Região de Leiria, edição de 8 de Janeiro de 2010

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POMBAL E NORTE DO DISTRITO | REGIÃO 23

Região de Leiria 8 | Janeiro | 2010

POMBAL ASSINA PROTOCOLO

Homicídio vai a julgamento

O secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, está hoje na Câmara de Pombal, para assinar o contrato de financiamento da reabilitação das infraestruturas danificadas pelas cheias. Recorde-se que, ainda na semana passada, Narciso Mota tinha lembrado que, três anos depois das inundações, o municipio continuava à espera do subsídio.

JOÃO ALVIM DESFILIA-SE DO PS O ex-candidato socialista à presidência da Junta de Pombal, João Alvim, abandonou o partido. O advogado prefere não entrar em pormenores sobre os motivos que o conduziram à desfiliação, afirmando apenas que não se revê na actual actuação do PS. De qualquer forma, Alvim frisa que a sua decisão foi discutida com a concelhia do partido e que vai continuar o mandato na Assembleia de Freguesia, “honrando os compromissos assumidos em campanha”.

JS ELEGE NOVOS DIRIGENTES Tiago Galvão - que também é deputado na Assembleia Municipal - foi reeleito secretáriocoordenador da Juventude Socialista de Pombal. O novo corpo de dirigentes foi eleito por uninimidade e é, ainda, constituído por Ricardo Mesquita e Bruno Loureiro.

FIGUEIRÓ DOS VINHOS APROVA ORÇAMENTO DE 18 MILHÕES A Assembleia Municipal de Figueiró dos Vinhos aprovou um orçamento de 18,9 milhões de euros para 2010. A ampliação do Parque Empresarial do Carameleiro, a recuperação do Casulo e a reconstrução de 20 fogos na zona histórica da vila estão entre os projectos do próximo ano.

A Freguesia não encontrou espaço para o funcionamento da unidade de saúde

Doentes de Almagreira vão para Pombal Encerramento ∑ Extensão de Saúde entra em obras No meio dos rumores que circulam em Almagreira, concelho de Pombal, há, pelo menos, uma certeza: a extensão de saúde da freguesia vai mesmo encerrar para obras. Quando? Ainda não se sabe. Mas, para já, tudo indica que, durante seis meses, os utentes sejam acompanhados no Centro de Saúde de Pombal. A Junta de Freguesia tentou encontrar um espaço na aldeia onde a extensão de saúde pudesse funcionar provisoriamente, mas não conseguiu encontrar um local que reunisse as condições necessárias. “Não se pode instalar este serviço em qualquer parte”, justifica o presidente da Junta, Fernando Matias. Por outro lado, o autarca lembra que, em época de crise, seria muito dispendioso manter a unidade em funcionamento durante as obras.

Fernando Matias admite que deslocar os utentes não é opção ideal, principalmente para os idosos. Contudo, afirma que “qualquer solução acabaria por trazer incómodo para a população”. A directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral I (ACES), Alexandra Borges, confirma que a hipótese de deslocar os utentes será a mais viável. No entanto, salienta que o assunto ainda está em discussão, até porque é preciso organizar a logística Centro de Saúde de Pombal, de forma a preparálo para receber os 1400 utentes de Almagreira.

Unidade não encerra hoje. Em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA, a directora executiva do ACES desmentiu que alguma vez tivesse havido intenção de encerrar a

unidade de saúde já hoje. Na reunião de Câmara de terça-feira passada, a vereadora Marlene Matias (que substituía Adelino Mendes) disse ter conhecimento de que a extensão de saúde fecharia dia 8, apesar de a população ainda não ter sido avisada. No entanto, Alexandra Borges garantiu que a data de encerramento só seria acertada numa reunião marcada pa ra ontem. “Va mos agendar o fecho com algumas semanas de antecedência, para termos tempo de avisar a população”, assegura. O presidente da Junta também diz estar para breve uma reunião com os habitantes, em que vão ser explicados todos os pormenores acerca das obras. Sandra Mesquita Ferreira sandra.ferreira@regiaodeleiria.pt

O julgamento do homem que, alegadamente, matou o companheiro em Abril passado, na aldeia de Carriço, vai iniciar-se a 2 de Abril. O arguido, Paulo F., é acusado de homicídio qualificado e detenção de arma proibida. De acordo com o despacho da acusação, a que a Lusa teve acesso, Paulo F., de 43 anos, vivia há oito meses em união de facto com José Carmo, que tinha um filho menor. A certa altura, o homem entendeu que “a convivência com o filho era incompatível com a permanência do arguido na sua residência”, mas Paulo F. não aceitou a decisão, refere o Ministério Público (MP). No dia 21 de Abril, o arguido terá aguardado na garagem que a vítima regressasse a casa. Fez, então, “um disparo a curta distância, que o

atingiu na mão esquerda”. Depois, colocou fita adesiva na boca do companheiro e transportou-o para o quintal. Aí, “encostou a arma à cabeça da vítima e efectuou um segundo disparo”. Ainda segundo o MP que considera que o arguido agiu com intenção de tirar a vida ao companheiro - o suspeito “encenou um cenário compatível com um assalto”, atando as mãos da vítima atrás das costas com um cordel e escondeu a arma num pinhal das imediações. Os pais da vítima reclamam uma indemnização não inferior a 125.967,50 euros, enquanto a representante legal da criança exige 95 mil euros mais 15.120 euros relativos a prestações de alimentos, acrescidos de juros.

Carriço contra encerramento de passagens de nível

O presidente da Junta de Carriço (Pombal), Leovigildo Fernandes, está preocupado com o encerramento das passagens de nível da freguesia. Das nove que existiam, já só restam quatro que, se fecharem, vão “causar grande transtorno para a população”, garante. Por isso, o autarca aproveitou a Assembleia Municipal para pedir a ajuda à autarquia nas negociações com a REFER. Sem as passagens de nível, os habitantes da freguesia terão de percorrer mais quilómetros para se deslocarem. “As pessoas que residem a nascente têm propriedades a poente” e, por isso, atravessem frequen-

temente as linhas de comboio, nota o presidente da Junta. Leovigildo Fernandes queixa-se também da forma como a REFER está a conduzir o processo. “As informações que recebemos são distorcidas”, lamenta. Num primeiro contacto, há seis anos, a Junta de Freguesia foi informada de que o objectivo era recuperar a linha do Oeste e construir passagens superiores. Contudo, agora, tudo indica que a opção passa apenas por encerrar as passagens. “Se quiserem fechar por fechar, sem fazer requalificação da linha, não terão a nossa autorização”, avisa o autarca.


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