Mercosur fevereiro

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Cadê a pujança econômica dos EUA?

Esta favela não é no Rio de Janeiro nem em algum país asiático ou latino-americano: é nos EUA, na decadente cidade de Detroit. Nos últimos tempos, os urubólogos da mídia fizeram um esforço lascado para difundir a ideia de que a crise econômica só existia no Brasil - por única e exclusiva culpa do governo lulopetista de Dilma Rousseff. O restante do mundo estaria em plena recuperação, em especial os EUA - que as mentes colonizadas, com complexo de vira-lata, idolatram no altar do "deus-mercado". Por Altamiro Borges* Na semana passada, porém, o governo ianque divulgou os dados sobre o crescimento econômico no "paraíso capitalista". Eles confirmam o que todo mundo já sabia - menos os midiotas manipulados pela imprensa rentista. No quarto trimestre do ano passado, o "pujante" PIB dos EUA cresceu magníficos 0,7%. Um pibão! A notícia frustrante para os detratores do Brasil não ganhou as man-

chetes dos jornalões e nem virou destaque na tevê. Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, entre outros urubólogos, não fizeram autocrítica das suas análises equivocadas e tendenciosas sobre a inexorável retomada ianque. Para os analistas econômicos mais sérios, menos partidarizados, a perda

de fôlego da economia dos EUA já era previsível em decorrência da desaceleração dos mercados externos, dos baixos investimentos do Estado e do setor privado, da retração das exportações e da queda dos preços das commodities. Em artigo publicado na revista

CartaCapital, intitulado "A crise dentro da crise", o jornalista Carlos Drummond apresentou vários dados que revelam a paralisia no coração do capitalismo. "A situação dos EUA estaria muito pior do que o Federal Reserve pensa... A austeridade fiscal, a valorização do dólar e a má distribuição de renda vão descarrilar a economia dos EUA, alerta o Instituto Levy de Economia. Algumas das fragilidades do sistema financeiro evidenciadas em 2008 parecem persistir". Como afirma o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, este quadro "questiona a avaliação predominante no Brasil de que a crise era chinesa e a economia dos Estados Unidos estava se recuperando". * É jornalista, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).


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Forças sírias libertam várias vilas nos subúrbios de Aleppo

Exército sírio e as Forças da Defesa Nacional alcançaram mais algumas vitórias sobre os islamistas em várias províncias, inclusive Latakia e Aleppo, nas últimas 24 horas, informou a mídia. Na terça-feira as tropas sírias conseguiram tomar duas vilas estratégicas – Doweir al-Zaytun e Tell JaLibin perto de cidade de Paschkoa, na província de Aleppo, enquanto outras unidades do Exército retomaram montanhaschave na região de Latakia, que faz fronteira com a Turquia. “O objetivo principal desta fase [da luta] consiste em bloquear a parte no-

roeste da província de Latakia e criar a linha de frente na cidade estratégica de Jisr al-Shughour”, informou a agência noticiosa iraniana FARS, citando fontes militares. Em Aleppo o Exército cortou duas rotas de abastecimento do Daesh. Para além disso, na terça-feira, o Exército sírio continuou a sua ofensiva contra militantes em várias províncias sírias, inclusive Damasco, Homs, Deir ez-Zor e Quneitra, onde dezenas de terroristas foram mortos e muitos mais ficaram feridos. Na província meridional de Sweida, caças sírios apoiados pela Força

Aeroespacial russa, bombardearam uma coluna de caminhões-tanque de petróleo na parte sudeste da vila de Shaef, disse a fonte, acrescentando que a maioria de caminhões-tanque foi destruída, tendo os militantes do Daesh que acompanhavam a coluna sido eliminados. Desde 30 de setembro, a Rússia, por solicitação do presidente Bashar Assad, iniciou ataques aéreos pontuais às instalações do Estado Islâmico na síria, utilizando caças-bombardeiros

Su-25, bombardeiros Su-24M e Su-34. Em suas missões, essas aeronaves recebem a cobertura de caças do tipo Su30SM. Em meados de novembro, a Rússia enviou para a região a sua aviação estratégica, cujos expoentes são as aeronaves Tu-160, Tu95MS e Tu22M3. Em 1 de fevereiro, o Ministério da Defesa russo afirmou que dos combates na Síria começaram a participar os novíssimos caças polivalentes Su-35S. Sputniknews


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Orçamento do Pentágono está voltado para a guerra com a Rússia e a China Apresentando uma prévia de $ 583 bilhões de orçamento do Pentágono, o secretário da Defesa norte-americano Ashton Carter ressaltou que os militares americanos estão mudando seu foco para a guerra contra a Rússia e China ao mesmo tempo que aumenta as intervenções em curso no Oriente Médio. Falando perante o Clube Econômico de Washington ontem de manhã, Carter disse que o orçamento gigantesco para o ano fiscal 2017, que deve ser apresentado na próxima semana, havia sido preparado para enfrentar o que chamou de “uma nova era estratégica.” O impulso do discurso de Carter, entregue na cadência seco de um tecnocrata de longa data no campo de destruição em massa, foi a de que o imperialismo dos EUA se prepara para uma nova guerra mundial. A maior mudança única no orçamento é a quadruplicação do financiamento para a chamada Iniciativa Reassurance Europeia, que está sendo aumentado de $ 789 milhões para US $ 3,4 bilhões. Esta iniciativa foi introduzida pela administração Obama, na sequência da crise provocada na Ucrânia há dois anos, quando os EUA e a Alemanha orquestraram um golpe liderado por forças neofascistas que derrubou o governo de Moscou-alinhados do presidente Viktor Yanukovych. Em setembro de 2014, Obama, falando na capital da Estónia, Tallinn, prometeu defesa militar às três ex-repúblicas bálticas soviéticos, prometendo que esta promessa foi “firme” e “eterno” e que incluem “botas americanas no terreno. ” De acordo com um relatório publicado terça-feira no New YorkTimes, o aumento do financiamento será usado para garantir que os EUA e a NATO manter uma brigada de combate blindado completa em todos os momentos na fronteira ocidental da Rússia, juntamente com a implantação para a frente de armas e material militar em Estónia, Letónia e Lituânia, bem como em outros países da Europa Oriental, como a Hungria e a Roménia. O Times citou um funcionário do Pentágono, dizendo que o que estava sendo preparado era um “calcanhar para os dedos” presença de tropas de rotação na região, o que significa que as unidades de combate seriam continuamente implantadas. Essa tática provocativa e irresponsável é projetada para escapar a um acordo de 1997 com Moscou conhecida como a OTAN-Rússia Ato Fundador, em que ambos os lados não coloquem grande número de tropas nas fronteiras de cada um. Os EUA, Carter insistiu, deve ter a capacidade para contrariar a Rússia “wideteatro”, o que significa que deve manter forças capazes de atacar a Rússia sempre que lhe aprouver.

O dinheiro para essa escalada anti-russa deve ser tomada a partir da conta de Operações de contingência no exterior, o fundo de combate que pagou US guerras e ocupações no Iraque e no Afeganistão. Embora do ponto de vista contabilístico se destina a contornar limites de gastos no orçamento regular do Pentágono, que também sinaliza que o que está envolvido é a preparação ativa para um confronto militar entre as duas maiores potências nucleares do mundo. Incluído na proposta de orçamento são os planos para um acúmulo substancial de arsenal nuclear guerra do imperialismo norte-americano. Ele chama para a atribuição de $ 13 bilhões ao longo dos próximos cinco anos para desenvolver e produzir uma frota de novos submarinos armados com mísseis balísticos nucleares. Fontes do Pentágono disseram que também prevê um novo bombardeiro da Força Aérea, bem como nova geração de armado nucleares e mísseis balísticos intercontinentais baseados em terra. Proposta de orçamento do Pentágono enfatiza o desenvolvimento de poder de fogo naval, com o objetivo de escalada da administração Obama “pivot para a Ásia”, que tem visto cada vez mais operações militares provocatórias dos EUA no Mar da China Meridional. “Estamos a fazer todos estes investimentos que você vê em nosso orçamento de defesa que são especificamente orientadas para verificar o desenvolvimento do militar chi-

nês”, disse Carter. A pretensão de que o financiamento do vasto aparato militar dos Estados Unidos é impulsionada pela necessidade de manter-se com o crescimento do poderio militar chinês ou russo é um absurdo em sua cara. Gastos militares ano passado foi maior do que a dos próximos sete maiores potências combinadas. Ele passou quase três vezes mais do que China e cerca de sete vezes mais do que a Rússia. Carter listou cinco “desafios” que ele disse que o orçamento do Pentágono deve procurar contrariar. No topo da lista foram a Rússia e a China, seguida pela Coreia do Norte e Irã. Morto passado foram as intervenções em curso dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS), que foi confundida com a chamada guerra contra o terrorismo em geral, que há quase 15 anos foi apresentado ao povo americano como a justificação para a crescimento ininterrupto do militarismo americano. No entanto, o orçamento do Pentágono prevê um aumento substancial do financiamento nesta área também. Totalizando US $ 7,5 bilhões, que inclui US $ 1,8 bilhão para pagar por 45.000 bombas e foguetes necessários para repor o estoque que foi esgotado pelos ataques aéreos contínuos no Iraque, na Síria e no Afeganistão. O secretário de Defesa dos Estados Unidos enfatizou que a mudança na estratégia foi baseada em um “retorno à

grande concorrência de energia.” Isso exigiu os militares dos EUA para se preparar para enfrentar “um inimigo highend” com o “espectro total” do poder armado. Esta situação, acrescentou, foi “drasticamente diferente do que nos últimos 25 anos”, referindo-se ao período desde a dissolução da burocracia stalinista de Moscou da União Soviética. Carter insistiu que “a América é ainda hoje o líder mundial” e do “underwriter de estabilidade e segurança em todas as regiões em todo o mundo, como temos sido desde a Segunda Guerra Mundial”. Os militares dos EUA, disse ele, tem que se preparar para o confronto com aqueles “que vêem o domínio da América e querem tirar isso de nós … no futuro isso não podemos operar de forma eficaz em todo o mundo.” A missão explicitada pelo secretário de defesa dos EUA é essencialmente uma luta militar para impor o controle americano sobre todos os cantos do planeta. Superioridade militar residual da América está a ser empregada para combater os efeitos da descida prolongada do capitalismo americano e sua dominação da economia global. Para este fim, o imperialismo dos EUA devem enfrentar a cada rival real ou potencial tanto para a hegemonia global e regional. O caminho delineado no discurso de Carter leva inexoravelmente em direção a III Guerra Mundial. wsws.org


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Putin muda o rumo da guerra na Síria Enquanto o mundo ainda se enfurece diante da presunção da Rússia no Oriente Médio – intervir na Síria em vez de deixar os americanos decidirem que ditadores devem sobreviver ou morrer – esquecemos a única instituição naquela terra árabe que continua a funcionar e proteger o estado que Moscou decidiu preservar: o exército sírio. Enquanto a Rússia propagandeia seus mísseis, os militares sírios, há meses com pouco efetivo e poucas armas, de repente partiram para a ofensiva. No início deste ano, podemos lembrar, este mesmo exército era dado como arruinado, e o governo Bashar al-Assad considerado agonizante. Empregamos nosso próprio exército de clichês para justificar uma mudança de regime. O exército sírio estava perdendo terreno – em Jisr al-Shugour e em Palmira – e, por isso, previmos que todo o estado de Assad havia chegado ao limite. Então chega Vladimir Putin com suas frotas aéreas e mísseis e, de repente, tudo muda. Enquanto estávamos ocupados afirmando que os russos estavam bombardeando os rebeldes "moderados" – moderados que já não existiam de acordo com o alto comando americano – deixamos de prestar atenção à ofensiva militar que os próprios sírios empreendem agora contra os combatentes da Frente Nusra, ao redor de Alepo e no vale do Orontes. Agora, são os comandantes sírios que dão as coordenadas para quase todos os ataques aéreos russos. No começo, eram entre 200 e 400 coordenadas por noite. Hoje, o número chega a 800. Não que os russos vão atrás de cada referência no mapa, é claro. Os sírios descobriram que os russos não querem disparar contra alvos em áreas edificadas; eles preferem deixar hospitais incendiados e massacres em festas de casamento para os norte-americanos no Afeganistão. É claro que esta

política pode mudar. Nenhuma força aérea bombardeia países sem matar civis. Nem sem ultrapassar fronteiras. Mas os russos agora estão informando suas coordenadas de vôo aos turcos – e, pela lógica, esta informação deve chegar aos norte-americanos. Ainda mais incrível é que criaram uma linha direta entre sua base na costa mediterrânea da Síria e o ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv. Mais ainda mais surpreendente é que os israelenses – que têm o hábito de atacar pessoal sírio e iraniano perto das Colinas de Golã – de repente desapareceram dos céus. Em outras palavras, os russos estão envolvidos em uma grande operação, não numa atuação-relâmpago apenas na Síria. E é provável que dure muito tempo. Os sírios estavam inicialmente ansiosos para retornar a Palmira, capturada pelo Exército Islâmico em maio, mas os russos demonstraram mais interesse na região de Alepo, em parte por acreditarem que suas bases costeiras próximas a Lattakia estejam vulneráveis. A Frente Nusra disparou vários mísseis em direção a Lattakia e Tartous, e Moscou não tem nenhuma inteção de deixar sua força aérea se tornar alvo em solo. Mas o exército sírio está agora deslocando suas quatro principais unidades – a 1ª e 4ª

Divisões, as Guardas Republicanas e as Forças Especiais – para as frentes de batalha, e a movimentação se aproxima da fronteira turca. Não está claro se os ataques aéreos russos ao redor da "capital" do Estado Islâmico, Raqqa, estão enfraquecendo o EI, embora os sírios gostem de se vangloriar de ter um eficiente serviço de informação na cidade. Seria interessante, se for verdade, porque o EI é especialista em torturar até a morte os "agentes do regime" e seria preciso muita coragem para passar informações a Damasco. Mas os contos dos viajantes podem ser verdade. Há uma rota de ônibus regular de Raqqa a Damasco – ônibus têm o estranho hábito de cruzar linhas de combate na maioria das

guerras civis – e mesmo se os passageiros não quiserem falar com jornalistas, vão falar sobre o que viram ao chegarem em casa. Tudo isso é apenas o começo da aventura de Putin. Ele se tornou um grande viajante para o Oriente Médio – e já fez grandes amigos em outro importante país da região, como aquele o presidente-marechal de campo que obteve mais de 96% nas pesquisas e atualmente governa o Egito. Mas o exército egípcio, lutando sua guerrinha no Sinai, não tem mais a experiência estratégica de uma grande guerra. Apesar do flerte com o Iêmen, a Líbia, a Síria e outros alvos de ocasião, as autoridades militares da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia também não têm muita ideia de como uma verdadeira guerra é travada. O exército da Líbia está em pedaços. E os militares do Iraque dificilmente ganhariam uma medalha pelo combate a seus inimigos islâmicos. Um fator, porém, não deve ser menosprezado. Se vencer – e se mantiver unido, e se seu efetivo, reconhecidamente baixo, for preservado – o exército sírio sairá desta guerra como o mais duro e experiente exército árabe em toda a região. Ai de qualquer um de seus vizinhos que se esquecer disso. Robert Fisk, The Independent Tradução de Clarisse Meireles


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Cuba acusa EUA de introduzir dengue na ilha Sputniknews - A revista cubana Bohemia, em circulação desde 1908, publicou estudos da Doutora em Ciências Rosmari Rodríguez, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, revelando que, em 1981, os EUA introduziram em Cuba uma epidemia de dengue hemorrágica. Segundo a pesquisadora, esta epidemia resultou em 158 pessoas mortas, 101 delas crianças. O artigo publicado pela revista, de autoria da pesquisadora Rosmari Rodríguez, destaca: “Primeira epidemia de dengue hemorrágica nas Américas, 1981: novos conhecimentos sobre o agente causal oferece evidências científicas que corroboram a acusação feita por Cuba de que os Estados Unidos introduziram a doença no país de forma deliberada.Os estudos sobre o assunto renderam à pesquisadora Rosmari Rodríguez o principal prêmio de Cuba no Concurso Anual de Saúde 2015. Segundo a especialista, nos anos 1990, o IPK junto com instituições científicas de outros países realizaram estudos conjuntos para determinar a cepa causadora da epidemia de dengue hemorrágica em 1981. Sobre estas denúncias, a Rádio

Sputnik Brasil ouviu a Professora de Relações Internacionais, Denilde Holzhacker, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo. Especialista em políticas das três Américas, Denilde Holzhacker afirmou que estas acusações de Cuba aos Estados Unidos vêm sendo feitas desde os anos 90 e que, de lá para cá, os sucessivos governos norteamericanos jamais admitiram qualquer responsabilidade pela epidemia de dengue hemorrágica em Cuba, em 1981. Ainda de acordo com a Professora Denilde Holzhacker, mesmo neste período em que os dois países estão normalizando suas relações políticas e diplomáticas, os Estados Unidos não demonstram para Cuba qualquer responsabilidade pela epidemia. “Esta denúncia vem desde 1981, o governo cubano alega que a doença foi introduzida pelos EUA, os americanos alegaram que nunca fizeram isso e que era uma espécie de paranóia do governo cubano”, explicou a interlocutora da

agência. Segundo ela, a diferença é que as novas denúncias trazem evidências. Denilde Holzhacker também disse que esse tipo denúncia foi bem comum durante a Guerra Fria.”Seria um dos ataques ideológicos, esse não seria o único que o governo cubano alega que os americanos tiveram. Existem também, sem evidências, denúncias de pragas, para destruir plantações de açúcar e de tabaco, também introduzidas pelo governo americano. Temos que lembrar que estamos falando dos anos 1980, 1981. Quando aconteceu essa epidemia em Cuba, era ainda Guerra Fria, em que havia uma lógica de disputa entre os dois países bastante diferente do que temos hoje. O governo americano alega, inclusive, que a dengue, não a hemorrágica, também atingiu Estados americanos como o Texas, a Flórida. Então, faz parte dos esqueletos da Guerra Fria." Quando às novas evidências, a professora Holzhacker afirmou ser preciso aguardar um posicionamento do governo cu-

bano. “São novas evidências, têm mais base científica e obviamente isso traz, para Cuba, uma possibilidade de apelar em órgãos internacionais. Como eu não sou especialista em doenças tropicais, fica difícil dizer se realmente essas evidências permitem levar em consideração os pleitos cubanos, mas aumenta, com certeza, diplomaticamente dá mais peso, pois foi um estudo reconhecido, que ganhou prêmios internacionais. Agora é [preciso] ver como o governo cubano vai usar essa informação e qual vai ser a reação do governo americano.” Segundo Denilde Holzhacker, em face a uma crise internacional relacionado ao vírus zika, derivado da dengue, Cuba poderia expandir esse tema para além de uma pauta bilateral, ampliando a discussão para a questão de controle de epidemias nas Américas. ........................................... "A utilização do vírus da dengue e Zica fazem parte da guerra biológica do governo dos EUA contra os países cujos governos não se submetem à política de Washington. Não é por acaso que os casos surgiram recentemente no Brasil, Venezuela, Cuba, Bolívia e Equador". Dr. Vicente Villanueva - Miami

Mercenários: relatório aponta empresas que lucram bilhões em guerras Desde que a 'guerra ao terror' começou há 15 anos, o número de mercenários contratados por empresas militares e de segurança privadas que operam nas linhas de frente no Oriente Médio e na África explodiu enormemente. É o que informa o mais recente relatório da organização War on Want. O relatório 'Mercenários Desencadeados: o admirável mundo novo das empresas militares e de segurança", examina a ampla e bilionária indústria privada, apontada pela War on Want como de ser dominada por empresas britânicas. "Empreiteiros militares privados correm pelo Iraque e o Afeganistão, deixando rastro de violações dos direitos humanos pelo seu caminho. Agora estamos vendo o aumento alarmante de mercenários que lutam na linha de frente em zonas de conflito em todo o mundo: é o retorno dos 'Cães de Guerra", afirmou que o diretor executivo da War on Want, John Hilary, à agência Sputnik. Empresas privadas militares e de segurança vêm explorando conflitos e a instabilidade nas regiões devastadas pela guerra, enquanto geram lucros gigantescos para os próximos 15 anos no mínimo. De acordo com o relatório, cente-

Mercenários contratados por uma empresa de segurança privada posam no telhado de uma casa em Bagdá nas de novas empresas foram criadas nos últimos anos. "O Reino Unido é um importante centro para a indústria de empresas privadas de segurança e militares. No auge da ocupação, cerca de 60 empresas britânicas operavam no Iraque. Agora, existem centenas de empresas militares e de segurança britânicas que operam em zonas de conflito em todo o mundo, tra-

balhando para assegurar o governo e a presença corporativa contra uma gama de 'ameaças'", afirma o relatório. Alguns dos nomes corporativos mencionadas no relatório sobre mercenários privados são muito familiares. Empresas como G4S, Aegis Defense Services Control Risks, e Grupo Olive estão entre as muitas empresas militares privadas britânicas que pegou fecharam grandes

contratos nos últimos 15 anos. A War on Want descobriu que algumas corporações menores são inteiramente compostas ex-militares, enquanto as organizações maiores têm ex-militares em postos-chave. O relatório diz que o governo britânico optou por fechar os olhos e permitir que as empresas regulassem a si mesmas, o que lhes permitiu explorar cada vez mais brechas legais, não apenas em terra, mas também na indústria marítima. Esta não foi a primeira vez que a War on Want abordou as atividades das empresas de segurança privadas no Oriente Médio. Em 2006, três anos após a invasão do Iraque, a instituição baseada no Reino Unido publicou um relatório inovador sobre o papel desempenhado por mercenários privados na ocupação, desestabilização política e nas violações dos direitos humanos no país. "Naquela época, como as empresas operam em um vácuo jurídico completo, fizemos um apelo urgente para a proibição de empresas privadas de segurança e militares em zonas de conflito", disse John Hilary. Sputniknews


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Agressões da Turquia à Síria Informe da Embaixada da Síria no Brasil

Em 29/01/2016, forças turcas fortemente armadas e equipadas invadiram os territórios da República Árabe da Síria, no vilarejo de Bustan, e instalaramse na cadeia montanhosa de Tal Aafrit, nas proximidades dos vilarejos vizinhos, no sentido de Ein Diwar, localizada na região de Malkiyeh, numa área que totaliza cerca de 4 quilômetros de extensão. Estas forças invasoras instalaram cercas de arame farpado dentro dos territórios sírios e lançaram fogo contra os civis sírios, moradores dos vilarejos vizinhos, atingindo uma cidadã síria, que ficou gravemente ferida. Em 01/02/2016, uma artilharia pesada do exército turco lançou fogo contra o monte Atira, localizado na zona rural da cidade de Latakia, tendo como

resultado o ferimento de vários cidadãos sírios e muitas perdas materiais. Estas duas agressões ocorrem no contexto na continuação das ofensivas do regime turco e seu enfoque em oferecer os mais variados meios de apoio militar, logístico e material aos grupos terroristas armados, de forma contínua, ao longo de muitos anos. Este regime, que não hesita em cometer as formas mais bárbaras de crimes contra a Síria e seu povo, começou a facilitar a entrada de terroristas estrangeiros na Síria, montou acampamentos para o treinamento de terroristas em territórios turcos e dentro dos territórios sírios, com o apoio e a supervisão direta dos militares e da inteligência turca, dando-lhes cobertu-

ra dentro dos territórios sírios, armando-os com os mais modernos tipos de armamentos e fornecendo-lhes até a assistência médica dentro dos territórios turcos. O Governo da República Árabe da Síria, ao expressar sua mais veemente condenação aos repetidos crimes e agressões turcas contra o povo sírio, contra a inviolabilidade dos territórios da República Árabe da Síria e de sua integridade regional, o que representa uma flagrante violação à soberania da Síria e aos princípios e intenções da Carta das Nações Unidas, às normas do Direito Internacional e à todas as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas relativas ao combate ao terrorismo, reafirma o seu direito

legal de dar uma resposta aos repetidos crimes, violações e agressões turcas e o seu direito de pedir indenização por todas as perdas resultantes. A República Árabe da Síria reitera sua exigência ao Conselho de Segurança de cumprir com suas responsabilidades sobre a manutenção da paz e da segurança internacionais, para pôr um fim aos crimes descritos do regime turco contra o povo sírio e às repetidas ofensivas contra os territórios sírios, bem como o seu comprometimento no cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança sobre o combate ao terrorismo. Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria Tradução: Jihan Arar


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Ejército yemení toma el control de un centro militar en Arabia Saudí

Integrantes del movimiento popular yemení Ansarolá celebran victoria. Las tropas del Ejército yemení, apoyadas por combatientes del movimiento popular Ansarolá, han tomado el control de una base militar saudí en la región de Asir, en el suroeste del reino árabe. Durante la operación llevada a cabo este miércoles, el Ejército y las fuerzas de Ansarolá han incendiado dos almacenes de armas en la localidad de Al-Jurma, en la región de Asir, y han abatido a un número de militares saudíes, ha informado la agencia oficial de noticias yemení SABA. Varios vehículos militares saudíes también han sido destruidos por el fuego de artillería del Ejército yemení. Las fuerzas yemeníes han logrado avances, además, hacia las posiciones del Ejército saudí en la region de Jizan, en la frontera con Yemen, después de destruir con misiles la torre de vigilancia de Al-Dujan. Asimismo, las tropas del Ejército y comités populares yemeníes han bombardeado en esta jornada la base militar saudí en

Malhama, ubicada en Jizan, obligando a retroceder a los uniformados saudíes. Desde el comienzo de la agresión saudí a Yemen en marzo de 2015, las fuerzas yemeníes han respondido a los ataques, llevando a cabo operaciones contra las posiciones saudíes tanto dentro del territorio yemení como en el suelo saudí, y sobre todo en las regiones de Najran y Asir, en las fronteras comunes. Los bombardeos saudíes contra Yemen tienen como objetivo eliminar de la esfera política a Ansarolá y restaurar en el poder al fugitivo presidente yemení Abdu Rabu Mansur Hadi, fiel aliado de Riad. La ofensiva ha dejado hasta la fecha más de 7000 yemeníes muertos, según el Ministerio de Salud de Yemen. En sus ataques, que han recibido duras críticas regionales e internacionales, Riad incluso ha recurrido a armamentos prohibidos como, por ejemplo, municiones de racimo. ftm/ncl/nal - HispanTv

Espías de EEUU y el Reino Unido viajan a Libia con vistas a una intervención militar Espías de Estados Unidos, Francia y el Reino Unido viajaron a Libia para evaluar la situación y reunir información en vistas a una futura intervención militar en dicho país. Fuentes militares citadas el domingo por el rotativo británico The Sunday Times revelaron que al menos seis oficiales británicos de la Fuerza Aérea de ese país y expertos militares y agentes de organismos de inteligencia del Reino Unido, de EE.UU. y de Francia ya están en Libia y realizan labores de reconocimiento. Según las fuentes, la tarea principal de esos espías y uniformados es identificar a los grupos armados a los que el Occidente podría apoyar, también estarían diseñando un mapa sobre las zonas en control del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) en Libia.

Política internacional independente

www.marchaverde.com.br Abaixo o imperialismo e o sionismo!

Los ataques aéreos contra el EIIL en Libia, que comenzarán en un futuro próximo en el marco de la llamada coalición anti-Daesh, liderada por EE.UU., se inaugurarán en la ciudad costera de Tobruk (este), donde se ubica el Parlamento libio internacionalmente reconocido. El Ejército británico podría desplegar unos 1000 soldados en Libia y Estados Unidos se plantea enviar a cientos de sus uniformados al país árabe para participar en una eventual intervención occidental, según las fuentes. En 2011, otra intervención occidental en Libia provocó la caída de Muamar Gadafi y dejó tal vacío de poder que distintos grupos armados se aprovecharon para aumentar su poder en el país. HispanTv


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Un llamado urgente en defensa del periodista palestino que está al borde de la muerte Por Carlos Aznárez - Director de Resumen Latinoamericano Por favor recuerde su nombre. Se llama Muhammad al-Qiq, tiene 33 años y se está muriendo en la cárcel cumpliendo una huelga de hambre. Es periodista y ejerce la profesión en Palestina, un territorio ocupado y horadado por la violencia del invasor israelí desde 1948. Una nación que ha sufrido todo tipo de atropellos década tras década, y que por estos días asiste a una nueva vuelta de tuerca de la represión sionista contra quienes se rebelan a su dominio. En Gaza y en Cisjordania, miles de jóvenes protestan de diversas formas, y muchos de ellos son asesinados vilmente. Otros son detenidos. Todo ello frente al silencio de la mal llamada "comunidad internacional" o la manipulación de los medios corporativos, que no es lo mismo pero es igual. Sin embargo, no todos callan. Muhammad Al-Qiq, como haría cualquier reportero que se respete a sí mismo, venía informando día a día para el canal "Al Majd", sobre lo que veían sus ojos y sentía su cuerpo, con sólo dar un recorrido por las calles de Ramalah o de Jerusalén: niños golpeados y detenidos por arrojar piedras contra tanques, mujeres jóvenes asesinadas a las que se les “planta" un cuchillo para justificar el crimen, campos con cultivos de olivos arrasados, casas demolidas por pura venganza,

La esposa y el hijo de Muhammad Al-Qiq se manifiestan por su libertad ciudades como Hebrón o campos de refugiadas como Jenín, bloqueados militarmente y su población sufriendo todo tipo de humillaciones. Precisamente, el informar con objetividad sobre la barbarie israelí, es el “ delito” por el que fue detenido y torturado Al-Qiq hace tres meses en su casa de Ramallah. Numerosas denuncias de

organismos de derechos humanos palestinos e internacionales advirtieron que el periodista fue colocado en una posición conocida como la banana -con la espalda sobre una silla y atado de pies y manos por debajo de la misma--, permaneciendo en una posición forzada durante 15 horas en las que sufrió violencia sexual por parte de los interrogadores. Luego de

sufrir esas sevicias lo enviaron a una de las tantas cárceles-tumbas que Israel posee para martirizar aún más a un pueblo que no está dispuesto a bajar la cabeza ante su prepotencia. Pero hay algo más, Al-Qiq, como tantos otros palestinos y palestinas sufre un tipo de detención que se denomina “administrativa", una figura que permite a las autoridades israelíes mantener bajo custodia indefinidamente a miles de “ ospechosos" sin presentar cargos ni iniciar un proceso judicial, como hacen habitualmente las dictaduras militares. Frente a esta injusticia y convencido de que si no luchaba por su libertad su suerte estaba prácticamente echada, este joven periodista decidió ponerse en huelga de hambre el pasado 25 de noviembre, para denunciar al mundo su situación. A partir de ese momento se intensificaron las medidas represivas y de presión contra el detenido. En dos oportunidades, el 30 de diciembre y el 17 de enero, jueces sionistas prorrogaron su encarcelamiento y rechazaron la apelación presentada por los abogados del Al-Qiq. Su situación de salud comenzó a agrietarse, y en un momento las autoridades israelíes decidieron trasladarlo al centro médico de la ciudad israelí de Afula, donde el colega detenido ratificó su voluntad de continuar la huelga de hambre “hasta conseguir mi libertad”. Si esto no sucediera "estoy dispuesto a morir”, expresó.

Lavrov: Tregua en Siria requiere de cese del contrabando en frontera turco-siria El canciller ruso, Serguei Lavrov, afirma que para llegar a un alto el fuego en Siria, antes que nada, se deben tomar medidas para detener el actual flujo de contrabando en la frontera sirio-turca. “Uno de los componentes clave para que el alto el fuego funcione (en Siria) es (...) atajar el contrabando a través de la frontera turco-siria que alimenta a los extremistas”, ha insistido este miércoles el ministro de Asuntos Exteriores de Rusia. En una rueda de prensa en Mascate, la capital de Omán, Lavrov ha asegurado que resulta difícil esperar que el régimen de cese el fuego se cumpla sin acabar con los suministros ilegales y ha calificado este objetivo de “una de las tareas más

arduas”. “Hablamos del tema con los copresidentes estadounidenses del Grupo Internacional de Apoyo a Siria (ISSG, en inglés), y espero una conversación más detallada de cara a la reunión del grupo que se celebrará el 11 de febrero en Múnich (Alemania)”, ha agregado el jefe de la Diplomacia de Rusia. Rusia acusa a Turquía de estar involucrada en el contrabando del petróleo robado por el grupo terrorista EIIL

EXPEDIENTE

Editor: José Gil (Curitiba, Brasil) Correspondentes: Dilma de Cássia e Adilson Moreira (Curitiba, Brasil); Richard Luna (Venezuela), Dmitry Muntean (Rússia), Juan Gonzalez (Equador)

O jornal Mercosur é uma publicação do Movimento Marcha Verde do Paraná www.marchaverde.com.br

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(Daesh, en árabe). Más adelante, en alusión a las operaciones antiterroristas rusas en Siria, Lavrov ha lamentado que la coalición, liderada por EE.UU. y en nombre de la lucha contra Daesh, elude dialogar con Rusia sobre acciones en el país árabe. “Desgraciadamente, nuestros socios desde hace cuatro meses prefieren seguir repitiendo acusaciones completamente arbitrarias y evitando un diálogo práctico que proponemos desde el principio”, ha dicho Lavrov quien ha asegurado la continuación de la misión militar rusa en Siria hasta la eliminación total de los takfiríes. En otra parte de sus declaraciones, se ha referido a la reciente tercera ronda de diálogos de paz para Siria celebrada en la ciudad suiza de Ginebra, la cual se paralizó el martes después de que el principal grupo de la oposición, el denominado Alto Comité de Negociaciones (HNC, en inglés), apoyado por Arabia

Saudí, rechazara mantener su segunda reunión con Staffan de Mistura, emisario de la ONU para Siria. La primera se organizó el lunes. Al respecto, Lavrov ha denunciado que algunas “personas peligrosas” forman parte de la oposición siria que, estableciendo condiciones previas, ponen en entredicho los anteriores acuerdos sobre el conflicto. “Varios personas peligrosas han aparecido (en la delegación de la oposición siria), que están empezando a impulsar precondiciones que no tienen nada que ver con los principios generales del comunicado de Ginebra, documentos de Viena, o la resolución del Consejo de Seguridad de la ONU”, ha criticado. La nueva ronda de diálogos de paz en Siria se desarrolla en conformidad con los acuerdos logrados en las dos rondas anteriores, celebradas en 2015. A esta ronda de las discusiones auspiciadas por la ONU, están invitadas sólo las delegaciones del Gobierno sirio y de la oposición al Ejecutivo del presidente Bashar al-Asad. mpv/ncl/nal - HispanTv


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Galeria de bandidos do FMI: vigaristas, violadores e trapaceiros acima dos 50% em bairros da classe trabalhadora… Camdessus, posteriormente, lamentou os seus “erros políticos” em relação ao colapso da Argentina. Nunca foi preso ou acusado de crimes contra a humanidade.

por James Petras O FMI é a principal organização monetária internacional cujo objetivo público é manter a estabilidade do sistema financeiro global através de empréstimos relacionados com propostas a promover a recuperação econômica e o crescimento. Na realidade, o FMI tem estado sob o controlo dos EUA e dos estados da Europa Ocidental e as suas políticas têm sido concebidas para aumentar a expansão, o domínio e os lucros das suas principais empresas multinacionais e instituições financeiras. Os EUA e os estados europeus praticam uma divisão de poderes: os diretores executivos do FMI são europeus; os seus homólogos no Banco Mundial (BM) são norteamericanos. Os diretores executivos do FMI e do BM funcionam em estreita ligação com os seus governos e, em especial, com os departamentos do Tesouro, para decidir prioridades, para decidir quais os países que vão receber empréstimos, quais as suas condições e quanto. Os empréstimos e condições estabelecidos pelo FMI são estreitamente coordenados com o sistema bancário privado. Quando o FMI assina um acordo com um país devedor, isso é um sinal para que os grandes bancos privados emprestem, invistam e avancem com uma série de transações financeiras favoráveis. Pelo acima exposto, pode-se deduzir que o FMI desempenha o papel de comando geral para o sistema financeiro global. O FMI abre o caminho para os principais bancos conquistarem os sistemas financeiros dos estados vulneráveis em todo o mundo. O FMI assume o fardo de fazer todo o trabalho sujo através da sua intervenção. Isto inclui a usurpação da soberania, a exigência de privatizações e a redução das despesas sociais, dos salários e das pensões, assim como a garantia da prioridade do pagamento da dívida. O FMI atua como uma ‘cortina’ dos grandes bancos, desviando a crítica política e o desassossego social. Diretores executivos como capangas Que espécie de pessoas têm os

Conclusão

bancos como diretores executivos do FMI? A quem confiam a tarefa de violar os direitos de soberania dum país, de empobrecer o seu povo e de corroer as suas instituições democráticas? A lista inclui um vigarista financeiro condenado; a atual diretora, que está a ser julgada por acusações de má utilização de fundos públicos, enquanto ministra das Finanças; um violador; um defensor da diplomacia da canhoneira e o promotor do maior colapso financeiro na história de um país. Diretores executivos do FMI em tribunal A atual diretora executiva do FMI (julho 2011-2015), Christine Lagarde, está a ser julgada em França, por negligência quanto a um pagamento de 400 milhões de dólares ao magnata Bernard Tapie, quando era ministra das Finanças no governo do presidente Sarkozy. O anterior diretor executivo (novembro 2007-maio 2011), Dominique Strauss-Kahn, foi forçado a demitir-se depois de ser acusado de violar uma empregada de quartos num hotel de Nova Iorque e foi posteriormente preso e julgado por proxenetismo na cidade de Lille, em França. O seu antecessor, Rodrigo Rato (junho 2004-outubro 2007), era um banqueiro espanhol que foi preso e acusado de evasão fiscal, es-

condendo ?27 milhões de euros em 70 bancos ultramarinos e defraudando milhares de pequenos investidores a quem convenceu a pôr dinheiro num banco espanhol, o Bankia, que foi à falência. O seu antecessor, alemão, Horst Kohler, demitiu-se depois de ter afirmado uma verdade inadmissível – nomeadamente, que a intervenção militar ultramarina era necessária para defender os interesses económicos alemães, como vias de comércio livre. Uma coisa é o FMI agir como instrumento dos interesses imperialistas, outra coisa é um executivo do FMI falar sobre isso publicamente! Michel Camdessus (janeiro 1987-fevereiro 2000) foi o autor do “Consenso de Washington”, a doutrina subjacente à contra-revolução neoliberal global. O seu mandato assistiu ao apoio e financiamento de alguns dos piores ditadores da época, incluindo as suas fotos com o general Suharto, o homem forte e o assassino de massas da Indonésia. Com Camdessus, o FMI colaborou com o presidente da Argentina, Carlos Menem, na liberalização da economia, na desregulamentação dos mercados financeiros e na privatização de mais de mil empresas. As crises, que se seguiram, levaram à pior depressão da história da Argentina, com mais de 20 mil falências, 25% de desemprego e taxas de pobreza

O comportamento criminoso dos executivos do FMI não é uma anomalia nem obstáculo para a sua seleção. Pelo contrário, foram escolhidos porque refletem os valores, os interesses e o comportamento da elite financeira global: vigarices, evasão fiscal, suborno, transferências em grande escala de riqueza pública para contas privadas, são a norma para a instituição financeira. Estas qualidades adequam-se à necessidade que os banqueiros têm de confiar nos seus homólogos “sósias” no FMI. A elite financeira internacional precisa de executivos no FMI que não hesitem em usar padrões duplos e que passem por alto as grosseiras violações dos procedimentos usuais. Por exemplo, a atual diretora executiva, Christine Lagarde, empresta 30 mil milhões de dólares ao regime fantoche na Ucrânia, apesar de a imprensa financeira descrever com grande pormenor como os oligarcas corruptos roubaram milhares de milhões, com a cumplicidade da classe política ( Financial Times, 12/21/15, pg. 7). A mesma Lagarde muda de regras quanto ao reembolso da dívida [NR] , permitindo que a Ucrânia não cumpra o pagamento da sua dívida soberana à Rússia. A mesma Lagarde insiste que o governo grego de centro-direita reduza ainda mais as pensões na Grécia, abaixo do nível de pobreza, levando a que o regime acomodatício de Alexis Tsipras apele ao FMI para se manter fora do resgate ( Financial Times, 12/21/15, pg.1). Evidentemente, o corte selvagem dos padrões de vida, que os executivos do FMI decretam por toda a parte, não deixa de estar ligado à sua história pessoal criminosa. Violadores, vigaristas, militaristas, são as pessoas certas para dirigirem uma instituição que empobrece 99% e enriquece 1% dos super-ricos. Resistir


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Síria: A humanidade chora a perda de algumas de suas riquezas maiores Por Nassib Abage Pela primeira vez em minha vida tomei coragem de abrir meu coração para fazer um desabafo pela imensa tristeza que sinto de estarmos a perder uma das maiores lembranças que trago no arquivo da minha memória, entre tantas outras experiências que tive nas minhas andanças pelo mundo. E tomo consciência de que os interesses econômicos tornam a responsabilidade dos homens um fracasso ao se entregarem a qualquer preço, para a conquista de valores e grandes riquezas, seja por intermédio de seitas religiosas, ambições políticas ou questões sócio econômicas, no intuito de fortalecer a sua economia através da criminosa indústria bélica que não mede esforços e nem consequências para a destruição de seus semelhantes e a história da humanidade. Por isso trago à tona a grande revolta do meu coração que fala mais alto do que a minha própria consciência, gritando por socorro aos quatro cantos do mundo para que não deixem continuar a destruição de tudo aquilo que foi construído por criaturas certamente especiais por tantos e tantos séculos. A história da humanidade não pertence a um só país mas sim ao mundo, pois é ela a nossa própria história. Felizes aqueles que tem um linda história de respeito, dignidade e amor ao próximo para contar. Quero então deixar aqui registrada a minha grande satisfação com relação a experiência que tive em uma das minhas sete passagens por Palmira quando me hospedara no Hotel Zenobia Cham Palace. Ali conheci um pouco mais da história daquela cidade e das vidas que por lá passaram. Ocupei naquele hotel um apartamento próximo ao que ficara hospedada a grande escritora Ágatha Christie, que ao contrair matrimonio em segundas núpcias com o arqueólogo inglês Max Mallowan, com ele combinou de passarem a sua lua de mel naquele fantástico sítio arqueológico. Em lá chegando, a escritora levada por um arrebatamento, assim exclamou com toda a intensidade do seu coração: “aqui realmente moram os deuses”. A última vez que visitei a Síria em outubro de 2011, a convite da Embaixada da Síria no Brasil, para lá fui representando meu irmão Cônsul Honorário da

República Árabe da Síria nos Estados do Paraná e Santa Catariana, que estava impedido no momento de realizar aquela viagem. O referido convite tinha por objetivo reunir um número de pessoas representativas da comunidade síria no Brasil, para levar uma mensagem de apoio ao eminente Presidente Bashar Al Assad, e com ele dialogar sobre a situação da guerra de invasão em que se encontra a Síria e que havia começado em março daquele ano. Após esse contato pessoal com o Presidente, que deixou a todos encantados com o seu carisma e sua personalidade,

convenci-me da má fé dos meios de comunicação que procuram projetá-lo como um Ditador, mas que na realidade é sem dúvida um dos grandes líderes mundiais que ama seu país e seu povo. Após a reunião documentamos a visita com fotos e filmes realizados com o presidente. A Síria, é um dos lugares onde existia o maior equilíbrio sócio econômico do mundo, onde o grau de analfabetismo era praticamente zero, um país onde o seu Presidente tinha uma única preocupação: promover o bem estar e a educação de seu povo. Então a Síria começa a sofrer as consequências da invasão de guerrilheiros mercenários, que para defender interesses escusos, passam a destruir sem piedade o que pertence a humanidade. Rezo em todos os momentos da vida para que Deus proteja e salve aquele país abençoado, não permitindo que pessoas que destroem e matam por dinheiro continuem a destruir aquelas maravilhas que lá foram criadas. O acervo da humanidade pertence a todos os povos do mundo, e para que não seja destruído fica sob os cuidados da UNESCO, que foi criada para zelar pela integridade e conservação desse acervo. Por isso também em minhas orações,

peço ao pai supremo que conserve a força interior do Presidente Bashar e zele pela sua saúde e a de seus familiares. Nesta última vez que estive naquele país, resolvi alugar o carro de um motorista amigo, como sempre fazia em minhas idas para lá, para visitar algumas das cidades mais fantásticas que conheci na minha vida. Assim é que passei por Homs, Hama, Maalula, Sednaia, Lataquia, Tartus, Alepo e já quando estávamos a alguns quilômetros da cidade de Palmira fomos parados por uma barreira militar para apresentação de nossos documentos. De imediato o meu amigo apresentou a sua carteira de motorista e a sua identidade síria. A seguir o responsável pelo posto militar solicitou os meus documentos, ao que lhe respondi que viajava como turista. Então quero ver o seu passaporte, disse-me ele, ao que lhe respondi que havia esquecido o mesmo no hotel em que me hospedara. Como é que o senhor esquece de portar o seu passaporte na situação de guerra em que o país se encontra? Imediatamente lembrei-me das fotos que fizemos na visita ao Presidente em Damasco e que eu trazia comigo em minha carteira. Então falei para o militar: mas trago comigo um documento que deve valer mais do que um passaporte, ao que o mesmo olhou-me com os olhos arregalados enquanto eu sacava as fotos da carteira. Ao constatar a veracidade do que lhe falei e após olhar as fotos, o mesmo falou-me: “beijo as mãos de quem tocou as mãos do nosso Presidente” e de fato fez uma reverência especial. Foi uma das maiores emoções que senti na minha vida, e constatei nesse momento o quanto o Presidente era amado e respeitado pelo seu povo. Como também a sua esposa, uma bela e inteligente mulher com toda a nobreza de alma e amor pela sua pátria e seu povo. Se eu for me estender para contar as grandes experiências que tive naquele nobre país, teria que escrever um livro de mais de mil páginas, quando também contaria a história do surgimento do cristianismo que nasceu em Antioquia na Síria, com o Apóstolo Paulo ensinando as palavras do evangelho para os primeiros seguidores de Cristo que naquela cidade foram pela primeira vez chamados de cristãos. Por coincidência é aquela cidade sa-

Nassib Abage cumprimenta o presidente Bashar Al Assad durante visita a Damasco

grada, a terra natal de meus pais Nassib e Bárbara, que souberam transmitir a todos os filhos o verdadeiro sentido da palavra cristão. Espero que Deus possa enxugar minhas lágrimas de dor e de tristeza e que não permita mais que armas e bombas atômicas venham a destruir esse grande e belo universo em que vivemos. Peço ao Pai Supremo que nos abençoe e que nos proteja sempre dos que se julgam os donos do mundo, fazendo-os entender e tomar consciência de não mais destruírem a linda história do mundo que pertence a todos nós. Que as belas imagens que trago registradas no arquivo da minha memória, ninguém jamais possa apagá-las. Lembro muito bem quando eu e meu irmão Abdo visitamos Palmira certa vez, e fomos levados a conhecer um tumba subterrânea onde se encontravam trinta e oito múmias com seus túmulos com transparência de vidro. Tentávamos imaginar a história que cada um trazia dentro de si no lindo trajeto que percorreram pelos caminhos da vida naquela cidade extraordinária. A porta que nos deu acesso àquela tumba pesava duas toneladas e meia em mármore com uma chave de mais de cinquenta centímetros de comprimento e sequer temos a possibilidade de imaginar a tecnologia usada para a construção daquela grande obra que está prestes a ser destruída pelos terroristas mercenários que invadiram a Síria. Se um dia eu perder a força da minha fé, perco minhas referências com Deus, e por isso prefiro confiar que alguém ainda há de nos proteger para que possamos acreditar num melhor dia de amanhã. Para finalizar estas simples palavras, não sei se de dor, revolta, impotência, tristeza ou mágoa, deixo registrado o meu desabafo na esperança de que consigamos todos hastear as bandeiras da paz, não dando vez e voz aos que empunham as bandeiras das guerras.


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Epidemia de zica vírus no Brasil pode ser erro genético da britânica Oxitec O Zika vírus pode ser um mosquito geneticamente modificada pela empresa britânica Oxitec, empresa pioneira no controle de insetos transmissores de doenças e causadores de danos nas culturas agrícolas. Os críticos à ação da empresa afirmam que a área onde os mosquitos geneticamente modificados foram liberados em 2012 para controlar a epidemia de dengue é justamente o local onde a propagação do vírus começou. Na época os grandes veículos de comunicação elogiaram a liberação de mosquitos geneticamente modificados na região que hoje apresenta os maiores índices epidemiológicos do mundo. A propagação dramática do vírus Zika ameaça principalmente as mulheres, por causa dos potenciais danos causados ao feto durante a gravidez. Esta pode ter sido a causa da presença no Brasil de mosquitos geneticamente mo-

dificados (MMG ). Especialistas internacionais de saúde convidados a participar de conferência em Genebra para discutir o surto e possíveis curas de vírus Zika, lembraram que fato semelhante ocorreu na Colômbia quando liberaram mosquitos geneticamente modificados (MMG), causando uma epidemia que já infectou 20.000 pessoas. Em meados de 2012, a empresa de biotecnologia britânica Oxitec lançou mosquitos geneticamente modificados, a fim de reduzir a população de mosquitos da dengue, Chikungunya e Zika vírus, em cidades do nordeste do Brasil. As preocupações surgiram sobre o curto tempo de estudos realizados para a liberação desses mosquitos geneticamente modificados, sem a realização de mais estudos sobre possíveis efeitos colaterais. "É uma abordagem muito experimental, e em não sendo bem sucedida pode causar mais mal do que bem", disse o Dr,

Helen Wallace, diretor do instituto GeneWatch ao jornal britânico The Guardian. Os primeiros casos humanos de Zika foram documentados no Brasil em maio passado, mas hoje estima-se que 1,5 milhões de pessoas estariam infectadas. Os críticos da Oxitec apontam que a área onde os mosquitos geneticamente modificados (MMG) foram liberados é o mesmo onde a propagação do vírus começou. Desde o início do surto foram reportados no Brasil mais de 4.000 casos de bebês nascidos com microcefalia. O programa da Oxitec GM foi lançado utilizando unicamente mosquitos machos da subespécie Aedes aegypti, conhecidos como portadores da dengue e zika para que, ao cruzar com a fêmea portadora do vírus, gerasse descendentes que morreriam antes de atingir a idade de reprodução.

Mas as vozes contra as práticas da britânica Oxitec afirmam que está provado que, se os mosquitos têm acesso ao antibiótico tetraciclina, que pode ser encontrado no solo, água de superfície, e alguns alimentos, a taxa de sobrevivência dos mosquitos poderia potencialmente aumentar até 15%, contribuindo para a propagação do vírus. Caso as autoridades decidam investigar essas denúncias, comprovando tratar-se de um erro genético, a empresa será obrigada a indenizar as vítimas da maior epidemia já vista no Brasil em toda sua história. No momento em que os olhos da comunidade internacional estão voltados para a Oxitec, a chamada grande imprensa procura desviar a atenção de todos para uma fazenda em Uganda onde teria surgido o zica vírus. É a prática nociva da imprensa venal. Redação com informe do The Guardian

Maduro promete impedir que oposición tome el poder en Venezuela El presidente venezolano señala el crecimiento diario de la admiración del pueblo por la “unión cívico militar” surgida el 4 de febrero de 1992 por primera vez en la historia del país bolivariano. “Hoy por hoy, Ramos Allup, la unión cívico militar es más portentosa que nunca antes en el alma verdadera profunda del pueblo de la historia venezolana”, ha afirmado este jueves el jefe de Estado, Nicolás Maduro, dirigiéndose al nuevo presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela. Durante una marcha masiva realizada por el pueblo revolucionario en conmemoración de la rebelión cívicomilitar encabezada por el fallecido presidente Hugo Chávez contra la política neoliberal aplicada por el Gobierno de Carlos Andrés Pérez, Maduro ha

calificado el 4 de febrero de “una necesidad histórica” para que en Venezuela se diera la primera revolución política, socioeconómica, pacífica y democrática del siglo XX y el siglo XXI. Asimismo, el mandatario ha asegurado que su Administración se está preparando para no permitir "ni por una vía ni por la otra, ni por las buenas ni por las malas" que la oposición tome el poder, y ha insistido en que "el pueblo no debe permitir que la oligarquía trunque este camino hermoso de revolución", en referencia a una eventual victoria de la derecha en las elecciones presidenciales, tal y como vencieron en los comicios legislativos del pasado 6 de diciembre. "¿El pueblo va a permitir que la oligarquía, que ganó la Asamblea Nacional por la confusión de un sector de nuestro pueblo, tome el poder político en Miraflores?", ha preguntado el dignatario

ante miles de partidarios vestidos con prendas rojas, el color característico del chavismo. Nada más de llegar al Parlamento, los legisladores derechistas aclararon que buscarán poner fin al Gobierno del presidente Maduro en un plazo máximo de seis meses, y señalaron que dedicarán su legislatura a temas como la promulgación de una Ley de Amnistía, en un claro desafío al jefe de Estado. Este mismo jueves ha comenzado el debate parlamentario sobre el polémico proyecto para los presos políticos. En este sentido, Allup anunció el pasado viernes la creación futura, por parte de la oposición, de un mecanismo para convocar elecciones anticipadas, con el fin de que Maduro salga del poder cuanto antes. Además, la coalición opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD) instó el lunes al presidente

venezolano a renunciar y de ese modo allanar el camino para un cambio de Gobierno. "A la Asamblea Nacional no le importa la situación económica, se pusieron de espalda al país y andan con una agenda improvisada, pirateando todos los días. Aquí lo digo, esta es una asamblea adeco burguesa pirata", ha denunciado Maduro. Sin embargo, el presidente venezolano ha asegurado que el Ejecutivo no permitirá que la oposición siga saboteando la economía del país sudamericano, y ha subrayado que el pueblo debe responder en las calles “con el espíritu de rebelión, intacto, vivo y eterno del 4F. Llamó al apoyo de ustedes de la clase obrera de los trabajadores, de la clase media, de los profesionales, de todo el país”.

bhr/mla/rba - HispanTv


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