Revista Informativo dos Portos 169

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Edição nº 169 - Ano XIII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

SANTA CATARINA DEVE EXPORTAR 55% A MAIS EM 2013 Estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina mostra que mais da metade das empresas catarinenses preveem crescimento nas vendas externas este ano em comparação a 2012

Brasil tem que investir R$ 600 bilhões para cobrir déficit de infraestrutura

Portugal quadruplica vendas para o Brasil em oito anos


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INFORMATIVO DOS PORTOS

Fazendo a diferença para sempre fazer melhor!

Alta Produtividade

Agilidade e eficiência

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63 de média geral de MPH

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Alta Performance

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INFORMATIVO DOS PORTOS

EDITORIAL A internacionalização das empresas de Santa Catarina e a busca por novos mercados importadores dos produtos locais não chega a ser uma novidade para quem produz em solo catarinense. O que surpreende é a rapidez e o índice de crescimento com que vem acontecendo, mesmo em tempos de crise europeia (ou americana), historicamente os maiores compradores dos produtos brasileiros. A pesquisa que deu origem a Análise do Comércio Internacional Catarinense da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina mostra que 55% das companhias entrevistadas preveem crescimento nas vendas externas em comparação a 2012. Somente 8,5% das empresas projetam queda nas vendas ao exterior em relação ao ano passado, o que é um excelente parâmetro para mostrar que nossas indústrias andam fortes e atuantes em mercado altamente competitivo. Quando o assunto é o comércio internacional brasileiro, o que se percebe é que o crescimento de 1,6% na movimentação dos portos no segundo trimestre do ano foi alavancado pela movimentação de produtos agropecuários. No período ocorreram as safras recordes de soja, milho e cana-de-açuçar, produtos nacionais com alta procura pelo mercado externo. De acordo com as estatísticas de movimentação portuária, os portos organizados e terminais privados brasileiros movimentaram 231,1 milhões de toneladas brutas no período, o que representou um acréscimo de 3,6 milhões de toneladas movimentadas. Vire as páginas e saiba outras novidades sobre portos, logística e indústria naval brasileira e internacional.

ÍNDICE 08.

Abol busca regulamentação da atividade de operador logístico no Brasil

12.

ESPECIAL: Santa Catarina quer exportar mais em 2013

18.

Produtos agropecuários ajudam a alavancar desempenho

20.

Dubai Port World avalia investir em portos de Santa Catarina

32.

Portugal quadruplica vendas para o Brasil em oito anos

40.

Brasil tem que investir R$ 600 bilhões para cobrir déficit de investimentos

Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Foto da Capa: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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INFORMATIVO DOS PORTOS

UM GIGANTE EM

A APM Terminals Itajaí bateu dois recordes em menos de 30 dias. O recorde em movimentação foi registrado em uma operação que envolveu três guindastes, movimentando 2.900 contêineres em 30 horas, o que equivale a 98 movimentos por hora. Além do recorde em movimentação, a APM Terminals Itajaí também bateu o recorde de produtividade, completando mais de 44 movimentos por hora por portêiner, um número que pode ser comparado aos melhores padrões de terminais asiáticos. Os novos recordes podem reduzir os custos portuários, e ainda comprovam porque a APM Terminals leva a marca de excelência portuária a nível mundial.

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RIO GRANDE

Porto está entre os mais eficientes do mundo na movimentação de grãos Foram quase 8 milhões de toneladas de soja escoadas em 2013, segundo balanço do Plano Safra 2012/2013, do governo federal

A movimentação do Porto de Rio Grande oportuniza o melhor prêmio (preços FOB - freight on board) ao agricultor, sendo maior que o prêmio pelos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). O agendamento prévio da descarga dos caminhões no local foi uma

medida implantada com sucesso nos anos anteriores. “Aqui passa a riqueza de todos os rincões do Estado. Este porto não é do município do Rio Grande, mas do Estado. Tivemos a melhor safra de todos os tempos, e foi isso que colocou o Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional”, destacou o superintendente do Porto, Dirceu Lopes. Conforme o superintendente, a partir do ano que vem, acontecerá um processo de dragagem permanente, que proporcionará ao porto a maior profundidade do Brasil. “Teremos a capacidade de receber os maiores navios do mundo e seremos, certamente, o mais eficiente e eficaz do país”, defendeu. O secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira, disse que o trabalho realizado pelo porto acontece de forma integrada e engrandece o Estado. “O Rio Grande do Sul superou todas as críticas de que não teria condições de escoar toda safra do estado. Este é um exemplo de superação e eficiência de um dos principais portos do Brasil”, disse. g DIVULGAÇÃO

O Porto do Rio Grande ocupa o primeiro lugar no Brasil e o sétimo lugar no mundo em eficiência portuária para movimentação de grãos. Somente em 2013, foram 7.815.704 toneladas de soja escoadas pelo terminal gaúcho. Os dados fazem parte do balanço de escoamento do Plano Safra 2012/2013, do Governo Federal. “Durante muito tempo, a metade Sul foi vista como um problema, mas hoje vivemos um momento diferente. Temos qualificação, uma estrutura naval em pleno desenvolvimento e o exemplo do Porto do Rio Grande”, disse o governador Tarso Genro, ressaltando que este é um momento de afirmação e celebração. “Temos uma política estratégica para o desenvolvimento portuário e esta celebração deve ser compartilhada já que os índices não são atingidos de graça”, destacou.

Números do escoamento de soja pelo Porto do Rio Grande: Plano Safra 2012/2013 - Total de carregamento operacional: 170 mil toneladas/dia - Armazenagem: 1,6 milhão de toneladas - Capacidade rodoviária: 70 mil toneladas/dia e 2.058 caminhões/dia - Capacidade hidroviária: 4 barcaças / dia, o que corresponde 7 mil toneladas/dia - Capacidade ferroviária: 430 vagões/dia, o que corresponde a 21.500 toneladas/dia - Capacidade total de recebimento / dia: 98.500 toneladas/dia (rodo/ ferro e hidro) - Navios carregados: 124 (63 mil toneladas/ cada) - Caminhões carregados: 186 mil, em um total de 6,3 milhões de toneladas - Hidrovias: 83 barcaças, com 252 mil toneladas - Ferroviário: 24.503 vagões, com 1.233 milhão de toneladas - Superou em 4,88 vezes a capacidade de armazenagem em 5 meses


ALLOG, Exportando Solidariedade A Allog, juntamente com os seus colaboradores decidiu, neste dia das crianças, exportar o que há de melhor: Esperança, Alegria, Realização, Afeto, Amor e Alimentos. A empresa, em um ato de solidariedade vai ajudar em 2013 a Associação de Apoio às Famílias com Hanseníase - AFH, e, como de costume, preferencialmente durante as datas festivas como Natal, Páscoa e Dia da Criança, a Allog sempre elege uma entidade ou organização não governamental para a realização de sua mobilização de Ação Social. Neste ano, a escolhida foi AFH – Solidariedade, que tem como objetivo ajudar as famílias que possuem portadores de Hanseníase. A AFH foi fundada na cidade de Itajaí no ano de 2005, e dá suporte a mais de 190 famílias cadastradas e moradoras das cidades de Itajaí, Camboriú, Navegantes, Penha, Brusque, Gaspar, Tijucas, Porto Belo e Itapema. A entidade também oferece outros atendimentos como tratamento odontológico, cursos profissionalizantes, programas de autoajuda, culturais, recreativos, desportivos e informativos, sempre visando o resgate da autoestima

para proporcionar a inclusão social dos indivíduos.

A AFH dá suporte a mais de 190 famílias cadastradas. Durante a mobilização da Ação Social, todos os colaboradores da Allog estarão unidos atuando em prol do objetivo maior de conseguirem contribuições para reverterem em alimentos e outros materiais, indispensáveis à manutenção diária da Entidade que consome mais de 1.200 litros de leite, mais de duas mil fraldas de diversos tamanhos, dentre outros insumos importantes como cereais e medicamentos – alguns com valores expressivamente altos em função da complexibilidade das doenças. Os donativos serão entregues pessoalmente pelos colaboradores da Allog e sua diretoria à coordenação da AFH –Solidariedade, ainda no mês de outubro.

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ATIVIDADE PROFISSIONAL

Abol busca regulamentação da atividade de operador logístico no Brasil Presidente da entidade vem participando de reuniões junto a parlamentares e órgãos públicos, para explicar a profissão e conquistar a regulamentação A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) quer apressar a regulamentação da atividade. A entidade reúne gigantes como DHL, Fedex e Penske Logistics em um setor que possui receita bruta anual de R$ 48 bilhões e envolve a gestão de transportes, armazenagem e controle de estoque. A regulamentação da atividade foi defendida em Itajaí, durante a Sul Trade Summit. “A Abol nasce justamente para atuar em favor dessas empresas junto aos entes públicos e à sociedade civil organizada, dando um rumo legal e profissional para esse mercado bilionário”, afirma o presidente da entidade, Carlos Cesar Meireles Vieira Filho.

A entidade tem pouco mais de um ano de existência. Apesar da importância visível do setor para a economia nacional, o presidente vem participando de reuniões constantes junto aos parlamentares e órgãos públicos, especialmente em Brasília, com a finalidade de explicar a eles a atividade do operador logístico e conquistar a desejada regulamentação. “Nos países desenvolvidos essa legislação já foi criada há 20 anos”, acrescenta Meireles. De acordo com o executivo, embora a atividade ainda seja extremamente recente, já se mostra robusta e, de modo irreversível, imprescindível para o crescimento socioeconômico do país. Para se ter uma ideia desse mercado, segundo estudo recente do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), em seu Panorama de Operadores Logísticos e Ferrovias (2013), as 142 principais empresas PSLs que operam no Brasil registraram juntas, em 2011, receita líquida de R$ 48 bilhões, cerca de 20% maior que no ano anterior. Cadeia produtiva O setor movimenta mais de R$ 400 bilhões em gastos logísticos, representando cerca de 10% do PIB nacional. O executivo explica que o operador logístico está presente em toda a cadeia produtiva, integrando várias das funções logísticas,

Adão Pinheiro

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Presidente da Abol, Carlos Cesar Meireles Vieira Filho

tais como gerenciamento de armazéns e centros de distribuição; (des)unitização de mercadorias e (des)consolidação documental; gestão de sistemas de tecnologia da informação (TI); operação e gerenciamento de frota; seleção de modais e transportadoras, incluindo a negociação de frete; gerenciamento e processamento de pedidos; agenciamento de carga; operações de desembaraço alfandegado na importação e exportação; montagem de kits e instalação de produtos; separação (picking) e embalagem (packing) de mercadoria; gestão de estoque e distribuição. g


ILHA DE SANTANA

Porto pode deslocar rota brasileira da exportação de soja DIVULGAÇÃO

Com a implantação do terminal de grãos, Cianport espera facilitar a logística do produto devido a localização estratégica do Complexo Portuário de Santana

O projeto de construção de um porto na Ilha de Santana, no Amapá, acaba de ser apresentado à população em duas audiências públicas. Os encontros tiveram como objetivo a discussão do Estudo de Impacto Ambiental para a futura implantação do terminal portuário de uso privativo e unidade industrial para armazenamento de grãos da Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport). O terminal terá capacidade para 3,8 milhões de toneladas. Ainda na ilha será viabilizada uma esmagadora de soja com produção de óleo bruto, farelo e outros derivados. A Companhia Docas de Santana acredita que, com os projetos de expansão, deixará de ser um porto invisível e integrará o arco norte de logística portuária. O megaprojeto de construção do terminal de grãos,

cujo valor aproximado é de R$ 400 milhões, será financiado diretamente pelo governo federal em parceria com os municípios e a iniciativa privada. Com a implantação do terminal de grãos no Porto Organizado da Companhia Docas de Santana, o terminal de uso privativo e a indústria processadora de soja na Ilha, a empresa espera facilitar a exportação do produto devido à localização estratégica do complexo portuário de Santana. Na audiência realizada na cidade, o prefeito Robson Rocha falou da importância da implantação do projeto para o município, mas enfatizou também a necessidade de um planejamento adequado. “É preciso um planejamento de curto, médio e longo prazo para que a cidade e também o estado do Amapá tenham impactos positivos com a implantação des-

se projeto”, afirmou. Ampliação do terminal A empresa Cianport vai tocar a obra do projeto de ampliação do terminal, cujo prazo de conclusão está previsto para 2016. Na primeira parte do projeto, a Companhia Docas de Santana contará com três silos (tanques), cada um com capacidade para 18 mil de toneladas, que corresponde a um comboio de navios graneleiros destinados ao transporte de grandes quantidades de carga a granel, como milho, trigo e soja. Assim que todas as obras do projeto estiverem concluídas, a soja será levada dos estados do Mato Grosso e do Pará em comboios de balsa e armazenada nos silos de Santana, sendo posteriormente embarcada nos navios com destino a outros países. g


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MODERNIZAÇÃO DO CAIS

Lançado edital para obras de modernização do Porto do Rio Grande A obra abrange uma área de 1.125 metros de cais e compreende a segunda etapa da modernização. Os recursos no valor de R$ 147 milhões são do PAC DIVULGAÇÃO

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O Governo Federal, através da Secretaria Especial dos Portos (SEP), publicou no Diário Oficial da União o aviso de licitação à contratação de empresa de engenharia especializada para execução das obras de modernização do cais público do Porto do Rio Grande. Esta é a primeira obra no cais do Porto Novo após sua construção há 97 anos. Os recursos no valor de R$ 147 milhões são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Conforme a publicação, a licitação será realizada utilizando-se o Regime Diferenciado de Contratações Públicas. A abertura da licitação está programada para dia 18 de outubro, às 9h30min, na Sede da Secretaria de Portos, em Brasília. O edital, com todas as instruções e seus anexos, está à disposi-

ção dos interessados nos endereços Portos do Brasil, Compras Net, ou no endereço eletrônico da SEP. A obra abrange uma área de 1.125 metros de cais e compreende a segunda etapa da modernização. A primeira etapa, com 450 metros, foi realizada entre 2002 e 2004. “A publicação deste edital é um avanço significativo para o crescimento do Porto do Rio Grande. O trabalho desenvolvido em conjunto entre os governos estadual e federal trará ganhos consideráveis para a infraestrutura e a capacidade de operação do porto gaúcho”, avalia o superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes. A nova estrutura de cais possibilitará que os operadores portuários utilizem novos e maiores equi-

pamentos de carga e descarga de mercadorias. O que se espera é que a obra proporcione ao Porto do Rio Grande a melhoria necessária para atender o mercado nos próximos 50 anos. Operações A modernização promovida no cais do Porto Novo também trará reflexos na receita operacional da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), qualificação nas atividades portuárias do Rio Grande do Sul e uma melhor remuneração aos trabalhadores portuários. O projeto foi desenvolvido pela SUPRG e entregue à Secretaria de Portos para ser licitado. Mais informações pelo email licitacao. engenharia@portosdobrasil.gov.br. g


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INFORMATIVO DOS PORTOS

ESPECIAL


INFORMATIVO DOS PORTOS

Santa Catarina quer exportar mais em 2013 Estudo da Fiesc mostra que mais da metade das empresas catarinenses prevê crescimento nas vendas externas este ano em comparação a 2012

O comércio internacional gerado por empresas de Santa Catarina vai muito bem, obrigada. Pelo menos é o que aponta pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) entre empresas sediadas nas diversas regiões do Estado. O estudo mostra, por exemplo, que 55% das companhias entrevistadas preveem crescimento nas vendas externas em 2013 em comparação ao ano passado. A pesquisa faz parte da Análise do Comércio Internacional Catarinense, que integra o Programa Estratégico para a Internacionalização da Indústria Catarinense, lançado recentemente pela entidade. A iniciativa trabalha em cinco eixos: promoção comercial, atração de investimentos, capacitação e infraestrutura, fomento de parcerias e inteligência competitiva. Está focado nas pequenas e médias empresas, que em Santa Catarina têm participação maior nas transações internacionais do que a média nacional. Do total de empresas que responderam às perguntas, 25% esperam obter alta de até 10% no mercado internacional este ano, enquanto e 24% estimam que os embarques aumentarão de 11% a 30%. A pesquisa mostra ainda que 3,5% das empresas projetam aumento superior a 50%; 2,7% acreditam que a expansão será de 31% a 50%, 36,3% do grupo pesquisado prevê estabilidade nos valores exportados e somente 8,5% das empresas projetam queda nas vendas ao exterior em relação ao ano passado. Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, a pesquisa revelou um dado importante, já que mais da metade das empresas ouvidas prevê alta nas exportações. “Esse cenário ganha mais força com a mudança de patamar da taxa de câmbio, especialmente no último mês. Para quem vende ao mercado internacional, a valorização do dólar ajuda a compensar a falta de competitividade que as empresas sofrem da porta das fábricas para fora, como a infraestrutura logística precária, a legislação trabalhista ultrapassada e os tributos elevados”, afirma.

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A pesquisa procurou conhecer, também, os planos das empresas na busca por novos mercados em 2013. Todas informaram planejar explorar novas oportunidades de exportação em outros países neste ano. Quase um quarto delas buscará novos mercados importadores, principalmente em países da América do Sul. A África, a América Central e a América do Norte foram citadas na sequência, respectivamente com 18,1%, 16,1% e 15,5% das intenções. “Ao analisar tendências e oportunidades no cenário internacional e, ao mesmo tempo, identificar os principais obstáculos e necessidades das empresas catarinenses em suas trajetórias de internacionalização, novas iniciativas próprias e do setor público são necessárias para melhorar as condições de competitividade da indústria”, salienta Côrte. Importações Se a projeção das empresas catarinenses é de crescer nas exportações, o mesmo acontece com quem compra mercadorias ou matéria-prima de outros países. Em relação à evolução das importações deste ano em relação a 2012, 52% projetam incremento, 35% acreditam que as compras externas permanecerão estáveis e 13% esperam redução. Para as companhias que estimam crescimento, 22% avaliam que o incremento será de até 10%, enquanto 19% preveem alta entre 11% e 30%. Quando perguntadas sobre o desenvolvimento de produtos voltados à exportação nos últimos anos, 37,9% das empresas disseram que têm priorizado a criação para o mercado interno, realizando adaptações posteriores para exportar. Uma fatia de 34,5% afirma que está diversificando a produção e a comercialização, com a inclusão de novos produtos ao portfólio para alcançar novos nichos de mer-


14. PROGER Exportação 7. SISPROM A respeito da projeção da evolução das exportações para 2013, comparativamente a 2012, 36% das empresas pesquisadas 6. RECOF – Entreposto Industrial INFORMATIVO PORTOS estimam estabilidade nos valores exportados, enquanto mais da metade (quase 55%) apontam perspectivas deDOS incre-

mento: 25% esperam obter crescimento de até 10%, enquanto 24% acreditam que suas exportações crescerão de 11% A respeito da projeção da evolução das exportações para 2013, comparativamente a 2012, 36% das empresas pesquisadas a 30%. Menos de 10% das empresas acreditam que suas exportações sofrerão queda em 2013, em comparação a 2012. estimam estabilidade nos valores exportados, enquanto mais da metade (quase 55%) apontam perspectivas de incremento: 25% esperam obter crescimento de até 10%, enquanto 24% acreditam que suas exportações crescerão de 11% Projeção das exportações para 2013 a 30%. Menos de 10% das empresas acreditam que suas exportações sofrerão queda em 2013, em comparação a 2012. Incremento de 11 a 30% Incremento de 31 a 50% PROJEÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PARA 2013 23,9% Projeção das exportações para 2013 2,7%

cado e 21,6% continuam trabalhando com uma linha de produtos para a exportação relativamente estável. Somente 6% reduziu a linha de produtos voltados ao mercado internacional.

Incremento de até 10% 24,8%

Incremento de 11 a 30% 23,9%

Incremento de até 10% 24,8%

Assim como nas exportações, a maioria das empresas importadoras pesquisadas (58,4%) realiza as importações de forma direta. Para quase 18% destas empresas, a maior parte das importações é realizada de forma direta, mas também utilizam a forma indireta para a importação de alguns pedidos ocasionais. De forma similar ao que ocorre nas exportações, mais de três quartos das empresas que importam indiretamente (77,7%) utilizam os serviços de tradings e/ou empresas comerciais importadoras no Brasil. O segundo meio de importação indireta mais citado foi agentes e/ ou distribuidores no Brasil (16,3%).

Incremento superior a 50% Incremento de 31 a 50% 3,5% 2,7% Quedaade até 10% Incremento superior 50% 3,5% 3,5% Queda de de até 11 a10% 30% Queda 3,5% 3,5% Queda Quedade de31 11 aa 50% 30% 0,9% 3,5%

Estabilidade nos QuedaQueda superior de a3150% a 50% valores exportados 0,9% 0,9% 36,3% Estabilidade nos Queda superior a 50% valores exportados A última questão desta parte da pesquisa procurou conhecer os planos das empresas na0,9% busca por novos mercados 36,3% em 2013. Todas informaram planejar explorar novas oportunidades de exportação em outros países neste ano. Quase A última desta parte da pesquisa procurouimportadores conhecer os planos das empresas na busca por novosdomercados um quartoquestão das empresas buscará novos mercados principalmente em países da América Sul. A Áfriema 2013. Todas informaram planejar novascitadas oportunidades de exportação em outros países neste ano. Quase ca, América Central e a América do explorar Norte foram na sequência pelas empresas, respectivamente com 18,1%, um quarto dasdas empresas buscará novos mercados importadores principalmente em países da América do Sul. A Áfri16,1% e 15,5% citações. ABERTURA DE NOVOS MERCADOS IMPORTADORES EM 2013 ca, a América Central e a América do Norte foram citadas na sequência pelas empresas, respectivamente com 18,1%, 16,1% e 15,5% das citações. Abertura de novos mercados importadores em 2013 Oriente Médio

Abertura de novos mercados importadores em 2013 7,7% América do Norte 15,5% América do Norte 15,5% América Central 16,1% América Central 16,1%

Conforme o levantamento, os motivos mais citados para a internacionalização são o crescimento da empresa, acesso a novos mercados e aumento da competitividade. Quanto aos obstáculos encontrados durante o processo de internacionalização, 75% das empresas

África 18,1% África 18,1%

68 68

FIESC FIESC

Oriente Médio 7,7%

Ásia 7,7% Ásia 7,7%

Europa Ocidental 5,2% Europa Ocidental Europa Oriental 5,2% 3,9% Europa Oriental Oceania 3,9% 1,3% Oceania 1,3%

América do Sul 24,5% América do Sul 24,5%

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sadas. Verificou-se que, assim como nas exportações, a maioria das empresas importadoras pesquisadas (58,4%) realiza as importações de forma direta. Para quase 18% destas empresas, a maior parte das importações é realizada de forma direta, 4.3utilizam Análise das empresas importadoras mas também a forma indireta para a importação de alguns pedidos ocasionais.

INFORMATIVO DOS PORTOS

No início desta seção da pesquisa, procurou-se conhecer as formas de importação mais utilizadas pelas empresas pesqui-

Formas de importação

sadas. Verificou-se que, assim como nas exportações, a maioria das empresas importadoras pesquisadas (58,4%) realiza as

pesquisadas destacaram a burocracia excessiva em órgãos governamentais brasileiros, a acirrada concorrência internacional, a falta de incentivos fiscais por parte do governo brasileiro, política cambial desfavorável às exportações, elevado custo de transporte internacional e a recessão em alguns países. Segundo dados da Fiesc, o comércio mundial continuará sendo impulsionado pelos países em desenvolvimento, em especial pelo crescimento da China, cujo PIB, em 2013, deverá se manter forte em comparação com o resto do mundo. Na América Latina, o aquecimento na demanda doméstica seguirá como principal propulsor do crescimento na produção, com o Brasil desempenhando um papel preponderante no contexto regional. Entre as empresas que participaram da pesquisa, que gerou a Análise do Comércio Internacional Catarinense, 59% são exportadoras e importadoras; 23% são só importadoras e 18% só exportadoras. Ao todo, foram entrevistadas 150 companhias de mais de 30 setores de todas as regiões de Santa Catarina, sendo 79,6% da indústria; 15,1% comércio e 5,3%

empresa importa e indiretamente, A maior parteé das importações são direta, realizadas de importações de forma direta. ParaAquase 18% destasdireta empresas, a maior parte das importações realizada de forma de maneira mais ou menos forma indireta, mas a empresa também importa mas também utilizam a forma indireta para a importação de equilibrada alguns pedidos ocasionais. 10,2%

formas de importação

de forma direta alguns pedidos ocasionais 8,5%

Formas de importação A maior parte das importações são realizadas de

forma direta pela empresa, mas a empresa também A empresa importa direta e indiretamente, importa de forma indireta alguns pedidos ocasionais de maneira mais ou menos equilibrada 10,2% 17,8%

A maior parte das importações são realizadas de forma indireta, mas aTodas empresa importasão realizadas astambém importações de forma direta alguns depedidos forma ocasionais indireta pela empresa 8,5%

5,1%

A maior parte das importações são realizadas de forma direta pela empresa, mas a empresa também importa de forma indireta alguns pedidos ocasionais 17,8%

Todas as importações são realizadas de forma indireta pela empresa 5,1%

Todas as importações são realizadas de forma direta pela empresa 58,4% Todas as importações são realizadas de forma direta pela empresa 58,4%

De forma similar ao que ocorre nas exportações, mais de três quartos das empresas que importam indiretamente De forma ao de quetradings ocorre nase/ou exportações, mais de três quartos das empresas importam indiretamente (77,7%) utilizam os similar serviços empresas comerciais importadoras noque Brasil. O segundo meio de impor(77,7%) utilizam os foi serviços de tradings e/ou empresas comerciais tação indireta mais citado agentes e/ou distribuidores no Brasilimportadoras (16,3%). no Brasil. O segundo meio de importação indireta mais citado foi agentes e/ou distribuidores no Brasil (16,3%). meios de importação indireta

Meios deMeios importação indireta de importação indireta TradingTrading e/ou empresa e/ou comercial empresa comercial importadora no exteriorno exterior importadora 2,0%

2,0%

Agentes e/ou distribuidores Agentes no Brasil e/ou distribuidores 16,3% no Brasil

Trading e/ou empresa comercial Trading e/ou empresa comercial importadora no Brasil 77,7% importadora no Brasil

16,3% Agentes e/ou distribuidores no exteriore/ou distribuidores Agentes 2,0%

77,7%

Outros 2,0%

no exterior 2,0%

Outros 2,0% FIESC

69 FIESC

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Joinville/SC

Paranaguá/SC

Santos/SP

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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2013 INFORMATIVO DOS PORTOS

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Resultados da pesquisa

serviços.

Desenvolvimento de DE produtos para a exportação DESENVOLVIMENTO PRODUTOS PARA EXPORTAÇÃO

Missões internacionais Uma das ações realizadas pela Fiesc para incentivar a internacionalização das empresas catarinenses é a agenda de missões internacionais para diversos países do mundo. Em setembro, por exemplo, empresários da indústria moveleira visitaram a Internation Furniture Expo, uma das maiores feiras mundiais do setor em Xangai, na China. O grupo que integrou a missão liderada pela Fiesc, acompanhado do gerente da Apex-Brasil no país, César Yu, visitou a Shanghai New Qumun Furniture, uma companhia com 3 mil funcionários que produz móveis sob medida para escritórios, hotéis e aeroportos. Até o final do ano, a entidade ainda promove missões empresariais à Alemanha para empresas do setor de alimentos, à China para a área multissetorial e setor de tecnologia e à Itália para o setor de construção. Na Alemanha, a delegação participou da Anuga, feira internacional de alimentação e bebidas, em Colônia, com a participação de 6,5 mil expositores de produtos

A empresa tem priorizado o desenvolvimento de produtos para o mercado interno, posteriormente adaptando e ofertando também para o mercado externo 37,9%

A empresa reduziu sua linha de produtos voltados à exportação 6,0%

A empresa tem buscado diversificar a produção/comercialização, com a inclusão de novos produtos em seu portifólio de exportação, visando alcançar novos nichos de mercado 34,5%

A empresa continua trabalhando com uma linha de produtos para a exportação relativamente estável, sem muitas inovações 21,6%

As empresas informaram as estratégias que vêm adotando para melhor posicionamento no mercado internacional.

delicatessen, gourmet, saudável, visitantes estrangeiros. Em novembro, a entiDas estratégias listadas,comida as seis mais adotadasbebipelas empresas, com 60% ou mais de citações, foram, em ordem de das, carnes, aves e embutidos. dade volta à China para a 15ª edição da feira importância: Hi-Tech, a número um em tecnologia da China. de programas de qualidade total De 10 aImplementação 20 de outubro, a Federação promove Contratação de empresa especializada em logística rá a missão brasileira à China. A comitiva par- internacional A Fiesc também promoverá missão empresa Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado ticipará da Feira de Cantão, o maior evento de rial brasileira à Itália, onde o grupo visitará o Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante negócios do mundo, realizado em Guangzhou, Salone dell’Innovazione Edilizia (SAIE, em tra Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização no Sul do país asiático. A exposição reunirá dução livre Salão da Construção e Inovação), Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos fornecedores de máquinas e equipamentos um dos mais importantes eventos mundiais pesados, pequenos maquinários; hardware; setor da construção civil.internacional A feira, que será Estratégias que as empresas adotam para melhordo posicionamento no mercado eletroeletrônico; autopeças, ferramentas e ferrealizada em Bolonha, contará com expositoEm % ragens.100A última edição da feira, realizada em res de máquinas para construção, além de abril, teve materiais voltados à arquitetura e engenharia. 90 quase 25 mil expositores e 202 mil 80 70 60 50 40 30 20 10 0

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12. Implementação de programas de qualidade total 16. Contratação de empresa especializada em logística internacional 3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado

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SISTEMA PORTUÁRIO

Produtos agropecuários ajudam a alavancar desempenho Os portos organizados e terminais privados brasileiros movimentaram 231,1 milhões de toneladas brutas no segundo trimestre de 2013 Os portos brasileiros apresentaram um crescimento de 1,6% na movimentação no 2º trimestre de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi alavancado pela movimentação de produtos agropecuários. No período, ocorreram as safras recordes de soja, milho e cana-de-açúcar. De acordo com as estatísticas de movimentação portuária, os portos organizados e terminais privados brasileiros movimentaram 231,1 milhões de toneladas brutas no segundo trimestre de 2013, o que representou um acréscimo de 3,6 milhões de toneladas movimentadas em relação a igual período de 2012.

53,5 milhões de toneladas, valor 0,5% acima do montante da movimentação deste tipo de carga no mesmo período de 2012.

A movimentação de granéis sólidos alcançou a marca de 143,7 milhões de toneladas brutas, representando um crescimento de 1,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em relação aos granéis líquidos, foram movimentados

Segundo o Boletim de Desempenho Portuário do 2º trimestre, produzido pela ANTAQ, esse descompasso pode ser atribuído à pauta de mercadorias movimentadas pelos dois tipos de instalações portuárias. “Os portos, por con-

No segmento de carga geral (carga geral solta + carga geral conteinerizada), foram movimentados 33,9 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 4,2% em relação ao 2º trimestre de 2012. A movimentação nos portos organizados apresentou um crescimento expressivo de 9,6% quando comparado ao 2º trimestre de 2012, enquanto os terminais privados apresentaram uma redução de 2,6% no mesmo período.

centrarem grande parte da movimentação de produtos agropecuários, como soja e açúcar, acompanharam o bom desempenho da movimentação desses produtos, enquanto os terminais privados, por terem cerca de 70% de sua pauta de mercadorias concentrados em combustíveis e minério de ferro, padeceram dos reveses dos mercados desses produtos”, avalia o gerente de Gestão e Desempenho Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Serra. Em relação ao minério de ferro, principal item de movimentação em volume no conjunto das instalações portuárias brasileiras, houve uma queda em relação ao mesmo trimestre de 2012. Nesse período, ocorreu uma redução de 9,4% das importações de minério de ferro brasileiro pela China, totalizando um decréscimo de 3,6 milhões de toneladas no comparativo

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dos trimestres. “A redução do preço internacional dessa commodity industrial é apontada por analistas de mercado como consequência da lenta retomada da economia mundial e, particularmente, da desaceleração da economia chinesa“, aponta o boletim da Antaq. Tonelagem movimentada Ainda que se tenha observado um melhor desempenho dos portos organizados, em termos da tonelagem movimentada, os terminais privados permanecem como os principais responsáveis pela tonelagem de cargas movimentadas no Brasil. No 2º trimestre de 2013, os terminais privados responderam por 62,7% da movimentação total, contra 37,3% dos portos organizados. A explicação está na forte participação do minério de ferro e de combustíveis, óleos minerais e outros derivados do petróleo na movimentação desses terminais, a despeito da queda registrada na movimentação do trimestre. Dez portos organizados registraram 90% da movimentação desse tipo de instalação, com destaque para Santos (21,4%), Rio Grande

(25,3%) e São Francisco do Sul (18,3%). Já os portos de Vila do Conde e do Rio de Janeiro apresentaram quedas acentuadas (-13,5% e -13,1%, respectivamente) de sua movimentação no comparativo do 2º trimestre de 2013 com o mesmo período de 2012. Em relação aos contêineres, a movimentação

por parte dos portos organizados cresceu 5,7% em termos de TEU (unidade equivalente a 20 pés). Entre os dez principais portos que movimentaram contêineres no período, os portos de Santos (19,7%), Itaguaí (13,0%) e Salvador (11,2%) foram os que apresentaram as maiores taxas de crescimento frente ao mesmo período do ano anterior.

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NOVOS INVESTIMENTOS

Dubai Port World avalia investir em portos de Santa Catarina Governador Raimundo Colombo reúne-se com representantes do grupo DP World em Dubai, durante missão oficial aos Emirados Árabes Unidos A Dubai Port World está avaliando a possibilidade de investir nos portos de Santa Catarina. “Eles estão interessados, já fizeram estudos para a construção de um porto, ainda preliminares, e avaliam parcerias em outros, como Imbituba”, disse o governador Raimundo Colombo, em missão oficial aos Emirados Árabes Unidos. No encontro, o governador destacou que os investimentos em portos são um dos vetores fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e de Santa Catarina. O grupo Dubai Port atua em 65 terminais portuários em países de seis continentes, com a movimentação de 56,1 milhões de contêineres. Desde o início de 2013, o grupo despachou 26,6 milhões de contêineres em seus terminais. A previsão é atender 100 milhões de contêineres até 2020, com um crescimento de 40%. O Dubai Port é considerado o melhor porto do Oriente Médio há 19 anos consecutivos. No Brasil, o DP World administra um terminal no Porto de Santos (SP). Um dos pontos em destaque do grupo, em Dubai, é a eficiência no recebimento e no embarque das cargas, porque todo o desembaraço fiscal é realizado via online. O aeroporto Al-Maktoum, próximo ao porto, facilita a distribuição de cargas que chegam via marítima. As obras de ampliação, que estão em curso, transformarão o aeroporto no maior terminal de cargas do mundo. O Dubai Port administra ainda o terminal de cargas de Hamriya, que atende navios feitos em madeira e que viajam para o

Airton Fernandes/SECOM

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Governador Raimundo Colombo foi recebido na sede do grupo pelo diretor comercial Esam Ahmed

Iraque, Irã e Sumária (África), e o porto de passageiros em Rashid, localizado próximo do Centro de Dubai.

lombo visitou as instalações do porto, o terceiro em operações do mundo depois dos terminais da China e de Singapura.

Diagnóstico dos portos

O governador apresentou um diagnóstico sobre os cinco portos catarinenses – os privados de Itapoá e de Navegantes, o municipal de Itajaí, os estaduais de São Francisco do Sul e de Imbituba, sob gestão do Estado desde dezembro de 2012, e o pesqueiro de Laguna. “Para Santa Catarina, a questão portuária é fundamental para a eficiência e a competitividade do Estado. É uma alavanca estratégica para o nosso desenvolvimento”, afirmou. g

A predisposição em investir em Santa Catarina pela alta direção do Dubai Port World foi anunciada recentemente ao governador catarinense. Raimundo Colombo foi recebido na sede do grupo pelo diretor de relações governamentais Buti Al Jumairi, pelo diretor comercial Esam Ahmed e por outros três executivos. Durante cerca de uma hora, acompanhado pelos dirigentes, Co-


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INFRAESTRUTURA CARIOCA

Firjan defende investimento federal em obras de acesso ao Porto do Rio Segundo presidente da entidade, Eduardo Gouvêa Vieira, a nova Lei dos Portos abre espaço para que os acessos sejam incluídos na área do porto organizado A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) defende a utilização de recursos do governo federal em obras de acesso ao porto do Rio. O terminal é o terceiro do país em valor agregado na exportação, atrás apenas de Itajaí (SC) e Manaus (AM). O pedido de investimentos federais em acessos terrestres ao porto baseia-se no fato de que a Nova Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013), sancionada em junho, abre espaços para que esses acessos sejam incluídos na área do porto organizado. Isso é possível a partir de definição, por parte da presidência da República, do que é considerado área portuária em cada terminal. Esta definição, segundo a Lei, deve basear-se em parecer da Secretaria de Portos (SEP). O presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, entregou recentemente, na Secretaria dos Portos, em Brasília, estudo da instituição que defende investimentos federais na adequação dos acessos. Gouvêa Vieira aproveitou para reforçar o pedido para que o Sistema Firjan seja designado como a entidade responsável pela indicação dos membros do Conselho de Autoridades Portuárias (CAP) no Estado, conforme já foi solicitado anteriormente ao ministro-chefe da SEP, Leônidas Cristino. O encontro ocorreu no gabinete do secretário-executivo da secretaria. “Considerando que o Porto do Rio será alvo de investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão em capacidade operacional nos próximos anos, e os resultados que serão proporcionados por esses aportes na competitividade fluminense e brasileira, é indispensável que a Secretaria de Portos indique essa inclusão dos acessos em área portuária, abrindo caminho para disponibilização

AGÊNCIA BRASIL

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de recursos do Programa de Investimentos em Logística para execução dessas obras”, defende Gouvêa Vieira. Composição do CAP Pela nova Lei dos Portos, sancionada em junho, o CAP adquiriu um caráter consultivo, de apoio à tomada de decisões na administração portuária. Sua composição prevê a participação de representantes dos governos federal e estadual, dos trabalhadores portuários e do setor empresarial, a serem definidos por entidades de classe locais das

respectivas categorias econômicas. Segundo o parágrafo 2º do artigo 37 da nova Lei dos Portos, compete ao ministroChefe da Secretaria dos Portos designar a entidade que fará as indicações. “Entendemos que as federações de indústrias sejam as entidades locais que representam a maior e mais variada gama de usuários dos portos. Por isso, é natural que a Firjan seja eleita como a entidade de classe no estado do Rio a indicar os representantes dos usuários dos CAP nos portos fluminenses”, diz o presidente da entidade. g


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INDÚSTRIA PETROLIFERA

Estaleiro produzirá módulos para plataformas de petróleo em Porto Alegre O empreendimento é uma parceria entre a Ecovix-Engevix Construções Oceânicas e o Grupo Irigaray. A perspectiva é de gerar 3 mil empregos A operação de montagem dos módulos para plataformas de petróleo em Porto Alegre (RS) pode começar antes do final do ano. A licença de instalação para a construção de uma unidade de produção de módulos de plataformas de petróleo acaba de ser liberada pela prefeitura da capital gaúcha. O empreendimento é uma parceria entre a Ecovix-Engevix Construções Oceânicas (empresa que já conta com operações no polo naval de Rio Grande) e o Grupo Irigaray. A perspectiva é de que a iniciativa gere cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.

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O estaleiro ficará localizado no Cais Navegantes, entre a Cesa e o local no qual se encontravam as carcaças de navios paraguaios, próximo à região da rodoviária. O total da área do empreendimento abrange cerca de 51,5 mil metros quadrados. O projeto prevê a recepção, armazenagem, montagem, consolidação e embarque de estruturas metálicas e componentes vinculados à construção naval. O CEO do Grupo Irigaray, Eduardo Irigaray, considera a iniciativa como histórica para a cidade. O executivo adianta que agora, com a licença em mãos, as obras serão retomadas, e a operação de montagem dos módulos poderá começar antes do final do primeiro semestre de 2014. Os módulos serão trabalhados na capital e depois poderão seguir para o polo naval de Rio Grande para serem acoplados nos cascos de plataformas. As peças serão transportadas pela hidrovia através de barcaças. Irigaray afirma que, hoje, não há uma estimativa sobre quanto será o investimento final no complexo. Até junho deste ano, foram investidos cerca de R$ 2 milhões apenas na preparação da área. “Além da gera-

Módulos de plataformas abastecerão o pólo naval de Rio Grande. ção de empregos, a chegada deste empreendimento irá garantir um incremento de 25% na receita da SPH (Superintendência de Portos e Hidrovias)”, comemora o superintendente da autarquia, Pedro Obelar. Serão destinados cerca de R$ 2 milhões em receita, ao ano, para a SPH, devido ao aproveitamento do espaço.

com as responsabilidades técnicas. Dentre outras obrigações, deverão ser postos sistemas de controle de emissões atmosféricas oriundas dos processos de corte e solda, e apresentação de projeto detalhado de caixa separadora de óleo e lama, segundo o Decreto Municipal 9.750/90.

Condicionantes

O empreendedor deverá, ainda, elaborar projeto de tratamento acústico nos espaços fechados, de forma a minimizar sons excessivos, além de separar os resíduos, sendo vedada a queima a céu aberto. Terá, também, que implementar na íntegra o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos no local. g

Conforme informações da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), a licença estabelece condicionantes e restrições, como a colocação de placa no local informando sobre a licença da Smam para a obra, juntamente


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AGRICULTURA NACIONAL

Brasil terá safra recorde de café em 2013 Conab estima que cerca de 30 milhões de sacas serão embarcadas para os países compradores e que 17,5 milhões de sacas, consumidas no Brasil O Brasil irá colher a maior safra de café já produzida no país no período de baixa bienalidade. A informação é da terceira estimativa da produção brasileira do grão para 2013, divulgada pelo secretário de Produção e Agroenergia interino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gerardo Fontelles, e o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, na Semana Internacional do Café, em Minas Gerais. A Conab estima que cerca de 30 milhões de sacas serão embarcadas para os países compradores de café e que 17,5 milhões de sacas serão consumidas no mercado brasileiro.

DIVULGAÇÃO

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De acordo com o levantamento, o Brasil deverá colher 47,54 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 6,46% (3,28 milhões de sacas), se comparado aos 50,83 milhões do período anterior, de alta. A maior redução foi observada no café arábica, que teve queda de 1,68 milhões, seguida pelo robusta, 1,61 milhões. O diretor Silvio Porto observa que a pesquisa revela outra tendência nas últimas safras: a redução da diferença entre o ciclo de alta e de baixa bienalidade, o que ocorreu na maioria das áreas de café arábica. “Este fato se deve à maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade”, esclarece Silvio Porto. Segundo ele, esses fatores são extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura. Outro fator que interferiu na queda foi o regime de chuvas bastante irregular, aliado às altas temperaturas na maioria dos estados produtores e às geadas no Paraná.

Estimada em 36,7 milhões de sacas, a produção de café arábica corresponde a 77,12% do volume de café produzido no país, e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com 25,87 milhões de sacas. Já a produção do robusta, contabilizada em 10,9 milhões de sacas, representa 27,88% do total nacional e tem como maior

produtor o Espírito Santo. Área plantada Em relação à área plantada no país, a cultura do café totaliza 2,3 milhões de hectares, 0,74% inferior à safra passada, com uma redução de 17.205 hectares. Desse total,


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302.287,4 hectares (13,07%) estão em formação e 2 milhões de hectares (86,93%), em produção. Em Minas Gerais, está concentrada a maior área, 1,2 milhão de hectares, predominando a espécie arábica com 98,82% no estado. A área total estadual representa 53,49% da área cultivada com café no país, e, consequentemente, o maior estado produtor. Na avaliação do diretor Silvio Porto, “a situação de mercado é extremamente favorável a uma franca recuperação de preços dos grãos”. Em relação aos avanços tecnológicos, a Conab vem utilizando, desde 2004, imagens de satélite, fotografias aéreas e informações georreferenciadas para fazer o mapeamento das áreas cultivadas nos principais estados produtores. Isso permite o aperfeiçoamento metodológico do sistema de previsão de safras no Brasil. No caso do café, já foram realizados mapeamentos em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Goiás, para mais de uma safra, e estão previstas ainda novas atualizações nesses estados.

Também serão mapeadas as áreas cultivadas no Mato Grosso, no Rio de Janeiro, no Pará e no Distrito Federal. No principal estado produtor, Minas Gerais, o resultado da validação foi de mais de 90% de exatidão, sendo de 94,53% para o Sul e Centro -Oeste; 82,44% para o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste; 89,58% para a Zona da Mata, Rio Doce e Central; e 79,73% para o Norte, Jequitinhonha e Mucuri. O secretário Gerardo Fontelles ressaltou a importância da metodologia utilizada pela Conab: “o que é importante é a estatística oficial para a formulação adequada das po-

líticas públicas para a cafeicultura”. O Seminário Internacional do Café e o cinquentenário da Organização Internacional do Café, realizados em Belo Horizonte, é considerado o maior encontro do país voltado ao setor cafeeiro e reúne produtores, cooperativas, indústrias, profissionais do mercado e delegações internacionais. g

Localização Previlegiada

AMP

ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS

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LEI DO MOTORISTA

Câmara aprova construção de pontos de parada para veículos O projeto de lei exige a construção, a cada 150 quilômetros, de estações de parada para qualquer tipo de veículo Os concessionários de rodovias federais serão obrigados a construir e manter pontos de apoio para condutores de qualquer tipo de veículos. A decisão foi anunciada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, em Brasília. Foram aprovadas as emendas do Senado ao Projeto de Lei (PL) 785/11, do deputado Onofre Santo Agostini. Segundo o presidente da Seção de Transporte de Cargas da CNT e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Flávio Benatti, esse é um bom passo inclusive para facilitar a aplicação da Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012. Conhecida como a Lei do Motorista, ela obriga um intervalo mínimo de 30 minutos de descanso a cada quatro horas ininterruptas de trabalho. “Essa decisão é de extrema im-

portância porque é fundamental que haja pontos de apoio onde o caminhoneiro possa cumprir o tempo de descanso previsto em lei e com segurança”, afirma Benatti. O projeto de lei exige a construção, a cada 150 quilômetros, de estações de parada para qualquer tipo de veículo. A proposta, originalmente aprovada pela Câmara em abril de 2012, previa a construção de paradas apenas para caminhões de carga ou ônibus de passageiros, mas o Senado ampliou a exigência para todos os veículos. Outra alteração do texto original é que esses pontos de apoio devem oferecer serviços que garantam o conforto e a conveniência dos motoristas. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) será responsável por definir o que as instalações devem oferecer aos condutores. g


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MERCADO LUSITANO

Portugal quadruplica vendas para o Brasil em oito anos Com o aumento do volume, Brasil passou a ser o 12º mercado mais importante para Portugal e o terceiro maior comprador de produtos agrícolas As exportações portuguesas para o Brasil aumentaram mais de quatro vezes no intervalo de oito anos. O volume de negócios saiu de um patamar de R$ 228 milhões (75,7 milhões de euros) em 2005 para mais de R$ 959 milhões (318,4 milhões de euros) em 2013. Com o aumento do volume de vendas, o Brasil passou a ser o 12º mercado mais importante para Portugal e o terceiro maior comprador de produtos agrícolas. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), do primeiro semestre de 2005 ao mesmo período de 2013, o déficit da balança comercial portuguesa caiu quase nove vezes: passou de R$ 1,03 bilhão (342,2 milhões de euros) para R$ 119 milhões (39,5 milhões de euros) no câmbio oficial. Além dos produtos tradicionais do chamado “mercado da saudade” e da gastronomia portuguesa (como azeite e bacalhau), cresceram as vendas de máquinas, aparelhos e metais comuns (não preciosos) para o Brasil. O período analisado pelo INE abrange a crise econômica internacional (a partir de setembro de 2008), que afeta especialmente os países do Sul da Europa e faz com que importem menos por causa da recessão interna e busquem novos mercados fora do continente para os seus produtos. Os dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Porto de Lisboa sobre o comércio Brasil-Portugal em 2013 confirmam essa tendência. Em sete meses de trocas comerciais, Portugal teve superávit em seis meses. Entre janeiro e julho deste ano, a corrente de comércio entre o Brasil e Portugal ultrapassou R$ 2,5 bilhões (US$ 1 bilhão), com superávit de mais de R$ 12 milhões (US$ 5,3 milhões) favorável aos lusitanos. Geração de receitas Com problemas de endividamento público acima de 130% do Produto Interno Bruto, déficit fiscal (mais de 6% em 2012)

e dificuldades legais para fazer cortes nos gastos do Estado, a geração de receitas por meio de exportações é a maior esperança de Portugal, que tem mercado interno pequeno, com apenas 10 milhões de habitantes e salários contidos. “A necessidade ajuda os empresários a redefinir suas prioridades e a procurar oportunidades para as suas atividades fora de Portugal”, acredita o ministro da Economia, Antônio Pires de Lima. Ele destaca no site do governo que as empresas estão adaptando sua capacidade ao mercado e, por isso, as exportações de Portugal “crescem em bom ritmo”. g


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DESEMPENHO CATARINENSE

Vendas das indústrias têm pequeno crescimento no semestre Até julho, destaca-se o setor de veículos automotores e autopeças, que cresceu 14,8% em faturamento no período

As vendas da indústria catarinense aumentaram 1,4% de janeiro a julho deste ano, de acordo com balanço divulgado pela Federação das Indústrias do estado de Santa Catarina (Fiesc), na segunda semana de setembro. Além da alta nas vendas totais, a indústria do estado teve desempenho positivo em indicadores como horas trabalhadas (1,2%) e massa salarial (4%). No acumulado de janeiro a julho, destacam-se em faturamento os setores de veículos automotores e autopeças, que cresceu 14,8%, produtos de metal (12,1%) e minerais não metálicos (11,4%). A elevação no indicador ocorre apesar da queda de 3,12% no acumulado das exportações até agosto, também na comparação com 2012. O recuo nas vendas ao exterior foi puxado pelos segmentos de motocompressores herméticos, com queda de 22,74%, e carne suína, que registrou vendas 13,55% menores. Na comparação entre julho de 2012 e julho de 2013, a elevação destes indicadores é mais acentuada. O faturamento subiu 8,3%, as horas trabalhadas cresceu 6,6% e a massa salarial aumentou 3,9%. Especificamente nesse mês se destacaram, no faturamento, os setores de máquinas e equipamentos, com alta de 21,4%, produtos de madeira (+19,9%) e produtos alimentícios (+17,2%). A utilização da capacidade instalada está em 83,4% no acumulado de janeiro a julho, contra os 82,4% registrados no mesmo período de 2012. Se destacam os setores de máquinas e equipamentos, com utilização de 91%, celulose e papel (89,2%) e metalurgia (87,4%). Já os segmentos que apresentam os menores índices de utilização são os de bebidas, com 57,5%, produtos de metal (61,1%) e produtos diversos (72,8%). Balança comercial As importações catarinenses seguem em baixa no acumulado do ano, com recuo de 1,45% até agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com agosto de 2012, a queda chega a 2,89%. Os maiores recuos foram registrados nos setores de catodos de cobre (-18,98%) e pneus (-12,88%). Mesmo assim, a balança comercial do Estado segue negativa. Até agosto, o saldo estava era de US$ 3,58 bilhões negativos. A balança comercial catarinense registra desempenhos negativos desde 2009. No ano passado, o saldo ficou em US$ 5,63 bilhões. g

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CADEIA LOGÍSTICA

OTM e Cootravale anunciam parceria de sucesso LEONARDO BITTENCOURT

Com a união, a OTM capacita-se a atuar nos mercados de cargas siderúrgicas e carga seca em geral, transferência e distribuição em todo o Brasil

A OTM Soluções Logísticas, empresa especializada no desenvolvimento e implementação de serviços de logística para a cadeia de suprimentos, acaba de anunciar acordo de cooperação com a Cootravale, uma organização com mais de 400 veículos em sua frota, com capacidade de atendimento pleno dos negócios já em andamento e prospectados no curto e médio prazo. Em atendimento ao seu planejamento estratégico, a OTM buscou, durante o primeiro semestre de 2013, uma aliança para a sua operação de transporte rodoviário. “Com esta parceria, a OTM garante a capacidade de oferecer soluções completas de Supply Chain door-to-door a seus clientes, integrando todos os estágios de produção, armazenagem e distribuição ao mercado, com ênfase no transporte rodoviário eficiente, através da Cootravale”, avalia Osvaldo Douat Filho, presidente da OTM. Segundo Douat, a OTM capacita-se, com esta união, a atuar nos mercados de cargas siderúrgicas e carga seca em geral, transferência ou distribuição, em todo o Brasil. Para ele, dessa forma, a empresa consegue fornecer ao mercado soluções logísticas de transporte rodoviário com excelência e competitividade, proporcio-

nando grande capacidade operacional por intermédio da frota da cooperativa.

LEONARDO BITTENCOURT

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Para Vilmar Rui, presidente da Cootravale, a parceria permite um melhor atendimento dos clientes, tendo a Cootravale e a OTM especialidades que se complementam. “Acredito que a parceria nos torne uma solução completa em logística, aumentando a satisfação e a fidelização de nossos clientes e nos permitindo ser mais fortes em um mercado em crescente consolidação” avalia Rui. Ele conclui que a parceria ainda permite acesso a um novo negócio que é o transporte siderúrgico. O investimento já começou com a aquisição dos primeiros veículos preparados para o transporte de bobinas. Sobre a OTM Fundada em 1996, a OTM atua como Integrador Logístico 3PL (terceirizado), o que permite à empresa oferecer a seus clientes expertise em variados segmentos, soluções completas, inovadoras, customizadas e flexíveis. “Nos posicionamos como uma empresa que consegue desenvolver soluções sob medida para o cliente, já que possuímos como principais diferenciais

estratégicos o domínio dos processos logísticos, com recursos humanos capacitados, sistemas de operação e equipamentos de alta produtividade”, relata Osvaldo Douat Filho. A OTM atua em operações logísticas dedicadas, na cadeia logística do aço e em comércio exterior, sendo reconhecida por


sua confiabilidade e excelência na execução. Com sede em Joinville, conta também com filiais nas cidades de São Paulo, São Francisco do Sul, Itajaí e Santos, e parceiros estrategicamente selecionados, como a Cootravale. Sobre a Cootravale Fundada em 1995, na cidade de Videira, a Cootravale é fruto do sonho de 22 pequenos transportadores que acreditaram que a união abriria portas e ajudaria a conquistar novos mercados. Com seriedade, profissionalismo e dedicação, tornou-se uma das maiores organizações de transporte do país, com mais de 400 veículos em sua frota, filiais em 14 estados e mais oito pontos de apoio. “Somos especialistas em transporte rodoviário de cargas, tendo um sistema de gestão preparado para atender a demanda crescente em relação à complexidade das operações de transporte, atendendo todo o território nacional” define Rui. A Cootravale passa a agregar o seu know -how em transporte à OTM, sendo responsável pelas operações de transportes. g

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LEONARDO BITTENCOURT

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CARGAS DE FERTILIZANTES

Porto de Paranaguá moderniza conferência de cargas O principal ganho é que os terminais podem emitir as notas fiscais eletrônicas de cada caminhão, antes mesmo do veículo chegar ao destino A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) modernizou o sistema de conferência das cargas de fertilizantes. Foram retiradas as inserções manuais de dados no sistema, que geravam erros por dificuldade de leitura. O sistema, desenvolvido pelo Departamento de Informática da Appa e pela Celepar, garante informações sobre a carga, os lotes e os destinos. O principal ganho, com isso, é que os terminais podem emitir as notas fiscais eletrônicas de cada caminhão, antes mesmo do veículo chegar ao destino. “O sistema é 100% seguro. Eliminamos as falhas que atrasavam o processo. Nosso intuito é automatizar cada vez mais as operações no porto, com o objetivo de agilizar as operações e cumprir o plano de oferecer à sociedade paranaense e brasileira portos cada vez mais eficientes, seguros e ágeis”, afirma o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. A automação no sistema é resultado das reuniões periódicas realizadas entre a Appa, operadores portuários, importadores e Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos). Nessas reuniões são verificadas as falhas do sistema, e busca-se encontrar soluções para aprimorar cada vez mais os processos. Para Adilson Nunes de Queiroz, gerente de operações da Fortesolo, uma das empresas que importa fertilizantes pelo Porto de Paranaguá, com a informatização o processo está mais rápido e seguro. “Podemos falar até em erro zero. Com

Nájia Furlan/Appa

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a informatização, vamos evitar principalmente o retrabalho e erros como o envio de caminhões e carga para terminais diferentes ao que se destinam. Com isso, também damos agilidade ao processo e ganhamos em produtividade”, afirma.

têm suas cargas loteadas para diferentes destinos. É trabalho do conferente – categoria portuária sindicalizada e estabelecida em Paranaguá – verificar o destino do lote, informar isso no sistema e encaminhar o caminhão para a balança.

Integração e informatização

Antes, esta ação era toda manual. Agora, com a integração e informatização do sistema, a transferência de dados é eletrônica e ao chegar à balança, o caminhão passa apenas pela aferição do peso, sem riscos de envio do lote para o destino errado em função de dificuldade de leitura do canhoto. g

Para atender as novas exigências da modernização, a Appa instalou cinco contêineres -escritório na faixa do cais, que são utilizados pelos conferentes das cargas. Todos os navios de fertilizantes que chegam ao porto


TRANSPORTE MULTIMODAL

Em qualquer lugar do mundo temos o modo Original de fazer negócio.

Falta de infraestrutura prejudica sistema logístico brasileiro Pesquisa CNT de Rodovias 2012 aponta que 62% das rodovias registram problemas graves de infraestrutura, incluindo geometria e sinalização

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As soluções para os problemas do sistema de transporte brasileiro precisam ser discutidas com urgência. “Estes gargalos aumentam os custos dos produtos e diminuem a nossa competitividade. Os desafios e decisões que o Brasil precisa não estão no futuro, eles começam agora”, destacou o presidente da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga, Newton Gibson. O sistema de transporte brasileiro foi amplamente debatido durante o XIV Congresso Nacional Intermodal dos Transportadores de Cargas, promovido em Brasília (DF).

Atuando a 10 anos no mercado de Comércio Exterior e Logistica, prestando serviços de desembaraço aduaneiro na importação e exportação, coordenação de trabalhos com exterior, agenciamento de fretes internacionais, elaboração de procedimentos especiais e coordenação de agentes, a Original Logistica, conta com profissionais altamente qualificados e com

Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, concordou que os gargalos em infraestrutura são os principais “nós” que travam o desenvolvimento da economia brasileira. “Seja em portos, rodovias, aeroportos, este tema merece reflexão dos empresários e da sociedade”, afirmou. De acordo com a coordenadora de Economia da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Priscila Santiago, o transporte é um agente indutor da integração nacional. No entanto, salientou que a área registra um histórico de baixos investimentos em infraestrutura. Como os gargalos dificultam a integração entre os modais, ela pontuou que a maior parte do transporte de cargas, em longas distâncias, por exemplo, é feito pelo modal rodoviário, o que nem sempre é o mais eficiente.

Conforme Priscila, dados da Pesquisa CNT de Rodovias 2012 apontam que apenas 11,9% da malha rodoviária do país é pavimentada, enquanto 62% das rodovias registram problemas graves de infraestrutura, incluindo geometria, pavimento e sinalização. “Isso demonstra falta de planejamento e significa menos dinheiro no bolso dos transportadores, agricultores e representantes da indústria”, diz. De acordo com Priscila, os problemas de infraestrutura aumentam em 23% o custo do transporte no país, que gasta com mais combustível, pneus e emite mais gases poluentes, além de perder competitividade na produção e enfrentar um maior risco de acidentes.

mais de 20 anos de experiência, garantindo para a operação de seus clientes transparência, eficiência e segurança. Nossas operações são 100% informatizadas, com software de ultima geração, possibilitando integração dos sistemas, emissão de relatórios, custos das operações e emissão de NF. Ou seja, sempre um jeito Original de atender, com soluções do tamanho das necessidades de seus clientes”

A economista da CNT também destacou as deficiências nas áreas de ferrovias como faixas de domínio que reduzem a velocidade dos trens, passagens em nível e falta de uniformidade entre as bitolas e portos, acessos precários, problemas de dragagem nos terminais, burocracia excessiva e alta tributação. No caso dos aeroportos, faltam investimentos, e a infraestrutura precária gera custos adicionais e perda na qualidade dos serviços.

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Priscila criticou o atraso de quatro anos, em média, na conclusão das obras do PAC. “Os projeto executivos são deficientes, falta articulação com o setor

Filiais: Santos/SP - Vitória/ES Campinas/SP - Aeroporto de Viracopos

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produtivo para definir intervenções prioritárias”, explicou. No caso do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em agosto do ano passado, ela acrescentou que a maioria dos trabalhos ainda não saiu do papel, por conta de editais que foram anulados ou cancelados para reformulação. Agronegócios e Indústria Os gargalos também prejudicam o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. O consultor em Logística e Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Luiz Antônio Fayet, destacou que o país tem um excelente desempenho da “porteira para dentro”, ou seja, nas fazendas. No entanto, é preciso buscar soluções para escoar e exportar a produção com mais eficiência. “O apagão portuário é uma grande preocupação nacional, representa um prejuízo incalculável para o agronegócio. No Brasil, o custo para escoar a produção da lavoura até o porto de embarque é quatro vezes maior que nos Estados Unidos e na Argentina”, projeta Fayet. Segundo o consultor, o país precisa resolver

estas questões para aproveitar o seu potencial de exportação de grãos e ganhar mais espaço no mercado mundial. A analista de Política e Indústria da Gerência Executiva de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ilana Dalva Ferreira, afirmou que o Brasil enfrenta uma crise sem precedentes no transporte de cargas. “Temos estradas de má qualidade, portos ineficientes e uma série de desafios que limitam a nossa competitividade”, destacou. Segundo uma pesquisa da CNI, os empresários da indústria indicam a falta de infraestrutura como um dos principais fatores que atravancam o progresso do país.

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Integração entre modais O diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Hedeverton Andrade dos Santos, disse que uma das soluções mais viáveis é trabalhar pela integração dos modais. “A EPL foi criada para atender uma necessidade do mercado e do Estado. Foi fundada com o objetivo de empreender, monitorar e planejar projetos e empreendimentos”, explicou. Ele apresentou ações do órgão cujo objetivo é

destravar gargalos logísticos no país. A curto prazo, a EPL realiza diagnósticos para mapear a atual infraestrutura de transportes, além de estudar as oportunidades de investimentos. A longo prazo, as ações previstas são as do Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI), cujo objetivo é oferecer serviços eficientes de logística, no Brasil, a partir de 2016. g


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CARGAS PROJETOS

Cresce o desembarque de cargas especiais em Paranaguá Divulgação/Appa

Somente em 2013, o porto paranaense já recebeu 13 navios com cargas de projetos vindos de países como Turquia, China, Tailândia e Coréia do Sul

O Porto de Paranaguá acaba de receber dois navios com carregamento especial. As embarcações transportavam peças de grande porte que integram projetos de diferentes empresas. Eram cerca de 500 volumes entre fingers para aeroportos, trilhos de trem e peças para uma usina de fertilizantes. O navio BBC Hawaii descarregou 408 volumes de projetos de três diferentes empresas. A empresa Thyssenkrupp Airport Systems recebeu 89 volumes vindos da Espanha. Eram pontes de embarque de passageiros para aeroportos (conhecidas como fingers). Este ano, o Porto de Paranaguá já recebeu 13 navios com cargas de projetos. Ao todo, foram mil volumes vindos de países como Turquia, China, Tailândia, Coréia do Sul e Espanha. O porto recebe, com frequência, peças de grande porte porque conta com pátios abertos para armazenar as peças até a liberação pela Receita Federal. Além disso, a estrutura do cais tem capacidade para suportar o peso das cargas, o que possibilita a realização de operações dessa natureza.

Entre os projetos importados pelo Porto de Paranaguá estão 214 trilhos ferroviários (vindos da Espanha), pela CR Almeida Construtora; 80 volumes de peças de projeto para mineração da Margem Companhia de Mineração S/A, vindos da Alemanha; 25 volumes para projeto da Unidade de Fertilizantes Azotados 3 (UFN3), da Petrobras, originários da Espanha. De acordo com a assessoria de imprensa da estatal, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) é um empreendimento da Petrobras que está sendo construído no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. A Unidade (prevista para iniciar a operação em setembro de 2014) produzirá amônia e ureia a partir do gás natural. Os volumes importados pelo Porto de Paranaguá são destinados à obra. Carga especial Já o navio HHL LISBON, procedente da Alemanha, descarregou 74 volumes, num total de quase 775

toneladas, para um projeto da empresa multinacional Linde Gases LTDA. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a carga que se destina à Linde faz parte do projeto de construção da nova fábrica, que vai produzir oxigênio, nitrogênio e argônio, suprimentos fundamentalmente utilizados por uma vasta gama de processos industriais e hospitalares, na Cidade Industrial de Curitiba, um investimento de 50 milhões de Euros. A nova unidade tem previsão de inauguração também para 2014. g


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INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

Brasil tem que investir R$ 600 bilhões para cobrir déficit de investimentos Os números foram apresentados durante o Fórum de Infraestrutura e Logística: Agenda Urgente Para Recuperação da Competitividade, em setembro O Brasil precisa destinar R$ 600 bilhões para cobrir o déficit de investimentos em infraestrutura logística, segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo (MBC), em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do governo federal. No entanto, os valores previstos no orçamento para a área são de R$ 300 bilhões. Os números do défict foram apresentados durante o Fórum de Infraestrutura e Logística: Agenda Urgente Para Recuperação da Competitividade, realizado pela Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, no final de setembro.

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O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, destacou que, enquanto o custo logístico no Brasil representa até 18% do PIB − caso do Rio Grande do Sul − a média dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 9%. “Esse índice reduz a nossa competitividade além dos portões das fábricas”, diz. Ele também retomou números do estudo Sul Competitivo, desenvolvido pelas Federações de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria, que aponta os principais gargalos da região. O levantamento inclui um total de 177 projetos entre rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que demandam investimentos de R$ 70 bilhões. “Em Londres, o metrô completa 150 anos de funcionamento e, por aqui, ainda estamos em fase de planejamento”, citou o industrial. Müller reforçou a importância de transformar esses projetos em planos de longo prazo, e não de apenas um governo.

raná, há 22 mil quilômetros de estradas pavimentadas, enquanto no Rio Grande do Sul, apenas 12 mil. Em relação às duplicações, por lá são 1.200 quilômetros, quase o triplo dos 440 quilômetros no Rio Grande do Sul.

Estradas pavimentadas Já o coordenador do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Fiergs, Ricardo Portella Nunes, comparou a situação gaúcha com a paranaense. No Pa-

O diretor da EPL, Hederverton Andrade Santos, informa que a frota nacional de caminhões está ultrapassada, com uma média de 18 anos de rodagem, e circula com excesso de peso, o que danifica

ainda mais as rodovias, principal modal utilizado para o transporte de carga em todo o país. “Já a malha ferroviária foi construída há 100 anos e não foi modernizada”, afirmou Santos. Conforme informações do secretário-adjunto de Infraestrutura e Logística (Seinfra) do RS, Claudemir Bragagnolo, o governo gaúcho trabalha de forma permanente na elaboração do Plano Estadual de Logística e Transporte, que incluirá as principais conclusões do Fórum. g


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SUL CATARINENSE

Fertisanta inova com a movimentação de grãos em Imbituba No porto catarinense desde 1992, empresa ficou conhecida pelo pioneirismo na movimentação de cargas que antes não eram operadas no local

O executivo enfatiza que o Terfer – arrendado em 2012 pela Fertisanta por 25 anos - está prestes a receber o alfandegamento. Este procedimento acontecerá depois da empresa conseguir compatibilizar a instalação dos equipamentos exigidos como balança rodoviária e sistema de monitoramento eletrônico, nos espaços disponíveis do terminal. Em funcionamento no Porto de Imbituba, desde 1992 como fábrica de fertilizantes, a Fer-

tisanta ficou conhecida pelo pioneirismo na movimentação de cargas, que antes não eram operadas no sistema portuário local. Começou com a importação de fertilizantes e, atualmente, atua na exportação de milho. Instalada em uma área de 56 mil metros quadrados, a empresa possui uma capacidade estática para armazenar 150 mil toneladas de fertilizantes e capacidade instalada para produzir 3,5 mil toneladas por dia. Ao longo de mais de 21 anos, a empresa lidou com as diversas sucessões ocorridas na administração do Porto de Imbituba e com as alterações na legislação portuária e aduaneira. Pedro Kuzniecow, explica, no entanto, que o arrendamento por 25 anos e a nova legislação portuária abre novas expectativas de estabilidade para a empresa desenvolver seus projetos. “Esperamos contar também com o suporte do Governo do Estado”, diz Pedro. Atualmente, a Fertisanta é responsável pela movimentação de cerca de 300 mil toneladas anuais de cargas no Porto de Imbituba, geran-

PERFIL EDITORA

O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, se torna uma opção para a exportação de grãos agrícolas. A Fertisanta – empresa arrendatária do Terminal de Fertilizantes e de Ração Animal do Porto de Imbituba (Terfer) – acaba de fechar um acordo com a Nidera Sementes para exportar milho a granel através do sistema portuário. De acordo com Pedro Kuzniecow, diretor da Fertisanta, com mais essa oferta de linha, o porto passa a ser uma excelente opção para a movimentação de grãos, hoje realizado também pelos terminais de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC).

Diretor da Fertisanta, Pedro Kuzniecow

do 180 empregos diretos. “As exportações de milho e coque calcinado e os novos cenários que se abrem para o porto asseguram o crescimento contínuo da Fertisanta”, comenta. Unidade gaúcha Instalado no distrito industrial do Rio Grande (RS), o terminal da Fertisanta opera com produtos importados e já produz cerca de 250 mil toneladas/ano de fertilizantes, oferecendo 120 empregos diretos, número que deverá atingir 250 quando o projeto iniciado em 2011 estiver concluído. Pedro Kuzniecow, diretor da Fertisanta, explica que o projeto gaúcho teve amplo apoio do Governo do Estado, possibilitando financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) e Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul) para o desenvolvimento do terminal.

Embarque do milho

Atualmente, a negociação com Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) para a expansão do terminal em mais 50 mil metros quadrados para a implantação de um terminal graneleiro para apoio às importações e exportações de grãos, com a participação da Fertisanta Importadora Ltda. está em fase final.g


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Suplemento News LOGÍSTICA INTERNA

Navegação de cabotagem entra na pauta das prioridades da SEP Um dos itens a serem debatidos é fazer com que os contêineres com origem na cabotagem não precisem passar pela alfândega DIVULGAÇÃO

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A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) vai priorizar o desenvolvimento de um sistema eficiente para a navegação de cabotagem, a navegação doméstica feita entre portos de um mesmo país, ao longo da costa, por onde transitam produtos do mercado interno. Um dos problemas a serem resolvidos, segundo o ministro da SEP, Leônidas Cristino, é fazer com que os contêineres com origem na cabotagem não precisem passar pela alfândega. Da forma como é feito atualmente, a carga transportada por cabotagem passa por procedimentos similares aos adotados para movimentação dos contêineres usados para exportação ou importação. Durante audiência na Câmara dos Deputados, Cristino disse que o país investirá mais de R$ 200 bilhões nos modais de transporte, de forma a facilitar o acesso aos portos brasileiros. A prioridade, segundo o ministro, será o transporte de cabotagem, que tem como vantagens a diminuição de custos e do índice de sinistros e avarias das embarcações, bem como a diminuição do desgaste das rodovias e do número de acidentes rodoviários. “A SEP vem estudando há algum tempo a aplicação e a melhoria do sistema de cabotagem. Entre os pontos sob análise estão o valor gasto com combustível, a preferência por berços locais onde os navios atracam para cabotagem, e a disponibilização de uma área não alfandegária, porque hoje a cabotagem é tratada do mesmo jeito do contêiner de exportação, o que resulta em uma demora maior”, argumenta o ministro. Segundo ele, o assunto tem sido debatido com a Receita Federal, a Anvisa e o Ministério da Fazenda. “Iniciamos os estudos neste ano. Acredito que até o começo do ano que vem teremos um levantamento mais apurado e consistente para discutirmos o assunto com a presidenta Dilma Rousseff”, acrescenta. g


CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Parceria com o Porto de Antuérpia qualificará mão de obra do Brasil DIVULGAÇÃO/SEP

Na primeira fase, o treinamento será destinado aos funcionários de escritório dos órgãos públicos envolvidos com o setor portuário

Ministro Leônidas Cristino fecha acordo com representantes do Porto de Antuérpia

A Secretaria dos Portos (SEP) do Governo Federal acaba de assinar um acordo de cooperação técnica com o Centro de Treinamentos do Porto de Antuérpia, na Bélgica. De acordo com o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, a cooperação tem como objetivo capacitar os trabalhadores portuários brasileiros, incluindo funcionários de escritório e portuários avulsos, com cursos nas áreas de gestão, infraestrutura e obras portuárias, além do uso e manuseio de equipamentos portuários. “Os candidatos selecionados poderão participar dos seminários padrão e daqueles especialmente elaborados em Antuérpia ou no Brasil”, explica o ministro. Em uma primeira fase, o treinamento será destinado aos funcionários de escritório dos órgãos públicos envolvidos com o setor portuário, a exemplo da própria Secretaria de Portos, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Docas e órgãos intervenientes, além das empresas privadas arrendatárias dos terminais portuários brasileiros. Essa qualificação será feita por professores do centro de treinamento do porto belga que virão ao Brasil para disseminar, de maneira mais ampla em todo o País, as melhores práticas do setor portuário mundial. O treinamento destinado aos funcionários de escritório será organizado por intermédio de seminários de curto prazo, com previsão de cinco dias úteis, conduzidos em inglês. A segunda fase do programa incluirá o treinamento de professores brasileiros, a serem escolhidos pela SEP, nas instalações do Centro de Capacitação do Porto da Antuérpia, na Bélgica. Tais professores brasileiros treinarão trabalhadores portuários avulsos, principalmente com o uso de simuladores para movimentação de contêineres (transtêineres e portêineres). O acordo tem grande importância para fortalecer o atual relacionamento existente, promover e desenvolver maior compreensão e amizade entre Brasil e Bélgica. g


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Suplemento News NOVA MODELAGEM

Ministro mostra modelagem portuária brasileira na cúpula das américas Leônidas Cristino assinou o Memorando de Entendimento entre o Brasil e Panamá, acordo celebrado entre a SEP e a Autoridade Marítima daquele país O Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, acaba de apresentar aos ministros de Infraestrutura e Logística iberoamericanos a nova modelagem institucional do setor portuário brasileiro, assim como oportunidades de investimentos no País. A apresentação ocorreu durante a 23ª Cúpula Iberoamericana XXIII, realizada no Panamá, na segunda quinzena de setembro. No encontro, os ministros firmaram uma declaração conjunta denominada “Infra-estrutura e Serviços de Logística Factores de Competitividade Estratégica”, onde acordaram a necessidade de promover o desenvolvimento multimodal que trará no futuro melhorias para as áreas de apoio logístico, além de contribuir para o fornecimento da cadeia de abastecimento. O encontro foi organizado pelo Ministério das Relações Exteriores, Ministério de Comércio e Indústria e da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB). A reunião é uma prévia da cúpula que acontecerá em outubro, no Panamá. Durante a viagem, o ministro assinou o Memorando de Entendimento entre o Brasil e aquele país. O acordo foi celebrado entre a SEP e a Autoridade Marítima do Panamá, representada por Roberto J. Linares, com o objetivo de ampliar a cooperação nos setores dos portos marítimos e da logística, segundo os princípios de igualdade e reciprocidade. Cristino e Linares aproveitaram o encontro para discutir sobre a evolução dos portos marítimos e planejamento futuros; modelo de dragagem; o modo de implementação e utilização de sistemas de intercâmbio eletrônico de dados (IED); o desenvolvimento de sistemas logísticos de transportes e de plataformas de comércio eletrônico; a capa-

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citação de recursos humanos; o controle e segurança da navegação e a organização de seminários e conferências. O memorando tem validade de dois anos, com possibilidade de renovação.

mica que o canal traz para o setor portuário e a integração dos modais. O fato dos navios serem conduzidos por instrumentos ferroviários traz a celeridade ao processo”, afirmou o ministro.

Canal do Panamá

O Canal do Panamá possui eclusas duplas, ou seja, os barcos têm livre tráfego em ambas direções. No mesmo dia, Leônidas Cristino visitou o Terminal Balboa, da Panamá Ports Company, localizado no Oceano Pacífico. A comitiva também conheceu o Terminal Cristobal, também do grupo HPH, localizado no Oceano Atlântico. Ambos os terminais são conectados por uma ferrovia. Ao percorrer os 80 quilômetros de trem, Cristino vislumbrou a evolução do terminal que tem um pátio de contêineres com a capacidade de armazenamento de 3.168 TEUs. g

Na viagem, o ministro conheceu o Canal do Panamá, as instalações e a tecnologia utilizada na Panamá Ports Company, pertencente a empresa Hutchison Port Holdings (HPH), responsável pela maior operação de contêineres da América Latina. Cristino também participou da 8ª Reunião Iberoamericana de Ministros de Infraestrutura e visitou os dois lados do Canal do Panamá: as eclusas do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e do Atlântico (Gatún). “Acho interessante a dinâ-


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SEM PAPEL

Integração do sistema de informação do Fisco começa a funcionar Integração do sistema de informação do Fisco começa a funcionar O primeiro nível de integração dos sistemas de informações referentes a cargas do Fisco, do Departamento de Marinha Mercante (DMM) e da Secretaria de Portos (SEP), acaba de entrar em funcionamento. Dessa forma, a entrada de dados dos sistemas Mercante e Porto Sem Papel (PSP) será unificada e as informações relativas a cargas (manifestos, conhecimentos e itens), que são registradas pelas agências de navegação, serão informadas uma única vez no Siscomex Mercante, que permanece como ponto de entrada. A novidade integra o Projeto Porto Sem Papel.

Antes da integração, as informações de cargas eram enviadas em duplicidade para o Sistema Mercante e para o PSP. A Receita alerta que esse procedimento poderá continuar sendo usado durante um breve período de transição, permitindo que as agências de navegação possam adaptar os sistemas. Alterações de procedimentos A implementação das medidas e a definição do cronograma está sendo conduzida pela Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conapor-

tos). De acordo com informações da Receita Federal, a integração acarretará alterações mínimas de procedimentos nos sistemas e não implicará em mudanças nos procedimentos relativos ao controle de carga efetuado no Siscomex Carga.g

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ZONAS DE EXPORTAÇÕES

Governo federal estuda formas de atrair mais indústrias para as ZPEs A exigência de que 80% do faturamento seja em exportações é considerada alta e pode ser reduzida. Também é avaliada a criação de ZPEs setoriais DIVULGAÇÃO

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Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel

O governo brasileiro estuda atrair indústrias para as Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs). O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse que a exigência de que 80% do faturamento sejam em exportações para uma empresa ser habilitada a se instalar em uma zona de exportação é considerada alta e pode ser reduzida. Segundo Pimentel, também é avaliada a criação de ZPEs setoriais, de acordo com a vocação econômica de cada região. O governo também apoia o modelo de gestão privada para as zonas, que deve ser decidido pelos estados e municípios. Atualmente quatro das 24 ZPEs têm gestão privadas. Elas se localizam na Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Minas Gerais. Além disso, é discutida no Congresso Nacional a inclusão do setor de serviços como habilitado aos benefícios das áreas. Hoje, a compra de insumos por meio do regime tributário das zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) pode sair de 30% a 50% mais barata na comparação com outros regimes aduaneiros, segundo estudo divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, In-

Secretário executivo do Conselho Nacional das ZPEs, Gustavo Fontenele

dústria e Comércio Exterior. As ZPEs são áreas de livre comércio exterior, onde empresas recebem benefícios administrativos e tributários. A figura das zonas de processamento foi instituída pelo Decreto-Lei n° 2.452, de 1988 e seu funcionamento é regulamentado pela Lei n° 11.508/2007. Atualmente existem 24 zonas oficialmente criadas, distribuídas por 20 estados, mas apenas a de Pecém está instalada desde o dia 30 de agosto. A área tem estrutura administrativa e de alfândega construída. Também está em construção no local a Companhia Siderúrgica do Pecém, da Vale e dos grupos coreanos Dong Kuk Steel e Posco. O investimento será de US$ 5 bilhões na primeira fase e US$ 9 bilhões na segunda. O secretário executivo do Conselho Nacional das ZPEs, Gustavo Fontenele, informa que também há projetos industriais para as zonas de processamento de Parnaíba (PI) e Senador Guiomard (AC). As duas áreas ainda necessitam de autorização

do conselho para a instalação e funcionamento. A solicitação de criação de uma ZPE é feita a esse colegiado por um representante do poder público da região interessada. Depois, também cabe aos governos locais atrair investimentos para as áreas. Carga tributária Para Fontenele, o estudo divulgado pelo ministério facilitará a negociação. “A importância é que pela primeira vez um estudo oferece comparativos de carga tributária entre regimes. Quando se for tratar com industriais, teremos dados para mostrar. Se as empresas instalarem unidades industriais em ZPEs, vão ter ganho de competitividade”, disse. A análise envolveu produtos ligados a sete setores industriais. São eles: metalurgia, petróleo e combustíveis, eletrônicos, alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metais e pedras preciosas e produtos de madeira. Os critérios para escolher os setores estudados foram presença nos projetos apresentados ao Conselho das ZPEs e o potencial para a exportação. g


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DIREITO MARÍTIMO

Especialistas e empresários discutem novo Código Comercial em Santos Maria Clara Lima

O debate girou em torno da ideia de que a revisão do código vigente, publicado em 1850, deve refletir as atuais relações comerciais entre o Brasil e o mundo

A Abtra (Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados) e o Jornal Valor Econômico promoveram no dia 3 de setembro, no Mendes Convention Center, em Santos, o Fórum “O Direito Marítimo no Novo Código Comercial”. O objetivo do encontro foi o de discutir o Projeto de Lei 1.572/11, em tramitação na Câmara dos Deputados, que institui um novo Código Comercial, em especial a emenda que trata do Direito Marítimo.

ções ocorridas no mundo nos últimos 30 anos impõem uma revisão atenta da codificação das nossas relações comerciais, sobretudo das normas relativas ao transporte internacional de cargas, que ainda refletem o panorama do século passado. Mas é importante que o novo texto considere a distribuição de riscos de modo que cada elo da cadeia logística responda e suporte o de sua atividade”, afirmou Matheus Miller, secretário executivo da Abtra.

A discussão girou em torno da ideia de que a revisão do código vigente, publicado em 1850, deve refletir as atuais relações comerciais entre o Brasil e o mundo. O receio dos principais players do setor portuário é de que as mudanças possam engessar a atividade empresarial e se tornarem ultrapassada, antes mesmo da publicação do novo texto.

Em relação ao direito marítimo, os expositores Luís Felipe Galante, diretor jurídico da Associação Brasileira de Direito Marítimo, e os advogados Thiago Miller, Paulo Henrique Cremonese e Pedro Calmon, especialistas na matéria, discutiram as consequências que o novo texto acarretará para toda a cadeia logística envolvida com o comércio exterior brasileiro, uma vez que deverá impactar diretamente as relações jurídicas entre as empresas envolvidas com essa atividade. E concordaram que a nova legislação deve garantir estabilidade e segurança jurídica aos negócios envolvidos com

O seminário contou com um público estimado em 120 empresários, executivos, advogados e profissionais envolvidos com as atividades portuárias e de comércio exterior. “As transforma-

o transporte internacional de cargas e definir claramente as responsabilidades de cada elo da cadeia logística envolvida com o comércio exterior brasileiro. Operações comerciais “Para as empresas prestadoras de serviços portuários, o tema direito marítimo tem grande relevância, uma vez que os portos brasileiros contribuem significativamente para o crescimento das operações de comércio exterior. Um total de 95% das operações comerciais entre o Brasil e o mundo passam por eles”, ressaltou Matheus Miller. O fórum contou com a presença do presidente da Abtra, Antonio Carlos Duarte Sepúlveda, dos deputados Paes Landim e Vicente Cândido (respectivamente, relator e autor do projeto de lei), do professor Fábio Ulhoa Coelho, coordenador da Comissão de Juristas do novo Código Comercial, e do desembargador Carlos Henrique Abrão, do Tribunal de Justiça de São Paulo. g


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CONSTRUÇÃO DE PLATAFORMAS

Pólo naval deve empregar 18 mil pessoas em 2014 no RS Depois de entregar a P-55 em setembro, o Estado vai construir mais duas plataformas de petróleo para a Petrobras DIVULGAÇÃO

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O Polo Naval do Rio Grande do Sul deve movimentar US$ 6 bilhões nos próximos anos. O Estado vai construir as plataformas de petróleo P-75 e a P-77, no complexo de estaleiros de Rio Grande, no sul do Estado e a estimativa é que, no próximo ano, pelo menos 18 mil pessoas estarão trabalhando no setor. “Em 2003 nós tínhamos dois mil trabalhadores. Hoje, em todo o País, são 70 mil. Nós temos, de fato, uma indústria naval”, enfatizou a presidente Dilma Roussef. Dilma esteve em setembro no Rio Grande do Sul para participar da solenidade que marcou a conclusão das obras da P-55 e a assinatura de autorização para a construção das novas plataformas de exploração de petróleo. As duas unidades serão feitas pela empresa Quip. “Nós tínhamos uma missão que era reaver a indústria naval no Brasil. A discussão era contraditória: uma minoria de empresários defendia que o Brasil tinha todas as condições de voltar a construir. E havia aquela opinião generalizada que nós não tínhamos nem capacidade de engenharia para fazer os projetos e nem trabalhadores adequados, nem empresas capazes”, recordou. A maior plataforma semissubmersível do país, a P-55, foi transferida de Rio Grande para a Bacia de Campos, onde será instalada. A unidade, que foi completamente projetada pela indústria naval off shore do Brasil, entra em funcionamento em dezembro deste ano. Já a P-75 e P-77 são plataformas Floating Production Storage and Offloading (FPSOs) - aquelas que produzem, armazenam e transferem petróleo. As plataformas P-75 e 77, depois de prontas, serão instaladas no pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com Graça Foster, presidente da Petrobrás, é fundamental acelerar a construção de plataformas para que oito unidades sejam concluídas no país ainda em 2013. Das oito plataformas em construção no Brasil, três são no Rio Grande do Sul. Graça estima que até 2020 a petrolífera tenha o dobro da capacidade de produção, mais de 4 milhões de barris de petróleo por dia. g


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CARROS DE LUXO

Audi anuncia investimentos no Paraná DIVULGAÇÃO

A partir de 2018, a fábrica estima que venderá 30 mil carros ao ano, incluindo os importados e os fabricados no Brasil

A fabricante de veículos de luxo Audi anunciou que passará a produzir os modelos A3 Sedan e Q3 na fábrica de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O investimento previsto até 2016, de acordo com a empresa, será de R$ 500 milhões. O A3 Sedan será lançado no final de 2015 e o utilitário esportivo Q3, no início de 2016. A partir de 2018, a fábrica estima que venderá 30 mil carros ao ano, incluindo os importados e os fabricados no Brasil. A notícia foi dada pelo presidente mundial da montadora, Rupert Stadler, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff. “Para a Audi é importante voltar ao Brasil, um mercado a cada dia mais

importante no cenário global e que merece grandes investimentos. Embora o mercado de veículos premium ainda seja pequeno por aqui, acreditamos que ele crescerá bastante nos próximos anos, até mesmo pelas mudanças sociais que o país vem experimentando”, disse Stadler, citando o crescimento do poder aquisitivo da população nos últimos anos. Segundo Stadler, a montadora voltou a produzir no país, onde atuou entre 1999 e 2006, atraída pelo Inovar-Auto, programa criado pelo governo que concede isenções tributárias para montadoras que estimulem inovação, aprimoramento tecnológico e desenvolvimento do mercado nacional. Presente no encontro, o minis-

tro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, lembrou que, a exemplo da Audi, outras montadoras que atuam no mercado premium, como a BMW e Mercedes-Benz, também já anunciaram investimentos no Brasil, e que a Land Rover deve, em breve, se juntar a esse grupo. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Audi é a nona montadora a vir ao Brasil desde janeiro, quando entrou em vigor o novo regime automotivo, o Inovar-Auto, que incentiva a produção nacional. Com a chegada da empresa alemã, os novos investimentos do setor automotivo atingem R$ 7,3 bilhões. g


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Artigo

Claudio Lollato Malheiro

Comunicação integrada: garantia de produtividade e gestão de riscos O gerenciamento adequado da comunicação adquiriu um papel fundamental para a redução de custos e garantia de produtividade. Além disso, comunicação é fundamental na gestão de riscos e continuidade dos negócios. A comunicação torna-se crítica quando a coordenação dos agentes não pode ser interrompida em nenhuma hipótese. Quando isto ocorre, coloca-se em risco a imagem das instituições com impacto potencial na produtividade, no patrimônio (inclusive ambiental) e na segurança dos usuários. Os fatores de riscos são vários e conhecidos; como incêndios, explosões, acidentes, atentados, assaltos, sequestros, tumultos, paralisações e “blackouts”. Em locais onde existem grandes movimentações de carga e aglomerações humanas, a comunicação é sempre crítica. O sistema de comunicação não pode estar apenas baseado em telefonia aberta como celulares ou congêneres. A comunicação é fundamental para garantia de produtividade, porém adquire um papel crucial para respostas a crises (ou emergências) e para

o cumprimento de estratégias de contingência. Nessas ocasiões é necessário coordenar de forma efetiva e, muitas vezes, centralizar todo o processo de comando. Alguém precisa falar, e os agentes precisam escutar e tomar as ações necessárias. Além disso, em situações de emergência, todos os agentes precisam estar treinados, com protocolo de ação claro e preciso, e portar equipamentos de rádio capazes de se operar sob stress. O sistema de comunicação precisa ser convergente, capaz de acionar todos os agentes de um grupo simultaneamente, independentemente da tecnologia de comunicação que cada um utilize. Desta maneira, equipes de segurança, brigadas de incêndio, limpeza, portarias e manutenção podem ser acionadas simultaneamente. Também é necessário integrar os rádios dos agentes que estão atendendo uma ocorrência, com os serviços de emergência de Estado como SAMU, Bombeiros, Defesa Civil, Polícias (Guarda Municipal, Polícia Militar, Civil, Polícia Federal) e Marinha. As empresas que prestam serviços públicos e

grandes empresas privadas necessitam ter seu plano de comunicação crítica. Serviços como portos, ferrovias, metrô, minas, aeroportos, rodovias, empresas de energia, água e gás, além de transportadoras e empresas que operam com produtos perigosos se incluem nessa categoria. As cidades, por sua vez, precisam estar interligadas em seus serviços para a população. É inconcebível, nos dias de hoje, que o rádio do SAMU não possa falar com o rádio dos Bombeiros, da Polícia ou outros órgãos públicos quando necessário. As modernas tecnologias de rádio despacho podem fazer com que qualquer Rádio Analógico, Rádio Digital, Nextel (Iden), VIVO Direto, linhas telefônicas fixas, VoIP e celulares se comuniquem. O conceito de integração de plataformas de comunicação ainda é pouco difundido no Brasil, mas comum em países desenvolvidos. É a única garantida de aliar produtividade, redução de custos e segurança. Como diz o ditado: “Juntos apenas somamos, integrados, multiplicamos o resultado”. g

* O autor é diretor da Malborg, distribuidor oficial Telex no Brasil (www.malborg.com)


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CRESCIMENTO DE MERCADORIAS

Movimentação de cargas cresce 15% na Portonave em 2013 O terminal mantém a liderança na movimentação de cargas conteinerizadas no Estado, respondendo por 45% do total do que entra ou sai do Estado O terminal portuário de Navegantes registrou um aumento de 23% na entrada de mercadorias entre janeiro e agosto de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. A movimentação geral de cargas cresceu 15% no mesmo período, quando o terminal movimentou 468.495 TEUs, contra 398.077 TEUs em 2012. Hoje a Portonave mantém a liderança na movimentação de cargas conteinerizadas no estado, respondendo por 45% do total do que entra ou sai do estado nesta modalidade. O crescimento é sentido tanto nas importações quanto nas exportações. As importações brasileiras também tiveram bom desempenho, com aumento de 8,8% no período. Segundo a analista comercial Dayane Zaguini, o recebimento de novas linhas, principalmente vindas da Ásia, contribuiu para o aumento de movimentação na Portonave.

Os produtos que mais chegaram ao terminal foram plásticos e derivados, seguidos por cerâmicas, bebidas e fibras sintéticas. As exportações pelo terminal de Navegantes também tiveram crescimento. O aumento foi de 21,5% entre janeiro e agosto deste ano comparado com ano passado. As carnes congeladas representam o principal produto de exportação, seguido pela madeira. Recolhimento de impostos Os resultados positivos da Portonave também refletem na cidade em que a empresa está inserida. O Terminal já repassou ao município de Navegantes mais de R$ 5 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) só este ano. O montante representa 53% do que foi arrecadado pelos cofres municipais até o momento em 2013. Em 2012, ao todo, foram R$ 6,1 milhões pagos em ISS. g

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Suplemento News SACO DA FAZENDA

Dragagem do Saco da Fazenda utiliza cinco dragas para obra da marina Os trabalhos estão sendo acompanhados por um programa de gerenciamento ambiental, sob responsabilidade da Univali Cinco embarcações são utilizadas nas obras de dragagem e aterro hidráulico do Saco da Fazenda, em Itajaí. De acordo com o diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel, as obras seguem dentro do cronograma previamente estipulado, sendo executadas por três dragas de sucção e recalque e duas de autotransporte. Os serviços estão contemplados na Licença Ambiental de Instalação (LAI) para a execução da primeira etapa das obras do Complexo Náutico e Ambiental, que vai abrigar o Porto Esportivo de Itajaí. Os trabalhos estão sendo acompanhados por um programa de gerenciamento ambiental, sob responsabilidade da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O programa determina que as coletas da água e de sedimentos sejam feitas durante e depois da dragagem do Saco da Fazenda. Os resultados obtidos durante as obras são encaminhados para a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). “O objetivo é subsidiar os técnicos sobre os potenciais impactos, mostrando se houve ou não alteração significativa nos locais de retirada e despejo de sedimentos dragados”, explica a engenheira ambiental do Porto de Itajaí, Medelin Pitrez do Santos. Além do programa desenvolvido pela universidade, a Superintendência do Porto de Itajaí desenvolve programas de Supervisão Ambiental, de Comunicação Social e de Educação Ambiental – por meio da Gerência de Meio Ambiente do Porto de Itajaí –, além dos planos de Gerenciamento de Resíduos Sóli-

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dos (PGRS) e de Emergência Individual (PEI). Base de emergência A engenheira explica que outras ações a serem executadas pelo porto também estão contempladas na LAI. “Na ocorrência de eventos emergenciais, como vazamento de óleo proveniente dos equipamentos e dragas que operam no local, cabe a nós o acionamento do Plano de Emergência Individual (PEI) do Porto de Itajaí, que conta com uma base de emergência

ambiental instalada, com equipamentos e recursos humanos especializados, apta a promover maior controle e gerenciamento dos riscos ambientais associados à obra”, acrescenta Medelin. Já à Univali cabe executar os programas de monitoramento da qualidade dos sedimentos, de monitoramento da biota aquática, de monitoramento dos ruídos subaquáticos, da qualidade dos sedimentos da área do bota-fora (aterro hidráulico) e de controle ambiental da atividade de dragagem. g


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TRANSAT JACQUES VABRE

Custeio da organização da regata será da iniciativa privada Comitê Central Organizador divulga patrocinadores e apoiadores oficiais do evento esportivo, que acontecerá de 16 de novembro a 1º de dezembro

divulgação

O custeio da Aventura pelos Mares do Mundo, que vai trazer a Itajaí a regata Transat Jacques Vabre ,tradicional regata transatlântica que completa 20 anos em 2013, será feito pela iniciativa privada, ficando o poder público responsável apenas pela infraestrutura do evento. Os patrocinadores foram apresentados recentemente pelo Comitê Central Organizador do evento esportivo Itajaí, onde a programação acontece de 16 de novembro a 1º de dezembro deste ano. O patrocinador máster será o Banco Bradesco, com a cota de apresentação. As cotas de patrocínio foram adquiridas pelas empresas APM Terminals Itajaí, Gomes da Costa, Heineken, Multilog e Portonave Terminal Portuário Navegantes. Já as cotas de apoio foram adquiridas pelas empresas Ambiental, Quayquip, Poly Terminais e pelas construtoras Bravissima, Procave, Mendes Sibara, Cota e grupo Brava Beach. A Caixa Econômica Federal patrocina o Programa de Sustentabilidade do evento. Também são colaboradores o Beto Carrero World, Constremac Construtora, Minister, Tractebel Energia e TripService Consultoria em Viagens. O apoio institucional é do Município de Itajaí, Governo do Estado de Santa Catarina, Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Anfri) e Porto de Itajaí. Engajamento O presidente do Comitê Organizador, Amílcar Gazaniga, comemora o apoio da iniciativa privada ao evento. “Só temos a agradecer aos nossos

patrocinadores, que acreditaram no projeto e, somente graças a eles, é que a comunidade poderá participar gratuitamente de um grande evento como este”, diz Gazaniga. Para o prefeito Jandir Bellini, o engajamento da iniciativa privada vai possibilitar que o município realize a regata, investindo apenas em infraestrutura. “Com essas parcerias poderemos realizar a ‘Aventura Pelo Mares do Mundo’ com uma ampla programação, englobando a Regata Transat Jacques Vabre, feiras gastronômica e de negócios, atrações artísticas e culturais, entre outros importantes eventos que constam na programação”, diz Bellini.g


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Suplemento News BACIA DE EVOLUÇÃO

Projeto de expansão do porto é apresentado na Casa Civil O projeto engloba a construção de uma bacia de manobras de 530 metros de diâmetro em frente ao Saco da Fazenda

A obra está orçada em R$ 240 milhões. “O governo de Santa Catarina fará a contrapartida de R$ 120 milhões, restando ao Governo Federal o investimento de R$ 120 milhões para a obra”, aponta Décio Lima. O projeto engloba a construção de uma bacia de manobras de 530 metros de diâmetro nas proximidades da foz do rio Itajaí -Açu, em frente ao Saco da Fazenda. A atual bacia, com 400 metros de diâmetro, permite que apenas navios de até 294 metros al-

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O projeto de expansão do porto de Itajaí acaba de ser apresentado ao chefe de gabinete da ministra Gleisi Hoffman, Leones Dall’Agnol, pelo deputado federal Décio Lima e pelo superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres, em audiência na Casa Civil da Presidência da República. O diretor-superintendente da APM Terminals do Brasil, Ricardo Arten, também participou da audiência.

cancem os terminais locais. Com a obra, o Complexo Portuário, no qual também está inserida a Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes, poderá operar com navios de última geração, com 366 metros de comprimento. Antônio Ayres defende que a expansão do porto

é imprescindível para que navios de grande porte tenham acesso ao porto com maior fluidez. “Atualmente, 70% do fluxo de comércio de Santa Catarina passa pelo complexo portuário de Itajaí”, explica. A Casa Civil informou que o projeto será analisado dentro do programa federal de modernização dos portos brasileiros. g

APM Terminals alcança 108,92 movimentos por hora A APM Terminals – empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí – acaba de bater um novo recorde de produtividade. A empresa atingiu 108,92 movimentos por hora (MPH), trabalhando simultaneamente com portêineres e guindastes de terra (MHC), durante a operação do navio de contêineres Maersk Lima. O recorde anterior era de 107,22 movimentos por hora alcançado durante a operação do conteineiro Osaka Tower. Cerca de 75% da operação no Maersk Lima foi realizado com a utilização de dois portêineres e um MHC e o restante do tempo com a utilização de dois portêineres e dois guindastes de terra. g

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TOP OF MIND

Porto de Itajaí é o mais lembrado entre os gestores O Complexo Portuário de itajaí é o mais lembrado pelos gestores de companhias de grande e médio porte, segundo pesquisa feita pelo Instituto Mapa em todo o estado. Com o resultado, o sistema portuário de Itajaí e Navegantes foi eleito como o Porto Referência em Santa Catarina. A premiação aconteceu durante a 19ª edição do Top of Mind 2013 e segunda edição do Top Executivo.

TEUs e devem ampliar essa movimentação neste ano. “As perspectivas para 2013 são boas, pois no primeiro semestre crescemos 7%, o que representa um ponto percentual acima da média nacional”, explica o engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, superintendente do Porto de Itajaí.

O grande destaque para o Porto de Itajaí foi sua produtividade, uma vez que, mesmo com uma reduzida área de cais, o Complexo Portuário é o segundo maior movimentador de cargas conteinerizadas do Brasil. Os terminais portuários de Itajaí e Navegantes movimentaram mais de um milhão de

Além das boas expectativas, as melhorias que a infraestrutura portuária vem recebendo também devem alavancar as operações. Entre elas, a dragagem de aprofundamento dos acessos e a nova bacia de evolução, que está em fase final de estudos. O prefeito Jandir Bellini destaca o reconheci-

divulgação

Complexo conquista título de Porto Referência em Santa Catarina. Premiação aconteceu durante Top of Mind 2013 e Top Executivo

Infraestrutura

mento obtido pelo Porto de Itajaí em sua área de atuação e os bons serviços desempenhados pela Autoridade Portuária. g

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Entrevista

Qual foi o impacto da unificação do ICMS na economia catarinense? O Informativo dos Portos foi buscar a resposta para essa pergunta com Cláudio César Soares, 51 anos, internacionalista e economista graduado pela Universidade de Brasília, no Distrito Federal. Com 25 anos de experiência em comércio exterior, diretor da Rede Dr.Comex, Cláudio entende que, do ponto de vista da movimentação de contêineres, não houve alterações. Para o especialista, quem realmente perdeu com a unificação da alíquota foi o contribuinte. Nessa entrevista, Cláudio explica que, para continuar crescendo, a plataforma logística do Estado vai precisar de novos investimentos. Confira os principais trechos da entrevista concedida durante a Sul Trade Summit, realizada em setembro, no Centreventos Itajaí.

Informativo dos Portos: Qual foi o real impacto da unificação do ICMS na economia catarinense? Cláudio César Soares: Tomando-se como base a movimentação de contêineres e o número de despachos aduaneiros de importação, de 2013, do Complexo do Porto de Itajaí (incluindo porto público, APM Terminals e Portonave), o impacto parece ter sido neutro. O crescimento esperado no início do ano está se cumprindo, com leve viés para cima. Os dados estão todos disponíveis no site do CAP de Itajaí.

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“O contribuinte é quem perdeu com a unificação do ICMS”

Cláudio César Soares, economista e diretor da Rede Dr. Comex


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Informativo dos Portos: O sistema portuário estadual estava preparado para as mudanças? Cláudio: Acredito que sim. O sistema portuário do Estado, somando todas as instalações, está operando com capacidade ociosa e, até 2015, deve dobrar a capacidade nominal de movimentação de TEUs. Se há algum gargalo, encontra-se na reestruturação das linhas que estão se pulverizando entre os portos e terminais catarinenses, com navios cada vez maiores e maior capacidade operacional. Isso implica em agilidade de mudanças e capacidade do importador e do exportador mudar suas origens e destinos para aproveitar eventuais diferenças operacionais. Informativo dos Portos: Quem realmente perdeu com a unificação do ICMS? Cláudio: Os contribuintes. E não falo daqueles que se utilizavam de créditos presumidos concedidos por alguns estados como Santa Catarina. A regulamentação da norma é altamente invasiva. As empresas grandes e médias terão que adaptar seus softwares de gestão e, em vários casos, a sua forma de venda, para poderem continuar competitivos. Os custos e investimentos destas mudanças não são pequenos e envolvem atritos operacionais entre as diversas áreas da empresa. Além disso, o descumprimento implica em penalidades e, diante da complexidade, é possível que haverá, no futuro, autuações decorrentes de erros ou interpretações equivocadas da legislação. Vou dar um único exemplo: tome uma empresa sediada em um estado A que vende por meio de licitações públicas a uma empresa do estado B. O produto que ela vende pode

ser fabricado com conteúdo nacional ou conteúdo importado. Como será uma venda para outro estado, ela cota o preço com conteúdo importado para reduzir a carga tributária. Porém, vamos supor, que, quando vai comprar o insumo no mercado externo, ela não o encontra na quantidade e no prazo requerido. Então, vai comprar no mercado doméstico e possivelmente perder dinheiro. Isso sem contar a variação cambial. Informativo dos Portos: Uma das justificativas do governo catarinense para oferecer tarifas diferenciadas era a geração de emprego. Com a unificação, é possível perceber uma redução na oferta de empregos? Cláudio: Eu não tenho os números de emprego no estado, mas a experiência no mercado

de comércio exterior e a arquitetura da nova legislação mostram que, apesar da choradeira política quando da aprovação da Resolução 13/12, é agora que o Estado pode ter um efetivo Pro Emprego. Com a legislação de benefícios fiscais, o Estado atraiu dezenas de comerciais importadoras que vendiam planilhas do Excel, sem geração de valor ao serviço prestado. Essas empresas não precisam contratar diretamente um número grande de pessoas. Podem ter apenas uma filial em Santa Catarina, com alguém para atender telefone, e toda a operação ser feita pela matriz. Era uma legislação que gerava mais empregos indiretos que diretos em função da movimentação portuária de seus intervenientes. Enquanto perdurar a diferença entre alíquota interestadual e intraestadual, o governo cata-

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rinense terá chance de manter os empregos indiretos pela utilização da plataforma logística do Estado e criar uma plataforma industrial com empregos diretos, utilizando-se da possibilidade da legislação das mercadorias circularem com alíquota de 4% quando tiverem acima de 40% de conteúdo importado. Informativo dos Portos: Quais foram as alternativas que o governo catarinense encontrou para não diminuir a arrecadação com a unificação do ICMS? Cláudio: Não tenho exatamente os números da arrecadação de 2013, mas, pelas declarações, houve uma redução em 2012 da ordem de 800 milhões e a expectativa é uma redução para 2013. Mas não me parece claro que esta redução está relacionada à mudança do ICMS. Parece-me relacionada à queda da atividade econômica e insegurança econômica gerada pelo fim dos benefícios concedidos pelo Estado à revelia do Confaz. É necessária uma avaliação mais apurada dos números, mas aparentemente o Estado foi pego nas suas duas pontas fortes: a indústria, pela queda do PIB, e as importações, pelo fim dos benefícios.

Informativo dos Portos: Existe algum movimento dos outros estados para essa mudança de paradigmas na tributação? Cláudio: Sim, São Paulo está se movimentando. É um estado rigoroso na fiscalização e na arrecadação plena, com o mínimo de concessões, e já prevê criar um regime especial para importadores sediados em São Paulo que estejam acumulando tributos quando têm sua maior parcela de revenda para outros estados. Informativo dos Portos: Quem vai pagar os custos destas mudanças? Cláudio: Em última instância, o consumidor. Custos, de qualquer forma, são sempre incorporados aos preços, ainda que isso aconteça de maneira suave no tempo. Informativo dos Portos: Do ponto de vista econômico, a plataforma logística catarinense vai precisar ampliar a sua relação com a indústria para continuar crescendo? Cláudio: Eu acredito que sim. Enquanto os benefícios fiscais existiam, e agora, enquanto houver diferença entre alíquota intra e interestadual, a plataforma logística se justifica por si só. Mas no longo prazo, sem diferenciais de alíquota e

sem benefícios fiscais, que parece ser o ambiente fiscal em um futuro entre 10 e 15 anos, então esta plataforma logística somente será justificável com sua integração a uma plataforma industrial agregada, preferencialmente, fortemente exportadora. Mas isso não parece ser claro para as lideranças empresariais e políticas do Estado. A Fiesc está com 10 anos de atraso, promovendo agora a plataforma logística com o projeto Portos.SC. Agora é o momento da plataforma integrada de Santa Catarina. g


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Diário de Bordo Empresas PIB deve crescer em 2013 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 do Ministério da Fazenda, também foi reduzida de 3% para 2,5%, em linha com a estimativa divulgada hoje pelo Banco Central, em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Como, no entanto, a economia brasileira avançou acima do previsto no segundo trimestre, ao registrar alta de 1,5% sobre o primeiro, feito o ajuste sazonal, é possível que o PIB cresça acima do previsto este ano, afirmou. Segundo o ministro, a confiança dos agentes econômicos, que havia sido “arranhada” no início do segundo semestre, já está se recuperando e, com esse movimento, o crescimento do PIB pode melhorar.

Vale investe em logística

Novo scanner no Tesc

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, anunciou em reunião com a presidente Dilma Roussef que a empresa terá investimentos de R$ 9 bilhões nos próximos cinco anos na área de logística. Serão contabilizados nessa quantia 210 locomotivas e 7.500 vagões, “afora a reformulação e modernização de toda a malha ferroviária”, de acordo com ele, após aporte na VLI, empresa de logística controlada pela Vale. A Vale deverá vender aproximadamente 26% de sua participação no capital da VLI para a Brookfield Brasil, de origem canadense. Também entrou em acordo para a transferência de participação de 20% (R$ 1,5 bilhão) do capital da VLI para a Mitsui & Co., além de 15,9% (R$ 1,2 bilhão) para o fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS), sob administração da Caixa Econômica.

A Smiths Detection, empresa de soluções de segurança para mercados civil e militar, finalizou a instalação do novo scanner para análise de carga de contêineres no Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc). O equipamento móvel, modelo HCVM-T, que utiliza a força de um acelerador de raio X de 4MeV (Mega eletron Volt), pode “varrer” contêineres de carga carregados com uma penetração de aço de até 310mm. Por utilizar tecnologia por sistema de raio X, o scanner obteve, no final de agosto, a licença da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear – para iniciar as operações, e a partir de agora, a região sul passa a contar com um sistema avançado de detecção em portos. O modelo HCVM-T tem capacidade de inspeção de até 150 caminhões por hora, possui sistema de leitura automática do número do contêiner, por meio da tecnologia OCR (Optical Character Recognition, ou em português, Reconhecimento Óptico de Caracteres) e permite até seis modos de operação.

Cresce venda de aço plano

Infraestrutura entre Brasil e Uruguai

As vendas de aços planos no mercado brasileiro pela rede de distribuição cresceram 12% em agosto, frente ao verificado um ano antes, para 424,1 mil toneladas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). O volume, um recorde para os distribuidores de aço, foi fortemente influenciado pela antecipação de compras, uma vez que as siderúrgicas Usiminas, CSN e ArcelorMittal anunciaram aumentos de preços de 5% a 7% para o fim daquele mês. Na comparação com julho, o avanço nas vendas das distribuidoras foi de 9,6%. Com esse desempenho recorde, as vendas da distribuição acumularam alta de 1,8% de janeiro a agosto de 2013, somando 2,95 milhões de toneladas de chapas grossas, laminadas a quente e a frio, e chapas zincadas.

O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, disse, após reunirse com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que o Paraguai “não quer pedir esmolas” e destacou atrativos na integração física entre os dois países. Ao discursar durante almoço no Palácio Itamaraty, Cartes disse que o país quer compartilhar obras de infraestrutura com o Brasil. O presidente também exaltou a importância dos organismos multilaterais da América do Sul e as potencialidades naturais da região. Segundo o mandatário, seu país quer se sentar à mesa de negociações porque acredita nesses “atrativos naturais que Deus e a natureza” lhes conferiram.


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Diário de Bordo Logística Logística pesada para a Ambev A ARXO – empresa do ramo metal-mecânico com sede em Balneário Piçarras - acaba de entregar um tanque aéreo vertical, com capacidade para armazenar 200 mil litros, destinado a armazenagem de soda diluída. O equipamento é um dos maiores tanques já fabricados pela empresa e faz parte de um projeto especial que vai atender a ampliação do Parque de Soda da Ambev Cebrasa, com sede em Anápolis, no interior de Goiás. Devido ao diâmetro do equipamento, o transporte exigiu frete especial, com algumas limitações de velocidade, além de programação diferenciada de roteiro de tráfego e dois batedores credenciados na Polícia Rodoviária Federal. O conjunto de equipamentos para a ampliação do parque contemplou, também, a construção de um segundo tanque aéreo vertical com capacidade para 35 mil litros de armazenagem de soda concentrada.

Maior avião do mundo

Novo executivo na ALL

Clientes da Singapore Airlines que viajarem para Xangai, na China, poderão desfrutar do conforto do maior avião do mundo, o Airbus A380, a partir de 27 de outubro de 2013. A SIA opera 35 voos semanais para o Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai, usando Boeing 777 durante a temporada de verão do Hemisfério Norte e 28 voos semanais durante a temporada de inverno. A aeronave A380 será usada para cinco voos semanais, a partir do início da temporada de inverno, em outubro, aumentando em 12% a capacidade total de assentos. A Singapore Airlines e a SilkAir operam atualmente 116 voos semanais para 10 destinos na China continental.

Depois de duas trocas de presidente em menos de três anos, a América Latina Logística (ALL) indicou Alexandre Santoro para o comando em um dos momentos mais conturbados da história da empresa. Após as ações sofrerem na bolsa, pelo temor de investidores com a possível entrada da Cosan no controle, o executivo, com 11 anos de trabalho na casa, agora tem como desafio problemas operacionais nas ferrovias e a preparação de seu futuro em meio à completa remodelação no setor. O foco é o término dos investimentos atuais e a consolidação da ALL como uma empresa de logística integrada, com entrada em negócios como o setor portuário.

Crescimento do modal aéreo

Aplicativo para rastrear remessas

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) estima que pelo menos 1,26 milhão de toneladas de cargas voarão pelo céu do Brasil neste ano. Esse volume vai passar pelos 34 terminais de logística de carga que a empresa mantém, dos quais 30 operam com importação, 25 com exportação, 17 com carga nacional e quatro com courier. A projeção da empresa ainda considera que a demanda pelo modal aéreo possa crescer quase três vezes até 2017, alcançando 3,4 milhões de toneladas. Para dar conta do volume de operações, o plano de investimentos para os próximos quatro anos prevê R$ 300 milhões até 2015 na melhoria das condições de logística de carga aérea.

A DHL Global Forwarding, empresa especialista em frete aéreo e marítimo da Deutsche Post DHL, lançou um aplicativo móvel para rastrear suas remessas por meio de smartphone. O DGF Cargo Mobile Tracking (Rastreamento Móvel de Carga) mostra aos usuários o histórico de envio e o status dos envios atuais. O aplicativo oferece quatro funções ao usuário: buscar remessas, salvar consultas de pesquisa, histórico detalhado de remessas nos últimos seis meses e um location finder, localizador que mostra o escritório mais próximo da DHL Global Forwarding e seus detalhes de contato. O aplicativo fornece acesso global e está disponível gratuitamente nas respectivas lojas de aplicativos para smartphones iPhone, iPad, Android e Blackberry.

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Diário de Bordo Offshore Banco da indústria naval Atenta à potencialidade da indústria naval e offshore do Brasil, a Caixa Econômica quer se consolidar como um importante player financeiro para as empresas que atuam nestes segmentos. Foi o que afirmou o superintendente executivo do banco, Antonio Gil Silveira, durante a NavalShore 2013. Segundo o executivo, a Caixa intermediou cerca de R$ 5,8 bilhões para empresas do setor naval e de petróleo e gás, somente no primeiro semestre deste ano. Desse montante, R$ 1,2 bilhão foram destinados à indústria naval, com recursos originados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM). Com este valor, Silveira conta que o crédito concedido pela Caixa, de 2010 a julho deste ano, para os setores naval e de petróleo e gás atingiu R$ 23,5 bilhões e ainda há expectativas de que até dezembro alcance um valor superior a R$ 10 bilhões em financiamento, com projetos a serem aprovados pelo banco.

Investimento no mercado offshore

Petróleo na costa de Sergipe

O grupo anglo-holandês Swire planeja investir mais US$ 750 milhões no Brasil, no setor de petróleo até 2016. O montante está previsto no plano de negócios da empresa, que prevê empenhar US$ 1 bilhão no setor neste período. Dentre as iniciativas, está a construção de navios de apoio a plataformas em mar, com a vinda da sua subsidiária Swire Pacific Offshore, e também a expansão das atividades de sua outra companhia, que já atua no país, a Swire OilField Services, empresa de locação e venda de contêineres, cestas e tanques para transporte em alto mar, para empresas do setor de óleo e gás. No mercado naval, a Swire Pacific Offshore - empresa do grupo focada em aluguel de frota de embarcações - planeja investir US$ 500 milhões na construção de quatro navios de apoio a plataformas de petróleo na costa brasileira.

Uma campanha exploratória na costa de Sergipe mostra que uma área controlada pela Petrobras e um parceiro indiano possivelmente possui mais de um bilhão de barris de petróleo, segundo fontes do governo e da indústria, reforçando esperanças de que a região se tornará em breve a maior nova fronteira petrolífera do País. A Petrobras e a IBV Brasil, uma joint venture igualmente dividida entre as indianas Bharat Petroleum (BPCL) e a Videocon Industries, avaliaram que o bloco marítimo de exploração SEAL-11 contém grandes quantidades de gás natural e petróleo leve de alta qualidade, segundo cinco fontes do governo e da indústria com conhecimento direto sobre os resultados da perfuração. Se confirmada, a descoberta seria uma das maiores do ano no mundo.

Santos Offshore 2014

Desenvolvimento da área de libra

Empresários e representantes do setor offshore conheceram a nova proposta da Santos Offshore, um dos principais encontros de negócios da Bacia de Santos, que terá sua sétima edição realizada nos dias 8 e 11 de abril de 2014. Em 2013, o evento passou a ser realizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, e passou a fazer parte da rota dos principais eventos internacionais e da agenda de empresários e grandes compradores globais do setor. A apresentação contou com a participação do vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Paulo Octávio Pereira de Almeida. A estimativa é de receber mais de 18 mil visitantes, com uma movimentação de R$ 90 milhões em rodadas de negócios promovidas pelo Competro, Fiesp/Ciesp e Sebrae-SP, utilizando a metodologia da Onip.

A presidente Dilma Rousseff anunciou que o desenvolvimento da área de libra, no pré-sal na Bacia de Santos, vai exigir de 15 a 17 novas plataformas. Dilma visitou o Estaleiro Inhaúma, no Caju, no Rio, onde estão sendo feitas as obras de conversão do casco da plataforma P-74, que será a primeira unidade de produção na área de cessão onerosa, também no pré- sal na Bacia de Santos, onde a Petrobras fará a exploração sozinha. O leilão de Libra acontecerá em 21 de outubro. A presidente destacou ainda, que os recursos arrecadados com a produção de petróleo e gás serão destinados à educação, que é “o maior patrimônio de um povo”.


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Diário de Bordo Portos Mapa do desenvolvimento socioeconômico A Companhia Docas do Ceará (CDC), empresa que administra o Porto de Fortaleza, finalizou a elaboração do seu mapa estratégico. O treinamento final com diretores e coordenadores da empresa aconteceu na primeira semana de setembro, tendo como facilitadores os consultores do Senai Santa Catarina, com a presença de um representante da Secretaria de Portos da Presidência da República. A partir de agora, a CDC trabalhará com metas e indicadores de desempenho, tendo como objetivo final ampliar a sustentabilidade da empresa, a partir da otimização de gastos e do aumento da receita operacional.

Comitiva chinesa em Santos

Prevenção e segurança no Tesc

Uma comitiva chinesa liderada pelo comunista Zhang Shaojun e composta por autoridades e empresários foi recebida pelo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Ferreira Barco, no Porto de Santos. O objetivo do encontro foi identificar oportunidades de negócios nas áreas portuárias e de terras agricultáveis no Brasil. Segundo os visitantes, o porto santista é uma excelente alternativa para investimentos futuros. Além das autoridades municipais, participaram também representantes de empresas com origem em Linyi como Lichen Logistics, Lantian Group, Tianyuan Construction Group, Shandong Xinxgang Group, acompanhadas pela Bridge Logística, de Santos.

O Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc) realizou, em setembro, a quarta edição do programa Maiss Sipat Tesc, em São Francisco do Sul. Voltado aos colaboradores das empresas do grupo Tesc, o evento é uma associação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) e programa Meio ambiente + Saúde + Segurança (Maiss). A palestra de abertura foi proferida pelo músico Marcelo Yuka, fundador do grupo O Rappa e um importante líder social. Um dos artistas brasileiros mais engajados, Yuka aborda em suas palestras temas como humanização das relações, o amor como ferramenta de transformação social, a educação como meio de combate à violência e a cultura como protagonista na construção da cidadania.

Exportação de sucata brasileira

Exportação de soja em contêiner

As exportações de sucata de ferro e aço voltaram a crescer em agosto, retomando os níveis registrados em abril deste ano, porém longe do desempenho de 2012. As vendas externas atingiram 36,1 mil toneladas, 60% acima do volume obtido em julho, com 22,5 mil toneladas, mas 20% abaixo do total de agosto do ano passado, 44,8 mil toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A expectativa é que as vendas externas encerrem o ano com um número menor que em 2012. No exterior, a sucata é tratada como commodity, com cotação internacional, e tem valores de 30% a 40% mais altos que no Brasil.

Até o final do ano, o Porto de Salvador deverá exportar 1,7 mil toneladas de soja em contêineres provenientes do Oeste Baiano. Em setembro, o Tecon (terminal privado do Grupo Wilson Sons) embarcou 300 toneladas para o Japão, fazendo do porto da capital baiana, o primeiro do Nordeste a exportar grãos em navios porta-contêiner. O produto seguiu para o Porto de Yokohama, transportada pela companhia marítima NYK Line, para ser comercializada não apenas no Japão, mas também em outros países da Ásia, um mercado que, segundo informações da Codeba, se apresenta com excelentes perspectivas para a soja não transgênica do Oeste baiano.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

MP 615/2013 - PIS-COFINS na importação Um dos temas bastante controvertidos na seara tributária aduaneira corresponde à incidência das contribuições PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre as operações de importação de mercadorias, em razão da base de cálculo estipulada na Lei 10.865/2004, é ampliar o conceito de valor aduaneiro, com a inclusão do valor relativo ao ICMS e das próprias contribuições. As contribuições PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação foram instituídas com fundamento nos arts. 149, § 2º, II; e 195, IV, da Constituição Federal, os quais consagraram a possibilidade de instituição de contribuições sociais incidentes sobre a importação de bens e serviços estrangeiros. Nesse sentido, o § 2º, III, a, do art. 149 da Constituição Federal, disciplina que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro”.

Nos termos já abordados em artigo publicado anteriormente, o Supremo Tribunal Federal (STF) ao apreciar a matéria acima citada, no início do corrente ano, declarou a inconstitucionalidade da base de cálculo ampliada das referidas contribuições incidentes sobre a importação. Apesar de julgado o Recurso Extraordinário (RE) sobre a matéria o processo ainda não fora encerrado, pois a União Federal ingressou com Embargos de Declaração com requerimento de efeito de modulação ao julgado, para que a repetição de indébito seja deferida, tão somente, para as empresas que já discutiam em juízo referida inconstitucionalidade até a data de julgamento pelo STF. Na prática, o julgamento pelo STF confirmou os entendimentos proferidos pelos Tribunais Regionais Federais sobre a constatação de inconstitucionalidade. Porém, a redução das contribuições, em razão da alteração na base de cálculo, somente é valida para quem possui decisão judicial com apreciação da matéria. Ainda assim, mesmo com

a decisão favorável, verificam-se alguns dissabores na ora de programar referido direito no registro da declaração de importação, uma vez que as informações relativas ao PIS e a COFINS não foram alteradas no SISCOMEX. Nesse sentido, cabe ao importador informar tal situação no registro da DI, promover o cálculo dos referidos tributos de forma manual, recolher um DARF, para poder dar prosseguimento aos atos de nacionalização. Situação essa, que implica inclusive na parametrização do canal de conferência aduaneira. Com objetivo de reduzir o passivo judicial e os problemas decorrentes da referida inconstitucionalidade, a Presidência da República se utilizou da MP 615/2013, com projeto de conversão em Lei nº 21/2013, já apreciado pela Câmara e encaminhado para o Senado Federal, para possibilitar a adequação da base cálculo das supramencionadas contribuições para tão somente o valor aduaneiro das mercadorias. g

Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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