DEPOIS DO ISEP
HUMBERTO RAMOS
ANTIGO ALUNO DE ENGENHARIA MECÂNICA E ENGENHARIA QUÍMICA Queria ser médico mas a falta de apetência pela Física e as médias muito altas empurraram-no para os caminhos da Engenharia Química. O gosto pela engenharia acabou por surgir e dominar os seus planos. Concluída a licenciatura no ISEP, a vontade de aprofundar conhecimentos na área e a influência do irmão mais velho, conduziram-no à Engenharia Mecânica. Hoje, Humberto Ramos tem 29 anos, dois cursos superiores e um papel importante a desempenhar na Gislótica a empresa que o acolheu no estágio curricular há três anos e onde tem vindo a desenvolver as competências adquiridas no ISEP.
Humberto Ramos aventurou-se em dois cursos no ISEP: Engenharia
segunda a conclusão do bacharelato em Engenharia Química,
Química e Mecânica. Onze anos depois de ter ingressado no Instituto,
porque era um curso bastante pesado e com muitas disciplinas, ou
é na Gislótica que aplica o que de melhor aprendeu. Ao ISEP.BI, o
seja, um desafio que consegui superar com sucesso . O seu percurso
engenheiro desvendou o seu percurso académico e profissional
ficou ainda marcado por uma professora que lhe ensinou que o
até ao lugar que ocupa hoje. Na verdade, ser engenheiro mecânico
ensino superior não nos dá quase nada. Apenas nos dá os livros
não era uma profissão que lhe passasse pela cabeça mas o acaso
para nós aprendermos . Para Humberto Ramos, o ISEP distingue-se
mostrou-se mais assertivo do que um sonho de criança. Medicina
pela relação que os alunos estabelecem desde logo com o mercado
era o seu objectivo, mas cedo aprendeu que os sonhos devem ser
de trabalho. E fala por experiência própria. O seu estágio em
um impulso e não uma barreira à concretização de outros projectos.
Engenharia Química, que seria também o seu primeiro emprego,
A Engenharia Química surgiu como uma alternativa à Medicina no
foi pelo ISEP, na RAR. Foi de onde veio o meu primeiro dinheiro ,
final do ensino secundário. Já depois de concluída a licenciatura,
explica. Na altura, tratava da área da eficiência energética da empresa,
decidiu aventurar-se num novo curso, desta vez o bacharelato em
uma vez que, por motivos de legislação, era necessário um técnico
Engenharia Mecânica, um pouco por influência do irmão mais velho,
nessa área. O seu trabalho consistia, na altura, em ver o que a
engenheiro nessa área.
empresa gastava, onde gastava e o que poderia ser feito para mudar .
Dos dois cursos que completou, Humberto tira lições importantes: o que me ensinou mais, talvez pelo número de anos e pela abrangência das disciplinas, diria que foi Engenharia Química, mas penso que, para o tipo de sociedade e mercado de trabalho que temos em Portugal, Engenharia Mecânica mostrou-se mais útil e mais importante . Para o engenheiro, os oito anos de estudo fizeram-no crescer, não só como profissional, mas também como pessoa.
A conclusão do bacharelato em Engenharia Química foi um momento especial
.
O agora engenheiro mecânico sabe que o Instituto representou
Depois, o ISEP voltaria a dar-lhe uma segunda oportunidade por
uma etapa importante na sua vida. Da passagem pelo ISEP guarda
altura da conclusão do curso de Engenharia Mecânica , pois o
as melhores recordações, cujo epicentro são os momentos com os
projecto de final de curso levou-o até à Gislótica, onde acabou por
colegas e a aprendizagem com os professores. Há duas ocasiões,
permanecer a trabalhar. Tudo isto, acredita Humberto, por mérito
todavia, que recorda com especial saudade. A primeira é, sem
também da política de inserção dos seus alunos no mercado de
dúvida, o ano do caloiro, principalmente a parte do baptismo, e a
trabalho, praticada pelo ISEP.