Anais - Interaction South America 09

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Inspeção semiótica do Wiki-STOA: uma análise a partir da teoria da complexidade Ecivaldo de Souza Matos

Universidade de São Paulo Faculdade de Educação Av. da Universidade, 308, Sala 59-B – CEP: 05508040 São Paulo/SP – Brasil ecivaldomatos@usp.br

ABSTRACT

Collaboration tools are features added to the set of computer technologies in order to make the processes of learning and human-computer interaction easier. Last year, the University of São Paulo (USP) launched a platform for social interaction for its academic community, this platform is the STOA. This platform enables social, learning, teaching and research interactions by the academic community located on all campuses of USP. In this paper, I present an evaluation of the interaction of wiki-STOA component. This evaluation is based on complexity theory and semiotic engineering. RESUMO

As ferramentas de colaboração são recursos agregados ao conjunto de tecnologias computacionais com o objetivo de facilitar o processo de interação humana e de aprendizado. No último ano, foi lançada uma plataforma de interação social para a comunidade da Universidade de São Paulo (USP) intitulada STOA. Esta plataforma possibilita interações sociais, de ensino, de aprendizagem e de pesquisa pela comunidade acadêmica espalhada por todos os campi da USP. Neste trabalho, será apresentada uma avaliação da interação do componente WIKI desta plataforma. Esta avaliação toma por base teórica e metodológica a teoria da complexidade e a engenharia semiótica, respectivamente. Palavras-chave

Avaliação de interface, pensamento complexo, inspeção semiótica. ACM Classification Keywords

H.5.2 User Interfaces.

INTRODUÇÃO

Todo conhecimento opera por seleção de dados significativos e rejeição de dados não signitificativos. Disto podemos inferir, conjuntamente com as necessidades operacionais da vida social cotidiana, as funções cognitivas que devem ser resultantes de uma aprendizagem eficaz (lista não exaustiva): 

capacidade de associação;

capacidade de síntese;

capacidade de identificação de problemas;

capacidade de modelagem de problemas;

capacidade de hierarquização;

capacidade de seleção; dentre outras.

Tais capacidades ou competências tem sido cobradas de nós sem que, muitas vezes, tenhamos consciência disso. Mas a Escola tem o papel de atentar e dar conta da formação adequada para cada realidade, não somente visando atender “as realidades locais/regionais”, mas uma realidade complexa, temporal e dialógica, quando não polilógica, ou seja, uma realidade que não pode ser explicada por uma só visão, mas por um conjunto de lógicas entrelaçadas, que juntas podem dar conta da constituição complexa da realidade. Portanto, os Ambientes de Colaboração, dentre eles os Ambientes virtuais de aprendizagem – AVA, não devem ser projetados para trabalhar no “paradigma da simplificação” (Edgar Morin). Pois o input necessário para a aprendizagem, especialmente nesta era, é o de organizar cognitivamente a complexa rede de informações, incertezas, ambiguidades e desordem que são impostas pelos fenômenos sociais do nosso dia-a-dia, inclusive do nosso dia-a-dia acadêmico. Vale a pena salientar que "[...] quando se fala em educação, o primeiro e mais importante item a ser avaliado é o critério didático-pedagógico do software, pois todo e qualquer desenvolvimento de um produto para educação é permeado por uma concepção epistemológica" [14].

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