Jornal CSI - 2a Edição

Page 1

São Paulo, de Setembro de 2011

Um jornal que investiga o presente para transformar o futuro. Ano 02 ♣

0 9 de Outubro DE 2011

Comportamento

♣ No 02 ♣ EDIÇÃO SÃO PAULO ♣ Direção de Redação: Profa. Érica

Geração Google Como a rede de pesquisas vem nos deixando cada vez mais preguiçosos?

Álcool: droga que conduz a juventude Jovens consomem, cada vez mais precocemente, bebidas alcoólicas em busca de diversão, prazer e auto-afirmação. B4

Educação “Entenda por que não estou a fim, mãe!" Opinião de um estudante sobre a educação atual , em que não há diálogo entre a vida e o conhecimento lecionado nas escolas. D4

Com o surgimento do reverenciado Google, que dispensa apresentações, o esforço, anteriormente necessário, caiu por terra. Atualmente, é comum ouvir frases como “Joga no Google” ou até mesmo “Não sei o significado, o Google tá aí para isso”, que exemplificam como este site trouxe conforto à vida das pessoas. A popularidade é tanta que, em novos dicionários americanos, consta o verbo oriundo “Google it”, em

Tendência Intercâmbio Os alunos Fernando Dib , do 3o A, e Rachel Loschiavo, do 2oB, em depoimento ao Jornal CSI, falam sobre suas experiências em seus respectivos intercâmbios. C1

Política Querem transformar o cisne em patinho feio Em meio a tantas riquezas naturais, a vontade de elites forasteiras é dividir o estado, prejudicando a economia da região e afundando o Brasil em dívidas. A3

tradução literal, “googlar”. E como algo tão revolucionário pode trazer malefícios? A4

Fonte: Google imgens

Esportes Brasil: país de um único esporte Já percebeu que o único esporte que tem o incentivo e o reconhecimento merecido aqui é o futebol? Verdade é que os canais abertos só falam desse esporte, ou seja, se você quiser ver jogos de tênis, basquete entre outros é obrigado a assinar o canal fechado. D2 Os Craques do Ensino Médio

“É assustador!”

“Vivi 1 ano lá, em duas famílias, confesso que mal senti saudade do Brasil.”

O que o torneio de futebol representa para os alunos do Santana e qual a importância de um incentivo aos esportes para a juventude?

“O torneio interclasses tem sido ótimo para os alunos jogadores, que encontram um meio de desenvolver seu futebol, e para os alunos espectadores, que se entretêm durante os intervalos e vibram com seus times.” D3


São Paulo, de Setembro de 2011

Editoriais

A1

Com a palavra, o aluno O Jornal CSI, assim como os outros espelho. E qual não foi a nossa Projetos do Colégio Santana, desde surpresa ao notar que aqueles que sua criação, teve como efeito imediousaram interpretar o próprio refleato a transposição do papel do aluno xo gostaram muito do que viram e de coadjuvante a protagonista no cresceram e amadurecerem enquanprocesso de aprendizagem. Mostras to alunos e enquanto atores no prode Projetos, Feiras Culturais e pucesso de ensino-aprendizagem. blicações do A consciência de ser detentor e guar- Graças às situaJornal CSI são dião da palavra confere ao aluno uma ções oportunizaprovas irrefutádas pelas disciresponsabilidade que vai além da veis de que o plinas extracurjovem tem sim o disciplina e da organização intelecturiculares e pelos que dizer e que al dos conteúdos ministrados nas projetos, grande está disposto a aulas, confia-lhe a difícil tarefa de desses fazê-lo, desde construtor do conhecimento e de for- parte alunos, que coque se crie um mador de opinião, colocando-o, asmeçaram como espaço para a sim, do outro lado do espelho aprendizes, são sua expressão. aqui os responA consciência de ser detentor e sáveis pela cadeia de informações, guardião da palavra confere ao alude críticas e de reflexões que preenno uma responsabilidade que vai chem as linhas dessa publicação e, além da disciplina e da organização mais importante, sentem-se hoje intelectual dos conteúdos ministracapazes de usar a palavra, não apedos nas aulas, confia-lhe a difícil nas como um código, mas como um tarefa de construtor do conhecimeninstrumento de sua vontade política, to e de formador de opinião, colosocial e moral. cando-o, assim, do outro lado do

Expediente Conselho Editorial: Dayse Luana Bicalho Tussi, Debora Vieira e Danielle Cabral Araújo Coordenação do Projeto: Profa. Érica Schneider de Vilhena Redação e Criação: Aline Baldini, Carlos Eduardo M. de Araujo Cardoso, Dayse Luana Bicalho Danielle Cabral Araújo Debora Vieira Sean Farinha, Maria Clara Franco Couto, Milibi Arruda, Larissa Yamassaki. Colaboradoras: Juliana Bianchini Ferrão,

Victoria Peixe Oliveira

A voz do Brasil Em meio a tantos problemas sociais, corrupção e aos impostos absurdamente altos, os brasileiros permanecem em silêncio... Será que tudo vai acabar em pizza de novo? Foram anos sem democracia, direitos constitucionais, justiça”? Existem muitos palhaços assumidos, que com censura e perseguição política aos que se opusaem da câmara para ir para as câmeras fazer graça nham ao regime militar. Aos poucos, a população, na televisão. Será mesmo que o cidadão está cumatravés de grandes movimentos, foi alcançando o prindo o seu papel? Pagam impostos sobre o que que, apenas no papel, o Brasil dizia compram, pela moradia, pelo carro... Cadê a voz do Brasil? ter: a democracia. Reivindicaram Daqui a algum tempo, os impostos seus direitos e protestaram contra as serão cobrados pelo ar que se respira. Todos ficaram mudos, injustiças cometidas pelos seus diriO direito de voto é concedido aos decegos e surdos? gentes. zesseis anos, mas a maioria só usa o A geração passada conquistou tudo o que a atual voto quando este torna-se obrigatório, aos dezoito possui. Porém, lamenta-se a quantidade de violência, anos. corrupção e diversas injustiças que o país tropical Cadê a voz do Brasil? Todos ficaram mudos, cegos e vive. O que nos leva ao questionamento: “Onde estão surdos? Onde estão os jovens? Para onde foram toos jovens?”. dos os que reclamam nas redes sociais, mas são inVivendo a alienação deixada pelo capitalismo, que capazes de denunciar problemas realmente importanchegou ao auge a partir do século XXI, os jovens são tes para a sociedade. O mundo virtual não é o mundo egoístas ao ponto de esquecer - ou fingir não enxerreal, felizmente para alguns, ou infelizmente para ougar - os problemas sociais brasileiros. tros. Está na hora da nova geração de jovens acorTodos os dias a televisão denuncia políticos cada vez dar. Será que (mais uma vez) vai tudo acabar em mais corruptos. Será que todos os cidadãos são papizza? Por Debora Vieira lhaços, ou palhaços são os que “dizem que fazem


São Paulo, de Setembro de 2011

Política

A2

Em favor do desmatamento O novo Código Florestal foi aprovado pela Câmera dos Deputados e gerou polêmica por conta de algumas medidas que vão contra a preservação das florestas O Brasil obteve, nos últimos anos, uma redução na taxa de desmatamento, porém ela ainda é alta, se comparada a de outros países, e se concentra no território amazônico, o que prejudica, e muito, a estabilidade das espécies vegetais e animais que habitam essa região trazendo uma série de prejuízos ambientais significativos. Isto acaba tendo uma relevância e atraí a atenção da comunidade internacional, de ONGs relacionadas ao meio ambiente e também de ambientalistas.

tentável nem garantiria a proteção das florestas, causas pela as quais o Código Ambiental foi criado.

Para o governo federal, aprovar tal medida significaria tornar mais fácil os estados atribuir anistias aos agricultores que ocupam as APPs,ou seja, os proprietários dessas terras seriam isentos de qualquer multa e continuariam a utilizar tais áreas que deveriam estar sob proteção.Além disso, essa atitude não traria um desenvolvimento agropecuário sus-

acarretar e se é válido defender interesses puramente econômicos por parte dos agricultores os quais seriam os únicos beneficiados, e não dar importância alguma as leis que protegem o meio ambiente e tentam preservar o pouco de floresta que nos resta para a manutenção saudável dos ecossistemas. Por Danielle Cabral

Isso teria como conseqüência um aumento de áreas desmatadas e a isenção de punição para os causadores do desmatamento. A presidente Dilma Rousseff se pronunciou dizendo ser contra esse tipo de medida e que não a aprovaria.

Em defesa da emenda, os ruralistas dizem que os estados possuem uma visão mais próxima das áreas de seu território e por isso O país possui deveriam tomar as um Código Flodecisões. Para restal que eneles, se o governo trou em vigor no definir as APPs, ano de 1965, pequenos agricultoCharge de Larissa Yamassaki apesar de não res que estão em ser rigorosamenatividade nessas áreas serão prejute seguido e respeitado, que nada dicados. mais é uma legislação que formula Neste momento, cabe ao Senado regras para a preservação ambiental dar continuidade aos debates que em propriedades rurais. envolvem o assunto e realizar muNo entanto, no dia vinte e cinco de danças no texto. Essas medidas promaio deste ano, a Câmara dos Depostas pelas emendas estão sendo putados aprovou o texto-base da analisadas e as mudanças a serem nova Constituição Ambiental, contenefetuadas, a princípio serão: incluir do a chamada emenda 164 que ano texto punições mais rígidas para ponta mudanças polêmicas e vem praticantes de crimes ambientais sendo o motivo de discussões e di(ocupar áreas de proteção, por evergências entre o governo federal e xemplo), definir que tipos de culturas o parlamento. poderão ser executadas nas APPs e, Entre as mudanças apontadas está a as partir da decisão do governo, entrega do poder para os Estados, a manter a atividade de ribeirinhos e fim de que eles decidam quais são exigir que os pequenos proprietários as Áreas de Preservação Permanenocupantes de áreas a serem presertes (APPs), e isso tem sido um ponto vadas recomponham 20% do que foi de discussão, já que o governo não retirado da vegetação nativa. quer entregar esse poder ao âmbito O que se deve levar em conta é o estadual, pois quer tomar essa deciprejuízo ambiental que estas transsão sem interferências. formações no Código Florestal irão


São Paulo, de Setembro de 2011

Política

A3

Querem transformar o cisne em patinho feio Em meio a tantas riquezas naturais, a vontade de elites forasteiras é dividir o estado, prejudicando a economia da região e afundando o Brasil em dívidas Por motivos de ocupação histórica, o Sul e Sudes- onde tem bauxita, manganês, aço... o Vale dos te do Pará são ocupados por pessoas que não Carajás. E também geraria outros dois estados são de fato paraenses. Os habitantes desta região pobres: o Pará, a capital continuaria sendo Bemigraram, há alguns anos, a maioria por conflitos lém, e o Tapajós, cuja capital seria Marabá. Estes fundiários, e começaram a estados ficariam quase Vale mesmo a pena arriscar o país habitar e produzir nesta ásem nenhuma riqueza mirea. neral e vegetal, além do inteiro para beneficiar uma minoria A elite desta área não posque para o Pará só sobrainteresseira e egoísta? sui a mesma cultura, sotaria a área metropolitana. que e costumes que o povo Vale ressaltar também que paraense, pelo fato de ter migraa maior população ficaria com o do de outras regiões, como Minas menor estado, o Pará. Além disGerais e Goiás. so, seriam gastos em média 5 As elites dessas áreas alegam bilhões para realizar esta divique a capital (Belém) é muito dissão, e o estado não bancaria tutante, e que o governo não atua do isto, ficando dependente do como deveria, sendo incompetengoverno federal. O surreais para te e indiferente. a realidade brasileira. Estes empreendedores propuseO grande interesse destas elites ram o seguinte: desmembrar o forasteiras é que esta divisão geraPará em três estados, o próprio ria muitos cargos públicos, os Pará, Tapajós e Carajás. Mas há quais eles querem ocupar, provadivergências de opiniões, e muivelmente isto geraria mais corruptas pedras de tropeço para que ção. Vale mesmo a pena arriscar o isso aconteça. país inteiro para beneficiar uma O Pará é um estado extremamente grande, o seminoria interesseira e egoísta? Isto será decidido gundo maior do Brasil, apenas atrás do Amazoem um plebiscito. nas. Porém, com essa divisão, ficaria em 27° luEnfim, mais uma vez as elites tentam tomar conta gar. O grande problema é que este desmembrae modificar as coisas em benefício próprio. Mas, mento geraria um estado extremamente rico desta vez, a população escolhe o seu futuro: boa (Carajás, cuja capital seria Paragominas), com o sorte ao estado do Pará. lugar de maiores riquezas minerais do planeta,

Por Debora Vieira


São Paulo, de Setembro de 2011

Comportamento

B1

Geração Google Como a rede de pesquisas vem nos deixando cada vez mais preguiçosos? Há algumas décadas atrás, mesmo em meio ao início da globalização, a forma mais fácil de obter o conhecimento era através de livros e periódicos. Entretanto, o indivíduo ainda necessitava deixar o conforto de sua casa e dirigir-se à biblioteca mais próxima e lá ainda se dar ao trabalho de procurar com suas próprias mãos, em meio a livros empoeirados e espirros, o que desejava. Com o surgimento do reverenciado Google, que dispensa apresentações, o esforço anteriormente necessário caiu por terra. Atualmente, é comum ouvir frases como “Joga no Google” ou até mesmo “Não sei o significado, o Google tá aí para isso”, que exemplificam como este site trouxe conforto à vida das pessoas. A popularidade é tanta que, em novos dicionários americanos, consta o verbo oriundo “Google it”, em tradução literal, “googlar”. E como algo tão revolucionário pode trazer malefícios? Verdade é que, no início era inofensivo, porém, ao nos adaptarmos a esse estilo de vida imposto pelo Google,

a população usuária da Internet confundiu facilidade com ócio e passou a confiar exclusivamente no site, deletando da bibliografia de suas pesquisas escolares outras fontes mais seguras, como os livros. Como qualquer ferramenta, este domínio não é exceção à regra, sua utilidade limitase à busca de informações, cabe a você a aplicação disso no produto final. Além disso, como outras ferramentas, é sua responsabilidade saber como manuseá-la. Mas, como fazemos então para acessar os benefícios desse meio sem dele ficar dependente? Para isso é preciso ter habilidade para desenvolver as informações contidas nele. Nossa geração é chamada de geração Google, porém não devemos deixar que ele controle nossas vidas, e sim que seja apenas mais uma janela na nossa página inicial. Por: Aline Baldini de Oliveira Maria Clara Franco Couto Mílibi Arruda Figueiredo


São Paulo, de Setembro de 2011

Comportamento

B2

Uma teia real ou virtual? Redes sociais, o que seria do mundo moderno sem elas? A teia de relacionamentos parece ter saído do real e se tornado virtual Desde a revolução industrial, com a consolidação do capitalismo e do mundo globalizado, as pessoas buscam sempre tecnologias mais avançadas, maneiras de diminuir o tempo gasto para realizar tarefas e objetos que possam ajudá-las a fazer isto. Assim como tarefas do trabalho, notícias e até aprendizado, as relações sociais tornaram-se virtuais. O grande problema é que o avanço tecnológico tem se tornado uma pedra de tropeço quando se trata do avanço mental. Os adolescentes conhecem cada vez mais pessoas dentro do mundo virtual, constroem

amizades sem nem mesmo saber se as pessoas são perfis falsos e se essa relação virtual realmente consolidaria uma amizade verdadeira.

O Facebook é a rede social mais usada atualmente. É possível postar textos, pensamentos, fotos, vídeos, marcar eventos, jogar e ainda se relacionar com as pessoas.

No Formspring é possível fazer perguntas, inclusive anônimas, aos usuários.

O perigo: aceitar pessoas desconhecidas e, assim, elas descobrirem informações pessoais sobre o usuário.

O Twitter é a rede social em que os usuários podem postar o que acontece, e a página atualiza a todo momento com novas postagens. O perigo: postar coisas indevidas e o vício, já que a rede é atualizada a todo momento, o que faz com que a pessoa queira estar nela para ver todas as atualizações.

O grande problema é que há muito mais perigos do que todos pensam, principalmente por serem exibidas informações pessoais que colocam em risco a segurança do usuário da rede social. As redes sociais mais utilizadas atualmente são:

O perigo: a falta de bom senso do usuário em responder perguntas que invadem a sua vida real, colocando em risco a sua segurança.

O Tumblr é como um blog, mais usada por adolescentes. São postados textos de humor, drama ou situações do dia-a-dia. O perigo: Deixar se influenciar por esta rede e começar a agir como o que é postado lá. O vício também é um problema, deve-se controlar o uso para evitá-lo.

Por Débora Vieira


São Paulo, de Setembro de 2011

Comportamento

B3

O sentimento bipolar, quem será ele afinal? Por hora tempestade, por outra calmaria... quem será capaz de decifrar esse sentimento que gera um turbilhão de emoções? Quatro letras e uma complexidade inestimável. Era uma vez uma sociedade repleta de ilusões, os invertidos? Talvez eles tenham se perdido totalmente. cidadãos dela costumavam idealizar dePessoas corajosas o suficiente para iludir mais o que estaria por acontecer, e tamseus próprios cérebros com idealizações Desde os contos de bém esperavam que as coisas aconteces- fadas até as expectati- impossíveis de se tornarem concretas, e sem automaticamente, sem tomar atituestes mesmos são covardes por não envas para o dia seguindes. Essa sociedade acreditava num amor frentarem o amor do jeito que ele é, como pra vida toda, mas raramente o encontra- te ao primeiro encon- uma construção, cada tijolo de uma vez, tro, as pessoas deram. Acreditavam em uma vida perfeita, uma parte por dia. monstram que só o mas nunca foram capazes de vivê-la... E diante das dificuldades, será que vale que evolui é a tecnoQue sociedade seria esta? A sociedade mesmo a pena? Valer a pena... um termo logia. que todos vivem, e também a que os mais tão vago, assim como talvez amar seja vavelhos viveram, e, provavelmente, a que a go, um vazio profundo que preenche, prepróxima geração viverá: a sociedade que enche e faz transbordar. O amor é o senticoloca todas as suas apostas no amor. mento mais descompromissado, vem asDesde os contos de fadas até as expectativas para o sim, desavisado, e invade sem pedir licença. Amar é o dia seguinte ao primeiro encontro, as pessoas demonsápice da incerteza, porque hoje o que é desejo, amatram que só o que evolui é a tecnologia, nhã pode repelir., pois um passo poporque as mentes continuam pequenas, de mudar os rumos de uma caminhaCuriosidade! e os corações cada vez mais vazios. da inteira. Aqueles que dizem já ter superado o Por mais que amor seja incerto, immachismo, são os mesmos que ligam Sobre a história das alianças: O previsível e inconsequente, quem para as mulheres, porque estas não se costume de usar alianças era aguenta viver sem ele? Sem este dão ao trabalho de fazer uma ligação. E, apenas das mulheres e originou- sentimento, não teríamos os maiores por sua vez, aquelas que já se dizem se na Grécia e Roma. Passou a clássicos da literatura, como “Romeu independentes, são as mesmas que só ser usada pelos homens na Se- e Julieta”, ou sonetos tão brilhantes, se sentem seguras quando colocam um gunda Guerra Mundial, pois eles como o de Camões, “Amor é fogo anel simbólico no dedo, chamado de levavam as alianças para lembrar que arde sem se ver”, ou também os das mulheres quando estavam inspiradores textos bíblicos, como aliança. As mulheres que lutaram tanto por sua distantes delas. Coríntios 13. “independência financeira” são as mesPor mais que existam críticas sobre o mas que se tornam dependentes choamor, e pessoas que não saibam rando dias e dias por quem não se imlidar com ele, ninguém vive sem o portou em recusá-las. mesmo. Mas é preciso ter cuidado para não superestiPorém, este machismo pode ter sido “superado” da mar uma relação, porque nem sempre o “Era uma vez” seguinte forma: cada vez mais o sexo feminino tornatermina com “Felizes para sempre” . se cafajeste, e, proporcionalmente, mais homens soPor Debora Vieira frendo por mulheres sem escrúpulos. Os valores estão


São Paulo, de Setembro de 2011

Comportamento

B4

Álcool: droga que conduz a juventude Jovens consomem, cada vez mais precocemente, bebidas alcoólicas em busca de diversão, prazer e auto-afirmação Nem sempre é fácil alcançarmos a tão desejada popularidade e nos destacarmos em nosso ciclo de amigos. Para se tornarem mais desinibidas, e, muitas vezes, para não serem rejeitadas, os jovens buscam por algo que as deixem mais extrovertidas. É nesse momento que o álcool cruza suas vidas. O álcool, ao menos na maioria das vezes, passa a ser consumido durante a adolescência como um meio para que as pessoas fiquem mais relaxadas e se sintam mais livres. Mas como estabelecer um limite entre o “beber para se divertir”, isto é, sem prejudicar a si mesmo e ao próximo, e o “beber descontrolado”, o qual ocorre quando uma pessoa se excede, e perde o controle de seus atos? A diversão e a espontaneidade no modo de agir não estão necessariamente vinculadas ao consumo de bebidas alcoólicas, embora os jovens façam esta associação e bebam cada vez mais cedo. Essa tendência de consumir tal substância psicoativa precocemente acaba por incitar o alcoolismo, doença crônica que torna dependente um em cada dez usuários de álcool no Brasil, segundo uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A ideologia do jovem que se propagou entre várias gerações, “aproveite o momento ao máximo”, dá a eles um forte sentimento de onipotência e de que nada é capaz de atingi-los. A busca pelo prazer e pela diversão faz com que eles se esqueçam dos riscos e perigos aos quais estão submetidos quando bebem. Os esquecimentos, ou o popular blackout alcoólico, por exemplo, que acometem as pessoas quando estas abusam de bebidas com alto teor alcoólico, consistem numa amnésia induzida que faz o indivíduo perder a memória dos eventos que ocorreram durante a embriaguez. Logo, a festa que

As razões do consumo do álcool ser moderado e repensado

Esquecimento- A ingestão frequente de bebidas alcoólicas induz ao esquecimento. Imprudência- Um grande número de acidentes e mortes são causados por indivíduos que estão alcoolizados. Propensão ao vício- O uso exacerbado de álcool, a longo prazo, pode provocar um quadro de dependência. Abalo da vida social, intelectual e afetiva- Por afetar o sistema nervoso central, o exagero desta droga resulta em alterações comportamentais e psicológicas. tinha tudo para ser descontraída e animada torna-se um breu, uma lacuna vazia na lembrança deles. Beber não isenta ninguém de responsabilidades, muito pelo contrário. A bebida, ao mesmo tempo em que pode nos trazer uma sensação de popularidade e bem -estar, também, quando em circunstâncias abusivas, pode ser nociva e representar uma porta aberta ao vício e aos recorrentes blackouts. Dayse Luana Bicalho Tussi Danielle Cabral Araújo

Lei proíbe venda de bebidas para menores de 18 anos Existe uma lei prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos. O ECA classifica como criminosa a conduta de quem vende, fornece, ministra ou entrega à criança ou adolescente, produtos que contenham álcool ou qualquer outra substância que causa dependência psíquica e física.


São Paulo, de Setembro de 2011

Comportamento

O álcool é um enorme terror e pesadelo, e o desenho planeja ilustrar esse sentimento com a mesma forma repugnante em que aparece em minha mente. Porém, ele também inclui o pensamento do jovem da atualidade que está em dúvida quanto ao assunto. Podemos assim classificá-lo como uma moeda de duas faces diferentes que possuem o mesmo valor. A personagem em primeiro plano é um jovem qualquer, representando todos os adolescentes em dúvida. Ele observa seus amigos em uma festa, se divertindo e consumindo álcool. Eles parecem felizes, e o jovem em questão também busca essa felicidade. A continuação da interpretação agora se divide em duas hipóteses. Uma delas é que o garoto está abandonando sua juventude, representada pelos livros, para se juntar aos seus amigos, colocar sua máscara, beber com eles e, assim, compartilhar de sua felicidade. Outra é que ele hesita e foge da tentação de beber, ti-

B5

rando a máscara e segurando sua juventude em seu alcance, ao mesmo tempo em que, aterrorizado, assiste seus amigos caírem na desilusão de uma falsa felicidade. Em ambos os jeitos de ler a imagem, a máscara branca representa a desinibição. Ela mostra um sorriso artificial, mas não revela a verdadeira expressão daquele que a usa, fazendo assim uma referência ao efeito do álcool que deixa o consumidor mais espontâneo apesar de que essa pode não ser sua verdadeira natureza. Além disso, elas são todas iguais e assustadoras. Aquele que a usa se torna só mais um no grupo de alienados, mas a perda da individualidade pode ser uma maneira encontrada por ele para se adaptar ao grupo de forma fácil e sem medo de ser repreendido. Nela está contido todo o terror que o jovem iludido guarda em seu coração até que seja tarde demais. Texto e ilustração de Victória Peixe Oliveira


São Paulo, de Setembro de 2011

Tendência

C1

Intercâmbio Como escolher se vale a pena, o lugar, o tipo de curso ou a duração nesse tipo de viagem, que vem crescendo muito entre jovens brasileiros? Os jovens, desde sempre, sonham em ser independenresposta varia muito e depende de suas intenções, o tes. Para isso, muitos deles, especialmente nos dias período a passar no exterior, seu país de preferência, a atuais, decidem sair de casa, do seu estado e do seu parte financeira entre outros. O importante é, antes de país para experimentar uma cultura completamente difetudo, saber que o sucesso ou não de sua viagem derente: essa alternativa é o intercâmbio. penderá de você mesmo: como muitos dizem, a pessoa Por definição, intercâmbio é uma troca, faz o intercâmbio. relação de estado para estado. Esta Ao voltar para seu país, o interAlém disso, é preciso saber que cambista traz em sua bagagem, definição, porém, não consegue abarcar ele será repleto de dificuldades, e que os sentimentos, as decisões e as mu- além de novas amizades, novos você terá que enfrentá-las sozinho. Anaprendizados e um passaporte danças que essa experiência oferece. tes, portanto, de tomar uma decisão, é carimbado, uma maturidade pro- preciso que o estudante tenha a certeza Deixar sua casa, sua família e tudo o que você conhece para experimentar veniente daquilo que ele enfren- de que ele está disposto a passar por tou durante a sua jornada. um mundo completamente novo é um essas dificuldades, que irão trazer para desafio muito grande e que pode ser ele um grande crescimento. desencorajador para muitos. Porém, cada vez mais braÉ aqui que entra o maior resultado dessa experiência: sileiros estão decidindo passar um tempo fora de seu a maturidade adquirida. Ao voltar para seu país, o interpaís. Só no ano passado, 170 mil brasileiros foram estucambista traz em sua bagagem, além de novas amizadar no exterior. des, novos aprendizados e o passaporte carimbado: Quais são os motivos que levam tantos jovens a quereuma maturidade proveniente daquilo que ele enfrentou rem viver essa experiência? A lista é longa, além da durante sua jornada. Ele traz a certeza de que tudo aindependência, eles também procuram contato com noquilo que passou valeu a pena e fez dele uma pessoa vas culturas, a fluência em um segundo idioma e a viamelhor, intelectualmente e profissionalmente: um cidagem em si. As opções para aqueles que procuram esta dão mais capaz de viver em nosso mundo, em nosso experiência são muitas, e todas elas, mesmo com as cotidiano, e, acima de tudo, uma pessoa que tem a suas diferenças, trazem ao jovem o que ele estava promente aberta e que, por necessidade ou por opção, acurando. prendeu a conviver em sociedade, respeitando as diverMas qual seria, então, o melhor curso a escolher? A sidades culturais e, inclusive, admirando-as.

“É assustador!” Rachel Loschiavo, aluna do Colégio Santana, foi, no final de julho passado, para Moreauville, no estado da Louisiana, nos Estados Unidos, e conta sua experiência ao Jornal CSI – Colégio Santana Informa: “É assustador! No começo, você se arrepende MUITO, pensa 'o que eu estou fazendo aqui?' e quer voltar, mas quando você começa a pegar o jeito da coisa, a se acostumar com as pessoas, você vai ficando melhor e vê que isso aqui não é a sua vida, é só uma partizinha que você tem que aproveitar ao máximo. Eu não fui destinada a uma cidade nem a uma escola muito boas, mas o lema de todo intercambista deveria ser 'se tem um limão, faça uma limonada', já que eu estou aqui, eu tento aproveitar tudo ao MÁXIMO pra não me arrepender quando eu voltar.” Foto: Rachel Loschiavo, em sala de aula, na cidade de Moreauville.


São Paulo, de Setembro de 2011

Tendência

C2

“Mudei muito, até digo que abri minha mente" Fernando Dib é aluno do 3˚ Médio e passou o ano de 2010 no México, em um projeto de intercâmbio sobre o qual fala ao Jornal CSI. “Diferentemente da maioria dos brasileiros, que preferem países voltados à língua inglesa, eu optei pelo México por ser um país cujo idioma é o espanhol e também pela maravilhosa cultura que tem. Vivi um ano lá, em duas famílias, confesso que mal senti saudades do Brasil. A realidade é totalmente outra, desde a alimentação até a forma de viver. O colégio em que estudei é considerado uma das melhores, se não a melhor escola do México (Tecnológico de Monterrey), cujo ensino, se comparado ao do Brasil, já está muito avançado. Possuem um programa de estudo Bilingue e/ou Multicultural, são aulas do tipo: Química, Matemática, Negócios, Ciências... Normais, mas são aulas dadas em Inglês e Francês, uma em Mandarim. Hoje falo três línguas (um pouco de francês também, mas não conta), quero mais, quero aprender Italiano. Tenho amigos em toda parte do mundo, qualquer país em que eu for, terei uma casa para me receber, assim como eles têm aqui em São Paulo. Eu morei na fronteira dos EUA, o que é uma experiência muito agradável também. Toda semana eu ia para o Texas e até ficava semanas por lá. Viajei por todo o Sul dos Estados Unidos, conheci

lugares como Hollywood, San Diego, Los Angeles, Las Vegas, Phoenix, Dallas, Grand Canyon e conheço o México praticamente por inteiro. O país tem muita história e cultura, mas, infelizmente, por questões financeiras ,não há mais o quíntuplo de pirâmides e cidades históricas a conhecer. Minha experiência foi simplesmente sensacional, repetiria mil vezes se possível. Cada dia era uma história nova para contar, um fato novo. Desde o primeiro dia eu era independente, não dependia de ninguém pra me ajudar, tive de aprender a resolver meus próprios problemas. Mudei muito, até digo que "abri minha mente", com certeza para o lado positivo. Não foi fácil, um ano não é pouca coisa, mas todo o esforço foi, é e será recompensado. Ainda vou ganhar muito na vida por isso. “

Por Maria Clara Couto


São Paulo, de Setembro de 2011

Tendência

C3

Moda ao alcance das mãos O que as chinesas de 3000 a.C tem em comum com a internacional Chanel?

Apesar do sucesso em escala mundial, dos efeitos maravilha que aparecem nas prateleiras e de sua influência até na alta moda, o esmalte é peça vintage. Se hoje você está usando o seu vermelho básico ou o último lançamento em tom de azul bebê, agradeça às chinesas de 3000 a.C. Mas muito mudou desde então. O que hoje parece somente um ato de vaidade e estilo, naquela época indicava sua posição social. No Egito, por exemplo, seu vermelho básico era a cor exclusiva de Cleópatra. A mulher que, por um infeliz acaso, resolvesse ousar numa festa qualquer, copiando a rainha, poderia ser encontrada morta no dia seguinte. Apesar das coleções normalmente seguirem a regra das roupas: tons escuros são garantia de sucesso no inverno e tons vibrantes típicos do verão,

Hoje, além de podermos andar tranquilamente com a cor que escolhermos, temos outros benefícios no quesito unhas. O conteúdo de nossos vidrinhos é semelhante à pintura de carros, o que confere uma melhor e mais duradoura cobertura , enquanto os primeiros levavam até clara de ovo e gelatina em sua composição. As cores presentes nas mãos

das modelos é o fator mais recente envolvendo os pigmentos. Começou com a empresa americana Revlon, lançando seus vernizes dos mesmos tons de seus batons, criando uma tendência.

Fonte: Google Imagens

Passou por Hollywood, quando a atriz Pola Negri protagonizou à primeira aparição das unhas pintadas nas telas e finalmente alcançou Chanel. O desejado Black Satin, lançado entre 2006 e 2007, é o primeiro esmalte da empresa e, coincidentemente, o primeiro pertencente à alta moda. O preto acetinado, cuidadosamente inspirado nas fitas e laços muito utilizados por Coco Chanel, iniciou uma nova era. Á partir daí, as pequenas tintas não são mais meros detalhes; são verdadeiros acessórios. O vidrinho também abriu portas às consumidoras que sonhavam com artigos da grande marca. Os R$92 (preço médio atual) cobrados pela unidade estão longe dos milhares de reais cobrados por qualquer

outra peça. A última revolução proporcionada pelos 13 mL do Black Satin é a criatividade: novas cores, algumas até baseadas em personagens famosas ou em épocas memoráveis, os efeitos mágicos, como o metalizado e o fosco e formas inusitadas de decoração, que variam entre uma francesinha chamativa até a aplicação de rendas. Tudo isso renovado á cada estação. Apesar das coleções normalmente seguirem a regra das roupas: tons escuros são garantia de sucesso no inverno e tons vibrantes típicos do verão, na última Semana de Moda das Unhas (Nails Fashion Week), os degradês e a presença de dois pigmentos distintos dividindo o mesmo espaço, inclusive em tons fechados receberam grande destaque. Mas isso não significa que você deve obedecer à tendência à risca, afinal, esmaltes são bem liberais; uma espécie de coringa. Eles não demandam combinações com a roupa utilizada, porém não é inválida a combinação. Que tal pintar as unhas de acordo com seu humor? Misturar o que você já tem pode gerar produtos inéditos. As possibilidades oferecidas pelo verniz são quase tão ricas quanto sua história. Por Milibi Arruda


São Paulo, de Setembro de 2011

Esportes

D1

Brasil: país de um único esporte Já percebeu que o único esporte que tem o incentivo e o reconhecimento merecido aqui é o futebol? Verdade é que os canais abertos só falam desse esporte, ou seja, se você quiser ver jogos de tênis, basquete entre outros é obrigado a assinar o canal fechado.

Deveríamos ter uma mente mais aberta em relação aos esportes, porque existe uma grande diversidade deles, alguns que nem sequer ouvimos falar, como por exemplo, o badminton, que teve origem na Grécia Antiga e depois foi chamado de “poona”, quando surgiu na Índia e finalmente só foi batizado com o nome atual quando oficiais ingleses o levaram para Badminton (Inglaterra). E, além disso, atualmente existe a Confederação Brasileira de Badminton, que jogou no último Pan Americano (2007), mas não foi muito divulgado, por isso, boa parte da população desconhece esse esporte e seus praticantes. Existem também outros esportes que são jogados para escanteio pela nossa alienação, por exemplo, o rúgbi que chegou ao Brasil no século retrasado e começou a ser jogado regularmente em 1925, no Campo dos Ingleses, do São Paulo Athletic Club, em Pirituba, São Paulo. E para organizar e espalhar o esporte no país, a União de Rugby do Brasil foi fundada em 6 de outubro de 1963, em São Paulo. A entidade foi substituída em 20 de dezembro de 1972 pela Associação Brasileira de Rúgbi, reconhecida pelo Conselho Nacional de Desportos (CND). Além desses temos a esgrima, que é um dos esportes mais curiosos, pois a sua origem vem da pré-história, quando o homem usou pela primeira vez um pedaço de madeira para se defender ou atacar e assim garantir a sua sobrevivência. Mas essa modalidade só se tornou esporte de competição em 1874, quando surgiu a primeira escola americana de esgrima. E está presente no programa olímpico desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos Modernos, em 1896, disputados em Atenas, na Grécia. Já aqui no Brasil temos a União Brasileira de Esgrima, que se filia à Federação Internacional de Esgri-

ma, e, em 1936, o Brasil participou dos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1937, o Exército criou o Curso de Mestre d'Armas, único do Brasil e em funcionamento até hoje. Com isso, os atletas praticantes desses esportes, sem o nosso apoio e sem a nossa torcida, muitas vezes, não conseguem patrocínio necessário e a maioria acaba indo se profissionalizar no exterior, o que é uma vergonha para nós porque esses atletas estão nos representando nas olimpíadas, vestindo a camisa verde e amarela com orgulho e com vontade de representar o nosso país. Mesmo assim , muitos acabam nem dando a mínima para isso, pois só querem saber de futebol, futebol, futebol e futebol, mas esse esporte não o único que existe. Por Aline Baldini Esporte

Número de praticantes

1º. Futebol

30,4 milhões

2º. Vôlei

15,3 milhões

3º. Tênis de Mesa

12 milhões

4º. Natação

11 milhões

5º. Futsal 6º. Capoeira

10,7 milhões 6 milhões

7º. Skate

2,7 milhões

8º. Surf

2,4 milhões

9º. Judô

2,2 milhões

10º. Atletismo

2,1 milhões

Ranking dos esporte mais praticados no país.


São Paulo, de Setembro de 2011

Educação

D2

Como o ENEM será utilizado pelas universidades? Embora a realização do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) seja opcional para os estudantes, uma boa nota no exame pode acrescentar pontos em alguns vestibulares, ou ainda, funcionar como fase única para o ingresso no curso superior. Por Dayse Luana Bicalho Tussi

Universidades Públicas Universidade de São Paulo (USP)

Descartará o uso das notas do Enem 2011 em seu processo seletivo, devido à incompatibilidade de calendário entre a prova da FUVEST e o ENEM.

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Se as notas do Enem forem disponibilizadas até o dia 15 de janeiro de 2012 pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), elas serão utilizadas no cálculo das notas finais dos candidatos, após a segunda fase. Caso contrário, as notas do exame serão desconsideradas.

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Para alguns cursos, o ingresso será exclusivamente pelo SISU; para outros, o Enem será usado como primeira fase.

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) FATECS

Utiliza o Enem por meio do Sisu. Utilizarão a nota do Enem como bonificação para o vestibular 2012

Quando o ENEM é obrigatório? Para os estudantes que desejam se candidatar às bolsas de estudos do Prouni (Programa Universidade para Todos) e se inscrever no SISU (Sistema de Seleção Unificada), a realização do exame é obrigatória. A nota do Enem é também um requisito para a solicitação do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).


São Paulo, de Setembro de 2011

Educação em Debate

D3

“Entenda por que não estou a fim, mãe!" Opinião de um estudante sobre a educação atual , em que não há diálogo entre a vida e o conhecimento lecionado nas escolas Leis de Newton, pH, composição do s o - adores, e o mais importante, recriadores de conhecimento-útil. lo,estequiometria,seno,cosseno,”consono‟,reino,filo,classe,orde Somos muito mais do que copistas e acumuladores! Cansei do m, orações coordenadas, „descoordenadas‟... caminho „lousa-caderno-prova-FUVEST‟! Há mais de dez anos da minha vida sou bombardeado por in- Como desejam que o aluno tenha interesse em determinada formações inúteis, ou como os professores gostam de dizer, matéria, se a mesma, não possui sentido na vida pratica do conhecimento. Conhecimento que nunca foi capaz de me aju- estudante? dar a dialogar com o mundo, que nunca me fez Saber o ciclo de reprodução dos vírus, a que “Cansei do caminho crescer como pessoa,que nunca deu orientavelocidade o bloco maciço atingirá o chão ou „lousa-caderno-prova- quais os principais poetas do Parnasianismo, ção a um jovem confuso, que me afastou da simplicidade da vida. Contudo, essa concepcaracterizam o conhecimento-inútil,o conheciFUVEST‟ ‟‟ ção de aprendizado é abraçada e incentivada mento sem necessidade. por professores, pais educadores, e, infelizmente, por muitos E dizer que o vestibular é uma necessidade se torna cabível estudantes, que vêem em uma nota dez, um bom aluno. unicamente aos alunos já conformados. Mas não os culpo por isso, eles são apenas vítimas de todo um Não digo que devemos negar o conhecimento, pois sem o prósistema educacional falho e atrasado, que não mais compreen- prio, nos tornaríamos pessoas facilmente manipuláveis; devede, ou talvez nunca tenha compreendido de fato, o estudante. mos é encontrar uma forma de torná-lo útil. E que o façamos Será que todo esse sofrimento e angústia que acumulamos na de imediato! escola, por não termos afeição,e, muito menos, aptidão, Por quanto tempo mais a escola será fabricadora de robôs que para determinadas matérias é necessário? Será que a escola, apenas, teoricamente, pensam por eles mesmos? Por quanto como instituição, precisa sempre carregar a imagem de empe- tempo mais, nós,alunos, seremos obrigados a enfiar goela cilho na vida dos que a frequentam? abaixo um monte de blá-blá-blá non-sense, simplesmente para A escola, como formadora de pessoas, não deveria impulsionar ter que assinalar uma quantidade razoável de ‘Xs’? Por quanto a criação de conhecimento, ao invés de formar reprodutores do tempo mais? Será esse texto mais um grito para surdos? Só mesmo? nos resta a esperança de duvidar. „Formar‟ gravadores humanos, é simples, e como é de se esperar, não dá trabalho. Complicado é formar pensadores, apropriPor Cadu Cardoso

“A Escola não deve ser vista como uma tortura” Escola é um lugar de crescimento pessoal, profissional e social. Por que os alunos, então, a uma “tortura”?

veem como

Ao ouvir o termo “escola”, a grande maioria dos alunos faz a O conhecimento que adquirimos na escola durante os anos associação com “chato”, “inútil” ou “tedioso”. É comum ob- que passamos nela é de extrema importância: todo o conheciservar essa aversão total ao estudo, e as explicações do por mento adquirido por um estudante durante os anos que ele que são muitas: ao não ver sentido naquilo que está estudanpassa na escola tem lugar na vida do mesmo, direta ou indiredo, ou, ao não gostar da matéria, ou ainda, por preferir estar tamente. Um matemático, por exemplo, poderá não usar seu em sua cama dormindo, o aluno se afasta cada dia mais do conhecimento sobre a Guerra dos 6 Dias em sua profissão estudo, criando uma barreira a tudo remotamente relacionado diariamente, mas o usará para entender o que a escola. Ela, porém, tem papel fundamental “É nesse ambiente está ocorrendo no Oriente Médio; ele talvez não em todos os aspectos da vida de um estudante, sendo, portanto, não somente útil, como tamescolar que nossa utilize seu conhecimento sobre a força centrípeta em seu trabalho, porém o usará para saber porbém essencial. Desde pequenos, fomos criados dentro do am- personalidade surge e que deve-se tomar cuidado ao dirigir em um dia biente escolar: lá, aprendemos a agir e trabaganha forma (...)” chuvoso. O aprendizado adquirido na escola não lhar em um grupo, a respeitar os outros e a condeve ser, portanto, minimizado ou ridicularizado, viver em um meio social. Ao desenvolvermos trabalhos em pois tem suma importância na vida dos jovens. grupos, aprendemos a ouvir os outros, criando respeito, e ao Por que então o estudante não vê a importância do estudo em estarmos em uma sala com muitas pessoas, aprendemos a suas vidas? A escola tem sim um grande papel na vida dos respeitar as diferenças. jovens, e ela deve ser um instrumento de crescimento social, É nesse ambiente escolar que nossa personalidade surge e profissional e intelectual na vida dos mesmos. Ela não deve ganha forma, e é também aí que descobrimos quem realmenser vista como uma tortura, mas como uma porta para o futute somos, para, depois, decidirmos quem querermos ser no ro, e, acima de tudo, como um instrumento de crescimento futuro. Afinal, como você poderá saber que tem mais aptidão pessoal; afinal, é nela que decidimos o nosso futuro, que criapara a matemática, quando nunca teve contato com ela? É mos nossa personalidade e que aprendemos coisas essenciimportante, então, que os jovens participem desse ambiente, para poderem descobrir aptidões e se tornarem profissionais ais para o nosso futuro. conscientes de que o caminho que escolheram foi o melhor Por Maria Clara Franco Couto possível.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.