O Donaciano - Ano1 Num2

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ARTIGOS HIGIENE PESSOAL Além de fundamental para o intercâmbio social, a higiene do corpo é também importante para a saúde. Inúmeras doenças, principalmente da pele, como as dermatoses, por exemplo, decorrem de falta de higiene. Manter o corpo asseado e perfumado e as roupas limpas, é a primeira regra a ser ensinada às crianças e aos jovens, em casa e na escola, e um imperativo para os adultos. Cheiro do corpo: O cheiro do corpo pode afectar o relacionamento social, como é o caso do cheiro de suor e do mau hálito. Origem do odor: Como a maioria dos animais, o homem tem glândulas sudoríparas, que são glândulas, localizadas na pele (derme), produtoras de suor. São constituídas por uma zona tubular, por onde o suor é libertado na superfície da pele, e uma extremidade mais profunda em forma de novelo. As glândulas sudoríparas participam na termorregulação e na eliminação de determinadas excreções, como, por exemplo, sais minerais, ureia, ácido úrico e outras substâncias provenientes do sangue. A evaporação da água contida no suor ao nível da superfície do corpo contribui para a redução da temperatura do organismo, sendo por essa razão um dos mecanismos que intervêm na termorregulação. Embora as glândulas sudoríparas se distribuam por todo o corpo, encontram-se em maior número em determinados locais, como as axilas e as palmas dos pés e das mãos. Alimentação: Outro factor é a alimentação. O que a pessoa come como base da sua alimentação pode provocar cheiro do corpo. Vestuário: As roupas retêm o calor do corpo e por isso favorecem o suor e a consequente produção dos resíduos bacteriológicos que geram o mau cheiro. Mas o odor pode inclusive provir da própria roupa e não do suor. Alguns tecidos sintéticos usados em camisas ficam mal cheirosos quando aquecidos pelo calor do corpo. Também a roupa que é lavada, mas não perde todo o sabão, ou que demora a secar, principalmente na época de chuva, adquire um odor desagradável. Origem do odor: Como a maioria dos animais, o homem tem dois tipos de glândulas sudoríparas, as glândulas ecrinas, que produzem apenas líquido refrescante para o corpo, e as glândulas apocrinas, cuja secreção transporta gorduras e proteínas das células para o exterior do corpo. Genética: Além da tendência racial, a genética individual faz variar a intensidade do odor entre membros do mesmo grupo étnico. Variam, individualmente, a distribuição, a quantidade e a intensidade da actividade das glândulas sudoríparas. Actividade física intensa: As pessoas de qualquer raça que caminham muito, ou passam muito tempo em ambientes quentes e fechados, adquirem cheiro de corpo; o suor acumula-se sobre a pele e penetra nas roupas, quando essas são pouco ventiladas ou muito absorventes, e as secreções rapidamente deterioram devido a alimentarem as bactérias que existem na pele. Fungos: São causa do mau cheiro nos pés os fungos, que provocam fissuras entre os dedos ou se concentram em pequenos nódulos na base dos artelhos na micose conhecida como pé de atleta. É, no entanto, um cheiro diferente do cheiro produzido por bactérias a partir do suor. É inútil tentar resolver o problema com qualquer tipo de talco. É necessário um bom fungicida, que um farmacêutico experiente saberá indicar. SOLUÇÕES: O banho diário, utilizando-se uma esponja para lavar as axilas com espuma de sabão e a aplicação de um desodorizante comum no local, após o banho, é talvez a melhor solução para se evitar o mau cheiro axilar. É necessário distinguir entre desodorizante e antitranspirante. O primeiro cobre ou absorve os odores sem limitar a transpiração. O segundo inibe ou restringe a transpiração por reduzir as dimensões dos poros ou por obstruir e retardar sua secreção. Hidrocarboneto de alumínio é o composto mais usado em desodorizantes e antitranspirantes. O talco também absorve a humidade e o odor, porém com menor eficácia. No que toca ao mau hálito, são apontadas causas variadas. É atribuído a refluxos do estômago que alcançam a garganta, à inflamação das gengivas, à simples presença de alimentos envelhecidos retidos entre os dentes, à cárie dentária e também às amígdalas que, mesmo que estejam sadias, em alguns casos têm uma estrutura que facilita a retenção de resíduos (pequenos carocinhos branco-amarelados) e, neste caso, o único modo de eliminar o mau hálito definitivamente é com a extracção desses pequenos órgãos. A pessoa deve ser encorajada a procurar junto dos profissionais em cada área a possível causa do problema. Na escola, as crianças podem ser ensinadas a escovar os dentes de modo a deixar os intervalos limpos (comprimindo a escova e fazendo penetrar os fios nos espaços entre os dentes, ou usando fio-dental) e as gengivas (na parte superior e mais alta, ou na parte inferior e mais baixa) bem massajadas. O cabelo, independentemente do estilo, deve estar sempre limpo e bem cortado. Os cabelos crescidos e sujos geram, além de mau cheiro, comichão devida à foliculite e aos parasitas do couro cabeludo. Após um dia de suor e poeira, deve-se tomar um bom banho e lavar bem a cabeça. Deve-se prestar atenção permanentemente, principalmente quando as crianças frequentam a escola, para verificar se há contaminação por piolhos. Trabalho elaborado por Telma Fonseca, 7ºC, nº19 Pág. 14 - O DONACIANO - Março 2009


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