Arquivos Catarinenses de Medicina 2003

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apropriado. Os pacientes foram selecionados com base nas indicações dispostas na Tabela 1.

Quadro 1: Indicações do uso de retalhos

Na maior parte dos casos (64, 2%), o retalho escolhido foi o antebraquial radial (retalho chinês), retirado sempre do membro não dominante. Outros retalhos utilizados foram: do grande dorsal (7,14%), sendo dois retalhos musculares e um miocutâneo; do músculo reto abdominal (2,38%); da crista ilíaca (4,76%), como retalho ósteo-cutâneo; fibular (7,14%), sendo um ósseo e um ósteo-cutâneo; da polpa do primeiro pododáctilo (2,38%); neuromuscular de gracilis (2,38%) e paraescapular (2,38%). A distribuição dos pacientes também levou em consideração a localização anatômica da lesão inicial (Tabela 1).

Em 76,2% dos casos, a área doadora foi coberta por enxerto de pele total, no mesmo tempo operatório. Nos demais casos (23,8%), a síntese foi primária, utilizando-se sempre a drenagem com aspiração contínua. Nas cirurgias realizadas na região de cabeça e pescoço, os vasos receptores escolhidos foram a artéria facial, em nove pacientes, a artéria cervical transversa, em outros três e a artéria tiroídea superior, em um caso. A drenagem venosa foi garantida pelas veias satélites ou pela veia jugular externa. Nas regiões de perna e calcanhar, foi eleita ou a artéria tibial posterior, para anastomose término-lateral, ou a artéria tibial anterior, em término-terminal; as veias foram sempre as satélites ao eixo arterial. Na região da mão e da fossa cubital, foram operados seis pacientes; nestes casos, os vasos utilizados foram ou os vasos ulnares, com anastomose término-lateral, ou os vasos radiais, em término-terminal. RESULTADOS

A idade mediana dos pacientes operados foi de 40 anos, com extremos de oito e 72 anos, sendo 66,6% (28) do sexo masculino e 33,3% (14) do sexo feminino. As causas das perdas de substância estiveram relacionadas a traumas com grave perda tecidual ou exposição óssea, principalmente em membros inferiores e à seqüela de ressecção de tumores malignos, freqüentemente em território de cabeça e pescoço (80,0%), com apenas um caso (6,7%) no membro inferior e dois (13,3%) no membro superior. Outras causas incluíram queimadura, radionecrose e infecção (Tabela 3).

Tabela 2: Etiologia das perdas de substância (n=42; SCP/HU 1995-2003).

A distribuição anatômica da lesão (Tabela 4), mostra a prevalência dos membros inferiores (50,0%) e da região de cabeça e pescoço (31,6%).

Tabela 1: Relação dos casos operados, de acordo com o sítio anatômico da lesão e o tipo de retalho utilizado (n=42; SCP/HU 1995-2003).

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Tabela 3: Distribuição de acordo com a localização anatômica da lesão (n=42; SCP/HU 1995-2003). Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 32 - Suplemento 01 - 2003


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