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Diário Popular

OPINIÃO

Sábado, 30 de novembro de 2013

FRASES “Eu estou achando meu amigo ministro um pouco nervoso, era mais fácil ele ir ao Congresso se explicar”.

ESPAÇO PÚBLICO

ARTIGO

Governador participa da inauguração do Memorial da Assembleia Legislativa

Joaquim Barbosa e a face tenebrosa da maldade

Wellington Pedro/Imprensa MG

Do senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e provável candidato do partido à Presidência da República, criticando a atuação do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), nas investigações sobre o cartel de trens em São Paulo.

“Black Fraude”, “Black Fria”, “Friday Fiasco” e “Black Mentira” Adjetivos da Black Friday publicados no http://blog. reclameaqui.com.br/. por causa da maquiagem nos preços.

“É uma voz comum, que carrega uma mensagem: ‘Parem de nos espiar”. De Edward Snowden, exprestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, defendendo o direito à privacidade em carta a revista VIP.

TEMPO IPATINGA Sábado 30/11 Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas MÁXIMA: 34º C MÍNIMA: 19º C UMIDADE MÁXIMA: 90% UMIDADE MÍNIMA: 35%

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O governador Antonio Anastasia participou, na noite de quinta-feira (28), em Belo Horizonte, da inauguração do Memorial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, criado para preservar a memória do Parlamento mineiro e, paralelamente, estabelecer uma conexão entre o passado e o presente para o fortalecimento da democracia. O Memorial reúne acervo para consulta de todos os interessados na história da instituição, com quase 200 anos de atividade, que deverá auxiliar com-

preender como determinadas ações e agentes, no contexto do desenvolvimento político do Estado, levaram ao amadurecimento do organismo, essencial para a democracia. Na solenidade, 70 personalidades que contribuíram para construir a história do Legislativo estadual foram homenageadas, entre elas, o vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, que exerceu quatro mandatos parlamentares. O vice-governador foi também presidente da Assembleia Legislativa de Minas.

ARTIGO

A responsabilidade do homem

Até onde o homem é capaz de pensar, colocando de lado a sua ganância de dinheiro e poder? Vivemos em um mundo capitalista onde a essência do consumismo e acúmulo de riquezas impera em nome da qualidade de vida. Este modo de vida contaminou a todos, principalmente a população dos países do Leste europeu que viviam sob regimes ditatoriais, sem perspectivas de crescimento pessoal. Você conhece algum indivíduo que vive sob regime capitalista pedir asilo em país comunista? Isto não acontece porque o indivíduo tem a liberdade de ir e vir, mas o contrário nunca foi uma realidade. Nos regimes socialistas e comunistas, os seus dirigentes optam pela morte do indivíduo, mas não permitem a sua saída. Vamos para a Coreia do Norte onde tudo é controlado e a população é obrigada a fazer “teatro coletivo” para mostrar ao mundo que está tudo bem. Desta forma entendo quando um empresário multimilionário, dono de empresas e que já tem tudo que o dinheiro pode comprar aventura-se em novos investimentos de risco. A grande motivação de suas vidas é acumular riquezas, estar sempre desafiando o mercado econômico, independente da sua necessidade, afinal, eles são empresários. Mas, apesar de gerarem grandes benefícios para um país como divisas e empregos, infelizmente eles geram também muita poluição e destruição ambiental. Dentro de um contexto universal, o meio ambiente é uma das menores preocupações da maioria dos empresários, pois geram custos elevados sem retorno direto de capital. O nosso grande exemplo, os Estados Unidos, recusou a assinar o tratado de redução de poluentes do protocolo de Quioto

(*) Alexandre Sylvio

alegando que ocorreria uma pane no seu sistema econômico. Os americanos despejaram na atmosfera quase seis milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2000, o que representa 27% de toda a produção mundial. Quando comparamos com 1990, verificamos que nestes dez anos houve um aumento na emissão deste gás de 20%. O dióxido de carbono é o grande causador do efeito estufa em relação a sua quantidade e aumento da temperatura global do planeta. Eles sabem do mal que estão causando à terra e a sua própria auto-destruição, mas, a possibilidade de se reduzir o poder econômico mundial faz os americanos preferirem a morte. Países como a China, Alemanha, Inglaterra, Japão e Canadá que também são grandes potências mundiais e que representam mais de 30% de toda a emissão de dióxido de carbono do planeta assinaram o protocolo comprometendo-se a reduzir as suas emissões de gases. O Brasil entre os anos de 1990 e 2000 apresentou um acréscimo na emissão de dióxido de carbono na atmosfera de 50%, mas representando apenas 1% de toda a emissão mundial oriunda principalmente das queimadas das florestas no período seco. Os empresários não são ignorantes. Eles conhecem a problemática ambiental e os efeitos de suas indústrias no processo de poluição ambiental. O caminho para eles não passa mais pela conscientização ambiental, mas pelas vultuosas multas ambientais que é a linguagem conhecida desta classe. (*) Alexandre Sylvio Vieira da Costa é engenheiro agrônomo e professor adjunto da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri alexandre.costa@ufvjm.edu.br

(*) Luis Nassif

A disputa política permite toda sorte de retórica. Populistas, insensíveis, reacionários, porra-loucas, o vocabulário é abrangente, da linguagem culta à chula. Em todos esses anos acompanhando e participando de polêmicas, jamais vi definição mais sintética e arrasadora do que a do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello sobre Joaquim Barbosa: “É uma pessoa má”. Não se trata se julgamento moral ou político. Tem a ver com distúrbios psicológicos que acometem algumas pessoas, matando qualquer sentimento de compaixão ou humanidade ou de identificação com o próximo. É o estado de espírito que mais aproxima o homem dos animais. O julgamento da bondade ou maldade não se dá no campo ideológico. Celso Antônio Bandeira de Mello é uma pessoa generosa, assim como Cláudio Lembo, cada qual com sua linha de pensamento. Conheci radicais de lado a lado que, no plano pessoal, são pessoas extremamente doces. Roberto Campos era um doce de pessoa, assim como Celso Furtado. A maldade também não é característica moral. O advogado Saulo Ramos, o homem que me processou enquanto Ministro de Sarney, que conseguiu meu pescoço na Folha em 1987, que participou das maiores estripulias que já testemunhei de um advogado, nos anos 70 bancou o financiamento habitacional de um juiz cassado pelos militares. E fez aprovar uma lei equiparando direitos de filhos adotados com biológicos, em homenagem ao seu filho. A maldade é um aleijão tão virulento, que existe pudor em expô-la às claras. Muitas vezes pessoas são levadas a atos de maldade, mas tratam de esconde-los atrás de subterfúgios variados, com o mesmo pudor que acomete o pai de família que sai à caça depois do expediente; ou os que buscam prazeres proibidos. Joaquim Barbosa é um caso de maldade explícita. Longe de mim me aventurar a ensaios psicológicos sobre o que leva uma pessoa a esse estado de absoluta falta de compaixão. Mas a natureza da sua maldade é a mesma do agente penitenciário que se compraz em torturar prisioneiros; ou dos militares que participavam de sessões de tortura – para me limitar aos operadores do poder de Estado. Apenas as circunstâncias diferem. A natureza o dotou de uma garra e inteligência privilegiadas. Por mérito próprio, teve acesso ao que de mais elevado o pensamento jurídico internacional produziu, a ciência das leis, da cidadania, da consagração dos direitos. Nada foi capaz de civilizar a brutalidade abrigada em seu peito, o prazer sádico de infligir o dano a terceiros, o sadismo de deixar incompleta uma ordem de prisão para saborear as consequências dos seus erros sobre um prisioneiro correndo risco de morte. Involuntariamente, Genoino deu a derradeira contribuição aos hábitos políticos nacionais: revelou, em toda sua extensão, a face tenebrosa da maldade. Espera-se que nenhum político seja louco a ponto de abrir espaço para este senhor. (*) Luis Nassif é economista autor do Blog do Nassif.


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