Jornal do Centro - Ed580

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4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Jornal do Centro 25 | abril | 2013

Liberdade em Sernancelhe Tem hoje lugar, com início pelas 9h em Sernancelhe, mais um excelente programa comemorativo do 25 de Abril. Para quem nunca nos visitou neste dia, não entende o porquê de ser apontado desde há alguns anos, como o que de melhor se faz em celebração de liberdade e em homenagem à data e aos seus diretos intervenientes. O dia começa sempre com Guarda de Honra pelo Corpo de Bombeiros Voluntários, seguindo-se o hastear da Bandeira Nacional acompanhada solenemente pela Banda Musical 81 de Ferreirim.

É também neste dia que por tradição se distingue com a Medalha Municipal de Mérito, pessoas coletivas ou singulares, que pelo seu contributo em campos de notável importância, justificam este reconhecimento; todos aqueles a quem esta distinção já foi atribuída marcam presença no ano seguinte exibindo ao peito o brilho do ano anterior. Se nas últimas comemorações o restante programa foi digno de opiniões e comentários a nível nacional, com presenças como o Dr. Marinho Pinto Bastonário da Ordem dos Advogados,

ou Dom Manuel da Silva Martins Bispo Emérito de Setúbal (que também hoje marcará presença), para nomear apenas alguns e sem qualquer desmérito de todos os outros, também este ano primamos por um programa de soberba qualidade, distinção e prestígio. Teremos a apresentação do livro “À Sombra de Mestre Aquilino na Casa Grande de Romarigães” pelo próprio autor, o Dr. Manuel de Lima Bastos, intervenções e apreciações da obra pelo Dr. Miguel Veiga e Dom Manuel da Silva Martins,

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Paga-se caro o laxismo

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Fui, de autocaravana, passar o fim-de-semana na zona da raia, lá, para os lados de Sabugal, onde terras e gentes ainda têm muito de genuíno, de são e uma invejável vida social, adubada pela comunhão de uma cultura sentida e vivida por todos. Atendendo aos custos da circulação em autoestrada decidi fazer a viagem pelas estradas antigas, hoje ditas de secundárias, poupando a classe 2 que teria de pagar nos correios, com todas as trapalhadas que isso implica. Foi um pesadelo viageiro.

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Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

IP5, A25 e A23 tocam nas estradas velhas e alteraram-lhe os percursos. Mas, não há placas indicadoras dos sentidos das localidades. Entra-se nas já abundantes rotundas (com horrorosos mamarrachos a orná-las) à procura de indicações que não existem. Os autarcas gastaram o dinheiro em semáforos, rotundas e lombas e nada sobrou para as ditas placas. Anda-se perdido em terminais de estradas, à deriva, na magra esperança de encontrar alguém a quem se peça uma dica, em locais cada vez mais des-

povoados. Em todas as localidades o piso está tolhido por enormes maciços que destroem amortecedores e sinoblocos, provocam dores de costas e um desconforto tamanho. Eles são uma consequência do incumprimento dos limites de velocidade a que se deve circular nas localidades e que já tinha obrigado a gastos na sinalização luminosa. Resultado: fugi das portagens e meti-me numa estrada em que circular é uma aventura. Dou conta de que há por aí um grupo de pes-

Um pensamento por uma outra Assembleia! Estimado leitor, por certo que se recorda das inúmeras vezes em que já cumpriu o dever cívico de eleger os seus representantes na Assembleia Municipal (AM) mas acredito não andar longe da verdade se afirmar que não foi vez nenhuma assistir ao desempenho desses mesmos deputados eleitos para esse órgão deliberativo da autarquia local. Eu, confesso, fui uma vez, aguentei meia hora e compreendo porque não encontra o eleitor motivo para que se dê a tal deprimente experiência. Assistir a uma AM pode ser uma experiência profundamente reveladora das causas do marasmo em que se encontra a gestão da cidade. Senão vejamos, an-

tes da Ordem de Trabalhos, os munícipes têm o direito de expor durante alguns curtos minutos os seus problemas, perante os olhares displicentes da plateia de deputados mas, no caso de haver desconfiança de que a intervenção pode colocar em causa a maioria dominante na Assembleia, são frequentes as estratégias para os silenciar ou desacreditar. Na prática, voltam de lá como entraram, sem respostas! Segue-se o debate e aí a ideia chave parece ser a de que a AM não serve para encontrar a melhor solução de problemas da cidade, mas apenas para o tirocínio retórico dos seus deputados e alguns ganhariam valor acrescentado se optassem pelo

voto de silêncio. A retórica oca sobre assuntos concretos leva a que o debate degenere frequentemente em inúteis disputas partidárias, cujo único objectivo parece ser a afirmação da força de cada grupo partidário. Os repetentes procuram exibir a propaganda da banha da cobra de forma a mostrar que as suas capacidades oratórias estão ainda afinadas. Os mais novos, procuram afirmar-se pelas palavras (e outros pela soberba e vaidade), sem todavia cometerem o erro de manifestarem uma ideia própria com o receio de condenarem à partida a sua carreira partidária. Todo este folclore não passa de uma dança de modo a determinar qual o macho

Também fácil de entender No meu texto anterior, aqui, procurei fazer uma reflexão sobre a economia do salário, que aqui continuo. Se as aprendizagens e a História são algo absolutamente essencial para políticas públicas melhoradas, a devida inserção nos respectivos contextos sociais – portanto, uma análise contemporânea – não o é menos. E, por isso, para além de tudo aquilo que aprendemos acerca

das crises de 29, 73, dos pós-guerra, etc., é preciso ter presente que os anos 80 representam o fim de algo que também não era tão antiga quanto isso – a economia do salário. Uns cento e cinquenta anos de capitalismo, e outras formas de organização económica também baseadas no trabalho como factor de produção inalienável, conheceram, nos avanços tecnológicos do final do século XX, o seu fim. Começa

aí a preconização do que será a “sociedade sem postos de trabalho”. A robótica e a informática deram o pontapé de saída, a telemática foi o catalisador. Somos perfeitamente capazes de verificar, no nosso dia-a-dia, o quanto as pessoas têm vindo a ser substituídas – nas portagens, nas caixas de supermercado ou nos serviços públicos. Mas sabemos que muito mais do que nos habituámos a conhecer poderia já ter


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