Bagagem de ESTudante nº3

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Magazine Digital – Clube de Jornalismo da Escola Secundária de Tondela

Nº3 – abril/maio de 2014

BAGAGEM DE ESTudante


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A frase do mês

Neste número: 2/3 = E o teu sonho é… ? 3 = À nossa Beira 4/7 = Nas asas de sonho 8/9 = Lisboa, menina e Sintra 10 = Alemão em cena 1,7,10 = Estudos de contraste 11 = RSN: “Tenho pensado”

Na exposição de João Louro sobre limites de velocidade (Museu do Caramulo), houve uma frase que nos inspirou para este nº3 da Bagagem de Estudante. [Uma boa desculpa para esta edição 2 em 1!]

Ceci n’est pas un journal

E o teu sonho é…? Ou porque a atividade mais intensa de final do ano letivo assim proporciona, ou porque a consciência da responsabilidade amadurece, os sonhos de cada um de nós andam por aí. Muitas vezes, à espera que alguém os escute. Esperamos que se concretizem. Por: Raquel Bernardes

Fomos ouvindo, dispersos, os comentários ao nosso trabalho: Há um âmbito na página 8 com um til / É de continuar / Têm ali escritores de mão-cheia / As fotos dão-lhe outra vida / Já saiu? Onde? / Eu não acredito que foste mesmo escrever aquilo! / Talvez não seja má ideia identificar as disciplinas em que os trabalhos dos alunos foram feitos / Gostei. Que bom! Mas também ficaríamos contentes se dissesses o contrário… Sem ponto a mais, nem interrogação a menos, sabemos que só a verdade interessa. Por isso, refizemos planos, conviemos que o espaço virtual, de facto, não chega a todos ao mesmo tempo, que o tapete rolante das redes sociais se assemelha, em parte, àqueles gadgets que, acabam de sair… já foram… [Deixem-nos rir, aqui…]. Abril passou, maio está no fim. Surgem os primeiros desabafos de quem assume que este ano já não volta. A inquietação das avaliações – que isto de ser estudante não é fácil – obriga a distinguir o essencial do acessório, o único do repetível. - Tempo livre, onde andas? Daí a auscultar sonhos… foi um passo. Com admiração por quem estima o seu percurso de estudante, aqui deixamos uma forcinha: boa sorte, amigos! O Clube de Jornalismo

Simão (12ºC): Criar uma empresa inovadora. The Doctor: Viajar pelo universo. Tupac: Gostava de ser músico (organista) profissional. Ter reconhecimento a nível mundial. Ter uma banda. David (12ºC): Fugir com a Lauren German. L.S.: Receber dinheiro por cada hora que durma. Matilde (11ºE): Seguir Direito e ter uma vida estável dentro dos possíveis, para superar a crise. Também gostava de viajar. Ângela (12ºB): Tocar guitarra numa banda famosa de rock. T.C.: Namorar com o “gajo” do “Sherlock” Ou então, ter dinheiro para comprar todos os livros que quiser. 2»


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A Fada Madrinha: Tirar medicina.

À nossa Beira… … Ainda era abril. Subimos a encosta em direção ao Caramulo para ver, por dentro, a Rádio Emissora das Beiras. 75 anos de história, aconchegados no simpático estúdio que nos acolheu. [Fotografias: Francisca G.]

Gonçalo (7ºC): Não chumbar. Afonso (7ºC): Passar sempre de ano, com boas notas. Hugo (7ºC): Passar sempre de ano. Tiago (9ºD): Seguir científicos. Bruno (CEF OI): Ir à Argentina. Carolina (11ºA): Casar e ter filhos. Daniel Silva: Ser engenheiro. Tiago S.: Ter muito dinheiro. Ana (12ºC): Tirar o meu curso. Miguel (12º C): Viajar pelo mundo. Tiago O. (9ºD): Ir à Jamaica A.S.: Ter uma filha. Margarida (11ºA): Viajar pelo mundo. Daniela (10ºC): Ser feliz. A.F.: Fazer uma viagem às Caraíbas. C.M: Ter sucesso na vida.

Vocês não imaginam: o mundo está todo ali

dentro. Quando ouvimos a voz de Maria Helena em nossa casa, no café, no carro… dificilmente pensamos no espaço em que, etérea e fisicamente, se encontra.

Mauro (12ºC): Ter saúde, amor e dinheiro. Além de onze filhos, para fazer uma equipa de futebol – e que cada um pudesse ter um bom carro.


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Nas asas do sonho Por Raquel Bernardes

Oportunidade (Parte 2) A temperatura desceu abruptamente, ao entrar na sala circular que se abria à sua frente. Do seu lado esquerdo, o fogo ardia, com um furor indomável e uma tonalidade arroxeada, demoníaca, fria, sobre o chão de pedra. À sua frente, uma secretária antiga de madeira negra e maciça ocupava grande área da divisão, precedida por uma majestosa poltrona revestida de veludo encarnado, em cuja sombra um vulto se acomodava. A jovem imobilizou-se ao detectar a sua presença. Atrás de si, a porta fechou-se de supetão. - Quem me procura? – A rapariga arrepiou-se com a voz um pouco rouca e intimadora “dele”. Nos seus pesadelos premonitórios, ele soava sempre grosso e profundo, como se proviesse dos confins da escuridão. – Mostra-me a tua alma. Ela respirou lentamente, recordando, naquele instante, todas as dores que a haviam empurrado até ali, e afastou o capuz do rosto, deixando-o cair sobre as costas. Os seus olhos azuis-água faiscaram na penumbra, entre as sombras vivas provocadas pelas chamas. O seu cabelo acobreado, entrançado, reflectia pó de estrelas sob luz fraca da sala. Algumas madeixas rebeldes emolduravam-lhe o rosto. - Eu, princesa Ariane, pretendo solicitar os seus serviços. Um silêncio atento instalou-se por um momento. A poltrona arrastou pela superfície com um guincho asfixiante. “Ele” debruçou-se sobre a mesa, apoiado sobre os cotovelos, saindo da sombra da cadeira. Os seus olhos verdes musgo brilharam com o reflexo animalesco da sua alma. Um sorriso perigoso tomou os seus lábios. - Eu nunca ouvi o teu nome. – Fez uma pausa, passando um olhar rápido sobre as roupas gastas e remendadas da sua visitante. – A última vez que verifiquei, os elementos da realeza apresentavam-se mais… elegantes. - A última vez que verifiquei, também não era comum os elementos dragontinos esconderem-se num poço imundo, despojado de ouro, na Ilha Infernal. – A rapariga mordeu a língua, procurando reter as palavras atrevidas que poderiam ser a sua desgraça. Corou. – Parece que a sociedade está a mudar! Susteve o olhar dele. Dentro do seu peito, o seu coração pulsava com um ritmo frenético, apavorado, porém, ela recusava-se a mostrar a sua fraqueza. Estava diante um predador. Ali, ela era apenas a presa insensata que se aproximara demasiado. O rapaz sorriu arrogante. - Peço desculpa, se ofendi sua alteza. A educação nunca foi característica de grandes bestas e isso parece não mudar. – Discretas escamas negras distinguiam-se nas laterais do seu rosto, junto aos olhos. – De qualquer forma, duvido que a sua bolsa esteja ao alcance dos meus favores… 4»


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- Já eu questiono-me se eles valerão a quantia que a minha “bolsa” está disposta a pagar. – Interrompeu-o ela, determinada. O dragão recostou-se na poltrona, cruzando os pés sobre o tampo da mesa, descontraído, e entrelaçando as mãos atrás da cabeça apoiada. Sob a claridade trémula, a sua forma humana parecia embalada pelas trevas vacilantes. - O que é que sua alteza propõe? Ela aguardou, antes de responder, procurando jogar com ambiente na sala. Ele era um dragão, uma criatura afamada pela sua natureza ambiciosa, sequiosa de tesouros. Podia ainda ser jovem e não ter assumido a sua forma primitiva, contudo, o seu nome já era conhecido e a sua figura temida por todo o continente. - O ouro das câmaras do Reino Perdido. Ele endireitou-se de rompante, adotando uma postura hirta, subitamente atento e interessado no rumo que a conversa estava a tomar. A desconfiança assombrou-lhe o olhar. - A Ilha Infernal pode estar exilada nos confins do mar, porém, é a janela para o mundo. Ninguém sabe onde fica o Reino Perdido… Alguns, já o julgam apenas um mito… A rapariga sorriu, misteriosa: - E quem é que disse que eu sou alguém? – O fogo crepitou, ao seu lado, em expectativa. – O Reino Perdido encontra-se num distúrbio espaço-temporal. Só existe uma maneira de lá entrar. Precisas da Chave para abrir o portal. E eu… - Ariane aproximou-se da secretária. – Sou a única que te pode a ela levar. O rapaz pareceu pesar as palavras dela. - Normalmente, trabalho com metade da recompensa adiantada… como pequeno incentivo aos riscos que a tarefa possa implicar. Como é que sei que não me estás a enganar? - Da mesma forma que eu saberia que tu ias cumprir a tua parte. Confiando. Entre nós, o mercenário, és tu, não eu. Ele riu-se, no escuro, de alguma forma divertido com a audácia das palavras dela. - Ela está a dizer a verdade. – Uma nova voz rompeu a obscuridade. – Ela realmente sabe como lá chegar… Ariane voltou-se de forma brusca. Surpreendida pela desconhecida, toda a sua concentração havia dispersado, estilhaçando todas as suas defesas, derrubando a sua confiança e abrindo, de novo, brechas ao medo para abalar o seu espírito. Ao seu lado, o fogo convergia em turbilhão, assumindo o corpo de uma criança, cuja pela, quase translúcida, destacava as veias que se expandiam por todo o seu corpo, com reflexos pálidos de rosa. A luminosidade enfraquecia, latejante, permitindo a avanço da escuridão que devorava o espaço. Um rosnado exasperado vibrou suavemente no ar, dilatando o negrume que se adensava. - Themba… Eu pensava que já não era preciso dizer-te para não te revelares aos nossos 5»


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“clientes”… A menina avançou um passo, abrindo caminho entre as chamas fracas e trémulas que prevaleciam com um brilho fantasmagórico. O seu cabelo branco caia em cachos delicados, roçando suavemente os ombros nuos e finos. Apenas os seus olhos de um lilás intenso, pareciam colorir aquele corpo sem cor. - Ela não parece assustadora. Não tem presas, nem garras… Nem pressinto potencial mágico vindo dela. – Impulsionou o corpo com os braços, sentando-se com um sonoro baque na secretária. Voltou a cabeça, a fim de olhar o companheiro. – Posso ficar com ela, Callum? Posso? Posso? A jovem, que, até ao momento, a fitava incrédula, dividida entre o terror de ter diante de si um demónio e o afeto incitado pela fragilidade que ele apresentava, arrepiou-se. O rapaz suspirou. - Não. Irias ficar com dores de barriga. - Oh! – A menina fez beicinho, desapontada. Vestígios de labaredas beijavam ternamente a sua pele, reconfortando-a. O seu olhar recaiu sobre a mais velha. – Ela realmente sabe como entrar no Reino Perdido, as vibrações da sua aura são sinceras. Tu sabes o que isso significa… Fez uma pausa. – Esta é a tua oportunidade! – Os olhos lilases procuraram os verdes, que escureciam, numa conversa íntima entre almas. O rapaz recostou-se na poltrona, repentinamente cansado. Ergueu uma mão à cabeça e despenteou, num movimento frenético, os cabelos negros, como se tentasse enxotar os próprios pensamentos. Suspirou. E rapidamente se recompôs, parecendo, nesse instante, ter-se recordado da outra presença perante ele, tornando a adotar uma postura impassível. A sua atenção recaiu em Ariane, que assistia perturbada. - O que é que queres em troca? - Apenas o meu “final feliz”. – Precipitou-se ela, com uma determinação revigorada, tendo visto, entre a negridão diante de si, o brilho vacilante da esperança. – Vivemos em Fairytale. É justo vivermos o nosso conto de fadas, não achas? - Lamento destruir os teus sonhos, mas o “final feliz” não existe. É apenas uma utopia criada para alimentar fantasias. Não existe sequer um final. - Então, que seja o começo. O azul cruzou-se com o musgo, numa troca intensa de qualquer coisa, mais vivo do que jamais estivera. Pouco a pouco, a escuridão começava a ceder. - E qual seria a minha personagem nesta história? - O vilão. O dragão que aceita capturar-me e manter-me cativa, até eu encontrar e escolher o príncipe que me salvará. Entretanto, levo-te ao teu tesouro.


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Callum franziu as sobrancelhas, intrigado. - Este é um conto muito distorcido. - Não é o conto, é a vida. – Interrompeu Themba. - É uma reconstituição do clássico! – Sem medo, a rapariga avançou. Naquele instante, a luz que via tornava-se mais firme, conquanto ainda distante. – Eles, príncipes, querem honras e glórias; eu quero o meu “final feliz” e tu, o teu ouro. É a nossa oportunidade! O brilho tomou a forma de uma pequena chama quente e viva, que, lentamente, foi derretendo as trevas em redor. Callum levantou-se, olhando, pela primeira vez naquela noite, e, talvez, excecionalmente, a rapariga com sincero respeito. Junto a eles, Themba sorriu entusiasmada, com a alma a vibrar, arrebatada pela ânsia de Aventura e Mudança. O rapaz estendeu o braço. Ariane apertou-lhe a mão. Os seus olhos brilhavam em expectativa pelo que encontrariam na página seguinte. Aquele era o momento! – O momento de desbravarem a sua própria história!

Carrossel A vida é como um carrossel, no qual todos têm lugar marcado. Uma montanha russa, cujo fim é indeterminado. Sempre em andamento, sem uma única interrupção, transporta consigo os nossos sonhos e esperanças, carrega consigo as nossas memórias e lembranças. Às vezes sobe… Às vezes desce… Mas no fim, cada movimento seu é constantemente uma surpresa. Uma aventura única, cuja experiência nos aquece a alma e nos molda o coração. Um conselho a ti te dou, que ousaste desafiar os carris da emoção: enquanto o carrossel não parar, aproveita, porque não te será dada uma segunda oportunidade! 7»


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“Lisboa, menina e Sintra” Impressões de viagem, no âmbito das disciplinas de Português, Química e Biologia – 11ºA, B e C. Viajar, conhecer, crescer Chovia. Foi nos primeiros dias de Abril de 2014 que fomos rumo à capital, na expectativa do convívio, dos encontros, das descobertas, de algumas luzes para o futuro. E fomos rumo às paisagens selvagens e românticas de um berço algures na serra de Sintra onde muitos corações foram apanhados. Marina Figueiredo - 11º B Entre átomos e palavras 1 de Abril, sete da manhã, partimos nós numa viagem que nos possibilitou vislumbrar duas das mais belas cidades portuguesas, a majestosa Lisboa e a encantadora vila de Sintra, retratada naquela que é umas maiores obras da cultura portuguesa, “Os Maias”. Antes de mergulharmos entre as palavras, fomos ao encontro do futuro, entrámos dentro do universo da ciência. João Almeida 11ºB Viagem longa e calma Pela primeira vez, o autocarro não se comportou como uma noiva em dia de casamento e chegou a horas ao primeiro destino, o Instituto Superior Técnico do Tagus Park. André Bandeira – 11º 37 horas, inúmeras descobertas Já no polo de alameda do IST, percorremos os laboratórios de engenharia biológica, engenharia mecânica e engenharia biomédica, em que vimos bactérias e fungos a borbulhar, equipamentos que fariam inveja a qualquer equilibrista e a forma como são feitas prótese para aqueles que têm algumas dificuldades de mobilidade. (…) Na manhã seguinte, que pareceu um prolongamento do dia, devido ao défice de sono, chegámos à Quinta da Regaleira, que foi, sem dúvida alguma, um dos sítios mais bonitos que já vi, possuidor de uma perfeição onírica, qual jardim do Éden em Portugal. As plantas que nasciam num caos, as águas que brotavam aleatoriamente, os cheiros crus da terra molhada, o canto harmonioso dos pássaros tornaram aquele local poderoso em todo a sua extensão. Gustavo Marques – 11ºB Viagem ao mundo em dois dias Ao final do dia, pelas ruas de Lisboa e também na pousada, convivemos com Franceses, Ingleses, Alemães, cada um com os seus costumes. À noite, na cama, no pouco tempo que dormi, sonhei com tudo o que estava a acontecer e com a sorte que tinha em ter a esta oportunidade, porque, apesar de toda a chuva que se fazia sentir, aqueles estavam a ser os melhores dias da minha vida. Carolina Gonçalves - 11ºA


Magazine Digital – Clube de Jornalismo da Escola Secundária de Tondela Lisboa, Menina e Sintra Ao mesmo tempo, foi interessantes inserir a ação d’Os Maias naquele espaço. Imaginar Carlos e seus colegas vagueando pelas ruas de Sintra, parando em pontos marcantes, e sentirmos-mos nós mesmo ali, faz-nos personagens da obra literária. Inês Cardoso - 11ºB Uma retrospectiva ao Passado e uma perspectiva para o Futuro através do presente O fazer reagir, o fazer oxidar, fermentar, o fazer acontecer, deve ser uma sensação mágica. Aqueles sectores tão apertados, repletos de corredores e portas pareciam quase um labirinto, por onde pessoas andam diariamente com o intuito de descobrir o caminho certo para evolução para o sucesso (…) Conhecer a Quinta da Regaleira foi como ser teletransportada para o passado que a construiu, aqueles vários hectares cheios de história e paixão que sem dificuldade deslumbram quem por lá passa. Os monumentos neo-manuelinos pareciam ter saído de um conto de fadas. A água caía, das cascatas e do céu, que faziam sentir a pureza daquele lugar. Foi lindo. Bárbara Pereira – 11ºA Uma aventura na capital Com um sábio guia, lá foram visitar o Hotel Lawrence e Seteais. Nesta última e incrível paragem, os jovens viram o belíssimo quadro com o Palácio da Pena lá bem no topo, tal como a espantosa paisagem que se estende até ao mar. Infelizmente, não conseguiram encontrar Maria Eduarda nas ruas da vila. Diogo Barbosa – 11ºB Lisboa tem agora mais encanto No autocarro, todos nós sentíamos ainda os olhos pesados, o corpo a pedir mais alguns minutos de repouso, embalados na melodia daquela chuva, agora mais intensa e barulhenta, que parecia não querer ir embora. Mas o entusiasmo e as gargalhadas rapidamente se fizeram ouvir. A ideia de conhecer novos lugares, pessoas e viver aventuras entusiasmou todos, partindo numa viagem que poderia ser crucial para um futuro muito próximo. Ana Rita Ribeiro - 11ºA Aquela noite em Lisboa e aquele horizonte em Seteais No entanto, foi à noite que conhecemos Lisboa em todo o seu esplendor. Aquela Lisboa que reflecte Portugal. Conhece-se Lisboa em cada ruela por que se passa, em cada passo que se dá sobre a calçada, em cada parede degradada pelo tempo e tentada recuperar por um graffiti, em cada mendigo que nos evoca o sofrimento de um povo, e em cada monumento que nos recorda que vale a pena continuar a lutar. Cristiana Pessoa - 11ºA Lisboa, um Mundo do conhecimento Aproveitamos a hora de almoço para recuperar alguma energia e nos preparamos para o mundo d´”os Maias”, visitando os locais por onde Carlos da Maia e Cruges passearam, em busca da tão bela Maria Eduarda que acabámos por não encontrar. António Aragão - 11ºA Obrigada Com esta experiencia, mais especificamente, o segundo dia, entendi que necessito de uma vertente de exploração e descoberta na minha vida, preciso de viajar e observar com os meus próprios olhos os diversos encantos que o nosso planeta conte. Não me imagino fechada num laboratório toda a minha vida. Carina Rodrigues – 11º A


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Alemão em cena – ainda mexe! Por Catarina Ferreira, Diana Pimenta e Francisca Gomes,

Pavilhão C - sala 11, 22 de maio: - Já passou uma semana e nós ainda lá estamos! Tudo começou com a proposta da professora de alemão e dali ao palco foi um passo. - Quem quer ser quem? Queimámos pestanas, estivemos quase a desistir, quase nos zangámos e era Natal! Houve ensaios em que só apareceu uma pessoa! - Tu não aceitas criticas! - Queres o quê? - Calma, ainda falta um mês, temos muito tempo…

O mais curioso foi quando um rapaz que assistiu à peça nos perguntou onde se passava a ação … Nós respondemos que era na creche e ele disse que mais parecia um manicómio… Neste momento a Francisca atende o telefone e diz: “Estou no C, adeus.”

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Tenho pensado, parado Por RSN

tenho pensado, parado de joelhos no chão agarrado a mil esquemas fruto da corrupção agarrado ao que sentes procura todos os cantos a saída do labirinto para o lago dos encantos pega no teu trunfo e termina esta jogada porque um dia tu tens tudo outro dia não tens nada sustentado à imaginação a luz do lampião do fruto vem a semente e da semente a criação são ditados antigos tu não vais entender volta atrás no tempo e fica lá para aprender vivo escrevendo e criando compondo e compensando sorrindo e chorando e quando passo na estrada altos montes verdejantes…

[A aula terminou aqui. A canção segue dentro de dias.]

Junta-te ao Clube no Facebook: https://www.facebook.com/#!/ejornalismo.estondela Ou num placard perto de ti! Ficha Técnica da Bagagem de ESTudante Composição e Montagem– Clube de Jornalismo da Escola Secundária de Tondela [Coordenação: Rosa Tavares de Almeida] – Colaboraram neste número: Catarina Ferreira, Diana Pimenta e Francisca Gomes, (10ºD); Raquel Bernardes e Diana Chen (12ºC). Autores dos estudos sobre contrastes cromáticos, realizados no âmbito da disciplina de Desenho A e publicados neste número: Catarina Rodrigues, 11ºG – Pág.1; Isabel Pereira, 11ºG - Pág. 7; Ângelo Marques, 11ºG - Pág. 11. Fotografia dos estudos sobre contrastes cromáticos: Cíntia Oliveira.

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