ISEP.BI 07

Page 22

DEPOIS DO ISEP

HUMBERTO RAMOS

ANTIGO ALUNO DE ENGENHARIA MECÂNICA E ENGENHARIA QUÍMICA Queria ser médico mas a falta de apetência pela Física e as médias muito altas empurraram-no para os caminhos da Engenharia Química. O gosto pela engenharia acabou por surgir e dominar os seus planos. Concluída a licenciatura no ISEP, a vontade de aprofundar conhecimentos na área e a influência do irmão mais velho, conduziram-no à Engenharia Mecânica. Hoje, Humberto Ramos tem 29 anos, dois cursos superiores e um papel importante a desempenhar na Gislótica a empresa que o acolheu no estágio curricular há três anos e onde tem vindo a desenvolver as competências adquiridas no ISEP.

Humberto Ramos aventurou-se em dois cursos no ISEP: Engenharia

segunda a conclusão do bacharelato em Engenharia Química,

Química e Mecânica. Onze anos depois de ter ingressado no Instituto,

porque era um curso bastante pesado e com muitas disciplinas, ou

é na Gislótica que aplica o que de melhor aprendeu. Ao ISEP.BI, o

seja, um desafio que consegui superar com sucesso . O seu percurso

engenheiro desvendou o seu percurso académico e profissional

ficou ainda marcado por uma professora que lhe ensinou que o

até ao lugar que ocupa hoje. Na verdade, ser engenheiro mecânico

ensino superior não nos dá quase nada. Apenas nos dá os livros

não era uma profissão que lhe passasse pela cabeça mas o acaso

para nós aprendermos . Para Humberto Ramos, o ISEP distingue-se

mostrou-se mais assertivo do que um sonho de criança. Medicina

pela relação que os alunos estabelecem desde logo com o mercado

era o seu objectivo, mas cedo aprendeu que os sonhos devem ser

de trabalho. E fala por experiência própria. O seu estágio em

um impulso e não uma barreira à concretização de outros projectos.

Engenharia Química, que seria também o seu primeiro emprego,

A Engenharia Química surgiu como uma alternativa à Medicina no

foi pelo ISEP, na RAR. Foi de onde veio o meu primeiro dinheiro ,

final do ensino secundário. Já depois de concluída a licenciatura,

explica. Na altura, tratava da área da eficiência energética da empresa,

decidiu aventurar-se num novo curso, desta vez o bacharelato em

uma vez que, por motivos de legislação, era necessário um técnico

Engenharia Mecânica, um pouco por influência do irmão mais velho,

nessa área. O seu trabalho consistia, na altura, em ver o que a

engenheiro nessa área.

empresa gastava, onde gastava e o que poderia ser feito para mudar .

Dos dois cursos que completou, Humberto tira lições importantes: o que me ensinou mais, talvez pelo número de anos e pela abrangência das disciplinas, diria que foi Engenharia Química, mas penso que, para o tipo de sociedade e mercado de trabalho que temos em Portugal, Engenharia Mecânica mostrou-se mais útil e mais importante . Para o engenheiro, os oito anos de estudo fizeram-no crescer, não só como profissional, mas também como pessoa.

A conclusão do bacharelato em Engenharia Química foi um momento especial

.

O agora engenheiro mecânico sabe que o Instituto representou

Depois, o ISEP voltaria a dar-lhe uma segunda oportunidade por

uma etapa importante na sua vida. Da passagem pelo ISEP guarda

altura da conclusão do curso de Engenharia Mecânica , pois o

as melhores recordações, cujo epicentro são os momentos com os

projecto de final de curso levou-o até à Gislótica, onde acabou por

colegas e a aprendizagem com os professores. Há duas ocasiões,

permanecer a trabalhar. Tudo isto, acredita Humberto, por mérito

todavia, que recorda com especial saudade. A primeira é, sem

também da política de inserção dos seus alunos no mercado de

dúvida, o ano do caloiro, principalmente a parte do baptismo, e a

trabalho, praticada pelo ISEP.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.