Arquivos Catarinenses de Medicina 2009

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Neurofibroma Plexiforme Gigante De Dorso - Relato De Caso Giant Plexiform Neurofibroma Of The Back – Case Report Gerson De M. Ritz Cirurgião Plástico do Hospital Municipal São José de Joinville/SC. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Humberto T. Bez Batti Cirurgião Plástico do Hospital Municipal São José de Joinville/SC. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Naira Cristina Vigeti Dermatologista da Secretaria Municipal de Saúde de Joinville/SC. Guilherme Berto Roça Médico Residente do 1º ano de Cirurgia Plástica e Reparadora do Hospital de Clínicas de Curitiba- UFPRGuilherme Pintarelli Médico Residente do 1º ano de Cirurgia Plástica e Reparadora do Hospital Cajuru de Curitiba-PUC PRTrabalho realizado no Hospital Municipal São José, Joinville, SC. endereço para Correspondência Rua Visconde de Mauá, 1169 – casa 2. América. Joinville/SC - CEP 89204-501. Tel (47) 3025-2274 Email: gersonritz@hotmail.com DESCRITORES NEUROFIBROMA PLEXIFORME, DOR, DOENÇA DE VON RECKLINGHAUSEN. KEYWORDS PLEXIFORM NEUROFIBROMA, PAIN, VON RECKLINGHAUSEN DISEASE.

Resumo Introdução: O neurofibroma plexiforme é uma das principais apresentações da neurofibromatose, com incidência maior no segmento cefálico e menos frequente no tronco. A sua ressecção torna-se um desafio devido à rica vascularização e infiltração aos planos profundos. Objetivo: Relatar o caso de um neurofibroma gigante acometendo todo o dorso de uma paciente jovem, com crescimento progressivo, associado à manchas “ café com leite ” e déficit cognitivo. Método: Investigação clínico-radiológica e abordagem cirúrgica realizada em dois tempos, através da enxertia de pele parcial em toda a área ressecada. Discussão: O neurofibroma plexiforme é classificado como um tumor benigno de bainha neural de nervos periféricos, e que envolve múltiplos fascículos. . O seu comportamento é não metastático, altamente vascularizado, localmente invasivo, porém de crescimento len-to. A cirurgia para remoção do neurofibroma plexiforme está indicada nos casos de dor, déficit neurológico, desfiguramento, comprometimento de estruturas adjacentes e suspeita de malignidade Conclusão: O tratamento de neurofibromas gigantes é um desafio que pode ser vencido com um adequado planejamento préoperatório, envolvendo equipes multidisciplinares, tanto médicas quanto paramédicas, e um suporte pós-operatório especializado e intensivo. Abstract Background: Plexiform neurofibroma is one of the major presentations of neurofibromatosis, with a higher incidence in cephalic segment and

less common in the trunk. It´s resection becomes a challenge due to its rich vascularization and infiltration to deep plans. Objective: Present the case of a giant neurofibroma embodying the whole back of a young patient, with progressive growth associated with “café-au-lait” spots and cognitive deficit. Methods: Clinical and radiologic inquiry and surgical resection was achieved in two steps, covering the naked area with partial skin grafts. Results: Plexiform neurofibroma is classified as a benign tumor of peripheral nerves. It is highly vascularizated and local invasive however has not a metastatic behavior. The surgery for removal of plexiform neurofibroma is indicated in case of pain, neurological deficit, disfigurement, compromise of adjacent structures and suspicion of malignance. Conclusion: The treatment of giant neurofibroma is a challenge that can be obtained with one appropriated pre operative plan involving a multidisciplinary team and a specialized and intensive postoperative support. Introdução A Neurofibromatose é uma doença autossômica dominante que pode acometer prati-camente qualquer sistema ou órgão, sendo originária provavelmente da crista neural. Dois tipos principais prevalecem, a Neurofibromatose Tipo 1, a mais comum, sendo também conhecida como neurofibromatose periférica, e a do tipo 2, ou central. A sua incidência na população é variável, sendo o tipo 1 observado em 1 para 2.500-3.300 nascidos vivos e na do tipo 2 em 1 para 50.000 – 120.0003. A taxa de mortalidade é de 3-15% ao longo da vida. O seu diagnóstico é baseado na

Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 38 - Suplemento 01 - 2009

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