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INFORMATIVO DOS PORTOS

Julho/2014 - Edição nº 178 - Ano XIV - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC

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EDITORIAL O destaque de Santa Catarina no comércio exterior não poderia dispensar um sistema de portos modernos e bem equipados. E isso o estado tem. Um bom exemplo do significado da importância do sistema portuário para a economia catarinense vem das águas abrigadas da Baía da Babitonga, onde está situado o Porto de São Francisco do Sul, tema da reportagem especial desta edição da revista Informativo dos Portos. Desde que o imperador Dom João VI deu fim ao pacto colonial e instituiu a abertura dos portos, o Brasil abriu suas portas para o mundo e, com elas, a possibilidade de estreitar relações e desenvolver a economia, cabendo aos estados com saída para o mar aproveitar o seu potencial. Por ser um terminal de multiuso e único do estado abastecido por uma rede ferroviária, o Porto de São Francisco do Sul implantou um sistema logístico eficiente e capaz de posicionar tanto matéria-prima como produtos acabados com qualidade e preço justo no mercado, conquistando o status de ferramenta estratégica para a economia estadual e, por que não dizer, nacional. Assim, cada vez mais, aumenta a importância do papel do Porto de São Francisco na reestruturação da matriz de transportes brasileira, convertendo-se em uma peça fundamental para a elevação da competitividade das empresas, tanto quanto no aumento das riquezas. Nas palavras do presidente do porto, o engenheiro Paulo Corsi, a tendência é que a cidade siga a vocação natural e amplie a movimentação de carga geral nos próximos anos. Para ajudar neste crescimento, estão previstos o arrendamento de um novo berço de múltiplo uso, o 401, que ampliaria a estrutura de São Francisco do Sul, e a melhoria das condições de acesso ao complexo portuário para receber navios de última geração. Que os novos investimentos cheguem logo. Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

ÍNDICE 20.

Cais ampliado do TCP aumenta em 25% capacidade de movimentação

26.

Porto de São Francisco do Sul vive um novo momento econômico

34.

Governo investe R$ 100 milhões na construção de silos

38.

Suplemento SEP

43.

Governo lança portal sobre comércio exterior brasileiro

44.

Suplemento Itajaí

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SISTEMAS DE GESTÃO

Evento apresenta integração entre Totvs e Instituto Senai em Itajaí Algumas das mais avançadas soluções de tecnologia para a área de logística e armazenagem de mercadorias foram apresentadas para empresas do setor em um evento realizado em parceria com a Totvs e Instituto Senai de Tecnologia e Logística, em Itajaí, no início de junho. O encontro apresentou produtos e serviços oferecidos pela Totvs, empresa especializada em softwares de gestão, além do projeto que a empresa realiza em parceria com o Senai. Confira algumas fotos do evento.g


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AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE

Porto de Vitória terá novo berço com 270 metros de comprimento A obra está sob responsabilidade da Estacon Infraestrutura S.A, com previsão de concluir os serviços em 24 meses. Os recursos são provenientes do PAC O Porto de Vitória, no litoral do Espírito Santo, receberá investimento de R$ 140 milhões para a construção de um novo berço de 270 metros de comprimento e 14 metros de profundidade em substituição aos Dolfins do Atalaia. O presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Clovis Lascosque, assinou ordem de serviço da obra em solenidade que contou com a presença da presidenta Dilma Roussef, em Vila Velha. Os recursos são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra ficará sob responsabilidade da empresa Estacon Infraestrutura S.A, que terá a missão de executar a obra em 24 meses. “Com a construção de um cais contínuo, denominado Berço 207, passaremos a ter uma perspectiva maior de operação no complexo por-

tuário capixaba. Poderemos atracar navios com maior capacidade de carga e, consequentemente, com todo tipo de carga, o que antes não era possível devido ao afastamento do berço por conta dos Dolfins que operam apenas com granéis líquidos”, explicou Lascosque. Dilma Rosseff participou ainda da cerimônia de entrega de 496 unidades habitacionais do Residencial Vila Velha, incluídas na primeira etapa do Minha Casa Minha Vida. Outras 496 unidades serão entregues na segunda e terceira etapas do programa no município. Durante o evento, a presidenta anunciou uma nova licitação para as obras de ampliação do aeroporto de Vitória e a duplicação de 51 quilômetros da BR-262, entre Viana e o distrito de Victor Hugo, na região Serrana do Espírito San-

to. A presidenta falou ainda sobre o investimento de R$ 608 milhões em drenagem e contenção de encostas no estado, além da construção de 73,5 quilômetros de BRTs e corredores de ônibus. g


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AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE

Cattalini investe R$ 450 milhões em novo parque de tancagem Na primeira fase, serão construídos 19 tanques com capacidade para cerca de 140 mil m³ de produtos. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2015 Um investimento de R$ 450 milhões ampliará o novo parque de tancagem da Cattalini Terminais Marítimos em Paranaguá, no litoral do Paraná. Dividido em duas fases, o projeto contemplará a construção de 40 tanques com capacidade para 297 mil m³ dedicados principalmente à armazenagem de combustíveis e metanol. Na primeira fase, serão construídos 19 tanques com capacidade para cerca de 140 mil m³ de produtos. A previsão é que as obras sejam concluídas até setembro de 2015 e o terminal comece a operar em outubro. A previsão da empresa é de iniciar a segunda fase do projeto em 2018, podendo ser antecipada para logo após a conclusão dos 19 primeiros tanques. Neste segundo momento, serão construídos mais 21 tanques, com capacidade para 157 mil m³. “A decisão da empresa em ampliar sua infraestrutura em Paranaguá atende a uma demanda já existente e em franco crescimento. Temos projetos em andamento que contemplam novos mercados e planos para investir em outros portos”, revelou o diretor financeiro do terminal, José Edson Rodrigues.

JOELCIO R. DUNAYSKI

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lho, participou da cerimônia e disse que este novo empreendimento demonstra a confiança da iniciativa privada no Paraná. O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessuti Dividino, considerou a ampliação do terminal da Cattalini como exemplo de projeto alinhado com o sistema público. Empregos nas obras

O lançamento da obra contou com a presença dos secretários de Estado de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, e do Planejamento e Coordenação Geral, Cássio Taniguchi, além do prefeito de Paranaguá, Edison de Oliveira Kersten, vereadores e empresários do setor portuário. O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Fi-

O novo parque de tancagem será construído onde funcionava um antigo pátio para contêineres. A área de 47 mil m² é próxima aos demais tanques da empresa e do seu píer privado, beneficiando a logística empregada na recepção e embarque de produtos. A expectativa é que cerca de 300 pessoas

sejam contratadas para trabalhar nas obras da primeira fase do projeto. Assim que estiver em operação, o novo parque de tancagem empregará cerca de 50 novos colaboradores, que se somarão aos mais de 270 em atividade na empresa. Fundada em 1981, a Cattalini é uma operadora portuária independente e ocupa liderança entre os terminais de graneis líquidos no Brasil, com conhecimento comprovado no armazenamento e manuseio seguro de óleos vegetais, químicos e combustíveis. A Cattalini possui e opera o maior parque privado para granéis líquidos no país, oferecendo 380 mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento em 97 tanques para uma ampla gama de produtos líquidos a granel. g


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MERCADO AUTOMOTIVO

Novo acordo assegura margem de conforto para indústria brasileira Os setores produtivos se comprometem a manter participação mínima de 11% de automóveis argentinos no Brasil e 44,3% de brasileiros na Argentina

AS DIRETRIZES TRAÇADAS HOJE ALCANÇAM O DESENVOLVIMENTO AMANHÃ. O Ecoporto Santos marcará presença em mais um Santos Export, debatendo o desenvolvimento do maior porto da América Latina e como aumentar sua competitividade no mercado portuário brasileiro.

Dias 12 e 13 de Agosto no Sofitel Guarujá Jequitimar.

A prorrogação do Acordo Sobre a Política Automotiva Comum irá garantir o monitoramento constante do comércio bilateral entre Brasil e Argentina pelo menos até 30 de junho de 2015. O documento estabelece ainda a retomada do sistema “flex” na proporção de 1,5, definição de percentual que garante previsibilidade e fluidez no comércio bilateral, além de assegurar margem de conforto para a indústria brasileira. A proporção está dentro dos níveis históricos de comércio efetivamente realizado entre os dois países no período de vigência do atual acordo. “O fato de o documento ter sido chancelado pelas presidentas Dilma Rousseff e Cristina Kirchner garante força política e é um passo importante para o setor dos dois países. Com isso, Brasil e Argentina agora figuram entre os principais produtores com mercados fortes e laços estratégicos. Este é mais um passo para uma medida mais ambiciosa a partir de 2015”, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Um dos pontos de destaque do documento é a geração de previsibilidade para o avanço de industrialização. O documento possui três anexos. O primeiro deles estabelece as bases para a discussão do acordo que vigorará a partir de julho de 2015. Há previsão da construção de uma política industrial comum para o setor de autopeças. Além disso, como temas de discussão, estão novos requisitos de origem para favorecer o desenvolvimento competitivo do setor de autopeças na região, a aplicação de normas técnicas comuns e a elevação dos níveis de segurança dos veículos produzidos nos dois países. O segundo anexo traz a nomenclatura técnica dos componentes contemplados no acordo. Já o terceiro trata de protocolo de intenções firmado entre representantes dos setores produtivos de Brasil e Argentina nos segmentos de fabricação de veículos automotores e de autopeças. Pelo protocolo, os setores produtivos (Anfavea e Sindipeças do lado brasileiro e Adefa, Afac e Adimra do lado argentino) comprometem-se a manter participação mínima nos respectivos mercados de veículos nas seguintes proporções: 11% de automóveis argentinos no Brasil e 44,3% de brasileiros na Argentina.g


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EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS

Tenova Brasil quer aumentar participação no segmento portuário Com operações em 26 países, a empresa é um fornecedor de soluções integradas para o mercado de mineração, manuseio de materiais a granel e beneficiamento mineral A Tenova Brasil – divisão nacional da Tenova Mining & Minerals, uma empresa do grupo Techint, com sede em Minas Gerais –quer aumentar a sua participação no fornecimento de equipamentos para atender a demanda do setor e aproveitar o crescimento do segmento portuário no Brasil. A empresa é um fornecedor global de soluções integradas para o mercado de mineração, manuseio de materiais a granel e minerais de beneficiamento e processamento. A Tenova opera em 26 países distribuídos em cinco continentes e emprega 4.800 pessoas. Com origem na siderurgia, o grupo Techint iniciou suas atividades no fornecimento de equipamentos na década de 1990, com a aquisição da empresa italiana Italimpianti Spa. Desde então, segundo Flávio Tavares de Barros, gerente de vendas da Tenova Brasil, a empresa passou a atuar em duas frentes de negócios distintas, uma ligada à siderurgia e a outra em mineração. Com essa divisão, a empresa focou os negócios no desenvolvimento de equipamentos portuários e manuseio em pátios de mineração. Em 2007, ampliando a área de atuação, a divisão Tenova Mining & Minerals adquiriu a empresa alemã Takraf GmbH, especializada no fornecimento de equipamentos para manuseio de materiais e, em 2012, concluiu a incorporação de outras duas novas empresas, Delkor e Bateman, sendo estas dotadas de know-how em equipamentos de beneficiamento mineral, entre outros equipamentos. Esta integração ampliou o portfólio da divisão Tenova Mining & Minerals em equipamentos de manuseio de materiais , extração e beneficiamento

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mineral. O mercado brasileiro é conhecedor deste know how pelos guindastes portuários fornecidos pela então Man-Takraf e também pelos carregadores e descarregadores de navios Italimpianti. Setor portuário No setor portuário, como a especialidade da empresa é o manuseio de granéis sólidos, já forneceu guindastes para atender alguns portos no Brasil. “Estamos também resgatando a nossa expertise no mercado brasileiro no fornecimento de equipamentos para portos”, destaca Flávio. Ele explica que, como a Tenova é uma empresa global, tem a possibilidade de trazer para cada projeto uma inovação. “Buscamos hoje o desenvolvimento de equipamentos conforme a necessidade de cada instalação, de maneira a contribuir para a redução de impacto ambiental, custos de implantação e operacionais, além de dividir com o mercado a

experiência no desenvolvimento de projetos para o manuseio de materiais portuários”, comenta. Atualmente, a Tenova tem equipamentos instalados nos portos de Vitória, Santos e Vila do Conde.g


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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

DB Schenker registra crescimento de 40% de movimentação para a Ásia A empresa também aposta nas cargas projetos e acaba de contratar novo executivo para cuidar do departamento que atende demandas especiais O crescimento no volume de cargas movimentadas entre o Brasil e a Ásia tem gerado um crescimento significativo nas demandas de serviços prestados pela DB Schenker no Brasil. Somente em 2013, o aumento foi de 40% em relação ao ano anterior, segundo o gerente de produto marítimo da empresa, Gabriel Zorzi. O crescimento concentrou-se principalmente na importação, motivado pela fatia de participação da Ásia no mercado brasileiro. Gabriel explica que grandes clientes com demandas específicas tornam este mercado extremamente importante e competitivo, o que colabora não somente para exposição da marca DB Schenker em termos de excelência operacional, como também colabora na geração de novos negócios em outros mercados. No ano passado, a empresa também registrou aumento significativo em outras rotas internacionais, a exemplo das exportações para a América Latina, com crescimento de aproximadamente 20%. Para 2014, a expectativa da DB Schenker Brasil é manter o crescimento na casa dos dois dígitos e continuar entre os países de maior desenvolvimento dentro da estrutura global da empresa. “O que será um desafio, já que este ano a Copa do mundo está impactando muito nas exportações e importações do país, pois muitas empresas es-

tão aguardando passar esse período para retomar iniciativas”, explica Gabriel.

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Carga projeto O departamento de carga projeto da DB Schenker acaba de ganhar um reforço extra. Renato Correia, profissional com mais de 14 anos de experiência em comércio exterior - sendo 10 deles dedicados à carga marítima - assumiu a gerência deste setor. A empresa identificou no mercado brasileiro um grande potencial para cargas projetos, principalmente na área de energia. Montou uma equipe especializada nesse assunto que responde ao produto marítimo da empresa. A DB Schenker possui uma estrutura global para cargas projetos e, com a estrutura local, oferece uma solução competitiva aos clientes. Esse mercado, segundo Gabriel Zorzi, está em grande expansão devido às obras que estão sendo realizadas no país nos setores de energia, óleo e gás, além de obras de infraestrutura para as Olimpíadas de 2016. A empresa A DB Schenker é um dos líderes de mercado em excelência nos serviços logísticos internacionais. No Brasil, a empresa atua desde julho de 1973 e hoje conta com mais

Gabriel Zorzi, gerente de produto marítimo da DB Schenker

de 580 funcionários em todo o país. Seguindo o posicionamento de qualidade do grupo no mundo, a DB Schenker Brasil foi uma das primeiras do segmento a obter a certificação ISO 9002, em 1996, e pioneira na obtenção do certificado versão ISO 9001:2000, em 2003. Em 2014 obteve o ISO 14.001, confirmando a sua preocupação em oferecer o melhor serviço em todo o mundo, com qualidade certificada e responsabilidade ambiental. g



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WORKSHOP TÉCNICO

Movimento de carga geral tem mercado potencial no Brasil Segundo especialista do ILOS, que palestrou em seminário organizado pelo Tesc em SP, terminais precisam se diferenciar com serviços de valor agregada O Brasil movimenta 45 milhões de toneladas ao ano de carga geral (break bulk) em seus portos e este mercado deve crescer uma média de 3,5% ao ano nos próximos 15 anos, em uma projeção conservadora do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP). Os números foram apresentados pelo sócio executivo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), Andre Zajdenweber, durante o workshop sobre break bulk organizado pelo Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc), de São Francisco do Sul, em São Paulo. Apesar da constante evolução da carga em contêiner, o especialista mostrou que o mercado de carga geral ainda tem espaço para crescer e não deixará de existir. “Existem cargas que são muito desafiadoras para conteinerizar e outras que não têm um custo benefício interessante no contêiner”, afirmou Zajdenweber. Exemplos deste tipo de carga são produtos siderúrgicos (bobinas de aço, tubos, barras, perfis) e florestais (celulose, madeira, papel), além das cargas especiais, que são praticamente inviáveis no contêiner – a exemplo de barcos, usinas eólicas e turbinas. Outro dado apresentado no workshop que demonstra a pujança do mercado de break bulk é a quantidade de portos no mundo que movimentam carga geral: são 340 contra 130 portos de contêiner. Só o porto de Rotterdam, na Holanda, o mais importante da Europa, tem 27 terminais para atender break bulk, totalizando 19 km de cais. “Há uma tendência mundial de cargas de projeto nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Mas os terminais precisam ter foco em especialização e capacidade”, afirmou o palestrante especialista em logística. Considerado o segundo porto público em movimentação de carga geral no Brasil, o Porto de São Francisco do Sul, onde está localizado o Tesc, apresenta condições favoráveis para atender este mercado. “Temos uma localização geográfica privilegiada e capacidade para atender cargas especiais com bastante flexibilidade, além de infraestrutura e equipamentos para carga geral”, diz o diretor-superintendente do Tesc, Roberto Lunardelli. Operações especiais Desde 2004 o terminal vem realizando as operações da ArcelorMittal de bobinas de aço e demais

Divulgação/Informativo dos Portos

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Equipe Tesc: João Pismel (gerente de Operações), Claudio Flores (gerente comercial), Roberto Hescket (diretor operacional), Roberto Lunardelli (diretor superintendente), Jeferson Souza (coordenador de Atendimento ao Cliente), Celso Pires (gerente de Planejamento), Jeanine Machado (coordenadora de Marketing) e Marcos Ferraz (gerente Redex).

Paulo Corsi (presidente do Porto de São Francisco) e Roberto Lunardelli (diretor superintendente do Tesc

produtos siderúrgicos e acaba de ampliar a parceria com a operação de exportação de vergalhão de aço, no segmento “longos”. “O Tesc nos apresentou um custo competitivo e com nível de serviço que nos fez decidir pelo terminal”, explica a gerente de logística internacional, Juliana Maia. A primeira operação para este segmento ocorrreu em junho com a exportação de 6 mil toneladas de vergalhão em barra para o Peru, principal mercado da ArcelorMittal para este produto. Outro cliente que vem utilizando o Tesc para operações de carga geral é a Columbia Trading, que também atua no segmento siderúrgico (bobinas e chapas de aço), com importações vindas da Ásia.

“Optamos pelo Terminal em função da confiança na qualidade da prestação do serviço e pelo custo competitivo. O Terminal nos oferece transparência nas operações, flexibilidade e acesso total a todos os níveis, do comercial ao financeiro”, afirma a consultora de negócios da Columbia, Beatriz Soto Torres. “O workshop realizado em São Paulo foi uma oportunidade para os players atualizarem seus conhecimentos sobre o setor portuário e o mercado de break bulk, bem como para demonstrar a capacidade do Tesc em atender as demandas destas operações”, avalia Lunardelli. O evento contou ainda com a participação do presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi.g


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COMPLEXO DE PARANAGUÁ

Cais ampliado do TCP aumenta em 25% capacidade de movimentação Com a ampliação, a capacidade de movimentação anual do TCP passará dos atuais 1,2 milhão de TEUs para 1,5 milhão de TEUs em Paranaguá Um dos maiores complexos portuários do Brasil passa a contar com um cais ampliado para movimentação de mercadorias. A nova estrutura inaugurada no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) aumentará em 25% a capacidade de movimentação do terminal, que é o segundo maior de contêineres da América Latina. A ampliação faz parte de um pacote de investimentos que somam R$ 365 milhões nos últimos três anos. Com a ampliação, a capacidade de movimentação anual do TCP passará dos atuais 1,2 milhão de TEUs para 1,5 milhão de TEUs, de acordo com informações do terminal. O cais, que tinha 564 metros, agora passa a ter 879 metros, um aumento de 55,8% que permitirá ao TCP receber simultaneamente até três dos maiores navios de contêineres que fazem o comércio internacional na América Latina, um a mais do que o terminal recebe hoje. Além do novo píer e dos equipamentos, como portêineres e transtêineres de última geração, o terminal também inaugurou três dolphins para a atracação exclusiva de navios destinados à operação de veículos. O TCP já recebeu o primeiro lote de seis de um total de 10 transtêineres. Os novos equipamentos podem empilhar em alturas de até seis contêineres, com velocidade de operação de um contêiner por minuto,

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o que deve reduzir tempo de espera para retirada das cargas no terminal. A chegada do segundo lote restante está prevista para o final de julho. Outros investimentos em tecnologia e programas de treinamento e capacitação

também contribuíram para melhorias na gestão do terminal e nos serviços prestados aos clientes. “Eliminamos as filas de caminhões com a implantação de sistemas inteligentes e balanças eletrônicas, com um sistema de agendamento prévio para movimentação de contêineres no pá-


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tio e com melhorias no fluxo viário de Paranaguá”, disse o diretor-superintendente do terminal, Juarez Moraes e Silva. Reflexos na operação O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, afirmou que o fim da fila de esperas de caminhões possibilita economia de tempo e de recursos para as empresas e para os caminhoneiros. Moraes e Silva destacou ainda que a produtividade alcançada possibilitou uma redução substancial no período de permanência dos navios no porto. “Apesar de recebermos navios cada vez maiores, o tempo médio de permanência deles foi reduzido em mais de 50% nos últimos dois anos”. Considerando que os custos estimados de um navio atracado são de U$ 6 mil por hora, a ampliação do TCP garante aos importadores e exportadores uma economia que reflete no valor final da operação. O diretor-presidente do TCP, Luiz Antônio Alves, destacou que os investimentos da empresa garantem a competitividade do terminal. Nos últimos três anos foram realizadas três campanhas de dragagem que devolveram a profundidade original aos canais de acesso e berços de atracação do porto. Pacote de investimentos Na inauguração do terminal ampliado, o governador do Paraná, Beto Richa, ressaltou que o investimento realizado pelo TCP em Paranaguá integra um pacote que soma cerca de R$ 2 bilhões desde 2011, entre recursos públicos e privados. “É o maior pacote de investimentos concentrados da

história dos portos paranaenses”, afirmou o governador. Ele disse que a segurança jurídica e institucional possibilitou a ampliação dos recursos investidos pela iniciativa privada em novas estruturas portuárias, silos, aquisição de equipamentos e construção de sistemas de tancagem. O governo do estado investe atualmente R$ 470 milhões na modernização da infraestrutura e projetos estruturantes nos portos paranaenses, com recursos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Entre os destaques estão três campanhas de dragagem feitas nos últimos três anos, que devolveram a profundidade original aos canais de acesso e berços de atracação dos portos. Também foram adquiridos quatro novos carregadores de navios (shiploaders), que vão aumentar em 30% a produtividade do Corredor de Exportação.

Ele ressaltou que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) coloca Paranaguá como modelo para os demais portos. “Alavancar o nosso terminal foi um dos fortes compromissos que assumi. Agora somos referência em boas ações, em resultados positivos, garantindo a modernização e eficiência que contribuem para um desenvolvimento econômico mais vigoroso e para redução do custo de produção do Paraná”, afirmou Richa. O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, também ressaltou o volume de investimentos e a participação da iniciativa privada. “Quando o empreendedor volta a investir é sinal que o governo está no caminho certo. Muitas vezes o próprio governador participa das negociações com investidores. Isso amplia a segurança e garante investimentos”, observou. g

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CUSTO BRASIL

Problemas de logística afetam competitividade da indústria brasileira Assunto foi tema de debate de reunião itinerante da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc em São Francisco do Sul, litoral catarinense O Brasil perde o equivalente a US$ 83,2 bilhões por ano com custos logísticos em função de problemas que vão desde a elevada burocracia até a limitada infraestrutura de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. O prejuízo representa em torno de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com a professora especialista em Logística no Brasil, Marisa Nilson, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , a situação logística do país é muito complicada. “Os custos são muito mais elevados do que em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e isso prejudica a competitividade de nossos produtos”, diz a professora. Marisa foi uma das palestrantes da reunião itinerante da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Cata-

rina (Fiesc), realizada em São Francisco do Sul, no litoral catarinense. A reunião foi coordenada pela Fiesc com apoio do Porto de São Francisco do Sul e do Terminal Portuário de Santa Catarina (Tesc). Na economia do país, os custos de logística consomem de12% a 17% do faturamento das empresas. Em alguns setores, como o de bens de capital e o de construção, os transportes levam 22,7% e 20,9% da receita, respectivamente. A reclamação das empresas fabricantes é de que a malha brasileira não é capaz de transportar produtos com preços competitivos. O presidente da comissão, Mário Cezar de Aguiar, também vice-presidente da Fiesc, comenta que o gargalo do sistema logístico drena a economia das empresas de Santa Catarina. “O poder público en-

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frenta dificuldade em fazer todos os investimentos necessários para atender a demanda por infraestrutura. Assim, temos que nos esforçar na busca por alternativas para resolver os gargalos que afetam o dia a dia da população e a competitividade da indústria”, afirma. Também participaram do encontro o gerente comercial do Tesc, Cláudio Flores, o gerente do Senai de Itajaí, Geferson Luiz dos Santos, e o professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Carlos Taboada. Pesquisa com empresas Em 2012, os custos logísticos do país voltaram a crescer, e segundo pesquisa do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) represtavam 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O estudo é baseado em dados apresentados pelo governo. Outra pesquisa sobre custos logísticos realizada pela Fundação Dom Cabral, a partir de dados fornecidos por empresas, apontou que o custo do processo representava 13,4% do PIB naquele mesmo ano. No cenário brasileiro, podemos dizer que Santa Catarina se destaca no segmento logístico em função de seus portos, rodovias e ferrovias. Mas qual é o custo deste processo no estado?

Para responder a esta pergunta, Fiesc, UFSC e Udesc/Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) estão realizando um projeto que pretende identificar estes custos por atividade e região. Segundo a professora Marisa, o primeiro passo desta pesquisa é fazer um mapeamento das empresas do estado, de grande e médio porte, por região e setor que atuam. As informações que embasarão a pesquisa serão fornecidas pelas próprias empresas que participarem deste estudo.

A previsão é de que os resultados sejam entregues até o final do ano.“Para que os dados obtidos sejam compatíveis com a realidade, é preciso que as empresas participem, e não há preocupações quanto ao vazamento de informações porque existe um termo de sigilo”, disse Marisa. As empresas que participarem terão, além do relatório por setor e região, um relatório individual. O cadastro pode ser feito no site da Fiesc e um link com um questionário será enviado por email para a segurança da pesquisa e das informações enviadas.g


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ESPECIAL

Porto de São Francisco do Sul vive um novo momento econômico Tudo começou com o porto e é nele que hoje está concentrada a riqueza da terceira cidade mais antiga do Brasil. O ar de localidade pequena, reforçado por um centro histórico bem preservado, no entanto, reserva números de “gente grande”. Ao movimentar 13 milhões de toneladas em 2013 - 20% a mais do que no ano anterior - o Porto de São Francisco do Sul consolida-se como o segundo maior em movimentação de carga não conteinerizada no Brasil e sétimo do país em volume total. Deste total, foram 7,8 milhões de toneladas a granel exportadas (31% a mais que em 2012), 1,6 milhão de toneladas a granel importadas (63% a mais na comparação com o ano anterior) e 3,7 milhões de toneladas de carga geral. Em outubro do ano passado, o Porto de São Francisco já

tinha superado toda a movimentação de 2012. O salto quantitativo é resultado de uma série de fatores, na opinião do presidente do porto, engenheiro Paulo Corsi, a exemplo dos investimentos realizados no terminal - incluindo a revitalização dos berços existentes e a construção do berço 201 - e da ligação ferroviária com algumas das regiões produtoras mais importantes do Sul e Sudeste do Brasil. O desempenho financeiro e de produtividade do terminal também deixa claro o que o crescimento representou no mercado logístico e portuário da cidade nos últimos anos. Em 2013, o Porto de São Francisco do Sul movimentou um total de 13 milhões de toneladas de mercadorias, quase o dobro dos 8 milhões de toneladas movimentadas em

Presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi


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Movimentação geral de mercadorias de São Francisco do Sul (em toneladas) 2006: 7.906.591 2007: 8.386.004 2008: 8.337.264 2009: 7.554.114 2010: 9.618.055 2011: 9.874.610 2012: 10.891.189 2013: 13.043.052

Ao completar 59 anos de atividades, porto comemora uma das melhores fases de sua história com investimentos e quebras de recorde de movimentação

2006. Neste ano, a receita bruta anual foi de R$ 16 milhões, número que saltou para R$ 46 milhões no ano passado. O lucro líquido, que era de R$ 1 milhão há oito anos, foi de R$ 15 milhões em 2013. Em novembro do ano passado, a presidenta Dilma Rousseff participou da entrega do sétimo ponto de atracação de São Francisco do Sul. O berço 201 foi inaugurado com a expectativa de incrementar em 20% a capacidade operacional do terminal portuário. Com a obra, o cais passou de 150 metros para 280 metros de extensão, permitindo a operação de navios maiores. O valor da obra foi de R$ 35 milhões, sendo R$ 30 milhões oriundos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e mais R$ 5 milhões de recursos próprios do terminal.

Nos últimos anos, o Porto de São Francisco do Sul recebeu investimentos na ordem de R$ 140 milhões para melhorar a infraestrutura e as condições operacionais. Os investimentos são realizados pelo governo federal, governo do estado de Santa Catarina, Secretaria Especial de Portos (SEP), além de recursos próprios. Os investimentos, segundo dados da administração do porto, já apresentam resultados significativos. No primeiro trimestre deste ano, São Francisco do Sul registrou um aumento de 28% na movimentação geral de mercadorias em relação ao mesmo período do ano anterior. A soja em grãos foi uma das principais mercadorias movimentadas, com um avanço de 121%, de 647.224 toneladas para 1.429.418 toneladas A tendência, segundo Paulo Corsi, é que a ci-

dade siga a vocação natural e amplie a movimentação de carga geral nos próximos anos, em especial produtos siderúrgicos, madeira e granel de importação. Para ajudar neste crescimento, estão previstos o arrendamento de um novo berço de múltiplo uso, o 401, que ampliaria a estrutura de São Francisco do Sul, e a melhoria das condições de acesso ao complexo portuário para receber navios de última geração. A previsão é que o edital para o berço 401 seja lançado até dezembro deste ano. Controle de cargas No ano passado, o Porto de São Francisco do Sul aperfeiçoou o controle de cargas ao desenvolver um projeto complementar dentro do PortoNet, um sistema de gestão portuária. O

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fluxo de informações relacionadas às cargas de importação, classificadas perante a legislação como perigosas ou de risco, ficou mais detalhado. O desenvolvimento deste sistema, mais minucioso e pioneiro no Brasil entre os portos públicos, permite informar aos órgãos fiscalizadores com antecedência, pela internet, o tipo de carga que está chegando ao porto, a ficha técnica do produto - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (Fiespq), o volume e o local onde será armazenado, entre outros dados. O sistema foi desenvolvido para amenizar riscos, aumentar o bem-estar e a segurança da comunidade e preservar o meio ambiente. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São Francisco do Sul e pode ser acessado por órgãos competentes e entidades responsáveis pela fiscalização, como Fatma, Ibama, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros, mediante acesso ao PortoNet, com usuário e senha cadastrada. Outra novidade foi a implantação do sistema de reconhecimento óptico de caracteres. Conhecido como OCR, faz o reconhecimento das placas dos veículos e a numeração dos contêineres, automatizando e aumentando a confiabilidade na entrada e saída de caminhões e cargas. Terminal privado O complexo portuário do Porto de São Francisco inclui uma importante estrutura logística, o Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc). Caracterizado como um dos principais terminais portuários de múltiplo uso do Sul do Brasil, o Tesc tem atividades voltadas à movimentação e armazenagem de cargas, com destaque para contêineres, granéis sólidos, carga geral e produtos siderúrgicos. Em operação desde 2002, o Tesc é responsável por mais de 75% das operações de movimentação de carga de importação e

cabotagem em São Francisco do Sul. O terminal conta com dois berços de atracação, totalizando 603 metros de cais acostável, além de equipamentos que proporcionam segurança para receber e atender até três navios simultaneamente. Para o diretor superintendente do Tesc, Roberto Lunardelli, 2013 foi um ano de investimentos direcionados e consolidação das operações. “Procuramos otimizar atividades e procedimentos internos de forma a nos tornarmos mais competitivos e isso trouxe resultados positivos”, afirma. As movimentações demonstram o resultado dos constantes investimentos: foram mais de 77 mil TEUS, 822 mil toneladas em granéis e mais de 2 milhões de toneladas em produtos siderúrgicos. O terminal movimentou ainda 11 mil toneladas em outras cargas. Em compara-

ção com o ano de 2012, houve crescimento de 14,7% na movimentação de cargas. O ano de 2013 foi marcado ainda por pontuais recordes de movimentação. No primeiro trimestre do ano, no início de março, o Tesc realizou, até então, o maior embarque de grãos em contêiner em uma só escala do país: 137 contêineres estufados com soja, totalizando 2,7 mil toneladas. Em julho o recorde foi na movimentação de embarcações de bobinas de aço laminadas. Consolidando a parceria de mais de uma década com o grupo ArcelorMittal, o terminal operou, em um mês, 200 mil toneladas da carga em 19 navios e barcaças. Grãos em contêineres Em agosto o Tesc voltou a bater recordes na


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modalidade grão em contêiner. Desta vez foram 200 contêineres estufados com soja e milho embarcados em uma só escala. O processo foi realizado por meio de uma parceria com a BR-Agri, que desenvolveu uma logística específica para esse tipo de exportação. A tendência de transporte marítimo deve crescer nos próximos anos. Em fevereiro deste ano, o navio MOL Garland embarcou 256 contêineres em uma só escala, resultando em mais um recorde quebrado. O processo foi realizado por meio de uma parceria com a Seatrade e BR-Agri.

Diretor superintendente do Tesc, Roberto Lunardelli,

A conteinerização de grãos foi uma aposta do Tesc e de seus parceiros, que envolveu investimentos e o desenvolvimento de processos específicos para atender à demanda crescente da modalidade. “Oferecemos uma nova e eficiente logística para todos os tipos de operadores, propiciando aos nossos armadores a possibilidade de aumento constante de seus volumes e maior participação neste competitivo mercado”, afirma o coordenador comercial, Cláudio Flores. O diretor de logística da Seatrade e da BR-Agri, Lierte Amorim Moreira, explica que a principal vantagem desse modelo são os fretes de conveniência, uma vez que o Brasil importa mais do que exporta. Ao utilizar um contêiner que saiu do país carregado com grãos para importar novas mercadorias, o armador evita custos de retorno. Outro ponto positivo da conteinerização de grãos é o embarque fracionado, sem precisar esperar até que haja acúmulo de carga para que o navio saia. Na mesma lógica, com o transporte em lotes menores cria-se a condição de exportação a países que importam volumes pequenos, ou seja, a conteinerização permite acesso a novos mercados. “Temos estudado esse processo desde 2007 e em 2011 começamos a trabalhar com escalas mais representativas. Em 2012 foram 800 contêineres, em 2013 subimos para 5 mil e este ano esperamos movimentar 12 mil”, indica Moreira. Segundo ele, atualmente um terço da produção dos Estados Unidos embarca em contêineres, levados de volta para portos asiáticos, em sua maioria. O Brasil, sinaliza Moreira, exporta atualmente 75 milhões de toneladas de soja, milho e farelo e há uma estimativa de que quase 1% desse total (500 mil toneladas) passe a ser transportada em contêineres. A média atual do terminal ultrapassa 200 contêineres por semana, em programação já organizada até agosto deste ano. Serão seis mil unidades apenas no primeiro semestre. “Além da soja comum, estamos desenvolvendo a logística para o transporte da soja GMO free (orgânica), que vai para a Itália”, adianta Moreira. O Tesc e a BrAgri transportam em contêineres, ainda, milho e farelo de soja. Para 2014, o terminal tem como meta tornar-se ainda mais competitivo, proporcionando maior agilidade e atendendo a demandas específicas. “Hoje o cliente busca soluções que ofereçam segurança, agilidade e custo. Estamos focando neste tripé”, afirma Lunardelli. A projeção de crescimento para o ano é de 15%. Uma das apostas são as operações especiais e de cabotagem. Infraestrutura operacional Na zona primária, o Tesc conta com uma área de 67 mil m² de pátio, com projeto de expansão de mais 19 mil m². As instalações incluem local para armazenagem

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alfandegada, espaço para vistorias obrigatórias – incluindo sala de inspeção sanitária climatizada, além de 1.120 tomadas para contêineres refrigerados e mais de 4 mil m² em armazéns cobertos. Na área retroportuária, o Tesc tem uma unidade de Recinto Especial para Despacho de Exportação (Redex) com 82 mil m² de pátio e armazém de 18 mil m², além de 200 plugs adicionais. Um dos principais atrativos do Tesc é a taxa de armazenagem, que chega a ser até 40% inferior aos valores praticados pelo mercado. Os serviços são prestados diretamente aos armadores e linhas marítimas ou aos seus agentes, compreendendo carga e descarga de contêineres ou carga geral dos navios atracados. O Tesc também faz a armazenagem alfandegada de contêineres e carga geral (área aberta ou armazém), fornecimento de energia e monitoramento de contêineres refrigerados, unitização e desunitização de contêineres de importação ou para exportação, inspeções em contêineres ou carga geral por solicitação dos órgãos fiscalizadores, pesagem de contêineres ou carga geral e transporte de contêineres. g


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COBERTURA

Original Logística comemora uma década de sucesso Com profissionais com mais de 20 anos de experiência, a empresa participou de importantes projetos e conquistou diversos clientes Há 10 anos a Original Logística apresenta algumas das melhores soluções em logística e comércio exterior para seus clientes. Para celebrar a primeira década de atividades, a empresa realizou uma festa no Espaço do Bosque em São Paulo, para clientes, colaboradores, parceiros e amigos. Com uma equipe formada por profissionais com mais de 20 anos de experiência no mercado internacional, a empresa participou de importantes projetos e conquistou diversos clientes. “Comemorar 10 anos para nós é uma grande alegria! Temos o sentimento de superação e gratidão enorme em contar com a confiança do mercado”, afirmou Eder Desidério, diretor da Original Logística. g

Eder e César Desidério, diretores da Original Logística

Equipe Original Logística comemorando 10 anos da empresa

Adimilson Cardoso (funcionário Original), Luis Mauger e Eder Desiderio

César Desidério recebe amigos e clientes

Representantes da Foxconn


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INFRAESTRURA DE ARMAZENAGEM

Governo investe R$ 100 milhões na construção de silos O déficit de armazenagem é um problema crônico em SC, já que a produção chega a 6,5 milhões de toneladas e a capacidade estática é de 4,2 milhões de toneladas O governo de Santa Catarina está investindo R$ 100 milhões para a construção de 11 armazéns com capacidade total de armazenar 110 milhões de toneladas de grãos. Deste total, R$ 26,25 milhões são subvencionados, modalidade de apoio financeiro que consiste na aplicação de recursos públicos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) diretamente em empresas, para compartilhar com elas os custos e riscos inerentes a tais atividades. Os recursos vão beneficiar seis cooperativas e um investidor particular e fazem parte do chamado Programa Armazenar. De acordo com o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spieso, o objetivo do programa é aumentar a capacidade de armazenagem de Santa Catarina em 1 milhão de toneladas, o que representa 25% a mais do que a capacidade

atual, com investimentos de R$ 500 milhões. O governo irá subsidiar R$ 83 milhões em juros. Por meio do Armazenar, o estado subvenciona 50% dos juros, até um limite de 3,5% ao ano, referen-

tes a financiamentos para construção e ampliação de armazéns. O déficit de armazenagem é um problema crô-


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Pelo Programa Armazenar, as cooperativas, produtores rurais e suas associações contratam financiamento junto aos agentes financeiros, com até 15 anos de prazo, incluindo três anos de carência e juro de 3,5% ao ano, sendo que o governo do estado responderá pela subvenção de 50% desta taxa. As cooperativas beneficiadas são Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), Cooperativa Agroindustrial Alfa (Cooperalfa), Cooperativa Agropecuária Campos Novos (Coopercampos), Cooperativa Agropecuária Camponovense

(Coocam), Cooperativa Aurora Alimentos e Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo).

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nico em Santa Catarina, já que a produção total de grãos chega a 6,5 milhões de toneladas e a capacidade estática de armazenagem é de 4,2 milhões de toneladas. Santa Catarina é um estado que consome cerca de 5,5 milhões de toneladas de milho por ano e produz cerca de 3,3 milhões de toneladas, ou seja, existe um déficit de 2,2 milhões de toneladas. Há um déficit de lugar para guardar os grãos na safra e trazer os grãos de fora para alimentar a suinocultura, avicultura e a produção de leite. “Para manter a competitividade da produção de proteína animal e de leite nós precisamos de mais armazéns”, destaca o secretário.

Aurora No primeiro bimestre do próximo ano, a Cooperativa Central Aurora Alimentos inaugurará um conjunto de armazenamento composto por oito silos com capacidade para 1 milhão de sacas de grãos, no município de Cunha Porã. O valor total do investimento é de R$ 27 milhões. O diretor de agropecuária, Marcos Antônio Zordan, explica que as obras iniciaram em abril deste ano e a previsão de conclusão é fevereiro de 2015. O empreendimento localiza-se no complexo da Fábrica de Rações da Aurora, em terreno com área superficial de 12 hectares. Ali são construídos mais oito silos de concreto armado: dois de 4.000 toneladas e seis de 9.000 toneladas, totalizando uma ampliação de 62.000 toneladas. Com esses investimentos, a capacidade estática de armazenamento da unidade de Cunha Porã ficará em 90.000 toneladas ou 1,5 milhão

Secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spieso

de sacas de grãos. O produto a ser armazenado é essencialmente milho para elaboração de rações na indústria de Cunha Porã. Os recursos também permitirão dobrar a armazenagem de farelo de soja, de 2.000 para 4.000 toneladas. A obra é financiada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo como agente financeiro o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) através da linha de recursos do PCA, o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns.g

Localização Previlegiada

AMP

ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS


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EMPRESA DESTAQUE

Cootravale conquista duas certificações importantes na área social O reconhecimento como empresa socialmente responsável é fator de peso cada vez mais cobrado pelos consumidores no mercado competitivo

Presidente da Cootravale, Vilmar José Rui, e o Reitor da Univali, Mário César dos Santos

A Cootravale (Cooperativa dos Transportadores do Vale) acaba de conquistar duas certificações importantes na área social. Em junho, a cooperativa recebeu o Prêmio Empresa Destaque na Área Social concedido pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII), durante a cerimônia de entrega do 25º Troféu Empresário do Ano, além da premiação destaque do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecido pela ONU, dentro do programa Selo Social de Itajaí. A empresa, que hoje agrega 97 cooperados, foi destaque nos projetos que visam a “Igualdade entre Sexos e Valorização da Mulher”. Além disso, a empresa também conquistou sete dos oito Selos Sociais existentes (ver tabela). O Selo Social é um programa desenvolvido em parceria entre a Prefeitura de Itajaí e a ACII, que visa reconhecer os investimentos efetuados pela iniciativa privada que promovam a melhoria da qualidade de vida do seu fun-

Presidente da Cootravale , Vilmar José Rui, e a ex-presidente da ACII, Maria Izabel Sandri

cionário ou da comunidade na qual está inserida. O reconhecimento como empresa socialmente responsável é fator de peso cada

Secretário municipal de Relações Institucionais e Temáticas, Noemi dos Santos Cruz, e Laryssa Guimarães, do Comitê de Responsabilidade Social da Cootravale

vez mais cobrado pelos consumidores. Recebem o Selo Social empresas que realizam investimentos na área social em âmbito interno ( junto aos seus funcionários) ou externo (comunidade), tendo


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como parâmetro de análise os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) estabelecidos pela ONU: combate à fome e a miséria, acesso à educação básica, igualdade entre sexos e a valorização da mulher, redução da mortalidade infantil, melhoria na saúde das gestantes, combate à Aids, à Malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e união de toda a sociedade em prol do desenvolvimento. Projetos Cootravale Entre as ações da Cootravale que pesaram para a definição do prêmio destaque de Valorização da Mulher está o programa Formação Contiuada em Excelência e Lucratividade no Transporte, realizado em parceria com a Fabet (faculdade especializada em transportes), com a proposta de instrumentalizar os cooperados e esposas para a gestão de suas transportadoras. A Cootravale também desenvolveu ações especiais ao longo de 2013, como o encontro semestral das esposas dos coo-

perados com o objetivo de incentivar e valorizar a atuação da mulher na gestão do negócio familiar, onde tratouse de temas como qualidade de vida e nível de serviço. Sobre a cooperativa Fundada em 20 de junho de 1995 na cidade de Videira (SC), a Cootravale é fruto do sonho de 22 pequenos transportadores que acreditaram que a união abriria portas e ajudaria a conquistar novos mercados, o que a transformou em uma das maiores organizações de transporte do país. Ciente de sua responsabilidade como cooperativa, estabeleceu um compromisso mantido até hoje com seus colaboradores, cooperados, comunidade e clientes: realizar um trabalho responsável e de qualidade, de modo que todos que mantêm relações com a Cootravale cresçam de forma unificada. Com matriz em Itajaí, a cooperativa hoje tem filiais e pontos de apoio em 22 cidades nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.g

Os 7 selos sociais conquistados pela Cootravale : - Combate à fome e à miséria - Acesso à educação básica - Igualdade entre sexos e a valorização da mulher - Melhoria na saúde das gestantes - Combate à Aids, à Malária e outras doenças - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente - União de toda a sociedade em prol do desenvolvimento

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Suplemento News PROGRAMA DE ARRENDAMENTOS

Secretaria de Portos poderá retomar licitação de áreas portuárias Investimento privado de R$ 700 milhões gera alternativa para exportação ao exterior pelo Norte. Complexo terá capacidade de escoar até 2,5 milhões no primeiro ano A Secretaria de Portos (SEP) está próxima de retomar o processo de licitação das áreas do Bloco I do Programa de Arrendamentos Portuário (Santos e Pará). O Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) considerou satisfatórias as respostas da Secretaria de Portos para as condicionantes impostas aos estudos realizados pelo governo federal para licitar as áreas. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), vinculada à SEP, submeteu os estudos do Bloco I do Programa de Arrendamentos ao TCU em outubro e dezembro de 2013 e o plenário proferiu o Acórdão 3661, que determinou 19 condições para liberação dos estudos. Em relação às condicionantes que não são objeto do pedido de reexame, o tribunal considerou adequadas as incorporações feitas pela SEP, exceto uma recomendação específica para aperfeiçoamento em um lote no Porto de Santos. As respostas foram encaminhadas para a ministra do TCU, Ana Arraes, no início deste ano. No dia 30 de dezembro do ano passado, a SEP protocolou pedido de reexame de quatro determinações do tribunal, que ainda aguardam manifestação do ministro Aroldo Cedraz, relator do recurso. O governo só poderá lançar os editais das 29 áreas dos portos de Santos, Vila do Conde, Santarém, Belém e terminais de Miramar e Outeiros após apro-

vação do pedido de reexame pelo plenário do TCU.

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Uma etapa importante foi superada, mas o processo ainda está em curso. O tribunal entende que a SEP cumpriu o que foi determinado, mas ainda não está com um quadro completo que permita o andamento das licitações do Bloco I. O acórdão ressalta três pontos relativos aos estudos que não impediram a aprovação do conjunto de argumentações. Entre as condicionantes definidas no Acórdão 3661/2013, havia uma que solicitava alterações nos estudos de áreas a serem arrendadas na região da Ponta da Praia, em Santos, em função da Lei Complementar 813/2013 do município, que vedava a movimentação de granéis sólidos no bairro. A relatora entendeu que a determinação para revisão dos estudos não subsiste por conta de decisão liminar do Superior Ttribunal Federal (STF), que concluiu que a norma invade a competência da União para ditar regras de exploração portuária e que não caberia ao município proibir que determinado tipo de carga não possa ser movimentada na área do porto. Em outra ressalva, o TCU recomenda que a SEP e a Antaq busquem esforços para coletar parâmetros internacionais e elabore uma base de dados que possibilite comparação dos indicadores

de portos brasileiros com o mercado internacional. Os estudos em análise já contemplam parâmetros de eficiência, apesar de não haver uma base de dados em nível internacional que possa comparar padrões de eficácia entre portos no mundo. O TCU recomenda ainda que a SEP incorpore nos estudos a possibilidade de alterar o mix de cargas de um terminal localizado na região de Saboó, em Santos, e escalonar obras de reforço estrutural do cais. g


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MONITORAMENTO DE CAMINHÕES

Programas de agendamento de cargas nos portos mostram resultados Em Hamburgo, na Alemanha, o porto investiu em melhoria na comunicação e agendamentos e em um monitoramento especial para as cargas de frutas

Os resultados do agendamento internacional foi apresentado durante o workshop “Experiência internacional ligada ao projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente”, realizado em Brasília pela Secretaria de Portos (SEP). Participaram do encontro representantes dos portos de Valência (Espanha), Hamburgo (Alemanha) e Valparaíso (Chile). Durante o encontro, eles apresentaram os resultados alcançados a partir da implementação de sistemas de monitoramento de tráfego similares ao que está sendo desenvolvido no Brasil. O evento foi realizado em parceria com a Fundación Valenciaport, entidade docente vinculada ao porto de Valência,

DIVULGAÇÃO

Os programas internacionais de agendamento e cargas no sistema portuário, a exemplo do que começou a ser aplicado no Brasil este ano, têm trazido resultados significativos para o setor. Em Valência (Espanha), o acesso ao porto é feito através de uma via de mão única que passa dentro da cidade. O congestionamento a caminho do porto foi resolvido com a implantação de um sistema de monitoramento de caminhões. “Com o sistema conseguimos programar os horários dos caminhões e coordenar os órgãos envolvidos. Isto resultou na agilidade no acesso do caminhão para o pátio e na redução da fila de caminhões ao longo da via”, afirmou o diretor do departamento de IT da Valenciaport, Miguel Llop Chabrera. com experiência em formação para o setor logístico portuário. Programas similares foram desenvolvidos nos portos de Valparaíso e Hamburgo. A gerente de projetos da Valenciaport, Paula Vieira Gonçalves de Souza, explicou que nos dois casos houve redução de cerca de 70% no tempo de estadia e de espera dos caminhões nos pátios. Em Valparaíso, 450 mil caminhões seguem por ano em direção ao porto pelas vias da cidade. Hoje, o caminhão aguarda, no máximo, 19 minutos no pátio. Em Hamburgo, o

porto investiu em melhoria na comunicação entre os órgãos envolvidos, mais eficiência na troca de informações e agendamentos e em um monitoramento especial para as cargas de frutas. “Com isso não há perda ou armazenagem incorreta das frutas, principal produto exportado pelo país”, concluiu Paula. Safra 2014 Em 2014, a Secretaria de Portos (SEP) coordenou uma ação conjunta com a Companhia Docas do


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Suplemento News Estado de São Paulo (Codesp) e vários órgãos governamentais para monitorar o escoamento da safra de grãos 2013/2014 pelo Porto de Santos por meio de um sistema de agendamento de caminhões. A estratégia evitou a ocorrência de congestionamentos de caminhões tanto ao longo das rodovias de acesso ao porto quanto dentro das cidades próximas ao terminal. De acordo com informações da SEP, na última semana de abril, 95% dos caminhões com destino ao porto estavam com suas chegadas agendadas. O monitoramento reduziu o tempo de espera dos veículos para desembarque de granéis vegetais sólidos nos terminais portuários, impactando inclusive na redução no custo do frete. O processo bem sucedido em 2014 será aperfeiçoado com a implantação completa do sistema Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog), prevista para começar a operar em 2015. O sistema vai se interligar ao Porto sem Papel (sistema de informação que reúne em um único meio de gestão as informações e a documentação das mercadorias embarcadas e desembarcadas nos portos) e ao Sistema de Monitoramento do Tráfego de Embarcações, o VTMIS. “A implementação do Portolog permitirá o acompanhamento e gerenciamento em tempo real do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do porto”, afirmou durante palestra a coordenadora-geral de Gestão da Informação Portuária da SEP, Mariana Pescatori. Carga no sistema A partir de um cadastramento da carga no sistema, o Portolog vai monitorar sua saída para o porto, através de acompanhamento eletrônico. Os caminhões serão identificados com etiquetas inteligentes que enviarão os dados por meio de sistemas de comunicação, permitindo o rastreamento e gerenciamento do transporte com mais eficiência. Após análise das vagas localizadas no pátio de triagem no planalto, os caminhões agendados serão encaminhados para o pátio da baixada, onde serão recepcionados automaticamente por meio de antenas de RFID, sendo informados por sistemas sonoros do horário de saída para se encaminharem aos terminais portuários. O sistema também tem previsão de implantação em outros portos organizados. Santos será o primeiro a receber o sistema por ser o terminal que recebe mais de 50% da safra agrícola a ser exportada, principalmente produtos do complexo soja e milho. A iniciativa é parte do Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de R$ 115 milhões para que 12 portos brasileiros adquiram equipamentos e implantem o sistema já concluído pelo Serpro. g


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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS MUDANÇA ADMINISTRATIVA

César Borges assume a Secretaria de Portos Ex-ministro Antônio Silveira considerou a troca natural, já que Borges tem conhecimento de grande parte das ações desenvolvidas pela SEP A presidente da República, Dilma Rousseff, substituiu o ministro da Secretaria de Portos, Antônio Henrique Silveira, titular desde outubro de 2013, pelo ministro dos Transportes, César Borges. A pasta dos Transportes agora fica com o ex-ministro Paulo Sérgio Passos. Silveira permanecerá na pasta como secretário-executivo no lugar de Eduardo Xavier. O ex-ministro considerou a troca na¬tural, já que, pela interface das ações com o Ministério dos Transportes, Borges tem conhecimento Ministro da Secretaria de de gran¬de parte das ações desenPortos, César Borges volvidas pela SEP. Ele afirmou ainda que, na Secretaria Executiva, dará sua con¬tribuição para a continuidade dos processos nela em andamento, entre os quais, os arrendamentos portuários, as autorizações para novas instalações portuárias privadas, o Programa Nacional de Dragagem II e a melhoria da gestão das companhias docas.

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Contamos com uma equipe preparada para oferecer soluções logísticas de acordo com suas necessidades com serviços integrados e total segurança às operações. Transporte Casa Contêiner e Construções Modulares

Venda e Aluguel de Contêineres

César Borges é baiano de Salvador, tem 64 anos e é engenheiro civil formado pela Uni¬versidade Federal da Bahia (UFBA). Foi governador da Bahia no período de 1999 a 2002 e senador da República de 2003 a 2011. Ocupou o cargo de vice-presidente de governo do Banco do Brasil entre 2012 e 2013, respondendo pela administração, supervisão e coordenação da área de governo da empresa. g Depósito de Contêineres

CFS / Armazenagem

LOGÍSTICA PORTUÁRIA

PAC 2 concluiu investimentos em 22 empreendimentos do setor O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) concluiu 22 empreendimentos no setor portuário brasileiro nos primeiros meses de 2014. As principais obras concluídas no perío¬do foram a recuperação do Berço 201 do Porto de São Francisco do Sul (SC), a margem es¬querda da Avenida Perimetral Portuária, na primeira fase do Porto de Santos (SP), a cons¬trução da nova área para Terminal de Passageiros do Porto de Recife (PE) e a recuperação e ampliação do cais comercial do Porto de Vitória (ES). Em maio, foram entregues também obras como o Terminal Internacional de Passageiros em Manaus (AM), o Terminal Marítimo de Passageiros em Fortaleza (CE) e o alinhamento do Cais de Outeirinhos do Porto de Santos. Os investimentos totais feitos pelo PAC 2 alcançaram este ano R$ 871,4 bi¬lhões, o que representa 84,6% do orçamento previsto para o período 2011/2014.g

Reefer Service

Itajaí

Navegantes

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

GVW Brasil atende mercado de luxo na movimentação de mercadorias O processo de importação de produtos com alto valor agregado é tratado de forma especial. A reconhecida marca de cristais Swarovski é cliente desde abril de 2013 divulgação

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Datas comemorativas sempre levam as pessoas aos shoppings, lojas e centros comerciais atrás de um presente ideal. O que poucas pessoas sabem é que, para que o presente ideal esteja disponível nas prateleiras, pessoas e prestadores de serviços estão envolvidos. A GVW Brasil contribui para que os produtos do mercado de luxo cheguem às lojas e façam a felicidade das pessoas, por meio da prestação de serviços de importação de peças de cristais e relógios, realizando a completa assessoria aduaneira e gestão de negócios internacionais. Um importante cliente atendido pela GVW neste mercado é a marca Swarovski. Todo o processo de importação de produtos com alto valor agregado é tratado de forma especial pela GVW. A empresa de assessoria aduaneira possui certificação da ISO 9001 que auxilia na qualidade, atendimento diferenciado ao cliente e uma equipe especializada. “Há diferenciais na remoção da mercadoria para um armazém alfandegado especializado em mercadorias de luxo para nacionalização, além do seguro vinculado ao Documento de Importação (DI) e o atendimento diferenciado junto ao cliente”, explica Alex Franco, diretor da GVW Brasil. A reconhecida marca de cristais Swarovski é cliente da GVW Brasil desde abril de 2013. “Por se tratar de um produto de alto valor agregado, temos que administrar o processo com parceiros qualificados, seguros e uma infraestrutura capacitada”, afirma o diretor. A Swarovski não possui estoque por ter peças exclusivas de acordo com a coleção lançada, portanto, o trâmite de nacionalização dos cristais se inicia com uma semana de antecedência das peças irem para as lojas. Segundo a coordenadora de logística F&A Brazil da Swarovski, Bruna Nemézio, as peças estão expostas para o público três semanas antes da data de comemoração. A coordenadora de logística explica ainda que hoje todo o material da Swarovski é importado, desde os produtos de revenda, até sacolas e fitas para presentes. “A nossa operação é iniciada com a logística internacional, de follow-up com os exportadores. Trato direto com agentes de cargas para coletar o material e despachar via modal aéreo até o Brasil. Após a chegada do material, realizamos o desembaraço em armazém alfandegado. Quando as peças são liberadas, nós as entregamos em um armazém terceirizado em São Paulo e então realizamos a distribuição das peças”, diz Bruna.g


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INFORMAÇÃO ELETRÔNICA

Governo lança portal sobre comércio exterior brasileiro Em espanhol, inglês e português, as informações do site são uma compilação atualizada de dados do governo que visa a promover as trocas comerciais

O governo brasileiro acaba de lançar na internet o BrasilExport - Guia de Comércio Exterior e Investimento, com informações de como exportar, importar e investir, além de dados sobre logística no país, acordos tarifários, notícias e eventos relacionados ao comércio exterior. A proposta é promover e facilitar o comércio exterior nacional. Em espanhol, inglês e português, as informações disponibilizadas no site são uma compilação atualizada de dados do governo que visa a promover as trocas comerciais entre o Brasil e outros países, além de captar investimentos estrangeiros. No portal, é possível também tirar dúvidas específicas, por meio de um sistema de envio de perguntas e respostas. “O BrasilExport é uma plataforma extremamente relevante porque cria uma coordenação de um conjunto de informações que já eram produzidas pelo governo. Agora, podemos compartilhar, em um mesmo sítio eletrônico, todo o conjunto de informações relevantes para as atividades de comércio”, destaca o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges. Para o ministro, essa ferramenta é um esforço de acompanhar a transição do perfil da economia mundial, que sai de um momento de crise para um período de expansão, especialmente a partir de 2015 e 2016. “Nossa escala de comércio merece instrumentos inteiramente compatíveis com os dias que vivemos, em que a força das ferramentas digitais é fundamental para a efetivação do comércio”, explica o ministro, ao ressaltar que o comércio exterior brasileiro soma cerca de US$ 500 bilhões, quatro vezes mais do que no começo da década de 2000. Para o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, o BrasilExport será uma forma de desburocratizar o sistema de comércio exterior brasileiro e permitirá a difusão de conhecimento relacionado ao tema. “Essa iniciativa, entre três ministérios, ampliará cada vez mais e aperfeiçoará a nova realidade de administração púbica, cujos temas são transversais e merecem tratamento sistêmico.” g

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Suplemento News INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

Navio de contêineres inaugura operações no berço 1 reconstruído Esta foi a primeira operação após a reconstrução da estrutura que foi afetada durante a enchente de 2011. Obra custou R$ 80 milhões à APM Terminals O Aldebaran, navio de contêineres com capacidade nominal de 2.800 TEUs, foi o primeiro cargueiro a operar no novo berço 1 da APM Terminals, empresa responsável pela operação de cargas no Porto de Itajaí. A embarcação, que faz a rota entre o Brasil e a Argentina, realizou a primeira operação na nova estrutura, reconstruída após ser afetada pela enchente de 2011. Na época, as correntezas do rio Itajaí-Açu provocaram forte erosão e comprometeram o cais. As obras foram concluídas e simbolicamente inauguradas em abril com a presença do então ministro dos Portos, Antônio Henrique Pinheiro Silveira. Desde então, o berço aguardava testes estruturais e de equipamentos para começar a receber navios. Ricardo Arten, diretor-superintendente da APM Terminals no Brasil, explica que foram investidos R$ 80 milhões na reconstrução. “O investimento vai assegurar maior flexibilidade operacional e aumento da produtividade dos navios”, acrescenta. De acordo com informações da empresa responsável pela recuperação do berço, foi necessária a utilização de engenharia especial, como a instalação de uma cortina de estacas-prancha provisória para dar mais estabilidade à estrutura durante a reconstrução. A cortina foi removida após a concretagem do berço. Na reconstrução foram utilizadas 167 estacas tubulares que variam de 28 a 50 metros de profundidade, diferença que se explica pelos diferentes tipos de solo encontrados no leito do rio. A construtora instalou ainda um sistema de mantas geotêxteis e blocos de concreto de 20 centí-

ADÃO PINHEIRO

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metros de altura no fundo do rio a 16 metros de profundidade. O investimento extra foi necessário para que o cais resista a eventos excepcionais como as correntezas da enchente de 2011. Esta obra de reforço, semelhante a um colchão de proteção, tem como objetivo evitar a erosão e a exposição das estruturas do cais em situações semelhantes no futuro. Desde que assumiu a operação em Itajaí, a APM Terminals vem investindo continuamente na infraestrutura da área arrendada, no treinamento de seus funcionários e na aquisição de uma moderna frota de equipamentos e de sistemas de última geração para o gerenciamento do terminal. Com movimentação média de 25 mil contêi-

neres por mês, o terminal dispõe de 1.500 tomadas reefer, três guindastes pórticos móveis, 13 empilhadeiras de grande porte (reach stacker) e duas empilhadeiras de vazios (empty handler). No Brasil, a APM Terminals também opera um terminal em Pecém (CE) e tem sociedade na Brasil Terminal Portuário, em Santos (SP). Além disso, conta com uma rede de serviços retroportuários em Rio Grande (RS), Itajaí (SC), Itapoá (SC) e Paranaguá (PR). No mundo, as operações estão espalhadas por 39 países, totalizando 64 portos e terminais, com sete novos projetos em desenvolvimento e 16 programas de expansão em andamento, além de 165 operações de prestação de serviços retroportuários em 47 países. g


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INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

Portonave começa obras de ampliação do pátio de contêineres

DIVULGAÇÃO

O terminal também ganhará, com o investimento, mais 810 tomadas para contêineres reefer, utilizados para cargas congeladas e refrigeradas

A Portonave deu início às obras da segunda fase do Terminal Portuário de Navegantes, que preveem investimentos na ordem de R$ 120 milhões. A área a ser ampliada fica no lado direito do terminal e vai permitir aumentar a capacidade do pátio dos atuais 270 mil m² para pelo menos 400 mil m². Esta etapa na infraes¬trutura do terminal faz parte do planejamento da companhia desde a sua fundação. A previsão ini¬cial é de que os serviços fiquem prontos dentro de, no máximo, 15 meses. Com a obra, a empresa praticamente dobrará a capacidade estática do pátio, saindo de 15 mil para 30 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). A Portonave também ganhará, com o investimento, mais 810 tomadas para contêineres reefer, utilizados para cargas congeladas e refrigeradas. Somadas com as 1.890 tomadas já existentes, a capacidade do terminal será para 2.700 contêineres refrigerados. A car¬ga congelada, principalmente frango, representa cerca de 50% da movimentação da Portonave, no sentido da exportação. Além disso, o terminal investirá em uma nova subestação de energia, com capacidade para 10 MVA (Megavolt Ampére: unidade equivalente a 1 milhão de volts ampére), o que é mais do que su¬ficiente para atender toda a demanda da empresa. Ainda nesta etapa, a Portonave ampliará o arma¬zém para inspeção de cargas e a área de DTA (Des¬pacho de Trânsito Aduaneiro). O armazém e a área de DTA passarão de 2 mil m² para 3.900 mil m². Novos equipamentos Para atender a esta nova fase e a demanda cres¬-

cente de movimentação de cargas no terminal, a Portonave também investe em equipamentos. No ano passado, adquiriu três portêineres e cinco transtêineres. Assim, a empresa soma seis portêi¬neres, que são os principais equipamentos para operação de carga e descarga dos navios, e 18 transtêineres, responsáveis pela movimentação dos contêineres na retroárea. A empresa também comprou 15 carretas do tipo Terminal Tractor (TT) e 25 semireboques, pranchas móveis para sustentar a contêiner durante o trans¬porte da carreta. Com os novos equipamentos, a empresa ficará com 39 TTs e 54 semireboques. As novas pranchas são diferentes das que operam na Portonave. Possuem capacidade de

carga maior, 60 toneladas, contra 40 toneladas das antigas. Os novos semireboques têm dimensões maiores, são mais robustos, visando à baixa manutenção e ao aumento da produtividade. São azuis para dife-renciarem dos demais e facilitar a visualização dos operadores durante a operação. Além disso, os equipamentos têm capacidade para movimentar dois contêineres cheios ao mesmo tempo (twin). As novas TTs são idênticas às atuais, da marca americana Kalmar, têm capacidade de carga de 60 toneladas e bom custo/benefício. “Mantemos o mesmo equipamento porque ele é bom, moder¬no, tem baixo índice de quebra e os nossos opera¬dores já estão familiarizados com ele”, comenta o


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Suplemento News gerente de manutenção, Marcelo Diniz. O terminal de Navegantes está consolidado como o mais bem equipado de Santa Catarina. Relatório de Sustentabilidade Com o objetivo de apresentar à sociedade o de¬sempenho da Portonave no ano de 2013 em rela¬ção a aspectos econômicos, sociais e ambientais, foi lançado no final de maio o Relatório de Sus¬tentabilidade 2013. Este é o sétimo relatório da Companhia e o quinto elaborado de acordo com a Global Reporting Initiative (GRI) – organização internacional que publica diretrizes para o relato de desempenho da sustentabilidade, garantindo a comparabilidade entre empresas de diferentes portes e setores de atuação. Segundo a responsável pela área de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Porto¬nave, Daiane Fagundes Maeinchen, a empresa optou

por adotar a quarta geração de diretrizes (G4) da GRI, lançadas em maio de 2013, as quais propõem que o relato seja focado em aspectos mais relevantes tanto para as organizações quanto para os seus stakeholders. “É uma forma de acompanhar a evo-

lução da empresa por meio dos indicadores cobrados pela GRI e buscar melhorias, em espe¬cial nos âmbitos econômico, ambiental e social”. O conteúdo integral está disponível em: http://sus¬tentabilidade2013.portonave.com.br/. g

BOM DESEMPENHO

Movimento do Complexo Portuário do Itajaí cresce 7% O movimento de cargas conteinerizadas no Comple¬xo do Porto de Itajaí cresceu 7% de janeiro a maio deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Se analisado apenas maio de 2014, o volume movimentado foi de 97,47 mil TEUs, sen-do 38,08 mil TEUs operados pela APM Terminals e 59,39 mil TEUs operados pela Portonave. O avanço com relação a maio de 2013 foi de 3%. “Podemos considerar o melhor mês deste ano em termos de movimentação, que vem crescendo no decorrer de 2014”, diz o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz.

Neste período, passaram pelos cais do Por¬to de Itajaí, APM Terminals Itajaí, Portonave Terminal Portuário Navegantes e demais ter¬minais que formam o Complexo 449,6 mil TEUs. No mesmo período do ano passado, foram 421,3 mil TEUs operados. Já o número de escalas cresceu 4% neste ano. Foram 411 atracações nos cinco meses, acima das 394 atracações registradas em 2013. As exportações representaram a fatia de 52% de toda a movimentação de maio e o frango foi

a carga com maior volume embarcado, segui¬do pela madeira e derivados e pelas carnes em geral. Nas importações, com a fatia de 48% da movimentação do complexo, os produtos quí¬micos lideraram os desembarques, seguidos pelos produtos mecânicos e eletrônicos e pe¬los têxteis. “Os números registrados geram um cenário bastante positivo para o complexo, que deve encerrar o ano com a movimentação de aproximadamente 1,2 milhão de TEUs”, prevê o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior. g


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SACO DA FAZENDA

Justiça assegura continuidade das obras da marina Projeto que prevê 854 vagas para embarcações contará com áreas de lazer, centro comercial e prédio administrativo. O prazo para concessão é de 25 anos

O prazo de concessão é de 25 anos, prorrogáveis por igual período. Além das áreas para as embarcações, a marina vai contar com áreas de lazer, centro comercial e prédio administrativo. O pedido de anulação do licenciamento foi proposto pelo Ministério Público Federal em Ação Civil Pública, com a condenação da Superintendência do Porto de Itajaí à recuperação do ambiente degradado. A ação foi julgada improcedente pelo juiz federal Marcelo Micheloti, que extinguiu o processo. Relevância socioambiental O assessor Jurídico do Porto de Itajaí, Henry Rossdeutsher, explica que a sentença que indeferiu o pedido do Ministério Público, reconheceu a relevância do projeto para o desenvolvimento socioeconômico regional, o atendimento pelo Porto de Itajaí às diretrizes da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) de fomentar

MARCELLO SOKAL

A Justiça Federal decidiu manter o licenciamento ambiental da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina para a construção do Complexo Naútico e Ambiental de Itajaí, a Marina do Saco da Fazenda. A área disponível para a obra é de 10,33 mil metros quadrados em terra e 120,9 mil metros quadrados de espelho d’água, além de mais 12,39 mil metros quadrados para aterro hidráulico. O projeto prevê um total de 854 vagas para embarcações, sendo 126 secas e 731 vagas molhadas.

a relação do porto com a cidade e também ao interesse público envolvido na construção de uma marina na cidade de Itajaí. Ainda segundo o assessor jurídico, “o projeto do Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, além de viabilizar uma grande marina, trará consigo inúmeros ganhos associados, tanto para o turismo, através do fomento das atividades náuticas, esportivas, recreativas, como para a cidade, que contará com novas e estruturadas áreas urbanas de lazer, além de contribuir para uso sustentável

do Saco da Fazenda, mediante a infraestrutura física e dos controles de qualidade que serão implantados com o projeto”. O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, considera a ação do Ministério Público totalmente improcedente, uma vez que as obras foram licenciadas pela Secretaria dos Portos (SEP) e também pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), por se tratar de área portuária não operacional. g


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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Computação na nuvem chega ao mercado logístico internacional Uma vez conectado ao serviço online, é possível utilizar suas ferramentas e salvar todo o trabalho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar O termo básico é quase um jargão da moda: computação na nuvem. O conceito (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da internet, seguindo o princípio da computação em grade. Na prática, o armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de instalação de programas ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da internet, daí a alusão à “nuvem”. Empresas como Amazon, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa “nuvem de informação”, que especialistas consideram uma “nova fronteira da era digital”. Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos. No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é bem recente, mas está se tornando madura com muita rapidez. Empresas de pequeno, médio e grande porte estão adotando a tecnologia gradativamente. No ambiente acadêmico, o Laboratório de Redes e Gerência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi um dos pioneiros a desenvolver pesquisas em computação em nuvem publicando artigos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Systems) e SLA (Service Level Agreement) para computação em nuvem, além de implantar e gerenciar uma nuvem privada e compu-

tação em nuvem verde. Sincronia digital Um exemplo bastante conhecido de computação em nuvens são os serviços de sincronização de arquivos, como o Dropbox, considerado um dos mais eficientes nesse sentido. Com ele, tudo o que precisa ser feito é reservar um espaço do disco rígido, o qual será destinado para a sincronia nas nuvens. Ao copiar ou mover um arquivo nesse espaço, ele será duplicado no servidor do aplicativo e também em outros computadores que tenham o programa instalado e nos quais você acesse a sua conta. O Gmail, por exemplo, traz uma porção de funções para organizar não só as mensagens, mas também os arquivos recebidos com elas. Ele também conta com filtros de mensagens e incorpora o seu mensageiro oficial, chamado Google Talk. O Google Maps é outro exemplo, já que, com ele, pode-se navegar para qualquer lugar do mundo a partir de uma referência. Além disso, é possível criar trajetos para andar de carro pela cidade, partindo de um ponto e tendo uma localização como destino. Comércio exterior Ferramentas específicas para o mercado de co-

mércio internacional começam a despontar como alternativa acessível para empresas de diferentes tamanhos. O Meta Hórus, solução desenvolvida pela empresa Meta Virtual, com sede em Balneário Camboriú (SC), chega oficialmente ao mercado entre julho e agosto. Desenvolvido e aprimorado a partir da experiência de 12 anos junto a uma expoente empresa de agenciamento internacional de cargas, o sistema permite uma série de funções operacionais, financeiras e gerenciais específicas para o setor. O diretor da Meta Virtual, Flávio Yamil Gomez, explica que o Meta Hórus é um software robusto, de grande porte, 100% web, desenvolvido com as


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mais modernas tecnologias para rodar na internet, com ótima velocidade e usabilidade. O sistema foi pensado e projetado para atender o negócio dos agentes internacionais de cargas, NVOCCs e freight forwarders. Além disso, a computação na nuvem viabiliza a sua utilização também por pequenas e médias empresas, já que exige um investimento bem menor do que a aquisição de softwares convencionais. “Anos atrás, este tipo de aplicação de grande porte era privilégio somente de poucas empresas que tinham um alto poder de investimento em TI”, explica o empresário. Diretor da Meta Virtual, Flávio Yamil Gomez

De acordo com Flávio, a Meta Virtual tem como visão elevar ao nível de excelência a prestação de serviço do setor e aponta como indispensável a utilização de ferramentas que aumentem a produtividade, a qualidade dos serviços e a lucratividade das empresas de logística. Em um mercado cada vez mais acirrado, uma ferramenta como o Meta Hórus agrega uma importante vantagem competitiva. Entre os diferenciais técnicos do Meta Hórus estão as funções de organização do fluxo de trabalho da empresa, gerenciamento da prospecção de novos clientes e o controle da lucratividade, permitindo que a diretoria defina faixas de lucratividade desejada. Também fornece, por exemplo, indicadores de produtividade por colaborador, setor ou filial e classifica agentes parceiros em categorias. A decisão de apostar no mercado logístico internacional, segundo o diretor da Meta Virtual, ocorreu ao observar a carência de boas soluções em TI para o segmento. “Nossa experiência de 12 anos junto ao desenvolvimento de um produto específico também contou. Foi um período em que criamos uma série de possibilidades e fundamentamos o conhecimento dos nossos profissionais”, comenta Flávio. Informações adicionais sobre o Meta Hórus podem ser encontradas no site www.metavirtual.com.br. g

Vantagens da computação na nuvem: - O usuário não se preocupa com o sistema operacional e hardware do computador pessoal, podendo acessar seus dados na “nuvem computacional” - As atualizações dos softwares são feitas de forma automática - O trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas as informações se encontram no mesmo lugar - Os softwares e os dados podem ser acessados em qualquer lugar, basta apenas que haja acesso à internet - Diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem como da instalação dos softwares - A infraestrutura necessária para uma solução de computação em nuvem é bem mais enxuta do que uma solução tradicional

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Artigo

Milton Lourenço

Lei dos Portos: um ano depois Um ano depois da promulgação da Lei dos Portos (nº 12.815), não se pode dizer que a legislação tenha alcançado até agora o seu objetivo principal, que seria o de modernizar as operações do setor. Pelo contrário, o que se vê é que o novo marco regulatório só conseguiu unir polos tradicionalmente opostos: empresários e lideranças sindicais são unânimes em demonstrar seu descontentamento com a nova legislação.

ver uma descentralização portuária. Ora, foi exatamente o contrário o que se sucedeu, com o esvaziamento dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP) e a centralização da gestão portuária em Brasília. Com isso, a comunidade empresarial e os trabalhadores perderam representatividade, já que o atual modelo do CAP não prevê sua participação nas decisões, ou seja, tornou-se um órgão meramente consultivo.

Na verdade, o que se constata é que tinham razão aqueles mais ponderados que defendiam não uma nova legislação, mas apenas o aperfeiçoamento da Lei nº 8.630/93, que, bem ou mal, serviu para aumentar a produtividade e desatravancar algumas operações que o modelo excessivamente estatizante não se mostrava capaz de fazê-lo.

Em compensação, aumentou a burocratização das decisões para questões que se arrastam meses a fio sem uma solução. Para piorar, a Secretaria de Portos (SEP) foi transformada em moeda de troca no jogo político-partidário, com a nomeação de novo secretário para a pasta e o rebaixamento do antigo titular para secretário -executivo, após pouco mais de oito meses no cargo.

O que se esperava era que a Lei nº 8.630/93 recebesse alguns ajustes para melhorar alguns pontos que não haviam sido contemplados à época de sua promulgação, principalmente no sentido de promo-

Enquanto isso, no Porto de Santos, por exemplo, estão vencidos nove contratos de terminais, que funcionam à base de liminar,

o que demonstra a precariedade do atual modelo regulatório. Até o final do ano, mais cinco terminais terão seus contratos vencidos, mas o governo ainda não se deu ao trabalho de abrir o edital de licitações. Como a situação não é clara, obviamente muitos empresários recuaram e investimentos privados estão congelados até segunda ordem. Afinal, embora o governo tenha anunciado a abertura de licitações de terminais em Santos e Belém, as concessões continuam suspensas em razão de problemas técnicos e administrativos. Portanto, um ano depois, não há bons resultados a comemorar, pois não se vê que os portos brasileiros estejam sob novo modelo de gestão. Pelo contrário, o que se constata é que há setores que defendem mudanças na nova Lei dos Portos. Se isso ocorrer, com certeza, as metas anunciadas há um ano – redução de custos, desempenho eficiente e mais investimentos – estarão cada vez mais distantes. g

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br.



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TRANSPORTE DE BEBIDAS

DC Logistics Brasil ajuda a coordenar importação de vinhos para o Brasil Para garantia do serviço de qualidade, empresa mantém acompanhamento, enviando mensagens informativas sobre o status da importação/exportação Bebida que ganhou espaço na mesa do brasileiro, o vinho conquista ainda mais notoriedade quando as temperaturas tornam-se amenas, mais convidativas ao consumo da bebida. A produção nacional ganha força, mas os importados são os que mais se destacam. É o caso dos vinhos chilenos. Em primeiro lugar na lista de importações brasileiras, o Chile terminou 2013 na liderança no mercado nacional, com 31,52% de participação em valor e 37,89% em volume. A diversidade do vinho chileno, graças à geografia única, é um dos fatores que garantiram o topo do ranking. Para chegar ao território brasileiro, esses vinhos contam com o apoio de empresas como a DC Logistics Brasil , que atua no serviço de transporte rodoviário de países como Chile e Argentina. Direcionada a firmas importadoras, a atuação da empresa com sede em Itajaí (SC) e 10 escritórios espalhados pelo país, já tem cerca de dois anos. “Nosso grande diferencial é o acompanhamento que damos com todos os envolvidos, transportadora, despachante, exportador e importador”, ressalta Diego Tanelo, operations coordinator (Land Freight & Air Export). A Porto Mediterrâneo é uma das empresas que utiliza o serviço da DC Logistics Brasil desde 2007. A sócia da empresa, Dannielly Voges, reforça que atualmente 100% das cargas estão sob responsabilidade da empresa de Itajaí, incluindo o transporte rodoviário na América do Sul. Na companhia, há uma

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equipe dedicada a fomentar os embarques rodoviários não só de vinhos, mas também de outras mercadorias, muitas das quais já têm um volume interessante de transações, como no caso dos pescados. “O agente de cargas pode ser um grande parceiro, principalmente para cargas consolidadas, como é o caso de algumas da Porto Mediterrâneo. Precisamos de parceiro eficiente para coordenar o embarque de vários fornecedores ao mesmo tempo, às vezes na mesma unidade e que estão em países diferentes, como é o caso das cargas que são provenientes da Europa”, reforça a executiva.

Para garantia de um serviço de qualidade, a DC Logistics Brasil mantém um acompanhamento, enviando mensagens informativas sobre o status da importação/exportação. O cliente deixa de ter a necessidade de ficar buscando informações sobre suas mercadorias. “Essa preocupação passa a ser nossa”, justifica Diego Tanelo. Separadamente, a empresa também pode oferecer o serviço de seguro internacional para cobrir a carga, carga mais frete, ou outras coberturas. No caso dessa contratação, a organização agiliza todos os trâmites do seguro, assim como normalmente faz com o frete internacional. g


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LIGA PRA GENTE, NEM QUE SEJA PRA DAR PARABÉNS. (47) 3341.0600 barbierilitoral.com.br

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Novo Cardápio Verão 2014

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Diário de Bordo Empresas Encontro de negócios 1 A Brasfrigo desencadeou um programa de reuniões com os clientes para ampliar o volume de negócios e ao mesmo tempo apresentar a estrutura que mantém em Itajaí, no litoral de Santa Catarina. A Brasfrigo possui experiência de mais de 30 anos e capacidade de handling de 80.000 toneladas/mês. A empresa é detentora de concessão da Receita Federal para operar como Estação Aduaneira de Interior Frigorificada (Eadif) Porto Seco, atuando na prestação de serviços de armazenagem, movimentação e unitização de contêineres de produtos congelados destinados à exportação. Em suas dependências, atua o órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Encontro de negócios 2

Construção de gasoduto

José Humberto Côrtes, gerente-geral da Brasfrigo, explica que as reuniões são uma maneira de aproximar a empresa dos clientes. Segundo o gerente, apesar do volume de negócios, muitos clientes da Brasfrigo não conhecem as pessoas com quem estão lidando. A primeira reunião foi realizada em parceria com a EGA Logística. Atualmente, 90% da atividade da Brasfrigo está ligada ao setor de exportação. Os outros 10% são de importação. Os destaques na importação são hambúrgueres, pescados e pizzas. “É um mercado em crescimento”, acrescenta José Humberto.

A Odebrecht e a espanhola Enagas venceram a licitação para construção do segundo grande gasoduto de gás natural no Peru depois que o governo desqualificou um grupo concorrente. Uma proposta conjunta reunindo a GDF Suez, Sempra Energy, Techint Group e Transportadora de Gás Internacional não cumpriu os requisitos técnicos do processo de concorrência, segundo Gustavo Villegas, secretário-geral da Proinversión, agência de investimentos do Peru. A Odebrecht e a Enagas investirão US$ 3,6 bilhões para instalar mais de 1 mil quilômetros de tubulações com origem nos campos de gás de Camisea, na selva, atravessando os Andes, para alimentar planejadas usinas de eletricidade na costa do Pacífico.


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Diário de Bordo Logística Recorde na cabotagem O Tecon Rio Grande bateu, em maio, seu recorde histórico em cabotagem, movimentação de cargas entre portos de um mesmo país. Ao todo, foram movimentados 3.900 TEUs, representando um crescimento de 26,9% em relação ao mesmo período de 2013. No acumulado do ano, o incremento verificado foi de 9,3% no comparativo com o mesmo período. Entre os fatores que contribuíram para este resultado está o bom desempenho da safra gaúcha, especialmente o arroz, responsável por 77% dos embarques, além da abertura de novas rotas, incluindo São Luís (MA) e Belém (PA), e a retomada dos embarques diretos a Manaus (AM) sem a necessidade de transbordo.

Libra bate recorde

Presença na África

A Libra Terminais Santos garantiu um novo recorde, desta vez na operação de embarque de contêineres no navio MOL Garland, registrando 103,9 movimentos por hora (MPH). Na operação, foram embarcados 907 contêineres do navio de bandeira de Portugal, que tem 275 metros de comprimento e 40 metros de boca. A nova marca interna é motivo de comemoração e, para o diretor geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller, este é um passo importante para a consolidação da execução precisa e da consistência dos serviços.

A DB Schenker Logistics está expandindo sua presença na África. No início de junho, o ex-parceiro Bochimar Lda foi integrado na rede DB Schenker, após nove anos de uma parceria forte e crescente. Em Moçambique, a DB Schenker estabeleceu uma filial, localizada em Maputo. Em 2005, a DB Schenker em Portugal foi nomeada como a organização responsável por todas as transferências destinadas a Angola e vindas de Angola, em nível global. Em 2013, a DB Schenker e a Bochimar realizaram o transporte marítimo de mais de 3.400 contêineres e o transporte aéreo de mais de 1.100 toneladas de mercadorias.

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Diário de Bordo Offshore Produção de petróleo A Petrobras está comemorando a produção de 500 mil barris por dia de petróleo e gás natural na região do pré-sal da Bacia de Santos. O patamar foi atingido oito anos após a primeira descoberta, e mais rápido do que o desenvolvimento de outros campos em águas ultraprofundas no mundo. No Golfo do México, por exemplo, foram necessários 19 anos para se chegar a esse nível de produção; no Mar do Norte, nove. A província do pré-sal como um todo, incluindo as bacias de Santos e Campos, tem 149 mil quilômetros quadrados e equivale a três vezes o tamanho do estado do Rio. Em 2020, o pré-sal será responsável por cerca de 50% da produção da Petrobras, que deverá atingir 4,2 milhões de barris por dia.

Estaleiro Atlântico Sul

Software especial

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) importou US$ 81,4 milhões em partes de navios da China ao longo de 2013, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Os “navios-tanques” (nomenclatura que aparece para o produto importado) foram usados para acelerar a montagem dos petroleiros Dragão do Mar e Henrique Dias. Até o final de 2016, o EAS precisa entregar à Transpetro o último navio de uma série de 10 petroleiros suezmax encomendados pela estatal. Até agora, três embarcações foram concluídas.

A GE Oil & Gas recebeu os dois primeiros pedidos do novo software SeaLytics BOP Advisor (Blowout Preventer) pelas empresas de perfura¬ção Queiroz Galvão Óleo & Gás (QGOG), uma das 10 maiores empresas de perfuração do mundo focada em águas ultraprofundas, e Atwood Oceanics, empresa norte-americana especializada em perfuração offshore para a indústria global de petróleo e gás. O BOP é o principal elemento de ligação entre a cabeça de poço no fundo do mar e a son¬da. Essa solução permitirá que as empresas monitorem o desempenho dos BOPs e planejem as manutenções antes que ocorram problemas, evitando paradas não programadas.


INFORMATIVO DOS PORTOS

Diário de Bordo Portos Suape tenta antecipação O Complexo Industrial Portuário de Suape, no Grande Recife, está negociando com a Secretaria dos Portos a antecipação de licitações referentes a dois terminais, que somam R$ 2,3 bilhões em investi¬mentos. De acordo a diretoria de Planejamento e Urbanismo do porto pernambucano, representantes da administração portuária estive¬ram em Brasília para negociar a antecipação das licitações. A expec¬tativa é de que até dezembro deste ano os processos licitatórios sejam antecipados. A assinatura do contrato deve ocorrer em 2015. Com a aprovação da Medida Provisória (MP) dos Portos pelo governo federal, Suape estaria no terceiro lote de licitações.

Presidente Kennedy

Tecnologia de inspeção

O Porto de Roterdã, empresa formada pelo governo holandês e conhecida como uma das principais operadoras portuárias do mundo, decidiu entrar na sociedade daquele que pretende ser o maior porto privado do Brasil. O chamado Porto Central de Presidente Kennedy, que será erguido no litoral sul do Espírito Santo, vai receber investimentos de R$ 5 bilhões. A previsão é que as obras sejam iniciadas em meados de janeiro do ano que vem. Pelo projeto original, Roterdã atuaria apenas como um gestor do empreendimento. Com a mudança na Lei dos Portos, que abriu o setor para investimento privado e operação de diversos tipos de carga, a empresa decidiu entrar no negócio.

Entraram em operação no Terminal de Contêineres de Salvador – administrado pelo Grupo Wilson Sons – novas tecnologias que vão otimizar as operações de inspeção de contêineres e registrar informações dos veículos que acessam o terminal. Ao todo, foram investidos R$ 7,4 milhões na aquisição de um scanner e do software OCR (Optical Character Recognition; em português, Reconhecimento Óptico de Caracteres). Os equipamentos atendem à portaria da Receita Federal nº 3.518, que determina a inspeção de todos os contêineres de importação e das unidades indicadas pela fiscalização aduaneira, além de prever a automatização das informações dos veículos que entram no Tecon.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Apreensão/retenção de contêiner Com o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro,

de nacionalização de mercadorias.

verifica-se nos últimos anos um grande avanço na mo-

Apesar disso, em determinadas regiões, seja pela crescente demanda de mercadorias importadas com

vimentação de cargas em contêineres, possibilitado gra-

Além disso, o ganho logístico com a utilização de con-

aplicação de perdimento e a inexistência de estrutu-

ças ao fenômeno da conteinerização.

têineres atende aos interesses de uma série de interve-

ras adequadas para armazenamento dessas merca-

nientes nas operações de importação e exportação, tais

doria apreendidas até sua destinação, com a devolu-

Referida terminologia corresponde, além da criação do

como transportadores, operadores portuários, consigna-

ção das unidades de carga para o transportador real,

contêiner, a todo o aparato tecnológico criado para possi-

tários e a própria Aduana, conforme mencionado acima.

permanecem retidas as unidades de carga, com a necessidade de intervenção junto ao Poder Judiciário

bilitar a utilização do referido equipamento na logística e

para possibilitar a devolução do equipamento.

no transporte de carga internacional, em grande escala,

No entanto, diante das facilidades trazidas pelo fenô-

tais como: a padronização das unidades de carga para

meno da conteinerização, também evidencia-se a má

produção e utilização em massa; a criação, construção e

utilização ou uso indevido do equipamento, com objetivo

Além disso, surgem outras questões um pouco mais

aperfeiçoamento de embarcações e demais veículos de

de suprir deficiências de infraestrutura. Nesse sentido,

complexas relativas à retenção das unidades de car-

transporte preparados para o uso de contêineres; equi-

tornou-se comum a apreensão/retenção de unidades de

ga, em razão do abandono das mercadorias, após

pamentos para levante dos contêineres, com objetivo de

carga em razão da aplicação de pena de perdimento à

registro da DI e, algumas vezes, após o desembara-

colocar e retirar as unidades sobre os respectivos veícu-

mercadoria importada.

ço da mercadoria, bem como a discussão relativa à possibilidade do transportador contratual pleitear

los de transporte e para movimentação e armazenagem nos pátios e retroáreas; áreas preparadas para o manu-

Tal situação é rechaçada pelo Poder Judiciário brasilei-

a devolução da unidade de carga em nome próprio.

seio do equipamento (portos, aeroportos, estações fer-

ro, com jurisprudência sedimentada sobre o tema, no

Tais questões devem receber a aplicação do princípio

roviárias, pátios e depósitos para armazenamento das

Superior Tribunal de Justiça, em razão da autonomia da

da autonomia das unidades de carga em relação à

unidades vazias, centros de distribuição, indústrias, etc.).

unidade de carga em relação à mercadoria nela inseri-

mercadoria nelas transportada, mas, em razão das

da. Nesse sentido, definido, legalmente, como qualquer

complexidades inerentes à matéria, ainda não se en-

Dentre as características citadas acima, destaca-se a

equipamento adequado à unitização de mercadorias a

contram pacificadas nos tribunais.

facilitação no comércio exterior brasileiro por intermé-

serem transportadas e não se constituindo embalagem

dio dos controles aduaneiros vinculados às unidades

da carga, o contêiner tem existência concreta sobre si,

O conhecimento sobre a prática operacional pa-

de carga, no Siscarga e Siscomex, bem como pode-se

destinado a uma função que lhe é própria (transporte),

ralela aos fundamentos jurídicos aplicáveis é de

dispensar grandes áreas cobertas para armazena-

não dependendo, para atingir essa finalidade, de outro

suma importância para possibilitar o rápido retor-

gem de mercadorias com finalidade de verificação físi-

bem juridicamente qualificado como principal - RECUR-

no dos contêineres à disponibilidade de utilização

ca das mesmas pela Aduana brasileira nos processos

SO ESPECIAL Nº 526.767 - PR.

no transporte de cargas. g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB -SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária e Comércio Exterior, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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Porto�d�� São�Francisco�do�Sul

S�Francisc��d��Su������Santa�Catarina


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