vaga negra silencia.

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5 Agradecimentos aos participantes da festa de 15 anos do Poiésis “A união faz a força”, assim diz o velho ditado. Muitos foram os amigos que deram força para que a festa de 15 anos do Jornal Poiésis acontecesse. Muitos foram os artistas que aceitaram de imediato o convite para participarem da comemoração. Agradecemos imensamente ao Projeto Primeiro Passo, a Céia Festas, a Sandra G. dos Santos (boleira), Vídeo Lagos, Dudu do Som, Raphael Tavares, Horto Cleidiane, Fly Shopping & Services, Janaína Coelho, Biancha Mamede, que deram todo apoio técnico. Também somos gratos pelo apoio de Zezinho Amorim, Sanfer e Sinucas Rocha. Sinceros agradecimentos aos artistas da Daumas Academia, ao Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira, à bailarina da Dança do Ventre, Marcia, ao CNEC in Dance, ao músico Pablo Reis, à Casa do Nós, ao Curso de Música Barcellos, ao Conselho Editorial do Poiésis (de Petrópolis), e a todo o público que prestigiou o evento. Não podemos esquecer da mídia presente: jornais O Saquá e Litoral de Saquarema.

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nº 163 - outubro de 2009

As imagens das comemorações dos 15 anos do Poiésis 4 de setembro de 2009. Foi uma sexta-feira inesquecível. No Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema, reuniram-se artistas, poetas, músicos, todos unidos para celebrarem os 15 anos de circulação do Jornal Poiésis. Com presença especial de alguns dos membros do conselho editorial, que residem em Petrópolis — Fernando Py, Gerson Valle e Sylvio Adalberto —, o evento contou também com participações de Renato Barcelos e Ana Paula Lima, Pablo Reis, Centro Cultural Casa do Nós, Projeto Primeiro Passo, Daumas Academia, Grupo de Dança do Colégio Cenecista, a dançarina do ventre Marcia, e poetas do Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira. Apresentado por Regina Mota e Camilo Mota, o evento resultou num grande festival marcado pela emoção. Poetas como Antonio Francisco Alves Neto e José Lucio Souza apresentaram poemas feitos especialmente para a ocasião. O jovem Leonardo, um menino ainda franzino mas com voz de ouro, cantou à capela em acompanhamento a coreografia assinada por Patrícia Beltrão. Houve lágrimas na platéia em vários momentos. Nesta página, o registro fotográfico de alguns desses belos momentos. Mais fotos no site www.novasaquarema.com.br.

Gerson Valle, Fernando Py, Sylvio Adalberto e Camilo Mota

Olivia Mitidieri (Casa do Nós)

Poetas do Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira

Projeto Primeiro Passo

Regina Mota

Jeferson e Barbara (Daumas Academia) apresentaram um pas des deux

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Natural do Rio de Janeiro, Paulo P. de Carvalho, ao longo de cinco anos de viagens de pesquisa e lazer no interior do Pará, mergulhou no encantamento da Ilha de Marajó, e dali extraiu um conjunto de imagens e sons através de fotografias, vídeos curtos e objetos manipuláveis que formam um painel de ver-ouvir-tocar. A esse conjunto polimorfo ele batizou de “Marajoando”, a exposição audiovisual que está em cartaz na Galeria Djanira do Centro de Cultura Raul de Leoni em Petrópolis (Praça Visconde de Mauá, 305, Centro), de 3 a 25 de outubro. O próprio artista estará presente no local toda terçafeira, às 16 horas, para uma visita guiada pela instalação. “Marajoando” é a tentativa do artista em traduzir o que viu, ouviu e tocou em suas andanças pela Ilha Grande de Joanes, como assim era chamada pelos europeus colonizadores do século XVI, ou Marinatambalo, como queriam seus habitantes naquela mesma época. A instalação de Paulo P. de Carvalho conta com nove painéis temáticos (60x135cm) enfocando boi-bumbá, carimbó, pesca artesanal, vaqueiros, Círio de Nossa Senhora, Festividade de São Sebastião, Museu do Marajó, ribeirinhos e ceramistas. Também fazem parte da mostra um conjunto de sólidos manipuláveis composto por seis cubos plotados com um total de 30 fotos. A exposição se completa ainda com cerca de dez pequenos filmes, representativos de situações diversas do dia a dia do povo marajoara e seu ambiente. Enfim, é um caminho de aprendizado sobre mais um pedaço de grande riqueza cultural e ambiental do Brasil.

Paulo P. de Carvalho

Marajó, para ver, ouvir e tocar Natureza aldeense

Localizada na foz do rio Amazonas, no estado do Pará, a Ilha do Marajó foi ocupada pelos europeus ainda no início do século XVII, através de ordens religiosas que deram início à catequização de seus habitantes e implantaram as primeiras fazendas de gado que deram origem aos latifúndios de hoje em dia, em seus quase cinquenta mil quilômetros quadrados - área equivalente à do estado do Rio de Janeiro. Dividida em duas microrregiões – à oeste densas florestas e à leste campos de várzea, secos no verão e alagados no inverno – e com uma população de cerca de 300 mil habitantes distribuídos em doze municí-

pios, o Marajó apresenta uma diversidade cultural construída no sincretismo dos saberes de seus habitantes naturais, africanos e europeus, como em todo o país. No entanto, fatores como sua localização e conformação geográfica natural, a inerente dificuldade de comunicação e transporte entre suas cidades e a capital do estado, Belém, e sua realidade sócio-política quase feudal em pleno século XXI, tornam o Marajó um lugar ímpar, onde seu povo construiu um universo cultural próprio que surpreende e maravilha aqueles que por lá transitam, sem a ótica, o preconceito e a prepotência dos colonizadores.

Com o tema “Natureza Aldeense”, a Casa de Cultura Gabriel Joaquim dos Santos, em São Pedro da Aldeia, promove a exposição da artista plástica Elizabeth Franco, com visitação até 30 de outubro, , de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h. A mostra conta com 44 trabalhos das mais variadas técnicas como óleo sobre tela, acrílica sobre tela, mista sobre tela, grafite, nanquim e pastel a óleo. Segundo a artista, a exposição tenta resgatar tanto a parte ecológica quanto a humana do município. “Desenho desde que aprendi a segurar o lápis, mas com a pintura a cada dia descubro uma nova forma, uma técnica diferente. Estou me redescobrindo como artista”, salientou Elizabeth que nunca fez curso artístico. (Ascom/PMSPA)

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Elzo Souza Silveira* As homenagens aos professores não deveriam se restringir somente ao dia 15. Elas deveriam ser constantes, pois o árduo trabalho de educar é diário. O professor não mede esforços para estar em sala de aula e passar aos alunos os seus conhecimentos. O professor não é um simples instrutor das matérias pertencentes ao currículo escolar, mas também prepara as pessoas para enfrentar a vida, abrindo os horizontes, em direção à edificação de cada um. Parabéns, professores! Que todos os dias de suas vidas sejam repletos de realizações. A vocês que fizeram do Magistério uma profissão pela qual podem chegar até o povo e assim poderem auxiliá-lo, tornando-o digno e nobre, meus sinceros agradecimentos e meu respeito a todos. Como disse Cora Coralina: “Professor, faz de tua cadeira a cátedra de um mestre. Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Melhor professor nem sempre é o de mais saber e, sim, aquele que, modesto, tem a faculdade de manter o respeito e a disciplina da classe”. *Elzo Souza Silveira (Elzinho) é Secretário Municipal de Serviços Públicos e de Transporte de Saquarema.

IV Saquá GICAP será dia 17 No dia 17 de outubro acontecerá em Saquarema o IV Saquá Gicap, com batizados e troca de cordas de capoeira. A organização do evento é do contramestre Canela. O início está marcado para as 15h. Estarão presente capoeiristas de todo o Brasil, bem como de toda a Região dos Lagos. O IV Gicap acontece na Rua João Laureano da Silva, próximo ao Centro Educacional Aldeia, em Bacaxá.

Regina Mota

15 de Outubro dia do Professor

PROGRAMA 3ª SEMANA DA POESIA EM ARRAIAL DO CABO 26 a 31 de outubro de 2009 DIA 26 – SEGUNDA FEIRA 18 horas CORAL MAREARTE INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE FOTOS DO 1º CONCURSO DE FOTOGRAFIA “Revelando a Poesia” e PREMIAÇÃO dos fotógrafos INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “CENTISEGUNDOS” DA ARTISTA PLÁSTICA Paulina Sepulvéda Local: Espaço Cultural Amazônia Azul – Praça do Covas s/n DIA 27 – TERÇA FEIRA 19 HORAS ENCONTRO DOS ESCRITORES com a participação de: Lenir Mattos de Moura, Wilnes Martins Pereira, Fernando Fortes, José Maria Carneiro, Alexandre Acampora Local: Estalagem do Porto– Rua Santa Cruz - 12 DIA 28 - QUARTA FEIRA 17 horas “ARRAIAL DO CABO E A CULTURA BRASILEIRA” Palestra do Prof. Alex Cortes, seguida da exposição do filme “PATATIVA DO ASSARÉ-AVE POESIA ” Local: Espaço Cultural Amazônia Azul – Praça do Covas s/n 19 horas RECITAL MUSICAL DE PROFESSORES E ALUNOS DO CENTRO CULTURAL MANOEL CAMARGO

Massoterapeuta Hernesto A. Garcia Massoterapia e Drenagem Linfática Massagens redutora e terapêutica R. Prof. Francisco Fonseca, 210 - 1º piso, loja 1 Bacaxá - Saquarema - Tel. (22) 9948-1740

Local: Casa da Poesia – Rua Nilo Peçanha - 2 DIA 29 – QUINTA FEIRA 16 horas “A EXPEDIÇÃO DE AMERICO VESPÚCIO E AS ORIGENS DE ARRAIAL DO CABO” Palestra do Prof. Wilnes Martins Pereira Local: Espaço Cultural Amazônia Azul – Praça do Covas s/n 20 horas BALÉ DOS ALUNOS DO CENTRO CULTURAL MANOEL CAMARGO Local: Casa da Poesia – Rua Nilo Peçanha - 2 DIA 30 – SEXTA FEIRA 21 horas LANÇAMENTO DO LIVRO “AMERICO VESPÚCIO O NAVEGANTE QUE DESCOBRIU ARRAIAL DO CABO” : AUTOR: Wilnes Martins Pereira Local: Casa da Poesia - Rua Nilo Peçanha - 2 DIA 31 – SÁBADO das 9hs às 13hs POÉTICA PERIPATÉTICA – aos cuidados do escritor Alexandre Acampora – Passeio por localidades de Arraial do Cabo declamando e lendo poemas Local: Casa da Poesia – Rua Nilo Peçanha - 2 19 horas TEATRO DE RUA “MAREAMAR” Local : Casa da Poesia – Rua Nilo Peçanha – 2 20:30 horas LUAU DA POESIA Local: Casa da Poesia – Rua Nilo Peçanha - 2

Academia Brasileira de Poesia Casa de Raul de Leoni Palestras programadas - A Academia Brasileira de Poesia promove ainda este ano mais duas palestras no Silogeu Petropolitano (Praça da Liberdade, 247). No dia 15 de outubro, às 18 horas, o acadêmico Joaquim Eloy Duarte dos Santos falará sobre “A Literatura de Cordel”. Em novembro, no dia 12, também às 18 horas, o acadêmico e professor universitário Marcelo J. Fernandes fará palestra com o tema “Mario Quintana: um poeta fora da academia”. O ano acadêmico também já tem data para encerramento. Será dia 11 de dezembro, a partir das 17 horas. Natureza poética - Nem só de poesia vive o homem. O acadêmico Sylvio Adalberto é também um dedicado amante da arte da fotografia. Em seu site (www.sylvioadalberto.com) encontra-se um belo apanhado de uma de suas especialidades fotográficas: a captura de imagens de pássaros da mata atlântica. O ofício já lhe rendeu convites para palestras e exposições sobre o tema. No site, além das fotos, há informações sobre cada uma das espécies fotografadas. Academia online - O site da Academia Brasileira de Poesia (www. rauldeleoni.org) já se tornou um ponto de referência no mundo da literatura no país. São centenas de acessos diariamente, promovendo um intenso intercâmbio de poetas de todo o país. Perfil e antologia poética dos poetas acadêmicos titulares e correspondentes, entrevistas, divulgação de novos talentos, informações técnicas sobre técnicas do verso, e muito mais pode ser acessado, com conteúdo atualizado com frequência.

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O novo romance de Chico Buarque Gerson Valle Desde final da década de 60 que o nome de Chico Buarque de Hollanda encontra-se estreitamente vinculado à música popular brasileira como autor de bem sucedidas letras e melodias e cantor. Desta forma, seus escritos têm sido mais lembrados como “letras” de música, gênero que alguns encaram como um “tipo inferior de poesia”. De fato, existem “letras” que servem, de forma “impressionista”, à criação de um sentido às frases musicais, possuindo, isoladas, um valor relativo. O grande Manuel Bandeira não parece ter escrito diferentemente, por exemplo, quando “letrou” a “Dança (Martelo)” das 5as Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos, obedecendo-lhe a prosódia e enveredando por palavras que descrevem o sentido nordestino e de ânimo geral da melodia e ritmo (O Villa lhe deu a melodia para “letrar”). Isto, no entanto, não prova, evidentemente, que toda “letra” de música não tenha um valor literário isolado. Como cancioneiro, Chico Buarque, em muitas de suas “letras”, completa o “sentimento” rítmico-melódico de sua música. Mas, sempre houve nele, desde o primeiro grande sucesso, “A Banda” (cuja “letra” foi elogiada pelo mesmo Bandeira como que saudando o aparecimento de um novo poeta) uma preocupação que atenta para a construção literária. Chamo a atenção para o envolvimento com a Literatura que se pode deduzir de algumas de suas composições. Muitas delas são da melhor poesia, e até uma manifestação rara em nosso tempo da capacidade narrativa neste gênero, usando de meios descritivos e observações de absolutas contemporaneidades, sem se fechar num formalismo com medo da prosa de nossos versejadores “ditos eruditos” e cheios de metáforas pernósticas para se expressarem diferentemente da prosa (quando não de mofados academismos). Isto o destaca dentre os nossos poetas, inclusive com uma consciência do meio, terra, costumes, vivências, bem maiores que muitos que lhe torcem o nariz. Cito um exemplo (dentre muitos) da bem elaborada poesia da canção (ou madrigal?) “Geni e o zepelim”, paráfrase excepcionalmente bem feita do famoso conto “Bola de Sebo”, de Guy de Maupassant. E já por aí se percebe sua vivência literária significativa. Neste exemplo, a brasilidade dos termos e composição geral da personagem se “adaptam” a uma ficção curiosa. É o poeta brasileiro dotado de uma formação

contemporânea abrangente. Apesar de conhecido mais por suas canções, desde o início de carreira Chico Buarque tem também escrito para teatro. Tão forte é seu talento literário, que ouso afirmar que após Nelson Rodrigues um dos momentos de maior expressividade no teatro moderno brasileiro deu-se com sua peça “Gota d’água”, só não sabendo até onde vai a sua responsabilidade no texto e a colaboração com Paulo Pontes. O fato é que Chico Buarque de Hollanda é dos artistas mais talentosos e bem formados da sua geração. Por isto não estranhei quando, em 1991, surgiu o romance “Estorvo”. Estranhei, sim, que ele, que em suas canções mostrava-se tão mais solto, natural em sua brasilidade e contemporaneidade que o comum dos poetas e intelectuais da terra, no gênero romance se fechasse dentro de um expressionismo meio kafkiano ou dinobuzzatiano. Demonstra não desconhecer certos caminhos traçados nas vanguardas do século XX, mas não abre sua própria experiência e visão emotivo/ cultural como faz nas canções. É um fato curioso isto. Os nossos intelectuais são capazes de dissertar filosófica, literária, arteplasticamente, sociologicamente, de forma séria, com conhecimentos profundos, mas quando falam de música restringem-se à popular. Um dos mais consagrados de nossos cancioneiros se mostra “complexo” na escrita literária, e relaxa com simplicidade nas melodias sem necessidade de maiores desenvolvimentos e renovações do seu tempo... Não o critico por isto. Acho que ele encontrou das mais expressivas formas de atualidade brasileira na canção que faz. E este gênero, aliás – “lied”, “mélodie” ou “seresta” – é importante em obras como as de Schubert, Schumann, Fauré, VillaLobos... Porém, não pude deixar de notar certa contradição entre a linguagem retorcida, metafórico-expressionista em “Estorvo” e a comunicação direta das melodias e ritmos nas canções. Observo que no caso da canção erudita, há uma “composição” escrita, onde o autor é como o escritor, criando uma forma fixa de melodia, ritmo, harmonia, escolha tímbrica insrumental, a ser impressa e repetida como ele a criou, ao passo que na canção popular, o chamado “compositor” apenas tece uma melodia, no máximo com certo ritmo, que vai sendo “variada” pelos intérpretes cantores e músicos acompanhantes e/ou arranjadores. Mudando qualquer nota no canto ou na orquestração de um “lied” de Mahler, por

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exemplo, deixa de ser Mahler, o mesmo acontecendo com um soneto de Camões se lhe mudam as palavras. No caso de Chico Buarque, diverge o escritor do poeta/ músico? A minha reflexão estava por aí quando li, agora, de um fôlego, encantado, o romance “Leite derramado” (Companhia das Letras, 2009). Que obra-prima! De repente, no desenvolvimento de outros romances, parece que Chico foi superando sua admiração culta pela narrativa subjetiva da modernidade, e encontrou o seu eu próprio, onde as experiências de seu tempo e lugar, aliados ao conhecimento histórico, formaram fios narrativos condutores à reflexão do que somos e onde estamos. A Literatura toma seu sentido maior. Não mais um simples formalismo, arte pela arte, parnasiana e chata! A narrativa toma um sentido de história viva, reconhecível, e nos moldes de quem sabe construí-la, não simplesmente repetindo a linearidade fechada de um academismo. Ao contrário. Cada capítulo reconta histórias sob novas perspectivas, numa construção para o arcabouço geral. Sim, um novo contador de história, o que, também, tal como ocorre com suas canções, tem um vivo sentido na tradição brasileira. Em vez de lugares vagos ou uma Budapest que o próprio autor declarou não conhecer, o romance se passa no Rio de Janeiro, com todas as características de certa sociedade carioca. E mais, de certa família brasileira. Não é, no entanto, como li em alguma referência ao livro, uma saga de família. Eu diria que é, antes, um “vol d’oiseau” sobre o Brasil dos últimos dois séculos. Se alguma saga nele pode lembrar é a da descrição da Inglaterra por 4 séculos da Virginia Woolf de “Orlando”, através de um personagem (Curiosamente o narrador de Chico é também centenário). O Brasil desde a chegada da família real portuguesa, passando pelas fazendas de café, escravidão, e um século vinte de decadência de certa riqueza que sempre se abastecera no ócio. O adágio popular “pai rico, filho nobre, neto pobre” que já o pai de Chico, Sérgio Buarque de Hollanda, mos-

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trara em suas “Raízes do Brasil”, com as origens portuguesas valorizando a nobreza do “far niente”, sendo o trabalho entregue ao escravo. Este era alguém da casa, com quem os sinhozinhos eram criados, daí o personagem-narrador do romance dizer não ter preconceito de cor. O escravo, no entanto, ao ser libertado, não estava preparado para coisa alguma, a não ser imitar o ócio do senhor. As gerações se acomodaram entre modas ignorando os percursos passados, como as dos netos e bisnetos do narrador, com seus brinquinhos da contemporaneidade e pobreza. Observo certa semelhança no caráter do narrador, Eulálio Assumpção, com a do Braz Cubas machadiano, que passou a vida sem buscar o trabalho, entre as modas também de seu tempo, inutilmente. Da mesma forma que Machado, Chico descreve com naturalidade a maneira de ser do personagem, não o atacando diretamente, parecendo até simpático na, talvez, e aí cito outra vez a obra de seu pai, “cordialidade brasileira”. Apenas deixa dados para a reflexão do leitor. Há nele um pouco do Bentinho também, e sua paixão pela mulher, Matilde, aparece com a dubiedade na descrição do comportamento desta, uma multiplicada Capitu, se assim se pode dizer (o que se acentua com a descrição do entendimento dúbio sobre o comportamento do “outro”, mesmo dentro da estreiteza das relações de um casal, com a interpretação variada pelo tempo diversificado da observação, ou seja, o próprio modo de encarar variado pelo observador em formas sucessivas). Não acredito que sejam coincidências. São, antes, mesmo que não tenha havido intenção de citação machadiana, identidades do caráter em certa burguesia nacional. O que torna o romance ainda mais significativo. E a Literatura, quando “conta histórias”, com dados sociológicos, psicológicos, históricos, na aparente despreocupação de um simples lazer, bem construída como em “Leite Derramado”, é, de fato, a expressão mais completa e significativa para a reflexão da realidade. Sendo que Chico Buarque não deixa nunca de ser o bom poeta, tocando, em diversos pontos, imagens fugidias na descrição realista. O cancioneiro que narra histórias é o mesmo ficcionista que doura metáforas, sem, no entanto, delas abusar, nunca fazendo com que o leitor se enfade com o expressionismo pouco claro de tudo. Decididamente, uma obra-prima. Gerson Valle é poeta e escritor, membro da Academia Brasileira de Poesia, autor de “Vozes novas para velhos ventos” (Thesaurus, 2007)


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POESIA E PROSA DE JOAQUIM CARDOZO

Fernando Py A parte da prosa de Joaquim Cardozo se inicia com seus contos, aqui reunidos pela primeira vez. São apenas doze, alguns já publicados em periódicos. Em geral traem experiências pessoais do autor e, em certos casos, são essencialmente narrativos. Os contos nascidos dessas experiências são basicamente três: ‘Voltando da marcação’, ‘Perdidos nos tabuleiros’ e ‘Tramataia’. Todos são narrados na primeira pessoa, sem a preocupação de fazer “literatura”. Neles, Cardozo evoca episódios ocorridos quando trabalhava como topógrafo em locais agrestes de Pernambuco e Paraíba. Embora os demais contos igualmente respirem uma atmosfera de experiência pessoal, nem sempre a narrativa – mesmo na primeira pessoa – se desenvolve como relato puro e simples. Em ‘O rugido’, história narrada numa conversação, cria–se um ambiente fantasmagórico, onde se ressalta o acontecimento insólito que adquire contornos de fatalidade. ‘De novo em Cabedelo’ representa uma espécie de retorno à narrativa linear dos três primeiros contos. O texto se enriquece com descrições bem feitas e a relação da luta dos marinheiros contra a maré e os ventos. ‘Em busca do marco das balanças’, que também relata experiências de Cardozo como topógrafo, recupera em parte o clima fantástico de ‘O rugido’. Com as incertezas que aflora, o conto respira ima atmosfera de mistério. A partir de ‘Minha tia Dondon, os contos de Cardozo mostram uma contínua valorização, onde se encontram peças de maior densidade,

tendendo para o universal. Este conto é uma admirável mistura de realidade e fantasia, em que o retrato da velha Dondon, tia–avó de Cardozo, é traçado com finura, leveza e segurança. ‘Na estação’ é outro conto em que se instaura o clima fantástico através do onírico, a dominar inteiramente o narrado. Nele se compõe uma atmosfera fantástica de um mundo paralelo ao real, que guarda muita afinidade com os poemas de Mundos paralelos. ‘A pesca do lagostim’, no entanto, é um conto dramático que se desenvolve em clima de suspense contínuo. Cardozo cria uma expectativa no leitor, ma sem nada de fantástico. Os personagens e a própria ambiência da narrativa estão muito bem descritos e o autor aborda, com felicidade, a questão da eterna luta do homem contra o mar. Em ‘O caminho’, também aparece a natureza inóspita em permanente conflito com o ser humano. O simples depoimento de um engenheiro vai se transformando aos poucos numa aventura em que o narrador se vê às voltas com dificuldades noturnas. O texto dramático é admiravelmente conduzido, fazendo deste conto um dos melhores da coletânea. ‘Brassávola’ e ‘Variações sobre uma vida’ expõem dois sugestivos exemplos de um mundo virtual, paralelo, que tanto fascínio exerce sobre Cardozo. No primeiro, o leitor é levado a penetrar em um universo sensorial que serve de base psicológica para a narrativa, e onde o que importa são as sensações que estimulam e podem desorientar os sentidos. Em ‘Variações sobre uma vida’, única narrativa na terceira pessoa, o elemento fantástico volta a predominar, a par da noção de inanidade diante de fenômenos naturais e sensoriais (ou extra–sensoriais). O protagonista é, sucessivamente, assediado pela sombra

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de uma nuvem que age como se tivesse vida própria5, uma luz fria que lhe penetra no pensamento, uma voz lívida (note–se a adjetivação inusitada do fenômeno), voz de fato apenas virtual, que somente ele ouve. Sucedem–se diversas afecções psicossomáticas e sensoriais, a que não resiste, principalmente por serem puramente virtuais. Assim, estes contos, embora à primeira vista pareçam simples narrativas e descrições de fatos pessoais e ambientes familiares, evoluem para a exposição e análise de estados psicológicos, onde se revelam os enormes abismos que todo ser humano carrega consigo, e muitas vezes o dominam. Cardozo teve a qualidade e a ciência de nos chamar a atenção para tais abismos. Em Joaquim Cardozo, o crítico e ensaísta são ainda pouco divulgados. Esta edição apresenta seus principais textos ensaísticos sob duas rubricas: ‘Sobre literatura e arte’, e ‘Sobre

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arquitetura e urbanismo’. No primeiro, Cardozo analisa, entre outros, a poesia de Manuel Bandeira, Toda a América, livro de poemas de Ronald de Carvalho, a pintura de Telles Júnior e a antiga pintura religiosa de Pernambuco, a escola de desenho de Ulm, a pintura de Rembrandt. Comenta a retrospectiva Goeldi em 1956, a obra de Picasso, as gravuras de Carlos Scliar, faz uma crítica literária ao livro Memorial do errante, de Afonso Félix de Sousa e ao volume Agenda poética do Recife6, escreve sobre Pancetti, Djanira, etc. Em ‘Sobre arquitetura e urbanismo’, entre outros estudos, faz observações sobre o Recife da época do domínio holandês, os azulejos empregados na nossa arquitetura, a figura e a obra de Oscar Niemeyer, e a construção de Brasília, etc. O volume se encerra com dois discursos de paraninfo: ‘Discurso ao concluintes de engenharia de 1939’ e ‘Discurso ao novos arquitetos’ (1957). Portanto, reunindo em livro quase toda a obra de Joaquim Cardozo, a Nova Aguilar presta grande serviço à literatura e ao leitor brasileiros. Talvez, em edição futura, seja possível acrescentar a esses textos todo o teatro de Cardozo. ___ NOTAS 5. Cf. o poema”’ A nuvem Carolina’, de Mundos paralelos. 6. Agenda poética do Recife. Rio de Janeiro: Coordenada Editora de Brasília, 1968. Apresentação e seleção de Cyl Gallindo. Fernando Py (1935) é poeta, tradutor e crítico literário, membro da Academia Petropolitana de Letras, da Academia Brasileira de Poesia e do conselho editorial do Jornal Poiésis.

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“A paz não é somente possível, mas inevitável”, essas foram as palavras que estamparam a presença dos Bahá’ís na II Caminhada em Defesa da Liberdade religiosa, que reuniu milhares de pessoas na orla de Copacabana, Rio, no dia 19 de setembro. O evento também contou com a presença de adeptos de vários segmentos religiosos como Hare Krishna, Católicos, Evangélicos, Judeus, Muçulmanos, Budistas, Hinduístas, e de origens africanas como o Candomblé e a Umbanda. “Foi um ato de Fé Universal”, segundo o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que também esteva presente na manifes-

tação. A Fé Bahá’í nasceu no Irã, país que até nos dias atuais persegue os seguidores de Bahá’u’lláh, fundador da religião. Muitos ainda encontram-se em cárcere, vivendo de forma sub humana, sem direito a se expressar, presos pelo simples fato de serem Bahá’ís. “A Fé Bahá’í ensina o amor a todas as religiões, sem preconceito de raça ou posição social. Muitos amigos estão sendo perseguidos, mas tenho fé em Deus que tudo isso irá passar e a paz maior chegará”, disse Regina Mota, seguidora da religião há 25 anos.

Projeto Primeiro Passo é premiado em festival no Rio O Projeto Primeiro Passo, grupo de dança que faz seus ensaios na Colônia de Pescadores Z-24, em Saquarema, há apenas alguns meses, já tem o que comemorar. Os bailarinos foram premiados com o troféu de terceiro lugar no festival de dança realizado em agosto no Teatro Odilon Costa, na UERJ, com a coreografia assinada por Patrícia Beltrão. Integrantes do projeto estiveram na última terça-feira, 15/09, na Prefeitura de Saquarema, para um encontro com a prefeita Franciane Motta. O objetivo foi agradecer a ela o apoio dado para que o grupo pudesse estar presente na competição. “Para nós, que estamos começando, é muito importante contar com o apoio para o transporte quando vamos representar o município em festivais importantes como esse”, disse Valéria Beltrão, integrante do Primeiro Passo. O Projeto Primeiro Passo ministra aulas de dança a preços populares na

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Colônia de Pescadores. O grupo tem procurado fazer um trabalho bastante voltado para o desenvolvimento social, promovendo, também, atividades sociais, educativas e de saúde, ampliando assim sua atuação junto à comunidade. No final de agosto, o grupo promoveu, com auxílio da dentista Aline Ramos, um dia voltado inteiramente para a saúde, com aplicação de flúor em crianças, além de serviços de aferição de pressão e verificação de níveis de glicose para adultos.

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Emygdia Melo expõe no Rio em novembro - A advogada e artista plástica Emygdia Gomes de Melo irá expor seus trabalhos no Clube Militar, na Avenida Rio Branco, Centro do Rio. Os dois quadros escolhidos foram: “Velha Amendoeira de Saquarema” e “Fogão a Lenha”. Odete em Nova Iorque A artista plástica Odete Figueiredo, que reside em Saquarema, expôs seus trabalhos na Ward-Nasse Galery, em Nova Iorque, nos meses de julho, agosto e setembro. As esculturas “Gertrudes”, feita em resina, e “Valentina”, em bronze, tiveram destaque na renomada galeria.

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Juca Chaves em Saquarema - o menestrel visitou nossa cidade no último final de semana de setembro. Na foto acima, Cisa Cruz, proprietária da Frutíssima, Angela Feingold, da Pousada Ayuruoca, Franciane Motta, prefeita de Saquarema e Juca Chaves. Na outra foto a empresária Mara Azeredo, da Liliputi Modas, ao lado do simpatissíssimo artista. Nesse dia a equipe do Jornal Poiésis participou do delicioso almoço feito por Cisa com muito carinho, em homenagem ao “Juquinha”, na aconchegante Frutíssima.

Conselho de Municipal de Segurança de Saquarema - Acima, a nova diretoria composta por Emygdia Gomes de Melo, presidente, Almir Pereira da Silva, vice-presidente, Adriana Carvalho, primeira secretária, Adelina Fonseca de Aragão, segunda secretária e Ivone Maia Araújo, diretora social.

Polícia Civil - Dr. Aglausio Batista (centro) passou o cargo de delegado da Delegacia Legal de Saquarema para Sergio Lorenzi (esq.). A solenidade, ocorrida no dia 29/09, contou com a presença de Celso Couto, coordenador regional da Polícia Civil.

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